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Sindicato do Comércio Varejista Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de de Goiás Goiás<br />

Entrevista: Manoel Polycarpo de Castro Neto<br />

Ano XVIII / Dezembro de 2012 / <strong>Edição</strong> n nº nº. . <strong>62</strong><br />

Entrada do novo combustível<br />

gera tensão no mercado<br />

Novo diesel com baixo teor de enxofre está previsto para começar<br />

a ser comercializado em janeiro de 2013. Vendas do S50 encalham.


Editorial<br />

Mais novidades<br />

pela frente<br />

Estamos chegando ao fi nal do ano e logo virá 2013. Boa parte da<br />

revenda tem motivos para fi car apreensiva com a chegada do novo<br />

ano. Depois de amargar prejuízos com o baixo consumo do S50 ao<br />

longo de 2012, os postos revendedores que comercializam o combustível<br />

terão pela frente agora o desafi o de vender o S10, o novo<br />

diesel com baixo teor de enxofre que está previsto para iniciar a comercialização<br />

em janeiro de 2013.<br />

E as perspectivas não são nada animadoras. Se o S50 já era um<br />

combustível que oferecia grandes difi culdades para o transporte e<br />

estocagem devido à sua sensibilidade e, consequente possibilidade<br />

de sair das especifi cações exigidas pela ANP, o S10 é ainda mais sensível<br />

e os problemas nesse sentido são bem maiores.<br />

O que pode amenizar um pouco os problemas é o possível crescimento<br />

da frota de caminhões com motor Euro 5, movido exclusivamente<br />

com diesel S50 ou S10. Em 2012, que foi o primeiro ano<br />

de comercialização dos novos caminhões, as vendas encalharam, o<br />

que levou ao encalhe das vendas do S50. Agora, é possível que haja<br />

uma renovação de parte da frota e, com isso, cresça a demanda pelos<br />

novos combustíveis.<br />

A revenda, no entanto, deve fi car atenta na hora de receber o<br />

S10 porque, devido à sensibilidade do combustível, ao transportá-lo<br />

por longas distâncias, ocorre um aumento natural no nível de enxofre.<br />

Em função de ser tão delicado, o assunto é tema de capa desta<br />

edição da <strong>Revista</strong> do <strong>Sindiposto</strong>, que traz também uma entrevista<br />

com o chefe do Escritório da ANP em Brasília, Manoel Neto, em que<br />

ele dá uma notícia bastante animadora, de que Goiás está entre os<br />

seis estados com melhor conformidade nos combustíveis, o que é<br />

resultado da conscientização da revenda goiana.<br />

Publicamos ainda uma matéria sobre segurança nos postos de<br />

combustíveis, assunto que foi tema de um encontro promovido pelo<br />

sindicato entre empresários da revenda e o Comando do Policiamento<br />

da Capital e também gerou uma cartilha distribuida pelo SINDI-<br />

POSTO aos postos revendedores de Goiânia.<br />

Se existem desafi os, temos que enfrentá-los e é com isso que o<br />

SINDIPOSTO está comprometido. E é muito bom vermos que a revenda<br />

goiana atende a esse chamado de caminharmos juntos para<br />

fortalecermos nossas ações em favor de um mercado cada vez mais<br />

sólido.<br />

Boas festas e um próspero ano novo a todos os companheiros!<br />

Leandro Lisboa Novato<br />

Presidente do <strong>Sindiposto</strong>-GO<br />

3 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


4 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Índice<br />

05<br />

20<br />

31<br />

03<br />

22<br />

27<br />

34<br />

Notas<br />

Editorial<br />

14<br />

18<br />

10<br />

Prejuízo ao<br />

desenvolvimento<br />

do setor de combustíveis<br />

Entrevista<br />

Manoel Polycarpo<br />

de Castro Neto<br />

Prevenir é melhor<br />

do que remediar<br />

Biocombustível brasileiro disputa<br />

liderança mundial com a Alemanha<br />

Reajuste dos combustíveis<br />

deve fi car para 2013<br />

Entrada do novo<br />

combustível gera tensão no<br />

mercado de combustíveis<br />

Mistura de etanol na gasolina<br />

deve aumentar em junho de 2013<br />

LMC - preenchimento e penalidades<br />

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo<br />

no Estado de Goiás<br />

12ª Avenida, nº 302, Setor Universitário<br />

CEP.: 74.603-020 – Goiânia-GO<br />

www.sindiposto.com.br<br />

Telefax: (<strong>62</strong>) 3218-1100<br />

e-mail: sindiposto@sindiposto.com.br<br />

Diretoria<br />

Presidente:<br />

Leandro Lisboa Novato<br />

1º Vice-Presidente:<br />

Márcio Martins de Castro Andrade<br />

2º Vice-Presidente:<br />

Wellington Constante<br />

1º Diretor de Patrimônio Financeiro:<br />

José Batista Neto<br />

2º Diretor de Patrimônio Financeiro:<br />

João Ferreira da Silva Sobrinho<br />

1º Secretário:<br />

Sebastião Peixoto Moura<br />

2ª Secretário:<br />

Gustavo Henrique Marcelo de Faria<br />

Diretor de Rodovias:<br />

Juvenilton Bezerra Cruz<br />

Diretor Social:<br />

Luciano Pucci Lourenço<br />

Suplentes da Diretoria:<br />

Carlos Villela Neto, Sizenando Eterno e Ferro,<br />

Rogério Márcio Borges<br />

Conselho Fiscal:<br />

Luiz Roberto Ribeiro Batista, José Eustáquio<br />

Barbosa, Mario Fernandes Junior<br />

Suplente Conselho Fiscal:<br />

Vander Ferreira Barros, Daniel Borges de<br />

Oliveira, Valdeci Siqueira Batista<br />

Coordenador Administrativo:<br />

Marco Antônio Ribeiro Borges<br />

Assessora Administrativa:<br />

Letticia Alves e Silva<br />

Auxiliar Administrativa:<br />

Amanda Cassiano Archanjo<br />

Secretária:<br />

Luciana Paz Gomes<br />

Assessor Comercial:<br />

Alexandre Rocha Figueiredo<br />

Corpo Jurídico:<br />

Dr. Hélio França de Almeida<br />

Dr. Nayron Cintra Sousa<br />

Dra. Stéfani Calaça Resende<br />

Dr. Guilherme Junqueira Moura Gama<br />

Coordenador do Depto. Ambiental:<br />

Afonso Antunes de Oliveira Filho<br />

Assessor Ambiental:<br />

Paulo Afonso Arrais de Morais Moreira<br />

Assessoria Contábil:<br />

Jocenildo Alves Maciel<br />

<strong>Edição</strong> e Redação:<br />

Dalton Costa<br />

Diagramação:<br />

Thales Moraes<br />

Tiragem: 2.000 exemplares<br />

Periodicidade: bimestral<br />

Impressão: Gráfi ca: Art3<br />

Obs.: A <strong>Revista</strong> <strong>Sindiposto</strong> não se responsabiliza pela<br />

qualidade e/ou conteúdo dos anúncios, serviços prestados,<br />

assim como, dos informes publicitários veiculados.


Notas<br />

Novos associados do SINDIPOSTO<br />

O prêmio mais prestigiado em<br />

excelência g ggráfica<br />

gráfica da América Latina<br />

É NOSSO !<br />

Rua 102, 34, St. Sul, Goiânia - (<strong>62</strong>) 3218.2233<br />

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Auto Posto T 4 Ltda.<br />

Rua T 58, nº 85, Setor Bueno,<br />

Goiânia<br />

Proprietário:<br />

Gladson Braga Vaz de Andrade<br />

Auto Posto Ouro Petro Ltda.<br />

Av. Goiás, nº 1307<br />

Setor Central, Goiânia<br />

Proprietário:<br />

João Afonso de Barros Neto<br />

Termômetro<br />

A edição da Portaria INMETRO n.º 441, de 23 de novembro de 2011, tem causado<br />

dúvidas ao revendedor, ao passo que a mesma, desde 1º de janeiro de 2012,<br />

vedou a utilização do mercúrio em termômetros produzidos a partir daquela data.<br />

Ou seja, os postos que já possuem o equipamento com certifi cação de verifi<br />

cação inicial do INMETRO, a priori, não precisam adquirir novo equipamento<br />

conforme menciona a Portaria.<br />

Havendo qualquer motivo que enseje a substituição do termômetro, necessariamente,<br />

deverá o revendedor ater-se à regra da Portaria INMETRO 441/2011,<br />

adquirindo referido equipamento sem mercúrio como líquido termométrico.<br />

Gráfica Art 3 é a única de Goiás a<br />

receber o Prêmio Fernando Pini de<br />

Excelência Gráfica em toda a<br />

história das 22 edições do evento.<br />

5 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


6 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Notas<br />

SINDIPOSTO–GO<br />

presente na Festa<br />

do Revendedor do<br />

Paraná<br />

Realizou-se no dia 27 de outubro<br />

a Festa do Revendedor 2012 promovida<br />

pelo Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Combustíveis do Estado<br />

do Paraná. Esteve presente o Dr.<br />

Nayron Cintra Sousa, acompanhado<br />

de sua esposa, a qual registrou o<br />

momento acompanhado do presidente<br />

da FECOMBUSTÍVEIS, Paulo<br />

Miranda, e do Vice-presidente da<br />

Federação e presidente do SINDI-<br />

COMBUSTÍVEIS, Roberto Fregonese.<br />

Mantenha o<br />

cadastro atualizado<br />

Os associados do SINDIPOSTO<br />

devem estar com dados da empresa<br />

atualizados com informações<br />

relativas ao setor. Entrar em contato<br />

pelo telefone (0<strong>62</strong>) 3218-1100, ou<br />

pelo site www.sindiposto.com.br.<br />

Tem email para receber os dados:<br />

sindiposto@sindiposto.com.br<br />

Meio ambiente em pauta<br />

No dia 19 de setembro, o departamento ambiental do SIN-<br />

DIPOSTO realizou uma palestra sobre o tema Implementação<br />

do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A palestra,<br />

ministrada pelo Coordenador Ambiental do sindicato, Afonso<br />

Antunes Filho visou demonstrar a necessidade dos postos de<br />

combustíveis se adequarem às exigências ambientais quanto<br />

à destinação dos resíduos sólidos produzidos e mostrou o<br />

passo a passo para a implementação do plano.<br />

Em seguida, foi proferida ainda pelo engenheiro ambiental,<br />

Paulo Afonso Moreira, palestra sobre Comissão Interna<br />

de Prevenção de Acidentes (CIPA), também apontando para<br />

a necessidade de os postos cumprirem o que determina a<br />

legislação trabalhista quanto ao tema.<br />

Nota de pesar<br />

Com pesar, o SINDIPOSTO comunica o falecimento do 2º Vice-Presidente<br />

da entidade, Sr. Wellington Constante, no dia 12 de outubro.


