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Projeto Horta de Produção Comunitária – PHPC - Banco da Amazônia

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<strong>Projeto</strong> <strong>Horta</strong> <strong>de</strong> <strong>Produção</strong> <strong>Comunitária</strong> <strong>–</strong><br />

<strong>PHPC</strong><br />

Elaboração : Mário Jorge <strong>da</strong> Silva Rocha<br />

Alessandro <strong>de</strong> Souza Pereira<br />

Local : Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Terra Preta, Zona Rural <strong>–</strong><br />

Monte Alegre/PA.<br />

Agência : Monte Alegre <strong>–</strong> PA<br />

Março/05<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Horta</strong> <strong>de</strong> <strong>Produção</strong> <strong>Comunitária</strong>- HPC<br />

I <strong>–</strong> Introdução<br />

O projeto foi <strong>de</strong>senvolvido com do apoio técnico-financeiro do <strong>Banco</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Amazônia</strong>, através <strong>de</strong> Verba <strong>de</strong> Marketing e nasceu <strong>de</strong> um encontro entre o<br />

gerente <strong>da</strong> agência Monte Alegre/PA, Sr. Alessandro <strong>de</strong> Souza Pereira e o pároco<br />

local, frei Miguel Grawe, que em conversa sobre a atuação do <strong>Banco</strong> no campo


social, comentou que tinha o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> realizar um trabalho produtiva em conjunto<br />

com os agricultores familiares <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Terra Preta, e in<strong>da</strong>gou a<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>, apoiar a iniciativa. A questão ganhou a<br />

simpatia do Sr. Alessandro <strong>de</strong> Souza Pereira, que <strong>de</strong> imediato percebeu a<br />

importância do projeto para essas famílias e iniciou contatos com a Gerência<br />

Regional para fins <strong>de</strong> <strong>de</strong>ferimento do mesmo.<br />

O frei Miguel, sugeriu uma visita na área pertencente a igreja, que inclusive fica<br />

localiza<strong>da</strong> na Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Terra Preta, on<strong>de</strong> ele inicialmente pensava<br />

implantar o projeto. Após visitarmos a referi<strong>da</strong> área, comentamos que a escolha<br />

do local é um fator estratégico para o sucesso <strong>de</strong> um projeto e que essa <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong>veria ser analisa<strong>da</strong> e toma<strong>da</strong> pelo grupo interessado. Após isso, a partir <strong>de</strong> uma<br />

orientação do frei Miguel Grawe, uma li<strong>de</strong>rança local visitou a agência,<br />

confirmando o interesse, quando então iniciou-se uma série <strong>de</strong> encontros que<br />

ocorreram na Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que adotou como principal estratégia o uso <strong>de</strong> uma<br />

metodologia participativa, trabalhando principalmente a autonomia dos<br />

agricultores, a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e o sentimento <strong>de</strong> pertencimento ao projeto, que<br />

foi <strong>de</strong>senvolvido através <strong>da</strong>s fases abaixo :<br />

Fase I <strong>–</strong> A Escolha <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

II - FASES DO PROJETO<br />

O público foi i<strong>de</strong>ntificado pela igreja católica, inclusive os participantes faziam<br />

parte <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pastorais.


Fig. 01: O gerente Alessandro Pereira e Frei Miguel Grawe<br />

Fase II <strong>–</strong> Organização e a Cooperação<br />

Nessa fase foram realizados 03 (três) encontros, on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>batido a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do grupo estar unido em torno <strong>de</strong> um objetivo, e que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

qualquer ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva em conjunto, necessitaria do envolvimento <strong>de</strong> todos,<br />

sendo um fator mais importante que a própria disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos, uma<br />

vez que discutimos exemplos <strong>de</strong> projetos a nível <strong>de</strong> agricultura familiar, que<br />

inclusive foram apoiados financeiramente pelo <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>, e que não<br />

