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Escolástica Maria; ele, natural de Cruz Alta, no Rio<br />
Grande do Sul, e ela de Porto Feliz. Casamento<br />
realizado em Tatuí, na Igreja Matriz, no dia<br />
18/02/1871. Foram testemunhas: Manoel Eugênio<br />
Pereira e Joaquim do Amaral Camargo.<br />
Casamento de Prudente e Rosa; ele, com 55 anos de<br />
idade, filho de pai incógnito e de Maria, escrava de<br />
José Coelho Pereira, de Porto Feliz; ela, com 40<br />
anos de idade, viúva de Anvelino, escravo de<br />
Antônio do Amaral Camargo. O casamento foi feito<br />
na Capela de Santo Antônio do Rio Feio no dia<br />
10/11/1886.<br />
Alexandre Manoel Domingues casou-se com<br />
Laurinda Maria do Espírito Santo; ele, filho de<br />
Luciano e Hermenegilda, ex-escravos de Joaquim<br />
Leonel Ferreira. Casamento realizado na Capela<br />
de Santo Antônio do Rio Feio em 1888.<br />
O casamento de Severino e Bárbara, realizado em<br />
03/06/1888; ele, com 28 anos de idade, filho de<br />
Benedita (ex-escrava de Domingos Carneiro da<br />
Silva Braga) e ela, com 14 anos de idade, filha de<br />
Maria (ex-escrava de Francisco da Silveira Garcia).<br />
O assentamento do casamento de Honório e<br />
Felicidade, realizado em 21/06/1889, na Capela de<br />
Santo Antônio do Rio Feio, na Freguesia da Bela<br />
Vista de Tatuí; ambos libertos, brasileiros, exescravos<br />
de Otaviano de Tal. Ele, lavrador, com 21<br />
anos de idade, filho de Manoel e Joana; ela,<br />
doméstica, viúva de Ignácio, com 30 anos de idade.<br />
Testemunhas: Francisco Correa Pires e João Lemes<br />
de Farias.<br />
Casamento de José Martins e Maria Soares de<br />
Miranda realizado no dia 08/05/1894, no Cartório<br />
da Bella Vista; ele, filho de Lourenço e Porfíria, exescravos<br />
de Bento Martins de Araújo; ela, filha de<br />
Salvador e Benedita, ex-escravos de João Francisco<br />
Soares<br />
3.4.6 Batismos de filhos de escravos<br />
Nos livros de batizados da Capela de Nossa<br />
Senhora da Conceição de Tatuí, encontramos:<br />
Batizado do menino Adão, com 19 dias, filho de<br />
Maria, solteira, escrava de Francisco Xavier de<br />
Camargo, realizado na Igreja Matriz de Tatuí, no<br />
dia 21/11/1856. Foram padrinhos: Salvador e<br />
Brígida - escravos de Segismunda dos Santos<br />
Fonseca (Segismunda Machado).<br />
Batizado da menina Maria, filha de Conceição,<br />
escrava de Salvador do Amaral Camargo, em 1862<br />
a história de porangaba<br />
www.porangabasuahistoria.cjb.net/<br />
na Igreja Matriz de Tatuí. Testemunhas: Francisco<br />
Alves e sua mulher Ana Joaquina.<br />
Batizado de Rita, filha de escravos de João<br />
Machado da Silva, em março de 1865, na Igreja<br />
Matriz Tatuí.<br />
Batizado do menino Belarmino, filho de pai<br />
incógnito e de Tereza, escrava de Policarpo José<br />
Gomes, do bairro do Ribeirão das Conchas<br />
(Ferreira), realizado na Igreja Matriz de Tatuí, no<br />
dia 26/12/1868. Foram padrinhos: Francisco Alves<br />
Barreto e Maria da Conceição.<br />
3.5 A IMIGRAÇÃO<br />
3.5.1 Histórico<br />
Tudo começou com a imigração 8 para a<br />
Província de São Paulo, a partir de 1870, com a<br />
chegada dos europeus para substituir a mão de obra<br />
escrava. Muitos vieram nessa data, mas a vinda<br />
ininterrupta de italianos começou mesmo, para valer,<br />
a partir de 1882. Passamos a ter a imigração<br />
subvencionada, com grande êxito, cujo sucesso foi<br />
atribuído aos esforços de Queiroz Teles, Visconde<br />
de Parnaíba, que mais tarde (1886/87) assumiu a<br />
presidência da Província de São Paulo. Incentivou a<br />
formação de um novo órgão promotor de imigração,<br />
construindo na cidade de São Paulo a hospedaria de<br />
imigrantes, com dormitórios, refeitórios, enfermaria<br />
e lavanderia, onde os recém chegados poderiam<br />
alojar-se gratuitamente por uma semana, até que<br />
fossem distribuídos para as fazendas. No ano de<br />
1888 chegou a acomodar 4000 pessoas e insistiu<br />
com os fazendeiros para que oferecessem habitações<br />
limpas e saudáveis aos seus colonos. Se, até mais ou<br />
menos 1895, a maior parte da imigração de classe<br />
inferior era subvencionada e destinada às fazendas,<br />
como explicar de onde vinham os estrangeiros que,<br />
de 1870 a 1890, já apareciam como operários,<br />
têxteis, engraxates, vendedores ambulantes, artífices<br />
e trabalhadores manuais? Existem duas situações,<br />
assim colocadas:<br />
73<br />
• 1 a - o sistema de colonização exercido<br />
pelos fazendeiros era capitalista e de tipo<br />
urbano; dava ao imigrante transporte e<br />
8 A saga de levas de imigrantes que se deslocaram de seus paises<br />
de origem, por razões históricas que muitos não chegavam a<br />
entender, das aldeias européias oitocentistas, para a terra<br />
desconhecida, atraídos com promessas que logo se tornaram<br />
decepções, possibilitou o contato com lugares, gentes e culturas<br />
diferentes e, principalmente, o surgimento de um novo brasileiro<br />
pela surpreendente mistura aqui ocorrida.<br />
História da Vida Privada no Brasil – vol.2