Formação de Frentista<br />

Com o objetivo de apoiar a revenda de combustíveis no que se<br />

refere à qualifi cação de seus empregados, o SINDIPOSTO realizou no<br />

dia 26 de setembro uma palestra com a psicóloga Priscila Oliveira, da<br />

Desenvolver Recursos Humanos.<br />

SPED Fiscal é tema<br />

de nova palestra<br />

Visando esclarecer as dúvidas<br />

quanto ao Sistema Público de<br />

Escrituração Digital (SPED), o<br />

SINDIPOSTO promoveu no dia 30<br />

de outubro uma palestra sobre<br />

Escrituação Fiscal Digital (EFD),<br />

que é como é nomeado o SPED<br />

Fiscal na legislação. A palestra<br />

foi proferida pelo presidente<br />

da Plumas Assessoria Contábil,<br />

Luiz Rinaldo. O SPED Fiscal é<br />

um conjunto de escrituração de<br />

documentos fiscais, apuração de<br />

alguns impostos e outras informações<br />

de interesse dos fiscos<br />

das unidades federativas e da<br />

Receita Federal.<br />

Reunião dos<br />

advogados<br />

Aconteceu no último<br />

dia 26 de outubro, na<br />

sede do SINDICOMBUS-<br />

TÍVEIS-PR, em Curitiba,<br />

mais um encontro entre<br />

os advogados de sindicatos<br />

de todo país.<br />

Representando o<br />

SINDIPOSTO-GO esteve<br />

presente o Dr. Nayron<br />

Cintra Sousa, que deliberou<br />

alguns temas,<br />

além de informar à<br />

Federação Nacional do<br />

Comércio de Combustíveis<br />

e Lubrificantes<br />

(FECOMBUSTÍVEIS) que<br />

já interveio perante a<br />

relatoria do Projeto de<br />

Lei n.º 866/2011, que<br />

dispõe sobre a construção<br />

e reforma de<br />

postos revendedores<br />

de combustíveis, tendo<br />

sido, em alguns pontos,<br />

atendido, e que a partir<br />

de então a Federação<br />

fará a intervenção.<br />

7 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


8 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Notas<br />

Workshop Senac<br />

Excelência no atendimento em postos de combustíveis.<br />

Esse foi o tema do workshop realizado pelo<br />

SINDIPOSTO em conjunto com o Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Comercial (Senac). Ministrada pelo consultor<br />

Douglas Noleto, o workshop foi direcionado aos<br />

frentistas e vendedores de lojas de conveniência e teve<br />

como objetivo dotar os trabalhadores da capacidade de<br />

identificar os tipos de clientes, desenvolver habilidades<br />

de comunicação, identificar necessidades, fornecer informações,<br />

lidar com emoções, superar expectativas dos<br />

clientes e, assim, oferecer um atendimento de qualidade.<br />

Regulamentação<br />

de motorista e os<br />

postos de rodovia<br />

Um assunto que é de interesse<br />

direto da revenda de combustíveis é<br />

a regulamentação da lei 12.619, que<br />

criou a profi ssão de motorista. Isso<br />

porque os postos de rodovia estão se<br />

transformando na única opção segura<br />

para os caminhoneiros cumprirem a<br />

exigência do intervalo de descanso de<br />

11 horas entre jornadas, parada para<br />

almoço de uma hora por dia e repouso<br />

de 30 minutos a cada 4 horas de<br />

direção ininterrupta.<br />

O presidente da Fecombustíveis,<br />

Paulo Miranda, se posicionou sobre o<br />

tema durante o Fórum Internacional<br />

de Postos de Serviços, Equipamentos,<br />

Lojas de Conveniência e Food Service,<br />

realizado de 21 a 23 de agosto durante<br />

a Expopostos 2012, no Rio de Janeiro.<br />

Ele lembrou que as entidades representativas<br />

do setor não foram convidadas<br />

para discutir os pontos polêmicos<br />

da nova lei.<br />

A Fecombustíveis vai sugerir a<br />

alteração da lei que permite que os<br />

caminhões tenham tanques extras,<br />

limitando o volume a um máximo de<br />

300 litros. Esta seria uma contrapartida<br />

para os postos de rodovia, já que os<br />

motoristas teriam que efetuar pelo<br />

menos uma parada para o abastecimento,<br />

evitando que ele dirija por<br />

longos períodos de forma ininterrupta.


Avaliações de<br />

consenso do SEGS<br />

Dando prosseguimento às ações do Sistema de Excelência em<br />

Gestão Sindical (SEGS), no dia 18 de outubro, a gerente administrativa<br />

e fi nanceira do SINDIPOSTO, Lettícia Alves e Silva, esteve em Campo<br />

Grande para fazer a avaliação de consenso do SINPETRO-MS, juntamente<br />

com a avaliadora daquele sindicato, Solange Barbosa.<br />

No dia 22 de outubro, o avaliador Jonil Marques, do SINDIPETRÓ-<br />

LEO-MT, esteve no SINDIPOSTO para avaliar a entidade.<br />

Errata<br />

Oposto àquilo que foi<br />

dito no tópico “RESCISÃO<br />

ANTECIPADA DO CON-<br />

TRATO DE EXPERIÊNCIA”,<br />

especificamente na página<br />

17 da <strong>Edição</strong> nº 61, o<br />

aviso prévio será devido<br />

apenas na hipótese do<br />

contrato de experiência<br />

avançar sobre cláusula<br />

assecuratória do direito<br />

recíproco de rescisão antecipada.<br />

Caso contrário,<br />

o empregador obrigar-se-<br />

-á ao pagamento de uma<br />

indenização em favor do<br />

funcionário dispensado<br />

antes do término do<br />

prazo fixado, equivalente<br />

à metade do que este<br />

deveria receber até o final<br />

do contrato. Pelo princípio<br />

da equidade, se a<br />

rescisão partir do empregado,<br />

a mesma sanção<br />

será aplicada. Nesse caso,<br />

o funcionário deverá<br />

indenizar o empregador<br />

até o limite da metade<br />

do que deveria receber<br />

até o final do contrato, se<br />

demonstrado que causou<br />

algum prejuízo.<br />

9 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


10 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Entrevista<br />

Manoel Polycarpo de Castro Neto<br />

Combustível de boa qualidade<br />

Goiás está hoje entre os seis estados com melhores índices de qualidade no etanol e na gasolina,<br />

resultado de um crescimento da conscientização do mercado como um todo. A avaliação é do<br />

chefe do Escritório Sede da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíeis (ANP)<br />

em Brasília, Manoel Polycarpo de Castro Neto. No cargo desde junho de 2010, ele explica nessa<br />

entrevista à <strong>Revista</strong> do <strong>Sindiposto</strong> quais as atribuições do órgão e qual a situação do mercado<br />