vinham sendo bem sucedidos, entre outros motivos pela <strong>de</strong>sorganização dos<br />

agricultores. Foi discutido também que o projeto seria implantado em sistema <strong>de</strong><br />

parceria e que o <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong> S/A, não assumiria todos os custos do<br />

mesmo.<br />

Nesses encontros percebemos que consi<strong>de</strong>rável parte dos membros tinham como<br />

ren<strong>da</strong> principal, aquela oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua mão-obra, principalmente<br />

emprega<strong>da</strong> na limpeza <strong>de</strong> pastagens, o que obrigava-os a ausentarem-se do<br />

convívio <strong>de</strong> suas famílias ao longo do tempo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong>sses serviços. Outra<br />

característica do grupo era a existência <strong>de</strong> boas li<strong>de</strong>ranças.<br />

Ao final dos encontros, o grupo por própria iniciativa, agendou uma reunião entre<br />

os participantes para <strong>de</strong>bater internamente esses pontos, objetivando amadurecer


a questão e <strong>de</strong>cidir sobre a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ou não do projeto, ficando <strong>de</strong><br />

posteriormente comunicarmos sobre a <strong>de</strong>cisão.<br />

Fig. 02: Encontro ao longo do amadurecimento do projeto<br />

Fase III <strong>–</strong> A Escolha <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Nessa fase foram 02 (dois) encontros, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>batemos diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

produtivas como fruticultura, olericultura, criação <strong>de</strong> animais e etc, sendo<br />

abor<strong>da</strong>do aspectos técnicos <strong>da</strong> produção, custos e rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Após isso, houve consenso entre os participantes pela implantação <strong>de</strong><br />

uma horta.<br />

Os motivos que levaram o grupo a essa <strong>de</strong>cisão foram principalmente o fato <strong>de</strong><br />

alguns membros já terem experiências com a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o seu rápido retorno, o<br />

baixo custo para a implantação, a proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong> em relação à se<strong>de</strong> do<br />

Município, a existência <strong>de</strong> mercado e local a<strong>de</strong>quado para a comercialização dos<br />

produtos na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Monte Alegre/PA, que já conta com a feira do produtor.<br />

Os participantes solicitaram uma reunião para <strong>de</strong>finirmos o local <strong>de</strong> implantação<br />

do projeto. Após discutirmos o tema, ficou <strong>de</strong>cidido que o grupo faria uma reunião


para <strong>de</strong>finir alguns locais disponíveis para abrigar a horta e após isto solicitariam<br />

um encontro para <strong>de</strong>finir a questão.<br />

Fase IV <strong>–</strong> A Escolha do Local<br />

Na fase anterior, o grupo <strong>de</strong>finiu 05 (cinco) locais disponíveis para implantar o<br />

projeto, entre eles a área <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Com as áreas<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, os participantes gostariam que o responsável técnico escolhesse o<br />

local, alegando que ele teria maior embasamento para tal. Consi<strong>de</strong>rando que<br />

trata-se <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>finição estratégica, sugerimos que a equipe realizasse uma<br />

reunião técnica com o objetivo <strong>de</strong> visitarmos to<strong>da</strong>s as áreas e posteriormente<br />

<strong>de</strong>finirmos a mais indica<strong>da</strong>. Para que o dia fosse suficiente para a <strong>de</strong>finição do<br />

local, os participantes organizaram um almoço e dividiram os trabalhos <strong>da</strong><br />

seguinte forma : pela manhã : ocorreram as visitas as cinco locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

previamente escolhi<strong>da</strong>s, on<strong>de</strong> oportunamente foram discutidos os indicadores<br />

solo, acesso (distância <strong>da</strong> área em relação a vicinal), disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

