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SCHIZOLOBIUM AMAZONICUM HUBER - Banco da Amazônia

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SÉRIE<br />

RURAL<br />

2<br />

BANCO DA AMAZÔNIA<br />

O primeiro e único banco <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong><br />

ALGUNS ASPECTOS SILVICULTURAIS<br />

SOBRE O PARICÁ (<strong>SCHIZOLOBIUM</strong><br />

<strong>AMAZONICUM</strong> <strong>HUBER</strong>)<br />

Dulce Helena Martins Costa (Engª. Florestal)<br />

Fabrício Khoury Rebello (Economista)<br />

José Luiz D’Ávila (Eng º Agrônomo)<br />

Marcos Antônio Souza dos Santos (Engº. Agrônomo)<br />

Maria Lúcia Bahia Lopes (Economista)<br />

Belém<br />

1998


BANCO DA AMAZÔNIA<br />

DIRETORIA EXECUTIVA<br />

FLORA VALLADARES COELHO<br />

Presidente<br />

JOSÉ DAS NEVES CAPELA<br />

Diretor<br />

JORGE NEMETALA JOSÉ FILHO<br />

Diretor<br />

JOSÉ BENEVENUTO FERREIRA VIRGOLINO<br />

Diretor<br />

LETÍCIO DE CAMPOS DANTAS FILHO<br />

Diretor<br />

CLÁUDIO SCAFUTO<br />

Diretor<br />

COORDENAÇÃO<br />

HÉLIO FRANCISCO DOS SANTOS GRAÇA<br />

Consultor<br />

COLABORADORES<br />

MARIA DE FÁTIMA CORRÊA AMADOR<br />

Licencia<strong>da</strong> em Letras<br />

ODERLE MILHOMEM ARAÚJO<br />

Bibliotecária<br />

PAULO ADELIO PARAENSE DA PAIXÃO<br />

Eng º Agrônomo<br />

ROSÂNGELA MARIA QUEIROZ DA COSTA<br />

Economista<br />

SÔNIA HELENA MONTEIRO DOS SANTOS<br />

Pesquisadora do CPATU


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO .................................................................... 4<br />

2 PRÁTICAS SILVICULTURAIS ............................................ 5<br />

2.1 PRODUÇÃO DE MUDAS .................................................... 5<br />

2.2 PLANTIOS ........................................................................... 7<br />

2.3 TRATOS CULTURAIS ......................................................... 9<br />

2.4 MONITORAMENTO DA PLANTAÇÃO ................................ 9<br />

3 COMPORTAMENTO DA ESPÉCIE EM PLANTIOS .......... 11<br />

3.1 SOBREVIVÊNCIA ............................................................... 12<br />

3.2 CRESCIMENTO .................................................................. 12<br />

3.3 PRAGAS E DOENÇAS ........................................................ 14<br />

4 CARACTERÍSTICAS E USO DA MADEIRA ...................... 16<br />

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES .......... 17<br />

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................. 18


1 INTRODUÇÃO<br />

A indústria madeireira é importante para a economia regional por contribuir com a<br />

geração de empregos e ren<strong>da</strong> para a população. Porém, a grande preocupação continua<br />

sendo a forma desordena<strong>da</strong> de utilização dos recursos florestais que vem ocasionando,<br />

em algumas microrregiões, a inviabili<strong>da</strong>de econômica <strong>da</strong> extração de madeira de matas<br />

nativas.<br />

Por esta razão, as indústrias madeireiras estão investindo em plantios,<br />

homogêneos ou consorciados, de espécies de rápido crescimento e elevado valor<br />

comercial. Os plantios estão, sendo desenvolvidos em áreas altera<strong>da</strong>s por ações<br />

antrópicas. Desta forma, as indústrias pretendem manter a sua produção com madeiras<br />

oriun<strong>da</strong>s de florestas planta<strong>da</strong>s.<br />

A implantação dos plantios é bastante importante para a Região pois poderá suprir<br />

de matéria-prima as indústrias madeireiras, e assim, reduzir o desmatamento <strong>da</strong>s<br />

florestas nativas. Com isto, além <strong>da</strong> recuperação <strong>da</strong>s áreas altera<strong>da</strong>s, teremos a<br />

conservação <strong>da</strong> floresta amazônica, o que deverá contribuir, significativamente, para a<br />

sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de.<br />

Dentre as espécies que estão sendo planta<strong>da</strong>s na Região destaca-se, atualmente,<br />

a Shizolobium amazonicum (Huber) Ducke (paricá), que devido apresentar rápido<br />

crescimento, fuste reto com ramificação a partir de sete metros e madeira com eleva<strong>da</strong><br />

cotação no mercado interno e externo, vem sendo, bastante, cultiva<strong>da</strong> pelas empresas<br />

madeireiras.<br />

A espécie é conheci<strong>da</strong> na Região Amazônica como paricá, ban<strong>da</strong>rra ou<br />

guapuruvu-<strong>da</strong>-amazônia. Ocorre naturalmente na <strong>Amazônia</strong> Brasileira, no Peru e na<br />

