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Fernando Negrão - ANBP

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6<br />

Alto Risco<br />

Abril de 2011<br />

dispositivo 2011<br />

Governo reduz<br />

11,5 milhões no<br />

combate a incêndios<br />

O dispositivo de combate a incêndios<br />

deste ano deverá contar com 41 meios<br />

aéreos e 9210 elementos na fase Charlie,<br />

considerada a mais crítica da época dos<br />

incêndios. Uma redução que vai permitir<br />

ao Estado poupar cerca de 11,5 milhões<br />

de euros em relação ao ano passado.<br />

A Directiva Operacional Nacional<br />

- Dispositivo Especial de Combate a Incêndios<br />

Florestais de 2011 (DECIF) – foi<br />

apresentada a 19 de Abril. De acordo<br />

com o Secretário de Estado da Protecção<br />

Civil, Vasco Franco, “é uma redução<br />

menor do que aquela a que chegamos a<br />

temer”.<br />

A Autoridade Nacional de Protecção<br />

Civil vai investir 45 milhões de euros nos<br />

meios aéreos e 17 milhões de euros no<br />

dispositivo terrestre, num total de 62 milhões<br />

de euros.<br />

Em termos práticos, a fase mais crítica<br />

no combate aos incêndios florestais<br />

– entre 1 de Julho e 30 de Setembro –<br />

contará com 34 helicópteros médios e<br />

ligeiros para ataque inicial, cinco helicópteros<br />

pesados e dois aviões anfíbios<br />

para o ataque ampliado. No que toca<br />

Medidas de<br />

a meios terrestres, o dispositivo inclui<br />

9210 elementos, 2197 equipas, grupos ou<br />

brigadas das diferentes forças e serviços<br />

envolvidos e 2019 viaturas. Feitas as contas,<br />

em 2011 estarão disponíveis menos<br />

15 meios aéreos, menos 158 viaturas e<br />

menos 800 operacionais no terreno.<br />

Este ano, o Governo não deverá<br />

contratar os habituais Canadair. Foi, entretanto,<br />

aberto um concurso público internacional<br />

para a contratação de aviões<br />

anfíbios, cuja capacidade de transporte<br />

de água é de cerca de metade dos primeiros.<br />

Foram ainda integradas no dispositivo<br />

12 máquinas de rasto, cedidas pela Autoridade<br />

Florestal Nacional, quatro das<br />

quais com disponibilidade permanente.<br />

De acordo com a Protecção Civil, estas<br />

máquinas “compensam em alguma medida<br />

a diminuição de outros meios”, sendo<br />

ainda “os corpos de bombeiros dotados<br />

com terminais SIRESP que permitirão<br />

melhorar a vertente das comunicações”.<br />

Em 2010 estiveram operacionais na<br />

fase Charlie 9985 elementos, 2177 veículos<br />

e 56 meios áereos.<br />

prevenção para<br />

“período crítico”<br />

O Governo já determinou o chamado<br />

“período crítico” de incêndios florestais<br />

para 2011. Assim sendo, entre 1 de Julho<br />

e 30 de Setembro de 2011, de acordo com<br />

o comunicado de imprensa da Autoridade<br />

Nacional Florestal, devem ser aplicadas<br />

medidas especiais de prevenção<br />

de incêndios florestais, quer nos espaços<br />

florestais, quer nos espaços rurais.<br />

Assim sendo, não é permitido fumar<br />

ou fazer lume no interior das florestas ou<br />

nas vias que as delimitam, nem realizar<br />

queimadas nem lançar quaisquer tipos<br />

de foguetes.<br />

Já no que toca aos espaços rurais, a<br />

utilização de fogo de artifício está sujeita<br />

a autorização prévia da Câmara Municipal.<br />

Não é também permitido realizar<br />

fogueiras para recreio, lazer ou para confecção<br />

de alimentos, bem como utilizar<br />

equipamentos de queima e de combustão<br />

destinados à iluminação ou à confecção<br />

de alimentos, excepção feita às zonas de<br />

lazer.<br />

De acordo com os dados provisórios<br />

apurados pela Autoridade Florestal Nacional<br />

(AFN), até ao dia 31 de Março<br />

registaram-se 1199 ocorrências no território<br />

de Portugal Continental, que resultaram<br />

em 3424 hectares de área ardida<br />

(574 de povoamento e 2845 hectares de<br />

mato).<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

Incêndios Meios de combate em 2011<br />

15 MAIO<br />

30 JUNHO<br />

1 JULHO<br />

AGOSTO<br />

30 SETEMBRO<br />

1 a 15 OUTUBRO<br />

41 MEIOS AÉREOS<br />

na Fase Charlie, em<br />

2011, menos 15 do<br />

que em 2010<br />

2197<br />

equipas<br />

12<br />

máquinas de<br />

rasto cedidas<br />

pela Autoridade<br />