(aspectos quantitativos, qualitativos e custos para captação) ; pela tar<strong>de</strong> : análise<br />

e <strong>de</strong>finição do local, que ocorreu na Escola <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Para elegermos o local, construímos um quadro, relacionando na vertical as áreas<br />

e na horizontal os indicadores discutidos por ocasião <strong>da</strong>s visitas. Assim, ficou bem<br />

mais fácil o grupo efetuar a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, inicialmente <strong>de</strong>scartando àqueles<br />

que possuíam menos características <strong>de</strong>sejáveis e posteriormente eleger aquele<br />

que abrigava maiores vantagens, sendo finalmente escolhido o lote do agricultor<br />

Naldo. Os indicadores que levaram o grupo a <strong>de</strong>cidir por este local foram<br />

principalmente:<br />

ü Solos <strong>de</strong> boa fertili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

ü De fácil acesso,<br />

ü Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água - existência <strong>de</strong> poço,<br />

ü Protegido <strong>de</strong> animais, pois estava cercado,<br />

ü O dono do lote era um dos lí<strong>de</strong>res do grupo e possuía boa experiência na<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

ü Na área não havia histórico <strong>de</strong> roubos e etc,


Fase V <strong>–</strong> A Definição dos Materiais<br />

Definido o local, ficou bem mais simples i<strong>de</strong>ntificarmos também a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />

projeto, que em reunião, apontou os seguintes itens :<br />

ü a) motobomba;<br />

ü b) tubulação e conexões;<br />

ü c) caixa dágua;<br />

ü d) elevado;<br />

ü e) sementes;<br />

ü d) adubo orgânico.<br />

Ao longo <strong>da</strong> condução do processo ficou claro que a implantação do projeto<br />

exigiria a divisão <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, portanto após <strong>de</strong>batermos esse aspecto,<br />

ficou proposto a participação do <strong>Banco</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong> nos itens a,b, c, enquanto o<br />

grupo se responsabilizaria pelos itens d,e,f.<br />

Posteriormente, iniciamos o <strong>de</strong>bate sobre as especificações e quantitativo <strong>de</strong><br />

materiais. O grupo não tinha <strong>de</strong>finido que tipo <strong>de</strong> máquina po<strong>de</strong>ria efetuar a<br />

captação e distribuição <strong>da</strong> água e nem que acessórios seriam necessários. O<br />

grupo propôs que essa <strong>de</strong>finição ficasse a cargo do lado técnico, mas para<br />

aten<strong>de</strong>rmos a condição indispensável <strong>de</strong> trabalharmos a autonomia do grupo,<br />

sugerimos que fosse escolhido uma comissão para pesquisar no comércio local e<br />

<strong>de</strong>finir essa questão, apresentando-as na forma <strong>de</strong> proposta orçamentária, o que<br />

logo em segui<strong>da</strong> foi executado pela comissão e apresentado junto a agência.<br />

Fase VI <strong>–</strong> Tramitação do <strong>Projeto</strong> na Gerência Regional PA-II<br />

O projeto foi encaminhado a GEREG-PAII em 31/08/2004, com parecer favorável<br />

do Comitê <strong>de</strong> Planejamento <strong>da</strong> Agência, e foi enquadrado na CI-GEMIF-<br />

COMAR/2004/0260, <strong>de</strong> 20/02/2004, referente a critérios para concessão <strong>de</strong> patrocínio e<br />

CI-GEMIF-COMAR S/N, referente a distribuição <strong>de</strong> verba <strong>de</strong> marketing - Gerências<br />

regionais. O projeto foi aprovado na íntegra no valor <strong>de</strong> R$- 2.259,00 (Dois Mil, Duzentos<br />

e Cinqüenta e Nove Reais).<br />

Fase VII <strong>–</strong> Implantação do <strong>Projeto</strong><br />

a) Aquisição e instalação <strong>de</strong> equipamentos


Fig. 03: Chega<strong>da</strong> dos equipamentos na Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Fig. 04: Caixa d’<br />

