Turismo Ecossocial, Educação Ambiental e Capacitação - Banco da ...

Turismo Ecossocial, 

Educação Ambiental e 

Capacitação 

• • • 

Kleber Augusto Bechara de Oliveira 

Novo Airão - AM

A equação a resolver: 

Como conciliar o econômico, o social e o ecológico num conjunto de ações integradas, que possa 

levar a sociedade a patamares de evolução e resultados inéditos, que jamais seriam atingidos 

pelas estratégias fragmentadas de desenvolvimento que prevalecem hoje? 

Indice Geral: 

Introdução................3 

Sumário executivo................5 

Ramos, empresas, produtos e serviços..............15 

Necessidades e competências..............21 

Tecnologias, conhecimentos e infra-estrutura necessários..............24 

Planos de atração de participantes e apoiadores..............27 

Plano de implantação e operações..............32 

Governança do ecossistema / Processo decisório coletivo..............37 

Cronograma geral..............40 

Riscos críticos, problemas e premissas..............43 

Apêndice 1 - Planilhas..............45 

Apêndice 2 - Atrações turísticas da região..............65 

1

1) Introdução 

Muito se discute sobre o alarmante progresso da devastação e utilização predatória dos 

recursos naturais da Amazônia pelo homem. Sempre ouvimos nos jornais notícias em tom 

alarmante sobre crimes ambientais, verdadeiras “atrocidades” cometidas pelos habitantes 

desta que é a última fronteira agrícola do país. 

Muito se discute, muito se alardeia, e os olhos da opinião pública quase sempre recaem 

sobre os desestruturados órgãos de fiscalização ambiental. Pensa-se muito em 

fiscalização, proibição, punição... Pouco em educação... concientização... em alternativas 

econômicas sustentáveis. 

“Não temos política agrícola e só podemos plantar em 20% de nossas terras. 

Além disso, não podemos queimar nem temos acesso a máquinas.” 1 

Ora, o caboclo da Amazônia está apenas tentando sobreviver com as ferramentas de que 

dispõe. 

Tomado por um profundo sentimento de injustiça e amparado pela impunidade, faz o que 

acredita ser o certo, perpetuando práticas centenárias herdadas de seus antepassados. 

Pensando exclusivamente na garantia do sustento de sua familia, são incapazes de 

aceitar que a natureza não está mais “dando conta do recado”. Dentro deste pensamento 

imediatista, sua leitura chega muitas vezes a encarar o escasseamento dos recursos 

naturais como castigo de Deus pela intervenção do homem, na figura do IBAMA, 

interferindo com leis humanas na premissa “o que Deus dá nunca se acaba” (ver “A 

Próxima Refeição" - videodocumentário em anexo). E se a televisão lhe mostra um mundo 

repleto de bens materiais, que trarão comodidade e conforto para sua família, qual será a 

maneira de ganhar dinheiro para adquiri-los? Dentro de suas possibilidades e 

conhecimentos? 

>> Explorando a floresta. 

Em nossa visão, não há como falar em preservação da bio-diversidade na amazônia sem 

antes trabalhar a questão econômico-cultural da população que nela habita, os caboclos 

ribeirinhos, os verdadeiros donos da amazônia. É como querer apagar um incêndio 

direcionando o jato d’água sempre na ponta da labareda. Pode-se até apagá-lo, mas a 

que custo? 

E se o gargalo de todo este entrave não é apenas econômico, mas também cultural, são 

necessários projetos de longo prazo, que operem na compreensão sintomática dos 

problemas por parte de quem os causa. Auto-compreensão que leva a auto-gestão – 

assim a continuidade de qualquer projeto estará assegurada por gerações. 

1 Getulio de Souza – Ribeirinho da comunidade Nossa Senhora do Carmo, em Silves – Entrevista a Maura Campanili 

2

O Turismo e o Desenvolvimento Sustentável 

A Amazônia é um dos principais cartões postais do Brasil e fonte de intensa preocupação 

mundo afora. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (Veja on-line), o turismo na 

região poderia render até 13 bilhões de dólares por ano. A realidade, no entanto, está 

muito abaixo das expectativas: de acordo com a Secretaria de Turismo do Estado do 

Amazonas, desembarcaram em 2003 cerca de 530.000 pessoas, projetando em nossos 

cálculos uma renda abaixo dos 500 mil dólares - apesar do número crescente de 

companhias de navegação que incluem a Amazônia em roteiros que se iniciam no Caribe, 

nos Estados Unidos ou na Europa. 

Os turistas que aqui desembarcam caracterizam-se por terem um certo espírito 

aventureiro e serem mais ricos que os turistas comuns, gastando em média 135 dólares 

por dia com a compra de artesanato e passeios de barco 2 . Como Ecoturistas, 

caracterizam-se ainda pela crescente conscientização ambiental e social, e vinculam 

muitas vezes suas ações à responsabilidade social. Nosso projeto faz uso desta 

tendência e a amplifica, introduzindo um novo conceito turistico: 

O Turista Eco-Social está atento não apenas à vida selvagem dos sítios visitados, mas 

também à vida social e cultural de seus habitantes humanos, no intercâmbio, e no quanto 

isso pode enriquecer sua própria visão de mundo. 

Comunidade Feliz, Amazônia Preservada é um projeto de turismo eco-social, educação 

ambiental e capacitação profissional que pretende minimizar os problemas ambientais, 

econômicos e sociais nas áreas onde for implementado, trabalhando na origem da 

questão: o ser humano e seu modelo tradicional de ocupação territorial e progresso 

econômico. Não com uma abordagem impositiva, mas através da auto-concientização 

dirigida, num processo que emane de dentro pra fora. Consistente, e verdadeiro. 

2 Veja on-line 

>> Turismo Eco-Social

2) Sumário executivo 

2.1) A Concepção do Ecossistema de Negócios 

Necessidades 

• As populações ribeirinhas, que 

observam cada vez mais os 

recursos naturais para sua 

subsistência se extinguindo e seu 

modo de vida extrativista 

entrando na ilegalidade, 

demandam com urgência 

soluções econômicas alternativas 

para o sustento de suas 

familias. 

• Pesquisadores, naturalistas e a 

comunidade científica mundial 

demandam por ecossistemas 

estáveis, onde a biodiversidade 

se desenvolva sem a 

interferência predadora do 

homem. 

• Ecoturistas do mundo inteiro 

sonham em conhecer paraísos 

selvagens, santuários ecológicos 

intocados, onde possam 

reenergizarem-se e fugir do 

stress da vida moderna, bem 

como conhecer culturas 

diferentes e genuinas. 

• Empresas socialmente responsáveis 

procuram projetos de 

desenvolvimento sustenta-vel 

para associar sua marca à 

preservação ambiental do planeta 

e ganhar prestigio perante seus 

consumidores. 

• Cidadãos de bem procuram 

uma boa causa para investir seu 

dinheiro, aliando lazer à 

responsabilidade social. 

Empreendimentosfim 

• Projeto “Comunidade 

Feliz, Amazônia 

Preservada”, que 

engloba: 

• Cruzeiros turisticos 

ecológico-sociais, 

operados por um pool 

de empresas locais. 

• Amplo projeto de 

educação ambiental 

nas comunidades 

ribeirinhas, financiado 

por empresas e 

ecoturistas socialmente 

responsáveis. 

• Obras de 

infraestrutura e 

saneamento, acesso a 

bens e serviços nas 

comunidades, visando 

melhoria de vida, 

resgate da cultura 

ribeirinha e condições 

adequadas para 

receber turistas. 

• Amplo projeto de 

capaci-tação e 

profissionalização de 

mão de obra local para 

atender a demanda 

turistica e realizar o 

manejo sustentável dos 

recursos naturais. 

• Viabilização de 

insumos e 

equipamentos para 

gestão das atividades. 

Competências 

• Planos distintos de 

comunicação e mkt dirigidos 

a motivação de (1) 

Empresas Socialmente 

Responsáveis e (2) Turistas 

Eco-Sociais, capaz de 

sensibiliza-los ao diferencial 

do produto/serviço e à 

importância da preser-vação 

ambiental e cul-tural do 

ecossistema amazônico. 

• Conhecimento da 

realidade e cultura locais. 

Capacidade de diálogo 

pleno com a população 

ribeirinha. Gestão 

comunitária. Pedagogia. 

• Prestação de serviços 

ecoturisticos adequado a 

realidade e logistica 

complicada da região. 

• Capacidade de promover o 

diálogo multi-nacional e 

multilateral entre ONGs e 

governos objetivando 

parcerias que facilitem os 

esforços de midia e 

divulgação em prol do 

projeto. 

• Permacultura. Eco-vilas 

sustentáveis na amazônia. 

Difusão de manejo e 

conhecimento autosustentável. 

Empreendimentos-meio 

• Agências e profissionais de 

comunicação para 

criação/execução de 

campanhas de marketing, 

peças publicitárias e 

websites. 

• Criação de um corpo 

docente: pedagogos, 

agrônomos, antropólogos e 

biólogos envolvidos na 

elaboração das cartilhas de 

educação ambiental, e 

posterior monitoramento das 

atividades curriculares. 

• Criação de uma classe de 

prestadores de serviço: Guias 

turisticos locais, canoeiros, 

artesãos, coletores, 

cozinheiras, agentes de 

saúde, agentes culturais, 

professores. Pedreiros e 

carpinteiros para execução 

das benfeitorias nas 

comunidades. 

• Beneficiamento de toda 

cadeia de prestação de 

serviços a navegação fluvial: 

Estaleiros navais, mecanicos, 

marinheiros, tripulação em 

geral. 

• Canais de vendas: Agencias 

de turismo, agentes de 

networking pessoal, 

organização de eventos. 

4

Turismo Eco-Social é um novo conceito turistico diretamente relacionado com o bemestar 

e o desenvolvimento sustentável do ecossistema visitado. Une o setor produtivo ao 

setor social, obtendo recursos oriundos da concientização social de empresas e cidadãos 

de bem do mundo inteiro que: 

• procuram unir com ; 

• queiram participar e associar sua imagem (brand-value) ao desenvolvimento 

sustentável da amazônia, e a todos os beneficios que isto trará a humanidade; 

• enquanto empresa, buscam reconhecimento junto a seus consumidores; 

• identificam-se com causas ambientais, culturais e humanas; 

• desejam conhecer uma amazônia preservada, com atrativos turisticos 

exclusivos, a bordo de um cruzeiro fluvial de primeira classe. 

Sob o titulo “Adote uma Criança Ribeirinha na Amazônia”, os pacotes turístico-sociais 

serão a força motriz que desencadeará todas as outras ações: 

• os cruzeiros fluviais; 

• o processo de educação ambiental; 

• a capacitação e profissionalização da mão de obra local; 

• a estruturação e o acesso da comunidade a bens e serviços; 

• o manejo dos recursos naturais e de sua cadeia produtiva; 

• a geração de know-how; 

• a preservação de espécies em extinção (animais e vegetais); 

• o incentivo à agricultura orgânica de subsistência; 

• a criação de viveres; 

• diminuição das queimadas e desmatamento para expansão das áreas de 

plantio; 

• geração de facilitadores e multiplicadores. 

Lá na outra ponta do processo, nos canais de venda, a Empresa Amiga da Amazônia e 

o Turista Eco-Social estarão adquirindo um pacote turistico muito especial: incluso o 

futuro de uma vida. 

2.2) Turismo Eco-Social 

+ + + + + + . 

• Um ecossistema de negócios que fideliza o turista, e gera renda para o caboclo; 

• Que cria vínculos pessoais entre seus stakeholders; 

• Que transforma caçadores em guias de selva, madeireiros em artesãos, 

pescadores profissionais em canoeiros. 

A Empresa Amiga da Amazônia e o Turista Eco-Social formam 

juntos o que chamaremos neste projeto de Benfeitores Eco- 

Sociais - BES, que serão então os responsáveis pela formação de 

uma nova geração de ribeirinhos dentro do programa Comunidade 

Feliz, Amazônia Preservada, onde gradualmente as Comunidades 

Ribeirinhas se converterão em Eco-Vilas Sustentáveis. Uma 

5

Crianças da comunidade do Apuaú, margem esquerda do baixo rio Negro 

2.3) Oportunidade e Estratégia de Execução 

Como funciona 

Ao adquirir um Pacote Eco-Social, o BES usufruirá de alguns benefícios turisticos únicos, 

e conquistará certificações que o qualificarão como Empresa Amiga da Amazônia ou, no 

caso de pessoa física, um Turista Eco-Social (para detalhamento dos beneficios e 

certificações, veja item 6). 

