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BRASIL/MUNDO Domingo, 26 de fevereiro de 2012– 7<br />
INICIATIVA<br />
Conselho da ONU convoca reunião extraordinária<br />
para discutir situação agravante instalada na Síria<br />
Ideia é aprovar mensagem destinada ao presidente sírio, Bashar Al Assad, recomendando o fim da onda de violência<br />
RENATA GIRALDI<br />
Repórter da Agência<br />
Brasil<br />
BRASÍLIA – O Conselho<br />
de Direitos Humanos das<br />
Nações Unidas (ONU) convocou<br />
uma reunião extraordinária<br />
no próximo dia 28,<br />
em Genebra,na Suíça,para discutir<br />
o agravamento da situação<br />
na Síria. A iniciativa partiu<br />
do Conselho de Cooperação<br />
do Golfo Pérsico (que<br />
reúne oito nações). A ideia é<br />
aprovar uma mensagem urgente<br />
destinada ao presidente<br />
sírio, Bashar Al Assad, recomendando<br />
o encerramento<br />
da onda de violência na<br />
região.<br />
A iniciativa ocorre um dia<br />
depois de o ex-secretário-geral<br />
das Nações Unidas Kofi Annan<br />
ser nomeado enviado especial<br />
do organismo e da Liga<br />
Árabe à Síria. Annan defend-<br />
eu o fim da violência e a busca<br />
pelo consenso por meios<br />
pacíficos.<br />
Quinta-feira (23), uma<br />
comissão independente de<br />
inquérito sobre a Síria apresentou<br />
à ONU um relatório<br />
sobre a situação. Nele, aponta<br />
a existência de violações<br />
"generalizadas e sistemáticas"<br />
aos direitos humanos e<br />
evidências de que militares<br />
e "autoridades” ligadas ao<br />
governo têm responsabilidade<br />
por crimes contra a humanidade.<br />
A comissão foi chefiada pelo<br />
brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.<br />
Segundo ele, uma lista<br />
confidencial com nomes de<br />
suspeitos de terem cometido<br />
tais violações foi entregue à<br />
alta comissária para os Direitos<br />
Humanos da ONU, Navi Pillay.<br />
O relatório mostra que os<br />
abusos ocorrem dos dois lados<br />
A comissão foi chefiada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro<br />
do conflito. A comissão de inquérito,formada<br />
em setembro<br />
do ano passado, não teve au-<br />
torização do regime sírio para<br />
atuar no país.<br />
Na semana passada,Navi Pil-<br />
lay disse que a organização deixou<br />
de contar o número de vítimas<br />
no conflito devido à escalada de<br />
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violência.A estimativa é que mais<br />
de 7 mil pessoas morreram em<br />
11 meses de confrontos.
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