Análise Genômica Aplicada a Produção Animal - Centro de ...
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Comparação <strong>de</strong> seqüências <strong>de</strong> mtDNA foi aplicada a praticamente todas as<br />
principais espécies domésticas <strong>de</strong> produção (ex., FERNÁNDEZ et al., 2006; LARSON et al., 2007;<br />
MEADOW et al., 2007; KANGINAKUDRU et al., 2008; NADERI et al., 2008). Foram<br />
i<strong>de</strong>ntificados cinco agrupamentos <strong>de</strong> haplótipos maternos (A, B, C, D e E) em ovinos. Haplótipos A<br />
foram i<strong>de</strong>ntificados, sobretudo, em raças asiáticas, haplótipos B predominantemente em européias e<br />
os haplogrupos restantes em menor freqüência no continente asiático (HIENDLEDER et al., 2002;<br />
WU et al., 2003; GUO et al., 2005; MEADOWS et al., 2005; PEDROSA et al., 2005 e MEADOWS<br />
et al., 2007), apesar <strong>de</strong> que alto nível <strong>de</strong> migração ser observado entre as raças <strong>de</strong> diversas regiões<br />
(MEADOWS et al., 2005).<br />
Três linhagens principais <strong>de</strong> ovinos (A, B e C), já <strong>de</strong>scritas anteriormente, foram<br />
i<strong>de</strong>ntificadas pela <strong>Análise</strong> do mtDNA, D-loop e HVS, <strong>de</strong> 48 raças, e além <strong>de</strong>stas, foi i<strong>de</strong>ntificada<br />
uma quarta linhagem “D” (TAPIO et al., 2006). Paiva et al. (2005) observaram a presença das<br />
quatro linhagens maternas principais no Cáucaso, três (A, B e C) na Ásia central, duas (A e B) na<br />
Europa oci<strong>de</strong>ntal. Os autores pu<strong>de</strong>ram concluir que a linhagem “A” foi a primeira a ser domesticada<br />
no oriente médio, migrando posteriormente para todas as outras regiões. A expansão do haplótipo<br />
“B” envolveu populações da Europa oci<strong>de</strong>ntal aproximadamente 3.000 anos após domesticação <strong>de</strong><br />
“A”. A distribuição <strong>de</strong> “A” indica que o Oriente Médio foi a origem <strong>de</strong> domesticação dos ovinos.<br />
Haplótipos “B” po<strong>de</strong>m ser observados em ovinos selvagens europeus “mouflon”, sugerindo<br />
domesticação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ou sua introgressão em populações domésticas. Os haplogrupos “C” e<br />
“D”, provavelmente, foram introduzidos posteriormente, mas uma amostragem maior é necessária<br />
para se inferir a origem geográfica.<br />
Cromossomo Y<br />
Os cromossomos sexuais dos mamíferos são bastante divergentes e heteromórficos.<br />
O cromossomo X é mais longo e <strong>de</strong>nso em genes em comparação com o cromossomo Y, que é<br />
curto e <strong>de</strong>generado. A teoria atualmente mais aceita é que o Y <strong>de</strong>scen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um protocromossomo Y,<br />
homólogo ao X. A falta <strong>de</strong> recombinação entre estes é consi<strong>de</strong>rada o fator <strong>de</strong>terminante da perda <strong>de</strong><br />
genes pelo cromossomo Y (<strong>de</strong>generação) (GVOZDEV et al., 2005; ELLIS; AFFARA, 2006;<br />
GRAVES, 2006).<br />
O cromossomo Y é consi<strong>de</strong>ravelmente menor do que os outros cromossomos<br />
(60Kb) e contem 178 genes em humanos (SKALETSKY et al., 2003), sendo 45 <strong>de</strong>stes<br />
codificadores <strong>de</strong> proteínas, sendo que a maioria está controla funções macho-específicas como<br />
espermatogênese, e vários pseudogenes (LAHN; PAGE, 1997). Este possui seqüência <strong>de</strong> DNA<br />
altamente repetitiva, múltiplas cópias do mesmo gene arranjados em seqüência (in tan<strong>de</strong>m) e<br />
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