Incluso no pacote está um cruzeiro fluvial de 4 dias em embarcação padrão luxo, com 

tripulação treinada, regime de pensão completa, camarotes climatizados, e todo conforto 

e segurança dignos de um cruzeiro de primeira classe pelas águas da amazônia. Os 

roteiros compreendem passeios ecológicos ao longo do traslado, dentro do melhor padrão 

das empresas associadas a AOBT - Associação dos Operadores de Barco de Turismo 

da Amazônia, com permanência de pelo menos 2 dias na comunidade onde reside a 

6

criança adotada, onde o BES conhecerá um modelo consolidado de Eco-Vila Sustentável, 

com programas de educação ambiental, agricultura orgânica, criação de víveres, agentes 

culturais da cultura cabocla, prática de costumes genuinos e atrações selvagens 

preservadas (para detalhamento das opçoes de pacotes veja itens 3.3, 6.1.1 e 6.1.2). 

A comunidade, por sua vez, já estará preparada para recebê-lo. As obras de infraestrutura 

já foram realizadas, a mão de obra treinada e as funções delegadas. As 

atrações foram identificadas e preparadas: está tudo pronto para receber a demanda 

turistica criada pela campanha de marketing. 

>> Venha visitar as Eco-Vilas Culturais da Floresta Amazônica. 

2.4) Benefícios esperados e projeções 

Os benefícios são de ordem econômica, ambiental, educacional, social e cultural. 

2.4.1) Benefícios econômicos 

Geração de renda para uma ampla cadeia de serviços turisticos, incluindo as 

comunidades visitadas, dentre empregos diretos e indiretos com mão de obra fixa, 

terceirizada e autônoma. 

• Apenas da AOBT serão 20 empresas envolvidas e um staff considerável de 

funcionários fixos (cerca de 180 famílias), dentre comandantes, marinheiros, 

cozinheiras, arrumadeiras, garçoms, guias, vigias. 

• Da cadeia agregada de serviços para navegação fluvial temos: estaleiros, 

mecânicos, carpinteiros, serralheiros, calafates, engenheiros, pintores, fibreiros, 

vigias. (mão de obra terceirizada). 

• Para atender o fluxo turistico que desembarca na comunidade, os próprios 

moradores se organizarão em guias locais, mateiros, práticos, canoeiros, artesãos, 

coletores, cozinheiras, agentes culturais, ajudantes e aprendizes-mirim em geral. 

(mão de obra contratada por expedição) 

• Proveniente do Fundo Acadêmico-Social, estarão diretamente envolvidos no 

projeto profissionais de nivel universitário: pedagogos, professores, biólogos, 

ecólogos, antropólogos, agrônomos, saneadores. (mão de obra fixa) 

• Para manter os serviços básicos internos, sobretudo alimentação, haverão os 

comunitários responsáveis pela agricultura e criação de viveres (galinhas, patos, 

pacas, quelônios, jacamins), dentro do conceito de permacultura comunitária. (mão 

de obra autônoma) 

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• Realizando as benfeitorias e obras de infra-estrutura haverá o engenheiro 

responsável e, dentre os comunitários, carpinteiros, pedreiros, encanadores e 

ajudantes. (mão de obra contratada por empreitada). 

• Ainda dentre os comunitários haverá o presidente da comunidade, e sob sua 

responsabilidade os vigilantes do patrimônio físico (equipamentos) e do patrimônio 

natural (atrações turisticas da região e mananciais) (mão de obra fixa). 

• Na outra ponta, operando os canais de venda, estarão as Agências de Turismo, a 

webhouse responsável pelo desenvolvimento do website e os agentes de 

networking pessoal. (mão de obra terceirizada) 

• E por fim, dando inicio a todo este processo, a Agência de Publicidade responsável 

pela Campanha de Divulgação. (mão de obra terceirizada) 

2.4.2) Beneficios Ambientais 

Toda uma cadeia produtiva hoje calcada na exploração predatória dos recursos naturais 

será gradualmente convertida para uma cadeia de produção auto-sustentável: 

• As necessidades de exploração predatória desaparecerão gradualmente, uma vez 

que o ciclo vicioso atual será substituído por um ciclo sustentável, dentro do 

mesmo ambiente de ação (floresta). Ex.: o madeireiro torna-se um guia mateiro 

que ao invés de derrubar uma árvore de grande porte, utiliza-a em pé como 

atração turistica. 

• As necessidades de alimentação serão gradualmente supridas pela agrofloresta e 

criação de viveres (galinhas, patos, peixes, quelônios), sob a orientação de um 

permacultor e também introduzindo técnicas inovadoras de criação de animais 

silvestres em cativeiro para abate, como a paca (agouti paca). 

• As necessidades econômicas serão em grande parte supridas pela cadeia de 

prestação de serviços ecoturisticos, os quais prescrevem ecossistemas ambientais 

preservados. 

• A questões de saneamento e limpeza da comunidade serão supridas pelas obras 

de infra-estrutura, como fossas a aterro sanitário; 

• A cultura extrativista predatória, com pouca ou quase nenhuma conciência 

ecológica, será gradualmente resolvida pelo processo de educação ambiental 

escolar. 

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• Em cada comunidade atendida pelo projeto também serão identificados hot-spots 

turisticos, atrações e mananciais que deverão ser preservados para a atividade 

ecoturistica, como lagos, cachoeiras, praias, furos, paranás, trilhas interpretativas 

em floresta primária, grutas e espécimes vegetais raras no meio da selva, plantas 

medicinais, árvores gigantes, etc., afora o que já sejam áreas pertencentes a 

unidades de conservação governamentais. 

Visto do alto não parece, mas devido a alta incidência de extração ilegal de madeira, a vegetação do setor 

sul de Anavilhanas, por sua proximidade a Manaus, é quase só capoeira. 

• Uma vez consolidado o processo, atingido um equilibrio ambiental e econômico, 

será estimulada a conversão da área em que os comunitários atuam de APA (Área 

de Proteção Ambiental) para RESEX (Reserva Extrativista), um espaço comunitário 

que afasta a possibilidade futura, preservada por lei, da expansão do agro-negócio 

nos moldes tradicionais de pastagens e plantações em larga escala. 

2.4.3) Benefícios Educacionais 

Educação de qualidade, com conciência ecológica e valorização da cultura local. 

Através de uma parceria com a comunidade e a secretaria de ensino do municipio onde a 

Eco_Vila será implementada, professores contratados pelo projeto “Comunidade Feliz, 

Amazônia Preservada” ministrarão por cerca de 2 horas diárias (ou segundo acordo 

firmado entre o município e o staff acadêmico do projeto) atividades ao ar livre e em sala 

de aula, adicionais ao horário regular, na Escolinha do Desenvolvimento Sustentável 

(obra construida pelo projeto). 

Serão atividades tais como: 

• aulas de educação ambiental; 

9

• história e cultura cabocla; 

• artesanato; 

• biologia local; 

• ecoturismo; 

• saneamento básico; 

• noções de manejo sustentável; 

• inclusão digital; 

• brincadeiras e atividades ao ar livre; 

todas previstas na cartilha que hora chamaremos de “Cartilha da Cidadania Ribeirinha”, 

elaborada por um conjunto de reconhecidos profissionais do meio acadêmico e científico, 

que já tenham residência mínima de 2 anos na região e portanto conhecam o modusvivendi 

da cultura cabocla. Deverão ainda pertencer a reconhecidas instituições de ensino 

como Universidades Federais e Estaduais da Amazônia, Institutos de Pesquisa, ONGs 

com ampla atuação na região amazônica e com alguma experiência prévia em ministrar 

programas de educação ambiental. 

2.4.4) Benefícios Sociais 

Amar e ser amado. Sentir-se aceito, inserido em sua sociedade. Desde cedo perceber 

que, além de sua comunidade, há um mundo inteiro preocupado com seu 

desenvolvimento, e investindo nele, para que seu estilo de vida e sua cultura se 

perpetuem sem prejudicar o meio-ambiente e a si próprio. Ser grato e desenvolver valores 

de retribição a este investimento, perpetuando e replicando esta nova conciência 

adquirida. 

Ter acesso a uma educação de qualidade, a inclusão digital, a serviços básicos de saúde 

e saneamento, a luz elétrica, ao intercâmbio cultural com cidadãos socialmente 

responsáveis de todo o mundo. 

2.4.5) Beneficios Culturais 

A valorização de sua própria cultura é fundamental para que o ciclo deste ecossistema de 

negócios renove-se a cada geração que passa, protagonizando um modelo de sucesso a 

longo prazo. Entendendo-se que todo este fluxo de capital deixado pela atividade turistica 

eco-social se dá sobretudo pelo interesse das pessoas pela cultura genuina cabocla, e 

pela farta bio-diversidade e beleza do local em que ela habita, a perpetuação deste 

modus-vivendi em perfeita sintonia com a floresta deverá ser duradouro - criando 

individuos orgulhosos de sua origem, em adição a um modelo de ensino que enalteça 

estes “valores caboclos”. 

Agentes Culturais 

Como parte do programa de formação profissionalizante, na prestação dos serviços 

turisticos será estimulada a figura do Contador de Histórias, provavelmente o ribeirinho 

mais experiente e extrovertido da comunidade, que entreterá os turistas naquela conversa 

noturna a beira da fogueira, de maneira muito natural e espontânea, contando as 

10

aconteciemntos mais interessantes de suas aventuras, histórias de onça, de caçadas, 

peixes gigantes, de antepassados, piadas com outros comunitários, enfim, tudo que for 

expressão da cultura e da memória cabocla. 

2.5) Fatores de sustentabilidade 

Uma vez que o projeto tenha a adesão dos comunitários envolvidos, estará garantida a 

sustentabilidade sócio-cultural do projeto. Quando um programa traz renda para sua 

família, saneamento para sua casa, educação para seus filhos, energia elétrica e 

benfeitorias para sua comunidade, o engajamento parece-nos natural. 

Antes e durante a implementação haverá ainda a figura do “Evangelizador”, uma pessoa 

dotada de amplo diálogo com as comunidades, aculturada na vida cabocla, que terá como 

missão explicar e levar o “evangelho” do programa Comunidade Feliz, Amazônia 

Preservada a seus futuros beneficiários. Só farão parte do programa as comunidades 

cuja maioria dos moradores concordarem formalmente com sua implantação. 

2.6) Fundamentos econômicos, ecológicos e sociais 

Comunidade Feliz, Amazônia Preservada 

>> ecossistema que une o setor produtivo ao setor social

Serraria na cidade de Novo Airão - AM 

Este mesmo raciocínio aplica-se a ecossistemas e mananciais (lagos, ilhas, paranás, 

furos, praias, cachoeiras, igarapés de terra firme, trilhas em mata virgem, grutas, olhos 

d’água) destinados a visitação no projeto, que não preenchem sua finalidade ecoturistica 

se não estiverem intactos, cheios de vida. Aos animais silvestres que antes eram caçados 

e que agora serão apreciados em seu habitat natural, livres, alimentando-se da natureza e 

vivendo sua vida. 

Alguns deles, sob a orientação do biólogo e do permacultor do projeto, serão criados em 

cativeiro com finalidade de abate, como pacas, inhambus, quelônios e seus ovos - já que 

seu consumo não é apenas por necessidade, mas também cultural. 

No que tange aos cruzeiros fluviais, as embarcações da AOBT já obedecem padrões 

ecológicos de operação, com fossas embarcadas, segundo as exigências dos órgãos 

gestores competentes (Capitania dos Portos e IBAMA). As que ainda não possuirem, 

deverão providenciar pois esta será uma exigência do próprio projeto. 

2.6.3) Viabilidade Social 

Um engenheiro, sob a orientação de um médico sanitarista, desenhará projetos e 

construirá benfeitorias de saneamento nas comunidades: fossas, aterro sanitário, 

banheiros, água encanada de poço artesiano. 

As crianças terão acesso a educação de qualidade, os adultos a formações 

profissionalizantes na área de turismo, agricultura comunitária (permacultura) e criação de 

viveres. 

E todos terão acesso a energia elétrica e comunicação via radiofonia em padrão VHF 

12

para comunicação com o escritório do projeto na cidade e com as embarcações dos 

cruzeiros. 

2.7) Elementos de governança 

As relações trabalhistas e os compromissos profissionais estão assim definidos: 

Os Cruzeiros Fluviais serão operados pelas associadas da AOBT, e as atrações 

turisticas realizadas na comunidade também estarão sob a gestão da operadora. Cada 

Cruzeiro tem seu Guia Chefe que em conjunto com o Guia Nativo, residente na 

comunidade, organizarão os passeios ecológicos na região do entorno. Sob sua 

responsabilidade estarão outros prestadores de serviço, como canoeiros. Os mesmos 

Guias, juntos, também serão os responsáveis pela interface inicial do grupo com a 

comunidade, farão as apresentações, promoverão o intercâmbio, etc. Esta é a 

competência do Fundo Turístico. 

O Fundo Acadêmico-Social, gerido por um Conselho Deliberativo (AOBT, ONG e 

Comunitários), estará hierárquicamente dividido em células de atuação: cada célula 

cuidará de 05 comunidades, próximas geograficamente, que juntas formarão 1 Eco-vila. 

