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José Roberto de Amorim - Quintal dos Poetas

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A segunda variável do mo<strong>de</strong>lo era a posição geológica<br />

das camadas on<strong>de</strong> os ossos eram encontra<strong>dos</strong>. Num primeiro<br />

momento, ao cavar as camadas das cavernas, ele encontrou<br />

uma faixa <strong>de</strong> rocha que i<strong>de</strong>ntificou como tendo sido formada<br />

pelo “diluvium”. Abaixo da camada estaria a era pré-diluviana<br />

e acima a era pós-diluviana.<br />

A terceira variável seria a atualida<strong>de</strong> biológica <strong>dos</strong><br />

animais. Abaixo da tal faixa do dilúvio estariam os restos <strong>dos</strong><br />

animais extintos e acima <strong>de</strong>la estariam os restos <strong>dos</strong> animais<br />

viventes.<br />

E... voilá. Combinado essas três variáveis seria possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar com facilida<strong>de</strong> e precisão as ossadas das espécies <strong>de</strong><br />

animais extintos e as ossadas das espécies <strong>de</strong> animais viventes.<br />

Cuvier não teria nada a retocar.<br />

Do lado zoológico o mo<strong>de</strong>lo fazia crer que todas as<br />

espécies já não-viventes tinham sido extintas por conta <strong>de</strong><br />

hecatombes colossais que, volta e meia, realinhavam o perfil<br />

do planeta. Alhures, no tempo e no espaço, o impacto não se<br />

tinha feito sentir e parte da criação tinha sobrevivido e<br />

composto as espécies <strong>de</strong> animais viventes atuais, casualmente<br />

redistribuindo-os pelo mundo. Era a teoria <strong>de</strong> George Cuvier<br />

pura e intocada.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista geológico o mo<strong>de</strong>lo propunha que<br />

era possível estabelecer uma linha divisória para distinguir o<br />

tempo da catástrofe universal <strong>dos</strong> tempos atuais. O gran<strong>de</strong><br />

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