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Fraturas de Cotovelo - Prodot

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<strong>Fraturas</strong> <strong>de</strong> <strong>Cotovelo</strong><br />

Max Muller Bezerra Mourão


✔ Anatomia;<br />

Roteiro<br />

✔ Fratura supracondiliana do úmero;<br />

✔ Fratura supra e intercondilar do úmero ;<br />

✔ Fratura <strong>de</strong> olécrano;<br />

✔ Fratura da cabeça do rádio;<br />

✔ <strong>Fraturas</strong> da apófise coronói<strong>de</strong>;<br />

✔ Luxação do cotovelo;<br />

✔ <strong>Cotovelo</strong> flutuante;<br />

✔ Tría<strong>de</strong> terrível do cotovelo;<br />

✔ Lesões nervosas;


Anatomia-Óssea<br />

● A articulação do cotovelo é do tipo gínglimo, composta por três<br />

articulações: umeroulnar, umerorradial e proximal radioulnar.


Anatomia-Articular


Fratura supracondiliana do<br />

úmero


Epi<strong>de</strong>miologia<br />

● Aproximadamente, 13% das fraturas em crianças e 60% das<br />

fraturas pediátricas <strong>de</strong> cotovelo;<br />

● Trata-se <strong>de</strong> uma fratura quase que exclusiva do esqueleto<br />

imaturo;<br />

● Ocorre, principalmente, em meninos com o pico <strong>de</strong> incidência<br />

<strong>de</strong> 5 a 7 anos;


● O mecanismo mais<br />

prevalente, cerca <strong>de</strong> 95%<br />

dos casos, é queda co<br />

cotovelo em hiperextensão<br />

com mão espalmada;<br />

Mecanismo <strong>de</strong> lesão


Classificação<br />

Rogers (1978) > De acordo com o traço da fratura;<br />

● Normal;<br />

● Fratura completa;<br />

● Fratura em galho ver<strong>de</strong>;<br />

● Deformida<strong>de</strong> plástica;<br />

Gartland (1959) > Grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio.<br />

● Tipo I: Traço pouco evi<strong>de</strong>nte e sem <strong>de</strong>svio;<br />

● Tipo II: Traço marcante e com <strong>de</strong>svio, porém com contato;<br />

● Tipo III: Sem nenhum contato entre os fragmentos;


● Sinais Flogísticos;<br />

● Impotência funcional;<br />

● Derrame articular;<br />

Aspectos clínicos<br />

● Po<strong>de</strong> haver <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> em S;<br />

● Equimose;


Exames imaginológicos<br />

AP: Perfil:<br />

Jones:


Critérios:<br />

● Nervoso;<br />

● Vascular;<br />

● Classificação;<br />

Tratamento<br />

● Tipo I: Imobilização com o cotovelo em flexão <strong>de</strong> 80º;<br />

Tipo II: Incruento ou cirúrgico;<br />

Tipo III: Incruenta ( <strong>de</strong>saconcelhável) ou cirúrgico


Fratura supra e<br />

intercondilar do úmero


Epi<strong>de</strong>miologia<br />

● A fratura mais grave do cotovelo;<br />

● Representa 4,6% das fraturas <strong>de</strong> cotovelo<br />

(Sizínio);<br />

● Pacientes, geralmente, mulheres;<br />

● Ida<strong>de</strong> média: 55 anos;


Mecanismo <strong>de</strong> lesão<br />

● Principalmente, trauma indireto por transmissão da<br />

força pelo membro superior no sentido distal-proximal.<br />

● Trauma local direto;


Classificação<br />

Risimborough-Radin: mais utilizada<br />

● Tipo 1: sem <strong>de</strong>svio<br />

● Tipo 2: com <strong>de</strong>svio, mas sem rotação dos fragmentos<br />

● Tipo 3: com <strong>de</strong>svio e com rotação<br />

● Tipo 4: com <strong>de</strong>svio e com cominuição


Classificação AO<br />

A – Extra-articulares:<br />

A1 – Epicôndilo medial<br />

A2 – Simples, oblíqua<br />

A3 – Cominutiva<br />

B – <strong>Fraturas</strong> Condilares:<br />

B1 – Divisão sagital do côndilo lateral<br />

B2 – Divisão sagital do côndilo lateral<br />

B3 – Fratura plano coronal<br />

C – <strong>Fraturas</strong> condilares T, Y e H:<br />

C1 – Não cominutiva<br />

Classificação


Tratamento<br />

Tratamento cirúrgico:<br />

Acesso: Posterioriormente, po<strong>de</strong> ser transtricipital liberando um retalho da<br />

parte tendinosa do tríceps, com <strong>de</strong>sinserção do tríceps no ólecrano.<br />