Cada Eco-vila terá: 

• 1 gerente administrativo-financeiro 

• 1 permacultor (agrônomo) 

• 1 turistólogo 

• 5 professores 

• 5 estagiários 

As duplas professor-estagiário residirão uma em cada comunidade, 20 dias/mês, 

ministrando o programa. Os outros profissionais estarão perfazendo um rodízio onde cada 

1 permanece 4 dias em cada comunidade, fechando o ciclo de 20 dias como mostra o 

gráfico: 

13

Cada profissional será responsável pelo preenchimento de seus relatórios, os quais 

deverão ser formatados durante os 2 dias de residência no escritório-base situado na 

cidade mais próxima da Eco-vila. O Gerente será o responsável pela apresentação 

mensal dos relatórios de performance financeira, acadêmica e operacional a direção geral 

do projeto, e estes aos investidores (relatório simplificado online) e aos BES (relatório 

online somente da comunidade). 

O Fundo de Manutenção também será inicialmente gerido pelo Gerente da Eco-vila, mas 

assim que possível deverá passar a ser gerido pelos próprios comunitários, na figura do 

Presidente da Eco-vila. Sob sua responsabilidade estarão os vigias do patrimônio físico 

(instalações e equipamentos) e do patrimônio natural (atrações turisticas e mananciais 

da região). Cada comunidade terá seu vigia, num importante iniciativa a preservar os 

mananciais da região. 

3) Ramos, empresas, produtos e serviços 

3.1) Ramos envolvidos 

• Setor Turistico >> agências, operadoras, guias e turistólogos; 

• Setor Fluvial >> estaleiros, mecânicos, carpinteiros, serralheiros, encanadores, 

pintores, fibreiros, vigias, comandantes, marinheiros, cozinheiras, garçoms; 

• Setor Acadêmico >> ONGs, pedagogos, professores, estagiários, monitores; 

• Setor Científico >> ONGs, biólogos, ecólogos, antropólogos, médicos 

sanitaristas; 

• Setor Agrário >> agrônomos, permacultores, agricultores, coletores, criadores; 

• Setor artistico-cultural >> agentes culturais, artesãos e contadores de história; 

• Setor Construção Civil >> engenheiros, pedreiros, carpinteiros, encanadores, 

ajudantes; 

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• Setor Comunitário >> presidente, vigias, cozinheiras, comerciantes. 

3.2) Empresa e concepções de negócios 

3.2.1) AOBT/AM 

Associação dos Operadores de Barco de Turismo da Amazônia, fundada em 11 de 

Agosto de 2004 e presidida pelo Sr. Carlos Probst, com sede a rua Sucupiras, 249 – 

Manaus AM. 

A AOBT/AM é um pool de 20 empresas prestadoras de serviços ecoturisticos com longa 

experiência em turismo móvel fluvial, algumas já operando há 25 anos, precursoras do 

conceito. É membra cativa dos Conselhos Consultivos do Parque Nacional do Jaú e da 

Estação Ecológica de Anavilhanas, unidades federais de conservação ambiental do 

baixo Rio Negro. Dentre suas associadas, todas possuem registro na EMBRATUR, com 

embarcações homologadas pela Capitania dos Portos da Amazônia Ocidental (Manaus), 

devidamente licenciadas e com ampla experiência de operação na complicada logistica 

fluvial da Amazônia. 

A seguir, alguns exemplos de embarcação para operação dentro dos padrões almejados 

pelo projeto: 

Belle Amazon - barco de 100 pés com 09 

suites climatizadas. 

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Iates Santana - 03 barcos de 90 pés com 07 suites 

climatizadas. 

Amazon Clipper Cruises 

01 barco com 16 suites climatizadas e 02 barcos com 08 

suites cada. 

3.2.2) ONG parceira 

Na região escolhida para implantação da Eco-Vila piloto (ver item 7.4), são 2 as ONGs 

que já atuam com projetos na região, especificamente na Estação Ecológica de 

Anavilhanas, no Parque Nacional do Jaú e na cidade de Novo Airão. São elas o Instituto 

de Pesquisas Ecológicas - IPÊ e a Fundação Vitória Amazônica - FVA, instituições de 

grande respeito perante investidores, com prêmios ganhos ao longo de sua trajetória na 

região. Para ambas o projeto “Comunidade Feliz” foi apresentado, e ambas aprovaram 

seu conceito e enxergam grandes probabilidades de sucesso em sua implementação e no 

alcance dos resultados pretendidos. Além de compor o Conselho Deliberativo que 

regulará a administração da Eco-Vila, a ONG estará envolvida diretamente por intermédio 

de um contrato, onde prestará assessoria técnica e capacitação das comunidades para 

uma implementação tranquila e eficaz do projeto. 

Segundo Ana Cristina Ramos de Oliveira, Coordenadora Executiva Adjunta da 

Fundação Vitória Amazônica, 

16

“Os conceitos e princípios nos quais o projeto Comunidade Feliz, Amazônia 

Preservada está calcado podem contribuir positivamente com o desenvolvimento 

socio-econômico cultural do baixo rio Negro, podendo ainda servir de base para 

experiências semelhantes em outras localidades da Amazônia brasileira.” (ver carta da 

FVA em anexo) 

3.3) Produtos e serviços 

Os produtos serão ofertados a 2 públicos distintos: 

• 03 modalidades de pacote para o Turista Eco-Social (pessoa física) 

o eco-social: cruzeiro fluvial + adoção da criança 

o social: adoção da criança 

o turistico: cruzeiro fluvial com visita a 1 comunidade da Eco-Vila 

• 02 modalidades de pacote para a Empresa Amiga da Amazônia (pessoa 

jurídica) 

o social: adoção da criança, comunidade ou eco-vila (detalhamento no item 

6.1.2) 

o turistico: cruzeiro fluvial com visita a eco-vila financiada (pacotes especiais 

para grupos de funcionários e/ou convidados da empresa). 

3.4) Estratégia de entrada e desenvolvimento de ramos 

O ciclo do negócio inicia-se com uma forte campanha de comunicação e mkt, elaborada 

por uma Agência de Publicidade, com 2 linhas de comunicação dirigidas a públicos 

segmentados distintos, ambos de alto poder aquisitivo no Brasil e principalmente no 

exterior. Esta campanha deverá englobar ações dirigidas e focadas, de natureza online, 

offline, assessoria de imprensa, eventos, mkt one-to-one e mkt de relacionamento, 

envolvendo compra de mídia e parcerias: 

01. Apelo Turistico – Esta linha de comunicação procurará sensibilizar o turista 

mostrando benefícios turisticos unicos e exclusivos, aliados a ações sociais, 

culturais e humanas, unindo lazer e entretenimento com cultura e responsabilidade 

social. O objetivo é encaminhar o futuro Turista Eco-Social aos canais de venda: 

ao Website do Projeto, à Agências de Turismo Especializadas, à Festas e Eventos 

promovidos pelo Grande Benfeitor da Causa. Estará presente nas midias 

tradicionais de comunicação online e offline. 

02. Apelo de Branding – Esta linha será focada a pessoas juridicas, através de 

approaches personalizados – os agentes de networking pessoal. O objetivo é 

sensibilizar as futuras Empresas Amigas da Amazônia para a boa exposição que 

o programa Comunidade Feliz, Amazônia Preservada poderá oferecer à sua 

marca, através das campanhas de mkt e divulgação na mídia tradicional, fruto de 

17

verbas publicitárias, parcerias, assessoria de imprensa, midia expontânea e 

acordos multi-governamentais. São potencias candidatas: Empresas do Distrito 

Industrial de Manaus, grandes empresas de Comunicação local, Bancos privados, 

Multinacionais interessadas em associar seu nome à preservação e ao 

desenvolvimento sustentável da Amazônia. Boa oportunidade para o Marketing de 

Relacionamento mostrar sua força. 

Ao adquirir qualquer pacote, válido por 1 ano, o BES estará ciente de todo o processo que 

seu investimento desencadeará. 

O Projeto porém terá inicio com um aporte inicial de investimento, de maneira a preparar 

as comunidades em Eco-Vilas Culturais Sustentáveis. Veja a seguir o Fluxo do Capital 

dentro do projeto: 

18

4) Necessidades e competências 

4.1) Necessidades humanas, ecológicas e outras atendidas 

• As populações ribeirinhas, que observam cada vez mais os recursos naturais 

para sua subsistência se extinguindo e seu modo de vida extrativista entrando na 

ilegalidade, demandam com urgência soluções econômicas alternati-vas para o 

sustento de suas familias. 

• Pesquisadores, naturalistas e a comunidade científica mundial demandam por 

ecossistemas estáveis, onde a biodiversidade se desenvolva sem a interferência 

predadora do homem. 

• Ecoturistas do mundo inteiro sonham em conhecer paraísos selvagens, 

santuários ecológicos intocados, onde possam reenergizarem-se e fugir do stress 

da vida moderna, bem como conhecer culturas diferentes e genuinas. 

• Empresas socialmente res-ponsáveis procuram projetos de desenvolvimento 

sustenta-vel para associar sua marca à preservação ambiental do planeta e 

ganhar prestigio perante seus consumidores. 

• Cidadãos de bem procuram uma boa causa para investir seu dinheiro, aliando 

lazer à responsabilidade social. 

4.2) Significância das necessidades no presente e no futuro 

O que podemos observar no presente, após uma força-tarefa de fiscalização por parte do 

Ibama no estreito do rio Negro (mai-jun-jul de 2005), 30 km antes da baia de Manaus, são 

os comunitários literalmente em pé-de-guerra, como relata Thiago Cardoso do Instituto 

de Pesquisas Ecológicas (IPE), que realiza um trabalho de acão comunitaria no rio 

Cuieiras, em frente ao setor sul do Arquipélago de Anavilhanas: 

“Os ribeirinhos estão revoltados com as últimas apreensões, e as ações de 

fiscalização 

estão gerando reações que evocam estratégias de guerrilha: olheiros, vigilantes de 

voadeira, 

e alguns mais violentos estão convictos a impedir a fiscalização em seu barco na 

base da 

bala, se preciso.” 

Quando a população ribeirinha vê sua única fonte de renda familiar sendo coibida por 

motivos que eles não compreendem inteiramente, a revolta e o colapso econômico-social 

20

são eminentes. E no futuro esta realidade tende a piorar. Por tudo que já foi exposto, e 

pelo que ainda será, o projeto Comunidade Feliz, Amazônia Preservada, se 

implementado, ajudará a reverter esta dinâmica socio-economico-cultural. 

Macaco Guariba (Allouata Seniculus), uma das iguarias 

preferidas pela população local. 

4.3) Competências necessárias ao atendimento das necessidades 

• Plano de comunicação e marketing dirigido ao BES potencial, capaz de sensibilizálo 

ao diferencial do turismo eco-social e seus beneficios. 

• Prestação de serviços ecoturisticos com experiência, conforto e segurança, 

adequado a realidade logistica complicada da região. 

• Conhecimento das leis naturais que regem a bio-diversidade local, regime de 

enchente-vazante, conhecimento hidro-fluvial e das relações entre fauna, flora e 

recursos hídricos. 

• Conhecimento da realidade e cultura locais. Capacidade de diálogo pleno com a 

população ribeirinha. Gestão comunitária. 

• Experticia pedagógica para elaboração do programa de educação ambiental e 

formação profissionalizante, com cartilhas e exemplos práticos. 

• Capacidade de promover o diálogo multinacional entre governos objetivando 

parcerias que movimentem as máquinas estatais em prol do projeto, através de 

divulgação, diplomacia, networking, desburocratização e outros facilitadores. 

21

• Permacultura. Eco-vilas sustentáveis na amazônia. Difusão de conhecimento autosustentável, 

manejo de recursos naturais. 

4.4) Avaliação da evolução do ecossistema no tempo 

Periodicamente serão gerados relatórios de avaliação, os quais ao longo do tempo 

delinearão a evolução do ecossistema em qualidade e abrangência. Estes dados quando 

tabulados serão de suma importância para nortear decisões futuras de retro-alimentação, 

perpetuação e aperfeiçoamento. 

