20.04.2013 Views

Andy Warhol - Fonoteca Municipal de Lisboa - Câmara Municipal de ...

Andy Warhol - Fonoteca Municipal de Lisboa - Câmara Municipal de ...

Andy Warhol - Fonoteca Municipal de Lisboa - Câmara Municipal de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong>limitando e <strong>de</strong>finindo e que, aqui,<br />

na primeira longa, encontra uma<br />

topografia e uma temporalida<strong>de</strong> mais<br />

abrangentes – mas a obstinação é a<br />

mesma, e o caminho é o mesmo, sem<br />

<strong>de</strong>svios (também se po<strong>de</strong> dizer que<br />

todas as curtas <strong>de</strong> Sandro Aguilar vão<br />

dar à “zona”). “Tarkovskiano”?<br />

Eventualmente, como <strong>de</strong>scrição<br />

aproximativa <strong>de</strong> um universo<br />

contraído pela impossibilida<strong>de</strong> da sua<br />

tradução psicológica. Mas on<strong>de</strong><br />

Tarkovski encontrava a “metafísica”<br />

(mesmo em sentido religioso) como<br />

ponto <strong>de</strong> fuga e explicação <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira<br />

correspon<strong>de</strong> aqui apenas uma<br />

intensificação da “física” – corpos sem<br />

nome, que se tocam ou não se tocam,<br />

vivos ou moribundos, em todo o caso<br />

con<strong>de</strong>nados a existirem enquanto<br />

“sinais <strong>de</strong> vida” (toda a maquinaria<br />

médica).<br />

Como se vê por uma planificação<br />

que <strong>de</strong>compõe o mundo em unida<strong>de</strong>s<br />

ínfimas e austeras, estamos num<br />

cinema que se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> pelo <strong>de</strong>sejo do<br />

“controlo absoluto” (e só per<strong>de</strong><br />

alguma força quando, como na<br />

sequência da festa, alarga o crivo que<br />

exerce esse controlo). Está nisto a<br />

As estrelas do público<br />

diferença fundamental entre Sandro<br />

Aguilar e Miguel Gomes, o “Lennon”<br />

e o “McCartney” da geração <strong>de</strong> 70 do<br />

cinema português. L.M.O.<br />

Um Amor <strong>de</strong> Perdição<br />

De Mário Barroso,<br />

com Tomás Alves, Catarina<br />

Wallenstein, Virgílio Castelo, Ana<br />

Moreira. M/0<br />

MMMNN<br />

<strong>Lisboa</strong>: Me<strong>de</strong>ia Nimas: Sala 1: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 14h, 15h40, 17h30, 19h30, 21h45;<br />

Se mais provas não houvesse (e até<br />

tem havido), “Um Amor <strong>de</strong> Perdição”<br />

é o exemplo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> que é possível<br />

fazer cinema para o gran<strong>de</strong> público<br />

em Portugal sem tombar no<br />

audiovisual formatado para televisão,<br />

pegar numa obra clássica da literatura<br />

portuguesa e adaptá-la para os nossos<br />

dias sem a trair nem a esventrar, e<br />

conseguir no processo um óptimo<br />

filme <strong>de</strong> “produção média”, sem ser<br />

populista nem elitista, como não é<br />

hábito fazer-se por cá. Mário Barroso<br />

já o tinha conseguido ao primeiro<br />

ensaio, “O Milagre Segundo Salomé”<br />

Jorge<br />

Mourinha<br />

(2004), mas sobe a fasquia com esta<br />

adaptação livre do “Amor <strong>de</strong><br />

Perdição” <strong>de</strong> Camilo inteligentemente<br />

transformada em apaixonado<br />

melodrama adolescente dobrado <strong>de</strong><br />

meta-comentário do próprio<br />

romance (usado como artifício no<br />

interior da própria história), sem<br />

per<strong>de</strong>r nada do romantismo quase<br />

operático original, sublinhado pela<br />

sumptuosa partitura <strong>de</strong> Bernardo<br />

Sassetti. Dito isto, o gran<strong>de</strong> trunfo <strong>de</strong><br />

“Um Amor <strong>de</strong> Perdição”, que é a sua<br />

modéstia discreta, joga um pouco<br />

contra si próprio – há momentos em<br />

que seria preciso um rasgo qualquer<br />

para levar o filme um pouco mais<br />

longe e, sobretudo, a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Tomás Alves não encontra eco nem<br />

na Teresa <strong>de</strong> Ana Moreira<br />

(praticamente ausente do filme) nem<br />

na Mariana <strong>de</strong>masiado apagada <strong>de</strong><br />

Catarina Wallenstein. Mas que isso<br />

não impeça “Um<br />

Amor <strong>de</strong><br />

Luís M.<br />

Oliveira<br />

VOZES OCULTAS<br />

<br />

€ 10<br />

A voz humana é o ponto <strong>de</strong> partida para um<br />

programa que nos dá a conhecer gran<strong>de</strong>s<br />

obras-primas da música nas suas recentes<br />

versões para ensemble. Merece <strong>de</strong>staque<br />

a presença da soprano Anu Komsi na<br />

interpretação <strong>de</strong> canções <strong>de</strong> Harvey e Alban<br />

