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prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

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RICARDO GRAÇA<br />

O SEMANÁRIO DA REGIÃO E DO DISTRITO<br />

Semanário Regional | Director José Ribeiro Vieira | Director-Adjunto João Nazário<br />

Ano XXV | Edição <strong>1361</strong> | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, Lda.<br />

Rua Comandante João Belo, nº 31 Apt.1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244 800 400 | Fax 244 800 401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Pedro Burmester, pianista<br />

● A regionalização é um passo necessário<br />

● Em Portugal só se investe em turismo<br />

para ‘super ricos’<br />

ENTREVISTA PÁGS 18 A 19<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> e Caldas<br />

com maior po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra do que <strong>Leiria</strong><br />

O distrito tem três municípios (Marinha Gran<strong>de</strong>, Caldas da Rainha e<br />

<strong>Leiria</strong>) entre os 50 concelhos do País com maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra,<br />

não existindo nenhum entre os últimos 50. Os dados constam <strong>de</strong> um<br />

estudo do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, que coloca Figueiró dos<br />

Vinhos no último lugar do distrito. PÁGINA 8<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Associação <strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação acusa<br />

Gran<strong>de</strong>s superfícies cortam no peso<br />

do pão para manter preço<br />

Seja por culpa do embargo <strong>de</strong> cereais <strong>de</strong>cretado pelo governo russo ou por mera especulação, a<br />

farinha tem vindo a encarecer e o seu preço po<strong>de</strong>rá aumentar até 50% em mês e meio. A associação<br />

<strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação não sabe que efeito po<strong>de</strong> ter esse aumento na bolsa dos consumidores,<br />

mas adverte que algumas superfícies vão cortar no peso do pão. PÁGINA 21<br />

Alimentação vegetariana e macrobiótica<br />

ganha a<strong>de</strong>ptos<br />

REGIÃO<br />

Assunção Cristas<br />

é a <strong>de</strong>putada<br />

por <strong>Leiria</strong><br />

mais activa<br />

Assunção Cristas, do CDS-PP,<br />

foi a <strong>de</strong>putada do distrito que<br />

apresentou mais requerimentos<br />

e perguntas aos membros<br />

do Governo, na última sessão<br />

legislativa. PÁGINA 15<br />

Ourém admite<br />

abandonar<br />

Região <strong>de</strong> Turismo<br />

<strong>Leiria</strong>-Fátima<br />

O autarca <strong>de</strong> Ourém admite<br />

passar para o Turismo <strong>de</strong> Lisboa<br />

e Vale do Tejo se o aeroporto<br />

regional avançar em<br />

Monte Real em <strong>de</strong>trimento<br />

<strong>de</strong> Fátima. PÁGINA 9<br />

Bombeiro<br />

<strong>de</strong> Alcobaça<br />

morre<br />

em incêndio<br />

PUB<br />

ABERTURA PÁGS. 4 E 5<br />

Um bombeiro voluntário <strong>de</strong><br />

Alcobaça morreu quando combatia<br />

um incêndio em S. Pedro<br />

do Sul, após capotamento da<br />

viatura on<strong>de</strong> seguia. Outro bombeiro<br />

ficou ferido. PÁGINA 13


➔<br />

➔<br />

➔<br />

➔<br />

2 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

LHO CLÍNICO<br />

JOSÉ CARLOS RAMOS<br />

A conjugação<br />

<strong>de</strong> esforços,<br />

envolvendo o<br />

Estado, a<br />

câmara e a<br />

misericórdia<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, permitiu à<br />

irmanda<strong>de</strong>, li<strong>de</strong>rada por<br />

José Carlos Ramos, avançar<br />

com a construção <strong>de</strong> uma<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados<br />

<strong>de</strong> longa duração,<br />

que <strong>de</strong>verá começar nos<br />

próximos dias.<br />

ASSUNÇÃO CRISTAS<br />

A <strong>de</strong>putada do<br />

CDS-PP eleita<br />

pelo círculo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>stacou-se<br />

entre<br />

os restantes<br />

parlamentares do distrito,<br />

ao apresentar o número<br />

mais elevado <strong>de</strong> perguntas<br />

e requerimentos a membros<br />

do Governo, na última sessão<br />

legislativa. Assunção<br />

Cristas justifica o bom<br />

<strong>de</strong>sempenho com o facto os<br />

<strong>de</strong>putados do CDS-PP<br />

serem “muito trabalhadores<br />

e produtivos”.<br />

JOÃO SALGUEIRO<br />

Os promotores<br />

<strong>de</strong> um hotel<br />

quatro estrelas,<br />

que irá<br />

nascer em<br />

Porto <strong>de</strong> Mós,<br />

apontam o emprenhamento<br />

da câmara, li<strong>de</strong>rada por<br />

João Salgueiro, como um<br />

dos factores que <strong>de</strong>terminou<br />

a escolha do concelho<br />

para construir o empreendimento.<br />

Esta não é a primeira<br />

vez que a <strong>de</strong>terminação<br />

do autarca em captar novos<br />

investimentos é elogiada<br />

por empresários.<br />

MIGUEL CARVALHO<br />

O atleta <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 18<br />

anos, foi o primeiroclassificado,<br />

na disciplina<br />

<strong>de</strong><br />

kayaksurf HP. Já na disciplina<br />

<strong>de</strong> kayaksurf IC, Miguel<br />

Carvalho, que <strong>de</strong>ixou para<br />

trás aquele que é o melhor<br />

do mundo, ficou em segundo.<br />

Na prova internacional,<br />

venceu o escalão <strong>de</strong> juniores,<br />

em HP, e ficou no quarto<br />

lugar na geral, na mesma<br />

disciplina. Em kayaksurf IC<br />

alcançou a terceira posição.<br />

Chegou Agosto. E, pelo menos aparentemente, este Agosto não parece<br />

muito diferente <strong>de</strong> todos os outros. É, por excelência, o mês das férias,<br />

