Fasquias da Madeira

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Fasquias da Madeira
Portugal e Castela, ameaçadas pelas vitórias do rei de Fez nas suas lutas contra os parentes. Para radicar melhor esta
aliança, oferece a coroa de rainha á infanta D. Isabel Clara, entrelaçando de novo as duas monarquias.
Tio e sobrinho encontraram-se em Guadalupe para melhor se entenderem.
Filipe II, reservado e prudente, não via razões para uma liga militar nem tão pouco eminência de perigo
enquanto durassem as discórdias civis dos infiéis; á proposta dos esposórios, desculpou-se com a tenra idade de sua filha
que contava 9 anos apenas, e que o contrato se demorasse até decorrer o tempo necessário.
Estas evasivas de constrangimento foram como que uma mola que apressou os sucessos. Não deu lazer aos
ministros impondo-lhes que aumentassem por todos os meios os rendimentos do Erário, recorrendo a empréstimos,
comprando armamento munições e provimentos militares, alistando tropas, contratando mercenários para uma legião
estrangeira.
Muitas vezes, o caminho que tomam as coisas parece conduzir para um bom fim, e logo vem uma derivação
inflexível que leva a um remate oposto, só ponderadas depois as causas que o produziram, apontando-se
responsabilidades a capricho.
O rei, tão desejado é um produto complexo da época, planta de estufa que ambiciona o sol; riacho, às quedas,
que se lança ao mar.
A sua imaginação ardente, num patriótico impulso, apressava as resoluções, desafiando a Fortuna já cançada de
tanto advertir prudência.
Arzila volta de surpresa à posse de Portugal, pela oferta dum alcaide partidário do infeliz xerife Muley-Hamed.
Este, derrotado, estende as mãos suplicantes a D. Sebastião pedindo-lhe o auxilio na luta para a reconquista dos
seus estados, submetendo-se de condição à vassalagem de Portugal!