Colômbia, em mata primária e mata secundária de terra firme e várzea alta (Carvalho,<br />

1994). A árvore de grande porte assemelha-se bastante ao Schizolobium parahyba (Vell.)<br />

Blake (guapuruvu), principalmente no que se refere ao crescimento e ao emprego de sua<br />

madeira.<br />

Diante do exposto, abor<strong>da</strong>remos algumas práticas silviculturais adota<strong>da</strong>s por<br />

empresas florestais e instituições de pesquisa na condução de plantações de paricá,<br />

compreendendo: a produção de mu<strong>da</strong>s, preparo <strong>da</strong> área, espaçamento e tratos<br />

silviculturais. Além disto, apresentaremos os resultado de trabalhos sobre o<br />

comportamento <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> espécie em plantios conduzidos na Região Norte.<br />

A importância maior deste documento reside em consoli<strong>da</strong>r informações sobre o<br />

paricá, que estão dispersas em diversas publicações dificultando, sensivelmente, a sua<br />

consulta. Desta forma, subsidiar os analistas de crédito na avaliação dos projetos de<br />

plantios de paricá dentro dos Programas que fomentam a ativi<strong>da</strong>de de reflorestamento na<br />

recuperação de áreas altera<strong>da</strong>s.<br />

4


2 PRÁTICAS SILVICULTURAIS<br />

As informações sobre as práticas silviculturais adota<strong>da</strong>s na condução de<br />

plantações de paricá são oriun<strong>da</strong>s de <strong>da</strong>dos secundários, obtidos na revisão de trabalhos<br />

publicados e em visitas realiza<strong>da</strong>s aos plantios de empresas florestais localiza<strong>da</strong>s nos<br />

municípios de Nova Timboteua, Paragominas e Dom Eliseu.<br />

2.1 PRODUÇÃO DE MUDAS<br />

Os silvicultores, de algumas empresas florestais, utilizaram no início <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des<br />

de reflorestamento a semeadura diretamente no campo, sem adubação prévia. No<br />

entanto, constataram que este método de plantio não era apropriado por ocasionar muita<br />

per<strong>da</strong> de sementes e ocorrência de mortali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s plantas, na fase inicial de<br />

desenvolvimento.<br />

Por este motivo, passaram a adotar a semeadura em sacos plásticos (15cm x<br />

25cm), sendo realiza<strong>da</strong> no período de julho/agosto. As sementes são procedentes do<br />

Mato Grosso, Rondônia e Pará com custo de aquisição em torno de R$ 30,00/kg (1.180<br />

sementes/kg).<br />

Pereira et al. (1982), também, relataram que a melhor época de semeadura <strong>da</strong><br />

espécie é no período julho/agosto para que as mu<strong>da</strong>s estejam com tamanho apropriado a<br />

serem transferi<strong>da</strong>s para o campo em janeiro/fevereiro. Além disto, ressaltaram que<br />

quando a semeadura é realiza<strong>da</strong> antes do período mencionado, as plantas cresciam<br />

muito dificultando o seu transporte e plantio no campo, causando inclusive, após o plantio<br />

definitivo um percentual acentuado de mortali<strong>da</strong>de.<br />

Ademais, reportaram que as sementes de paricá possuem excelente poder<br />

germinativo, atingindo 85% de germinação aos 45 dias, sem utilização de tratamentos<br />

para acelerar o processo. Os autores observaram, ain<strong>da</strong>, que as mu<strong>da</strong>s aos 60 dias<br />

atingiram altura média de 30cm.<br />

Marques (1981), por sua vez, procedeu à semeadura diretamente em sacos<br />

plásticos com dimensões de 20cm x 15cm, colocando duas sementes por recipiente e<br />

observou que as mu<strong>da</strong>s depois de dois meses <strong>da</strong> semeadura, atingiram altura entre 20cm<br />

e 30cm, estando em condições de serem transferi<strong>da</strong>s para o campo.<br />

Falesi et al. (1996) produziram mu<strong>da</strong>s de paricá, realizando a semeadura<br />

diretamente em sacos plásticos com dimensões de 23cm x 17cm contendo uma mistura<br />

de terra preta, serragem, esterco e urina bovina e resíduo de forrageiras. A composição<br />

química do substrato pode ser observa<strong>da</strong> na Tabela 1.<br />

5


Tabela 1: Composição química do substrato utilizado para produção de mu<strong>da</strong>s de paricá<br />

