Com a barriga cheia, partidos abandonam João ... - Revista Metrópole
Com a barriga cheia, partidos abandonam João ... - Revista Metrópole
Com a barriga cheia, partidos abandonam João ... - Revista Metrópole
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
32<br />
– Eu fiz a casa de Caetano, na seqüência<br />
fiz a casa de Astrid Fontenelle, depois<br />
fiz a casa de Luciana Melo, filha de Jair<br />
Rodrigues, fiz Zé Simão, Macaco Simão,<br />
aqui em Salvador, fiz Tuca do Jammil e<br />
estou fazendo Cláudia Leitte.<br />
M – É complicado você escolher o<br />
“filho” melhor. Desses projetos, quais<br />
você destaca?<br />
– Rapaz... Por exemplo, sempre você<br />
está evoluindo, o projeto vai melhorando,<br />
então acho que são os últimos. Então o que<br />
tenho agora de muito bom: tá saindo um<br />
projeto que a gente fez em Angra dos Reis,<br />
um complexo hoteleiro muito grande, uma<br />
ilha particular de um grupo mexicano,<br />
com apartamentos, casas, marinas, muito<br />
grande, que eu acho que vai dar um porte<br />
grande ao escritório. Estamos fazendo um<br />
complexo hoteleiro em Paimogo, na costa<br />
oeste de Portugal, fica no Atlântico, que<br />
é um projeto muito grande que dá um<br />
valor final de venda de 300 milhões de<br />
euros é um negócio de um volume muito<br />
grande e vai ser incorporado por um grupo<br />
financeiro de Dubai.<br />
M – <strong>Com</strong>o você chegou em Portugal?<br />
– Quando surgiram esses empreendimentos<br />
imobiliários eu já tinha o<br />
Lumiere (edifício projetado por Quintela,<br />
localizado no Horto Florestal) na manga,<br />
e começaram a chegar aqui no Brasil<br />
vários grupos de investidores, portugueses<br />
e espanhóis, para comprar terrenos, fazer<br />
empreendimentos, porque na Europa não<br />
tem mais o que fazer, não tem terreno e<br />
as pessoas não compram porque não têm<br />
uma defasagem habitacional que nós temos,<br />
gente morando de aluguel, que não tem<br />
casa própria. E os estrangeiros têm dinheiro<br />
barato, coisa que nós não temos aqui, juros<br />
baixos, para tomar o dinheiro para fazer<br />
empreendimentos. Então agora que está<br />
bom nós temos 9% a 10% ao ano os caras<br />
lá trabalham com 3% ao ano e isso em R$1<br />
bilhão é muita coisa, muito dinheiro. Eles<br />
começaram a vir e começaram a procurar,<br />
conhecer arquitetos até para definir com<br />
quem vai trabalhar, quem vai contratar...<br />
E eu sempre tive uma relação muito boa<br />
com todo mundo. Não tenho inimigos.<br />
Então, começaram a me procurar, assim<br />
como outros arquitetos daqui de Salvador,<br />
e começaram a escolher. Eles dividiram e<br />
sobrou uma fatia pra mim. Eu peguei esses<br />
clientes e comecei a fazer um trabalho sério,<br />
que é uma característica minha, de sempre ter<br />
a estrutura para poder desenvolver. Não vou<br />
pegar 10, 11 projetos, se eu não tiver uma<br />
estrutura compatível com essa demanda,<br />
porque eu entrego no prazo o meu projeto,<br />
eu acompanho... E os primeiros projetos<br />
que fizemos para esses grupos correram bem<br />
e um desses empresários, um português,<br />
chegou pra mim e disse: “Eu acho que você<br />
deveria ir a Portugal para dar uma olhada”.<br />
Eu aí fui e passei uma semana, nessa semana<br />
“Esse PDDU é fundamental<br />
para o crescimento da cidade”<br />
eu tive umas oito reuniões com grupos<br />
grandes de Portugal, como o Imocom,<br />
que está fazendo o Hilton do <strong>Com</strong>ércio,<br />
como o Grupo Lena... E eu fui conhecendo<br />
essas pessoas, ouvindo-as, juntei com os<br />
que já eram meus clientes e eles disseram<br />
que era bom eu montar um escritório lá<br />
para atendê-los melhor. Por exemplo,<br />
Fotos: Coperphoto