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Esta revista faz parte integrante da edição 1390, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011 do JORNAL DE LERIA e não po<strong>de</strong> ser vendida separadamente


Editorial<br />

Um dia especial<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> edita hoje mais uma revista<br />

sobre o Casamento, um projecto editorial que<br />

representa uma marca do seu plano anual <strong>de</strong><br />

publicações que já conquistou lugar <strong>de</strong> relevo<br />

na região.<br />

Nesta edição, mais do que dar <strong>de</strong>staque aos<br />

aspectos burocráticos que fazem parte do<br />

processo do casamento, <strong>de</strong>ixamos um roteiro<br />

dos espaços mais a<strong>de</strong>quados à sua celebração.<br />

Quintas e restaurantes <strong>de</strong> excelência que<br />

servirão <strong>de</strong> inspiração àquele que é consi<strong>de</strong>rado<br />

um dos dias mais especiais dos jovens<br />

casais.<br />

Embora assistamos a uma quebra continuada<br />

do número <strong>de</strong> casamentos, quem opta por<br />

fazê-lo continua a <strong>de</strong>sejar uma cerimónia es-<br />

pecial e única, num local que lhe ofereça as<br />

melhores garantias <strong>de</strong> preço e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Talvez, por isso, os responsáveis pelas quintas<br />

e restaurantes não tenham sentido, ainda, o<br />

peso da redução do número <strong>de</strong> casamentos<br />

nos seus espaços. Sentem, sim, uma diminuição<br />

do número <strong>de</strong> convidados.<br />

Hoje, já quase não existem as festas padrão,<br />

típicas dos finais do século XX. Assiste-se a<br />

uma mudança <strong>de</strong> paradigma, com festas mais<br />

intimistas, em que os noivos convidam apenas<br />

as pessoas mais chegadas, amigos e familiares<br />

mais próximos. Como refere o sociólogo<br />

Tiago Ribeiro, em artigo <strong>de</strong> opinião nesta revista,<br />

"se antes o casamento constituía uma<br />

importante fonte <strong>de</strong> bens e recursos para os<br />

EDITORIAL<br />

ABERTURA<br />

Número <strong>de</strong> casamentos reduziu 40%<br />

'Visitas' insuficientes<br />

para pagar a boda<br />

ESPAÇOS PARA CELEBRAR<br />

O CASAMENTO<br />

Quinta da Salmanha<br />

Quinta <strong>de</strong> Santo António do Freixo<br />

Quinta das Silveiras<br />

Quinta <strong>de</strong> Sant’ Ana<br />

Quinta da Al<strong>de</strong>ia<br />

Restaurante o Casarão<br />

LUA-DE-MEL<br />

Texto <strong>de</strong> Opinião<br />

noivos, ajudando-os à sua autonomização e<br />

sendo, portanto, um investimento, hoje o significado<br />

afectivo e expressivo ten<strong>de</strong> a prevalecer".<br />

Para este cenário, contribui, também, o facto<br />

<strong>de</strong> nas celebrações <strong>de</strong> casamento, os noivos<br />

assumirem cada vez mais o papel <strong>de</strong> progatonistas,<br />

relativizando a função dos pais, ao contrário<br />

do que acontecia anteriormente. Por um<br />

lado, dão primazia às suas carreiras profissionais<br />

– daí a ida<strong>de</strong> tardia dos casamentos – e,<br />

por outro, têm consciência que o casamento<br />

já não é, hoje, uma fonte <strong>de</strong> receita. É um dia<br />

único, <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> amigos e <strong>de</strong> familiares<br />

mais próximos. Em que, para muitos, os pais<br />

são os seus convidados especiais! ❤<br />

Ficha Técnica:<br />

Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda. . Director: José Ribeiro Vieira . Coor<strong>de</strong>nação: Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong> . Redacção: Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong> e Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Comunicação do Colégio Dr. Luís Pereira da<br />

Costa . Serviços Comerciais: Andreia Antunes, Ferreira Branco, Rui Pereira . Projecto Gráfico: Marta Silvério . Paginação: Isilda Trinda<strong>de</strong>, Rita Carlos . Impressão: Multiponto . Tiragem: 15.000 .<br />

N.º <strong>de</strong> Registo 109980 . Depósito Legal n.º 5628/84 . Distribuição: <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Edição n.º 1390 <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011.<br />

MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 3


ABERTURA<br />

NÚMERO DE CASAMENTOS<br />

REDUZIU 40%<br />

Os casamentos diminuiram em Portugal, as pessoas começaram a contrair matrimónio mais tar<strong>de</strong>, privilegiando as carreiras<br />

académicas e profissionais, e o número <strong>de</strong> divórcios aumentou. Apesar disso, o número <strong>de</strong> festas nas quintas não<br />

sofreu qualquer <strong>de</strong>créscimo, o que significa que quem casa lhe atribui o mesmo significado <strong>de</strong> sempre. O que se alterou<br />

neste panorama foi o número <strong>de</strong> convidados, que tem emagrecido substancialmente. A crise financeira po<strong>de</strong> ter alguma influência,<br />

mas a forma mais intimista como os noivos encaram o seu enlace também contribui para esta mudança.<br />

CERIMÓNIAS MAIS INTIMISTAS<br />

O número <strong>de</strong> casamentos realizados em<br />

Portugal diminuiu mais <strong>de</strong> 40% entre 1999 e<br />

2009. Os dados são do Instituto Nacional<br />

<strong>de</strong> Estatística (INE), que revelou, ainda, que<br />

a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> das mulheres à data do<br />

primeiro casamento também se alterou. Em<br />

2009, foi <strong>de</strong> 28,6 anos, enquanto há <strong>de</strong>z<br />

anos (1999) era <strong>de</strong> 24,2 anos. A média <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>s dos homens na altura do primeiro<br />

matrimónio em 2009 foi <strong>de</strong> 30,2 anos, enquanto<br />

em 1990 era <strong>de</strong> 26,2. Ao contrário<br />

<strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, os divórcios triplicaram em<br />

