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Do poder do titular de marcas de cobrar royalties Denis Borges ...

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concedi<strong>do</strong> pelo Esta<strong>do</strong> e oponível contra to<strong>do</strong>s indistintamente, é que caracteriza a<br />

licença . 18<br />

Assim, é através da licença <strong>de</strong> <strong>marcas</strong> ou da franquia que se autoriza o emprego <strong>de</strong><br />

uma marca por terceiros.<br />

Newton Silveira 19 distingue as seguintes modalida<strong>de</strong>s:<br />

1. Licença <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> marca para a fabricação <strong>de</strong> produtos.<br />

2. Licença <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> marca para a comercialização <strong>de</strong> produtos.<br />

3. Licença <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> sinais utiliza<strong>do</strong>s na publicida<strong>de</strong>.<br />

4. Uso <strong>do</strong>s sinais distintivos no franchise.<br />

O <strong>po<strong>de</strong>r</strong> <strong>de</strong> controle como essência da licença.<br />

Segun<strong>do</strong> o art. 139 <strong>do</strong> CPI/96, o <strong>titular</strong> <strong>de</strong> registro ou o <strong>de</strong>positante <strong>de</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

registro <strong>po<strong>de</strong>r</strong>á celebrar contrato <strong>de</strong> licença para uso da marca, sem prejuízo <strong>de</strong> seu<br />

direito <strong>de</strong> exercer controle efetivo sobre as especificações, natureza e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

respectivos produtos ou serviços.<br />

Confirmam-no os prece<strong>de</strong>ntes:<br />

"MARCA e PROCEDÊNCIA são conceitos jurídico-comerciais absolutamente<br />

distintos, sem confluência obrigatória. Enquanto o primeiro visa i<strong>de</strong>ntificar os<br />

produtos, conferin<strong>do</strong>-lhes distinguibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntre os <strong>de</strong>mais comercializa<strong>do</strong>s no<br />

merca<strong>do</strong>; o segun<strong>do</strong> diz respeito à pessoa <strong>do</strong> fabricante, que mais das vezes po<strong>de</strong> não<br />

ser o <strong>titular</strong> da marca, sem que isso cause qualquer tipo <strong>de</strong> confusão ao consumi<strong>do</strong>r ou<br />

à concorrência, uma vez que a própria lei autoriza o uso concomitante <strong>de</strong> <strong>marcas</strong> pelo<br />

<strong>titular</strong> e terceiros, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> licença firma<strong>do</strong> entre as partes." TRF2, Ai<br />

140645, Proc. 2005.02.01.009599-2, 2a. Turma Especializada, Des. Messod Azulay<br />

Neto, 28/11/2006, DJU DATA: 11/01/2007 PÁGINA: 62.<br />

“Evi<strong>de</strong>nte o direito à in<strong>de</strong>nização por lucros cessantes, haja vista a norma contida nos<br />

artigos 209 e 210, III da Lei nº 9.279/96, cujo valor <strong>de</strong>verá ser apura<strong>do</strong> em liquidação<br />

<strong>de</strong> sentença. E assim é porque a Apelante, para não incorrer nas penas da lei, <strong>de</strong>veria<br />

ter requeri<strong>do</strong> licença para uso <strong>do</strong> nome da Recorrente A<strong>de</strong>siva”. Tribunal <strong>de</strong> Justiça<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, 1ª Câmara Cível, Des. Antonio Pra<strong>do</strong> Filho, AI0085269-3,<br />

Julga<strong>do</strong> em 15.02.2000.<br />

“ (...) a Autora é <strong>titular</strong> da marca Folha <strong>do</strong> Turismo, consoante o <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> fls.<br />

38, dispon<strong>do</strong> o artigo 130 da Lei <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong> Industrial que ao <strong>titular</strong> cabe zelar<br />

pela integrida<strong>de</strong> material ou reputação <strong>de</strong> sua marca. Desta forma, ao cotejarmos o<br />

nome da marca registrada pela Autora e o site lança<strong>do</strong> pelo segun<strong>do</strong> Réu, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><br />

folhaturismo.com.br verifica-se, à toda evidência, a semelhança capaz <strong>de</strong> confundir os<br />

usuários das informações, sen<strong>do</strong> irrelevantes a não auferição <strong>de</strong> lucro pelo segun<strong>do</strong><br />

Réu, o fato <strong>de</strong> ter acresci<strong>do</strong> em seu site a informação quanto a ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e não<br />

fazer parte <strong>do</strong> grupo Folha Dirigida e, ainda, <strong>de</strong> não <strong>de</strong>sejar captar a sua clientela, pois<br />

tais circunstâncias não <strong>de</strong>scaracterizam o uso in<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> da marca, já que não po<strong>de</strong> ser<br />

utilizada sem o consentimento <strong>do</strong> <strong>titular</strong>, como se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> <strong>do</strong> inciso II, <strong>do</strong> artigo<br />

130 da Lei Proprieda<strong>de</strong> Industrial, que assegura a seu <strong>titular</strong> o direito <strong>de</strong> licenciar o seu<br />

18 [Nota <strong>do</strong> original] A prática <strong>de</strong> muitos países consi<strong>de</strong>ra "licença" também certos contratos <strong>de</strong> know how.<br />

19 [Nota <strong>do</strong> original] Newton Silveira, Licença <strong>de</strong> Uso <strong>de</strong> Marcas, Tese, F. Direito USP, 1982.

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