goiano de combustíveis.<br />

Quais os tipos de irregularidades<br />

e crimes são fiscalizados<br />

pela unidade?<br />

Cabe à ANP, de acordo com a<br />

Lei nº 9.478/1997 (Art. 8º, Inciso<br />

VII), conhecida como Lei do Petróleo,<br />

que instituiu a Agência, promover<br />

a fi scalização das atividades<br />

econômicas integrantes da indústria<br />

do petróleo, do gás natural e<br />

dos biocombustíveis, bem como<br />

aplicar as sanções administrativas<br />

e pecuniárias previstas em lei, re-<br />

gulamento ou contrato. A fi scalização<br />

pode ser exercida diretamente<br />

pela ANP ou mediante convênios<br />

com órgãos dos estados, municípios<br />

e do Distrito Federal.<br />

Quando da constatação de<br />

irregularidades é instaurado um<br />

processo administrativo e, ato<br />

continuo, é enviado cópia para o<br />

Ministério Público onde há a verificação<br />

de necessidade de abertura<br />

de outros procedimentos na<br />

área civil e/ou penal.<br />

As principais irregularidades<br />

apresentadas nos combustíveis<br />

estão descritas na tabela em anexo,<br />

bem como os índices nacionais<br />

de não conformidade<br />

Como está hoje o mercado<br />

brasileiro no que se refere a<br />

fraudes e não conformidades<br />

de combustíveis? Tem diminuído<br />

os casos?<br />

Apesar dos índices usados<br />

para medir a qualidade dos com-


Agenda<br />

bustíveis ser os de não conformidade,<br />

prefiro usar os índices<br />

de conformidade. Baseado nestes<br />

índices, podemos constatar<br />

que Brasil possui hoje índices<br />

de conformidade acima de 97%,<br />

situação que nos coloca no patamar<br />

dos países do primeiro mundo<br />

em termo de qualidade de<br />

combustível. Isso se deve principalmente<br />

à conscientização do<br />

mercado como um todo, do consumidor<br />

ao revendedor e produtores,<br />

dos benefícios gerados pelas<br />

ações de fiscalização no país:<br />

o consumidor passa a ter os seus<br />

direitos garantidos e, com isso,<br />

toma consciência da importância<br />

de seu papel nesta melhoria, a de<br />

fiscal. Aos agentes econômicos, a<br />

visão de que a fiscalização é um<br />

parceiro importante na garantia<br />

da livre concorrência.<br />

Qual o índice de Goiás atualmente<br />

e qual a sua posição<br />

em relação aos demais estados<br />

da federação?<br />

Os índices de conformidade<br />

em Goiás o colocam entre os seis<br />

primeiros com os melhores índices<br />

de qualidade no etanol e na<br />

gasolina comercializada no país.<br />

No diesel, de conformidade acima<br />

de 96%, na média anual até<br />

o mês de outubro, índice que<br />

apesar de não ser elevado, não<br />

é desejável. Contudo, estes índices<br />

vêm apresentando uma tendência<br />

de crescimento bastante<br />

significativa no último semestre.<br />

Com isso, esperamos brevemente<br />

alcançarmos os mesmos índices<br />

de conformidade dos demais<br />

combustíveis.<br />

Quando é constatada uma<br />

fraude ou não conformidade,<br />

qual é o procedimento da ANP?<br />

Quando é constatada uma<br />

não conformidade referente à<br />

qualidade do combustível du-<br />

“<br />

Os índices de<br />

conformidade em<br />

Goiás o colocam<br />

entre os seis<br />

primeiros com os<br />

melhores índices<br />

de qualidade<br />

no etanol e<br />

na gasolina<br />

comercializada no<br />

país.<br />

“<br />

rante uma ação de fiscalização,<br />

é aplicada ao agente econômico<br />

uma ação cautelar de interdição,<br />

sendo interditado toda a<br />

parte operacional do mesmo, e<br />

aberto um processo administrativo<br />

onde é assegurado ao infrator<br />

o contraditório, a ampla defesa<br />

e o devido processo legal<br />

(due process of law) e, no caso<br />

de condenação, será estabelecida<br />

a aplicação de uma multa<br />

que pode variar de cinco mil a<br />

três milhões de reais.<br />

Quantos postos foram fechados<br />

por irregularidades<br />

esse ano em Goiás? Houve<br />

crescimento na comparação<br />

com o ano passado? Tem havido<br />

queda ou crescimento nesse<br />

índice?<br />

Foram interditados sete postos<br />

em Goiás em 2012, sendo cinco<br />

por vazão de combustível, ou<br />

“bomba baixa”, um por qualidade<br />

do combustível e um por problemas<br />

de documentação. Os dados<br />

confirmam a tendência de cresci-<br />

11 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


12 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

mento nos índices de conformidade<br />

na questão da qualidade.<br />

A unidade que o Sr. comanda<br />

é responsável pela fiscalização<br />

de todo o Centro-Oeste<br />

mais o Tocantins. O efetivo de<br />

fiscais é suficiente para realizar<br />

o trabalho?<br />

As ações de fiscalização da<br />

ANP são planejadas de forma regionalizada,<br />

seguindo uma série<br />

de fatores e indicativos nacionais<br />

com os quais são estabelecidos<br />

os agentes econômicos e os locais<br />

que deverão ser visitados.<br />

Este planejamento é que determina<br />

a necessidade de agentes<br />

de fiscalização para cada operação<br />

a ser realizada, para as<br />

quais podemos contar com todo<br />

o efetivo da fiscalização a nível<br />

nacional. Portanto, não há o que<br />

se falar em suficiência de efetivo<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

“<br />

Não há o que<br />

se falar em<br />

sufi ciência<br />

de efetivo<br />

nas unidades<br />

regionais de<br />

fi scalização da<br />

ANP<br />

“<br />

nas unidades regionais de fiscalização<br />

da ANP. Em face do grande<br />

número de agentes econômicos<br />

regulados, é elaborado planejamento<br />

anual no qual são estabe-<br />

lecidos os agentes econômicos e<br />

os locais que deverão ser visitados.<br />

Esse planejamento é efetuado<br />

com base no cruzamento de<br />

informações oriundas dos monitoramentos<br />

de qualidade e preço,<br />

dos órgãos públicos, dos consumidores<br />

e de agentes do setor<br />

e das diretrizes estabelecidas<br />

pela Diretoria desta instituição.<br />

Há algum projeto de abrir<br />

uma unidade de fiscalização<br />

em Goiás?<br />

Como falei anteriormente, a<br />

programação da fi scalização por<br />

ser nacional não existiria, em principio,<br />

a necessidade de uma unidade<br />

de fi scalização em cada estado<br />

da federação. Temos hoje sete escritórios<br />

regionais distribuídos no<br />

país e, em nossa opinião, já suprem<br />

satisfatoriamente as demandas em<br />

cada região do País.


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14 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

