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[Só Textos] Halfway to the Grave - CloudMe

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Ele estava cer<strong>to</strong>. Eu senti um invisível zumbido assim que nós viramos para essa estrada, mas eu pensei que<br />

minha perna talvez tinha ficado dormente ou alguma coisa assim.<br />

―Que tipo de informação um vampiro possivelmente poderia querer de um fantasma?‖<br />

―Nomes,‖ Bones disse sucintamente. ―Eu quero que Wins<strong>to</strong>n te dê os nomes de <strong>to</strong>das as meninas que<br />

morreram recentemente por essas partes. Não deixe ele te dizer que ele não sabe também - e eu só es<strong>to</strong>u<br />

interessado em mortes por causas não naturais. Nada de acidentes de carros ou doenças.‖<br />

Ele não parecia estar brincando, mas eu tinha que perguntar. ―Isso é algum tipo de brincadeira?‖<br />

Bones fez um barulho que era quase um suspiro. ―Eu gostaria que fosse, mas não é.‖<br />

―Você está falando sério? Você quer que eu vá a um cemitério e pergunte a um fantasma sobre garotas<br />

mortas?‖<br />

―Vamos, agora, Kitten, é realmente tão difícil para você acreditar em fantasmas? Você é uma meia-vampira,<br />

afinal. Eu não teria pensado que fantasmas seria pedir demais da sua imaginação.‖<br />

Colocando desse jei<strong>to</strong>, ele tinha um bom pon<strong>to</strong>. ―E fantasmas não gostam de vampiros, então eu imagino que<br />

eu não deveria mencionar a minha mistura de linhagens. A propósi<strong>to</strong>, eu vou saber porque fantasmas não<br />

gostam de vampiros?‖<br />

―Eles são invejosos, desde que nós estamos tão mor<strong>to</strong>s quan<strong>to</strong> eles estão, mas podemos fazer o que<br />

quisermos enquan<strong>to</strong> eles estão presos para sempre nessa fraca forma. Isso faz eles serem mal-humorados a<br />

maior parte do tempo, o que me lembra...‖ Bones me entregou uma garrafa com alguma coisa clara. ―Pegue<br />

isso. Você vai precisar.‖<br />

Eu segurei e balancei a garrafa. ―O que é isso? Água benta?‖<br />

Ele riu. ―Para Wins<strong>to</strong>n é. Isso é uma branquinha. Pura bebida alcoólica destilada ilegalmente, amor. O<br />

Cemitério de Simms é logo depois daquelas árvores, e você talvez vai ter que fazer um pouco de barulho para<br />

conseguir a atenção de Wins<strong>to</strong>n. Fantasmas tendem tirar uma soneca frequentemente, mas uma vez que<br />

você consiga acordá-lo, certifique-se de mostrar a garrafa para ele. Ele vai te dizer qualquer coisa que você<br />

quiser.‖<br />

―Deixa eu ver se entendi. Você quer que eu vá pisando duro por um cemitério brandindo uma garrafa de<br />

bebida, para levantar um espíri<strong>to</strong> que não conseguiu descanso, para que então eu possa interrogá-lo?‖<br />

―Isso mesmo. E não se esqueça. Caneta e papel. Certifique-se de escrever os nomes e as idades de cada<br />

garota das quais Wins<strong>to</strong>n te falar. Se ele puder incluir a forma como elas morreram também, vai ser bem<br />

melhor.‖<br />

―Eu deveria recusar,‖ murmurei. ―Porque interrogar um fantasma não fazia parte do nosso acordo.‖<br />

―Se eu es<strong>to</strong>u cer<strong>to</strong>, essa informação vai nos levar a um grupo de vampiros, e caçar vampiros faz parte do<br />

nosso acordo, não faz?‖<br />

Eu apenas balancei minha cabeça assim que Bones me deu a caneta, um pequeno bloco de notas em espiral,<br />

e a garrafa com o licor ilegal. Um vampiro estava me fazendo sair e acordar um mor<strong>to</strong>. Acho que isso provava<br />

que eu não era psíquica, porque se alguém tivesse me di<strong>to</strong> a quatro semanas a trás que eu estaria fazendo<br />

isso, eu jamais teria acreditado.<br />

O Cemitério Simms à meia-noite não era um lugar tranquilizante. Ele foi escondido da estrada por grossos<br />

arbus<strong>to</strong>s, árvores, e aquele penhasco rochoso. Fiel à descrição de Bones, uma árvore ainda se projetava sobre<br />

o precipício, e havia também uma grande evergreen* no meio das ruínas das lápides. Vendo algumas das<br />

datas esclareceu o seu comentário de mais cedo, sobre Wins<strong>to</strong>n ser um trabalhador ferroviário nos anos<br />

sessenta. Ele quis dizer 1860. Não deste século passado.<br />

*É uma árvore.<br />

Uma figura atrás de mim me fez rodopiar com um gritinho, minha mão logo puxando uma faca.<br />

―Você está bem?‖ Bones imediatamente chamou. Ele estava esperando fora de vista além do cemitério, com a<br />

explicação que desse jei<strong>to</strong> nenhum mor<strong>to</strong> iria vê-lo. O pensamen<strong>to</strong> de vampiros e fantasmas não ficando<br />

jun<strong>to</strong>s era apenas estranho demais. Mesmo no pós-morte, diferentes espécies ainda não podiam conviver

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