Fasquias da Madeira

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Fasquias da Madeira
Em 1466, saíram as caravelas, na expedição ás Canárias, sob o comando de Diogo da Silva. Depois de aportarem a
Lançarote e Forte Ventura, carregaram sobre a Gran Canária, onde Herrera tinha mandado construir um extenso reduto
guarnecido por forças castelhanas, que foram tomadas pelos portugueses como usurpadoras, e a breve trecho se renderam.
Com este ponto de apoio e novos reforços em gente e viveres da caravela de Pedro Feio, melhor se estabeleceu
Diogo da Silva para impor-se aos naturais, mas estes recuavam para as montanhas escarpadas, cobertas de arvoredo, onde
temerário seria persegui-los.
Os castelhanos entabularam negociações para o resgate do forte e a restituição se efectuou em bom acordo,
ficando ajustado o casamento de Diogo da Silva com D. Maria Ayala, filha de Diogo Herrera que a dotou com um terço das
rendas de Lançarote e Forte Ventura.
Sogro e genro determinaram depois uma expedição conjunta à Grã-Canária, em que as forças portuguesas, cerca
de 800 homens de armas, efectuaram um desembarque ao raiar da aurora. As atalaias deram o rebate, conservando-se os
indígenas nas alturas em defensiva. Deixaram avançar a coluna em terreno escarpado e coberto, e pela retaguarda
pegaram fogo na mata, interceptando a retirada que a custo se efectuou entre escaramuças sangrentas.
Não menos feliz foi a coluna castelhana que não conseguiu atingir o seu objectivo estratégico, fustigada numa
saraivada de dardos e calhaus rolados que se despenhavam na sua marcha, até que se recolheu aos bateis.
«Asi se concluyó esta empresa ruidosa, com horror de los canários, desabrimiento de los espanoles, y disgusto de
los portugueses».
D. Fernando aquietou-se nas conquistas por conta própria, ante o insucesso da Grã-Canária, pelos dispêndios tão
inferiores ao proveito e compromissos antigos que estava a satisfazer, como vêem apontados na «Historia Genealógica».
Ainda seu filho D. Manuel, quando duque de Beja, incluía nas obrigações herdadas, as dívidas do Infante D. Henrique, cujo
neto adoptivo era, mencionadas na crónica deste rei, por Damião de Góis.
Os sacrifícios em gente e dinheiro que Diogo Herrera mantinha, alegados para trazer á fé os infiéis, levaram-no a
representar amigablemente en la corte de Lisboa sus derechos, e D. Afonso V mandou suspender um nuevo armamento
que el infante don fernando tenia pronto, era 1469.
Igual demonstração de zelo maadára subir ao trono de Henrique IV, fazendo crer na submissão das ilhas de Grã-