Transolecraniana, com osteotomia oblíqua da ponta do olécrano.<br />

Sínteses possíveis:<br />

1 – Dois parafusos maleolares cruzados.<br />

2 – Placa em Y posterior.<br />

3 – Duas placas AO <strong>de</strong> 3.5 uma medial e outra póstero-lateral.<br />

4 – Duas placas tubulares <strong>de</strong> um terço.


Fratura <strong>de</strong> Olécrano


Epi<strong>de</strong>miologia<br />

● Representa 12,9% das fraturas <strong>de</strong> cotovelo (Sizínio);<br />

● Ocorrência em todas as ida<strong>de</strong>s;<br />

● Sem predominância <strong>de</strong> sexo;


Mecanismo da lesão<br />

● Trauma direto. Ex: queda sobre o cotovelo ou ser<br />

atingido por algo rígido;<br />

● Trauma indireto, queda com a mão estendida e o<br />

cotovelo em flexão, acompanhada por uma forte<br />

contração do tríceps;<br />

● Junção entre mecanismo direto e indireto<br />

(cominutivas).


Colton:<br />

Tipo I – Sem <strong>de</strong>svio e estáveis.<br />

Tipo II – Desviadas:<br />

A – Fratura avulsão.<br />

B - Fratura transversa.<br />

C – Fratura cominutiva.<br />

D – Fratura-luxação.<br />

Schatzker:<br />

Tipo A simples transversa<br />

Tipo B impactada transversa<br />

Tipo C oblíqua<br />

Tipo D cominuída<br />

Tipo E distal extra-articular<br />

Classificação


Aspectos clínicos<br />

● Dor súbita e forte no cotovelo após o trauma, sendo<br />

que a dor piora ao toque e aos movimentos;<br />

● E<strong>de</strong>ma local;<br />

● Incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esticar o cotovelo;<br />

● Po<strong>de</strong> ter dormência em um ou mais <strong>de</strong>dos;<br />

● Po<strong>de</strong> haver ferimentos;


● AP e Perfil:<br />

Radiografias


Tratamento<br />

● Tratamento Incruento > Caso não haja <strong>de</strong>svio, Imobilização<br />

com tala ou tipóia durante o processo <strong>de</strong> concolidação óssea;<br />

● Tratamento Cirúrgico: A técnica mais eficiente consiste na<br />

cerclagem em 8 sob dois fios <strong>de</strong> kirschnner, formando uma<br />

banda <strong>de</strong> tensão.O uso <strong>de</strong> placas DCP ou <strong>de</strong> reconstrução, mais<br />

apropriado para fraturas cominutas, envolvendo apófise<br />

coronói<strong>de</strong>, fraturas oblíquas, pra fratura-luxação <strong>de</strong> Monteggia e<br />

pseudartroses.


Fratura da cabeça do rádio


Epi<strong>de</strong>miologia<br />

● Essa é a fratura mais frequente do<br />

cotovelo,representando 39,4% das fraturas (Sizínio);<br />

● Ocorre, praticamente, em todas as ida<strong>de</strong>s;<br />

● Sem predominância <strong>de</strong> sexo;


Meanismo da lesão<br />

● Geralmente, queda sobre o membro superior,<br />

forçando o cotovelo em valgo pelo impacto da cabeça<br />

do rádio no côndilo lateral;


Mason: mais utilizada<br />

Classificação<br />

● Tipo 1 – fratura marginal sem <strong>de</strong>svio.<br />

● Tipo 2 – fratura marginal com <strong>de</strong>svio.<br />

● Tipo 3 – fratura cominutiva envolvendo toda cabeça.<br />

● Tipo 4 – tipo 3 + luxação posterior


Aspectos clínicos<br />

● Dor na região epicondilar lateral;<br />

● E<strong>de</strong>ma local;<br />

● Po<strong>de</strong> haver ferimentos;<br />

● Creptações;


● AP e Perfil:<br />

Radiografias


Radiografias<br />

● Oblíqua: Usada para avaliação da cabeça do rádio.