do regresso a casa dos emigrantes - cada vez menos regressos -, do<br />

calor... Este ano com muito calor.<br />

De resto, mais do mesmo...<br />

As chamas que consomem o País, ano após ano, e as respostas medíocres<br />

dos responsáveis que, ven<strong>de</strong>ndo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>, esquecemse<br />

que os problemas se antecipam, se previnem e, i<strong>de</strong>almente, se resolvem<br />

antecipada e responsavelmente. Os hospitais atulhados <strong>de</strong> idosos<br />

que entre o abandono e os maus cuidados, encontram nesta altura do<br />

ano um inimigo po<strong>de</strong>roso: o calor. Os animais abandonados num acto<br />

<strong>de</strong> cruelda<strong>de</strong> gigantesca que continua sem ser crime e sem a punição<br />

justa. As páginas dos jornais reduzidas a meta<strong>de</strong>, por falta <strong>de</strong> assunto.<br />

Porque o País ou ar<strong>de</strong> ou está parado. E os telejornais, que em vez <strong>de</strong><br />

também eles se reduzirem a meta<strong>de</strong>, continuam a preencher horas <strong>de</strong><br />

antena com reportagens penosas, e muitas vezes repetidas até à exaustão,<br />

que ridicularizam e humilham os intervenientes mas também quem<br />

as vê...<br />

Resta sempre futebol... para animar a malta! Ou talvez não, anima<br />

uns e... outros nem tanto. Mas enfim, pelo menos, sempre traz<br />

alguma novida<strong>de</strong> a um mês on<strong>de</strong> tudo é velho. Incapaz <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r!<br />

Nem tudo é mau em Agosto. Não sendo por opção o meu<br />

mês <strong>de</strong> férias, sempre foi, e assim continuará, o mês do meu<br />

aniversário... E este ano, como em todos os outros, a chegada<br />

<strong>de</strong> Agosto significa mais um ano.<br />

Sempre gostei <strong>de</strong> fazer anos e sempre gostei <strong>de</strong> celebrar<br />

o momento. Sei que muitos dirão que só gosto<br />

porque ainda sou nova, mas não acho que seja uma<br />

questão <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Antes uma questão <strong>de</strong> mentalida-<br />

“<br />

A maior parte das pessoas é<br />

admiravelmente feliz<br />

Bruno Frey, professor <strong>de</strong> Economia na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zurique, <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

Negócios<br />

O po<strong>de</strong>r muda as pessoas. Em<br />

geral, para pior<br />

Maria Filomena Mónica, socióloga, i<strong>de</strong>m<br />

Paga-se o mesmo a quem trabalha<br />

e a quem não faz nenhum.<br />

Também há <strong>de</strong>masiadas chefias<br />

Macário Correia, presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

<strong>de</strong> Faro (sobre os funcionários autárquicos),<br />

i<strong>de</strong>m<br />

O fim dos chumbos é o último<br />

prego no caixão daquilo a que<br />

chamávamos Educação em Portugal<br />

Fernando Sobral, jornalista, i<strong>de</strong>m<br />

Não é por falta <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res que<br />

| C a r t o o n |<br />

| I m p r e s s õ e s |<br />

Envelhecer<br />

<strong>de</strong>. Fazer anos será sempre envelhecer, e o envelhecimento não significa<br />

apenas rugas e <strong>de</strong>terioração fisiológica, implica crescimento pessoal,<br />

vivências, histórias para contar, recordações, sonhos e projectos<br />

realizados, e novos sonhos e projectos para realizar. Envelhecer é sinónimo<br />

<strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> vida vivida que, só por isso, merece ser celebrada. É<br />

por isto que gosto <strong>de</strong> apagar todas aquelas velas em cada mês <strong>de</strong> Agosto…<br />

Diz-se, nos dias <strong>de</strong> hoje, que se envelhece mais tar<strong>de</strong>. A medicina,<br />

as condições higieno-sanitárias, e até mesmo as sócio-económicas que<br />

<strong>de</strong>terminam todas as outras, assim o permitem. É por isso que a esperança<br />

média <strong>de</strong> vida é muito mais elevada nos países ditos <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

Mas na realida<strong>de</strong> todos começamos a envelhecer no preciso<br />

momento em que nascemos, e a cada minuto que passa. Isto é assim e<br />

sempre assim foi! As socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas apenas mudaram os “timings”<br />

dos momentos chave da vida, não o processo <strong>de</strong> envelhecimento.<br />

