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FIGURAS DE LINGUAGEM E HUMOR Com exercícios

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se enroscou nos meus braços,<br />

me deu um abraço,<br />

me deu as maminhas<br />

que eram só minhas.<br />

A rede virou,<br />

O mundo afundou.<br />

(Carlos Drummond de Andrade)<br />

8. (Pucsp 1999) Levando em conta o "fragmento II",<br />

de Castro Alves, assinale a alternativa CORRETA.<br />

a) O poeta aceita e interpreta o byronismo,<br />

conforme fizeram todos os poetas românticos.<br />

b) O poeta supera o amor contemplativo, embora<br />

revele timidez em seus devaneios líricos.<br />

c) O poeta distancia-se do objeto representado,<br />

empregando figuras de linguagem que ocultam<br />

seus desejos.<br />

d) O poeta rompe com os excessos do idealismo<br />

amoroso ao apresentar o amor com feições<br />

físicas e materiais.<br />

e) O poeta versifica em linguagem contida,<br />

procedimento que lhe dá posição de destaque no<br />

Romantismo.<br />

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:<br />

MEU CARO <strong>DE</strong>PUTADO<br />

O senhor nem pode imaginar o quanto eu e<br />

a minha família ficamos agradecidos. A gente<br />

imaginava que o senhor nem ia se lembrar de nós,<br />

quando saiu a nomeação do Otavinho meu filho. Ele<br />

agora está se sentindo outro. Só fala no senhor, diz<br />

que na próxima campanha vai trabalhar ainda mais<br />

para o senhor. No primeiro dia de serviço ele queria<br />

ir na repartição com a camiseta da campanha mas<br />

eu não deixei, não ia ficar bem, apesar que eu acho<br />

que o Otavinho tem muita capacidade e merecia o<br />

emprego. Pode mandar puxar por ele que ele dá<br />

conta, é trabalhador, responsável, dedicado, a<br />

educação que ele recebeu de mim e da mãe foi<br />

sempre no caminho do bem.<br />

Faço questão que na próxima eleição o<br />

senhor mande mais material que eu procuro todos<br />

os amigos e os conhecidos. O Brasil precisa de<br />

gente como o senhor, homens de reputação<br />

despojada, com quem a gente pode contar. Meu<br />

vizinho Otacílio, a mulher, os parentes todos<br />

também votaram no senhor. Ele tem vergonha, mas<br />

eu peço por ele, que ele merece: ele tem uma<br />

sobrinha, Maria Lúcia Capistrano do Amara, que é<br />

professora em Capão da Serra e é muito<br />

adoentada, mas o serviço de saúde não quer dar<br />

aposentadoria. Posso lhe garantir que a moça está<br />

mesmo sem condições, passa a maior parte do<br />

tempo com dores no peito e na coluna que nenhum<br />

médico sabe o que é. Eu disse que ia falar com o<br />

senhor, meu caro deputado, não prometi nada, mas<br />

o Otavinho e a mulher tem esperanças que o senhor<br />

vai dar um jeitinho. É gente muito boa e amiga, o<br />

senhor não vai se arrepender.<br />

Mais uma vez obrigado por tudo, Deus lhe<br />

pague. O Otavinho manda um abraço para o<br />

senhor. Aqui vai o nosso abraço também. O senhor<br />

pode contar sempre com a gente.<br />

Miroel Ferreira (Miré)<br />

9. (Puccamp 1995) Considerando-se expressões<br />

como "no caminho do bem", "trabalhador,<br />

responsável, dedicado" e "o Brasil precisa de gente<br />

como o senhor", pode-se afirmar que o remetente<br />

empregou na carta<br />

a) figuras de linguagem com alguma originalidade.<br />

b) termos concretizantes e precisos.<br />

c) linguagem enraizada em vivências muito<br />

pessoais.<br />

d) lugares-comuns pouco definidores.<br />

e) fórmulas retóricas da linguagem afetiva.<br />

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:<br />

ESTAMOS CRESCENDO <strong>DE</strong>MAIS ?<br />

O nosso "complexo de vira-lata" tem<br />

múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer.<br />

Sempre que a economia brasileira mostra um pouco<br />

mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes<br />

falando em "excesso de demanda" "retorno da<br />

inflação" e pedindo medidas de contenção.<br />

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do<br />

segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que<br />

a economia está pegando ritmo. O crescimento foi<br />

significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo<br />

do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao<br />

segundo trimestre do ano passado. A expansão do<br />

primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com<br />

igual período de 2006.(...)<br />

Aturma da bufunfa não pode se queixar.<br />

Entre os subsetores do setor serviços, o segmento<br />

que está "bombando" é o de intermediação<br />

financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil<br />

continua sendo o paraíso dos bancos e das<br />

instituições financeiras.<br />

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa<br />

financeira, pelo menos alguns deles, parecem<br />

razoavelmente inquietos. Há razões para esse<br />

medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro<br />

que o governo e o Banco Central nunca podem<br />

descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase<br />

digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria<br />

(parafraseando uma outra máxima trivializada pela<br />

repetição): "O preço da estabilidade é a eterna<br />

vigilância".<br />

Entretanto, a estabilidade não deve se<br />

converter em estagnação. Ou seja, o que queremos<br />

é a estabilidade da moeda nacional, mas não a<br />

estabilidade dos níveis de produção e de emprego.<br />

A aceleração do crescimento não parece<br />

trazer grande risco para o controle da inflação. Ela<br />

não tem nada de excepcional. O Brasil está se<br />

recuperando de um longo período de crescimento<br />

econômico quase sempre medíocre, inferior à média<br />

mundial e bastante inferior ao de quase todos os

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