Versão em PDF - Partido Social Democrata
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de poder com os eleitos do PS.<br />
Numa esplanada na praça, Passos Coelho explicou a<br />
um casal de turistas que anda por ali <strong>em</strong> campanha e que<br />
é candidato a primeiro-ministro, ouvindo votos de “boa<br />
sorte”, a que juntou a expressão “com muito trabalho”.<br />
Houve ainda t<strong>em</strong>po para explicar a um grupo de<br />
mulheres, que atrasou o almoço para ver o candidato, por<br />
que razão é importante haver uma vitória clara, garantindo<br />
estar seguro da vitória nas urnas no dia 5 de Junho.<br />
A caravana seguiu para o almoço com instituições<br />
particulares de solidariedade social, num dia dedicado<br />
ao distrito de Santarém que terminou ao fim da tarde,<br />
na freguesia da Póvoa da Isenta, numa festa “b<strong>em</strong> ribatejana”,<br />
com garraiada e porco no espeto.<br />
Em Torres Novas, o presidente do PSD, Pedro Passos<br />
Coelho, tinha pedido uma vitória nas legislativas com<br />
um “apoio muito forte”.<br />
“Não estamos a dispersar a nossa atenção noutras<br />
forças políticas, muito menos <strong>em</strong> forças políticas que já<br />
no passado foram nossas aliadas e que são potenciais<br />
aliados no futuro”, afirmou Passos Coelho aos jornalistas,<br />
durante a acção de rua, <strong>em</strong> Tomar.<br />
Nesta arruada, como nas anteriores, o presidente do<br />
PSD d<strong>em</strong>orou-se nas conversas com as pessoas que o<br />
abordam, ouvindo e fazendo perguntas, e cumprimentou<br />
quase toda a gente por qu<strong>em</strong> passou, distribuindo<br />
beijinhos e apertos de mão.<br />
“Nós precisamos de ganhar, mas t<strong>em</strong>os de ter um<br />
apoio muito grande. As exigências do Governo vão ser<br />
tão grandes que vai ser preciso um apoio muito forte”,<br />
disse, ao ouvir palavras de apoio.<br />
Em Tomar, Passos Coelho pediu também “uma pontinha<br />
de sorte”, s<strong>em</strong> deixar de ressalvar que para isso<br />
é preciso “muito trabalho” – <strong>em</strong> português e <strong>em</strong> inglês,<br />
para um grupo de turistas daquela nacionalidade, que<br />
lhe desejaram “good luck”.<br />
“Thank you. Good luck needs a lot of work”, observou.<br />
Mais tarde, no almoço <strong>em</strong> Torres Novas, voltou a ser<br />
questionado sobre o desafio do dirigente do CDS-PP António<br />
Pires de Lima para que ponha “ord<strong>em</strong> na sua gente”.<br />
O presidente do PSD desvalorizou as críticas trocadas<br />
entre dirigentes partidários, considerando que “é natural”<br />
que isso aconteça numa campanha eleitoral.<br />
“Mas o essencial da nossa campanha t<strong>em</strong> estado<br />
focado na transmissão de uma confiança muito grande<br />
ao País” e na apresentação do PSD como “alternativa ao<br />
PS e ao Governo”, acrescentou.<br />
O CDS-PP é um “potencial aliado”, mas, segundo<br />
Passos Coelho, não está na disputa pela liderança do<br />
Governo, que é entre o PSD e o PS: “É muito importante<br />
que eu não disperse a minha atenção no combate com<br />
outros partidos “.<br />
De manhã, <strong>em</strong> Coruche, o presidente do PSD exigiu<br />
explicações do Governo sobre eventuais nomeações para<br />
a Administração Pública “não publicitadas”.<br />
A pedido das televisões, repetiu duas vezes essa<br />
exigência, mas afirmou que o PSD não tenciona criar<br />
“incidentes n<strong>em</strong> episódios de campanha” e que não vai<br />
passar o t<strong>em</strong>po “a falar de nomeações”.<br />
Ainda assim, o líder do PSD anunciou que vai divulgar<br />
as “provas” sobre nomeações que estão a ser feitas para<br />
a administração pública, com a indicação para que “não<br />
sejam divulgadas”.<br />
“Exist<strong>em</strong> provas de que há nomeações que têm<br />
estado a ocorrer e que há pedido para que não sejam<br />
divulgadas”, afirmou o líder social-d<strong>em</strong>ocrata, prometendo<br />
que dará conhecimento à comunicação social dos<br />
el<strong>em</strong>entos que lhe foram r<strong>em</strong>etidos por funcionários<br />
públicos, para que exista “um esclarecimento cabal”<br />
sobre a situação.<br />
“Isso será mostrado, até para o próprio Governo poder<br />
averiguar o que é que se passa, porque é importante<br />
