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Do poder do titular de marcas de cobrar royalties Denis Borges ...

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3.8 Royalties <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong> invenção, <strong>marcas</strong> <strong>de</strong> indústria e comércio. Limite *<br />

Pela Lei 3.470/58 (art. 74) a <strong>de</strong>dutibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>royalties</strong> e pagamentos <strong>de</strong> assistência<br />

técnica ficou limitada a 5% da receita bruta <strong>do</strong> produto fabrica<strong>do</strong> ou vendi<strong>do</strong>. A<br />

Portaria 436/58, que regulamentou o dispositivo, como preceituava o seu § 2º,<br />

estipulou limites diferencia<strong>do</strong>s para o setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, quanto a patentes <strong>de</strong><br />

invenção e assistência técnica, estabelecen<strong>do</strong> um limite único (1%) para <strong>marcas</strong> <strong>de</strong><br />

indústria e comércio e pelo uso <strong>de</strong> nome comercial. quanto a este ultimo, note-se, sem<br />

previsão legal.<br />

Com efeito, há limitação quantitativa específica da <strong>de</strong>dutibilida<strong>de</strong> no caso <strong>de</strong><br />

<strong>marcas</strong>.<br />

Por que isso se dá? Diz o art. 74 da Lei nº 3.470/58:<br />

Lei 3.470, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1958 - Altera a legislação <strong>do</strong> Imposto <strong>de</strong> Renda e dá<br />

outras providências.<br />

Art. 74 - Para os fins da <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> lucro real das pessoas jurídicas como o<br />

<strong>de</strong>fine a legislação <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> renda, somente <strong>po<strong>de</strong>r</strong>ão ser <strong>de</strong>duzi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> lucro<br />

bruto a soma das quantias <strong>de</strong>vidas a título <strong>de</strong> <strong>royalties</strong>, pela exploração <strong>de</strong> <strong>marcas</strong> <strong>de</strong><br />

indústria e <strong>de</strong> comércio e patentes <strong>de</strong> invenção, por assistência técnica, científica,<br />

administrativa ou semelhantes até o limite máximo <strong>de</strong> 5% (cinco por cento) <strong>de</strong> receita<br />

bruta <strong>do</strong> produto fabrica<strong>do</strong> ou vendi<strong>do</strong>.<br />

§ 1º - Serão estabeleci<strong>do</strong>s e revistos periodicamente mediante ato <strong>do</strong> Ministro da<br />

Fazenda, os coeficientes percentuais admiti<strong>do</strong>s para as <strong>de</strong>duções <strong>de</strong> que trata este<br />

artigo, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> produção ou ativida<strong>de</strong>, reuni<strong>do</strong>s em grupos, segun<strong>do</strong><br />

o grau <strong>de</strong> essencialida<strong>de</strong>.<br />

§ 2º - Po<strong>de</strong>rão ser também <strong>de</strong>duzi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> lucro real, observadas as disposições <strong>de</strong>ste<br />

artigo e <strong>do</strong> parágrafo anterior, as quotas <strong>de</strong>stinadas à amortização <strong>do</strong> valor das<br />

patentes <strong>de</strong> invenção adquiridas e incorporadas ao ativo da pessoa jurídica.<br />

§ 3º - A comprovação das <strong>de</strong>spesas a que se refere este artigo será feita mediante<br />

contrato <strong>de</strong> cessão ou licença <strong>de</strong> uso da marca ou evento privilegia<strong>do</strong>, regularmente<br />

registra<strong>do</strong> no país, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as prescrições <strong>do</strong> Código da Proprieda<strong>de</strong> Industrial<br />

(Decreto-lei nº 7.903, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1945), ou <strong>de</strong> assistência técnica, científica,<br />

administrativa ou semelhante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que efetivamente presta<strong>do</strong>s tais serviços.<br />

Sob tal dispositivo, foram editadas as Portarias 436/58, 113/59, 303/59 e GB<br />

314/70, estipulan<strong>do</strong>, para cada ativida<strong>de</strong>, o limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>dução.<br />

Por sua vez, diz a Lei nº 4.131/62, no pertinente:<br />

Art. 12 - As somas das quantias <strong>de</strong>vidas a título <strong>de</strong> <strong>royalties</strong> pela exploração <strong>de</strong> patentes<br />

<strong>de</strong> invenção, ou uso <strong>de</strong> marca <strong>de</strong> indústria e <strong>de</strong> comércio e por assistência técnica,<br />

científica, administrativa ou semelhante, <strong>po<strong>de</strong>r</strong>ão ser <strong>de</strong>duzidas, nas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong><br />

renda, para efeito <strong>do</strong> art. 37 <strong>do</strong> Decreto 47.373, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1959, até o limite<br />

máximo <strong>de</strong> 5% (cinco por cento) da receita bruta <strong>do</strong> produto fabrica<strong>do</strong> ou vendi<strong>do</strong>.<br />

§ 1º - Serão estabeleci<strong>do</strong>s e revistos periodicamente, mediante ato <strong>do</strong> Ministro da<br />

Fazenda, os coeficientes percentuais admiti<strong>do</strong>s para as <strong>de</strong>duções a que se refere este<br />

* [Nota <strong>do</strong> original] Francisco R.S. Cal<strong>de</strong>raro, pp. 48 e 105; Ruy Barbosa Nogueira, pp. 33 e 36.

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