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P O R A N G A B A - S U A H I S T Ó R I A - MiniWeb Educação

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Menacho. Este último foi bastante importante na sua<br />

formação artística, sobretudo na pintura de<br />

paisagens urbanas e suburbanas da cidade de São<br />

Paulo.<br />

A atual fase do trabalho de Martins de Porangaba se<br />

expressa em duas técnicas distintas e complementares.<br />

Uma delas se caracteriza pela diversificação das texturas<br />

e pela pesquisa da cor, linha essa que continua um filão<br />

no qual o artista trabalha, há muitos anos, e que o tornou<br />

muito conhecido e apreciado, no Brasil e no exterior. A<br />

outra técnica, muito recente, retoma seus antigos<br />

desenhos e apontamentos em nanquim sobre papel,<br />

dando-lhe uma nova dimensão de arte e sutileza. Nesta<br />

técnica, Porangaba pinta em telas muito finas, esticadas<br />

sobre chassis, mas que podem ser desmontadas e<br />

remontadas com passepartouts, debaixo de vidro.<br />

Combinando o uso da tinta nanquim com as cores diluídas<br />

da tinta acrílica, essas pinturas expressam o outro lado da<br />

arte de Porangaba: o lado recatado, intimista, misto de<br />

fluida caligrafia e de manchas polivalentes em tons pastel,<br />

contraponto onírico, de equilíbrio e harmonia. Essa nova<br />

expressão, espontânea, quase automática, desliza sobre a<br />

tela com grande delicadeza, ditada pelo inconsciente. As<br />

formas entrelaçadas de mulheres, elementos da natureza e<br />

abstrações informais, são as mesmas que Porangaba usa<br />

há muitos anos, mas o tratamento camerístico lhes dá uma<br />

dimensão de leveza e finura, que emerge como uma<br />

inovação da linguagem estética do artista.<br />

Essa expressão resulta de pesquisas recentes que se<br />

consolidaram durante a participação de Porangaba no<br />

Décimo Workshop Internacional, o qual reuniu artistas<br />

dos cinco continentes na grande garage histórica de<br />

locomotivas, em Brande, na Dinamarca, em julho de<br />

2002.<br />

Com a variedade de texturas e a pesquisa da cor,<br />

trabalhadas com pigmentos vários e tinta acrílica,<br />

aplicados sobre tela espessa em pinceladas largas,<br />

Porangaba expressa o lado forte, robusto e solto de sua<br />

personalidade. O artista intensifica agora a pesquisa<br />

formal, sendo as composições daí resultantes ora mais<br />

complexas que no passado, ora contrapondo formas livres<br />

e figurativas em estruturas mais claras.Todos os trabalhos<br />

em questão, em ambas as técnicas, são baseados em<br />

estudos sobre o circo realizados por Porangaba em 1987.<br />

Essas técnicas expressam, pois, tanto o lado forte,<br />

exuberante e sensual de Martins de Porangaba, como o<br />

lado introspectivo e onírico. A composição sinfônica e<br />

camerística, concomitantes e complementares, nos dão,<br />

hoje, uma arte ainda mais rica e fascinante que no<br />

passado.<br />

José Neisten, PhD.<br />

Executive Director Brasilian-American Cultural Institute<br />

Washington/São Paulo<br />

Membro da ABCA 2002<br />

a história de porangaba<br />

www.porangabasuahistoria.cjb.net/<br />

“Não é apenas um pintor de figuras humanas, de animais,<br />

coisas, paisagens. de Macunaíma, do circo. Ele é um<br />

pintor da aventura do homem na terra. Pessoas, animais,<br />

coisas, a natureza, o sonho, fantasia, são partes desta<br />

grande aventura”. “Traço tênue e espontâneo como o<br />

salto na terra, liame onde as formas de vida pulsam.<br />

Começar, recomeçar, chegar e recuar. O traço é decisivo<br />

que ameaça o desejo. E, como na ciranda, a envolvência<br />

das pessoas vai se tramando em sombras, perfis,<br />

anatomias, prantos, salivas, suor, alternada paixão entre<br />

memória e garra”. ( Valmir Ayala - São Paulo )<br />

(Extraído do Livro “Martins de Porangaba” - Enock<br />

Sacramento, São Paulo, 1988)<br />

Sua obra está representada em numerosas<br />

instituições, como: a Pinacoteca do Estado de São<br />

Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Campinas,<br />

Centro Cívico de Santo André, Divisão de Museus e<br />

Arquivos Históricos de Taubaté, Pinacoteca<br />

SANBRA, Pinacoteca Municipal de Piracicaba,<br />

Pinacoteca do Brazilian-American Cultural<br />

Institute, Spor 1 Gallery Remisen (Brande-<br />

Dinamarca), Forum Distrital de Porangaba, e em<br />

coleções particulares no Brasil, Alemanha, China,<br />

Espanha, França, Inglaterra, Panamá, Portugal,<br />

Suiça, Estados Unidos, Venezuela e Dinamarca.<br />

Com mais de 30 exposições individuais, mais de 50<br />

exposições coletivas, recebeu inúmeros prêmios e<br />

destaques. Escreveram sobre a obra de Martins de<br />

Porangaba os críticos Dominique Edouard Beachler,<br />

Enock Sacramento, Ivo Zanini, Jacob Klintowitz,<br />

José Neisten e Walmir Ayala.<br />

Therezinha de Oliveira Pinto - (Artista<br />

plástica)<br />

Nasceu em Porangaba no dia 03/02/1932, filha de<br />

Aparício de Oliveira Pinto e Armelina Maria<br />

Correa de Oliveira. Fez seus estudos básicos no<br />

Grupo Escolar “Joaquim Francisco de Miranda”<br />

(Porangaba) e no Instituto de <strong>Educação</strong> Barão de<br />

Suruí (Tatuí). Iniciou os estudos artísticos com a<br />

professora Maria José Bertin Alegre, ingressando,<br />

em seguida, na Faculdade de <strong>Educação</strong> Artística de<br />

Tatuí, onde concluiu sua formação acadêmica.<br />

Estudou pintura em tela na Escola Industrial Salles<br />

Gomes de Tatuí. Foi aluna de Maurício de Oliveira<br />

Lima (linha concretista), dos Irmãos Marmo<br />

(fundamentos de desenho) e de Sônia Castro<br />

(pintura moderna). Estudou também desenho e<br />

pintura (giz pastel) no ateliê de Carlos Augusto<br />

Cardoso (Sorocaba). Ingressou na Associação<br />

Paulista de Belas Artes, em São Paulo, onde estudou<br />

desenho e pintura (linha acadêmica), e foi aluna de<br />

Colette Pujol. Estudou aquarela com Carlos Cabral,<br />

no Museu Lazar Segal e, também, desenho psico-<br />

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