Reparemos: os jovens saem <strong>de</strong> casa (dos pais) cada vez mais tar<strong>de</strong> e<br />

assumem, também cada vez mais tar<strong>de</strong>, a responsabilida<strong>de</strong> da vida adulta,<br />

da autonomia e da autosustentação <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> vida. As mulheres<br />

são mães mais tar<strong>de</strong> e até a ida<strong>de</strong> da reforma é mais tardio. Fica no<br />

ar um certo cheiro a adiamento contínuo. Um adiamento que<br />

não parece natural mas imposto. Ou, pior que isso, atabalhoado.<br />

Do tipo empurrar para a frente. Apenas porque sim, apenas<br />

à espera <strong>de</strong> quem venha atrás para fechar a porta.<br />

Lamento este processo. Não lamento o envelhecimento. O<br />

nosso envelhecimento. Nele, o que verda<strong>de</strong>iramente me custa<br />

é perceber que não envelhecemos sozinhos. Aqueles <strong>de</strong> quem<br />

mais gostamos, e que são mais velhos, também estão<br />

a envelhecer. Ao mesmo ritmo mas que cada vez nos<br />

vai parecendo maior... Bem sei que é o ciclo natural<br />

da vida, mas custa! ■<br />

| N a p o n t a d a l í n g u a |<br />

Pinto Monteiro é a rainha <strong>de</strong><br />

Inglaterra. É porque não sabe<br />

utilizar os po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> que dispõe<br />

I<strong>de</strong>m<br />

Quem sempre acreditou no primeiro-ministro<br />

acha que ficou<br />

<strong>de</strong>monstrada a sua inocência.<br />

Quem nunca acreditou no primeiro-ministro,<br />

acha que é tudo<br />

uma farsa<br />

Nuno Garoupa, professor do ensino<br />

superior, i<strong>de</strong>m<br />

Há um facilitismo <strong>de</strong>gradante<br />

que permite que se chegue à<br />

Universida<strong>de</strong> quase analfabeto<br />

Veiga Simão, responsável pela reforma<br />

do ensino dos anos 70, i<strong>de</strong>m<br />

O analfabetismo era um problema<br />

do Antigo Regime. A <strong>de</strong>squalificação<br />

e a incompetência<br />

encartadas são dois problemas<br />

Joana Louro<br />

médica<br />

gritantes da nossa mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

Mário Ramires, sub-director do Sol<br />

Passos <strong>de</strong> Coelho fala <strong>de</strong> mais e,<br />

com perdão da palavra, pensa<br />

<strong>de</strong> menos<br />

Baptista Bastos, escritor,<br />

Diário <strong>de</strong> Notícias<br />

A crise da Justiça, para o nosso<br />

futuro colectivo, é pior do que a<br />

crise financeira e económica<br />

Mário Soares, ex-presi<strong>de</strong>nte da República,<br />

i<strong>de</strong>m<br />

Havia um fenómeno muito<br />

curioso em Marcelo Caetano:<br />

tinha um fígado <strong>de</strong> esquerda<br />

Miguel Galvão Teles, advogado, i<strong>de</strong>m<br />

O meu nome transformou-se<br />

numa marca<br />

Guta Moura Gue<strong>de</strong>s, directora da<br />

ExperimentaDesign, Única<br />

A política em Portugal é apenas<br />

luta partidária, e para esse<br />

espartilho já <strong>de</strong>i dois filhos...a<br />

contragosto<br />

Helena Sacadura Cabral, mãe <strong>de</strong> Miguel<br />

e Paulo Portas, Caras<br />

A moral das classes dirigentes<br />

tem-se revelado ao nível dos<br />

concursos, on<strong>de</strong> as pessoas<br />

fazem tudo para ganhar algum<br />

dinheiro<br />

José Cabrita Saraiva, Tabu<br />

Há quase cem anos que Portugal<br />

é governado em obediência ao<br />

po<strong>de</strong>r das corporações e a pergunta<br />

é: valeu a pena?<br />

Miguel Sousa Tavares, escritor, Expresso<br />


O problema<br />

tem uma raiz<br />

educacional. Os<br />

programas escolares<br />

estão vazios<br />

<strong>de</strong>sta temática.<br />

As experiências<br />

que vão sendo<br />

feitas nunca são acarinhadas pelo<br />

Ministério da Educação e outras<br />

entida<strong>de</strong>s. Por outro lado, os municípios<br />

têm dificulda<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar<br />

os proprietários das terras<br />

abandonadas. Há falta <strong>de</strong> efectivos<br />

no terreno, guardas florestais<br />

e cantoneiros. E ainda não se aproveita,<br />

como noutros países, a mão<br />

<strong>de</strong> obra prisional para colmatar<br />

estas falhas.<br />

António Morais,<br />

ex-<strong>de</strong>legado distrital da<br />

Protecção Civil<br />

Forum<br />

j o r n a l d e l e i r i a EDITORIAL<br />

Facto da semana<br />

Penas para incendiários <strong>de</strong>viam ser mais pesadas?<br />

Apesar dos investimentos em meios <strong>de</strong> combate e em planos <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> incêndios, todos os anos se repete o quadro trágico <strong>de</strong><br />

milhares <strong>de</strong> hectares ardidos, habitações <strong>de</strong>struídas e populações em<br />

pânico. Segundo vamos percebendo pelos <strong>de</strong>poimentos dos especialistas,<br />

a esmagadora maioria dos incêndios tem por <strong>de</strong>trás mão criminosa,<br />