2009 face a 1990.<br />

Apesar <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>créscimo no número <strong>de</strong> casamentos,<br />

a maioria das quintas da região<br />

contactadas pelo JORNAL DE LEIRIA não<br />

registou diferenças na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> festas<br />

realizadas <strong>de</strong> ano para ano. Pelo contrário,<br />

o número tem-se mantido e muitas<br />

já têm cerimónias agendadas para 2012 e<br />

2013. O que se alterou foi a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

convidados, que tem vindo a diminuir ano<br />

após ano, um fenómeno que po<strong>de</strong> estar relacionado<br />

com a crise ou mesmo com a alteração<br />

<strong>de</strong> conceitos relativamente ao<br />

casamento.<br />

"Antes faziam-se gran<strong>de</strong>s festas, os noivos<br />

levavam muitos convidados e, hoje, <strong>de</strong>vido<br />

à crise, a maioria dos casamentos tem<br />

menos pessoas", revela Susana Bastos, responsável<br />

pela Quinta da Al<strong>de</strong>ia, lembrando<br />

que, em média, cada boda, na sua quinta,<br />

tem registado um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 20 a 30%<br />

no número <strong>de</strong> convidados.<br />

Alexandra Con<strong>de</strong>, uma das responsáveis<br />

pela Iguarias do Tempo, também confirma<br />

este fenómeno nas duas quintas que explora<br />

– Quinta das Silveiras e Quinta dos<br />

Birreiros. Reduziu o número <strong>de</strong> convidados,<br />

mas não o número <strong>de</strong> casamentos. "Já não<br />

4. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011<br />

DR<br />

tenho sábados livres em Agosto <strong>de</strong> 2012 e<br />

alguns, também, em 2013. Isso significa que<br />

o número <strong>de</strong> casamentos nas quintas não<br />

tem diminuído", consi<strong>de</strong>ra. Para a jovem<br />

empresária, este <strong>de</strong>créscimo po<strong>de</strong>rá estar<br />

relacionado com vários factores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />

maiores preocupações que os jovens têm<br />

hoje com as carreiras profissionais, e que os<br />

leva a casar mais tar<strong>de</strong>, até à maior concorrência<br />

<strong>de</strong> espaços para a realização <strong>de</strong><br />

bodas. "Embora a média <strong>de</strong> pessoas por<br />

casamento nos meus espaços em 2010<br />

tenha sido semelhante à <strong>de</strong> 2009, assim<br />

como o número <strong>de</strong> casamentos, tenho <strong>de</strong><br />

aten<strong>de</strong>r mais pessoas e <strong>de</strong> batalhar mais<br />

para realizar o mesmo número <strong>de</strong> festas,<br />

<strong>de</strong>vido ao aumento da concorrência".<br />

CONVIDADOS SELECCIONAM<br />

CASAMENTOS<br />

Hoje são raros os casamentos com 300 e<br />

400 convidados, típicos das últimas décadas<br />

do século XX. As festas são mais íntimas,<br />

por opção dos noivos e também<br />

porque a crise económico-financeira leva<br />

a que muitas pessoas seleccionem criteriosamente<br />

as cerimónias a que preten<strong>de</strong>m<br />

ir. "Cheguei a ir a <strong>de</strong>z casamentos<br />

num ano, eram quase todos os fins-<strong>de</strong>semana<br />

no Verão", revela Maria Joana,<br />

economista e recém-casada, explicando<br />

que se "sentia na obrigação <strong>de</strong> aceitar<br />

todos os convites" feitos aos seus pais e<br />

que, por inerência, lhe eram extensivos.<br />

Isto quando era solteira. Depois <strong>de</strong> casar<br />

– há cerca <strong>de</strong> seis meses -, o panorama<br />

mudou substancialmente, pois agora é ela<br />

e o marido que têm <strong>de</strong> pagar a 'visita' aos<br />

noivos, o que se torna insustentável. "Eu<br />

própria, quando casei, convi<strong>de</strong>i apenas os<br />

meus amigos e a família mais chegada e,<br />

mesmo assim, foram cerca <strong>de</strong> 200 pes-


soas, entre os meus convidados e os do<br />

João", diz.<br />

Maria Joana casou numa quinta no concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Sublinha que o seu casamento<br />

foi pago pelos seus pais, mas a<br />

parte do noivo foi quase toda suportada<br />

pelas receitas das 'visitas'. "Os meus pais<br />

<strong>de</strong>ram uma ajuda na parte do João. Estávamos<br />

a contar com uma parte para a lua<strong>de</strong>-mel,<br />

mas se eles não tivessem<br />

apoiado, o dinheiro que recebemos das<br />

pessoas não chegava para pagar o resto<br />

da festa. Porque as 'visitas' já não são o<br />

que eram. As pessoas dão o que po<strong>de</strong>m<br />

e não o que está estabelecido".<br />

Maria Joana gastou cerca <strong>de</strong> 30 mil euros<br />

na totalida<strong>de</strong>, entre a boda, o vestido, o<br />

fato do noivo, os processos burocráticos e<br />

tudo o que envolve um casamento. Recebeu<br />

cerca <strong>de</strong> nove mil euros <strong>de</strong> 'visitas' e<br />

a festa na quinta custou 25 mil. Os pais<br />

pagaram 14.000 euros – "tínhamos mais<br />

convidados da nossa parte" - mas <strong>de</strong>pois<br />

tiveram <strong>de</strong> suportar ainda o restante e ajudar<br />

na viagem <strong>de</strong> lua-<strong>de</strong>-mel. "Eles já<br />

contavam com isso, mas eu não. Têm<br />

mais experiência e informaram-se", diz,<br />

sublinhando que aquele foi o seu momento,<br />

mas foi também a festa dos seus<br />

pais, pois assim fez questão. "Eles escolheram<br />

o espaço comigo e com o João, a<br />

ementa e tudo o resto. Mas sei que não é<br />

assim com a maioria dos noivos".<br />

Jorge Santo, responsável pela Quinta <strong>de</strong><br />

Santo António do Freixo reconhece que<br />

actualmente existem menos convidados<br />

nas festas <strong>de</strong> casamento, mas realça que<br />

sempre houve situações em que as expectativas<br />

do noivos em relação ao número<br />

<strong>de</strong> presenças nas suas festas saíram<br />

frustradas. Lembra que a festa padrão há<br />

poucos anos se situava entre os 180 e os<br />

220 convidados e actualmente é ligeiramente<br />

menos, mas há casos <strong>de</strong> casamentos<br />

em que se prevêem 300 pessoas e<br />

não falta ninguém. "Cada casamento é<br />

um caso, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitos factores, inclusivamente<br />

da situação sócio-económica<br />

dos noivos. Sabemos que hoje, a<br />

socieda<strong>de</strong> está moldada em função das<br />

relações, está fraccionada em função do<br />

dinheiro disponível, as pessoas não se relacionam<br />

em função dos valores, mas em<br />

função do nível <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> financeira<br />

