Inteligência Espiritual Ampliada e Prática Docente Bem ... - Unirevista
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<strong>Inteligência</strong> <strong>Espiritual</strong> <strong>Ampliada</strong> e <strong>Prática</strong> <strong>Docente</strong> <strong>Bem</strong> Sucedida<br />
Leda Lísia Franciosi Portal et al<br />
Encontrar respostas aos questionamentos propostos pelo autor envolve um mergulho interior e um sair de<br />
si, pois os objetivos que escolhemos dependem deste encontro e também da forma como nos envolvemos<br />
com as pessoas no ambiente profissional. Entretanto, é importante abrirmos espaços para esse encontro<br />
conosco. Nas reflexões das professoras, percebeu-se que algumas conseguem abrir esse espaço, outras<br />
ainda necessitam conquistá-lo para autoconhecerem-se e assim relacionarem-se melhor consigo e com os<br />
outros.<br />
Para Maturana e Rezepka (2001, p. 280), “quando alguém respeita a si mesmo, recupera a integridade de<br />
um viver emocional e intelectual autônomo como um ser social que não busca a sua identidade fora de si,<br />
porque não está em contradição com o espaço social a que pertence”.<br />
Somos construtores de novos significados. Compreender e desvelar o eu em conexão com o outro é uma<br />
tarefa que exige um olhar mais reflexivo para ali redimensionar o que ainda impede uma ampliação da<br />
consciência.<br />
Quem somos? Por que optamos por esse caminho e não outro? São questionamentos que devem nos<br />
acompanhar constantemente, pois através deles poderemos ir além do que normalmente estaria<br />
estabelecido e, essa noção de sentido, permeia a atuação profissional das entrevistadas.<br />
Cumpre ressaltar que, além da busca de sentido, as entrevistadas denotaram uma elevada auto-exigência<br />
o que pode ser compreendido tanto em nível profissional como emocional.<br />
<strong>Prática</strong> <strong>Docente</strong> <strong>Bem</strong> Sucedida e <strong>Inteligência</strong> <strong>Espiritual</strong>: uma estreita<br />
relação<br />
Segundo Wolman (2001, p.155), para investigar a espiritualidade é preciso “superar conceitos criados pelo<br />
pensamento e pela linguagem psicodinâmica”, é necessário “ir além das formas convencionais”.<br />
Desta forma, criou um inventário de questões, baseado nas experiências pessoais, que pudesse avaliá-la<br />
por meio de pontos comuns.<br />
Para este autor qualquer método que estude a espiritualidade deve reconhecer também, o mundo<br />
psicológico e emocional das pessoas que se está investigando. “A espiritualidade pode ser considerada<br />
como abrangendo a religião ou a religiosidade (...), tem a ver com a atitude e a postura de uma pessoa<br />
diante do mundo exterior, o mundo da organização social, e com a visão que ela possui de passado,<br />
presente e futuro” (Wolman, 2001, p. 163).<br />
O espiritual tem por significado “o centro existencial do relacionamento de uma pessoa com o mundo”<br />
(p.170).<br />
A partir de um estudo-piloto, o autor encontrou sete fatores emergentes, os quais denominou: Divindade,<br />
Diligência, Intelectualidade, Comunidade, Trauma, Percepção Extra-Sensorial e <strong>Espiritual</strong>idade na Infância,<br />
que não devem ser considerados isoladamente e que demonstram em seus resultados, a ênfase colocada<br />
em cada um deles em particular.<br />
Um resultado alto ou baixo nesses diferentes fatores é apenas uma das muitas maneiras de experimentar<br />
a espiritualidade ou de deixar essas dimensões influenciarem a forma de espiritualidade de uma pessoa.<br />
O fator Divindade aponta para áreas de vida comumente associadas à espiritualidade. Inclui um conceito<br />
de algum tipo de Fonte de Energia Divina, <strong>Inteligência</strong> Transcendental, Força Superior ou Deus,<br />
englobando práticas e crenças tradicionais.<br />
UNIrevista - Vol. 1, n° 2: (abril 2006)<br />
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