sendo que a falta <strong>de</strong> limpeza da floresta e os terrenos agrícolas<br />

abandonados se revelam um forte oponente a quem tenta apa-<br />

Depoimentos<br />

Anthímio <strong>de</strong><br />

Azevedo,<br />

meteorologista<br />

Joaquim San<strong>de</strong><br />

Silva, investigador<br />

do Centro<br />

<strong>de</strong> Ecologia<br />

Aplicada <strong>de</strong> Lisboa<br />

Pontos <strong>de</strong> vista<br />

Não consigo perceber como as pessoas são tão<br />

irresponsáveis que não percebem que estão a <strong>de</strong>sertificar<br />

o País. Uma mata <strong>de</strong>mora horas a ar<strong>de</strong>r e 50<br />

anos a recompor-se. É a vegetação que fixa a água.<br />

Sem ela, on<strong>de</strong> vamos encontrar água? Em 1981/83,<br />

os países do Sul da Europa fizeram um estudo sobre<br />

a <strong>de</strong>sertificação e uso da terra e chegou-se à conclusão<br />

que a linha <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação estava a<br />

Norte do Tejo. E actualmente? Quais são os motivos<br />

dos incendiários? Serão todos doentes pirómanos?<br />

Não me parece.<br />

Não há evidências <strong>de</strong> que a maioria dos fogos<br />

sejam causados por incendiários, mas sim por actos<br />

comuns e negligentes que raramente são punidos.<br />

A legislação está feita <strong>de</strong> acordo com a realida<strong>de</strong>. É<br />

preciso responsabilizar os agentes para a aplicação<br />

<strong>de</strong>ssa mesma legislação.<br />

As penas são<br />

leves. Trata-se <strong>de</strong><br />

crimes graves,<br />

têm morrido pessoas<br />

e animais<br />

têm-se perdido<br />

haveres. É precisa<br />

mão dura, mas<br />

sem esquecer que há autores materiais<br />

e autores morais dos incêndios.<br />

Tanto a legislação como a fiscalização<br />

são muito leves. Quem é<br />

que limpa a 50 metros das habitações?<br />

E os agricultores sem posses<br />

como fazem para limpar?<br />

António Ferraria,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

Agricultores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

gar os fogos. No entanto, quer os incendiários capturados quer os<br />

proprietários que não cumprem o que está contemplado na Lei em<br />

termos <strong>de</strong> cuidados a ter com os seus terrenos, raramente são con<strong>de</strong>nados<br />

a penas condizentes com os prejuízos materiais e humanos<br />

que provocam.<br />

Que comentários lhe merece este assunto?<br />

Fernando<br />

Curto, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Associação<br />

Nacional<br />

<strong>de</strong> Bombeiros<br />

Profissionais<br />

Olímpio<br />

Alegre Pinto,<br />

geógrafo<br />

A mão criminosa<br />

<strong>de</strong>verá ser<br />

tratada em paralelo<br />

e nunca<br />

como a questão<br />

central que<br />

assenta nas condições<br />

<strong>de</strong> propagação<br />

dum incêndio. Destacaria<br />

três aspectos: Planificação. A<br />

variável território é das mais relevantes<br />

e ganha um peso especial<br />

por ser a única que é passível <strong>de</strong><br />

controle humano. Intervenção. É<br />

necessário aplicar ao território uma<br />

gestão <strong>de</strong> combustível cirúrgica.<br />

Uma floresta rentável não ar<strong>de</strong>. E<br />

finalmente, trabalho em equipa -<br />

Estado, autarquias, bombeiros, proprietários.<br />

Pedro Cortes,<br />

engenheiro agrónomo<br />

Da parte <strong>de</strong> quem faz as leis, há uma leveza no<br />

tratamento dos casos <strong>de</strong> incêndio. Devia haver uma<br />

pena mais pesada, sentindo-se que há uma penalização.<br />

A polícia apanha os incendiários em flagrante<br />

e as penas são leves ou nem existem. É uma situação<br />

surreal e, para os bombeiros, é frustrante. Depois<br />

dos incêndios <strong>de</strong> 2003 e 2005 não se compreen<strong>de</strong><br />

como é que em 2010 continua a não existir condições<br />

<strong>de</strong> acesso nos parques naturais. Devia haver mais<br />

vigilância, <strong>de</strong>tecção rápida e espaços físicos que permitissem<br />

a chegada rápida dos bombeiros. É uma<br />

gran<strong>de</strong> lacuna que contribui para os incêndios.<br />

Em 2002, no Parque do Tejo Internacional, tive o<br />

apoio <strong>de</strong> dois jipes do Exército e estes, com os vigilantes<br />

da natureza, patrulharam à vista <strong>de</strong> todos o parque.<br />

Ar<strong>de</strong>ram zero hectares. A primeira questão e mais<br />

importante a resolver é o or<strong>de</strong>namento florestal: acessos,<br />

manchas, espécies... <strong>de</strong>pois a vigilância preventiva<br />

e, finalmente, a limpeza. São medidas para anos,<br />

mas que têm <strong>de</strong> ser começadas efectivamente. Fala-se<br />

todos os anos e <strong>de</strong>pois não se faz nada. As penas <strong>de</strong>vem<br />