saber quando é invocada uma ord<strong>em</strong> superior, de que<br />
ord<strong>em</strong> superior é que estamos a falar. Não é uma situação<br />
regular, mas não quero com isto estar a criar um<br />
caso de campanha”, acrescentou.<br />
Ao início da manhã, <strong>em</strong> Coruche, o líder do PSD tinha<br />
dito que t<strong>em</strong> “recebido da parte de funcionários públicos<br />
denúncias que apontam que o Estado está, nomeadamente<br />
o ministério da Justiça, a fazer nomeações para<br />
cargos intermédios da administração e ao mesmo t<strong>em</strong>po<br />
a dar ordens expressas para que essas nomeações não<br />
sejam publicadas <strong>em</strong> Diário da República, a não ser<br />
depois do próximo Governo tomar posse”.<br />
Confrontado com estas declarações, o secretário-geral<br />
do PS, José Sócrates afirmou que o presidente do PSD<br />
fez acusações “gratuitas” e s<strong>em</strong> sentido ao dizer que<br />
estão a ser feitas nomeações para cargos intermédios do<br />
Estado e que são ocultadas pelo Governo, sublinhando<br />
que o Governo tomou uma deliberação b<strong>em</strong> expressa<br />
Presidente<br />
no sentido de que não haverá nomeações” quando o<br />
executivo está <strong>em</strong> gestão.<br />
Sócrates deixado <strong>em</strong> falso pelo secretário de<br />
Estado da Presidência<br />
Aconteceu, no entanto, que o secretário de Estado<br />
da Presidência do Conselho de Ministros, João Tiago<br />
Silveira, afirmou ao princípio da noite, que tinham sido<br />
feitas seis nomeações, <strong>em</strong>bora com“rigor, escrúpulos e<br />
estrita necessidade” e que as seis nomeações efetuadas<br />
foram: três governadores civis, o novo coordenador do<br />
Plano Nacional para a Saúde Mental, um posto na Comissão<br />
do Fundo de Solidariedade Cultural do Instituto<br />
de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico<br />
(IGESPAR) e mais um funcionário no gabinete de ligação<br />
da Marinha (Naval Inventory Control Point). O assunto<br />
não foi dado, contudo, como encerrado, pois ainda há<br />
zonas cinzentas a esclarecer, tais como a proibição de<br />
publicação <strong>em</strong> Diário da República.<br />
Foi o que fez notar Passos Coelho, quando afirmou,<br />
mais tarde, “aquilo que o País sabe é que houve nomeações<br />
feitas pelo Governo, já estão confirmadas até por<br />
um secretário de Estado, mas o que o País não percebe<br />
é porque é que, se essas nomeações ocorreram, foram<br />
dadas instruções, para que não houvesse publicidade<br />
sobre elas”.<br />
Recordando que depois de esta manhã ter pedido<br />
ao executivo esclarecimentos sobre as nomeações para<br />
cargos intermédios da administração pública, numa primeira<br />
fase o Governo negou que estivess<strong>em</strong> a ocorrer<br />
quaisquer nomeações, depois, ao final da tarde, já havia<br />
confirmação de “seis nomeações que eram absolutamente<br />
indispensáveis”.<br />
“Eu não tenho mais nada a acrescentar a isto, a não<br />
ser esta pergunta: se é normal e essas nomeações eram<br />
absolutamente necessárias, porque é que elas não foram<br />
publicadas no Diário da República? Porque é que se<br />
ocultou que essas nomeações foram feitas - é apenas<br />
isto que está <strong>em</strong> causa”, insistiu o líder do PSD.<br />
Passos Coelho recusou ainda estar a fazer qualquer<br />
“insinuação” ou querer “criar um caso de campanha”<br />
defendendo que está apenas “a constatar factos”,<br />
porque “o Estado deu instruções à Imprensa Nacional<br />
Casa da Moeda para ocultar” as nomeações e para não<br />
as divulgar.<br />
“Isso é que não me parece um procedimento normal”,<br />
frisou, reiterando que espera que o Governo divulgue<br />
“todas as nomeações que foram feitas e que não<br />
impeça a Imprensa Nacional Casa da Moeda de fazer a<br />
devida publicitação”, pois isso é que é “transparência”.<br />
Em Portalegre, comenta-se situação política<br />
espanhola e dá-se “por encerrado” o “caso<br />
das nomeações”<br />
Pedro Passos Coelho, disse hoje esperar “sinceramente”<br />
que a Espanha encontre uma forma de sair da<br />
situação de “crise” <strong>em</strong> que se encontra s<strong>em</strong> precisar de<br />
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