S10<br />

Entrada do novo combustível<br />

gera tensão no mercado<br />

Novo diesel com baixo teor de enxofre está previsto para começar a ser<br />

comercializado em janeiro de 2013. Vendas do S50 encalharam<br />

A entrada do novo diesel com<br />

baixo teor de enxofre, o S10, no mercado,<br />

prevista para janeiro de 2013<br />

está tirando o sono da revenda de<br />

combustíveis. Depois de amargar<br />

prejuízos com o baixo consumo do<br />

S50 desde o início de sua comercialização,<br />

em janeiro deste ano, as expectativas<br />

do empresários do setor<br />

não são nada animadoras.<br />

Isso porque o novo combustível<br />

é ainda mais sensível do que o S50<br />

e, ao transportá-lo por longas distâncias,<br />

ocorre um aumento natural<br />

no nível de enxofre. O S10 conterá<br />

apenas 10 partes por milhão (PPM)<br />

de enxofre e a questão é como fazer<br />

com que o combustível saia da refi<br />

naria e chegue às bombas com os<br />

mesmos 10 ppm de enxofre, depois<br />

de passar pela distribuidora, ser misturado<br />

ao diesel, transportado, descarregado<br />

e armazenado nos postos.<br />

O principal motivo para o baixo<br />

consumo do S50 é a frota insignifi<br />

cante de caminhões com motor<br />

Euro 5 hoje em circulação, que só<br />

podem ser abastecidos com o novo<br />

combustível. Mesmo tendo comprovado<br />

de início que se tratava de um


produto com melhor desempenho,<br />

o consumidor não se dispôs a pagar<br />

a diferença de preço por litro (quase<br />

R$ 0,15), para abastecer os caminhões<br />

que não têm motor Euro 5.<br />

Dados do Sindicom mostram<br />

que a demanda por S50 mudou<br />

muito pouco em relação ao fi nal<br />

de 2011, quando o combustível era<br />

consumido obrigatoriamente nas<br />

regiões metropolitanas de Belém,<br />

Fortaleza e Recife, e nas frotas urbanas<br />

de ônibus de algumas cidades<br />

brasileira. Os últimos números<br />

apontam que as vendas de S50 pelas<br />

distribuidoras BR, Ipiranga, Raízen<br />

e ALE totalizaram 254 mil m³ em<br />

dezembro de 2011, caíram para 240<br />

mil m³ em janeiro deste ano, 237 mil<br />

m³ em fevereiro, chegaram a 279 mil<br />

m³ em março e fecharam abril em<br />

274 mil m³ em abril.<br />

Isso tem levado a uma outra<br />

situação. Como o combustível é<br />

muito sensível, ele tem prazo para<br />

ser comercializado. Diante disso, a<br />

revenda tem achado como solução<br />

baixar o preço do combustível para<br />

desovar o produto e renovar os estoques<br />

em 30 dias, evitando assim<br />

autuações da Agência Nacional do<br />

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis<br />

(ANP) e prejuízos ainda maiores.<br />

A boa notícia é que a entrada<br />

do S50 já determinou uma série de<br />

transformações no setor de distribuição<br />

e revenda, o que signifi ca<br />

que não haverá necessidade de novos<br />

investimentos para se adequar<br />

à comercialização do S10. Entretanto,<br />

devido às características do<br />

novo produto, além do transporte e<br />

manuseio, outras questões como a<br />

oxidação e ataques bacterianos, podem<br />

levar a alterações na qualidade<br />

do combustível.<br />

Como a fi scalização do setor<br />

hoje é muito rígida, os postos fi carão<br />

sujeitos a autuações pela comercialização<br />

do produto com 12 ou 14<br />

ppm de enxofre. Outra preocupação<br />

é quanto ao preço fi nal elevado,<br />

pois, devido a essa alta sensibilidade,<br />

levará a custos no transporte, além<br />

de as transportadoras terem de garantir<br />

uma segregação completa de<br />

tanques, linhas e caminhões, para<br />

evitar a contaminação do S10.<br />

Para os postos que já estão vendendo<br />

S50, as adaptações necessárias<br />

em termos de segregação de<br />

bombas e tanques já foram realizadas,<br />

portanto, o impacto é pequeno<br />

para a chegada do S10. O problema<br />

é como absorver mais prejuízos<br />

diante da constatação do baixo consumo<br />

do S50, por causa do preço<br />

muito alto.<br />

15 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


16 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Artigo<br />

Licenciamento para o transporte de<br />

resíduos especiais e produtos perigosos<br />

O licenciamento para o transporte<br />

de produtos perigosos, além da necessidade<br />

legal, é de grande importância<br />

para garantir a segurança do contratante<br />

e de quem realiza o transporte, bem<br />

como prevenir os riscos de ocorrências<br />

de sinistros para o meio ambiente e<br />

consequentemente para a população.<br />

Hoje, a revenda sofre com burocracia<br />

do licenciamento ambiental para<br />

a atividade do comércio varejista de<br />

combustíveis, por isso falar em mais<br />

um licenciamento ambiental pode<br />

causar estresse. Entretanto, esclareço<br />

que o procedimento é menos oneroso<br />

e mais ágil, com tempo médio de<br />

60 dias entre a abertura do processo<br />

até a emissão da licença<br />

Entende-se por produtos perigosos<br />

todas as substâncias, dadas as suas<br />

características físicas e químicas, que<br />

representam riscos para a saúde das<br />

pessoas, para a segurança pública ou<br />

para o meio ambiente. Os produtos<br />

perigosos são classifi cados em nove<br />

tipos, com base no tipo de risco que apresentam e conforme<br />

as Recomendações para o Transporte de Produtos<br />

Perigosos: 1.Explosivos, 2.Gases, 3.Líquidos Infl amáveis,<br />

4.Sólidos infl amáveis, 5.Oxidantes, 6.Sustâncias Tóxicas,<br />

7.Material Radioativo, 8.Corrosivos ou Sustâncias Corrosivas,<br />

9.Substância Perigosas Diversas ou Materias que<br />

podem causar Diversos Perigos<br />

Transporte de produtos perigosos é o deslocamento<br />

de um produto perigoso de um ponto para outro com<br />

técnicas e cuidados especiais. Essa atividade deve atender<br />

às exigências prescritas para a classe apropriada, considerando<br />

os respectivos riscos e os critérios de classifi -<br />

cação. Os resíduos que não se enquadram nos critérios<br />

estabelecidos, mas que apresentam algum tipo de risco<br />

devem ser transportados como pertencentes à Classe 9.<br />

Riscos no transporte rodoviário<br />

Durante o transporte de produtos perigosos, estes<br />

encontram-se sujeitos a uma forte combinação de fatores<br />

adversos, os quais se denominam de riscos, que podem<br />

ser:<br />

- Estado da via: traçado, estado, manutenção, volume<br />

de tráfego, acidentes e sinalização;<br />

- Condições atmosféricas;<br />

- Estado do veículo (falhas nos mecanismos de transporte<br />

da mercadoria): mecanismos de contenção (em-<br />

“Entende-se por<br />

produtos perigosos<br />

todas as substâncias que<br />

representam riscos para<br />

a saúde das pessoas, para<br />

a segurança pública ou<br />

para o meio ambiente.”<br />

balagem ou tanque) ou de vedação<br />

(válvulas ou conexões);<br />

- Experiência do condutor;<br />

- Fogo ou explosão;<br />

De forma a evitar estes incidentes,<br />

devemos concentrar em medidas de<br />

prevenção que minimizem os riscos,<br />

que dependem tanto das fontes de<br />

perigo como dos mecanismos de controle,<br />

também conhecidos por medidas<br />

de proteção. Assim sendo, quanto<br />

maiores e melhores forem os mecanismos<br />

de controle aplicados sobre uma<br />

fonte de perigo, menor será a intensidade<br />

do risco.Vários fatores passam a<br />

ser críticos e a imprudência pode signifi<br />

car não só a perda de produtos como<br />

um elevado risco para os profi ssionais<br />

envolvidos e o meio ambiente.<br />

Como fator de prevenção, é importante<br />

tornar tais produtos facilmente<br />

reconhecíveis à distância e permitir<br />

a identifi cação rápida dos riscos que<br />

apresentam durante o transporte.<br />

A identifi cação no veículo é feita<br />

através de retângulos laranjas, que podem ou não apresentar<br />

duas linhas de algarismos, defi nidos como Painel<br />

de Segurança; e losangos defi nidos como Rótulos de Risco,<br />

que apresentam diversas cores e símbolos, correspondentes<br />

à classe de risco do produto a ser identifi cado.<br />

No box, a linha superior se refere ao Número de Risco<br />

do produto transportado e é composto por no mínimo<br />

dois algarismos e, no máximo, pela letra X e três algarismos<br />

numéricos. A letra X identifi ca se o produto reage<br />

perigosamente com a água. Na linha inferior encontra-<br />

-se o Número da ONU (Organização das Nações Unidas),<br />

sempre composta por quatro algarismos numéricos,<br />

cuja função é identifi car a carga transportada. Caso o


Painel de Segurança não apresente<br />

nenhuma identifi cação, signifi ca que<br />

estão sendo transportados mais de<br />

um produto perigoso.<br />

Todos os materiais perigosos podem<br />

ser transportados, desde que sejam<br />

atendidas as exigências de cada<br />

país ou localidade. Por isso, a necessidade<br />

de atentar-se para as exigências<br />

legais, evitando-se multas ou outras<br />

punições previstas nas Leis.<br />

O Licenciamento para o transporte<br />

de produtos perigosos deve ser requerido<br />

junto aos Órgãos Ambientais<br />

responsáveis, tanto no âmbito Estadual<br />

quanto Federal. O procedimento<br />

para o licenciamento das atividades<br />

de transporte de resíduos especiais e<br />

produtos perigosos no território do<br />

Estado de Goiás é realizado junto a<br />

Secretaria Estadual de Meio Ambiente<br />

e Recursos Hídricos – SEMARH, formalizado<br />

com os seguintes documentos:<br />

- Requerimento modelo fornecido<br />

pela SEMARH;<br />

“Todos os materiais<br />

perigosos podem ser<br />

transportados, desde<br />

que sejam atendidas as<br />

exigências de cada país<br />

ou localidade.”<br />

- Comprovante de quitação da taxa de licenciamento ( R$ 66,00 até 05 caminhões<br />

);<br />

- Cópia dos seguintes documentos:<br />

Pessoa Física – Cópia da carteira de identidade, Comprovante de endereço,<br />

CPF e declaração pessoal do requerente informando que será realizada a atividade<br />

econômica de transporte rodoviário de produtos perigosos, esta deverá<br />

estar assinada com fi rma reconhecida;<br />

Pessoa jurídica – Cópia do Contrato Social da Empresa, Cartão do CNPJ, nos<br />

quais é indispensável constar a atividade econômica de transporte rodoviário<br />

de produtos perigosos;<br />

- Certifi cado de Inspenção Veicular (CIV) e/ou Certifi cado de Inspenção para<br />

Transporte de Produtos Perigosos (CIPP), emitido pelo INMETRO;<br />

- Certifi cado da formação do condutor motorista para esse tipo de atividade<br />

(Movimentação Operacional de Produtos Perigosos – MOPP);<br />

- Plano de Emergência e Contingência - PEC, conforme anexo único, com ART.<br />

Acidentes com cargas perigosas vêm ocorrendo com maior frequência pelo<br />

simples fato do aumento da necessidade de deslocamento das mesmas. Neste<br />

período chuvoso, aliado às más condições das estradas, elevam-se os riscos.<br />

Em caso de acidentes, recomendamos seguir as orientações do Plano de<br />

Emergência, aferindo as condições do local para, posteriormente, comunicar<br />

os órgãos ambientais local e estadual (SEMARH), a seguradora do veículo, o<br />

Corpo de Bombeiro, a empresa de atendimento a emergência e outros órgãos,<br />

caso haja necessidade.<br />

No que tange ao derramamento de produtos perigosos no solo ou na<br />

água, há empresas especializadas no mercado que prestam serviços de contenção<br />

e descontaminação de áreas afetadas pelo produto derramado.<br />

Quaisquer dúvidas e esclarecimentos entre em contato com o Departamento<br />

Ambiental do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo<br />

no Estado de Goiás – <strong>Sindiposto</strong>.<br />

Paulo Afonso A. de M. Moreira - Engº Ambiental<br />

Afonso Antunes de O. Filho - Coord. Ambiental<br />

17 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


18 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Segurança<br />

Prevenir é melhor<br />

do que remediar<br />

<strong>Sindiposto</strong> lança cartilha em parceria com<br />

o comando do policiamento da capital<br />

Os índices de<br />

violência vêm<br />

crescendo em<br />

todo o país. Em<br />

Goiás, no entanto, a<br />

situação é mais alarmante.<br />

Dados do Mapa<br />

da Violência 2012, produzido<br />

pelo Instituto Sangari<br />

com base nos números ofi ciais<br />

dos estados, mostram que em<br />

1998 a taxa nacional era de 25,9<br />

homicídios em 100 mil habitantes,<br />

enquanto a do Estado foi de 13,4 –<br />

quase a metade da nacional.<br />

De 1998 até 2010, entretanto,<br />

a taxa do país permaneceu praticamente<br />

estagnada, enquanto<br />

a de Goiás mais que duplicou:<br />

cresceu 119,4%. Com esse ritmo<br />

de crescimento em 2010, a taxa<br />

do Estado, que era quase a<br />

metade da nacional, a supera<br />

em 12,2%.<br />

Se não há uma estatística<br />

que aponte o comportamento<br />

da violência<br />

no segmento de postos de<br />

combustíveis, pelo menos o<br />

que se percebe é que este<br />

vem acompanhando o que<br />

acontece em toda a sociedade.<br />

Historicamente, os postos<br />

de combustíveis são vítimas<br />

de ações criminosas por<br />

serem considerados alvos fáceis, já<br />

que em sua volta não existem muros<br />

ou barreiras que difi cultem a<br />

entrada de criminosos.<br />

Há também as situações em<br />

que os postos de combustíveis estão<br />

instalados em lugares com menor<br />

adensamento populacional ou<br />

funcionam 24 horas, tornando-se<br />

alvos ainda mais fáceis. Especialistas<br />

em segurança afi rmam que é<br />

necessário mudar comportamentos,<br />

rotinas e até mesmo o projeto<br />

dos empreendimentos para garantir<br />

maior segurança.<br />

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<br />

Esta tem sido uma preocupação<br />

frequente do SINDIPOSTO<br />

que, no dia 15 de agosto realizou,<br />

em parceria com o Comando do<br />

Policiamento da Capital, um encontro<br />

com os empresários da revenda<br />

de Goiânia. O tema do encontro<br />

foi as medidas preventivas<br />

para enfrentar o crescimento da<br />

violência e dos casos de assaltos a<br />

postos de combustíveis na capital.<br />

Na ocasião, foi lançada uma cartilha<br />

com sugestões aos donos de<br />

postos e os contatos telefônicos<br />

para agilizar o atendimento da Polícia<br />

Militar em caso de ocorrências.