<strong>de</strong> cada um. Eu para estar ao nível<br />

<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada pessoa, tenho <strong>de</strong> ter<br />

disponibilida<strong>de</strong> para o acompanhar”. ❤<br />

Listas <strong>de</strong> casamento sem expressão na região<br />

'VISITAS' INSUFICIENTES<br />

PARA PAGAR A BODA<br />

Falta <strong>de</strong> dinheiro para pagar a boda. Esta<br />

é a realida<strong>de</strong> com que muitos jovens casais<br />

se confrontam hoje. Os casamentos<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser as festas dos pais. Os noivos<br />

passaram a ser os principais protagonistas.<br />

Tem vantagens e <strong>de</strong>svantagens.<br />

DE DIA...<br />

... SEMPRE A MESMA ELEGÂNCIA!<br />

ABERTURA<br />

Como estamos em crise, uma das <strong>de</strong>svantagens<br />

pren<strong>de</strong>-se com o facto <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>ixado<br />

<strong>de</strong> existir um fenómeno que antes<br />

era ponto <strong>de</strong> honra nesta região: o cumprimento<br />

da tabela <strong>de</strong> 'visitas'. Hoje, cada<br />

pessoa dá o que po<strong>de</strong> e já quase só os<br />

▼<br />

▼<br />

▼<br />

OU DE NOITE...<br />

Se privilegia a elegância!<br />

Se elege um ambiente ver<strong>de</strong> e único.<br />

Se valoriza um serviço distinto, sóbrio, pessoal.<br />

Então, equacione visitar a nossa quinta.<br />

Quinta <strong>de</strong> Santo António do Freixo<br />

Cortes - <strong>Leiria</strong><br />

Tel. 244 891 971/ Tm. 919 951 332/ 916 981 509<br />

geral@quintasantoantoniodofreixo.com<br />

www.quintasantoantoniodofreixo.com<br />

PUB<br />

MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 5


DR<br />

ABERTURA<br />

▼<br />

▼<br />

▼<br />

mais velhos ainda têm a preocupção <strong>de</strong><br />

saber qual o montante em vigor nos casamento<br />

– "é quase uma lei" - no sentido <strong>de</strong><br />

se aproximarem do valor em causa quando<br />

chega a hora <strong>de</strong> fechar o envelope para entregar<br />

aos noivos. "O ano passado, as 'visitas'<br />

podiam variar entre os 150 e os 200<br />

euros por pessoa, numa quinta. Se fosse<br />

num restaurante, 100 euros já era uma boa<br />

visita", afirma José Gaspar, 40 anos, um dos<br />

convidados <strong>de</strong> Maria Joana. "Despendi 450<br />

euros só na 'visita' pois somos três adultos",<br />

revela, adiantando que perante estes valores,<br />

ele próprio se retraiu no número <strong>de</strong> casamentos<br />

a que vai durante o ano. "Só vou<br />

a cerimónias mais íntimas, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s amigos<br />

ou irmãos. Tornou-se insustentável aceitar<br />

todos os convites, pois não fazia a festa<br />

por menos <strong>de</strong> 550/600 euros, já que somos<br />

quatro pessoas em casa, se contarmos também<br />

com a mais pequenina, com três anos.<br />

Gasta-se sempre muito dinheiro com roupa<br />

e calçado e, ainda, com gasolina se for<br />

longe, como já aconteceu", refere.<br />

José Gaspar tenta cumprir a tabela, para<br />

não prejudicar os noivos, mas há muitos<br />

convidados que não o fazem, como aconteceu<br />

no casamento <strong>de</strong> Maria Joana. "Claro<br />

que todos os noivos fazem contas, mas já<br />

ouvi algumas amigas dizerem que o dinheiro<br />

também não chegou para pagar as<br />

6. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011<br />

suas festas e tiveram <strong>de</strong> pagar a prestações.<br />

Há situações em que os envelopes estão vazios...isso<br />

é falta <strong>de</strong> respeito, mas acredito<br />

que não sejam os amigos a fazer coisas <strong>de</strong>stas",<br />

diz Maria Joana.<br />

Ressalvando que no seu estrato <strong>de</strong> clientes,<br />

o número <strong>de</strong> noivos que utiliza as 'visitas'<br />

para pagar a boda é mínimo, Jorge Santo,<br />

proprietário da Quinta <strong>de</strong> Santo António do<br />

Freixo, reconhece que essa é a forma mais<br />

prática <strong>de</strong> presentear os jovens casais. Mas<br />

também já constatou que aqueles que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>ssa verba para pagar a festa,<br />

ficam sempre "prejudicados", no sentido<br />

em que o dinheiro não chega. "Isso mais<br />

uma vez tem a ver com as nossas afinida<strong>de</strong>s,<br />

que são em função dos nossos rendimentos",<br />

explica o empresário, lembrando que<br />

essas situações nunca se verificam quando<br />

são os pais a pagar a festa, que ainda são<br />

uma maioria na sua quinta. Nestes casos, as<br />

receitas das 'visitas' são, habitualmente,<br />

todas para ajudar os noivos noutras <strong>de</strong>spesas.<br />

Na região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o conceito <strong>de</strong> lista <strong>de</strong><br />

casamento não é muito comum, como<br />

acontece nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s como Lisboa<br />

