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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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Capítulo I<br />

A Casa, a Estrada, o Cinema<br />

Minhas raízes estão no Nordeste. Acredito<br />

que minha existência como artista e como<br />

homem tem relação com essa origem, de que<br />

me orgulho até hoje. Nasci no alto agreste de<br />

Pernambuco, em Olho D’Água de Dentro, município<br />

de Canhotinho, em um sítio dos meus<br />

avós maternos, os Bernardino de Melo e Sena.<br />

Vim ao mundo em 12 de fevereiro de 1933, num<br />

domingo ensolarado. Contaram-me que abri os<br />

olhos para ver as luzes desse Nordeste em meio<br />

a comemorações da família: era o primogênito<br />

homem. Não cheguei a conhecer meu pai,<br />

Sebastião Laurentino de Melo, que morreu no<br />

Hospital Centenário de Recife, em dezembro<br />

de 1932, depois de uma cirurgia. Ele teria sido<br />

vítima de uma infecção contraída no próprio<br />

hospital. Minha mãe, Quitéria Bernardo de<br />

Melo, moça bonita e decidida, cheia de atitudes,<br />

como se dizia na época, não estava destinada<br />

a ser uma jovem viúva. Ele viria a se casar com<br />

Odilon Marinho de Oliveira, que adotou a mim<br />

e a minha irmã, Maria. Meu nome foi trocado<br />

de José Laurentino de Melo para José Marinho<br />

de Oliveira.<br />

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