Dicas<br />

Evite rotinas. Isso vale para tudo: horários e dias de ida ao banco, trajeto de casa para<br />

o trabalho e do trabalho para casa, itinerários;<br />

Limite o número de pessoas que conhecem suas rotinas e itinerários;<br />

Em caso de abordagem, nunca esboce reação e não encare o criminoso;<br />

Muitos assaltos rápidos na pista são cometidos por ladrões em motocicletas, usando<br />

capacete. Isso evita o reconhecimento e gravação da imagem. Assim, oriente sua<br />

equipe a sempre solicitar que o motociclista retire o capacete ao entrar no posto;<br />

A maior parte dos assaltos é cometida no período noturno. Avalie a real necessidade<br />

de funcionamento 24 horas. Será que a renda é maior que o risco?<br />

Difi culte o acesso ao caixa. Se possível, instale o caixa dentro da loja de<br />

conveniência. Utilize cofres que só podem ser abertos mediante senha e deixe<br />

apenas valores baixos na pista, sufi cientes para troco;<br />

Se possível, utilize serviços de transporte de valores;<br />

Adote outros meios de pagamento além do dinheiro. Apesar dos riscos de aceitar<br />

cheques e das altas taxas dos cartões, a aceitação destes meios de pagamento é<br />

uma das maneiras de desmotivar os assaltantes;<br />

Muito cuidado ao selecionar funcionários ou prestadores de serviços para o posto.<br />

Todas as informações prestadas por estes profi ssionais devem ser checadas, para<br />

evitar a aproximação de criminosos;<br />

Não contrate policiais armados. Além de ilegal, a presença de armas pode gerar<br />

maior violência e atrair criminosos interessados nas armas;<br />

Instale câmeras no posto e na loja de conveniência. O ideal é que as gravações sejam<br />

coloridas. Qualquer incidente deve ser comunicado o mais brevemente possível.<br />

Mesmo que não seja possível comunicar a polícia no exato momento da ocorrência,<br />

um Boletim de Ocorrência deve ser registrado assim que possível;<br />

Embora alguns acordos antigos de franquia (no caso de lojas de conveniência)<br />

previssem a instalação de caixa automático, hoje as distribuidoras já têm maior<br />

fl exibilidade na negociação sobre eventual retirada do equipamento.<br />

19 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


20 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Fraudes<br />

Prejuízo ao desenvolvimento<br />

do setor de combustíveis<br />

Irregularidades geram uma interpretação distorcida na opinião pública<br />

de que todo o setor é conivente e se benefi cia dessas práticas.<br />

Devido à grande competitividade,<br />

o setor de combustíveis vive<br />

historicamente uma situação de autofagia<br />

em que empresários inescrupulosos<br />

lançam mão de artimanhas<br />

para aumentar seus lucros, ou pelo<br />

menos mantê-los mesmo oferecendo<br />

preços muito abaixo da concorrência,<br />

o que é comumente denominado<br />

de concorrência predatória.<br />

A sonegação de impostos e a<br />

adulteração estão entre as práticas<br />

irregulares mais comuns no setor.<br />

De acordo com dados do Sindicato<br />

Nacional das Empresas Distribuidoras<br />

de Combustíveis e de<br />

Lubrifi cantes (Sindicom), o setor de<br />

combustíveis é responsável por uma<br />

arrecadação de impostos em torno<br />

de R$ 73 bilhões anuais. O montante<br />

é bastante signifi cativo, mas estimativas<br />

do próprio Sindicom apontam<br />

evasão de impostos da ordem de R$<br />

3,3 bilhões anuais provocada pelos<br />

elevados índices de sonegação e<br />

adulteração, o que equivale a algo<br />

próximo de 5% do total de impostos<br />

recolhidos no setor.<br />

No campo da fraude fi scal, as<br />

mais comuns são o não pagamen-<br />

to de PIS e Cofi ns e o pagamento<br />

apenas parcial do ICMS. Já em termos<br />

de adulteração, a mais usual<br />

é a mistura de etanol na gasolina<br />

acima das especifi cações legais. A<br />

lei fi xa em 20% a mistura de etanol<br />

anidro à gasolina, mas muitas<br />

empresas aumentam esse percentual<br />

visando elevar a rentabilidade<br />

do negócio.<br />

De acordo com especialistas<br />

do setor, a maior difi culdade no<br />

combate às fraudes está na fi scalização.<br />

O mercado de combustíveis<br />

cresceu muito no Brasil, mas a fi scalização<br />

não acompanhou esse<br />

crescimento. Um número reduzido<br />

de fi scais da Agência Nacional de<br />

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis<br />

(ANP) são responsáveis<br />

por fi scalizar mais de 30 mil postos<br />

revendedores em todo o país.<br />

Além desses estabelecimentos,<br />

eles verifi cam ainda o uso de combustíveis<br />

em usinas, aeroportos e<br />

outros segmentos de comercialização<br />

e consumo.<br />

Se essas práticas já são danosas<br />

aos consumidores e à sociedade, já<br />

que não recolhendo os impostos<br />

adequadamente o empresário está<br />

gerando prejuízo aos cofres públicos<br />

e, por sua vez, aos cidadãos,<br />

elas revertem contra o próprio setor.<br />

Isso porque, em um cenário de<br />

concorrência predatória, as empresas<br />

reduzem suas margens de lucro<br />

para tentar manter as vendas e, fazendo<br />

isso, perdem a capacidade<br />

de investimento no negócio.<br />

Além disso, essas irregularidades<br />

geram uma interpretação<br />

distorcida na opinião pública de<br />

que todo o setor é conivente e se<br />

benefi cia dessas práticas, difi cultando<br />

o relacionamento e a fi delização<br />

do cliente.


Artigo<br />

Planeje agora seu regime<br />

tributário para 2013<br />

Com a chegada do final do<br />

ano, empresários e contadores<br />

devem se atentar para a importância<br />

de se analisar, desde já, a<br />

melhor opção de regime tributário<br />

para o próximo ano, principalmente<br />

pelo fato de que a Escrituração<br />

Fiscal Digital (EFD-Fiscal),<br />

dentro do âmbito do módulo do<br />

Sistema Público de Escrituração<br />

Digital (SPED), está cada dia mais<br />

fiscalizada.<br />

É bom lembrar que todos os<br />

regimes, como Lucro Real, Lucro<br />

Presumido e até mesmo o Simples<br />

Nacional, exigem a manutenção<br />

da contabilidade.<br />

A propósito, já está aberto e<br />

vai até 28 de dezembro o prazo<br />

para empresários fazerem o<br />

agendamento da opção pelo<br />

Simples Nacional para o exercício<br />

de 2013. Já para o Lucro Real<br />

e Presumido, a opção se dará em<br />

janeiro do próximo ano. Trata-se<br />

da única oportunidade para se<br />

optar, se esse for o caso, por um sistema de tributação<br />

que seja mais adequado aos negócios.<br />

Um bom caminho para fazer uma opção segura é<br />

ter planilhas de estimativas para o orçamento de<br />

2013, assim poderá simular situações do melhor<br />

sistema de regime tributário.<br />

Os responsáveis pela contabilidade do posto<br />

revendedor devem se atentar à comprovação do-<br />

“O monitoramento<br />

do fi sco tornou<br />

mais intenso o<br />

cruzamento de<br />

dados pela<br />

EFD-Fiscal.”<br />

cumental de todos os tributos,<br />

para evitar quaisquer problemas.<br />

O monitoramento do fisco<br />

tornou mais intenso o cruzamento<br />

de dados pela EFD-Fiscal.<br />

O procedimento anteriormente<br />

adotado, no qual o contribuinte<br />

emitia a nota fiscal e a enviava<br />

à contabilidade para que todas<br />

as obrigações acessórias fossem<br />

geradas, não funciona mais. Com<br />

as EFDs, isso não é mais possível<br />

porque a participação da empresa<br />

no processo é determinante.<br />

A título de exemplos desse<br />

monitoramento, destacam-se os<br />

livros para registros dos tributos<br />

PIS e Cofins, os quais eram dispensados,<br />

e os 52 campos da EFD<br />

do ICMS/IPI, que evoluíram para<br />

1.492. Fica evidente o detalhamento<br />

das informações fiscais.<br />

Nos processos de escrituração<br />

digital, há dados que serão<br />

lançados pelo empresário e outros,<br />

pela respectiva contabilidade.<br />

Ambos deverão fazer uso de softwares que<br />

permitam tal integração.<br />

O êxito nas finanças dependerá de bom planejamento.<br />

Em havendo, certamente o revendedor<br />

não pagará impostos inadequados.<br />

Jocenildo Alves Maciel<br />

Consultor e Gerente do Departamento<br />

Contábil do SINDIPOSTO<br />

21 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


22 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Biodiesel<br />

Biocombustível brasileiro disputa<br />

liderança mundial com a Alemanha<br />

Alemanha ainda está na frente no ranking, produzindo 2,6 bilhões de litros<br />

anualmente, enquanto o Brasil produz 2,4 bilhões de litros no mesmo período<br />