4.4.1) Avaliação bimestral das vendas 

• cumprimento de metas de performance 

• análise dos canais de venda mais utilizados 

• mensuração do custo por venda (online e offline) 

• análise de eficácia dos canais de divulgação 

4.4.2) Avaliação bimestral por comunidade 

• número de crianças adotadas 

• número de atrações turisticas 

• tipo de atrações turisticas desenvolvidas 

• percentual dos comunitários (maiores de 18 anos) envolvidos no projeto 

• renda média proporcionada aos autônomos 

• performance acadêmica dos alunos 

• conservação das benfeitorias e equipamentos 

• gastos gerais com insumos, combustível, manutenção 

• indice de satisfação interna com o projeto 

• indice de satisfação dos turistas 

• nivel sócio-econômico por família 

4.4.3) Avaliação por eco-vila 

• média das avaliações das 5 comunidades 

4.4.4) Avaliação dos serviços ecoturisticos (ranking das empresas) 

• nivel da embarcação 

• nivel da tripulação 

• qualidade das refeições 

• avaliação do roteiro e dos passeios realizados 

• média de turistas embarcados por expedição 

• média de saídas por empresa associada 

4.4.5) Acompanhamento financeiro dos fundos 

• avaliação mensal de entradas e saídas 

• avaliação mensal de reservas 

22

• re-avaliação anual das porcentagens destinadas a cada fundo 

• gestão de aplicações 

5) Tecnologias, conhecimentos e infra-estrutura necessários 

5.1) Conhecimentos e tecnologias 

5.1.1) Permacultura 

Segundo o Instituto Brasileiro de Permacultura, 

“Ela é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias 

inovadoras. Une o 

conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, e proporciona o 

desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura 

para o agricultor familiar. 

O projeto permacultural envolve o planejamento, a implantação e a 

manutenção conscientes de ecossistemas produtivos que tenham a 

diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Ele 

resulta na integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo 

alimentação, energia e habitação, entre outras necessidades materiais e 

não-materiais, de forma sustentável.” 

O Instituto de Permacultura da Amazônia (IPA), chefiado por Carlos Miller (ex-FVA), 

tem realizado um trabalho sério e de longa data, com muita experticia acumulada 

para a realidade da região - e de onde o projeto pretende, em caráter de parceria e 

contratação de mão-de-obra, implementar este know-how na Eco-vila piloto da 

Comunidade Feliz. 

5.1.3) Eco-Vilas sustentáveis 

Segundo Robert Gilman, em seu livro intitulado "O que é uma Eco-Vila?" (1991): 

"Ela é um assentamento de escala humana completamente caracterizado 

onde as atividades humanas estão integradas ao mundo natural de maneira 

não danosa e de tal forma que dêem apoio ao desenvolvimento humano 

saudável e que se possa continuar indefinidamente ao futuro". 

As Eco-Vilas são consideradas modelos de comunidades intencionais ou 

comunidades sustentáveis. A idéia de Ecovilas foi incorporada pelas Nações Unidas 

no Programa de Desenvolvimento de Comunidades Sustentáveis (SCDP). 

23

O movimento das Ecovilas já chegou a diversos países da Europa, América do 

Norte, Austrália, África do Sul e, recentemente, na América do Sul. Esse movimento 

encontra-se interligado com o princípio da Permacultura, que se caracteriza como 

uma "agricultura permanente", ou seja, que se torna auto-sustentável com o tempo. 

Esse conceito foi desenvolvido nos anos 70 por dois australianos: David Holmgren e 

Bill Mollison e se iniciou na produção de alimentos e atualmente diversifica-se em 

diferentes áreas como paisagismo, arquitetura ecológica e design de produtos. 

Encontrar alternativas que fortaleçam os pequenos assentamentos humanos no 

Brasil, transformando-os em Eco-Vilas, significa reduzir as pressões sobre as 

cidades. 

Eco-Vilas podem ser aplicadas no entorno de 

parques e unidades de conservação para reduzir a 

pressão da população humana sobre as áreas protegidas. 

Em síntese, uma Eco-Vila deve ser um assentamento completo, de proporções 

humanamente manejáveis, que integre as atividades humanas no ambiente natural 

sem degradação, e que sustente o desenvolvimento humano saudável de forma 

contínua e permanente. A Terra é um patrimônio que a humanidade tem interesse 

em preservar. 

Como modelo e alternativa à globalização, espera-se que as ecovilas possam unir 

os países e ONGs criando um novo conceito comum de desenvolvimento 

planetário. 

Para intercâmbio de know-how, o processo de implantação do projeto deve 

contactar instituições como a Rede Global de Eco-Vilas (GEN), criada em 1995, 

por ocasião da Conferência sobre as Ecovilas e Comunidades Sustentáveis - 

Modelos para o Século XXI, realizada na Fundação Findhorn - Escócia. 

Obs.: O estilo de vida adotado nas Eco-Vilas tem contribuido para a justiça e 

cooperação globais. No Sri Lanka, por exemplo, adotaram um cessar-fogo depois 

de 40 anos de guerra graças em grande parte a Sarvodaya, uma rede de 12.000 

vilas. No Senegal o governo reconhece as Eco-vilas como novo modelo de 

desenvolvimento, assim como em muitas outras partes do hemisfério sul. 

24

5.1.2) Criação de viveres 

Vários estudos e experiências de sucesso vem sendo realizadas na criação de 

animais silvestres para abate, inclusive animais de hábito noturno, muito apreciados 

pelos caboclos, como a Paca (Agouti Paca). O Instituto Smithsonian tem um livro 

publicado sobre a criação deste animal em cativeiro, para fins de abate, que será 

replicado pelo projeto sob a orientação do biólogo residente na eco-vila. 

Viveiros de peixes e criação de quelônios, cujos ovos e carne são iguarias muito 

apreciadas pela cultura local, também serão construídos. Principalmente os 

quelônios, cuja população tem diminuido assustadoramente na amazônia pela caça 

predatória, além do que enquanto répteis são facilmente adaptáveis ao cativeiro. 

5.1.5) Operação Ecoturistica 

A natureza na figura da selva, do rio, de suas manifestações e de seus habitantes, 

pode ser traiçoeira aos mais inexperientes e desavisados. O know-how para 

expedições fluviais na amazônia é unico, característico ao bioma da região, e 

envolve conhecimentos de: 

• navegação 

• meteorologia 

• biologia 

• ecologia 

• atendimento de primeiros socorros 

• sobrevivência na selva 

• culinária balanceada 

• conhecimento das atrações naturais 

• diversão e entretenimento 

• boa convivência a bordo 

5.1.4) Psicologia do Consumidor 

Uma linha de comunicação que sensibilize os BESs a adquirirem os pacotes, ou 

simplesmente engajarem-se na causa, passa pelo entendimento de sua psicologia 

motivacional, know-how que deverá ser de pleno domínio da equipe de criação da 

agência contratada. 

5.2) Infra-estrutura 

5.2.1) Obras/Construções 

• Aterro sanitário 

• Fossa comunitária (para fezes e para água/sabão) 

• Banheiros 

• Água encanada 

• Energia elétrica (painel solar para itens básicos) 

25

• Escola do Desenvolvimento Sustentável (com alojamento anexo) 

• Criadouros (paca, quelônios, peixes) 

• Reforma na moradias 

• Radiofonia VHF 

• Deck para desembarque 

5.2.2) Equipamentos e insumos 

• motores de popa 

• botes de aluminio 

• canoas de madeira 

• rádios VHF 

• utensilios de apoio turistico (remos, cordas, binóculos, tessado, salva-vidas, 

etc) 

• material escolar e de escritório 

• móveis para escritório, sala de aula e alojamento 

• computadores e eletrodomésticos 

6) Planos de atração de participantes e apoiadores 

6.1) Estratégia geral de atração de apoios e participantes 

O conceito da comunicação do projeto, objetivando a venda de pacotes, deve estar 

direcionado a 2 públicos especificos: o Turista Eco-Social e a Empresa Amiga da 

Amazônia. 

6.1.1) Estratégia para o Turista Eco-Social 

Como colocado anteriormente, esta linha de comunicação procurará sensibilizar o 

turista mostrando benefícios turisticos únicos e exclusivos, aliados a ações sociais, 

culturais e humanas, unindo lazer e entretenimento com cultura e responsabilidade 

social. 

A mensagem girará em torno de um local culturalmente genuino, ecologicamente 

intacto e economicamente sustentável. O resultado desta fórmula são as Eco-Vilas 

Culturais da Floresta Amazônica, amplamente mostradas nas peças de 

comunicação criadas e no website. Mas este estágio de equilibrio entre homem e 

natureza não foi resultado da evolução natural da sociedade capitalista, ao contrário, 

foi por intermédio de um projeto chamado Comunidade Feliz, Amazonia Preservada. 

Ninguém obrigará o turista a participar do projeto para conhecer a Eco-Vila, na 

verdade prefere-se que ele conheça e experimente o trabalho por si próprio, para 

então decidir se irá ou não engajar-se na causa. Porém, os pacotes serão oferecidos 

com e sem o opcional da “adoção de uma criança ribeirinha na amazônia”. Para quem 

decide contribuir com o pacote “Criança Feliz” (cruzeiro + adoção) recebe, além do 

documento online de adoção, o cartão magnético do Cidadão Amigo da Amazônia, 

com seu nome, número de associado e o nome da criança adotada. . 

26

Dentro da argumentação vale ainda enaltecer que somente neste tipo de cruzeiro ele 

desfrutará de um sincero intercâmbio cultural com a comunidade, do descobrimento de 

um novo mundo onde a vida e as atrações acontecem “in loco” - vantagens que 

somente o turismo móvel pode oferecer. 

Caso opte apenas pelo cruzeiro fluvial, ele deverá saber que ainda assim parte do 

lucro obtido pelas operadoras estará sendo revertido para o projeto, e caso opte-se 

pelo pacote eco-social completo este montante poderá ser revertido em desconto, uma 

vez que os valores estarão descriminados. Ou seja: no que tange ao produto/serviço 

adquirido, ele estará fazendo um bom negócio. 

A campanha de divulgação poderá fazer uso do termo Cidadão Amigo da Amazônia. 

6.1.2) Estratégia para a Empresa Amiga da Amazônia 

dependendo do pacote adquirido, a empresa conquistará os seguintes benefícios: 

o Pacote “Família Feliz” (standard) > adoção de 5 crianças, ganhando: 

• Documento online com sua logomarca, imprimível e disponível para 

consultas públicas no website do projeto (www.comunidadefeliz.org). 

• Selo de Certificação do Projeto, podendo usá-lo em qualquer 

documento / embalagem / peças de divulgação de sua empresa. 

• Acesso aos descontos progressivos nos cruzeiros fluviais para 

grupos. 

• Posição destacada nas consultas públicas ao website. 

• 1 Cruzeiro fluvial de 4 dias em embarcação luxo, válido por 1 ano. 

Obs.: arte criada a titulo de sugestão, sendo que toda criação e direção de arte da 

campanha, logotipos, selos, peças, etc ficará a cargo da agência, sob aprovação do 

Conselho. Todas as empresas associadas a AOBT, que estiverem regularizadas e 

operando os Cruzeiros Fluviais, poderão automaticamente fazer uso do selo de 

certificação em sua comunicação. 

o Pacote “Comunidade Feliz” (special – 5 quotas) > adoção de 40 crianças, 

sendo então mantenedora oficial de 1 comunidade inteira, ganhando: 

• usufruto de todo processo de comunicação do projeto 

• menção honrosa em eventos e na home do website comunidade.org 

• citação em matérias de mídia espontânea (resenhas e editoriais) 

27

• exposição de logomarca assinando cartazes, folders, placas 

indicativas 

• divulgação aos turistas nas embarcações 

• acesso aos descontos progressivos nos cruzeiros fluviais para grupos 

• usufruto do selo “Empresa Amiga da Amazônia” 

• 4 Cruzeiros fluviais de 4 dias em embarcação luxo, válido por 1 ano. 

• Permanência mínima solicitada de 2 anos. 

o Pacote “Amazônia Preservada” (premium – quota única) > adoção de 

todas as crianças da Eco-Vila, ganhando além dos benefícios dos outros 

pacotes: 

• exclusividade de divulgação, sendo a única empresa citada em todo 

processo de comunicação. 

• o direito de compor o Conselho Consultivo – e não deliberativo - que 

fiscalizará a gestão dos fundos financeiros que compõem o projeto 

(Turistico, Acadêmico-Social, Manutenção e Marketing). 

• 12 cruzeiros fluviais de 4 dias em embarcação luxo, válido por 1 ano. 

• Sua aquisição bloqueia as quotas do pacote “Comunidade Feliz”. 

• Permanência mínima solicitada de 3 anos. 

Todas as Empresas Amigas da Amazônia usufruirão do conceito de 

Gestão Transparente, tendo acesso a emissão de relatórios 

bimestrais dizendo para onde foram direcionados os investimentos, 

e um balanço gráfico dos resultados obtidos. 

Estes deverão ser os conceitos motivacionais do plano de comunicação dirigido as 

Empresas Amigas da Amazônia. 

Tanto a AOBT, quanto a ONG parceira e a Agência de Publicidade deverão ser pro-ativas 

no estabelecimento de parcerias com o mercado, com marcas que quiserem associar-se 

ao projeto, com a imprensa em geral para geração de mídia espontânea e com órgãos 

governamentais do mundo todo que queiram apoiar a causa. 

No caso específico da captação para a Eco-vila 1 (veja item 7.4 - localização) serão 

primeiramente prospectadas empresas do Distrito Industrial da ZF de Manaus, pela 

relação mais próxima ao ecossistema. A cada nova Eco-vila a ser implementada, 

empresas locais deverão ser procuradas em caráter preferencial para apoiarem o projeto. 