ou Porto. A tradição da 'visita' está <strong>de</strong> tal<br />

forma enraizada que os próprios convidados<br />

não se sentem confortáveis a oferecer<br />

um presente aos noivos. "Depen<strong>de</strong> dos ca-<br />

samentos e das pessoas que vão casar", refere<br />

Susana Bastos, lembrando que a maioria<br />

dos noivos constrói uma casa e tem uma<br />

prestação para pagar ao banco, pelo que<br />

muitos ainda vêem no casamento uma<br />

fonte <strong>de</strong> receita. "Isto quando é tudo pago<br />

pelos pais, obviamente."<br />

Mesmo quando existe lista <strong>de</strong> casamento,<br />

o panorama também se alterou, como explica<br />

a responsável da Quinta da Al<strong>de</strong>ia.<br />

"Os presentes hoje são mais mo<strong>de</strong>stos do<br />

que antigamente. Lembro-me <strong>de</strong> ver prendas<br />

da Vista Alegre, pratas e gran<strong>de</strong>s electrodomésticos<br />

e hoje vemos presentes que<br />

muitas vezes os noivos nem gostam ou não<br />

precisam. Por isso, é preferível oferecer um<br />

envelope com uma quantia monetária", diz.<br />

Uma das tradições mais conhecidas da região,<br />

ainda se pren<strong>de</strong> com a troca da 'visita'<br />

com o bolo das festas que a maioria das famílias<br />

<strong>de</strong> alguns concelhos do distrito faz<br />

questão <strong>de</strong> manter. Os convidados, no final<br />

da festa, dirigem-se junto dos noivos, entregam<br />

o envelope e recebem um saquinho<br />

com o bolo.<br />

Recentemente, muitas noivas começaram a<br />

inovar e juntaram ao bolo pequenos presentes,<br />

que po<strong>de</strong>m variar entre saquinhos <strong>de</strong><br />

cheiro, pequenos frascos <strong>de</strong> compota e outros<br />

"mimos" que os convidados levam para<br />

casa como recordação do casamento. ❤


Quinta da Al<strong>de</strong>ia . Barreira Junqueira<br />

2480-121 S. Bento<br />

PORTO DE MÓS<br />

Susana Bastos: 917 570 203<br />

Sofia Santos: 915 195 423<br />

Alex Mafra: 915 195 421<br />

Coor<strong>de</strong>nadas GPS: 39º 30" 57' N 8º 46" 18' W<br />

E-mail: geral@eventosquintadaal<strong>de</strong>ia.com<br />

www.eventosquintadaal<strong>de</strong>ia.com


ESPAÇO<br />

QUINTA DA SALMANHA<br />

DR<br />

CASAIS CADA VEZ MAIS<br />

EXIGENTES COM FESTA<br />

DE CASAMENTO<br />

A escolha do local para celebrar a boda é consi<strong>de</strong>rada uma das fases mais importantes do casamento. Uma quinta, um<br />

restaurante, um espaço ao ar livre... um local que transforme o dia do enlace num momento único e inesquecível. O JOR-<br />

NAL DE LEIRIA <strong>de</strong>ixa várias sugestões <strong>de</strong> espaços na região on<strong>de</strong> os jovens casais po<strong>de</strong>m buscar inspiração para a celebração<br />

do matrimónio.<br />

QUINTA DA SALMANHA<br />

Nova sala buffet inaugurada<br />

Um solar <strong>de</strong> 1919 cuidadosamente recuperado<br />

convive harmoniosamente com a comodida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> dois mo<strong>de</strong>rnos salões, um<br />

com capacida<strong>de</strong> para receber mais <strong>de</strong> 500<br />

convidados e outro, mais recente, preparado<br />

para servir 250 pessoas. Neste cenário<br />

que alia a beleza do rústico ao conforto e<br />

requinte que o mo<strong>de</strong>rno exige, envolvido<br />

pelo vasto jardim, a Quinta da Salmanha, na<br />

Figueira da Foz, inaugurou em finais do ano<br />

passado o novo espaço, on<strong>de</strong> passará a<br />

servir o já conhecido e tradicional buffet semanal.<br />

Uma nova sala que permitirá libertar<br />

o salão principal para a sua principal função,<br />

que é proporcionar aos noivos o melhor serviço<br />

num dos dias mais especiais das suas<br />

vidas.<br />

A nova sala funcionará <strong>de</strong> segunda a sextafeita,<br />

ao almoço, com buffet e uma especialida<strong>de</strong><br />

da casa, que po<strong>de</strong> passar por uma<br />

8. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011<br />

mesa <strong>de</strong> marisco a uma paelha, uma mesa<br />

<strong>de</strong> leitão ou rodízio <strong>de</strong> peixe grelhado. Ao<br />

sábado haverá jantar dançante com música<br />

ao vivo e, ao domingo, regressa o buffet<br />

com selecção especial do chefe.<br />

Com estacionamento para 300 lugares e segurança<br />

privada, a quinta proporciona,<br />

ainda, um variado leque <strong>de</strong> serviços aos<br />

seus clientes, on<strong>de</strong> "o cuidado e o profissionalismo<br />

da equipa e a garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

do próprio catering se reflecte nos<br />

<strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> cada serviço". Ementas inovadoras,<br />

salas <strong>de</strong>coradas com criativida<strong>de</strong> e<br />

profissionais especializados, que reúnem o<br />

saber e a experiência conducentes à organização<br />

<strong>de</strong> qualquer evento, permitem aos<br />

protagonistas dos eventos "relaxar e divertir-se<br />

na companhia dos convidados, amigos<br />

e família", explica Arlindo Carpalhoso,<br />

responsável pelo espaço.<br />

Os packs específicos para baptizados ou casamentos,<br />

a partir dos 25 e 55 euros por<br />

pessoa, incluem o serviço <strong>de</strong> catering, aluguer<br />

da quinta, bolo <strong>de</strong> noiva, bar aberto,<br />

<strong>de</strong>coração das mesas, serviço <strong>de</strong> babysitting,<br />

com acompanhamento permanente<br />

<strong>de</strong> pessoal especializado e em espaço a<strong>de</strong>quado<br />

com equipamento interior e exterior<br />

<strong>de</strong>vidamente homologado e animação musical.<br />

Para os mais pequenos, a quinta dispõe,<br />

ainda, <strong>de</strong> um espaço infantil com diversas<br />

activida<strong>de</strong>s, como face painting, balões <strong>de</strong><br />

moldar, entre outras brinca<strong>de</strong>iras, mas sempre<br />

com o apoio <strong>de</strong> animadoras.<br />

Além <strong>de</strong> baptizados e casamentos, a Quinta<br />

da Salmanha está preparada para receber<br />

outros <strong>de</strong> eventos, como festas temáticas,<br />

aniversários, conferências, seminários ou<br />

reuniões <strong>de</strong> empresas. ❤


FOTOS: JARDIM - WWW.GRAFIBOOK.COM<br />

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO<br />

DO FREIXO<br />

Simplicida<strong>de</strong>, elegância e beleza<br />

A Quinta <strong>de</strong> Santo António do Freixo<br />

ficou conhecida pelas suas tertúlias literárias<br />

realizadas nas décadas <strong>de</strong> 40<br />

a 60 do século XX e, mais tar<strong>de</strong>, pelos<br />

eventos que trouxeram à região personalida<strong>de</strong>s<br />

da política nacional e internacional.<br />

É também, hoje, um<br />

espaço privilegiado para a realização<br />

<strong>de</strong> casamentos, marcado pela sobrieda<strong>de</strong>,<br />

simplicida<strong>de</strong> e beleza dos<br />

seus espaços exteriores.<br />

Fundada por Américo Cortez Pinto,<br />

escritor <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que estudou os primórdios<br />