ser a<strong>de</strong>quadas em função do dolo, sem esquecer os<br />

mandantes com interesses económicos.<br />

Não são só os<br />

privados que não<br />

limpam as florestas,<br />

o Estado<br />

também não o<br />

faz, quando <strong>de</strong>via<br />

dar o exemplo.<br />

Quem recebe<br />

subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e não faz<br />

nada também podia ajudar. E se há<br />

penas altíssimas para pequenos crimes,<br />

no caso dos incendiários –<br />

havendo até mortes causadas pelos<br />

fogos - passam ao lado com a ajuda<br />

<strong>de</strong> bons advogados. Todos arranjam<br />

maneira <strong>de</strong> ter problemas psíquicos.<br />

Carlos Men<strong>de</strong>s,<br />

empresário, Figueiró dos<br />

Vinhos<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 3<br />

Ao abandono<br />

Há algumas décadas, quando<br />

se passeava pelas al<strong>de</strong>ias, ouviase,<br />

por vezes, dizer a propósito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada pessoa menos respeitada:<br />

”nem das suas terras trata”.<br />

Era uma forma <strong>de</strong> dizer que<br />

essa pessoa era <strong>de</strong>sleixada, pouco<br />

trabalhadora e, não raras vezes,<br />

dada aos prazeres do álcool, sendo<br />

que esse dizer era bastante<br />

insultuoso . Antigamente olhava-<br />

-se, <strong>de</strong> facto, para a terra <strong>de</strong> uma<br />

forma diferente da que olhamos<br />

hoje, tendo as pessoas nessa altura<br />

gosto em ter os seus terrenos<br />

cuidados e orgulho nos produtos<br />

que estes davam. Em muitos casos<br />

as terras eram mesmo um indispensável<br />

auxílio às muitas famílias<br />

que viviam com duras condições<br />

económicas, pelos alimentos<br />

e animais que aí eram cultivados<br />

e criados, sendo talvez essa<br />

também uma forte razão para a<br />

estima e afectivida<strong>de</strong> que existia<br />

pelas terras.<br />

Os tempos, entretanto, mudaram,<br />

tendo-se assistido à migração<br />

<strong>de</strong> inúmeras pessoas para os<br />

gran<strong>de</strong>s centros urbanos à procura<br />

<strong>de</strong> melhores empregos e <strong>de</strong><br />

uma vida supostamente mais confortável.<br />

Os meios mais rurais,<br />

principalmente do interior, foram<br />

a pouco e pouco ficando <strong>de</strong>spovoados<br />

e com as suas terras entregues<br />

a ninguém, tendo-se chegado<br />

aos dias <strong>de</strong> hoje com um território<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado e <strong>de</strong>sequilibrado<br />

com todos os problemas<br />

que surgiram inerentes a essa realida<strong>de</strong>.<br />

Um <strong>de</strong>les, surge precisamente<br />

no Verão quando o calor<br />

potencia o perigo que representa<br />

o mato seco que abunda nas terras<br />

<strong>de</strong>ixadas ao abandono, ajudando<br />

assim todos quantos gostam<br />

<strong>de</strong> ver as matas a ar<strong>de</strong>r, seja<br />

por <strong>de</strong>sequilíbrio mental, seja por<br />

razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m económica. A<br />

agravar a situação, surge ainda a<br />

dificulda<strong>de</strong> que os bombeiros muitas<br />

vezes têm em chegar aos locais<br />

dos incêndios por as serventias<br />

das terras estarem intransitáveis<br />

por falta <strong>de</strong> uso. É natural, portanto,<br />

que, por mais investimentos<br />

que se façam em meios <strong>de</strong><br />

combate, os incêndios continuem<br />

a surgir e atinjam as proporções<br />

assustadoras dos que, infelizmente,<br />

têm acontecido nos últimos dias.<br />

Até porque, as penas para quem<br />

não cumpre a Lei, no que diz respeito<br />

ao cuidado com as proprieda<strong>de</strong>s,<br />

e para quem é suficientemente<br />

louco para conscientemente<br />

começar um incêndio, quando<br />

acontecem, são manifestamente<br />

brandas. ■ JN<br />

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4 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

Alexandre Oliveira tem 35 anos<br />

e é lacto-ovo-vegetariano há 16,<br />

ou seja, não come carne nem peixe,<br />

mas inclui na sua alimentação<br />

ovos, leite e <strong>de</strong>rivados, além<br />

dos produtos <strong>de</strong> origem vegetal.<br />

Tudo começou com a rebeldia<br />

da adolescência e a simpatia pela<br />

i<strong>de</strong>ologia Punk, avessa ao sacrifício<br />

dos animais, mas as convicções<br />

não esmoreceram e, 19 anos<br />

<strong>de</strong>pois, a soja ainda é a base da<br />

sua alimentação e das muitas iguarias<br />

que a mãe apren<strong>de</strong>u a confeccionar.<br />

Tem consciência das carências<br />

que uma dieta <strong>de</strong>ste género po<strong>de</strong><br />

originar no organismo e, por isso,<br />

tem sempre a saú<strong>de</strong> controlada.<br />

Nunca teve problemas <strong>de</strong> nutrição<br />

ou qualquer doença originada<br />

pela alimentação.<br />

Alexandre Oliveira é stagehand,<br />

dá assistência <strong>de</strong> palco em espectáculos<br />

<strong>de</strong> música, profissão que<br />

o faz estar longos períodos fora<br />

<strong>de</strong> casa. “É mais difícil encontrar<br />

comida vegetariana em Portugal<br />

do que lá fora”. Como tal, acaba<br />

muitas vezes, por fazer refeições<br />

à base dos acompanhamentos dos<br />

pratos <strong>de</strong> carne e peixe que encontra<br />

nos restaurantes. No entanto,<br />

garante que “quase todos os pratos<br />

que se confeccionam com carne<br />

po<strong>de</strong>m ser feitos com soja. Só<br />

que cá não há essa cultura”.<br />

Relativamente à disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produtos em mercado,<br />