6.2) Planos de comunicação 

O Plano de comunicação e marketing é peça fundamental para o sucesso do projeto. 

Como pretende atingir um publico selecionado e de alto poder aquisitivo, suas ações 

28

devem ser especificas e direcionadas a estes nichos, com baixa ou nenhuma dispersão. 

As estratégias de comunicação, os veículos utilizados e todos os pormenores da ação 

deverão ser detalhados por uma agência de publicidade contratada para conceber este 

plano. De antemão colocaremos alguns nortes que achamos recomendáveis, a titulo de 

briefing, além do cronograma simplificado de ação. 

Todas as peças deverão ter versões em português e em inglês. Peças específicas 

deverão ser criadas em espanhol, francês, japonês e alemão. Os planos de mídia deverão 

contemplar veículos em todos estes países, notadamente canais online e guias anuais de 

turismo – neste último o espaço deve ser aqduirido com boa antecedência. 

6.2.1) Divulgação Online 

Como o website do projeto será um importante sensibilizador, motivador e um efetivo 

canal de vendas, é importante que esta mídia seja utilizada para fins publicitários, 

com banners, pop-ups e outros formatos, bem como conteúdos editoriais que ao 

serem clicados direcionam o internauta ao endereço www.comunidadefeliz.org - site 

que também deverá ser multi-lingue. 

• Resenhas e matérias editoriais, originadas de um trabalho de Assessoria de 

Imprensa devem ser muito consideradas pela alta credibilidade. 

• A titulo de parceria, banners em websites de ONGs e Projetos que já atuam na 

região, sediadas no Brasil e no exterior, são uma boa opção. Greenpeace, 

WWF, UNESCO, Unicef, Fundação Vitória Amazônica, Fundação Ipê, 

Expedição Vaga-Lume, IBAMA, dentre muitos outros. 

• Sites de câmaras de comércio, associações empresariais e sociedades de 

empresários que tenham tráfego de diretores e tomadores de decisão de 

grandes empresas, como AmCham, FIESP, 

• Também podem ser considerados: websites que sejam dirigidos a um publico 

extremamente qualificado, de alto poder aquisitivo e cujas 

empresas/produtos/serviços tenham certificação ISO 14000. 

• E por fim sites cuja finalidade é turistica, mas que comprovem frequencia de 

publico selecionado, como Agências, Portais Verticais, Órgãos Governamentais 

de Turismo (EMBRATUR, AmazonasTur, etc). 

6.2.2) Website Comunidade Feliz (marketing one-to-one) 

Além da pré-venda, onde o programa é explicado e os produtos são apresentados, o 

website da Comunidade Feliz será também um importante canal de relacionamento 

com o BES. Após efetuada a venda, seus dados serão registrados e dali por diante o 

29

website sempre o reconhecerá a cada nova conexão, apresentado dados 

customizados de sua viagem e da comunidade onde mantém vinculo. Através dos 

relatórios fornecidos pela equipe do projeto, acompanhará a carreira escolar das 

crianças, as atividades profissionais das famílias, o andamento das obras na 

comunidade e os dados de performance desta. Poderá inclusive trocar 

correspondência eletrônica com as crianças, enviar e receber fotos, e do mesmo 

ambiente eletrônico de relacionamento marcar uma nova visita ao local, através de 

um sistema online de compra e reserva de pacotes (mais detalhes no item 7.2, 

canais de venda). 

6.2.3) Divulgação offline 

Cartazes e folders explicativos, para serem distribuidos em agências de turismo 

especializadas, eventos promovidos pelo “Grande Benfeitor da Causa” (veja item 

6.2.4) e material de venda (apresentações eletrônicas, convites-proposta) para ser 

apresentado pelos agentes de networking pessoal aos clientes corporativos (veja 

item 6.2.5). 

Para estes eventos, organizados por ricos patronos que abracem a causa, 

também podem ser produzidas breves apresentações em telão sobre o 

projeto, com conceitos, gráficos, fotos e videos, de maneira sintética e 

impactante. 

Anuncios de página inteira em revistas segmentadas também podem ser 

considerados. 

Originadas pelo trabalho de Assessoria de Imprensa, cabem matérias editoriais nos 

mais variados veiculos de midia impressa, fazendo menção ao website do projeto. 

6.2.4) Grandes Patronos Benfeitores da Causa 

Como se trata de um projeto que depende da sensibilização e motivação para gerar 

a venda, e aproveitando a causa nobre que impulsiona o ecossistema de negócios, 

imaginamos que uma figura publica, como o jogador Ronaldo-Fenômeno (ou outra 

personalidade ligada ao esporte/cinema/artes), de grande empatia e aceitação pelo 

público mundial, mostrando que está engajado na causa ajudará a divulgar e 

angariar fundos para o projeto. Ele encabeçaria algumas peças de divulgação, em 

caráter de testemunho pessoal, concedendo entrevistas via assessoria de imprensa 

e promovendo alguns eventos sociais para um publico selecionado de BESs 

potenciais. 

6.2.5) Agentes de Networking Pessoal (marketing de relacionamento) 

Poucos, porém seletos BESs Corporativos são necessários para ser atingido o 

brake-even do projeto. Uma estratégia de venda personalizada, o sonho de qualquer 

campanha de marketing moderna, parece-nos ser factivel e de grande eficácia 

30

dadas as caracteristicas do produto - causa nobre, grande visibilidade que gera 

aceitação e empatia pelo publico consumidor. 

Os Agentes de Networking Pessoal serão personalidades do mundo corporativo e do 

circulo social, de grande circulação pelos niveis de diretoria das empresas, com 

objetivo de tanto divulgar quanto vender os pacotes, para os quais serão 

comissionados pelo projeto (veja também item 7.2 - Canais de Venda). 

Deverão ser pro-ativos no estabelecimento de parcerias com o mercado, com 

marcas que queiram associar-se ao projeto, com a imprensa em geral para geração 

de mídia espontânea e com órgãos governamentais do mundo todo que queiram 

apoiar a causa. 

6.2.6) Assessoria de Imprensa 

Mídia espontânea e de conteúdo editorial é sem dúvida a mais eficaz, com alta 

credibilidade e baixo custo. Dadas as características inovadoras, o amplo espectro 

sócio-econômico e a própria temática que abrange o projeto, acreditamos que um 

bom trabalho de assessoria de imprensa trará muitos resultados de exposição pela 

imprensa brasileira e internacional. Sempre que possivel, o endereço eletrônico do 

projeto deverá ser mencionado nas resenhas e matérias. 

7) Plano de implantação e operações 

7.1) Ciclo operacional e inter-relacional 

A Central de Vendas & Repasses, escritório localizado em Manaus, organizará o fluxo 

turistico gerado acionando as operadoras que farão os cruzeiros fluviais, e repassará o 

dinheiro depositado pelos turistas na conta bancária do projeto. Também fará os repasses 

provenientes das quotas vendidas a empresas. 

Associando-se ao programa, o BES receberá num mesmo relatório os dados que 

permitirão acompanhar o desenvolvimento da e um 

demonstrativo financeiro de como seu dinheiro foi aplicado nos fundos que formam o 

projeto. 

Então a cada pacote vendido serão alocados, em suas respectivas contas bancárias, os 

recursos referentes ao: 

• cruzeiro fluvial (fundo turistico); 

• programa de educaçao ambiental e profissionalização (fundo academico-social); 

• campanhas de divulgação (fundo de marketing); 

• patrimônio físico e natural (fundo de manutenção); 

• fundo de retorno aos investidores, 

Os grupos fluviais serão fechados com no mínimo 50% de ocupação nas embarcações, 

31

que variam de 16 a 32 lugares, em partidas semanais regulares, em esquema de rodízio. 

Caso por algum motivo o fluxo turistico esteja abaixo do esperado, este será direcionado 

somente para uma embarcação, evitando saídas abaixo da quota mínima de ocupação. 

Confira abaixo o ciclo inter-relacional entre os stakeholders do projeto, com seus 

respectivos staffs envolvidos: 

32

7.2) Canais de Venda 

7.2.1) Website Comunidade Feliz 

www.comunidadefeliz.org.br // www.happyvillage.org 

Antes de ser exclusivamente um canal de vendas, o website terá: 

• argumentação de marketing 

• detalhamento do projeto 

• senso demográfico, econômico e social da eco-vila 

• histórico de evolução 

• informações turisticas e fotos da região 

• mecanismo de indicação a amigos 

• página de cada criança (canal efetivo de vendas). 

Cada criança da eco-vila terá sua página (veja layout no item 2.3), convidando o 

BES a adotá-la caso esta ainda não tenha um benfeitor - e aí está o approach do 

canal de vendas. A um clique, o sistema de adoção online com comércio eletrônico, 

onde pode-se adquirir o pacote eco-social com cartão de crédito em até 3X sem 

juros. 

Todas as seções do website, e principalmente a página da criança, deverão ter 

ferramentas visuais para a Equipe da Comunidade Feliz atualizar as informações, 

dentro do conceito de templates, com upload de fotos e legendas, sem a 

necessidade de enviá-las a webhouse. 

A Agência de Publicidade deverá fornecer a webhouse um Projeto de 

Especificação, contendo todo a argumentação/apresentação do programa ao 

cliente internauta, a inteligência interativa inerente ao canal e o conteúdo de 

relacionamento deste com os BESs, já dentro de um ambiente de pós-venda (veja 

item 6.2.2, mkt one-to-one). 

34

7.4) Localização geográfica 

Esta foi a localização escolhida para implantação da 1ª Eco-Vila do projeto, pelos 

seguintes motivos: 

• Trata-se de uma área com inúmeros e belos atrativos turisticos 

• É também uma área com muitas ocorrências de crimes ambientais promovidos 

pelas comunidades ocupantes, principalmente: 

o extração ilegal de madeira em toda região verde-claro 

o pesca predatória nas ilhas da estação ecológica (ESEC) 

o coleta de ovos de quelônios nas praias da estação ecológica 

o caça de animais nas áreas de terra firme 

o queimadas para plantio de roçado em escala comercial 

• Sofre muita pressão econômica da cidade de Novo Airão e principalmente da 

metrópole Manaus. Com as facilidades de escoamento pela AM-352, recém 

asfaltada, Iranduba e Manacapuru também poderão demandar recursos naturais 

da região. 

• A região possui vocação-nata para o ecoturismo devido a pouca incidência de 

mosquitos e águas boas para mergulho. 

• Muitas operadoras de cruzeiros fluviais já operam e conhecem a região, e tem seu 

trabalho prejudicado com a intervenção predatória do homem. 

7.5) Instalações e melhoramentos 

• reforma nas atuais casas dos moradores, mantendo os materiais nativos de 

construção (estrutura de madeira e cobertura de palha) e mantendo assim sua 

35

caracterização cabocla genuina; 

• em cada comunidade, construção da escolinha do manejo sustentável, onde serão 

ministrados as atividades de educação ambiental e cursos profissionalizantes para 

atender a demanda turistica; 

• fossas comunitárias e aterro sanitario; 

• Banheiros em alvenaria; 

• decks flutuantes para desembarque dos passageiros; 

• painéis solares. 

Paralelo ao processo de elaboração das cartilhas e da metodologia acadêmica, deverá 

ser desenhado o projeto arquitetônico de implementação destas obras pelo engenheiro 

responsável. O mesmo projeto-modelo servirá para todas as comunidades, com 

pequenas adaptações para as particularidades de cada logradouro. 

7.6) Questões legais e de regulamentação 

O projeto deverá procurar obter licenças regulatórias em 2 ou 3 instituições: 

7.6.1) IBAMA 

Trata-se de uma região próxima a Estação Ecológica de Anavilhanas, conhecida 

como área de entorno, portanto as atividades estão sujeitas a análise de impacto 

ambiental e aprovação/anuência de um analista da unidade de conservação. 

7.6.2) IPAAM/SDS 

A região pretendida para Eco-Vila piloto é uma APA estadual, regulamentada pelas 

instituiçoes ambientais do governo do estado do Amazonas, portanto o projeto 

deverá ser submetido a aprovação da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável 

do Amazonas (SDS) e de seu órgão anexo, o Instituto de Proteção Ambiental do 

Amazonas (IPAAM). 

7.6.3) MEC 

Caso decidam os comunitários que os cursos de educação ambiental sejam 

formalmente reconhecidos pelo governo brasileiro, delegando as crianças algum tipo 

de certificação oficial, o curriculo do curso elaborado deverá ser submetido a 

instituição para registro e análise. 

8) Governança do ecossistema / Processo decisório coletivo 

8.1) Organização 

O ecossistema Comunidade Feliz possue 2 vertentes operacionais distintas: 

>> Os Cruzeiros Fluviais e o Programa Acadêmico-Social 

36

O fluxo de cruzeiros fluviais será controlado por uma central de vendas que distribuirá a 

demanda turistica em regime de rodizio, e com uma certa antecedência reservará a 

embarcação junto a empresa que a opera. Tanto as embarcações quanto o serviço 

prestado dentro delas estará alinhado a um padrão de qualidade que o projeto garantirá a 

seus clientes, dito de primeira-classe, e este é um compromisso da AOBT na figura de 

seu Presidente, Sr. Carlos Probst. 

