Hemoplasmose felina - relato de caso - Adriana Wolf ... - Qualittas
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O modo <strong>de</strong> transmissão ainda não foi completamente elucidado, mas suspeita-se que<br />
ocorra através da transferência <strong>de</strong> sangue <strong>de</strong> um gato para outro (Norsworthy 2004). Foi<br />
<strong>de</strong>monstrado que as transfusões <strong>de</strong> sangue infectado são eficazes na transmissão do<br />
microorganismo (Gary et al 2006), mas ainda não está provado que parasitas hematófagos, por<br />
exemplo, mosquitos e pulgas, são vetores a<strong>de</strong>quados (Norsworthy 2004). A infecção já foi<br />
realizada experimentalmente por injeções parenterais <strong>de</strong> sangue e também por administração <strong>de</strong><br />
sangue infectado por via oral (Hoskins 1991).<br />
Os gatos portadores servem como reservatórios da infecção, uma vez que o M.<br />
haemofelis po<strong>de</strong> ser um organismo comensal em gatos saudáveis e a infecção po<strong>de</strong> resultar em<br />
doença aguda quando os gatos infectados são submetidos a condições <strong>de</strong> estresse ou<br />
acometidos por infecções ou doenças concomitantes, como a infecção pelo vírus da leucemia<br />
<strong>felina</strong>, Diabetes melittus, <strong>de</strong>ntre outras (Harvey 1998).<br />
Segundo Messick (2003), o M. haemofelis po<strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer e reaparecer ciclicamente na<br />
superfície das células vermelhas do sangue dos gatos. Em menos <strong>de</strong> uma hora, múltiplos<br />
organismos <strong>de</strong>tectados em eritrócitos infectados po<strong>de</strong>m transformar-se em não <strong>de</strong>tectáveis, pois é<br />
possível que os organismos alterem os antígenos <strong>de</strong> superfície celular permitindo que eles se<br />
separem da célula sanguínea. A perda da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência às células <strong>de</strong> seus<br />
hospe<strong>de</strong>iros traz vários benefícios para o M. haemofelis, contribuindo para a sua sobrevivência.<br />
Ela permite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um estado <strong>de</strong> portador, por mutação ou por sobreposição <strong>de</strong><br />
certos antígenos superficiais, o que inibe a resposta imune e faz com que o M. haemofelis<br />
estabeleça uma infecção em outro tipo <strong>de</strong> célula. O retorno da a<strong>de</strong>rência nos eritrócitos auxilia em<br />
um novo ciclo <strong>de</strong> infecção, facilitando assim a transmissão do M. haemofelis para um vetor<br />
sugador <strong>de</strong> sangue. Lappin et al (2003), em seu estudo, mostraram que pulgas infectadas com M.<br />
haemofelis po<strong>de</strong>m transmitir o parasita e produzir a doença em gatos suscetíveis. Entretanto, a<br />
transmissão do M. haemominutum por pulgas não foi bem sucedida e os autores sugeriram que o<br />
baixo número <strong>de</strong> pulgas usado no estudo po<strong>de</strong>ria ser responsável por esses achados negativos.<br />
(Lappin et al 2003).<br />
Para Woods et al (2005), o vetor em potencial para ambos os hemoplasmas <strong>de</strong> gatos é a<br />
pulga Ctenocephali<strong>de</strong>s felis. Pereita e Santos (1998) acreditam que, por serem encontradas<br />
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