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Inteligência Espiritual Ampliada e Prática Docente Bem ... - Unirevista

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<strong>Inteligência</strong> <strong>Espiritual</strong> <strong>Ampliada</strong> e <strong>Prática</strong> <strong>Docente</strong> <strong>Bem</strong> Sucedida<br />

Leda Lísia Franciosi Portal et al<br />

Ruben Alves (2003) diz que educar é uma vocação que nasce de um grande amor e de uma grande<br />

esperança.<br />

Brandão (2002) complementa, quando diz que temos pensado ainda muito pouco a respeito de nós<br />

próprios, da nossa própria vocação como pessoas humanas que escolheram ou foram levadas a uma opção<br />

de profissão e, até mesmo, de um modo de vida, através de nosso trabalho de educar.<br />

Partindo desse pressuposto de que é necessário e urgente que nos ocupemos destas questões, pensando<br />

em quem de fato somos, quais são o sentido e o valor de nosso trabalho e o que, desde ele, estamos<br />

fazendo com o mundo que parece nos fazer “sermos assim”,faz-se necessário gerar possibilidade para si e<br />

para os outros; refletir nosso fazer, deixar de sentir-se alheio aos desafios educacionais contemporâneos,<br />

assumir tal competência técnica, necessidade de formação continuada e compromisso social com a tarefa<br />

de sermos educadores, pesquisadores e cidadãos.<br />

O fato de não ter tido experiências positivas com docentes foi mencionado como outro motivador na<br />

escolha por esta profissão, justificado por querer ter oportunidade de “fazer a diferença”.<br />

Como aponta Nóvoa (1992, p.32): “Não é possível construir um pedagógico para além dos professores,<br />

isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente”.<br />

A necessidade de aprender, o apreço por estudar e relacionar-se com outras pessoas, também foram<br />

motivos trazidos como fatores que influenciaram na escolha da profissão investigada.<br />

No referente à permanência na atividade, foram bastante evidenciadas as noções de paixão e satisfação<br />

nas falas das entrevistadas, incentivadas pelo amor, trabalho com um ideal, entusiasmo, necessidade de<br />

promover a construção e a socialização de conhecimentos, contínuo aprendizado como elemento que gera<br />

maior satisfação, lidar com o ser humano, estar em relação e ter uma relação direta com alunos. Disseram<br />

permanecer na atividade pelo espaço de recolhimento, de reflexão sobre a vida, de constituir equipes,<br />

trabalhar sempre com coisas novas, pessoas, pensamentos e escolas diferentes. Ser propiciador do<br />

convívio que alimenta não só profissionalmente, no sentido de atualização, de estudos, de experiências, de<br />

trocas, mas, também, em nível pessoal.<br />

O retorno não apenas em termos de conteúdo, mas afetivo e da confiança dos alunos foram aspectos que<br />

emergiram e perpassaram nas falas, dando um fio condutor, reforçando que a satisfação profissional e<br />

pessoal está intimamente relacionada com o estar em sala de aula, a troca como qualificação do trabalho,<br />

o desejo de aperfeiçoamento.<br />

Rios (2001, p.17) expressa esta questão quando diz:<br />

“Uma das coisas que realizo com maior alegria é ensinar, fazer aulas. Gosto das aulas tanto<br />

quanto gosto daquilo que ensino (...) é no próprio espaço do trabalho que “esperanço” de novo, que<br />

retorno com vigor a luta, que encontro possibilidades e alternativas. Auxiliam-me nesse movimento a<br />

prática e a reflexão sobre ela, o fazer e o pensar crítico sobre ele, num exercício que mescla razão e<br />

paixão”.<br />

Foi trazida pelas entrevistadas, a noção de grande identificação com a docência, dizendo não saberem<br />

fazer outra coisa e não conseguirem se ver em outra profissão. Paralelamente a esse elevado grau de<br />

realização, evidenciado pelos depoimentos, há uma consciência das dificuldades peculiares à atividade.<br />

Apesar de limitações de ordem financeira e dos problemas inerentes, as dificuldades transformam-se em<br />

desafios tendo em vista o objetivo maior desses docentes: a qualificação de seus alunos.<br />

UNIrevista - Vol. 1, n° 2: (abril 2006)<br />

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