água, instala<strong>da</strong> em um morro<br />

Fig. 05: Moto-bomba<br />

b) limpeza <strong>da</strong> área e levantamento dos canteiros


Foi realiza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> mutirão e consistiu <strong>de</strong> roçagem e queima <strong>da</strong> vegetação. Posteriormente efetuou-se a marcação<br />

<strong>da</strong> área, <strong>de</strong>finindo espaços para ruas e canteiros e posteriormente o levantamento dos mesmos.<br />

Fig. 06: Roçagem <strong>da</strong> área


c) Preparo <strong>da</strong> Sementeira<br />

Fig. 07: Queima <strong>da</strong> vegetação Fig. 08: Levantamento dos canteiros<br />

A sementeira foi construí<strong>da</strong> no nível do solo e ao lado dos canteiros. Sua área foi <strong>de</strong>limita<strong>da</strong> por pe<strong>da</strong>ços <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e o<br />

solo foi afofado, quando foi removido pedras e raízes, para não prejudicar o <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>da</strong>s pequenas mu<strong>da</strong>s.<br />

Logo após o seu preparo, foi realizado o semeio <strong>de</strong> couve, tomate, pimentão e jambu.


Fig. 09: Sementeira, mostrando a germinação<br />

<strong>de</strong> diversas hortaliças<br />

Fig. 10: Detalhe, mostrando a germinação<br />

do jambu<br />

d) Capacitação - Aspectos Técnicos do Cultivo <strong>de</strong> <strong>Horta</strong>liças e Gerenciamento <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Concomitante ao preparo <strong>de</strong> área/levantamento dos canteiros e sementeira, iniciamos as orientações técnicas, que foram<br />

facilmente absorvi<strong>da</strong>s pelo grupo, uma vez que alguns participantes já possuíam bastante experiência no cultivo. As<br />

culturas abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s foram a alfac, jambu, cebolinha, tomate, couve e cariru e as principais técnicas repassa<strong>da</strong>s foram as<br />

seguintes :


- mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> semeio (lanço, sulcos e covas),<br />

- repicagem, transplantio e plantio,<br />

- adubação e mon<strong>da</strong>,<br />

- manejo <strong>da</strong> cobertura <strong>de</strong> canteiros,<br />

- tratos fitossanitários (controle natural <strong>de</strong> pragas e doenças).<br />

Fig. 11: Capacitação <strong>–</strong> Gerenciamento <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fig. 12: Vista geral <strong>da</strong> horta <strong>de</strong> produção comunitária


Fig. 12: Canteiro coberto com palha para proteger as mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> alface Fig. 13: Vista <strong>de</strong> um canteiro com cebolinha


Fig. 15: Detalhe <strong>de</strong> canteiros cobertos com palha Fig. 16: Irrigação <strong>de</strong> canteiros


Fig. 17: Área ocupa<strong>da</strong> por tomate Fig. 18: Retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> flores (capação) do cariru


Fig. 19: Transporte <strong>de</strong> esterco Fig. 20: Adubação


Fig. 21: Vista <strong>da</strong> horta a em fase mais adianta<strong>da</strong> Fig. 22: Visão Geral <strong>da</strong> <strong>Horta</strong>


Fig. 23 Visita do agrônomo <strong>da</strong> agencia para orientação dos participantes do<br />

projeto<br />

e) Comercialização <strong>da</strong> <strong>Produção</strong><br />

A produção está sendo comercializa<strong>da</strong> na feira do produtor e até o presente<br />

momento já foram comercializados alface, jambu, cebolinha e couve.<br />

Fig. 24: Comercialização <strong>da</strong> produção Fig. 25:<br />

Membro do <strong>Projeto</strong>


d) Retorno Social<br />

A ca<strong>da</strong> colheita será <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> uma pequena parte <strong>da</strong> produção para contribuir na<br />

condimentação <strong>da</strong> meren<strong>da</strong> escolar na Escola Municipal, localiza<strong>da</strong> na própria<br />

Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa ação teve inicio no dia 15/04/05 e certamente será importante<br />

para <strong>de</strong>ixar a meren<strong>da</strong> mais saborosa, que inclusive será consumi<strong>da</strong> entre outros<br />

pelos próprios filhos dos agricultores.<br />

Estão envolvidos no projeto 10 agricultores familiares <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Terra Preta.<br />

Entrega <strong>da</strong>s hortaliças à escola Municipal <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Terra Preta<br />

III <strong>–</strong> Conclusão<br />

Esta previsto a realização <strong>de</strong> um encontro com<br />

a presença <strong>de</strong> todos os atores envolvidos para<br />

avaliarmos em conjunto o projeto, enquanto<br />

isso, faremos uma síntese do mesmo.<br />

No nosso ponto <strong>de</strong> vista a maior virtu<strong>de</strong> do<br />

projeto foi utilizar uma metodologia<br />

participativa em to<strong>da</strong>s as fase do mesmo,<br />

quando também foi estimulado a autonomia


dos participantes que <strong>de</strong>cidiram todos os aspectos do projeto. Isso ficou bem<br />

caracterizado, quando os agricultores <strong>de</strong>cidiram a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o local <strong>de</strong><br />

implantação e os materiais necessários a partir <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s reais,<br />

pesquisando no mercado local, marcas e tipos <strong>de</strong> equipamentos/acessórios,<br />

preços e etc. Dessa forma foi estimulado o sentimento <strong>de</strong> pertencimento ao<br />

projeto, o que favoreceu o engajamento dos participantes.<br />

O projeto também aten<strong>de</strong>u o lado ambiental, pois nos tratamentos fitossanitários<br />

estão sendo utilizados apenas produtos naturais a base <strong>de</strong> plantas e animais, a<br />

exemplo do macerado <strong>de</strong> alho, cal<strong>da</strong> <strong>de</strong> fumo, urina <strong>de</strong> vaca e etc. As receitas<br />

foram repassa<strong>da</strong>s aos membros que encarregaram-se <strong>de</strong> estudá-las e fazerem<br />

seu preparos, inclusive algumas que já eram <strong>de</strong> conhecimento dos agricultores.<br />

O exercício do Cooperativismo também foi bastante estimulado, pois to<strong>da</strong>s as<br />

ações do projeto tiveram a participação coletiva. Nos diversos encontros foi<br />

<strong>de</strong>batido a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do grupo<br />

estar unido, assim como na<br />

implantação propriamente dita, o<br />

que foi muito importante, pois<br />

sendo a olericultura, uma<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que exige <strong>de</strong>dicação<br />

integral, seria fun<strong>da</strong>mental a<br />

união do grupo e o planejamento,<br />

com a oportuna distribuição <strong>da</strong>s<br />

tarefas.<br />

Outro aspecto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância foi a capacitação dos membros, que ocorreu ao longo <strong>de</strong> todo o<br />

processo, ou seja não houve um momento especifico para isso, inclusive nessa<br />

etapa não encontramos dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, uma vez que alguns membros já possuíam<br />

experiência na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e foram importantes na sua difusão. Apesar disso, foi<br />

necessário a implementação <strong>de</strong> novas técnicas, uma vez que as hortas que<br />

alguns membros possuíam eram do tipo suspensa, com poucas espécies e baixa


produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Houve também a introdução <strong>de</strong> novas varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a exemplo do<br />

jambu, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> Nazaré, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pela EMBRAPA.<br />

É importante ressaltarmos que ain<strong>da</strong> no campo <strong>da</strong> capacitação, foi <strong>de</strong>batido os<br />

aspectos referentes ao gerenciamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, on<strong>de</strong> foi abor<strong>da</strong>do os<br />

conceitos <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> produção, receitas e planejamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, como<br />

forma <strong>de</strong> trabalhar a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do projeto.

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