Com a barriga cheia, partidos abandonam João ... - Revista Metrópole
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notas da <strong>Metrópole</strong><br />
a parafernália necessária para manter um<br />
oceanário em funcionamento.<br />
Para a secretária, uma das saídas seria<br />
tornar o equipamento auto-sustentável,<br />
com o aluguel de lojas, vendas de suvenires<br />
ou outras fontes de receita. Mas isso<br />
nem o Sea World, um dos maiores oceanários<br />
do mundo, localizado em San Diego,<br />
na Califórnia, consegue. Pra não entrar<br />
água na idéia do governador, espera-se<br />
agregar recursos da iniciativa privada<br />
àqueles vindos dos cofres estaduais e de<br />
organismos internacionais. Mas tudo isso,<br />
como já foi dito, está apenas no campo<br />
das idéias e, enquanto não se decide, a<br />
cidade continua vivendo com mais uma<br />
ruína a manchar a sua orla marítima.<br />
Arrogância<br />
O vice-presidente de futebol do<br />
Bahia, Rui Aciolli, com o espírito<br />
esportivo que o caracteriza, ainda<br />
no Barradão, após o Bavi que<br />
o Bahia bateu o Vitória por 2<br />
a 0, achincalhou o adversário,<br />
chamando o estádio rubronegro<br />
de “recreio dos tricolores”.<br />
Depois não sabe por que o<br />
Vitória se recusa a deixar que<br />
‘ex-quadrão’ de aço mande seus<br />
jogos no local, fazendo a torcida<br />
tricolor viajar mais de 100<br />
quilômetros até Feira de Santana<br />
para ver o time de maior torcida<br />
do estado jogar.<br />
Outro exemplo<br />
Inércia<br />
A diretoria do Bahia ainda não<br />
se mexeu, e ninguém sabe se vai<br />
se mexer, para tentar reduzir a<br />
punição imposta pelo STJD, que<br />
lhe tirou sete mandos de campo<br />
no Campeonato Brasileiro da<br />
Série B e ainda aplicou pesada<br />
multa em dinheiro. No final das<br />
contas, apenas o Bahia terminou<br />
sendo punido pelo episódio da<br />
Fonte Nova. <strong>Com</strong>o competência<br />
e agilidade não existem nas<br />
imediações do Fazendão (e<br />
parece que departamento<br />
jurídico também não), só o Bahia<br />
pagou o pato.<br />
Sem qualquer valor histórico, cultural,<br />
arquitetônico e muito menos estético,<br />
a antiga casa da família Wildberger é<br />
outro exemplo de desperdício. Construída<br />
na década de 30 do século passado,<br />
a mansão possui, segundo um parecer<br />
do historiador Cid Teixeira, um estilo<br />
colonial mexicano. Para os professores<br />
da Ufba Alejandra Muñoz e Luiz Alberto<br />
Ribeiro Freire, a construção é “inspirada<br />
na arquitetura medieval alemã, com exteriores<br />
evocando um jardim inglês”.<br />
Estilos à parte, o imóvel era um verdadeiro<br />
horror, pelo menos para quem o observava.<br />
Localizado nos fundos da Igreja da<br />
Por cima<br />
Bem ao seu estilo, o todopoderoso<br />
do Esporte Clube<br />
Bahia, Paulo Maracajá Pereira,<br />
tentou costurar, por cima, a<br />
liberação do Barradão para<br />
o tricolor (time sem-teto do<br />
futebol baiano) mandar seus<br />
jogos. Sem sequer comunicar<br />
aos diretores do Bahia, o<br />
“eterno” procurou o presidente<br />
do Conselho Deliberativo do<br />
Vitória, o deputado federal<br />
José Rocha (PR), e propôs um<br />
acordo. <strong>Com</strong>o, ao contrário de<br />
Maracajá, Rocha não responde<br />
sozinho pelo rubro-negro, teve<br />
que submeter a proposta aos<br />
demais dirigentes do Leão, que<br />
rejeitaram o acordo.<br />
Depois que<br />
os sem-teto<br />
saíram, nem<br />
prefeitura nem<br />
Estado sabem<br />
o que fazer<br />
com o Clube<br />
Português<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Metrópole</strong> - fevereiro de 2008<br />
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