Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2 - Domingo, 26 de fevereiro de 2012 POESIA<br />
www.omossoroense.com.br<br />
QUEM É VOCÊ?<br />
Lindomarcos Faustino<br />
POETA MOSSOROENSE<br />
Quem é esta mulher, meu Deus,<br />
Que entrou de vez no meu coração,<br />
Que controla os sentimentos meus<br />
E que à noite me faz cair em tentação?<br />
Quem é você mulher desconhecida<br />
Que nunca a vi em meu caminho,<br />
Que apareceu de vez em minha vida<br />
E foi me fazendo logo carinho?<br />
Quem é você, moça morena,<br />
Que me despertou um louco desejo,<br />
Que me apareceu numa manhã tão serena<br />
E foi logo provando do meu beijo?<br />
Quem é você menina dos olhos de mel<br />
Que nos meus sonhos sempre está a aparecer?<br />
Será que você caiu realmente do céu<br />
Para junto a mim o amor viver?<br />
Quem é você mulher sensível<br />
Que tem uma pele tão perfumada?<br />
Olhar para ti e não desejá-la é impossível!<br />
Pois, por mim serás muito amada!<br />
CONDIÇÃO...<br />
Joedson Morais de Freitas<br />
Poeta<br />
O sol que me ilumina<br />
O prato para a comida<br />
A estrela que me fascina<br />
O sabor da minha vida<br />
A beleza que admiro<br />
Amor que faz suspirar<br />
Paixão do meu delírio<br />
Razão do meu sonhar<br />
Cobertor para noite de frio<br />
Bússola que a alma orienta<br />
Desejo que me causa arrepio<br />
Esperança que a mim alenta<br />
Vontade para o meu viver<br />
Ninho que me faz repousar<br />
A dona deste meu querer<br />
Motivo que me faz amar<br />
U<br />
m arranjo produtivo<br />
de letras graficamente<br />
mais expressivas<br />
do que os dígrafos que voam<br />
rentes pelo espaço fonético<br />
do planeta oral.Assim,penso<br />
que o enredo das histórias<br />
dos humanos de carne e osso,<br />
mais carne do que osso,<br />
será sempre contado nas 1ª<br />
e 3ª pessoas do singular. À<br />
luz do foco Alma, as personagens<br />
Alegria,Sofrimento,<br />
Angústia,Felicidade,Fortuna<br />
e Amor são casadas en-<br />
Peço a Virgem Santa, paz<br />
E a Jesus inspiração<br />
Pra falar de uma pessoa<br />
Que tem amor no coração<br />
Por isso a essa pessoa<br />
Tenho muita gratidão.<br />
Quando meus pais se casaram<br />
Não tinham onde morar<br />
Mas tinham o amor de Cristo<br />
E a fé para enfrentar<br />
Quando se tem fé em Deus<br />
O resultado virá.<br />
Em nome da Virgem Maria<br />
E paz da divina luz<br />
Apareceu um senhor<br />
Por nome de Gilvan Cruz<br />
Com certeza este homem<br />
Veio mandado por Jesus.<br />
Deu-nos a sua casa<br />
De graça pra nós morar<br />
E bem no fundo da casa<br />
Terra para meu pai plantar<br />
Milho, feijão e amor<br />
Até hoje a germinar.<br />
VACÂNCIA<br />
Clauder Arcanjo<br />
clauderarcanjo@gmail.com<br />
O nada falou para o vazio,<br />
O vazio fez que não ouviu;<br />
Mas respondeu, só por desfastio:<br />
? Só escuto aquilo que me cala.<br />
...*<br />
Ângela Rodrigues Gurgel<br />
Não, não quero<br />
Este dizer<br />
Que não cria,<br />
Prefiro o silêncio,<br />
Pleno de poesia...<br />
tre si e convivem obedecendo<br />
às regras da Gramática da<br />
Lingua da Vida - e cometem<br />
incesto, claro.<br />
Mas quando o Homem<br />
é abençoado pela formosura<br />
convence quase sempre,<br />
ou sempre convence pelos<br />
olhos os olhos de quem não<br />
pôde decifrar as entrelinhas<br />
do foco. A dona da história<br />
mesmo é também a personagem<br />
de regência nominal<br />
das relações: o Amor<br />
ao conviver com os picos<br />
OBRIGA<strong>DA</strong>, GILVAN CRUZ<br />
Luana Dyane<br />
Governador Dix-sept Rosado<br />
Moramos dois anos e meio<br />
Naquela casa sagrada<br />
É lá no sítio bonito<br />
Uma terra adorada<br />
Do padroeiro São Pedro<br />
Que Igreja abençoada.<br />
Até hoje Gilvan Cruz<br />
Com sua fé e bondade<br />
Ajuda as famílias carentes<br />
Com muita felicidade<br />
Contribui muito com a Igreja<br />
Da nossa comunidade.<br />