Al Ca Mg K P C N MO<br />

p H<br />

(meq/100g) (ppm) (%) C/N<br />

6,2 0,0 4,0 3,2 366 93 4,50 0,28 7,72 16<br />

Fonte: Falesi et al, 1996<br />

Referidos pesquisadores constataram que o método mecânico, através <strong>da</strong><br />

escarificação <strong>da</strong>s sementes com esmeril, foi o mais eficiente no tratamento <strong>da</strong>s sementes,<br />

apresentando 90,78% de germinação aos 15 dias após a semeadura. As mu<strong>da</strong>s aos 45<br />

dias atingiram 57 cm de altura e 8 mm de diâmetro tendo condições para o plantio<br />

definitivo.<br />

No semeio realizado diretamente em tubetes, por empresas florestais, as mu<strong>da</strong>s<br />

de paricá apresentaram o sistema radicular bastante atrofiado, impróprias para o plantio<br />

no campo. A utilização de tubetes tem como vantagem o controle de doenças. No<br />

entanto, para que ocorra uma excelente germinação e o bom desenvolvimento do sistema<br />

radicular há necessi<strong>da</strong>de de utilizar um substrato especial (Sousa et al., 1997).<br />

Resultados obtidos por pesquisadores e empresas comprovam que as sementes<br />

<strong>da</strong> espécie apresentam excelente poder germinativo e consideram que a produção de<br />

mu<strong>da</strong>s não é problema para a implantação de plantios. De acordo com Pereira et al.<br />

(1982), as sementes de paricá podem ser armazena<strong>da</strong>s durante um período de,<br />

aproxima<strong>da</strong>mente, dois anos, sem que percam o seu poder germinativo. Porém, há<br />

necessi<strong>da</strong>de do desenvolvimento de estudos de melhoramento genético, técnicas de<br />

produção mais eficientes e determinar os custos de produção de mu<strong>da</strong>s.<br />

Por outro lado, para a implantação do projeto de reflorestamento deve haver a<br />

preocupação com a aquisição de mu<strong>da</strong>s de boa quali<strong>da</strong>de, sementes e substratos livres<br />

de agentes patogênicos. No caso de aquisição de mu<strong>da</strong>s, muitos produtores estão com<br />

valores superfaturados, justificando, tal prática, pelo fato de que as mu<strong>da</strong>s possuam<br />

certificação (Costa et al., 1998). Porém, o Ministério <strong>da</strong> Agricultura e do Abastecimento<br />

(MA), através <strong>da</strong> Delegacia Federal de Agricultura no Pará (DFA-PA), adverte que não<br />

existem mu<strong>da</strong>s certifica<strong>da</strong>s no Estado do Pará somente mu<strong>da</strong>s Fiscaliza<strong>da</strong>s.<br />

No entanto, mesmo com a crescente deman<strong>da</strong> por mu<strong>da</strong>s de essências florestais,<br />

só foram estabeleci<strong>da</strong> normas técnicas e padrões para produção de mu<strong>da</strong>s de castanhado-pará<br />

(Bertholletia excelsa H.B.K.) e açaizeiro (Euterpe oleracea Mart). Por esta razão,<br />

o MA-DFA está criando uma subcomissão para estabelecer normas e padrões para<br />

produção de mu<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s espécies que estão sendo utiliza<strong>da</strong>s em reflorestamento.<br />

6


2.2 PLANTIOS<br />

As empresas florestais estão desenvolvendo plantações de paricá em monocultura<br />

ou em sistemas consorciados com outras espécies de ciclo curto e/ou longo com a<br />

finali<strong>da</strong>de de testar vários tipos de espaçamentos e níveis de adubação. Os resultados<br />

obtidos nos experimentos serviram de base para as empresas definirem técnicas de<br />

manejo dos plantios <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> espécie.<br />

Na microrregião de Paragominas, algumas empresas florestais que já vêm<br />

desenvolvendo plantios de paricá em grande escala, realizam o preparo mecanizado <strong>da</strong><br />

área e definiram com base nos experimentos que a adubação no momento do plantio<br />

deveria ser uma mistura de 100g de superfosfato simples, ½ a 1 kg de fosfato natural e<br />

150g de NPK por planta.<br />

O período de setembro a janeiro foi definido como a melhor época para a<br />

realização dos plantios, pois observaram que quando realizados em fevereiro, as plantas<br />

apresentaram uma redução no crescimento devido a intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s chuvas. Além disso,<br />

estabeleceram que os espaçamentos 4,0m x 4,0m ou 4,5m x 4,5m são os mais<br />

adequados, visto permitir o bom crescimento <strong>da</strong> planta, além de facilitar a limpeza<br />

mecaniza<strong>da</strong> <strong>da</strong> área.<br />

Já nos plantios instalados por empresas florestais em Nova Timboteua, foi<br />

observado que o espaçamento 5m x 3m é o mais indicado por possibilitar a introdução de<br />

culturas de ciclo curto nas entrelinhas e facilitar a limpeza mecaniza<strong>da</strong>. O preparo <strong>da</strong> área<br />

vem sendo mecanizado e a adubação é realiza<strong>da</strong> durante o plantio.<br />