Alexandre Oliveira diz que “os<br />

hiper e supermercados têm tudo<br />

o que é preciso”. Compra soja com<br />

mais regularida<strong>de</strong> que o seitã ou<br />

tofu, “apenas porque é mais barata”<br />

e não tem dificulda<strong>de</strong> em encontrar<br />

o que precisa.<br />

O jovem <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não pensa<br />

mudar <strong>de</strong> regime alimentar, - “só<br />

se algo extraordinário acontecer<br />

nesse sentido” - nunca se sente<br />

tentado a petiscar o que quer que<br />

seja <strong>de</strong> origem animal e confessa<br />

que também comete os seus excessos.<br />

É fã <strong>de</strong> snacks, batatas fritas<br />

e alguns doces.<br />

As dietas vegetarianas são <strong>de</strong>fendidas<br />

como mais saudáveis pelos<br />

seus a<strong>de</strong>ptos e os médicos, em parte,<br />

até concordam. É que o vege-<br />

■Socieda<strong>de</strong>■<br />

Região com oferta reduzida para vegetarianos e macrobióticos<br />

Carne ou peixe?<br />

Legumes por favor!<br />

Ser vegetariano ou macrobiótico já não é uma excentricida<strong>de</strong>. O comércio<br />

e a restauração já oferecem soluções para quem exclui carne<br />

e peixe da alimentação, mas alguns produtos vegetarianos são mais<br />

dispendiosos. A agricultura biológica é <strong>de</strong>fendida i<strong>de</strong>ologicamente<br />

pelos amantes do vegetarianismo. No que toca à saú<strong>de</strong>, estes<br />

regimes alimentares alternativos só são equilibrados se forem<br />

regrados e sem radicalismos. Textos: Paula Lagoa Fotos: Ricardo Graça<br />

tariamnismo divi<strong>de</strong>-se em três<br />

níveis, sendo que apenas o lactoovo-vegetariano<br />

é admitido como<br />

“equilibrado”. Os outros dois níveis<br />

são o vegetarianismo total, 100%<br />

à base <strong>de</strong> vegetais e o lacto-vegetarianismo,<br />

que inclui o leite e seus<br />

<strong>de</strong>rivados proteicos. Nestas duas<br />

vertentes há ausência total <strong>de</strong><br />

alguns nutrientes essenciais, o que<br />

leva os clínicos a <strong>de</strong>saconselhar a<br />

sua prática.<br />

PRODUTOS BIOLÓGICOS<br />

ELEITOS PELOS<br />

VEGETARIANOS<br />

Há cerca <strong>de</strong> 22 anos, Helena<br />

Rafael, <strong>de</strong> 39 anos, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> comer<br />

carne e peixe mas, alguns anos<br />

mais tar<strong>de</strong>, por estar grávida, foi<br />

aconselhada a integrar o peixe na<br />

sua dieta, passando assim a praticar<br />

uma alimentação que se convencionou<br />

chamar macrobiótica.<br />

Helena e o marido partilham o<br />

mesmo regime alimentar mas a<br />

filha, com apenas 4 anos, tem <strong>de</strong><br />

comer carne, já que todas as formas<br />

<strong>de</strong> vegetarianismo são <strong>de</strong>saconselhadas<br />

nas crianças.<br />

Natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Helena Rafael<br />

diz que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então passou a procurar<br />

carne biológica para dar à<br />

filha e compra sempre a mesma<br />

marca, por conhecer as condições<br />

<strong>de</strong> produção, saber que é certificada<br />

e saudável.<br />

As voltas pelas feiras e cooperativas<br />

<strong>de</strong> agricultura biológica<br />

passaram a integrar a rotina <strong>de</strong>sta<br />

mãe, <strong>de</strong>dicada em “proporcionar<br />

à filha um leque variado <strong>de</strong><br />

sabores, com especial incidência<br />

no peixe e carne <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”.<br />

Neste aspecto, Helena é privilegiada<br />

em relação a Alexandre, por<br />

residir em Lisboa e ter acesso a<br />

estes pontos <strong>de</strong> venda mais económicos,<br />

que <strong>Leiria</strong> não ainda tem.<br />

António Marques da Cruz, ex<br />

-presi<strong>de</strong>nte da Agrobio, Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Agricultura<br />

