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árabe. Faz dois dias que o mundo assistiu o desabamento das duas torres do World Trade<br />
Center em Nova Yorque. A configuração aguça a curiosidade e o número de pessoas na tenda<br />
é grande. Papiros, cristais, véus, bijuterias egípcias, caixas de madrepérola, gabbehs,<br />
lanternas, e num canto da tenda, uma moça encenando a dança do ventre. Hoje é a noite da<br />
etnia árabe. Simultaneamente, no palco principal, as apresentações se dão. Danças e músicas<br />
em tudo tentam lembrar o mundo árabe.<br />
Há uma tenda menor, em realidade uma oca. Nela não existe comida, muito<br />
menos típica. Não há trajes típicos, tampouco alguém que tenha suposta legitimidade para<br />
ostentá-los. Os diacríticos são outros. Balaios, redes, arcos e flechas, ossos de baleia, se<br />
penduram em pilares, pois na oca não há o confinamento impresso pelas paredes presentes nas<br />
demais tendas. O público que a freqüenta é bem menor. Compõe-se de alguns curiosos e<br />
outros professores e membros da Universidade local. Alguns depoimentos coletados numa<br />
obra pouco conhecida, mas de reconhecido valor, acompanhados por grafites feitos por um<br />
artista da cidade tentam lembrar a presença indígena naquele lugar.<br />
Outras tendas, bem menores, e com preocupação maior em delimitar mercados<br />
também estão dispostas pela rua, ou melhor, através das ruas. São barracas de bancos (do<br />
Estado de Santa Catarina – BESC, por exemplo), Previdência Social, imobiliárias, postos de<br />
combustíveis, emissoras de rádio e televisão, Polícia Militar, Prefeitura, e a multiculturalista<br />
barraca de organização do evento, e juntas empreendem esforços para transformar diversidade<br />
e diferenças em negócios.<br />
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