da tipografia em Portugal –<br />

um homem que trouxe a <strong>Leiria</strong> alguns<br />

dos nomes mais sonantes das artes e<br />

das letras – a Quinta <strong>de</strong> Santo <strong>de</strong><br />

Santo António do Freixo procurou<br />

manter o ambiente <strong>de</strong> familiarida<strong>de</strong><br />

nos eventos que promove sejam eles<br />

cerimónias <strong>de</strong> casamento, festas <strong>de</strong><br />

empresas ou jantares-conferência.<br />

"Tentamos oferecer aos convidados<br />

o que <strong>de</strong> melhor temos, ao nível da<br />

cozinha e do serviço nas mesas, na<br />

certeza, porém, <strong>de</strong> que será difícil surpreen<strong>de</strong>r<br />

uma personalida<strong>de</strong> já familiarizada<br />

com espaços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>",<br />

explica Jorge Santo, reconhecendo<br />

que uma das mais-valias da sua<br />

quinta se pren<strong>de</strong> com a beleza paisagística,<br />

com o espaço ver<strong>de</strong> que a envolve<br />

e com o facto <strong>de</strong> ser<br />

atravessada pelo rio Lis.<br />

A quinta dispõe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009, <strong>de</strong> uma<br />

sala com capacida<strong>de</strong> para 350 pessoas,<br />

que proporciona aos convidados<br />

“uma vista magnífica para todo o<br />

espaço exterior”, uma vez que todas<br />

as pare<strong>de</strong>s são envidraçadas. A substituição<br />

da tenda pelo edifício veio<br />

acrescentar valor aos serviços prestados,<br />

com mais conforto térmico e<br />

acústico.<br />

A concepção do espaço veio permitir,<br />

por outro lado, uma <strong>de</strong>coração<br />

simples, tal como é sugerido pela<br />

maior parte dos clientes da quinta. “A<br />

sala está concebida para levar cada<br />

vez menos roupa e menos efeitos. Ela<br />

própria está <strong>de</strong>corada no sentido <strong>de</strong><br />

dispensar outros a<strong>de</strong>reços”, diz.<br />

Sem pacotes <strong>de</strong>finidos, Jorge Santo<br />

explica que cada casamento é único<br />

e merece ser tratado como tal. “As<br />

pessoas manifestam preocupações e<br />

eu procuro tranquilizá-las e satisfazer<br />

os seus <strong>de</strong>sejos.” ❤<br />

até<br />

80<br />

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Gran<strong>de</strong> Campanha <strong>de</strong> Fatos <strong>de</strong> Noivo<br />

NOVO<br />

HORÁRIO<br />

LOJA 1 - UNIFATO - Conf. do Centro, Lda<br />

Estrada da Batalha, 21 . 2440-208 Reguengo do Fétal<br />

Tel. 244 709 000<br />

2.ª a 6.ª Feira: 10:00 às 13:00/14:30 às 19:00<br />

Sábado: 10:30 às 13:00 / 14:30 às 19:00 Domingo: 14:30 às 19:00<br />

LOJA 3 - OUTLET - Santarém<br />

Rua Capelo e Ivens, n.º 2 . Santarém<br />

Tel. 243 306 360<br />

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MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 9


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ESPAÇO<br />

QUINTA DAS SILVEIRAS<br />

QUINTA DAS SILVEIRAS<br />

Iguarias do Tempo: uma marca sem tempo<br />

O espírito empreen<strong>de</strong>dor da Iguarias do<br />

Tempo é há muito conhecido quando se<br />

trata da realização <strong>de</strong> eventos seja uma festa<br />

<strong>de</strong> casamento, <strong>de</strong> uma empresa, ou a apresentação<br />

<strong>de</strong> um produto, ou serviço. A empresa<br />

dispõe, hoje, <strong>de</strong> quatro espaços<br />

distintos, sendo a Quinta das Silveiras a que<br />

ganha maior <strong>de</strong>staque.<br />

Já lá vão cerca <strong>de</strong> nove anos. Des<strong>de</strong> aí, não<br />

tem parado <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r, mostrando que<br />

a paixão pela excelência é o gran<strong>de</strong> trunfo<br />

para o sucesso. “Transformar cada evento<br />

num acontecimento único. Realizar sonhos”.<br />

É este o lema da Iguarias do Tempo, pelo<br />

que cada acontecimento tem como ingredientes<br />

uma “rigorosa selecção <strong>de</strong> matérias-<br />

-primas associada à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> confecção,<br />

além <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> requinte e bom<br />

gosto”.<br />

Qualida<strong>de</strong> é uma das marcas da empresa<br />

que este ano quis surpreen<strong>de</strong>r com um espaço<br />

renovado e mais actual, sem per<strong>de</strong>r,<br />

contudo, as características rústicas típicas <strong>de</strong><br />

uma quinta. Depois <strong>de</strong> amanhã, dia 5, será<br />

inaugurada uma “nova” sala que se abre<br />

para o jardim com gran<strong>de</strong>s janelas, criando<br />

uma simbiose perfeita entre o espaço interior<br />

e exterior. “O espaço fica mais amplo, recebe<br />

mais luz natural e os convidados ficam<br />

com a sensação que estão bem mais perto<br />

do jardim”, explica Joana Con<strong>de</strong>, a gerente<br />

da empresa. “Temos um jardim fabuloso à<br />

nossa volta e era uma pena as pessoas não<br />

usufruírem <strong>de</strong>le enquanto tomam as refeições”.<br />

A sala vai manter-se com capacida<strong>de</strong> para<br />

400 pessoas, sentadas em mesas redondas,<br />

melhorando os seus aspectos acústicos e<br />

quebrando as barreiras que existiam no espaço.<br />

“Havia uns arcos na sala, que eram bo-<br />

10. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011<br />

DR<br />

nitos, tiveram o seu tempo, mas <strong>de</strong>cidimos<br />

eliminá-los, porque quebravam muito a visibilida<strong>de</strong><br />

e o som. Temos muitas conferências<br />

e eventos empresariais e aqueles arcos faziam<br />

com que a visibilida<strong>de</strong> não fosse tão<br />

boa”, explica a responsável, reconhecendo<br />

que, a partir <strong>de</strong> agora, terá oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

promover outro tipo <strong>de</strong> trabalhos que antes<br />

era impossível <strong>de</strong>vido à configuração do espaço.<br />

Para a Iguarias do Tempo não há quase nada<br />

que seja impossível <strong>de</strong> realizar. Nos seus espaços<br />

ou noutros, os <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> um casal <strong>de</strong><br />

noivos, ou <strong>de</strong> um empresário, são sempre<br />

viáveis para a empresa que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início,<br />

reflecte uma gran<strong>de</strong> entrega, criativida<strong>de</strong>, e<br />