As instituições de pesquisa <strong>da</strong> Região 1 , também, estão desenvolvendo<br />

experimentos de paricá em diferentes sistemas de plantações: homogêneos, sistemas<br />

agroflorestais (SAF) e enriquecimento de capoeira. De acordo com Pereira et al. (1982),<br />

em pesquisa desenvolvi<strong>da</strong> no município de Bragança, foi definido que a época adequa<strong>da</strong><br />

para o plantio de paricá seria de janeiro/fevereiro, diferenciando portanto do período<br />

estabelecido pelas empresas <strong>da</strong> Microrregião de Paragominas.<br />

Uma outra controvérsia existente diz respeito ao espaçamento, pois no plantio de<br />

paricá conduzido por instituições de pesquisa foi adotado o espaçamento 3m x 3m, o que<br />

as empresas não recomen<strong>da</strong>m por dificultar a limpeza mecânica <strong>da</strong> área. Na Tabela 2<br />

são mostrados o local, i<strong>da</strong>de, sistema de plantio e o espaçamento dos experimentos <strong>da</strong><br />

espécie em questão, conduzidos por instituições de pesquisa <strong>da</strong> Região Norte.<br />

1<br />

Universi<strong>da</strong>de Federal do Acre, Embrapa <strong>Amazônia</strong> Oriental, Facu<strong>da</strong>de de Ciências Agrárias do Pará<br />

(FCAP) e outras<br />

7


Tabela 2: Espaçamento do paricá em diferentes sistemas de plantio testados por<br />

instituições de pesquisa <strong>da</strong> Região Norte.<br />

Paragominas (PA) 1<br />

Paragomimas (PA) 1<br />

Local I<strong>da</strong>de Sistema de plantio Espaçamento<br />

Ouro Preto D’Oeste-RO 2<br />

Altamira-PA 2<br />

Santa Inês (MA) 2<br />

Barcarena (PA) 3<br />

Bragança (PA) 4<br />

Rio Branco (AC) 5<br />

(meses) (m)<br />

36 Monocultura 3 x 3<br />

36 Consórcio *<br />

3 x 3<br />

- Consórcio (paricá x cacau) -<br />

- Consórcio (paricá x cacau) -<br />

- Consórcio (paricá x cacau) -<br />

32 Sistemas agroflorestais **<br />

10 x 10<br />

36 Monocultura 2,5 x 2,5<br />

108 Monocultura 2,5 x 2,5<br />

Fontes: 1: Marques, 1990; 2: Silva et al., 1986; 3: Ribeiro, 1997; 4: Pereira et al., 1982; 5:<br />

Meneses-Filho et al., 1995 (bloco 1 e bloco 2)<br />

Nota: * Consórcio de paricá, capim marandu e milho; ** Cupuaçuzeiro + paricá + banana prata-anã<br />

De acordo com os resultados obtidos no experimento de sistemas agroflorestais<br />

(paricá + cupuaçuzeiro + banana prata-anã), Ribeiro (1997), sugeriu o espaçamento 12m<br />

x 12m para o paricá e 6m x 6m para o cupuaçuzeiro, no intuito de evitar a competição por<br />

espaço e nutrientes entre as culturas.<br />

Nos plantios com espaçamento de 2,5m x 2,5m foi verificado que ocorre intensa<br />

competição por luz e nutrientes, afetando o desempenho <strong>da</strong>s árvores menos favoreci<strong>da</strong>s,<br />

e consequentemente, ocasionando a sua morte (Meneses-Filho et al., 1995). Por esta<br />

razão, os pesquisadores sugeriram a utilização de espaçamentos maiores.<br />

Cabe salientar que são imprescindíveis estudos para definir o espaçamento <strong>da</strong>s<br />

plantações de paricá conforme o uso de sua madeira. Segundo Carvalho (1996), o<br />

espaçamento atua diretamente no crescimento <strong>da</strong>s árvores e na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> madeira.<br />

Este pesquisador estu<strong>da</strong>ndo a espécie tatajuba (Bagassa guianensis Aubl.) sugeriu<br />

plantios com espaçamento maiores de 4m x 4m, para a obtenção de madeira resistente<br />

para a construção civil e plantios com espaçamento inferiores de 2m x 3m ou 3m x 3m<br />

para a obtenção de lâminas ou móveis finos.<br />

Com relação à adubação, até o momento não foi definido pela pesquisa os níveis<br />

necessários para a cultura de paricá. Porém, Marques (1990) obteve resultados<br />

satisfatórios no desenvolvimento de paricá, aplicando no momento do plantio <strong>da</strong>s<br />

espécies florestais (paricá, tatajuba e eucalipto) 50 g/planta de NPK na formulação de 15-<br />

8


25-12 e após 60 dias do plantio realizou uma outra adubação aplicando 130 g/planta de<br />