O programa acadêmico-social será controlado por um conselho deliberativo 

denominado Conselho da Eco-Vila, composto por 

• diretores da AOBT 

• representantes da ONG parceira 

• 1 presidente de cada comunidade da eco-vila 

Haverá ainda um Conselho Consultivo, criado para fiscalizar as operações financeiras 

realizadas nos 4 fundos do projeto (Turistico, Academico, de Manutenção e de Marketing), 

bem como garantir o retorno de 5% de todo dinheiro que entrar, resultado das vendas dos 

pacotes, aos investidores. 

Este Conselho deverá ser composto por: 

• 1 diretor da AOBT 

• 1 representante da ONG 

• 1 presidente de comunidade 

• 1 representante de cada Benfeitor que tenha adquirido o pacote “Amazônia 

Preservada” 

• 1 representante de cada investidor do projeto 

8.2) Orgãos e papéis-chave na governança 

As esferas decisórias que compõem o ecossistema da Comunidade Feliz estão 

representadas no fluxograma abaixo: 

37

9) Cronograma geral 

9.1) Programação das atividades para construção do ecossistema 

39

9.2) Etapas e marcos críticos 

9.2.1) Marco-crítico (m1) - final do 1º mês 

Fechamento dos acordos iniciais (prerrogativas) que viabilizarão o projeto: 

• Contrato de parceria firmado com a ONG 

• Adesão das Comunidades, através de reuniões participativas 

• Aporte do investimento 

9.2.2) Marco-crítico (m2) - final do 3º mês 

Inicio das atividades dentro das comunidades: 

• Obras de infra-estrutura 

• Treinamento Ecoturistico 

9.2.3) Marco-critico (m3) - final do 8º mês 

Encerramento das etapas de produção 

• Campanha de divulgação 

• Website do projeto 

• Obras de infra-estrutura (fase de finalização) 

• Cartilhas de ensino 

9.2.4) Marco-critico (m4) - inicio do 11º mes 

Eco-Vila operando 

• inicio dos Cruzeiros Fluviais 

• inicio das aulas 

• programas de produção e turismo operando 

9.2.5) Marco-crítico (m5) - 13º mês 

Reunião de Avaliação do Conselho 

• feedback das operações fluviais 

• avaliação dos resultados da campanha de divulgação 

• discussão e re-avaliação do planejamento estratégico 









• avaliação do desempenho financeiro e situação dos fundos 

• discussão do planejamento estratégico e investimentos para o próximo ano 

9.3) Projeção do crescimento de pessoal, operação, equipamentos e instalações 

40

Comunidade Feliz, Amazônia Preservada é um projeto modular e escalonável. Nas 

projeções de 50% de ocupação (ver Apendice 1, “Planilhas”), o capital aportado pelos 

investidores começa a ser ressarcido ao final do 2º ano de operação, e totalmente quitado 

ao final do 3º ano - ou 26 meses, se contarmos após o inicio da operação dos cruzeiros 

fluviais. Na projeção de ocupação mínima, por volta de 20%, o investimento é quitado ao 

final do 5º ano de operação. 

No terceiro ano inicia-se o plano de carreira, com aumentos reais de salário na ordem de 

30%, repassados em até 2 anos dependendo do cargo. 

Também no terceiro ano projeta-se um aumento de 15% na receita, proveniente do 

aumento de fluxo turistico. Aumentos reais nas tarifas não estão previstos, salvo ajustes 

de câmbio para resguardar os custos planificados em moeda corrente nacional. 

Ademais, as embarcações e equipamentos dos operadores estarão em constante 

manutenção/atualização/investimento, mantendo ou evoluindo o padrão dos serviços 

prestados, estimulando inclusive a concorrência interna baseada em avaliações dadas 

pelos passageiros, garantida pelo Fundo Turistico. 

O Fundo de Manutenção manterá as instalações, equipamentos, motores de popa e todo 

o patrimônio físico do programa sempre em pleno funcionamento, a cargo dos próprios 

comunitários, e a partir do terceiro ano prevê a aquisição de novos equipamentos. 

9.4) Discussão geral dos eventos que podem afetar o cronograma e possíveis ações 

de contingência 

9.4.1) Problema > Recusa do projeto por parte dos comunitários 

Ação de contingência > Serão 2 meses de diálogos onde o objetivo é explicar, ouvir e 

discutir, envolvendo os comunitários de maneira a sentirem-se também donos do projeto. 

Serão promovidas reuniões participativas na própria comunidade, lideradas pelo 

Evangelizador do Projeto. Caso alguma comunidade não aceite o projeto, ou haja alguma 

discordância em pontos específicos, pode-se rever estratégias de implementação para 

chegar-se a um consenso, objetivando a adesão formal da comunidade em documento 

registrado. A adesão das primeiras comunidades serão utilizadas como argumentação 

persuasiva para as outras, que deixarão de usufruir uma série de benefícios. 

9.4.2) Problema > dificuldade em contratar mão de obra que satisfaça o perfil do cargo 

Ação de contingência > serão 2 meses de procura, priorizando os profissionais que já 

atuam a pelo menos 2 anos na região. Findo o 1º mês, caso o preenchimento das vagas 

não esteja a contento, serão prospectados profissionais dos institutos ambientais atuantes 

41

na região amazônica, e depois em todo o território nacional por meio da contratação de 

head-hunters. Os CVs serão examinados pelos representantes da AOBT e da ONG 

parceira. 

9.4.3) Problema > estação das chuvas atrapalhando as obras 

Ação de contingência > O mês 4, previsto no cronograma de implantção do projeto 

como o começo das obras de infra-estrutura, corresponde ao mês de agosto de nosso 

calendário, auge do verão na região do baixo rio Negro, assim como o mês 11 (inicio das 

aulas) corresponde ao mês de março. 

9.4.4) Problema > dificuldade na criação de um plano de comunicação & marketing a 

contento 

Ação de contingência > será aberto um processo de concorrência baseado em mérito 

entre as agências de publicidade interessadas em gerir a conta publicitária do projeto. 

Tais méritos serão julgados pelo Conselho após apresentação de uma campanha-boneco. 

9.4.5) Problema > webhouse com deficiência tecnológica para conceber o canal de 

vendas online 

Ação de contingência > idem para webhouse, com estudo pormenorizado de portfólio e 

cases de sucesso implementados. 

10) Riscos críticos, problemas e premissas 

10.1) Premissas e riscos implícitos ao plano. 

Problema > Resistência cultural a novas técnicas de plantio e criação de viveres 

Ação de contingência > Uma relação de cooperação e troca de know how entre os 

conhecimentos locais e os conhecimentos científicos do permacultor (agro-floresta, 

reaproveitamento energético, etc) é fundamental para um entendimento e simbiose das 2 

culturas. 

Problema > Exclusão econômica de alguns moradores no projeto 

Ação de contingência > relações econômicas indiretas devem ser estimuladas 

(prestação de serviços entre os próprios comunitários, estimulo do comércio com o 

aumento de fluxo de capital), bem como novas atrações turisticas planejadas (poções 

com plantas medicinais, criadouros de animais silvestres, etc). 

Problema > Resistência cultural a hábitos de saneamento 

Ação de contingência > a presença do médico-sanitarista cultivando uma relação de 

empatia é importante, bem como perceber a diferença e a melhoria da qualidade de vida 

42

no decorrer do processo de implantação do projeto (diminuição de mosquitos, menor 

índice de doenças, etc). 

Problema > Sazonalidade do Fluxo Turistico 

Ação de contingência > Muitos operadores da AOBT já possuem saídas regulares e 

podem desviar seu fluxo turístico padrão para a eco-vila, desafogando uma eventual 

lacuna de expedições. 

Apêndice 1 – Planilhas 

43

A1) Planilhas de Gastos 

Abaixo relacionamos os gastos anuais com a implantação e operacionalização do projeto 

durante o periodo de 5 anos, listados ano a ano. A partir do 11º mês já são esperadas 

entradas provenientes das vendas de pacotes, computadas em projeções hipotéticas até 

o alcance do brake-even. 

A1.1) Ano 1 

Planilha de Gastos - Ano 1 

Eco-Vila Baixo Rio Negro 

1. STAFF OPERACIONAL DA ECO-VILA (anual) 

item quantidade meses valor valor 

unitário (R$) total (R$) 