qualida<strong>de</strong>, ingredientes que caracterizam o<br />

trabalho da equipa que dá corpo à insígnia.<br />

“Se fosse para fazer mais uma empresa, não<br />

teríamos criado a Iguarias do Tempo. A<br />

nossa razão <strong>de</strong> existir é o concretizar dos sonhos<br />

das pessoas, seja na área dos casamentos,<br />

seja na área das empresas”, explica<br />

Joana Con<strong>de</strong>.<br />

Se o casamento for realizado na Quinta das<br />

Silveiras – ou dos Birreiros – a Iguarias do<br />

Tempo dispõe <strong>de</strong> um pack que po<strong>de</strong> ser ou<br />

não adoptado pelos noivos. Nesse pacote,<br />

está incluído todo o serviço da quinta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a ementa à <strong>de</strong>coração, o Dj, a animação infantil,<br />

o fogo preso, os balões e outros <strong>de</strong>talhes<br />

que fazem parte <strong>de</strong> um casamento. “Se<br />

as pessoas preten<strong>de</strong>rem outro tipo <strong>de</strong> serviços,<br />

como suite para a noite <strong>de</strong> núpcias, brin<strong>de</strong>s<br />

para convidados, música ao vivo,<br />

bailarinos, limusine, carros antigos e outros<br />

aspectos mais especiais nós estamos cá para<br />

ajudar a cumprir esses <strong>de</strong>sejos», acrescenta<br />

Alexandra Con<strong>de</strong>, a outra sócia da Iguarias<br />

do Tempo. ❤


FOTOS: DR<br />

QUINTA DE SANT’ANA<br />

Solar recuperado recebe casamentos <strong>de</strong> sonho<br />

Sobre uma colina ver<strong>de</strong>jante do concelho <strong>de</strong><br />

Pombal, avistando uma pequena al<strong>de</strong>ia outrora<br />

palco <strong>de</strong> batalhas e tendo como fundo<br />

a magnífica vista da serra da Sicó e o Vale <strong>de</strong><br />

Anços, situa-se a Quinta <strong>de</strong> Sant'Ana. Antiga<br />

proprieda<strong>de</strong> da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo, com raízes<br />

no final do século XVII, este é o espaço certo<br />

para <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> momentos inesquecíveis.<br />

O solar totalmente recuperado, após o incêndio<br />

aquando da segunda invasão francesa<br />

<strong>de</strong> 1810, dispõe hoje <strong>de</strong> 10 quartos e<br />

serve <strong>de</strong> alojamento turístico.A quinta organiza<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> casamentos a conferências, refeições,<br />

baptizados, aniversários e reuniões <strong>de</strong><br />

trabalho. É o local i<strong>de</strong>al para um casamento<br />

<strong>de</strong> sonho.<br />

Anabela Jordão, natural da Figueira da Foz,<br />

é gerente <strong>de</strong>ste espaço <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, ano em<br />

que iniciou o projecto. A quinta, com 25 mil<br />

metros quadrados, possui piscina, cavalos,<br />

pica<strong>de</strong>iro, campo <strong>de</strong> ténis e um parque infantil.<br />

Oferece um serviço requintado, po<strong>de</strong>ndo<br />

um casamento custar, neste lugar,<br />

entre 40 a 70 euros por pessoa. O número <strong>de</strong><br />

convidados po<strong>de</strong>rá ir até aos 250. O preço<br />

mais económico integra um buffet permanente,<br />

que pressupõe um prolongamento<br />

do serviço. “Os noivos po<strong>de</strong>rão chegar, por<br />

exemplo, às <strong>de</strong>zoito horas e ficar até às duas<br />

ou três da manhã”, explica.<br />

O preço máximo por pessoa requer um ca-<br />

samento tradicional, com almoço, copo <strong>de</strong><br />

água e, por fim, animação dançante. Do almoço<br />

fazem parte os aperitivos, as entradas,<br />

a sopa, a carne, o peixe e a sobremesa. O<br />

copo <strong>de</strong> água engloba uma mesa <strong>de</strong> mariscos,<br />

queijos, doces e frutas, mesa <strong>de</strong> quentes<br />

e o bolo <strong>de</strong> noiva.<br />

Realça que o “serviço é completamente interno”,<br />

sendo tudo feito na quinta, “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

comida à <strong>de</strong>coração do espaço e à selecção<br />

ESPAÇO<br />

QUINTA DE SANT’ ANA<br />

da música para a animação nocturna”.<br />

A proprieda<strong>de</strong> está aberta diariamente aos<br />

almoços <strong>de</strong> segunda a sexta-feira com serviço<br />

<strong>de</strong> buffet e ao jantar, serviço <strong>de</strong> música<br />

dançante, preten<strong>de</strong>ndo-se, nestas situações,<br />

“dar, sobretudo, a conhecer o espaço”.<br />

A gerente menciona que, para o ano <strong>de</strong><br />

2011, «estão cheios <strong>de</strong> serviço», pois habitualmente<br />

«os casamentos começam a partir<br />

<strong>de</strong> Maio e acabam em Outubro». ❤<br />

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MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 11


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ESPAÇO<br />

QUINTA DA ALDEIA<br />

FOTOS: DR<br />

QUINTA DA ALDEIA<br />

Casamento é um momento único<br />

Na Quinta da Al<strong>de</strong>ia, localizada em pleno<br />

Parque Natural da Serra D’Aire e Can<strong>de</strong>eiros,<br />

cada casamento representa um momento<br />

único quer para os noivos quer para os responsáveis<br />

pelo espaço. A inovação é a principal<br />

arma <strong>de</strong> Susana Bastos, a jovem<br />

empresária que tem a preocupação <strong>de</strong> concretizar<br />

todos os <strong>de</strong>sejos das pessoas que<br />

querem casar na sua “casa”, uma ampla área<br />

on<strong>de</strong> foi recuperada a tradição da arquitectura<br />

serrana.<br />

No exterior da Quinta da Al<strong>de</strong>ia existem vastos<br />

jardins e diferentes espaços cobertos que<br />

ro<strong>de</strong>iam uma sala com capacida<strong>de</strong> para 380<br />

pessoas. Diz quem já se casou na serra que é<br />

12. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011<br />

um sítio mágico, on<strong>de</strong> o requinte se mistura<br />

com o agreste da serra, criando um ambiente<br />

bucólico que torna quase surrealistas os momentos<br />

passados naquele oásis da natureza.<br />

A Quinta da Al<strong>de</strong>ia é assim. Além <strong>de</strong> estar<br />

preparada para receber todo o tipo <strong>de</strong> eventos,<br />

é na realização <strong>de</strong> casamentos que se<br />

<strong>de</strong>staca, não <strong>de</strong>scurando nenhum pormenor.<br />

Dispõe <strong>de</strong> um “pacote” dirigido aos noivos<br />

que inclui, além da boda, todos os preparativos<br />

do casamento até chegar ao dia D. “Os<br />

noivos cada vez têm menos tempo, <strong>de</strong>vido<br />

às suas carreiras profissionais, pelo que a<br />

nossa quinta lhes proporciona todos os serviços<br />

<strong>de</strong> que necessitam, <strong>de</strong> modo a facili-<br />

Uma noiva que caiu do céu<br />

Já imaginou uma noiva a cair do céu? Isto aconteceu em plena Serra D’Aire e Can<strong>de</strong>eiros,<br />

num dos casamentos mais inovadores e diferentes a que a Quinta da Al<strong>de</strong>ia já assistiu.<br />