NPK <strong>da</strong> mesma formulação. No entanto, este pesquisador recomendou testar outros<br />

níveis de adubações química e orgânica para definir qual o nível que possibilite o<br />

aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de do paricá, do eucalipto e <strong>da</strong> tatajuba.<br />

2.3 TRATOS CULTURAIS<br />

Os tratos culturais tem como finali<strong>da</strong>de estimular o crescimento do povoamento<br />

florestal e manter condições ecológicas necessárias para o seu desenvolvimento.<br />

Assegurando, desta maneira, a redução do período necessário para o povoamento atingir<br />

o diâmetro mínimo para o corte final.<br />

As empresas florestais estão adotando nos plantios de paricá os seguintes tratos<br />

culturais: capina duas vezes ao ano; limpeza dos aceiros no verão (prevenção de<br />

incêndio); e combate de formiga realizado antes do plantio. Quando existe muita<br />

incidência de capim quicuio (Brachiaria humidicola) no local do plantio, alguns técnicos<br />

recomen<strong>da</strong>m capina até o terceiro mês de i<strong>da</strong>de e a partir do sexto mês, aplicação de<br />

herbici<strong>da</strong> Roundup para controlar o desenvolvimento do referido capim.<br />

Com relação ao desbaste dos plantios <strong>da</strong> espécie em questão, alguns técnicos<br />

programaram esta ativi<strong>da</strong>de de acordo com a possibili<strong>da</strong>de de aproveitamento <strong>da</strong> madeira<br />

pela fábrica, por isso definiram dois desbastes antes do corte final. O primeiro quando o<br />

plantio estiver com oito anos de i<strong>da</strong>de e quando serão elimina<strong>da</strong>s em torno de 28% do<br />

total de árvores. O segundo desbaste quando o plantio estiver com onze anos de i<strong>da</strong>de.<br />

Outro referencial que os técnicos determinaram para proceder o desbaste nos<br />

plantios é quando ocorre a estagnação do crescimento em área basal. Neste caso, serão<br />

elimina<strong>da</strong>s as árvores que estão pouco desenvolvi<strong>da</strong>s, propiciando, assim, abertura de<br />

espaço para estimular o crescimento do povoamento florestal.<br />

2.4 MONITORAMENTO DA PLANTAÇÃO<br />

O monitoramento <strong>da</strong> plantação consiste no acompanhamento do desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> floresta ao longo do tempo. Tal procedimento serve, também para detectar se há<br />

incidência de pragas e doenças, contribuindo, desta forma, para a toma<strong>da</strong> de<br />

providências antes <strong>da</strong> proliferação do problema.<br />

Para o monitoramento é necessária a realização de medições e observações<br />

periódicas no povoamento, no intuito de coletar <strong>da</strong>dos (diâmetro, altura e outros) para<br />

análise <strong>da</strong> floresta. Estes <strong>da</strong>dos são coletados em parcelas (uni<strong>da</strong>des de amostras)<br />

permanentes ou temporárias instala<strong>da</strong>s dentro do povoamento.<br />

A análise dos <strong>da</strong>dos coletados geram informações importantes sobre a dinâmica<br />

de crescimento <strong>da</strong> floresta e a situação <strong>da</strong>s árvores dentro do povoamento, tais como:<br />

árvores inteiras, quebra<strong>da</strong>s e infecta<strong>da</strong>s com pragas e doentes. Desta forma, pode-se<br />

9


prescrever os tratamentos silviculturais a serem aplicados e definir o período do corte<br />

final.<br />

Diante do exposto, ressalta-se a importância <strong>da</strong>s empresas realizarem o<br />

monitoramento <strong>da</strong> floresta, com objetivo de obter informações que subsidiem um manejo<br />

adequado dos plantios, resultando no sucesso do empreendimento.<br />

10


3 COMPORTAMENTO DA ESPÉCIE DE PARICÁ EM PLANTIOS<br />

A espécie até o momento vem apresentando bom desenvolvimento em plantios<br />

homogêneos ou consorciados com espécies de ciclo longo e curto conduzidos por<br />

empresas florestais (Figura 1). Nestes plantios, a espécie está apresentando crescimento<br />

acelerado e demonstrando ser resistente ao ataque de pragas e doenças.<br />

Figura1: Plantio de paricá na Microrregião de Paragominas-PA vista frontal (a) e vista<br />

lateral (b)<br />

Nos experimentos com paricá desenvolvidos por instituições de pesquisa <strong>da</strong><br />

Região foram avaliados o comportamento <strong>da</strong> espécie em diferentes sistemas de plantio<br />

como: sistemas agroflorestais, em monocultura, enriquecimento de capoeira e consórcios<br />

com espécies florestais com o mesmo ritmo de crescimento.<br />

Para tanto, foram analisados os resultados obtidos com sobrevivência,<br />

crescimento em altura, crescimento em DAP (diâmetro a 1,30m do solo), entre outras<br />

variáveis importantes para a avaliação do comportamento <strong>da</strong> espécie. A seguir serão<br />

descritos os resultados obtidos a partir <strong>da</strong>s principais variáveis observa<strong>da</strong>s.<br />