Florestal Nacional,<br />

qutrodas quais com<br />

disponibilidade permanente<br />

17<br />

MILHÕES DE EUROS<br />

verba destinada aos<br />

meios terrestres, em<br />

2011, menos 1,5 milhões<br />

de euros do que em<br />

2010<br />

FASE BRAVO<br />

FASE DELTA<br />

9210<br />

ELEMENTOS<br />

na Fase Charlie, em<br />

2011, menos 775 do<br />

que em 2010<br />

45<br />

MILHÕES DE EUROS<br />

verba destinada aos<br />

meios aéreos, em 2011,<br />

menos 10 milhões de<br />

euros que em 2010<br />

FASE CHARLIE<br />

Fase principal - período<br />

de maior risco<br />

237<br />

postos de<br />

vigia na Fase<br />

Charlie<br />

Fonte: JN<br />

2019<br />

viaturas<br />

34<br />

helicópteros<br />

médios e<br />

ligeiros<br />

5<br />

helicópteros<br />

pesados<br />

2<br />

aviões anfíbios<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

notícias<br />

Coimbra vive incêndio<br />

real depois de simulacro<br />

Um simulacro de incêndio na Baixa de<br />

Coimbra permitiu demonstrar que os bombeiros<br />

“têm capacidade para combater” o<br />

fogo e prestar socorro nas artérias mais estreitas,<br />

durante a manhã de dia 14 de Abril,<br />

de acordo com o comandante da Companhia<br />

dos Sapadores Bombeiros de Coimbra.<br />

“Este era um dos nossos objectivos:<br />

demonstrar que mesmo nesses locais temos<br />

capacidade de chegar lá, combater os<br />

sinistros e evacuar as pessoas”, declarou à<br />

Lusa o Tenente-Coronel Avelino Carvalho<br />

Dantas.<br />

O responsável disse que os Bombeiros<br />

Sapadores de Coimbra (BSC), ao avançarem<br />

com a realização do simulacro, quiseram<br />

“testar os meios e, de algum modo, sossegar<br />

a população”, o que na sua opinião<br />

foi conseguido.<br />

A operação experimental, realizada a<br />

partir das 10h30, visou combater um fogo<br />

num prédio na zona da travessa e da rua<br />

das Canivetas, onde “não chega qualquer<br />

viatura” de quatro rodas.<br />

Breves<br />

EMA: Helicópteros voaram em<br />

média 942 horas por ano<br />

Alto Risco<br />

Abril de 2011 7<br />

Em apenas 4 anos (de 2007 a 2011) os helicópteros Kamov e Ecureuil da<br />

Empresa de Meios Aéreos (EMA) já efectuaram cerca de 7.551 horas de voos<br />

em diversas missões de socorro. De acordo com informações facultadas pela<br />

EMA, para além dos cerca de 3767 voos em missões de vigilância de trânsito,<br />

transporte de órgãos de transplante, combate a incêndios florestais entre<br />

outras, foram também ”realizados voos de formação e treino que garantiram<br />

elevados níveis de proficiência às tripulações”, adianta.<br />

Loulé sem meios aéreos<br />

“A Baixa tem, por outro lado, algumas<br />

áreas de silêncio, onde as comunicações<br />

via rádio não funcionam”, implicando a<br />

deslocação para outros pontos ou mesmo<br />

a comunicação à voz, segundo Avelino Carvalho<br />

Dantas. O objectivo do simulacro no<br />

domínio das comunicações “não foi conseguido<br />

na íntegra”.<br />

Horas depois, um incêndio deflagrou<br />

num prédio na Rua Visconde de Luz, na<br />

Baixa. As chamas deflagraram nas águas<br />

furtadas de um edifício e destruíram parcialmente<br />

o piso onde funcionava o “Armazém<br />

Americano”.<br />

A mudança de um helicóptero sediado no heliporto de Loulé para Beja está<br />

a preocupar bombeiros e autarcas algarvios. De acordo com os responsáveis<br />

esta transferência vai deixar esta zona da região algarvia desprotegida sem<br />

qualquer meio aéreo, colocando em perigo a serra do Caldeirão. Em 2004 esta<br />

serra, situada na fronteira entre o litoral e barrocal Algarvios e as planícies do<br />

Baixo Alentejo, acabou devastada por um incêndio devido à ajuda tardia dos<br />

meios aéreos, relembrou Seruca Emídio, presidente da C.M. Loulé em declarações<br />

ao Correio da Manhã. A transferência deste helicóptero para Beja poderá<br />

colocar novamente a serra em perigo.<br />

Incêndio no Porto faz uma vítima mortal<br />

Uma mulher morreu num incêndio no rés-do-chão de um prédio, no Porto.<br />

A vítima, com cerca de 50 anos, terá morrido por inalação de fumo.<br />

O incêndio deflagrou perto das 9h00, na sala da habitação, sem causa<br />

conhecida. No combate às chamas estiveram os Sapadores e os Voluntários<br />

portuenses.

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