Tratamento<br />

Para os casos Tipo 1 e 2:Caso não tenha <strong>de</strong>svio ou tenha <strong>de</strong>svio <strong>de</strong><br />

até 2mm>>Tratamento conservador: imobilização gessada; Caso<br />

<strong>de</strong>svio maior que 2mm>>Tratamento cirúrcico: Redução com fios <strong>de</strong><br />

Kirschner, provisoriamente, e fixação com parafusos + Imobilização<br />

gessada por 15 dias.<br />

Para casos Tipo 3:<br />

Ressecção da cabeça para evitar lesão nervo Interosseo;<br />

Imobilização por 20 dias;<br />

Po<strong>de</strong> diminuir a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão do cotovelo;<br />

Para casos Tipo 4 :<br />

Já houve redução com maior instabilida<strong>de</strong> da cabeça radial,<br />

precisando sutura do ligamento do lado ulnar.


<strong>Fraturas</strong> da apófise<br />

coronói<strong>de</strong>


Epi<strong>de</strong>miologia e mecanismo <strong>de</strong> lesão<br />

● Em geral está associada à luxação do cotovelo.<br />

● Representa apenas 2,8% das fraturas <strong>de</strong> cotovelo;<br />

● Mecanismo relacionado à tração;


Regan e Morrey:<br />

Classificação<br />

● Tipo I: fratura da ponta do coronói<strong>de</strong>, ocasionadas durante a<br />

luxação do cotovelo ao passar pela tróclea.<br />

● Tipo II: menos que 50% da coronói<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve ser fixada caso<br />

a articulação fique subluxada após a redução.<br />

● Tipo III: fratura com mais <strong>de</strong> 50% da coronói<strong>de</strong>; se<br />

<strong>de</strong>sviada, causa instabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser fixada.


:<br />

Tratamento<br />

● Geralmente, tratamento incruento>> imoblização<br />

por três semanas.<br />

● Incruento, caso precise <strong>de</strong> fixação>> Acesso via<br />

região anterior a linha mediana, usar fio através da<br />

ulna. Também po<strong>de</strong> ocorrer fixação com parafusos.


Epi<strong>de</strong>miologia e mecanismo <strong>de</strong> lesão<br />

● Em geral está associada à luxação do cotovelo.<br />

● Representa apenas 2,8% das fraturas <strong>de</strong> cotovelo;<br />

● Mecanismo relacionado à tração;


Luxação do cotovelo


Epi<strong>de</strong>miologia<br />

● A segunda lesão <strong>de</strong> trauma mais frequente do<br />

cotovelo, representa 14,7% das lesões;<br />

● 2ª luxação mais frequente (1ª ombro);<br />

● Ida<strong>de</strong>: 20 a 30 anos, associado a pratica esportiva.


Mecanismo <strong>de</strong> ação<br />

● Ocorre,geralmente, em quedas com uma mão<br />

estendida, a força é enviada para o cotovelo,<br />

usualmente, há um movimento <strong>de</strong> rotação que po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sencaixar o cotovelo.<br />

● Po<strong>de</strong> acontecer em aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> carro também,<br />

quando o passageiro estica os braços para se<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r da colisão.


● Parcial X Completa;<br />

● Simples X Complexa;<br />

Classificação<br />

● Estabelecida pela posição da unida<strong>de</strong> radioulnar<br />

(dital) em relação ao úmero (proximal):<br />

Posterior-mais comum<br />

Medial<br />

Anterior e lateral-raras


O’Driscoll: critérios<br />

Classificação<br />

● Tempo: aguda, crônica ou recorrente<br />

● Articulação: cotovelo ou cabeça radial.<br />

● Direção: valgo, varo, anterior ou rotatória.<br />

● <strong>Fraturas</strong>: sim ou não.