O próprio noivo foi surpreendido quando viu <strong>de</strong>scer a sua futura mulher, tenente-coronel<br />

da Força Aérea, através <strong>de</strong> um cabo preso num helicóptero.<br />

Quando lhe perguntaram se era possível fazer um casamento diferente, Susana Bastos<br />

nem pensou duas vezes. Aceitou o <strong>de</strong>safio e fez todos os preparativos para que, naquele<br />

diz, nada falhasse. “E foi perfeito”, diz, lembrando “a beleza do momento em que se assistiu<br />

ao <strong>de</strong>sfile da noiva até ao “altar”, não <strong>de</strong> vestido <strong>de</strong> noiva, mas com o fato <strong>de</strong> cerimónia<br />

da Força Aérea, perante uma parada <strong>de</strong> militares. “Basta que os noivos nos<br />

digam o que querem que nós estamos aqui para realizar”, revela. ❤<br />

tar-lhes a vida”, explica Susana Bastos. A<br />

empresária refere-se, por exemplo, a todos<br />

os aspectos burocráticos, como o processo<br />

no Registo Civil, a joalharia, os arranjos florais<br />

e no espaço da boda, a música, a segurança<br />

privada, o animador infantil, os jogos tradicionais,<br />

o fogo-<strong>de</strong>-artifício, o bolo da noiva e<br />

muitos outros <strong>de</strong>talhes que um casamento<br />

exige.<br />

Perante o conjunto <strong>de</strong> alternativas, Susana<br />

Bastos admite que é difícil falar num preço<br />

mínimo ou máximo. “Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do que<br />

os noivos preten<strong>de</strong>m, sendo certo que<br />

mesmo que os noivos contratem apenas<br />

uma boda simples, a festa será sempre única<br />

e inovadora e cumprirá os seus <strong>de</strong>sejos.”<br />

A comida, um dos requisitos mais apreciados<br />

pelos casais, é também um dos ex-líbris<br />

da Quinta da Al<strong>de</strong>ia. É confeccionada na<br />

quinta e no dia da boda, com recurso a ervas<br />

aromáticas típicas daquela zona serrana.<br />

Está a cargo <strong>de</strong> uma “excelente equipa <strong>de</strong><br />

cozinheiros”, que procura na tradição da<br />

cozinha portuguesa as melhores iguarias.<br />

“O nosso lema pren<strong>de</strong>-se com inovação e<br />

com o bom garfo. Se estas duas componentes<br />

estiverem reunidas, está tudo a<br />

postos para uma festa <strong>de</strong> sonho”, revela a<br />

empresária. ❤


FOTOS: RICARDO GRAÇA<br />

RESTAURANTE O CASARÃO<br />

Há 27 anos a apurar o paladar<br />

"Cozinha-se bem quando se estima aqueles<br />

para quem se cozinha". As palavras são<br />

<strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós mas podiam ser atribuídas<br />

a quem gere O Casarão, um restaurante<br />

que há 27 anos vem apurando o<br />

seu paladar quer na arte <strong>de</strong> bem receber,<br />

quer nas artes gastronómicas.<br />

Concebido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início como espaço<br />

<strong>de</strong> realização <strong>de</strong> eventos, O Casarão <strong>de</strong>staca-se<br />

pelos seus pratos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

em quantida<strong>de</strong>s generosas, pelas suas entradas<br />

<strong>de</strong> queijos e enchidos e pelas sobremesas.<br />

Tudo integralmente confeccionado<br />

no local.<br />

Inovação tem sido sempre a palavra <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m daquele espaço que procurou<br />

reestruturar-se sempre que as necessida<strong>de</strong>s<br />

iam surgindo. Primeiro criaram-se<br />

novas salas privadas, esplanadas e locais<br />

para eventos empresariais e sociais. E com<br />

o advento das quintas, foi criado um novo<br />

espaço ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>stinado à realização <strong>de</strong><br />

eventos <strong>de</strong> vária or<strong>de</strong>m.<br />

Mas é em 2004 que O Casarão sofre as<br />

maiores alterações <strong>de</strong> sempre. O complexo<br />

<strong>de</strong> eventos é completamente refeito,<br />

com a sua capacida<strong>de</strong> alargada, a<br />

zona do restaurante é isolada, a sala prin-<br />

cipal é ampliada e dotada <strong>de</strong> novos pontos<br />

<strong>de</strong> apoio. O espaço exterior é renovado<br />

e mo<strong>de</strong>rnizado. E Dinis Rodrigues,<br />

filho dos fundadores José Rodrigues e<br />

Classisse Leitão, assume a gestão da empresa,<br />

seguindo as pisadas dos pais no<br />

que respeita à inovação e qualida<strong>de</strong> dos<br />

serviços prestados.<br />

Hoje, O Casarão mantém-se um restau-<br />

www.antonius.com.pt<br />

ESPAÇO<br />

RESTAURANTE<br />

O CASARÃO<br />

rante <strong>de</strong> sucesso e um espaço <strong>de</strong> realização<br />

<strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> referência na região. Os<br />

clientes, noivos ou empresários, continuam<br />

a ser surpreendidos sempre que se sentam<br />

à mesa. Porque ali, nada é óbvio. Da <strong>de</strong>coração<br />

à animação, dos pratos ao serviço.<br />

Tudo é pensado ao mais ínfimo <strong>de</strong>talhe.<br />

Para que o resultado final seja apenas um:<br />

a satifação do cliente! ❤<br />

MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 13<br />

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LUA-DE-MEL<br />

LUA-DE-MEL DIAS<br />

QUE FICAM NA MEMÓRIA<br />

Muitas são as opções para quem <strong>de</strong>seja<br />

<strong>de</strong>sfrutar da sua lua-<strong>de</strong>-mel <strong>de</strong> uma<br />

forma memorável. Há muita oferta e preços<br />

para todas as carteiras. Tenerife, México,<br />

República Dominicana ou Jamaica<br />

são apenas alguns dos <strong>de</strong>stinos que, por<br />

preços apetecíveis, permitem o acesso a<br />

óptimos serviços. Excursões e <strong>de</strong>talhes<br />

como o quarto com uma <strong>de</strong>coração especial<br />

à chegada ou o cesto <strong>de</strong> frutas e a<br />

garrafa <strong>de</strong> rum são um convite ao romantismo.<br />

E porque viajar é, acima <strong>de</strong> tudo, contactar<br />

com pessoas, culturas e religiões diferentes,<br />

as agências <strong>de</strong> viagens propõem,<br />

também, <strong>de</strong>stinos como a Costa Rica. O<br />

Peru, o Chile e a Argentina, países riquíssimos<br />

em cultura, fazem parte do itinerário<br />

<strong>de</strong> muitos casais que aproveitam<br />

aquela ocasião para se enriquecerem do<br />

ponto <strong>de</strong> vista cultural. De uma viagem<br />

OPINIÃO<br />

Significado afectivo e expressivo prevalece<br />

Apesar <strong>de</strong> ser difícil emitir uma opinião sociologicamente fundamentada, na<br />

medida em que não <strong>de</strong>senvolvi trabalho empírico relativamente ao tema da<br />

conjugalida<strong>de</strong> a partir dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> celebração, há, contudo, algumas pistas<br />

que nos po<strong>de</strong>m ajudar a compreen<strong>de</strong>r o fenómeno. Por um lado, embora<br />

assistamos a uma quebra continuada do número <strong>de</strong> casamentos, esse mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> celebração, baseado no aluguer <strong>de</strong> quintas especializadas na celebração<br />

<strong>de</strong> eventos, é uma prática associada às classes médias que se expandiu<br />

e generalizou, na última década, às classes populares, o que ajuda a explicar<br />

a agenda preenchida <strong>de</strong>sses espaços para os próximos tempos, sobretudo<br />

em zonas mais tradicionais como <strong>Leiria</strong>, em que essa tendência está ainda a<br />

manifestar-se.<br />

Por outro lado, quanto às lógicas <strong>de</strong> convívio envolvidas na celebração do casamento,<br />

a crise económica e os custos envolvidos na organização <strong>de</strong> um<br />

evento <strong>de</strong>ssa natureza estão certamente relacionados com o emagrecimento<br />

do número <strong>de</strong> convidados, reajustando-se a festa a círculos familiares e amicais<br />

mais restritos. Não sendo o retorno económico da festa o mesmo <strong>de</strong> há<br />

duas décadas, é natural que o perfil e a função da celebração sejam alterados.<br />

Se antes o casamento constituía uma importante fonte <strong>de</strong> bens e recursos<br />

para os noivos, ajudando-os à sua autonomização e sendo, portanto, um investimento,<br />

hoje o significado afectivo e expressivo ten<strong>de</strong> a prevalecer.<br />

Além disso, a celebração é cada vez mais centrada nos seus protagonistas e<br />

a festa espelha muito mais as suas escolhas pessoais do que as obrigações co-<br />

14. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011<br />

DR<br />

pela Tailândia ou pela Malásia aos prazeres<br />

<strong>de</strong> uma praia no México, só se tem<br />

mesmo <strong>de</strong> escolher.<br />

Aos noivos é-lhes dito que um verda<strong>de</strong>iro<br />

paraíso terrestre como o Sri Lanka ou a<br />

fantástica Índia formam, efectivamente,<br />

locais <strong>de</strong> sonho que não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> ir pelo menos uma vez na vida, pelo<br />

menos na lua-<strong>de</strong>-mel.<br />

Há hotéis que, na apresentação <strong>de</strong> documentação<br />

comprovativa do casamento,<br />

fazem um <strong>de</strong>sconto e oferecem, por<br />

exemplo, um jantar romântico com marisco.<br />

Ilhas exóticas, como a Tailândia, a<br />

Indonésia e as Maurícias, são eleitas, sobretudo,<br />

no Verão.<br />

Para aqueles que procuram algo mais<br />

económico o Algarve continua a ser uma<br />

opção. Por vezes, tudo se <strong>de</strong>senrola<br />

numa “escapadinha romântica” <strong>de</strong> dois<br />

dias; outras vezes, quando os pais po<strong>de</strong>m<br />

ajudar, a estadia prolonga-se, <strong>de</strong>sfrutase<br />

do sol, passeia-se e, à noite, aproveitase<br />

a animação e saboreia-se uma cerveja<br />

gelada. ❤<br />

mummente associadas às visões institucionais da família (lembremo-nos do<br />

crescimento dos padrões associativos no casamento face aos mo<strong>de</strong>los fusionais,<br />

mas sobretudo institucionais). Aquilo que antes era um marcador público<br />

importante da continuida<strong>de</strong> familiar e da potencial renovação <strong>de</strong> gerações,<br />

hoje é vivido como um momento mais íntimo, da esfera privada dos cônjuges.<br />

O facto <strong>de</strong> serem os próprios a custear a festa testemunha a tendência para a<br />

nuclearização da família, erodindo-se as obrigações parentais, sendo, por<br />

outro lado, uma manifestação da autonomia dos cônjuges no quadro das suas<br />

escolhas e dos seus projectos familiares. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que o casamento não é,<br />

necessariamente, para toda a vida, relativiza o papel dos pais em todo o processo<br />

celebratório e converte aquilo que antes era uma marca da transição<br />

biográfica dos noivos da responsabilida<strong>de</strong> dos pais e <strong>de</strong> toda a família num<br />

momento mais pessoal, projectado e concretizado à medida dos seus laços<br />

sociais e das suas representações emergentes sobre o estatuto simbólico da<br />

festa: além <strong>de</strong> sinalizar o casamento, a festa é também um exercício <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alização<br />

sobre padrões <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> oriúndos das classes superiores, frequentemente<br />

tomados como normas e referências estéticas e i<strong>de</strong>ntitárias na<br />

vida do futuro casal. Neste sentido, os novos significados da festa ten<strong>de</strong>m<br />

igualmente a gerar um efeito paradoxal: se antes a celebração constituía uma<br />

fonte <strong>de</strong> receita para os noivos, hoje, muitos <strong>de</strong>les, estão dispostos a endividar-se<br />

para que a festa faça justiça ao status que os noivos procuram granjear<br />

junto da sua comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pares. ❤ Tiago Ribeiro, socilólogo

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