11


3.1 SOBREVIVÊNCIA<br />

O paricá apresenta elevado índice de sobrevivência no campo em torno de 97,8%<br />

independentemente do sistema de plantio que está sendo adotado. Esta é uma<br />

característica positiva para sua manutenção em projetos de reflorestamentos ou sistemas<br />

agroflorestais.<br />

Tabela 3: Sobrevivência do paricá em diferentes sistemas de plantios.<br />

Paragominas (PA) 1<br />

Paragomimas (PA) 1<br />

Barcarena 2<br />

Bragança 3<br />

Local I<strong>da</strong>de Sistema de plantio Sobrevivência<br />

(meses) (%)<br />

Rio Branco (AC) (bloco 1) 4<br />

Rio Branco (AC) (bloco 2) 4<br />

Rio Branco (AC) 4<br />

36 Monocultura 98,8<br />

36 Consórcio 95,5<br />

32 Sistemas agroflorestais 100,0<br />

36 Monocultura 97,2<br />

108 Monocultura 18,8<br />

108 Monocultura 25<br />

84 Capoeira (enriquecimento) 33<br />

Fonte:1: Marques, 1990; 2: Ribeiro, 1997; 3: Pereira et al., 1982; 4: Meneses-Filho et al.,1995<br />

A espécie para atingir elevado índice de sobrevivência no campo necessita que os<br />

plantios sejam manejados adequa<strong>da</strong>mente. Segundo Meneses-Filho et al. (1995) as<br />

baixas taxas de sobrevivência apresenta<strong>da</strong>s no enriquecimento de capoeira aos sete<br />

anos e nos plantios de paricá aos nove anos, no Parque Zoobotânico (Rio Branco-Acre),<br />

foram ocasiona<strong>da</strong>s pela competição por luz e nutrientes. No entanto, o problema<br />

relacionado à competição pode ser solucionado com a instalação de plantios com<br />

espaçamentos superiores a 2,5m x 2,5m e um manejo mais adequado <strong>da</strong> espécie na<br />

capoeira.<br />

3.2 CRESCIMENTO<br />

Conforme comprovam os resultados dos experimentos conduzidos na Região, a<br />

espécie apresenta rápido crescimento, considerado a sua principal característica. Os<br />

resultados obtidos no crescimento em altura e diâmetro de paricá nos experimentos<br />

conduzidos por instituições de pesquisa são mostrados na Tabela 4.<br />

12


Tabela 4: Crescimento em altura e diâmetro (DAP) de paricá em diferentes sistemas de<br />

plantio.<br />

Paragominas (PA) 1<br />

Paragomimas (PA) 1<br />

Local I<strong>da</strong>de* Sistema de plantio Altura (m) DAP(cm)<br />

Ouro Preto D’Oeste-RO 2<br />

Altamira-PA 2<br />

Santa Inês (PA) 2<br />

Barcarena 3<br />

Bragança 4<br />

Rio Branco (AC) bloco 1 5<br />

Rio Branco (AC) bloco 2 5<br />

Rio Branco (AC) 5<br />

Meses Total IMA* Total IMA<br />

36 Monocultura 5,93 1,9 6,59 2,2<br />

36 Consórcio 10,84 3,6 10,06 3,3<br />

- Consórcio (paricá x<br />

cacau)<br />

- Consórcio (paricá x<br />

cacau)<br />

- Consórcio (paricá x<br />

cacau)<br />

32 Sistemas<br />

agroflorestais<br />

- 2,5 - 3,2<br />

- 2,6 - 3,8<br />

- 1,6 - 2,0<br />

13,16 4,8 13,76 5,1<br />

36 Monocultura 6,44 2,1 6,6 2,2<br />

108 Monocultura 8,2 1,05 - -<br />

108 Monocultura 10,8 1,05 - -<br />

84 Capoeira<br />

(enriquecimento)<br />

15,4 2,20 - -<br />

Fontes: 1: Marques, 1990; 2: Silva et al, 1986; 3: Ribeiro, 1997; 4: Pereira et al, 1982; 5: Meneses-Filho et al,<br />

1995<br />

Nota: *incremento médio anual (IMA)<br />

Marques (1990), constatou que o paricá consorciado com milho e capim-marandu<br />

obteve melhores resultados no crescimento em altura e em diâmetro do que as espécies<br />

Bagassa guianensis (tatajuba) e Eucalyptus tereticornis Smith (eucalipto).<br />

No sistema agroflorestal localizado no município de Barcarena-PA, o paricá<br />

mesmo possuindo copa alta e rala que restringe sua utilização para sombreamento, foi<br />

considerado a espécie mais promissora para compor SAF por apresentar rápido<br />

crescimento e madeira com eleva<strong>da</strong> cotação no mercado (Ribeiro, 1997).<br />

