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P O R A N G A B A - S U A H I S T Ó R I A - MiniWeb Educação

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Fóssil Copiado –<br />

As imagens foram<br />

processadas em computador<br />

e o crânio foi reconstituído<br />

de material sintético.<br />

Face de Argila -<br />

O novo crânio foi refeito<br />

com argila; na modelagem<br />

do queixo e das bochechas<br />

foram usadas camadas de<br />

massa de 15 a 20 mm.<br />

A Surpresa –<br />

A fisionomia com traços<br />

negróides, olhos<br />

arredondados, nariz largo e<br />

queixo bastante<br />

proeminente<br />

Todas essas novidades arqueológicas ajudaram a<br />

reformular as antigas teorias sobre a ocupação da<br />

América. Hoje, os principais centros de estudos já<br />

trabalham com a hipótese de que quatro ondas<br />

migratórias vindas da Ásia chegaram ao continente<br />

americano. A primeira é a defendida por Neves e<br />

Pucciarelli. A segunda onda é formada pelo povos<br />

mongóis, de 12.000 anos atrás, que deram origem ao<br />

índio de hoje. A terceira é dos chamados nadenes, povo<br />

que se estabeleceu na costa oeste americana. A quarta é a<br />

corrente migratória composta pelos esquimós. Os<br />

arqueólogos calculam que essas duas últimas chegaram à<br />

América entre 5.000 e 10.000 anos atrás”.<br />

Positivamente, as teorias citadas explicam de forma<br />

regressiva o que ocorreu no continente americano<br />

em tempos tão remotos e contribuem para o<br />

entendimento da origem do homem americano.<br />

Nunca a arqueologia, biologia e genética foram tão<br />

longe na escala do tempo em busca dos ancestrais<br />

humanos e, hoje, com certeza, as análises<br />

comparativas e identificação de códigos genéticos<br />

possibilitarão comparar o DNA de 10.000 anos atrás<br />

com o dos índios atuais, o que nos propiciará saber<br />

se existe uma fração mínima, por menor que<br />

seja, de Luzia entre nós.<br />

a história de porangaba<br />

O<br />

www.porangabasuahistoria.cjb.net/<br />

3. POVOAMENTO DA REGIÃO<br />

povoamento inicial do território paulista<br />

ocorreu do litoral para o interior, da baixada<br />

para o misterioso sertão, que os historiadores<br />

chamavam de “terra sem dono, terra virgem para a<br />

lavoura, terra devoluta, a posse provisória do solo”.<br />

Outro fato a considerar, e que veio refletir<br />

posteriormente no adensamento da população, foi já<br />

existir um caminho no meio da selva – o caminho do<br />

Peabiru - uma estrada de terra batida por onde os<br />

índios já passavam antes do Brasil ser descoberto;<br />

uma trilha que ligava o Atlântico ao Pacífico. O<br />

tronco principal seguia até São Vicente, enquanto<br />

outras ramificações se dirigiam a Cananéia e Iguape;<br />

era uma estrada complexa, um ramo ou feixe de<br />

caminhos que dois séculos depois formariam a<br />

malha de estradas dos tropeiros.<br />

O solo paulista foi praticamente chão de passagem<br />

até meados do século 17, sendo muito pequeno o<br />

crescimento da população, mas, mesmo assim, o<br />

povoamento começou com as atividades dos<br />

sesmeiros e posseiros em todas as direções, a partir<br />

da vila de São Paulo, podendo ser medido pelas<br />

povoações que vingaram. Surgiram, inicialmente,<br />

fazendas, que depois viraram povoados, freguesias,<br />

vilas e cidades. A ocupação na direção oeste, ao<br />

longo do Vale do Tietê, começou a crescer, sendo<br />

confirmada pela fundação de Sorocaba (1646), São<br />

Roque (em meados do século 17), Cotia (1662),<br />

Porto Feliz (1700) e Pirapora (1725). Nessa época,<br />

Sorocaba já se destacava como centro de<br />

dominância e posto avançado de povoamento na<br />

região sul paulista. A abertura da passagem sul com<br />

a Estrada do Viamão e o nascimento da Feira de<br />

Muares – o grande mercado distribuidor de animais<br />

que supria grande parte do Brasil Central, são fatos<br />

correlatos, ligados à história de Sorocaba e,<br />

principalmente, ao surgimento do tropeirismo, que<br />

influiu decisivamente na ocupação demográfica da<br />

região. Como não existiam estradas, deduz-se que,<br />

na mesma época, foi através de trilhas, tidas como<br />

sub-ramais do Peabiru, é que se conseguiu chegar<br />

até as nascentes do rio Paranapanema, às fazendas<br />

dos padres da Companhia de Jesus em Guareí e<br />

Botucatu. Por outro lado, começaram também a<br />

surgir povoações ao longo e nas imediações do<br />

Caminho do Viamão, principalmente entre 1775 a<br />

1822 ( muitas já pela influência do tropeirimo 2 ),<br />

2 O tropeirismo não foi somente uma alternativa ou o ciclo<br />

econômico e social que substituiu o bandeirismo no início do<br />

século 18; teve relação direta com o povoamento brasileiro,<br />

contribuiu para a consolidação de nossas fronteiras e mudou a<br />

história das relações comerciais no nosso país.<br />

(Aluísio de Almeida )<br />

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