1,1 Gerente administrativo-financeiro 1 10 2.500,00 25.000,00 

1,2 Professores 3 2 1.500,00 9.000,00 

1,3 Turistólogo 1 9 1.500,00 13.500,00 

1,4 Permacultor 1 7 1.500,00 10.500,00 

1,5 Biólogo 1 7 1.500,00 10.500,00 

1,6 Sanitarista 1 7 1.500,00 10.500,00 

1,7 Estagiários 3 2 350,00 2.100,00 

1,8 Presidente da Comunidade 5 9 350,00 15.750,00 

1,9 Vigia patrimônio físico 5 9 350,00 15.750,00 

1.10 Vigia patrimônio natural 5 9 350,00 15.750,00 

1,11 Atendente (escritório Novo Airão) 1 9 450,00 4.050,00 

1,12 Encargos C.L.T. - - 52.960,00 

1,13 Alimentação 12 5 200,00 12.000,00 

subtotal 27 80 11.850,00 197.360,00 

2. STAFF ACADEMICO (elaboração das cartilhas) 

2,1 Psico-pedagogo 1 6 4.000,00 24.000,00 

2,2 Biólogo / Ecólogo 1 6 3.000,00 18.000,00 

2,3 Permacultor / Agrônomo 1 3 3.000,00 9.000,00 

2,4 Turistólogo 1 3 3.000,00 9.000,00 

2,5 Antropólogo 1 3 3.000,00 9.000,00 

2,6 Médico-Sanitarista 1 2 5.000,00 10.000,00 

2,7 Engenheiro (projeto) 1 2 6.000,00 12.000,00 

subtotal 7 25 27.000,00 91.000,00 

3. STAFF OBRAS INFRA-ESTRUTURA 

3,1 Engenheiro 1 6 3.000,00 18.000,00 

44

3,2 Pedreiro 6 6 500,00 18.000,00 

3,3 Encanador 4 1 700,00 2.800,00 

3,4 Eletricista 1 1 800,00 800,00 

3,5 Carpinteiro 5 3 700,00 10.500,00 

3,6 Ajudantes 5 6 350,00 10.500,00 

subtotal 22 23 6.050,00 60.600,00 

4. OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 

4,01 Viveiros e estufas (permacultura) 5 4.000,00 20.000,00 

4,02 Fossas (detritos orgânicos e sabão) 40 800,00 32.000,00 

4,03 Aterro Sanitario 1 15.000,00 15.000,00 

4,04 Banheiros 80 500,00 40.000,00 

4,05 Escola M. Sustentavel + alojamento 3 40.000,00 120.000,00 

4,06 Reformas moradias 75 500,00 37.500,00 

4,07 Paineis solares + baterias + fiação 5 16.000,00 80.000,00 

4,08 Agua encanada 75 300,00 22.500,00 

4,09 Captação de águas 5 5.000,00 25.000,00 

4.10 Lixeiras e sistema de coleta 5 1.500,00 7.500,00 

4,11 Deck flutuante 5 6.000,00 30.000,00 

subtotal 89.600,00 429.500,00 

5. INSUMOS / EQUIPAMENTOS 

5,1 Material escolar 

5,1,1 cartilhas (impressão) 150 30,00 4.500,00 

5,1,2 cadernos/canetas/lapis/giz 150 24,00 3.600,00 

5,1,4 lousa 3 800,00 2.400,00 

5,1,5 cadeiras 150 50,00 7.500,00 

5,1,6 mesa 3 500,00 1.500,00 

5,2 Material turistico 

5,2,1 canoas 30 350,00 10.500,00 

5,2,2 remos 90 12,00 1.080,00 

5,2,3 facão 12 18,00 216,00 

5,3 Escritório-base em Novo Airão 

5,3,1 papel/canetas 1 150,00 150,00 

5,3,2 tel/fax/secretária 1 400,00 400,00 

5,3,3 computadores 2 1.500,00 3.000,00 

5,3,4 palm-top (gerente) 1 1.200,00 1.200,00 

5,3,5 bebedouro 1 200,00 200,00 

5,3,6 ar-condicionado (10.000 btus) 2 900,00 1.800,00 

5,3,7 mesas 3 400,00 1.200,00 

5,3,8 cadeiras 8 70,00 560,00 

5,3,9 estantes 2 500,00 1.000,00 

5,3,10 água / luz / telefone 1 12 200,00 2.400,00 

45

5,3,11 internet via satélite 1 12 150,00 1.800,00 

5,3,12 aluguel do imóvel 1 12 400,00 4.800,00 

5,4 Equipamentos de construção 

5,4,1 carrinho de mão 5 50,00 250,00 

5,4,2 martelos/pás/enxadas 20 20,00 400,00 

5,4,3 metro/prumo/esquadro 15 15,00 225,00 

5,4,4 pregos/linhas (kg) 35 7,00 245,00 

5,5 Material / Equipamentos de transporte 

5,5,1 combustivel - gasolina e óleo (litros) 6000 3,00 18.000,00 

5,5,2 motores de popa 3 12.000,00 36.000,00 

5,5,3 botes de aluminio 3 3.000,00 9.000,00 

5,6 Agrofloresta e criação de viveres 

5,6,1 sementes 5 2.000,00 10.000,00 

5,6,2 matrizes 5 4.000,00 20.000,00 

5,6 Freezer 5 1.000,00 5.000,00 

5,7 Radio VHF + antena 6 1.000,00 6.000,00 

Fase 1 - 3 

subtotal 154.926,00 

6. CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO 

6,1 Midia online 1 3 120.000,00 360.000,00 

6,2 Midia offline (indoor & outdoor) 1 3 120.000,00 360.000,00 

6,3 Assessoria de Imprensa 1 3 20.000,00 60.000,00 

6,4 Criação/Produção das peças 

6,4,1 banners e outros formatos online 80 1 300,00 24.000,00 

6,4,2 folders (criação e impressão) 3 1 8.000,00 24.000,00 

6,4,3 cartazes & backlights (criação e impr 5 1 4.000,00 20.000,00 

6,4,4 anuncios impressos (A4) 3 1 2.500,00 7.500,00 

6,4,5 outras peças / formatos 1 1 15.000,00 15.000,00 

Canais de 

6,5 Website (e-comerce e banco de dados 

6,5,1 produção 1 1 35.000,00 35.000,00 

6,5,2 registro fotográfico das crianças 1 1 2.000,00 2.000,00 

6,5,3 hospedagem 1 6 50,00 300,00 

6,6 Eventos 1 4 20.000,00 80.000,00 

6,7 Grande Benfeitor 1 6 30.000,00 180.000,00 

subtotal 100 32 376.850,00 1.167.800,00 

7. CENTRAL DE VENDAS (automatizada - Manaus) 

7,1 Atendente (salário + encargos) 1 4 1.100,00 4.400,00 

7,2 papel/canetas 1 150,00 150,00 

7,3 mesas 2 400,00 800,00 

7,4 cadeiras 6 60,00 360,00 

46

7,5 sofá 1 700,00 700,00 

7,6 estante 1 600,00 600,00 

7,7 computador 1 1.500,00 1.500,00 

7,8 laptop 1 2.500,00 2.500,00 

7,9 acesso a internet (DSL) 1 4 60,00 240,00 

7,10 fax/telefone 1 400,00 400,00 

7,11 bebedouro 1 200,00 200,00 

7,12 ar-condicionado (split 7500 btus) 1 1.200,00 1.200,00 

7,13 água / luz / telefone 1 4 200,00 800,00 

7,14 aluguel do imóvel + IPTU 1 4 900,00 3.600,00 

subtotal 22 23 9.970,00 17.450,00 

8. GESTÃO DA IMPLANTAÇÃO 

8,1 Evangelizador / Coordenador Geral 1 12 5.000,00 60.000,00 

8,2 Gerente Executivo-Financeiro + encargos 1 10 3.500,00 35.000,00 

8,3 ONG (assessoria técnica e capacitação 1 12 4.000,00 48.000,00 

8,4 Estadia e transporte (staff em transito) 1 12 2.000,00 24.000,00 

8,5 Treinamento (canal de vendas) 1 2 3.000,00 6.000,00 

8,6 Fundo emergencial (imprevistos) 1 1 50.000,00 50.000,00 

subtotal 22 23 67.500,00 223.000,00 

9. RESUMO 

9,1 STAFF ECO-VILA 197.360,00 

9,2 STAFF ACADEMICO 91.000,00 

9,3 STAFF OBRAS 60.600,00 

9,4 OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 429.500,00 

9,5 INSUMOS / EQUIPAMENTOS / ESTRUTURA 154.926,00 

9,6 CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO 1.167.800,00 

9,7 CENTRAL DE VENDAS 17.450,00 

9,8 GESTÃO DA IMPLANTAÇÃO 223.000,00 

9,9 Total Geral de Gastos 2.341.636,00 

Observações: 

1- Os gastos correspondem cronologicamente às etapas de implementação do projeto. 

Desta forma, os gastos com o Staff da Eco-Vila, por exemplo, começam a ser 

computados a partir da contratação dos profissionais, os gastos do escritório em Manaus 

a partir de sua ativação, e assim sucessivamente. 

A1.2) Ano 2 

47







1,2 Professores 3 12 1.500,00 54.000,00 

1,3 Turistólogo 1 12 1.500,00 18.000,00 

1,4 Permacultor 1 12 1.500,00 18.000,00 

1,5 Estagiários 3 12 350,00 12.600,00 



1,8 Vigia patrimônio natural 5 12 350,00 21.000,00 


1.10 Encargos C.L.T. 80.160,00 

1.11 Alimentação 10 12 200,00 24.000,00 

subtotal 25 108 8.800,00 304.560,00 



2,2 Biólogo / Ecólogo 1 1 3.000,00 3.000,00 

2,3 Permacultor / Agrônomo 1 1 3.000,00 3.000,00 

2,4 Turistólogo 1 1 3.000,00 3.000,00 

2,5 Antropólogo 1 1 3.000,00 3.000,00 

2,6 Médico-Sanitarista 1 1 5.000,00 5.000,00 

subtotal 6 6 21.000,00 21.000,00 


3,2 Pedreiro 1 3 500,00 1.500,00 

3,4 Eletricista 1 1 800,00 800,00 

3,5 Carpinteiro 1 3 700,00 2.100,00 

subtotal 3 7 2.000,00 4.400,00 


4.1 Material para reforma/manutenção 5 1.000,00 5.000,00 



48




5,2 Material turistico 


5,3,1 papel/canetas 1 150,00 150,00 

5,3,1O água / luz / telefone 1 12 200,00 2.400,00 





5,5,2 motores de popa (manutenção) 1 12 100,00 1.200,00 


5,6,1 sementes 1 2.000,00 2.000,00 

5,6,2 matrizes 1 4.000,00 4.000,00 



Fase 2 - 4 meses (2+2, médio-alto GRP) 

6,1 Midia online 1 4 60.000,00 240.000,00 



6,4 Criação/Produção das peças 1 1 50.000,00 50.000,00 


6,5,3 hospedagem do Website 1 12 50,00 600,00 

6,6 Eventos 1 1 40.000,00 40.000,00 

6,7 Grande Benfeitor 1 4 30.000,00 120.000,00 

subtotal 8 31 276.050,00 831.600,00 



7,2 papel/canetas 1 150,00 150,00 


7,13 água / luz / telefone 1 12 200,00 2.400,00 


subtotal 22 23 2.410,00 27.270,00 




8,2 ONG (assessoria técnica e capacitação) 1 12 4.000,00 48.000,00 


49



subtotal 22 23 37.500,00 197.000,00 

9. RESUMO 



9,3 STAFF OBRAS 4.400,00 



9,6 CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO 831.600,00 




Observações: 

1- Todos os bens de consumo duráveis e obras de infra-estrutura deixam de constar 

nesta planilha. 

2- O Staff Acadêmico, à exceção do Engenheiro que não mais constará na folha de pagto, 

será todo re-contratado pelo periodo de 1 mês a titulo de revisão da cartilha de ensino, 

ouvindo atentamente o feedback dado pelos professores após o primeiro ano letivo. 

3- O Staff da Eco-Vila deixa de ter o Biólogo e o Médico Sanitarista, pois o projeto crê que 

o know-how de suas atribuições será assimilado pelos ribeirinhos em 7 meses. 

4- Relativo às obras de infra-estrutura, estamos prevendo a contratação por periodo 

reduzido de 1 pedreiro, 1 carpinteiro e 1 eletricista para eventuais ajustes/reformas nas 5 

comunidades. 

5- A campanha de divulgação sai da fase de lançamento e entra na fase de sustentação, 

ainda com alto GRP. Ainda serão mantidos a figura do Grande Benfeitor e 1 grande 

evento para angariar mais BESs. 

A1.3) Ano 3 

50







1,2 Professores 3 12 1.800,00 64.800,00 

1,3 Turistólogo 1 12 1.800,00 21.600,00 

1,4 Permacultor 1 12 1.800,00 21.600,00 

1,5 Estagiários 3 12 350,00 12.600,00 





1,10 Encargos C.L.T. 97.440,00 

1.11 Alimentação 10 12 200,00 24.000,00 

subtotal 25 108 10.600,00 365.040,00 



subtotal 1 1 4.000,00 4.000,00 


3,4 Eletricista 1 1 800,00 800,00 

3,5 Carpinteiro 1 3 700,00 2.100,00 

subtotal 2 4 1.500,00 2.900,00 







5,1,2 cadernos/canetas/lapis/giz 


150 24,00 3.600,00 

51

5,3,1 papel/canetas 1 150,00 150,00 








5,6,1 sementes 1 2.000,00 2.000,00 

5,6,2 matrizes 1 4.000,00 4.000,00 

Fase 2 - 4 

Canais de 



6,1 Midia online 1 4 60.000,00 240.000,00 






6,6 Eventos 1 1 40.000,00 40.000,00 

subtotal 7 27 246.050,00 711.600,00 



7,2 papel/canetas 1 150,00 150,00 




subtotal 22 23 2.410,00 27.270,00 







subtotal 22 23 35.000,00 167.000,00 

52

9. RESUMO 










Observações 

1- Inicia-se a fase 1 do Plano de Carreira, com aumentos reais de salário na ordem de 15 

a 30%. 

2- O Staff Acadêmico (Cartilhas) passa a contar apenas com a Psico-Pedagoga para 

revisões/re-adequações de caráter metodológico e lúdico. 

3- A Campanha de Divulgação deixa de ter a figura promocional do Grande Benfeitor e 

impulsiona-se por seu próprio mérito. 

4- A ONG encerra seu serviço de consultoria. 

A1.4) Ano 4 







1,2 Professores 3 12 1.800,00 64.800,00 

1,5 Estagiários 3 12 350,00 12.600,00 





1,1O Encargos C.L.T. 80.160,00 

1.11 Alimentação 10 12 200,00 24.000,00 

subtotal 23 84 7.000,00 304.560,00 

53


3,4 Eletricista 1 1 800,00 800,00 

3,5 Carpinteiro 1 3 700,00 2.100,00 

subtotal 2 4 1.500,00 2.900,00 









5,3,1 papel/canetas 1 150,00 150,00 






Fase 2 - 4 

Canais de 



6,1 Midia online 1 4 60.000,00 240.000,00 






6,6 Eventos 1 1 40.000,00 40.000,00 

subtotal 7 27 246.050,00 711.600,00 



7,2 papel/canetas 1 150,00 150,00 




subtotal 22 23 2.410,00 27.270,00 

54



Gerente Executivo-Financeiro + encargos 1 12 4.500,00 54.000,00 




subtotal 22 23 36.000,00 179.000,00 

9. RESUMO 









Observações 

1- O Staff da Eco-Vila deixa de ter o Permacultor e o Turistólogo, pois o projeto crê que 

seu know-how já foi assimilado e amadurecido pelos ribeirinhos, dando eles próprios 

continuidade ao trabalho. 

2- Sendo assim cai em 30% o consumo de combustível, em virtude da diminuição dos 

traslados de voadeira. 

A1.5) Ano 5 







1,2 Professores 3 12 1.800,00 64.800,00 

1,5 Estagiários 3 12 350,00 12.600,00 





55

1,1O Encargos C.L.T. 80.160,00 

1.11 Alimentação 10 12 200,00 24.000,00 

subtotal 23 84 7.000,00 304.560,00 


3,4 Eletricista 1 1 800,00 800,00 

3,5 Carpinteiro 1 3 700,00 2.100,00 

subtotal 2 4 1.500,00 2.900,00 









5,3,1 papel/canetas 1 150,00 150,00 





5,5,2 aquisição de novos motores de popa 3 14.000,00 42.000,00 

Fase 2 - 4 

Canais de 



6,1 Midia online 1 4 60.000,00 240.000,00 






6,6 Eventos 1 1 40.000,00 40.000,00 

subtotal 7 27 246.050,00 711.600,00 



56

7,2 papel/canetas 1 150,00 150,00 




subtotal 22 23 2.410,00 27.270,00 



Gerente Executivo-Financeiro + encargos 1 12 4.500,00 54.000,00 




subtotal 22 23 36.000,00 179.000,00 

9. RESUMO 









Observação: São adquiridos novos motores de popa. 