Biológica vai ao encontro do testemunho<br />

<strong>de</strong> Helena quando diz<br />

que “as jovens mães são um dos<br />

públicos-alvo assumidos pelos<br />

produtores biológicos”. “As mães<br />

querem o melhor para os seus<br />

filhos e a agricultura biológica dá<br />

garantias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que os<br />

outros não po<strong>de</strong>m dar.”<br />

O produtor <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> explica<br />

que é preciso <strong>de</strong>smistificar a i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> que “a agricultura biológica é<br />

elitista e muito cara”. Admite que<br />

“a preços normais estes produtos<br />

chegam ao mercado cerca <strong>de</strong> 30%<br />

mais caros que os convencionais”.<br />

Mas a verda<strong>de</strong> é que se praticam<br />

valores muito superiores, que o<br />

produtor explica com “os custos<br />

<strong>de</strong> distribuição que inflacionam o<br />

preço em loja”.<br />

António Marques da Cruz afirma<br />

que “este mercado está em claro<br />

crescimento”, apesar da “acção<br />

persistente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scredibilização<br />

levada a cabo pelo seu maior inimigo,<br />

a indústria farmacêutica,<br />

produtora dos pesticidas rejeitados<br />

na agricultura biológica”.<br />

Para Marques da Cruz, “a agricultura<br />

biológica atingiu um nível<br />

<strong>de</strong> reconhecimento que pratica-<br />

mente<br />

já não<br />

necessita<br />

<strong>de</strong> mais divulgação”.<br />

O<br />

produtor consi<strong>de</strong>ra<br />

que “o próximo<br />

passo será integrar<br />

o conceito da<br />

agricultura biológica na<br />

educação e familiarizar as<br />

crianças com os seus benefícios”.<br />

■<br />

Jorge Ferreira, nutricionista<br />

“A soja po<strong>de</strong> substituir a carne<br />

mas <strong>de</strong>sequilibradamente”<br />

Os regimes alimentares<br />

que não contemplam carne<br />

nem peixe po<strong>de</strong>m ser<br />

equilibrados?<br />

A alimentação vegetariana<br />

será <strong>de</strong>sequilibrada essencialmente<br />

ao nível da vitamina<br />

B12 que não existe em<br />

produtos vegetais, daí que<br />

seja logo à partida carenciada.<br />

Mas há que separar grupos<br />

etários. As crianças, adolescentes<br />

e grávidas não <strong>de</strong>vem<br />

<strong>de</strong>, todo, fazer este tipo <strong>de</strong><br />

alimentação. Em termos científicos<br />

a alimentação vegetariana<br />

é <strong>de</strong>sequilibrada no que<br />

toca a algumas vitaminas e<br />

aminoácidos essenciais especialmente<br />

na macrobiótica no<br />

seu estágio mais elevado [equivalente<br />

ao vegetarianismo<br />

puro]. No entanto, a alimentaçãolacto-ovo-vegetariana<br />

não é <strong>de</strong> todo <strong>de</strong>saconselhável.<br />

Neste caso, posso ir<br />

buscar a vitamina B12 ao ovo,<br />

o cálcio e alguns aminoácidos<br />

essenciais ao leite, ovos<br />

ou ao peixe [admitido na<br />

macrobiótica intermédia]. Os<br />

ácidos gordos, ómega 3 e 6<br />

po<strong>de</strong>m também entrar em<br />

carência com as dietas vegetarianas.<br />

Que vantagens e <strong>de</strong>svantagens<br />

têm para a saú<strong>de</strong>?<br />

Se for uma alimentação


vegetariana equilibrada (ovolacto-vegetariana)<br />

po<strong>de</strong> prevenir<br />

doenças como a obesida<strong>de</strong><br />

ou o colesterol e até<br />

algumas doenças cancerígenas.<br />

Se for uma alimentação<br />

vegetariana pura é mais difícil<br />

não haver <strong>de</strong>sequilíbrios.<br />

Há ainda uma <strong>de</strong>svantagem<br />

social que tem a ver com a<br />

cultura alimentar. Um indivíduo<br />

que pratica uma alimentação<br />

vegetariana fica<br />

<strong>de</strong> fora do convívio e partilha,<br />

que são factores culturais<br />

da nossa alimentação.<br />

As proteínas da soja<br />

substituem as da carne?<br />

A soja po<strong>de</strong> substituir a<br />

carne mas <strong>de</strong>sequilibradamente,<br />

já que nela não existem<br />

os tais aminoácidos que<br />

só a carne tem. Mas a soja é<br />

um dos produtos <strong>de</strong> origem<br />

vegetal mais equilibrados.<br />

Qualquer ser humano<br />

po<strong>de</strong> viver sem comer<br />

outros animais, ou nem<br />

todos os organismos estão<br />

preparados?<br />

Um indivíduo que, do dia<br />

para a noite, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

uma alimentação omnívora<br />

e começa a praticar uma alimentação<br />

vegetariana, sente<br />

nos primeiros 30 dias perda<br />

<strong>de</strong> cabelo, a pele mais<br />

macilenta e começa a fazer<br />

infecções com maior frequência.<br />

Depois o organismo<br />

começa a adaptar-se e a<br />

arranjar outras <strong>de</strong>fesas. Mas<br />

estas reacções dão-nos uma<br />

noção clara da importância<br />

