Resumos apresentados pelos autores durante a Sessão de Posters ...

fetais (Cobo et al., 2007). TGB é prevalente em países onde adotam como rotina a monta natura, assim o controle envolve
diagnóstico dos touros antes do início da estação de monta e como parte do programa sanitário da inseminação artificial.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade de T. foetus, no sêmen bovino congelado pela técnica convencional.
Material e Métodos
Para tal foi utilizada a amostra de T. foetus RS-04/06, mantida em meio de cultivo Diamond a 35°C ± 2°C. Foram
realizadas cinco coletas de sêmen pela vagina artificial, seguido os protocolos de congelamento convencional em três
grupos distintos (A – sêmen in natura, B – sêmen + 0,8 x 10 6 T. foetus/mL, C – 0,8 x 10 6 T. foetus/mL), utilizou o diluidor
tris-gema-glicerol fração única. Após a diluição, rfealizou-se o envase em palhetas 0,5mL, mantidos em resfriamento por
90 minutos, até atingir a temperatura de 5 a 7°C, sendo levado ao vapor de nitrogênio durante 15 minutos, e
posteriormente imerso em nitrogênio líquido, seguindo a técnica de congelamento convencional (Gonzalez, 2004).
Descongelou-se as palhetas para avaliação espermática e a viabilidade do protozoário no meio de cultivo.
Resultados e Discussão
O sêmen a fresco apresentou em cinco coletas, os valores médios, do volume de 5,2 mL, turbilhonamento 4, motilidade
87,0%, vigor 4 e concentração de 1.027,5 x 10 6 espermatozóides/mL. O grupo A e B criopreservado, apresentaram em
média, vigor 3 em ambos e motilidade de 45% e 40% (p > 0,05), respectivamente. Quanto a viabilidade do T. foetus dos
grupos B e C criopreservados, obtiveram em média de 5,9 dias de sobrevivência. Conclui-se que T. foetus resiste ao
processo de criopreservação pela técnica convencional, ressaltando a importância do controle sanitário de T. foetus nas
Centrais de Inseminação Artificial.
Referências bibliográficas
Gonzalez, R. A. F. Efeito da criopreservação usando diferentes técnicas de congelação e crioprotetores sobre parâmetros
espermáticos e a integridade de membranas do espermatozóide bovino. Pirassununga. 92f. 2004. Tese (doutorado) - USP.
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. Departamento de Reprodução Animal, 2004.
Cobo et al. Sensitivity and specificity of culture and PCR of smegma samples of bulls experimentally infected with
Tritrichomonas foetus. Theriog., v.68, p. 853–860, 2007.
Palavras-chave: sêmen, criopreservação, refrigeração, bovino, T. foetus.
Keywords: semen, cryopreservation, refrigeration, cattle, T. foetus.
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Avaliação do placentomo e freqüência da ocorrência de corpo lúteo nos ovários de vacas Nelore (Placentome
evaluation and frequency of occurrence of corpus luteum in the ovaries of Nelore cows)
E.R. Machado, A.P. Marques Júnior
Dep. de Clínica e Cirurgia Veterinária da Escola de Veterinária da UFMG. E-mail: evandro21@hotmail.com
Introdução
A placenta dos mamíferos da subclasse Eutéria possui estrutura e características funcionais comuns. Entretanto, existem
variações na aparência tanto macro quanto microscópica entre as espécies. Nos ruminantes, a placenta é classificada como
cotiledonária, baseado em suas características anatômicas. Ela exibe áreas discretas de ligação materno-fetal, os
placentomos, formados pela interação do corioalantóide com o endométrio, sendo a parte fetal do placentomo o cotilédone
e a parte materna a carúncula. O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina transitória. Sua presença é obrigatória
para a manutenção da gestação em bovinos. Estudos têm demonstrado que o ovário bovino, localizado do lado direito é
mais funcional quando comparado ao esquerdo, o que sugere maior freqüência de corpo lúteo neste ovário. O objetivo
deste trabalho foi estudar aspectos macroscópicos do placentomo e avaliar a freqüência de ocorrência do corpo lúteo nos
ovários esquerdo e direito.
Material e Métodos
Os espécimes de genitais foram obtidos de 52 vacas da raça Nelore, gestantes e saudáveis, abatidas em frigorífico
localizado no Triângulo Mineiro. Instantes após o abate dos animais foi realizada, de modo mais asséptico possível, uma
incisão no corno uterino gestante, com posterior secção do cordão umbilical e exteriorização do feto. Este foi colocado em
decúbito lateral com sua linha dorsal em posição retilínea, sendo a idade gestacional anotada, após aplicação da fórmula
recomendada por Richardson (1996). O interior do corno uterino gestante foi exposto e o número de placentomos
quantificado, foi coletado o ovário contendo o corpo lúteo e anotado o lado de sua ocorrência.
Resultados e Discussão
O número médio de placentomos encontrados no corno uterino gestante foi de 43,08±9,37. Em trabalho realizado por
Björkman (1954), foi encontrado número médio de 63 placentomos no corno uterino gestante e 41 no corno não gestante.
Em outra pesquisa esse mesmo autor encontrou 52 e 23 placentomos, respectivamente. Estes dados indicam que o número
de placentomos que se desenvolvem ao longo da gestação em vacas Bos taurus taurus é superior ao encontrado em vacas
Nelore. Marques Júnior et al. (1993) descrevem que durante a gestação ocorre a formação de 70 a 120 placentomos, os
quais aumentam diversas vezes seu tamanho original, com a estabilização do crescimento se dando entre os dias 180 e 210
da gestação. O corpo lúteo foi encontrado no ovário direito em 61,54% dos casos e no ovário esquerdo em 38,46%. Esta
diferença a favor da ovulação no ovário direito, assemelhando-se aos achados de Viana et al. (1999), sugere a maior
freqüência de gestação no corno uterino direito e de corpo lúteo no ovário ipsilateral, o que poderia sinalizar uma maior
funcionalidade desse ovário. Todas as gestações apresentaram-se localizadas no corno uterino ipsilateral ao ovário