O Brasil já poderia ser a maior potência<br />

global em biodiesel, porém,<br />

fatores internos como a alta carga<br />

tributária, infraestrutura logística defi<br />

ciente, e uma política pública conservadora,<br />

além da atuação em um<br />

mercado totalmente inédito, estão<br />

atrasando a produção brasileira.<br />

O Programa Nacional de Produção<br />

e Uso do Biodiesel (PNPB), criado<br />

pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da<br />

Silva, em 2005, vem incentivando a<br />

iniciativa privada a investir cada vez<br />

mais no segmento, e espera-se que o<br />

mínimo aplicado até 2020 chegue a<br />

R$ 7,36 bilhões.<br />

Existe uma expectativa de que<br />

o Brasil assuma a liderança mundial<br />

do setor, ultrapassando a Alemanha,<br />

que ainda está na frente no ranking,<br />

produzindo 2,6 bilhões de litros anualmente,<br />

enquanto o Brasil produz 2,4<br />

bilhões de litros no mesmo período.<br />

Os números mostram ser possível<br />

essa tomada do primeiro lugar,<br />

pois em 2008, o Brasil saiu de uma<br />

produção de 736 milhões de litros<br />

de Biodiesel em 2005, para uma produção<br />

de 1,5 bilhão e saltou para 2,4<br />

bilhões de litros em 2011. A capacidade<br />

do parque industrial brasileiro é<br />

de 6 bilhões de litros por ano, o que<br />

PLANOS<br />

demonstra haver uma grande capacidade<br />

ociosa.<br />

Os investimentos, no entanto,<br />

dependem do anúncio por parte do<br />

governo federal de um novo marco<br />

regulatório para o setor, que é a defi<br />

nição da porcentagem de biodiesel<br />

que pode ser adicionado ao diesel<br />

fóssil. Esse tem sido o maior obstáculo<br />

para os empresários, já que a presidenta<br />

Dilma Roussef desonerou o<br />

setor do Cide, Pis/Pasep, IPI e Cofi ns.<br />

De acordo com o presidente da<br />

Associação dos Produtores de Biodiesel<br />

(Aprobio), Erasmo Carlos Battistela,<br />

com a capacidade produtiva que


o Brasil tem, já seria possível atender<br />

a demanda para adicionar 10% de<br />

biodiesel ao diesel imediatamente e,<br />

com os investimentos anunciados,<br />

esta capacidade saltaria para atender<br />

aos 20% em poucos anos. Em 2005,<br />

quando nasceu o PNPB, esta mistura<br />

era de 2%. E em 2010, passou a 5%.<br />

Em agosto deste ano, a Cargill,<br />

maior empresa de agronegócios<br />

do mundo, anunciou sua entrada<br />

no segmento, com um investimento<br />

de R$ 130 milhões em uma<br />

usina em Mato Grosso do Sul com<br />

capacidade para 700 mil litros diários<br />

do biocombustível. A entrada<br />

da Cargill demonstra que os investidores<br />

têm expectativas positivas<br />

para o próximo ano, e acreditam<br />

que o Brasil possa desbancar a liderança<br />

da Alemanha.<br />

No Brasil, a matéria-prima mais<br />

utilizada para o biodiesel é a soja<br />

(82%), seguida do sebo bovino<br />

(14%). Isso além da canola e da palma,<br />

que vêm ganhando espaço.<br />

Segundo Odacir Klein, diretor executivo<br />

da União das Indústrias de<br />

Biodiesel (Ubrabio), o uso da soja<br />

pode agregar valor à cadeia. “Com o<br />

esmagamento do grão e a extração<br />

do óleo, temos o farelo de soja, que<br />

podemos exportar com valor agregado”.<br />

O farelo de soja, usado como<br />

ração, poderá ter 28 milhões de toneladas<br />

exportadas devido à produção<br />

de biodiesel, fazendo com que o<br />

país receba cerca de US$ 8,4 bilhões.<br />

De acordo com uma projeção do<br />

Ministério da Agricultura, em 2020 teremos<br />

30 milhões de hectares plantados<br />

com soja. Para atender a demanda<br />

de 10% somados ao diesel, por<br />

exemplo, o setor consumirá 35,4% da<br />

produção projetada, de 86,5 milhões<br />

de toneladas. Atualmente, 14% da<br />

soja brasileira vira óleo para biodiesel.<br />

Para o chefe de Transferência de<br />

Tecnologia da Embrapa Agroenergia,<br />

José Manuel Cabral de Sousa Dias,<br />

não é necessário comprometer o<br />

abastecimento interno nem as exportações<br />

do grão, aumentando brusca-<br />

mente a produção, para conseguir<br />

atender a demanda de adicionar 20%<br />

de biodiesel ao diesel comum, apesar<br />

de o parque industrial do país ter as<br />

condições para essa produção.<br />

Nos estados do Rio Grande do Sul,<br />

Mato Grosso, Goiás e São Paulo, onde<br />

há grande oferta de soja, se concentram<br />

as usinas de biodiesel. As unidades<br />

instaladas nas regiões Norte e Nordeste<br />

estão próximas da maior oferta<br />

de palma (óleo de dendê). Muitos<br />

benefícios surgiram com as premissas<br />

do PNPB, uma delas é a possibilidade<br />

de obter o Selo Combustível Social,<br />

que faz com que as usinas tenham<br />

prioridade para vender o biodiesel ao<br />

governo. No Brasil, de acordo com o<br />

Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística<br />

(IBGE), cerca de 110 mil famílias<br />

saíram da pobreza para se tornarem<br />

fornecedores agrícolas.


24 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Artigo<br />

TJ decide que posto de gasolina<br />

não precisa pagar ISS<br />

É de conhecimento geral da<br />

revenda de combustíveis que a<br />

renovação das licenças para o funcionamento<br />

regular da atividade<br />

comercial precede uma série de<br />

exigências estabelecidas pelos diversos<br />

órgãos de fi scalização e regularização<br />

da categoria, dentre<br />

estes encontra-se a Prefeitura Municipal<br />

de Goiânia, competente para a<br />

emissão do alvará de funcionamento<br />

dos postos desta cidade.<br />

Visando resguardar o direito de<br />

um posto revendedor da cidade de<br />

Goiânia, ajuizamos, no ano de 2010,<br />

Ação Declaratória de Inexistência<br />

de Relação Jurídica Tributária em<br />

face do Município de Goiânia com<br />

escopo de tornar sem efeito suposto<br />

crédito tributário decorrente de<br />

Imposto Sobre Serviços (ISS) referente ao período de<br />

10/04/2006 até o ano de 2010, lançado contra sociedade<br />

empresária associada ao SINDIPOSTO. Isto porque<br />

o município de Goiânia se recusava a fornecer<br />

o alvará de funcionamento, sendo que este só seria<br />

emitido quando da quitação do ISS em aberto.<br />

Referida ação sustenta que é vedada incidência de<br />

ISS sobre a atividade de comércio varejista de combustíveis<br />

e derivados de petróleo, uma vez que não<br />

consta como fato gerador da lista de serviços prevista<br />

na legislação que regula a matéria e, como tal, não<br />

tem obrigação tributária de recolher aludido imposto,<br />

porquanto serviços sem conteúdo econômico são<br />

“O recurso de apelação<br />

para o Tribunal de<br />

Justiça do Estado de<br />

Goiás foi provido em<br />

todos seus termos”<br />

tributariamente irrelevantes para<br />

fi ns de mister.<br />

Discorre ainda a exordial que<br />

o revendedor, ora autor da ação,<br />

oferecia à título gratuito para seus<br />

clientes a lavagem de seus veículos<br />

e a manutenção para troca de óleo<br />

e outros lubrifi cantes, razão pela<br />

qual consta de seu contrato social<br />

a descrição “(...) atividades inerentes<br />

ao seu funcionamento, serviço<br />

de lavagens e lubrifi cação.”<br />

Em resposta à pretensão do<br />

posto revendedor na referida ação,<br />

o Município de Goiânia aduziu, sinteticamente,<br />

que a cobrança de ISS<br />

se justifi ca em razão de que “os valores<br />

cobrados de tais serviços estão<br />

embutidos no preço de venda das<br />

mercadorias que são cobradas pela<br />

empresa, como combustíveis e lubrifi cantes, portanto<br />

são tributáveis. Sendo assim, a requerente deveria ter<br />

emitido nota fi scal de prestação de serviços.”<br />

Por sentença, o juízo de primeiro grau julgou improcedente<br />

o pleito inaugural constante da ação em<br />

referência, fato este que motivou a interposição de<br />

recurso de apelação para o Tribunal de Justiça do Estado<br />

de Goiás, tendo o apelo sido provido em todos<br />

seus termos.<br />

E o recurso de apelação sustentou que a atividade<br />

de comércio varejista de combustíveis e derivados<br />

do petróleo, não tem obrigação tributária de<br />

recolher ISS, como já exposto anteriormente.