De acordo com Pereira et al. (1982) devido ao ritmo de crescimento <strong>da</strong> espécie,<br />

atingindo grandes alturas em pouco tempo, está sujeita a ação dos ventos, o que provoca<br />

a inclinação do fuste de algumas árvores. Por esta razão, recomen<strong>da</strong>-se a utilização de<br />

uma cortina de abrigos ou plantios consorciados com espécies que tenham o mesmo<br />

ritmo de crescimento.<br />

No Parque Zoobotânico (AC), os plantios a pleno sol com espaçamento de 2,5m<br />

x 2,5m e em capoeira com 9m de altura apesar dos baixos percentuais de sobrevivência<br />

apresentaram crescimento acelerado (Meneses-Filho et al., 1995). Na capoeira o<br />

crescimento foi o dobro do obtido nos plantios a pleno sol. Este crescimento foi favorecido<br />

pelo sombreamento do paricá nos primeiros anos de vi<strong>da</strong>.<br />

13


3.3 PRAGAS E DOENÇAS<br />

Os plantios puros de espécies nativas são mais suscetíveis à proliferação de<br />

pragas e doenças. Por isto, muitos pesquisadores indicam os plantios em consórcios pois<br />

diversificam o número de espécie por área, favorecendo o desenvolvimento <strong>da</strong>s mesmas.<br />

No entanto, o paricá vem demonstrando ser uma espécie bastante resistente às<br />

pragas e doenças, tanto em plantios puros como em consórcios. Até o momento a única<br />

praga detecta<strong>da</strong> foi de uma lagarta (não identifica<strong>da</strong>), controla<strong>da</strong> antes que causasse<br />

<strong>da</strong>nos irreversíveis ao povoamento florestal, não sendo registra<strong>da</strong> per<strong>da</strong> por mortali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s árvores causa<strong>da</strong> pela referi<strong>da</strong> praga (Figura 2).<br />

Figura. 2: Plantio de paricá atacado com lagarta na<br />

Microrregião de Paragominas<br />

Porém, como o paricá assemelha-se bastante ao guapuruvu, torna-se importante<br />

comentar algumas pragas cita<strong>da</strong>s por Carvalho (1994) que atacam os plantios dessa<br />

cultura, tais como:<br />

14


• broca <strong>da</strong> madeira (Acanthoderes jaspidea): a principal praga que ataca plantios<br />

de guapuruvu, principalmente, nos primeiros quatro anos de vi<strong>da</strong>;<br />

• coleobroca (Micrapate brasiliensis): causa o broqueamento dos ramos;<br />

• serradores (Oncideres dejeani e Oncideres saga): <strong>da</strong>nos leves no ramo;<br />

• mosca <strong>da</strong> madeira (Rhaphiorhynchus pictus): <strong>da</strong>nos no tronco.<br />

Estas informações são importante para alertar o silvicultor sobre as possíveis<br />

pragas que podem atacar plantações de paricá, e assim, estimulá-lo a buscar informações<br />

sobre as áreas de ocorrência natural <strong>da</strong>s pragas e tomar medi<strong>da</strong>s de prevenção e<br />

controle.<br />

Com relação à doença, foi constato no período chuvoso a crosta negra <strong>da</strong>s folhas<br />

causa<strong>da</strong> pelo fundo Phylachora schizolobii. A planta demonstrou ser resistente a doença ,<br />

pois após a mu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong>s folhas continuou com seu crescimento normal, não havendo<br />

necessi<strong>da</strong>de de medi<strong>da</strong>s de controle especificas (Silva et al.).<br />

15


4 CARACTERÍSTICAS E USOS DA MADEIRA<br />

A madeira de paricá é considera<strong>da</strong> leve (0,30 g/cm 3 ) de coloração branca, sendo<br />

indica<strong>da</strong> para a construção de forros, fabricação de palitos e canoas (Le Cointe,1947).<br />

Assim como, fornece celulose de boa quali<strong>da</strong>de, pois o fácil branqueamento permite a<br />

fabricação de papel branqueado com excelente resistência (Pereira et al,1982).<br />

No entanto, a madeira dessa espécie está sendo bastante utiliza<strong>da</strong> na produção<br />

de lâminas para compensados (Carvalho, 1994). A madeira apresenta fácil<br />

trabalhabili<strong>da</strong>de, textura média ( diâmetro dos poros de 110 a 100 µ) e grã cruza<strong>da</strong> ondula<br />