A1.6) Valor dos Pacotes e Relação das Embarcações (com total de leitos) 

Turista Eco-Social e Empresa Amiga da Amazônia 

1. PREÇO DOS PACOTES* (valor anual) 

item quantidade valor valor valor 

unitário (US$) unitário (R$) total (R$) 

1,1 TURISTA ECO-SOCIAL 

1.1.1 pacote Criança Feliz (cruzeiro + ado 1 1.200,00 2.640,00 2.640,00 

1.1.2 pacote turistico (cruzeiro 4 dias) 1 660,00 1.452,00 1.452,00 

1.1.3 pacote social (adoção) 1 660,00 1.452,00 1.452,00 

1,2 EMPRESA AMIGA DA AMAZÔNIA 

1.2.1 Pacotes Eco-sociais 

1.2.1.2 Familia Feliz (standard) 1 3.300,00 7.260,00 7.260,00 

57

1.2.1.3 Comunidade Feliz (special) 1 26.400,00 58.080,00 58.080,00 

1.2.1.4 Amazônia Preservada (premium) 1 132.000,00 290.400,00 290.400,00 

1.2.2 Pacotes Turisticos (cruzeiro 4 dias) 

1.2.2.1 grupo 10 pessoas (10% off) 1 5.940,00 13.068,00 13.068,00 



1. EMBARCAÇÕES DA AOBT QUE ATENDEM AS ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO 

item nº de leitos categoria em operação empresa 

proprietária 

1 Belle Amazon 18 Iate sim Belle Amazon 

2 Premium 32 Regional luxo sim Amazon Clipper 

3 Amazon Clipper 16 Regional luxo sim Amazon Clipper 

4 Dona Selly 16 Regional luxo sim Amazon Clipper 

5 Santana I 14 Iate sim Iates Santana 

6 Santana II 14 Iate sim Iates Santana 

7 Santana III 14 Iate sim Iates Santana 

8 Forest I 18 Iate sim Barcos Forest 

9 Forest II 18 Iate sim Barcos Forest 

10 Yana 20 Iate sim Yana Ecofishing 

11 Harpie Eagle 16 Regional luxo sim Amazon Expeditions 

12 Cicla Ocilarys 16 Regional luxo sim Amazon Expeditions 

13 Vitoria Amazonica 20 Regional luxo sim Amazon Expeditions 

total de leitos 232 

* US$ 150,00/dia/pax - preço médio da baixa temporada operado pelas empresas da AOBT 

US$ 600,00/ano/criança - valor a que se chegou tendo como base o custo anual do staff de operação de 1 

Eco-Vila. 

A1.8) Projeção Financeira de Entradas X Saidas 

Projeção 1: Cruzeiros com 50% ocupação + 100% meta dos Pacotes Sociais 

2. CRUZEIROS FLUVIAIS - ENTRADAS - Projeção 50% de ocupação 


PACOTES/ANO* 6032 

2,1 TURISTA ECO-SOCIAL 


2.1.1 (cruzeiro + adoção) >> meta 10% share 603,2 1.200,00 2.640,00 1.592.448,00 

58

2.1.2 (cruzeiro 4 dias) >> meta 75% share 4524 690,00 1.518,00 6.867.432,00 

2,2 EMPRESA AMIGA DA AMAZÔNIA** 

2.2.1 grupo 10 pax (desc 10%) >> meta 5 301,6 621,00 1.366,20 412.045,92 



total 6032 3.546,00 2.640,00 9.558.669,12 

REPASSES 

Fundo Turistico (50% 2.1.1 + 87% 2.1.2, 2.2.1, 2.2.2, 2.2.3) 7.726.836,37 

Fundo de Mkt (10% 2.1.1 + 13% 2.1.2, 2.2.1, 2.2.2, 2.2.3) 1.194.853,55 

Fundo Academico-Social (40% 2.1.1) 636.979,20 

total geral 9.558.669,12 

* 50% do total de leitos das 13 embarcações de primeira classe da AOBT, com 1 saida semanal ao longo de 1 ano de operação. 

** desconto dado a grupos corporativos das empresas que aderirem a qualquer um dos pacotes eco-sociais 

4. PACOTES SOCIAIS - PROJEÇÃO DE ENTRADAS - META 100% 

4.1 TURISTA ECO-SOCIAL 



4.1.1 pacote social (adoção) >> meta 250 690,00 1.518,00 379.500,00 

4.2 EMPRESA AMIGA DA AMAZÔNIA 

4.2.1 pacote Familia Feliz >> meta 120 3.450,00 7.590,00 910.800,00 

4.2.2 pacote Comunidade Feliz (5 quotas) 0 27.600,00 60.720,00 - 

4.2.3 pacote Amazônia Preservada (1 quota) 1 138.000,00 303.600,00 303.600,00 

total 371 169.740,00 1.518,00 1.593.900,00 

4.3 REPASSES 

Fundo Turistico (18% 4.2.1 + 9% 4.2.2 + 6% 4.2.3) 182.160,00 

Fundo Academico-Social (87% 4.1.1 + 69% 4.2.1 + 78 1.204.533,00 

Fundo de Marketing (8% 4.1.1, 4.2.1, 4.2.2, 4.2.3) 127.512,00 

Fundo de Manutenção (5% 4.1.1) 18.975,00 

Comissão dos Agentes de Networking (5% 4.2.1, 4.2. 60.720,00 

total geral 1.593.900,00 

5. PROJEÇÃO 1 - ENTRADAS X SAIDAS (50% de ocupação + pacotes sociais. Amortização em 3 anos. Valores em R$) 

INVESTIDORES - APORTE INICIAL 2.341.636,00 

Aporte Entradas Saídas Saldo 

1º ano Fundo Turistico* 1.318.166,06 

Fundo Acadêmico-Social* 306.918,70 306.918,70 

59

Fundo de Marketing* 220.394,26 220.394,26 

Fundo de Manutenção* 3.162,50 3.162,50 

Saldo - Ano 1** 530.475,46 

INVESTIDORES - APORTE FINAL 1.431.480,00 

2º ano Fundo Turistico 7.908.996,37 

Fundo Acadêmico-Social 1.841.512,20 1.841.512,20 

Fundo de Marketing 1.322.365,55 1.322.365,55 

Fundo de Manutenção 18.975,00 18.975,00 

Saldo - Ano 2** 3.713.328,20 

RETORNO AOS INVESTIDORES (50%) 1.886.558,00 1.826.770,20 

3º ano*** Fundo Turistico 9.095.345,83 

Fundo Acadêmico-Social 2.117.739,03 606.860,00 1.510.879,03 

Fundo de Marketing 1.520.720,38 711.600,00 809.120,38 

Fundo de Manutenção 21.821,25 10.000,00 11.821,25 

Saldo - Ano 3 4.158.590,86 

RETORNO AOS INVESTIDORES (50%) 1.886.558,00 2.272.032,86 




Fundo de Manutenção 21.821,25 10.000,00 11.821,25 

Saldo - Ano 4 4.668.333,52 




Fundo de Manutenção 21.821,25 52.000,00 -30.178,75 

Saldo - Ano 5 7.022.634,18 

* relativo a 2 meses de operação (mês 11 e 12 do Ano 1 - inicio dos cruzeiros) 

** acumulo de todos os fundos exceto o Turistico, cujos recursos e contabilidade são i 

*** aumento projetado de 15% no fluxo turistico, fruto da divulgação, evolução e amadurecimento do produto 

60

Projeção 2: Cruzeiros com 20% ocupação + 50% meta dos Pacotes Sociais 

3. CRUZEIROS FLUVIAIS - ENTRADAS - Projeção 20% de ocupação 


3.1 PACOTES/ANO* 2412 



3.2.1 (cruzeiro + adoção) >> meta 10% sh 241,2 1.200,00 2.640,00 636.768,00 

3.2.2 (cruzeiro 4 dias) >> meta 75% share 1809 690,00 1.518,00 2.746.062,00 

3.3 EMPRESA AMIGA DA AMAZÔNIA** 




total 2412 3.546,00 2.640,00 3.822.199,92 

3.4 REPASSES 

Fundo Turistico (50% 3.2.1 + 87% 3.2.2, 3.3.1, 3.3.2, 3.3.3) 3.089.709,77 

Fundo de Mkt (10% 3.2.1 + 13% 3.2.2, 3.3.1, 3.3.2, 3.3.3) 477.782,95 

Fundo Academico-Social (40% 3.2.1) 254.707,20 

total 3.822.199,92 

* 25% do total de leitos das 13 embarcações de primeira classe da AOBT, com 1 saida semanal ao longo de 1 ano de operação. 

** descontos dados a grupos corporativos das empresas que aderirem ao qualquer um dos pacotes eco-sociais 

4. PACOTES SOCIAIS - PROJEÇÃO DE ENTRADAS - 50% da meta 




4.1.1 pacote social (adoção) 125 690,00 1.518,00 189.750,00 

4.2 EMPRESA AMIGA DA AMAZÔNIA 

4.2.1 pacote Familia Feliz 60 3.450,00 7.590,00 455.400,00 

4.2.2 pacote Comunidade Feliz (5 quotas) 0 27.600,00 60.720,00 - 

4.2.3 pacote Amazônia Preservada (1 quot 1 138.000,00 303.600,00 303.600,00 

total 186 169.740,00 1.518,00 948.750,00 

4.3 REPASSES 

Fundo Turistico (18% 4.2.1 + 9% 4.2.2 + 6% 4.2.3) 100.188,00 

Fundo Academico-Social (87% 4.1.1 + 69% 4.2.1 + 78 725.224,50 

Fundo de Marketing (8% 4.1.1, 4.2.1, 4.2.2, 4.2.3) 75.900,00 

Fundo de Manutenção (5% 4.1.1) 9.487,50 

Comissão dos Agentes de Networking (5% 4.2.1, 4.2. 37.950,00 

61

total geral 948.750,00 

6. PROJEÇÃO 2 - ENTRADAS X SAIDAS (ocupação 20% + pacotes sociais 40% abaixo da meta. Amortização em 7 anos) 

INVESTIDORES - APORTE INICIAL 2.341.636,00 

Aporte Entradas Saídas Saldo 

1º ano Fundo Turistico* 531.649,63 

Fundo Acadêmico-Social* 163.321,95 163.321,95 

Fundo de Marketing* 92.280,49 92.280,49 

Fundo de Manutenção* 1.581,25 1.581,25 

Saldo - Ano 1** 257.183,69 

INVESTIDORES - APORTE FINAL 1.431.480,00 


Fundo Acadêmico-Social 979.931,70 979.931,70 

Fundo de Marketing 553.682,95 553.682,95 

Fundo de Manutenção 9.487,50 9.487,50 

Saldo - Ano 2 1.800.285,84 

RETORNO AOS INVESTIDORES (25%) 943.279,00 857.006,84 

3º ano*** Fundo Turistico 3.668.382,44 

Fundo Acadêmico-Social 1.126.921,46 606.860,00 520.061,46 

Fundo de Marketing 636.735,39 711.600,00 -74.864,61 

Fundo de Manutenção 10.910,63 10.000,00 910,63 

Saldo - Ano 3 2.246.393,31 

RETORNO AOS INVESTIDORES (25%) 943.279,00 1.303.114,31 




Fundo de Manutenção 10.910,63 10.000,00 910,63 

Saldo - Ano 4 1.813.701,79 





62

Fundo de Manutenção 10.910,63 52.000,00 -41.089,38 

Saldo - Ano 5 1.339.010,26 


* relativo a 2 meses de operação (mês 11 e 12 do Ano 1 - inicio dos cruzeiros) 

** acumulo de todos os fundos exceto o Turistico, cujos recursos e contabilidade são inerentes a cada operadora 

*** aumento projetado de 15% no fluxo turistico, fruto da divulgação, evolução e amadurecimento do produto 

A1.9) Projeção do impacto econômico na comunidade 

Planilha Projeção de Impacto na Comunidade 

1. IMPACTO ECONOMICO DECORRENTE DA VISITAÇÃO 

Comunidade da Eco-Vila Baixo Rio Negro 

item quantidade por comunidade ticket arrecadação/mês 

pax na semana médio (R$) por comunidade 

1.1 Cruzeiros com 50% de ocupação 

1.1.1 compra de artesanato e produtos da floresta 6032 23 35 3.220,00 

1.1.2 contratação de mão de obra (guias, canoeiros, etc) 8 40 1.280,00 

1.1.3 outros (culinária, comércio, plantas medicinais, etc) 500,00 

total 5.000,00 

63

Apêndice 2 - Atrações turisticas da região 

orla fluvial de Novo Airão 

passeio de voadeira/canoa pelos igarapés de terra-firme 

passeio de barco pelos lagos de Anavilhanas 

64

Botos dóceis na orla das comunidades 

Praias do Rio Negro 

65

Turismo Ecossocial, Educação Ambiental e Capacitação - Banco da ...

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