Além disso a resposta do Município de Goiânia à<br />

ação, verifi cou-se que o mesmo pratica arbitramento<br />

da base de cálculo do ISS para promover o lançamento<br />

do imposto em desfavor do “contribuinte”, fato<br />

este que deve ser combatido pela categoria.<br />

Ora, se o posto revendedor de combustíveis não<br />

promove a cobrança de preços de lavagem de veículos<br />

e/ou de troca de óleo, simplesmente porque<br />

tais são gratuitos, não há que se falar que tais preços<br />

estão introduzidos nos preços de suas mercadorias<br />

(combustíveis e lubrifi cantes).<br />

Ainda que por mera suposição fosse considerado<br />

prestação de serviço a lavagem de carros e troca<br />

de óleo oferecidos pelo posto revendedor aos seus<br />

clientes a título gratuito, impossível seria mensurar o<br />

valor do tributo, por se tratar se serviço gratuito.<br />

Como é sabido, o fato gerador é a prestação de<br />

serviços constantes na legislação e a base de cálculo<br />

do imposto é o preço do serviço. Se não é cobrado<br />

nenhum preço pelo serviço não há base de cálculo.<br />

Logo, não existe imposto a recolher.<br />

O recurso de apelação remete à Lei Complementar<br />

nº 116, de 31 de julho de 2003, vigente desde sua<br />

publicação, em 01/08/2003, que trouxe algumas modifi<br />

cações para o imposto municipal sobre serviços<br />

de qualquer natureza estabelecido no art. 156 da<br />

CF/88. Este último dispositivo da Constituição Federal,<br />

reservou à competência dos municípios o Imposto<br />

Sobre Serviços (ISS) de qualquer natureza, não incluídos<br />

no art. 155, II, defi nidos em lei complementar.<br />

Já o art. 155, inc. II, da Carta Magna, estabelece à<br />

competência dos Estados e do Distrito Federal instituir<br />

impostos sobre operações relativas à circulação<br />

de mercadorias e sobre prestações de serviços de<br />

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,<br />

ainda que iniciadas no exterior.<br />

E complementando, o §3º do artigo supra referido<br />

com redação dada pela EC nº 03/1993, a qual<br />

regulava a matéria quando da notifi cação aqui em<br />

discussão, assim preconizava: “§3º. À exceção dos im-<br />

postos de que tratam o inciso II do caput deste artigo<br />

e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir<br />

sobre operações relativas a energia elétrica, serviços<br />

de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis<br />

e minerais do País.”<br />

Desta feita, é expressa constitucionalmente a<br />

imunidade sobre atividades relativas a derivados de<br />

petróleo e combustíveis, incidindo somente o ICMS,<br />

restando excluída a incidência de ISS.<br />

O suposto serviço prestado que justifi cou a cobrança,<br />

qual seja, comércio varejista de combustíveis<br />

e derivados do petróleo (serviços de lubrifi cação,<br />

troca de óleo, dentre outros), não consta da lista de<br />

serviços em anexos à LC 116/03, razão pela qual é insubsistente<br />

a tributação discutida.<br />

A ausência de defi nição em lei complementar se<br />

justifi ca pela taxatividade da lista de serviços. Portanto,<br />

desta forma, não pode a legislação municipal<br />

constituir sua própria lista em afronta ao que dispõe<br />

a lei complementar, em face do que dispõe o art. 156,<br />

III, da CF/88.<br />

É de se notar que o acórdão proferido pelo TJ-GO<br />

certifi cou ainda que o município de Goiânia não se<br />

desincumbiu de provar a possibilidade da cobrança<br />

do aludido imposto, tal como determinado pelo art.<br />

333, do Código de Processo Civil, razão pela qual,<br />

acatando todos os termos e pedidos constantes do<br />

recurso de apelação, deu provimento ao apelo, afastando<br />

a cobrança do ISS sobre o posto revendedor,<br />

ora autor da ação.<br />

Assim, considerando que referido acórdão pode<br />

atingir toda a classe de revenda de comércio varejista<br />

de combustíveis e derivados de petróleo, serve a<br />

presente para informar desta recente conquista, esclarecendo,<br />

mais uma vez, sobre os direitos dos revendedores.<br />

Marco Antônio Bernardes e Fillipe Lopes<br />

Advogados do escritório Bernardes e Lage Advogados<br />

Associados S/S<br />

25 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


26 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Artigo<br />

Ação renovatória de contrato<br />

de locação não residencial<br />

O empresário que aluga imóvel<br />

comercial para o desempenho<br />

de suas atividades deve<br />

observar o prazo e os requisitos<br />

para a propositura da ação renovatória,<br />

a qual visa resguardar a<br />

prorrogação ou continuação do<br />

contrato de aluguel.<br />

Para fazer jus à renovação, é<br />

necessário que o contrato tenha<br />

sido celebrado por escrito e com<br />

prazo determinado de, no mínimo,<br />

cinco anos. Somado a esse<br />

requisito, é imprescindível que o<br />

locatário esteja explorando seu<br />

comércio, no mesmo ramo, pelo<br />

prazo mínimo e ininterrupto de<br />

três anos.<br />

A ação deverá ser proposta<br />

de 1 ano a 6 meses antes do fim<br />

do contrato a ser renovado, sob<br />

pena de perda do direito. Entretanto,<br />

caso o locatário continue<br />

desempenhando suas atividades<br />

após o fim do prazo entabulado<br />

no contrato originário, exercen-<br />

“Para fazer jus<br />

à renovação, é<br />

necessário que<br />

o contrato tenha<br />

sido celebrado por<br />

escrito e com prazo<br />

determinado de,<br />

no mínimo, cinco<br />

anos.”<br />

do e cumprindo as obrigações de<br />

locação, considera-se prorrogada<br />

sua vigência. Vale ressaltar que,<br />

nesta hipótese, o locador poderá<br />

retomar seus bens mediante<br />

simples aviso, com antecedência<br />

mínima de 30 dias.<br />

Preenchidos os pressupostos<br />

essenciais e observado o prazo<br />

decadencial para o ajuizamento<br />

da demanda, haverá a possibilidade<br />

de renovar o contrato por<br />

igual período, salvo se o locador<br />

tiver uma justa causa que impossibilite<br />

o feito.<br />

Diante de todo o exposto e<br />

com o fito de evitar quaisquer<br />

transtornos, é imprescindível que<br />

o revendedor procure o Departamento<br />

Jurídico do SINDIPOS-<br />

TO para consultar a legalidade e<br />

plausibilidade das cláusulas contratuais.<br />

Fiquem atentos!<br />

Dra. Stéfani Calaça Resende<br />

Ass. Jurídica do <strong>Sindiposto</strong>


Combustível<br />

Mistura de etanol na gasolina deve<br />

aumentar no primeiro semestre de 2013<br />

O prazo para a mistura voltar a ser de 25%<br />

ainda não foi ofi cializado pelo governo<br />

Ainda não é ofi cial, mas se contar<br />

a torcida da presidenta da Petrobras,<br />

Maria das Graças Foster,<br />

o aumento da mistura de etanol<br />

anidro na gasolina dos atuais 20%<br />

para 25% é certo. No fi nal de novembro,<br />

Graça Foster disse durante<br />

encontro do Grupo de Líderes<br />

Empresariais (Lide) que o etanol<br />

é hoje a prioridade da Petrobras<br />

Combustível e o classifi cou como<br />

solução para o país.<br />

Antes, em outubro, o diretor<br />

da Agência Nacional de Petróleo,<br />

Gás Natural e Biocombustíveis,<br />

Helder Queiroz, afi rmou categoricamente<br />

durante seminário sobre<br />

infrastrutura promovido pela Fundação<br />

Getúlio Vargas (FGV) que o<br />

aumento da mistura acontecerá<br />

no dia 1º de junho de 2013.<br />

O aumento do percentual de<br />

etanol servirá para minimizar o<br />

possível aumento do preço da gasolina,<br />

já anunciado pela presidenta<br />

Dilma também como certo para<br />

o ano que vem. O crescimento da<br />

demanda pela gasolina, diante da<br />

falta de competitividade do etanol,<br />

tem feito com que o governo au-<br />

mente as importações de petróleo,<br />

o que afeta as contas da Petrobras.<br />

Além dessas questões, o aumento<br />

no percentual de etanol<br />

anidro na gasolina atenderia a uma<br />

reivindicação dos produtores para<br />

garantir uma demanda adicional,<br />

o que traria alívio aos caixas das<br />

usinas. Resta saber se a produção<br />

de cana vai sustentar um aumento<br />

no consumo do etanol. É bom<br />

lembrar que o percentual caiu dos<br />

25% para 20% exatamente para<br />

evitar um desabastecimento de<br />

etanol no mercado brasileiro.<br />

27 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


28 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Normas<br />

Armazenamento de líquidos<br />

infl amáveis e combustíveis<br />

A NBR 15594-1 da Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas (ABNT) estabelece os procedimentos<br />

mínimos para uma operação segura e<br />

ambientalmente adequada para capacitação da<br />

equipe e elaboração do plano de operação do<br />

posto revendedor de combustíveis líquidos veiculares,<br />

no que se refere à operação de abastecimento<br />

de combustíveis líquidos.<br />

Abastecimento de recipientes de combustíveis:<br />

Os recipientes de combustíveis devem ser rígidos,<br />

metálicos ou não metálicos, devidamente certifi<br />

cados e fabricados para esse fi m, permitindo o<br />

escoamento da eletricidade estática gerada durante<br />

o abastecimento para os recipientes metálicos.<br />

Os recipientes não metálicos devem ter capacidade<br />

máxima de 50 L e atender aos regulamentos<br />

municipais, estaduais e federais aplicáveis.<br />

Os recipientes devem ser abastecidos até<br />

95% de sua capacidade nominal para permitir a<br />

expansão por dilatação do produto, evitando o<br />

transbordamento, e deve ser mantido o contato<br />

entre o bico e o bocal do recipiente para permitir<br />

o escoamento da eletricidade estática.<br />

Os recipientes com capacidade inferior ou<br />

igual a 50 L devem ser abastecidos fora do veículo,<br />

apoiados sobre o piso, com a vazão mínima<br />

Abastecimento de motocicletas, triciclos e similares:<br />

O abastecimento deve ser realizado sem<br />

pessoas sentadas no veículo. Também deve<br />

ser feito de forma cuidadosa e com a vazão<br />

lenta da unidade abastecedora, diretamente<br />

Aferição<br />

A aferição deve atender na íntegra as prescrições<br />

das Portarias do INMETRO, referentes ao perfeito<br />

funcionamento dos equipamentos medidores<br />

de abastecimento instalados no posto revendedor.<br />

Para cada bico aferido, através da coleta de<br />

combustível na medida padrão aprovada pelo IN-<br />

METRO, deve ser providenciado o devido registro<br />

do volume e combustível utilizado na aferição,<br />

no qual devem constar a saída e o retorno para<br />

o tanque subterrâneo do volume utilizado, nas<br />

mesmas quantidades.<br />

No caso de anormalidade constatada na<br />

aferição dos medidores, o responsável pelo posto<br />

A equipe treinada nos procedimentos mínimos<br />

de segurança permite a diminuição de falhas<br />

e erros na sua rotina de trabalho. Quando a operação<br />

do posto revendedor é mal executada, isto<br />

pode ocasionar danos ao patrimônio, ao meio<br />

ambiente e às pessoas, além de interrupções nas<br />

atividades que ocorrem devido à defi ciência operacional.<br />

da unidade abastecedora e embutindo ao máximo<br />

possível o bico dentro do recipiente. Ainda<br />

deve ser direcionado o escoamento do produto<br />

para a parede do recipiente, para que o produto<br />

seja descarregado próximo ao fundo, de forma a<br />

minimizar a geração de eletricidade estática.<br />

O abastecimento de volumes superiores a<br />

50 L deve ser feito em recipientes metálicos certifi<br />

cados pelo INMETRO e pode ser feito sobre<br />

a carroceria do veículo, desde que garantida a<br />

continuidade elétrica do aterramento, durante o<br />

abastecimento, através de no mínimo o contato<br />

do bico com o bocal do recipiente. Também deve<br />

ser direcionado o escoamento do produto para<br />

a parede do recipiente, para que o produto seja<br />

descarregado próximo ao fundo, de forma a minimizar<br />

a geração de eletricidade estática.<br />

no tanque do veículo, sem o auxílio de funil<br />

ou outro recipiente auxiliar, e mantendo<br />

o contato entre o bico e o bocal durante o<br />

abastecimento.<br />

revendedor deve imediatamente paralisar a utilização<br />

do equipamento. Entende-se por paralisação<br />

de equipamentos o atendimento às seguintes<br />

atividades:<br />

- Lacrar o bico de abastecimento no receptáculo<br />

do bico, com cadeado;<br />

- Sinalizar onde estiver o bico de abastecimento<br />

intermediário;<br />

- Comunicar à empresa autorizada para a manutenção<br />

de equipamentos.<br />

No caso da ocorrência de danos aos equipamentos<br />

durante a sua operação, uma aferição<br />

extraordinária deve ser feita.