● Deformida<strong>de</strong> da região;<br />

● Muito doloroso;<br />

● Incapacida<strong>de</strong> funcional;<br />

● Po<strong>de</strong> haver ferimento.<br />

Aspectos clínicos


● Perfil e oblíqua:<br />

Radiografias


Tratamento<br />

● Redução anatômica: O método <strong>de</strong> Parvin é o mais aceito e<br />

consiste na seguinte prática: paciente em <strong>de</strong>cúbito dorsal<br />

sobre maca, com membro luxado sobre coxim. Faz-se tração<br />

leve e progressiva ao nível do punho, quando olécrano<br />

começa <strong>de</strong>slizar, com polegar da mão oposta vai-se levando<br />

cotovelo gentilmente em flexão + imobilização por 3<br />

semanas, quanto mais precoce melhor recuperação da<br />

mobilida<strong>de</strong>.


Tratamento<br />

● Cirurgia: luxações irredutíveis, expostas ou com<br />

fratura do epicôndilo lateral.<br />

● Obs.: Deve-se avaliar as condições neurovasulares!<br />

● Complicações: É frequente a perda da mobilida<strong>de</strong><br />

em torno <strong>de</strong> 10° a 15° <strong>de</strong> redução da extensão do<br />

antebraço


<strong>Cotovelo</strong> Flutuante


Conceito<br />

● A ocorrência simultânea entre fratura do úmero com<br />

fratura ipsilateral do antebraço, na população pediátrica,<br />

foi primeiramente <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> cotovelo flutuante por<br />

Stanitski e Micheli;


Características<br />

● Esta lesão é incomum, com sua incidência variando entre 2% e 13%,<br />

sendo a fratura supracondiliana do úmero frequentemente encontrada<br />

como a lesão proximal ao cotovelo.<br />

● O cotovelo flutuante é consi<strong>de</strong>rado como um indicador <strong>de</strong> trauma <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> energia, po<strong>de</strong>ndo ocorrer concomitantemente a fratura exposta,<br />

lesões nervosas, lesões vasculares e síndrome compartimental;<br />

● No passado, muitos autores postulavam a abordagem incruenta para<br />

estas lesões; porém, recentemente, a indicação cirúrgica tem<br />

prevalecido, sendo esta variável em cada caso.


Tría<strong>de</strong> terrível do cotovelo


Conceito<br />

● O termo "tría<strong>de</strong> terrível" é utilizado para <strong>de</strong>signar a luxação<br />

do cotovelo associada à fratura da cabeça do rádio e do<br />

processo coronoi<strong>de</strong>, recebendo este nome <strong>de</strong>vido à<br />

instabilida<strong>de</strong> resultante <strong>de</strong>sta lesão, levando, assim, à<br />

dificulda<strong>de</strong> em seu manuseio, até mesmo por cirurgiões<br />

experientes.


Características<br />

● A tría<strong>de</strong> terrível, comumente, ocorre em pacientes jovens.<br />

● Complicações: a limitação da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentos,<br />

instabilida<strong>de</strong> persistente, o retardo <strong>de</strong> consolidação, a<br />

pseudoartrose e a sinostose radio-ulnar proximal.<br />

● Os resultados do tratamento conservador são geralmente<br />

pobres, evoluindo para artrose, instabilida<strong>de</strong> recorrente ou<br />

gran<strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z do cotovelo <strong>de</strong>vido à imobilização<br />

prolongada.


Lesões nervosas<br />

● Felizmente, as lesões que acompanham os traumas<br />

osteoarticulares do cotovelo no adulto são em geral<br />

neuropraxias, que se recuperam espontaneamente.


Lesões vasculares<br />

● Cada ve mais casos <strong>de</strong> lesões arteriais vêm sendo<br />

<strong>de</strong>scritas;<br />

● Isso acontece mais pela gravida<strong>de</strong> do quadro do que<br />

pela frequência;<br />

● O enxerto é feito com veias e possui muito sucesso,<br />

principalmente, <strong>de</strong>vido a circulação colateral<br />

pericondilar.


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