Berg, assim como a inclusão do célebre<br />

Prelúdio e Morte <strong>de</strong> Isolda, <strong>de</strong> Wagner.<br />

Perdição” <strong>de</strong> encontrar o público que<br />

merece. J. M.<br />

The International - A<br />

Organização<br />

The International<br />

De Tom Tykwerq,<br />

com Remy Auberjonois, Clive Owen,<br />

Naomi Watts. M/12<br />

MNNNN<br />

Mário<br />

J. Torres<br />

Vasco<br />

<strong>Câmara</strong><br />

Almoço <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Agosto mmnnn mmmnn mmmnn mmmnn<br />

Anjos e Demónios mmnnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />

Amazing Grace mmnnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />

À Noite no Museu mmnnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />

Cada um o seu Cinema nnnnn mmmnn nnnnn mmmnn<br />

Um Conto <strong>de</strong> Natal mmmmn mmmnn nnnnn nnnnn<br />

O Rei da Califórnia mmnnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />

Star Trek mmmmm nnnnn mmmnn mmmnn<br />

X-Men Origens: Wolverine mnnnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />

A Zona mmmmn mmmnn mmmmn mmmmn<br />

Adaptação<br />

livre<br />

<strong>de</strong> “Amor<br />

<strong>de</strong> Perdição”<br />

<strong>Lisboa</strong>: CinemaCity Alegro Alfragi<strong>de</strong>: Sala 10: 5ª 6ª<br />

Sábado Domingo 2ª 3ª 4ª 21h35; CinemaCity<br />

Beloura Shopping: Sala 5: 5ª 6ª 2ª 3ª 4ª 14h05,<br />

16h40, 19h05,2 1h20, 23h35 Sábado Domingo<br />

19h05,2 1h20, 23h35; CinemaCity Campo Pequeno<br />

Praça <strong>de</strong> Touros: Sala 6: 5ª 6ª 2ª 3ª 4ª 13h30,<br />

15h45 Sábado Domingo 13h30; UCI Cinemas - El<br />

Corte Inglés: Sala 2: 5ª 6ª Sábado 2ª 3ª 4ª 14h05,<br />

16h30, 19h, 21h35, 00h10 Domingo 11h30, 14h05,<br />

16h30, 19h, 21h35, 00h10; UCI Dolce Vita Tejo: Sala<br />

5: 5ª 6ª Sábado Domingo 2ª 3ª 4ª 19h, 21h25,<br />

24h; ZON Lusomundo Colombo: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 13h20, 16h10, 18h35, 21h05,<br />

23h55; UCI Freeport: Sala 6: 5ª Domingo 2ª 3ª 4ª<br />

19h10, 21h55 6ª Sábado 19h10, 21h55, 00h30; ZON<br />

Lusomundo Almada Fórum: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 13h10, 16h, 18h45;<br />

Porto: Arrábida 20: Sala 10: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 13h55, 16h30, 19h10, 21h45, 00h25 3ª<br />

4ª 16h30, 19h10, 21h45, 00h25; ZON Lusomundo<br />

Parque Nascente: 5ª 6ª Sábado Domingo 2ª 3ª<br />

4ª 23h; ZON Lusomundo Fórum Aveiro: 5ª<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 13h15, 16h05, 18h55, 21h45 6ª<br />

<br />

<br />

Sábado 13h15, 16h05, 18h55, 21h45, 00h30;<br />

Ir ver um novo filme do alemão Tom<br />

Tykwer, realizador do mau “Corre<br />

Lola Corre” e do péssimo “O<br />

Perfume”, faz tremer <strong>de</strong> susto<br />

qualquer espectador timorato: <strong>de</strong><br />

semelhantes cre<strong>de</strong>nciais só se espera<br />

o pior. Talvez por isso, “A<br />

Organização”, que não inventa<br />

coisíssima nenhuma, resulta visível,<br />

amarrado como está a um cerrado<br />

programa <strong>de</strong> fazer reverter variações<br />

sobre “teorias da conspiração”, para<br />

falar do capitalismo selvagem e seus<br />

malefícios. Não se pense, no entanto,<br />

que escapamos aos mais óbvios<br />

clichés narrativos ou a uma direcção<br />

<strong>de</strong> actores certinha, mas sem rasgos<br />

<strong>de</strong> maior. Claro que há a “famosa”<br />

sequência do Museu Guggenheim<br />

(para que não nos acusem <strong>de</strong><br />

comparações <strong>de</strong>scabidas, não<br />

falamos <strong>de</strong> Hitchcock, nem <strong>de</strong><br />

“Intriga Internacional”), só que a<br />

montanha acabou por parir um rato:<br />

o relativo virtuosismo conseguido não<br />

possui qualquer função no resto do<br />

filme, morno, bem-comportado, mas<br />

inócuo. M.J.T.<br />

/ <br />

; <br />

/<br />

<br />

<br />

estreia mundial; encomenda Casa da Música<br />

APOIO INSTITUCIONAL MECENAS DA CASA DA MÚSICA<br />

SEJA UM DOS PRIMEIROS A APRESENTAR HOJE ESTE JORNAL COMPLETO NA CASA DA MÚSICA E GANHE UM CONVITE<br />

DUPLO PARA ESTE CONCERTO. OFERTA LIMITADA AOS PRIMEIROS 10 LEITORES.<br />

Ípsilon • Sexta-feira 22 Maio 2009 • 45

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!