Bienal de Antiguidades 2011 parte 3 - Antiguidades São Roque
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PARTE 2 OUTRAS PRECIOSIDADES<br />
150. Piha Kaetta<br />
Aço, prata e corno <strong>de</strong> rinoceronte<br />
Sri Lanka (Ceilão); séc. XVII<br />
Dim.: 29 cm<br />
A lâmina em aço e <strong>de</strong> um só gume apresenta, na <strong>parte</strong> romba, um sulco profundo que ocupa gran<strong>de</strong><br />
extensão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base até à ponta. Paralelamente, também a partir do punho, no lado cortante,<br />
observamos um painel rectangular que se esten<strong>de</strong> até cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do comprimento do sulco.<br />
Ambos estão revestidos a prata e profusamente <strong>de</strong>corados com motivos vegetalistas – flores e<br />
enrolamentos – tradicionalmente chamados Liya Vela. O cabo apresenta um extraordinário trabalho<br />
em corno <strong>de</strong> rinoceronte esculpido, com ricas aplicações em prata.<br />
Esta adaga pertence ao grupo <strong>de</strong>signado Faca <strong>de</strong> combate, cujos exemplares possuem lâmina mais larga e<br />
comprida apresentando <strong>de</strong>coração simples, sendo os espécimes mais <strong>de</strong>corados <strong>de</strong> maior rarida<strong>de</strong>,<br />
caso <strong>de</strong>ste exemplar.<br />
A utilização do corno <strong>de</strong> rinoceronte, material raro e exótico, confere a esta peça um enorme requinte.<br />
Esta extraordinária e luxuosa piha kaetta, quer pelo material utilizado no cabo e qualida<strong>de</strong> da lâmina <strong>de</strong><br />
aço, quer pela riqueza da sua <strong>de</strong>coração, terá pertencido seguramente a um membro da realeza ou<br />
alta nobreza.<br />
Vd. - “Rituais <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r. Armas Orientais. Colecção <strong>de</strong> Jorge Caravana”; Caleidoscópio – Edição e Artes Gráficas,<br />
S; Portugal; 2010; p. 153.<br />
- “Portugal e Ceilão. Baluartes, Marfim e Pedraria”; Pedro Dias; Santan<strong>de</strong>r Totta; Lisboa; 2006; p. 264.<br />
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