Peço a Deus Nosso Senhor<br />
Paz a esse cidadão<br />
Abençoe a Gilvan Cruz<br />
Homem de bom coração<br />
Com certeza este homem<br />
Tem a sua salvação.<br />
Obrigada, Gilvan Cruz<br />
Agradeço-te pra valer<br />
Por tudo que você nos fez<br />
Sua vida vai florescer<br />
E com certeza lá no céu<br />
Tem um lugar pra você.<br />
ANJO CAÍDO<br />
Leylyane Rafaela<br />
vampiravalentine@bol.com.br<br />
(Mossoró/RN)<br />
Anjo caído, por que vieste a mim<br />
Se, desde minha gênese, me abomina?<br />
Não sabes que sou a criatura divina<br />
Com a missão de dar-te fim?!<br />
Anjo caído, por que me olhas assim?<br />
Tu que já causaste uma carnificina.<br />
Piedade? Irei te destruir é a minha sina!<br />
Motivo que, para Terra, eu vim.<br />
"Anja divina, por ti estou apaixonado<br />
Quero morrer por tuas mãos, ao teu lado<br />
Não te preocupes, não resistirei. "<br />
"Deixar-te-ei decepar minha cabeça,<br />
Mas, por favor, não te esqueças<br />
Que muito te amei!"<br />
Artigo<br />
WILLIAMS VICENTE - Jornalista<br />
Superego<br />
de irritação das outras personagens<br />
se enfeia. Se bem<br />
que, em certos parágrafos,<br />
roupa nova, um bom perfume,<br />
música e companhia<br />
apraz são objetos intransitivos<br />
que embelezam, aliviam<br />
e cerram os por vir<br />
insofridos raios do sol de<br />
verão e Eu, Tu e Eles ficamos<br />
belos.<br />
Porém há tantas sílabas<br />
tônicas nos diálogos do<br />
Amor quanto átonas nas<br />
sentenças dos figurantes de-<br />
rivados do polissêmico Sofrimento.<br />
Aqui não tem jeito,<br />
a Fortuna deforma a formosura<br />
do sujeito. A crônica<br />
da vida caminha para um<br />
desfecho que aponta para o<br />
futuro. O que o brio costura,a<br />
tesoura do tempo vai retalhando:<br />
o manto da loucura.A<br />
nota final da redação<br />
promete lograr para o desatino.<br />
Os profetas anunciam<br />
que acima da média.<br />
Imenso.<br />
Tão longo quanto a ho-<br />
Meus momentos aflitivos,<br />
Eu sei, transformar-se-ão<br />
Em instantes reflexivos<br />
De amores e razão.<br />
Tudo na vida passa.<br />
Pois, tudo, é passageiro!<br />
Nesta vida não importa,<br />
Ser primeiro ou derradeiro.<br />
QUARTA FEIRA DE CINZAS<br />
Airton Cilon<br />
Cá estou eu<br />
No meu canto<br />
Desfiando um rosário<br />
Lacrimoso de desencanto<br />
E desolação.<br />
Queria eu<br />
Não amar, dissimular<br />
A dor, o amor em mim.<br />
Mas nesta avenida,<br />
Minha fantasia<br />
Destoa do resto do enredo,<br />
E eu tenho medo de perder<br />
Em harmonia,<br />
Já que perdi você,<br />
Meu adereço de amor<br />
E fantasia.<br />
E sem você, meu enredo<br />
Desafina, e meu coração<br />
Pierrot chora solidão,<br />
Rescaldo de quarta feira<br />
De cinzas.<br />
MOMENTOS<br />
Emmanoel Iohanan<br />
meopatia das madrugadas.<br />
Eu me trato. Tu te tratas.<br />
Ele se trata ainda que submetido<br />
à abstinência dos<br />
Mutantes. Adepto do gerúndio:<br />
perdendo a força,<br />
entrando pelo ralo depressivo.<br />
Angústia dosada em<br />
gotas. O que faz mal também<br />
faz bem quando algemado<br />
à expectativa de alimentar<br />
a vida com o uníssono<br />
amor da carne e da alma.<br />
Mas a vida é homicida<br />
e adora assassinar a espe-<br />
O que importa nela, então,<br />
É o bem que aqui se faz.<br />
É viver intensamente<br />
Pelo amor e pela paz.<br />
É lutar o bom combate,<br />
É ser incondicional<br />
No amar ao semelhante...<br />
É ser justo e fraternal.<br />
rança com tiros de pré-conceitos.<br />
Pará além do amor<br />
antídoto há a bifurcação:viver<br />
ou não viver.<br />
E aquele manto da loucura<br />
retalhado pela tesoura<br />
do tempo desaparece como<br />
se nunca houvesse tecido.<br />
Lembrar-me-ei que amor é<br />
sobrando o que tenho apenas.Enquanto<br />
não durmo,a<br />
beleza esvai-se em rugas e<br />
olheiras.Concluo que as horas<br />
são inimigas,porém provedoras<br />
de espírito.