(Melo et al., 1989).<br />

Estes pesquisadores constataram a indisponibili<strong>da</strong>de de informações sobre a<br />

durabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> madeira de paricá (resistência ao ataque de fungos e insetos) que indica<br />

a necessi<strong>da</strong>de de utilização de tratamentos preservativos <strong>da</strong> madeira antes do seu uso<br />

final. Na Tabela 5 podem ser observa<strong>da</strong>s as proprie<strong>da</strong>des mecânicas <strong>da</strong> madeira <strong>da</strong><br />

referi<strong>da</strong> espécie.<br />

Tabela 5: Proprie<strong>da</strong>des mecânicas <strong>da</strong> madeira do paricá<br />

Condições Flexão estática Tração<br />

Ruptura (kg/cm 2 ) Elastici<strong>da</strong>de<br />

(1000 kg/cm 2 Perpendicular as fibras<br />

)<br />

(kg/cm 2 )<br />

Verde 543 93 34<br />

Seca 562 82 27<br />

Compressão (kg/cm 2 ) Cisalhamento<br />

Paralela as fibras Perpendicular as fibras Máxima resistência (kg/cm 2 )<br />

Verde 236 44 74<br />

Seca 347 46 111<br />

Dureza Janka<br />

Paralela (kg) Transversal (kg)<br />

Verde 387 331<br />

Seca 466 274<br />

Fonte: Melo, 1989; Nota: verde = madeira satura<strong>da</strong> e seca = madeira seca ao ar com 12% de umi<strong>da</strong>de<br />

16


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES<br />

De acordo com as informações <strong>da</strong>s empresas florestais e instituições de pesquisa<br />

verificamos que a espécie Schizolobium amazonicum Huber apresenta características<br />

fun<strong>da</strong>mentais as quais indicam o seu potencial para compor plantios em escala comercial<br />

e sistemas agroflorestais.<br />

No entanto, apesar dos trabalhos realizados e o crescente aumento <strong>da</strong>s áreas de<br />

cultivo com paricá, as instituições de pesquisa dispõem de poucas informações técnicas,<br />

sendo que a maioria delas, ain<strong>da</strong>, necessita ser vali<strong>da</strong><strong>da</strong> por empresas do setor. Por esta<br />

razão, há urgência que sejam desenvolvidos mais estudos para definir melhor a<br />

silvicultura <strong>da</strong> espécie, assim como, análise econômica com o objetivo de determinar os<br />

custos e benefícios dos plantios.<br />

Ademais, para que os plantios sejam competitivos, as empresas devem se<br />

modernizar com equipamentos apropriados para o aproveitamento <strong>da</strong> madeira. Além<br />

disto, estabeleçam o monitoramento <strong>da</strong>s plantações para acompanhar o desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> espécie e coletar <strong>da</strong>dos para <strong>da</strong>r suporte a pesquisa.<br />

Desta forma, as empresas e as instituições de pesquisa poderão prescrever os<br />

tratos culturais, inclusive a época do desbaste que são informações importantes para o<br />

manejo dos plantios de paricá.<br />

O manejo possibilitará às empresas se enquadrarem nas normas estabeleci<strong>da</strong>s<br />

para a obtenção <strong>da</strong> certificação comprovando que os produtos florestais são oriundos de<br />

áreas de bom manejo. Com a certificação as empresas poderão conseguir melhores<br />

preços para os seus produtos no mercado externo.<br />

Os projetos aprovados pelas instituições de financiamento dentro dos Programas<br />

que fomentam ativi<strong>da</strong>des do setor florestal <strong>da</strong> Região Norte, devem ser acompanhados<br />

em to<strong>da</strong>s as fases pelos técnicos <strong>da</strong>s instituições de financiamento e assistidos por<br />

profissionais habilitados.<br />

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA<br />

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mecânicas <strong>da</strong> madeira de Bagassa guianensis Aubl. (tatajuba), no planalto de<br />

Belterra, PA. Belém, 1996. 176 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) -<br />

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CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomen<strong>da</strong>ções silviculturais,<br />

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<strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong>. COTEC, 1998. p. 8-16. (Informe Rural, 1).<br />

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amazonicum Huber). Belém: FCAP, 1996. 16 p. (Informe Técnico, 20)<br />

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Nacional, 1947. 496 p. (Brasiliana, 251).<br />

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substitutas do mogno (Swietenia macrophilla King.). Brasília: IBAMA, 1989. 16 p.<br />

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MENESES-FILHO, L. C. de L. FERRAZ, P. de A. PINHA, et al. Comportamento de 24<br />

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Anais... Belém: EMBRAPA-CPATU, 1986. v. 4, p.443-449.<br />

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projeto de reflorestamento no município de Santo Antônio do Tauá-PA. EMBRAPA-<br />

CPATU, 1998. 8 p. Não publicado.<br />

18


SOUSA, W. de, COSTA, B. Substrato consoli<strong>da</strong> tecnologia do plantio de mu<strong>da</strong>s.<br />

Manchete Rural, Rio de Janeiro, v. 10, n. 124, p. 9-16, out. 1997.<br />

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