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Dissertação inteira - Repositório Institucional da UFSC

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Agradecimentos:<br />

sobre graças e obrigações<br />

Um trabalho, seja de qual espécie for, não se faz sozinho. Por<br />

mais que se queira atribuir a um único indivíduo uma metodologia<br />

solipsista ou a um atomizante mérito a sua razão de ser, qualquer<br />

trabalho é tributário <strong>da</strong>s condições intersubjetivas que o engendraram,<br />

ain<strong>da</strong> que isto não implique o obscurecimento <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong>de deste<br />

processo, assim como o reconhecimento desta responsabili<strong>da</strong>de não<br />

afasta o motor social de sua impulsão.<br />

Por isso mesmo, antes de apresentar a público os caminhos e<br />

descaminhos deste trabalho acadêmico, devo situá-lo no contexto<br />

intersubjetivo que o informou. Daí meus agradecimentos a abrirem esta<br />

dissertação. Daí também a razão de ser para que o texto que segue seja<br />

escrito no plural ao passo que estas preliminares sê-lo-ão no singular.<br />

Depois de encerra<strong>da</strong>, fará sentido o “nós” do narrador.<br />

Em língua portuguesa, costumamos nos obrigar com quem é o<br />

destinatário de nosso agradecimento. Dizemos: obrigado! Em língua<br />

espanhola, entretanto, realçamos o aspecto <strong>da</strong> gratidão desprendi<strong>da</strong>.<br />

Falamos: ¡gracias! Independentemente <strong>da</strong> origem etimológica, que<br />

neste caso é necessariamente colonial (algo de que nunca devemos nos<br />

esquecer), os agradecimentos, quando completos, comportam estas duas<br />

quali<strong>da</strong>des. Portanto, ao abaixo agradecer às tantas subjetivi<strong>da</strong>des que<br />

nos inter-feriram, faço-o de modo a confirmar que em minha graça –<br />

gratui<strong>da</strong>de e gracejo desapegados – estão e, ao mesmo tempo, fixar<br />

minha obrigação para com eles. E que obrigação seria esta? A de uma<br />

inconformi<strong>da</strong>de com o mundo que aí-está e um comprometimento com a<br />

criação do não-lugar-ain<strong>da</strong>.<br />

Assim é que me recordo de meu passado. Passei pelo mundo<br />

agradecendo a formação possível que a escola pública pôde me oferecer.<br />

Estu<strong>da</strong>nte que sempre fui <strong>da</strong> escola pública, nos ensinos fun<strong>da</strong>mental,<br />

médio e superior, também agora, quando de minha pós-graduação, devo<br />

algo a este espaço. À Universi<strong>da</strong>de Federal de Santa Catarina, por meio<br />

do Curso de Pós-Graduação em Direito, e à CAPES, pelo financiamento<br />

de minha esta<strong>da</strong> em Florianópolis, meu primeiro agradecimento.<br />

Antes, porém, de agradecer ao estado, devo reconhecer o que<br />

ver<strong>da</strong>deiramente constitui este espaço. Minha saí<strong>da</strong> de Curitiba –<br />

aventureira e pouco sustentável – foi recompensa<strong>da</strong> pelos encontros<br />

florianopolitanos. Dos meses iniciais de apertos, restaram os amigos que<br />

se recém-constituíam. Antes de tudo, tive o privilégio de integrar o<br />

Núcleo de Estudos e Práticas Emancipatórias – NEPE/<strong>UFSC</strong>, ao<br />

IX

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