Inteligência Espiritual Ampliada e Prática Docente Bem ... - Unirevista
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<strong>Inteligência</strong> <strong>Espiritual</strong> <strong>Ampliada</strong> e <strong>Prática</strong> <strong>Docente</strong> <strong>Bem</strong> Sucedida<br />
Leda Lísia Franciosi Portal et al<br />
Com relação às dificuldades com os alunos, foram mencionados a falta de recursos e o pouco<br />
comprometimento com as atividades escolares; com os colegas, enfatizaram a necessidade de maior<br />
aproximação, de aceitação do novo, de atividades organizadas com objetivo de abolir a estagnação, a<br />
acomodação numa clara demonstração de rejeição dos desafios que esta proposta apresenta.<br />
Em relação às dificuldades institucionais apresentaram excesso de carga horária e falta de uma proposta<br />
coletiva, falta de recursos para atualização e compra de livros, espaços mal equipados na escola; quanto<br />
às dificuldades pessoais, demonstraram preocupação no que tange ao pouco acesso a bibliografias<br />
especializadas e a uma formação permanente.<br />
Ao mesmo tempo em que as dificuldades são postas, percebeu-se uma inquietação, por parte das<br />
professoras, em transformar esta realidade, buscando ações concretas de resistência às mudanças<br />
necessárias para uma melhor realidade educativa. Diálogo e conversa despontaram como recurso<br />
preponderante na relação com os alunos e na resolução das dificuldades encontradas. Como alternativas<br />
para minimizá-las, emergiram a importância de se enfocar o humano na sua Inteireza: dimensão física,<br />
psíquica, cognitiva e espiritual, justificada pela compreensão do Ser como um todo e, também, parte de<br />
um todo.<br />
Abordar o Ser em sua Inteireza desafiou o grupo de entrevistadas a refletir sobre “Quem eu sou?” A auto-<br />
imagem ou conceito de si emergente nas respostas às questões de como elas se definem como pessoa,<br />
envolvendo os aspectos do “eu” individual, profissional e relacional evidenciaram que estes revelam a<br />
forma segundo a qual a pessoa se vê ou a imagem que tem de si mesma.<br />
Filion (1991, p.31) corrobora, destacando que “as pessoas só realizam algo quando se julgam capazes de<br />
fazê-lo. A auto-imagem irá influenciar fortemente o desempenho do indivíduo. No conceito de si estão<br />
contidos os valores de cada um, sua forma de ver o mundo, a sua motivação”.<br />
Este olhar, para tanto, necessita buscar um equilíbrio entre os demais aspectos evolutivos, pois considerar<br />
apenas o aspecto físico no que se refere à constituição da auto-imagem da pessoa, provavelmente<br />
fragmentaria a Inteireza do próprio Ser.<br />
Referente ao seu aspecto físico, as professoras demonstraram estar muito satisfeitas e muito bem com seu<br />
EU físico. Sabem conviver com o espelho, aceitam-se, mas demonstram preocupação e buscam melhorar<br />
sua aparência, o que sugere existir uma provável harmonia entre mente e espírito. Características comuns<br />
entre elas foram o “sentir-se bem”, o “relacionar-se muito bem com seu amadurecimento”, o “bem-estar<br />
no cuidado mente-corpo”, continuando “ativas e dispostas”.<br />
Gardner (1994) define o corpo mais do que simplesmente uma outra máquina, indistinguível dos objetos<br />
artificiais do mundo, mas o recipiente do senso do indivíduo, seus sentimentos e aspirações mais pessoais.<br />
Observou-se várias palavras relacionadas ao aspecto físico associado ao cuidado com a mente tais como:<br />
vaidade, gostar, cuidar, fazer, reconhecimento, bonita, saúde, pique, qualidade, estilo, que estão<br />
relacionadas ao sentimento de preocupação com o seu eu e com a espiritualidade, acompanhando o<br />
desenvolvimento de seu físico.<br />
Apropriado estaria afirmar, tomando como base teórica os estudos de Lowen (1995, p.83), “que o nosso<br />
físico, o exterior de nosso ser, é o reflexo do que somos interiormente”.<br />
O dito popular “sua alma sua palma”, encontra respaldo, quando verificamos que há uma relação<br />
inequívoca entre “perceber-se” bonita e estar bem emocionalmente.<br />
UNIrevista - Vol. 1, n° 2: (abril 2006)<br />
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