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Com a barriga cheia, partidos abandonam João ... - Revista Metrópole

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o saco<br />

Shaunaka<br />

hare krishna<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Metrópole</strong> – Os hare krishnas crêem<br />

que todos podem reencarnar como seres mais<br />

evoluídos ou menos evoluídos. Podemos até<br />

voltar à vida como insetos ou outros animais.<br />

Se o Lula morresse hoje, o senhor acha que ele<br />

reencarnaria em que animal?<br />

– Eu acho que ele nasceria como uma<br />

águia, viu? Por que ele voa bem alto, ele voa bastante e gosta de<br />

voar muito. Acho que ainda está pra nascer um presidente que voe<br />

mais do que o Lula.<br />

M – Ser vegetariano (os hare não comem carne) não equivale a<br />

levar a namorada para trás da moita e comer a moita?<br />

– <strong>Com</strong>er a moita? Não, porque os vegetarianos também<br />

comem a namorada, né? (risos) E comem a moita também (mais<br />

risos). Nós também fazemos... Krishna diz que ele é o “sexo<br />

autorizado”, né? O problema é a gente saber lidar. A questão é<br />

essa, nós praticamos o princípio do vegetarianismo pra adquirir<br />

uma qualidade chamada misericórdia. É uma orientação védica<br />

pra nós.<br />

M – A gente tem o hábito de matar insetos. Se você visse uma<br />

barata na sua casa e soubesse, por alguma revelação, que se trata de<br />

uma figura do tipo Adolf Hitler, você não dava uma olhadinha pro<br />

lado pra ver se Krishna tava distraído e dava um pisão na danada?<br />

– Tem um ditado que diz assim, na cultura védica: “Não pise<br />

nessa mosca que ela pode ser a alma da sua avó”. Então nós temos<br />

um grande problema com isso mesmo. Mas na Índia, no geral<br />

o hindu é a favor da pena de morte, então a gente condenaria o<br />

Hitler à pena de morte sem vacilar, né? Porque nós acreditamos<br />

que ele vai nascer barata muitas vezes (risos).<br />

<strong>Com</strong> a Páscoa se aproximando,<br />

resolvemos mexer no sagrado e<br />

fomos buscar respostas para as<br />

nossas perguntas mais cretinas<br />

ouvindo os representantes das<br />

religiões praticadas por aqui.<br />

Antes que você bote o ovo na<br />

boca, reflita sobre o que diz seu<br />

guia espiritual. *<br />

Dom Roberto<br />

Igreja Católica<br />

do Brasil<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Metrópole</strong> – O Papa Bento XVI<br />

veste Prada. É a marca do sapato dele. O senhor<br />

considera o papa um homem de bom gosto?<br />

– Eita pergunta capciosa danada, rapaz.<br />

Se eu lhe disser que até o diabo veste Prada,<br />

não é?... Não tem um filme que diz assim?<br />

Pois é. Não, eu acho que usar Prada é um<br />

sinal de bom gosto, né?<br />

M – O diabo tem bom gosto também?<br />

– Eu acredito que sim. (risos)<br />

M – O fogão tem quatro bocas, mas não vai a Roma. O senhor se<br />

considera com gás suficiente para viver independentemente de Bento<br />

XVI?<br />

– <strong>Com</strong> certeza. Olhe, Bento XVI é o chefe de uma Igreja,<br />

e nós vivemos numa outra Igreja, que é também católica, pois<br />

conserva a fé católica, mas tem ritos e pensamentos diferentes.<br />

Não é a mesma coisa. Se fosse, não tinha necessidade de existir.<br />

Porque pra nós o celibato não é obrigatório. Pra nós o casamento<br />

não é indissolúvel. Há uma segunda oportunidade. Desfeito um<br />

casamento, você pode celebrar um outro. Não mais do que outro,<br />

porque senão vai ficar parecendo Elizabeth Taylor, casando e<br />

descasando toda hora. (risos)<br />

M – Mário Kertész, por exemplo, casou várias vezes. Ele seria<br />

aceito na Igreja Católica Independente?<br />

– Veja só, se meu amigo Mário Kertész não casou apenas por<br />

casar, mas casou na busca de encontrar uma companheira pra<br />

ele, e não a encontrou nunca, tudo bem. Agora eu não acho bom<br />

assim casar muitas vezes. Senão cai na graça. Não dizem que a<br />

primeira é graça, a segunda é chalaça e a terceira é desgraça? Pois<br />

é. Eu acho que exagerar, não. Hoje eu celebro muito casamento<br />

de solteiros, mas também celebro, de quando em vez, casamento<br />

de divorciados. E faria o casamento de meu amigo Mário Kertész<br />

sim, se ele me garantisse que essa seria a última (risos). •<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Metrópole</strong> - janeiro de 2008<br />

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