30 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Normas<br />

Manutenção<br />

de equipamentos<br />

Conforme a NBR 15594-3, da Associação<br />

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para cada<br />

tipo de equipamento e de acordo com o uso dos<br />

mesmos, deverá ser realizada uma manutenção<br />

que poderá ser diária, semanal, mensal ou anual.<br />

Unidades de abastecimentos<br />

Exterior - diariamente deve ser verifi cado<br />

visualmente os teclados, vidros, iluminação, densímetros<br />

e selos nos lacres. Semanalmente, deve<br />

ser aferido com a medida padrão aprovada pelo<br />

INMETRO. Havendo divergências na aferição,<br />

deve ser paralisada a operação da unidade abastecedora<br />

e ser chamada a assistência técnica.<br />

Interior - diariamente devem ser verifi cados<br />

visualmente possíveis vazamentos e componentes<br />

danifi cados e , em havendo qualquer<br />

irregularidade, solicitar a assistência técnica.<br />

Deve ser acompanhado também o programa<br />

de manutenção técnica preventiva, conforme<br />

contrato de serviços e/ou fabricante.<br />

Válvula de retenção<br />

A fi nalidade da válvula de retenção é manter<br />

a linha de sucção da unidade abastecedora ou<br />

de fi ltragem preenchida com produto. Indícios de<br />

vazamentos ou problemas nas válvulas podem<br />

ser constatados através do fl uxo inconstante indicando<br />

presença de ar ou constantes descarregamentos<br />

nas linhas de sucção, pois na ocorrência<br />

de perda de estanqueidade da linha, o produto<br />

retorna ao tanque evitando o vazamento de produto<br />

ao meio ambiente em caso de vazamentos.<br />

Respiro dos tanques<br />

Verifi car constantemente a saída do respiro,<br />

observando se existe algum objeto obstruindo<br />

a saída dos gases durante a descarga do auto<br />

tanque. Uma descarga lenta pode ser indício de<br />

respiro obstruído. Verifi car também se durante<br />

a descarga do auto tanque há borrifação de<br />

produto. Em caso de entupimento no respiro ou<br />

uma das ocorrências acima solicitar manutenção<br />

técnica por empresa especializada.<br />

Unidade de fi ltragem<br />

Verifi car se ocorre funcionamento sem que<br />

haja abastecimento. Isto é um indício de vazamento<br />

na linha de produto. Neste caso, deve<br />

ser solicitada a assistência técnica.<br />

Verifi car a integridade dos selos de lacres<br />

(fi ltro e eliminador de ar) e da caixa à prova<br />

de explosão. Quando necessário, solicitar técnico<br />

credenciado pelo Ipem/INMETRO para o<br />

reparo.<br />

No caso dos fi ltros de diesel, verifi car possíveis<br />

vazamentos na bomba de engrenagem<br />

e, quando necessário, acionar a assistência<br />

técnica especializada. Verifi car também o perfeito<br />

funcionamento do manômetro e, quando<br />

necessário, acionar a assistência técnica.<br />

Deve ser efetuada a troca de todos os elementos<br />

fi ltrantes sempre que o manômetro de<br />

controle indicar pressão acima da recomendada,<br />

ou de acordo com o especifi cado pelo fabricante,<br />

ou a cada 50 mil litros de diesel fi ltrado.<br />

Verifi car se há resíduos no interior da caixa<br />

fi ltrante e efetuar a limpeza completa sempre<br />

que for feita a drenagem do reservatório.


Preços<br />

Reajuste dos combustíveis deve fi car para 2013<br />

O principal motivo para manter os preços dos combustíveis<br />

é evitar uma pressão sobre os índices de infl ação<br />

Depois de muita especulação de<br />

que os preços dos combustíveis sofreriam<br />

reajuste após a eleição municipal,<br />

o que não aconteceu, tudo<br />

indica que o aumento fi cará para o<br />

ano que vem. A presidente da Petrobras,<br />

Maria das Graças Foster, voltou<br />

a afi rmar no fi nal de novembro que<br />

não há previsão para reajuste.<br />

O último aumento da gasolina,<br />

de 7,83%, ocorreu no fi nal de<br />

junho deste ano. Naquele mês, o<br />

preço do diesel também sofreu<br />

um reajuste, de 3,94%. Os reajustes,<br />

no entanto, não foram repassados<br />

ao consumidor porque o<br />

governo zerou a Cide.<br />

O principal motivo para manter<br />

os preços dos combustíveis é<br />

evitar uma pressão sobre os índices<br />

de infl ação, o que comprometeria<br />

os resultados do crescimento<br />

econômico de 2012. O governo<br />

trabalhava com uma previsão de<br />

que a infl ação fecharia o ano abaixo<br />

de 5%. Já revisou para próximo<br />

de 5,5%. Um reajuste da gasolina,<br />

segundo analistas, poderia empurrá-la<br />

para 6%.<br />

Além da questão infl acionária,<br />

pesou também na decisão o impacto<br />

que um aumento nos preços<br />

dos combustíveis teria sobre os<br />

custos das empresas num momento<br />

em que o governo busca cortá-<br />

-los para incentivar o investimento.<br />

Mas, não é por falta de intenção<br />

por parte da Petrobras que<br />

os preços não subirão. Graça Foster<br />

já pediu um aumento de 10%<br />

para a gasolina e, como forma de<br />

pressão, avisou que projetos de<br />

investimento serão cortados se<br />

não houvesse aumento. Ou seja, o<br />

reajuste virá, só não tem data para<br />

que isso aconteça.<br />

Mas, os sinais do governo são<br />

contraditórios. No mercado há informações<br />

de que o governo cogita<br />

a possibilidade de fazer com<br />

a BR Distribuidora o mesmo que<br />

fez com os bancos públicos para<br />

forçar a queda de juros. A ideia é<br />

que a BR, que é a maior distribuidora<br />

de derivados de petróleo<br />

do País, dê desconto na venda de<br />

combustíveis aos postos com a sua<br />

bandeira. Isso forçaria outras distribuidoras<br />

a seguir o exemplo.<br />

O fato é que diante de tantos<br />

desencontros de informação, o<br />

mercado não sabe o que esperar,<br />

permanecendo em uma situação<br />

de insegurança, o que tem levado<br />

ao adiamento de investimentos no<br />

setor da revenda.<br />

31 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012


32 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Artigo<br />

Frentistas mulheres e o fator gravidez<br />

Tem sido cada vez mais comum<br />

a presença de mulheres no<br />

desempenho de funções anteriormente<br />

preenchidas exclusivamente<br />

por homens. Na atividade<br />

de revenda de combustíveis a<br />

situação não poderia ser outra.<br />

Cada vez mais mulheres tomam<br />

frente da função, desempenhando-a<br />

com grande presteza.<br />

Alguns empresários dizem<br />

que frentistas femininas tem<br />

um modo diferenciado de atendimento,<br />

seja pela simpatia ou<br />

mesmo pelo bom desempenho<br />

da função.<br />

Questão interessante e que é<br />

considerada pela grande parte<br />

do empresariado no ato de contratação<br />

de novas frentistas é<br />

exatamente a gravidez. A Constituição<br />

Federal garante a toda<br />

empregada gestante estabilidade<br />

provisória desde a confirmação<br />

até cinco meses após o parto.<br />

Ou seja, entre a concepção e<br />

o quinto mês após o parto, a empregada só terá<br />

seu contrato de trabalho rescindido caso tenha<br />

cometido alguma falta grave, sendo esta, tão somente,<br />

confirmada após instauração de procedimento<br />

para apuração da conduta perante a Justiça<br />

do Trabalho.<br />

Outro fator interessante e que deve ser considerado<br />

pelo empregador é a mudança ocorrida<br />

no texto da Súmula 244 do Tribunal Superior<br />

do Trabalho. Desde setembro do corrente ano os<br />

“A Constituição<br />

Federal garante a<br />

toda empregada<br />

gestante estabilidade<br />

provisória desde<br />

a confi rmação até<br />

cinco meses<br />

após o parto.”<br />

efeitos da estabilidade provisória<br />

foram estendidos para empregadas<br />

contratadas por prazo<br />

determinado.<br />

Nota-se ter havido uma mudança<br />

radical na interpretação do<br />

Texto Constitucional no que diz<br />

respeito à estabilidade provisória<br />

da gestante. Referida garantia<br />

passou a ser aplicada também a<br />

contratos a termo, ou seja, com<br />

fim definido, como é o caso dos<br />

contratos de experiência.<br />

Assim, independentemente<br />

da natureza do contrato existente<br />

entre a funcionária e a empresa,<br />

além da estabilidade, esta<br />

fará jus, caso seja necessário, à<br />

transferência de sua função para<br />

local salubre e que não cause nenhum<br />

tipo de prejuízos a si, ou<br />

mesmo, a seu filho.<br />

Importante mencionar que<br />

a jornada de trabalho da gestante<br />

não sofrerá alterações,<br />

salvo nos períodos de realização<br />

de consultas médicas e exames clínicos,<br />

bem como nos dois períodos de descansos diários<br />

de trinta minutos para amamentação até<br />

que a criança complete seis meses de idade ou<br />

quando, por orientação médica, seja sugerido<br />

algum tipo de mudança na jornada da funcionária.<br />

Nayron Cintra Sousa<br />

Assessoria Jurídica<br />

do SINDIPOSTO


34 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012<br />

Livro de Movimentação de Combustíveis<br />

LMC - preenchimento e penalidades<br />

O Livro de Movimentação de Combustíveis<br />

(LMC) foi instituído pela portaria DNC nº 26 de<br />

1992 e serve para fazer o registro diário pelos<br />

postos revendedores dos estoques e movimentação<br />

de compra e venda de combustíveis. Os<br />

LMC referente aos seis últimos meses deverão<br />

permanecer no posto revendedor à disposição<br />

da fi scalização do Departamento Nacional de<br />

Combustíveis (DNC), sendo que o posto deverá<br />

manter arquivados os LMC relativos aos cinco<br />

últimos anos.<br />

A não apresentação do LMC, ou a sua<br />

apresentação com falta ou irregularidades de<br />

escrituração implicará em:<br />

- Notifi cação para apresentação, no prazo<br />

de 24 horas, do LMC corretamente escriturado;<br />

- Autuação, no caso de não cumprimento<br />

do prazo, seguida de notifi cação para que<br />

apresente ao DNC no prazo de dez dias úteis a<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

declaração da existência do LMC corretamente<br />

escriturado;<br />

- Interdição sem prejuízo de outras penalidades<br />

cabíveis, dos equipamentos de abastecimento<br />

de combustíveis do posto revendedor, se não<br />

apresentada a declaração no prazo estabelecido,<br />

ou se apresentada com inveracidade, sendo<br />

que quando a notifi cação resultar da não apresentação<br />

do LMC, a interdição se dará em todos<br />

os equipamentos de abastecimento do posto.<br />

Independentemente de notifi cação, quando<br />

for constatada perda do estoque físico de<br />

combustível superior a 0,6% caberá ao posto<br />

revendedor proceder a apuração das causas e,<br />

se detectado vazamento para o meio ambiente,<br />

providenciar reparo dos equipamentos correspondentes,<br />

sendo que quando os referidos equipamentos<br />

forem de propriedade de terceiros, caberá<br />

a esses a responsabilidade do reparo.

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