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Água e energia não são mercadorias! - MAB

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Caderno de Poesias 61<br />

Lar de peixes, tartarugas, jacarés...<br />

Fonte de vida, inspiração,<br />

E com certeza fonte de muitas paixões.<br />

Não sei o que mais tu tens,<br />

Se <strong>são</strong> pedras ou bancos de areia,<br />

Não sei se corres pra esquerda ou direita,<br />

Mas sei que és lindo!<br />

Tanta beleza, tanta riqueza, tantas correntezas,<br />

Tantas lendas, tantas ilhas, tantas fi lhas.<br />

De Gurupá ao Mato Grosso, que alvoroço,<br />

Quase que ouço você clamar.<br />

Não deixemos, por favor, <strong>não</strong> deixem<br />

Que o capital, minhas águas venha represar,<br />

Não me façam para dentro de minhas fi lhas avançar<br />

E de outras eu me retirar.<br />

O que será de minhas belas águas<br />

Em uma lagoa a parar,<br />

O que farei a minha irmã fl oresta<br />

Quando nela minhas águas adentrar.<br />

Temo pelas minhas fi lhas, sem meu amparo,<br />

Temo por minhas fi lhas, com meu excesso,<br />

Temo pela natureza, com o meu desequilíbrio;<br />

Temo pela população, com minha anunciada morte!<br />

Há que se cuidar da vida!<br />

Gritando a poesia...<br />

Deixas esse rio ser meu<br />

E também ser teu!<br />

Rio Xingu<br />

Autor: Rogério de Souza Januário

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