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MYRIAN MUNIZ: UMA PEDAGOGA DO TEATRO - Unesp

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Myrian Muniz, depois de seis anos afastada do palco – mas não do teatro<br />

– volta a trabalhar e desta vez será a mãe de Eva Perón peça de mesmo<br />

nome que estréia hoje no Teatro Municipal de São Paulo. Durante todo<br />

esse tempo, Myrian dirigiu espetáculos – Falso Brilhante e Por Um Beijo<br />

– foi mãe, dona-de-casa e público, além de dar aulas de teatro, mas o<br />

mais importante segundo a atriz “foram as informações que adquiriu<br />

nesses anos e que agora pretende aplicar nessa nova interpretação.”<br />

Este é seu maior medo, “depois de tanto tempo afastada, será que ainda<br />

vou conseguir transmitir aquilo que aprendi?” Myrian pensou que sua<br />

volta ao palco seria mais tranqüila e seu novo personagem, mais fácil de<br />

conceber. “Mas não. Não se têm problemas quando ensinamos uma<br />

experiência e orientamos sobre a maneira de como deve ser o teatro. No<br />

entanto, quando fazemos, a preocupação é maior”. A atriz recebeu vários<br />

convites para voltar, porém outros compromissos assumidos impediram<br />

que aceitasse. Carlos Alberto Soffredini, por exemplo, criou um<br />

personagem em Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu especialmente para<br />

Myrian, mas a atriz acabou não aceitando o papel. Mas Iacov Hillel,<br />

diretor de Eva Perón, Rodrigo Santiago e Esther Góes, atores da peça,<br />

conseguiram convencê-la. Afônica pelos constantes ensaios e<br />

demonstrando certa apreensão a respeito da aceitação ou não da sua<br />

personagem – “que procurou fazer o mais natural possível” – Myrian fala<br />

de sua próxima meta: abrir um espaço para desenvolver não só teatro<br />

mas também música e artes plásticas. (O ESTA<strong>DO</strong> DE S. PAULO, 1979)<br />

Em 1983, participou como atriz do espetáculo musical Às Próprias Custas,<br />

com Itamar Assumpção e o Grupo Isca de Polícia. De volta ao Teatro Aliança<br />

Francesa, só que agora como diretora, Myrian encena, em 1984, Boca Molhada<br />

de Paixão Calada, de Leilah Assunção, com Emilio de Biasi e Kate Hansen no<br />

elenco. O ator Rubens Correa escreve sobre a encenação, no programa da peça:<br />

... um pas de deux de atores... uma instigante mistura de exercício<br />

teatral, psicodrama de personagens e História do Brasil. Mais<br />

precisamente, História da contra cultura no Brasil. Acima de tudo, uma<br />

apaixonada e divertida “Dança da Vida”, que conta microcosmicamente o<br />

eterno “encontro-luta”, entre o homem e a mulher, comovente e bufo,<br />

como todos nós. (CORREA, 1984)<br />

A jornalista Malu Mendes Fúria ressalta, em seu artigo intitulado Leilah,<br />

propondo o teatro como divã, a grande importância do trabalho de equipe que<br />

possibilitou a realização desse espetáculo. A atriz Kate Hansen sintetizou o<br />

trabalho dos diversos profissionais envolvidos nessa produção como se, nesse<br />

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