dos alimentos <strong>de</strong> origem animal.<br />

A roda dos alimentos<br />

manda-nos comer carne e<br />

peixe em porções reduzidas<br />

face às outras categorias<br />

<strong>de</strong> alimentos, mas os<br />

portugueses não seguem<br />

estas indicações. Que outros<br />

erros i<strong>de</strong>ntifica na nossa<br />

alimentação?<br />

<strong>Leiria</strong> não tem restaurantes exclusivamente<br />

vegetarianos. No entanto,<br />

se há alguns anos encontrar sugestões<br />

vegetarianas nos menus era uma rarida<strong>de</strong><br />

e fazê-lo era quase uma excentricida<strong>de</strong>,<br />

hoje, a insistência <strong>de</strong> alguns<br />

restaurantes que mantêm os pratos<br />

ver<strong>de</strong>s nas ementas tem ajudado a<br />

abrir os horizontes do paladar <strong>de</strong><br />

quem os visita.<br />

Mesmo assim, com uma simples<br />

pesquisa na internet percebe-se<br />

facilmente que este tipo<br />

<strong>de</strong> cozinha tem pouca expressão<br />

na região. Os restaurantes<br />

que aparecem i<strong>de</strong>ntificados concentram-se<br />

na cida<strong>de</strong> e não<br />

trabalham exclusivamente comida<br />

vegetariana.<br />

Não há, portanto, na região,<br />

nenhuma casa <strong>de</strong> referência<br />

como o Espiral, em Lisboa, ou<br />

o Nakité no Porto mas, aos poucos,<br />

alguns restaurantes, concentrados<br />

na cida<strong>de</strong>, como Cardamomo,<br />

Menu Expresso, Tuá Tuá<br />

ou A&B já assumem a comida vegetariana<br />

como uma das suas características<br />

e referências.<br />

Nuno Sequeira, proprietário do restaurante<br />

<strong>de</strong> comida indiana Cardamomo,<br />

explica que “<strong>Leiria</strong> ainda não<br />

tem público para uma casa po<strong>de</strong>r trabalhar<br />

apenas comida vegetariana”.<br />

Exemplo disso são alguns projectos<br />

que nasceram e rapidamente <strong>de</strong>sapareceram.<br />

“Foi o caso <strong>de</strong> um na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, era o único e não sobreviveu”,<br />

lembra o empresário.<br />

Nós vivemos numa era da<br />

vingança. Não po<strong>de</strong>mos esquecer<br />

que no início do século<br />

XX passou-se muita fome e<br />

a carne era pouca. Ouve-se<br />

muito uma mãe dizer a um<br />

filho: “po<strong>de</strong>s não comer as<br />

cenouras e as batatas, mas a<br />

carne ou o peixe tens que<br />

comer”. Isto é o retrato <strong>de</strong>ssa<br />

vingança! Um indivíduo adulto<br />

não precisa <strong>de</strong> mais que<br />

120 gramas <strong>de</strong> carne numa<br />

refeição. No entanto, vemos<br />

com frequência comer aquelas<br />

belas costeletas <strong>de</strong> vitela<br />

que, tirando o osso, pesam<br />

cerca <strong>de</strong> 320 gramas. Estamos<br />

aqui a ver a enorme vingança<br />

que está a acontecer<br />

em termos <strong>de</strong> carências nutricionais<br />

que a população portuguesa<br />

passou. Além do excesso<br />

<strong>de</strong> carne, a má distribuição<br />

dos alimentos ao longo do<br />

dia, a utilização <strong>de</strong> produtos<br />

pré-preparados e consumo <strong>de</strong><br />

sal e açúcar <strong>de</strong>smedido são<br />

erros flagrantes. ■<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

Quem confecciona este tipo <strong>de</strong> comida<br />

reconhece que não é fácil fazer pratos<br />

económicos, já que alguns produtos,<br />

nomeadamente os biológicos,<br />

também são mais caros. Mesmo assim,<br />

explica Nuno Sequeira, “tal como na<br />

comida tradicional consegue fazer-se<br />

refeições mais baratas ou mais dispendiosas”.<br />

Albano Andra<strong>de</strong>, responsável pelo<br />

espaço Tuá Tuá Cozinhartes, diz mesmo<br />

que a procura por comida vegetariana<br />

é crescente, razão pela qual<br />

a casa está a estudar novos pratos,<br />

para alargar a lista que, para já, tem<br />

apenas uma sugestão fixa. O restaurante<br />

aberto há poucos meses, em<br />

<strong>Leiria</strong>, oferece saladas variadas e azeites<br />

artesanais que “são muito apreciados<br />

pelo público da comida vegetariana”.<br />

“O pão biológico é mais caro,<br />

os vegetais biológicos também são<br />

mais caros, mas acaba por conseguirse<br />

preços equiparados aos da cozinha<br />

dita normal.”■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 5<br />

Tofu, seitã e soja começam a ver-se nas ementas<br />

Região não tem restaurantes<br />

exclusivamente vegetarianos<br />

R O T E I R O<br />

Cardamomo<br />

Lasanha <strong>de</strong> legumes / beringela recheada /<br />

risoto <strong>de</strong> beterraba com rúcula / caril <strong>de</strong><br />

legumes com lentilhas<br />

<strong>Leiria</strong> - 15 euros<br />

Tuá Tuá Cozinhartes<br />

Legumes salteados com tofu em cama <strong>de</strong><br />

pão biológico<br />

<strong>Leiria</strong> - 8 euros<br />

A&B<br />

Risoto <strong>de</strong> cogumelos / legumes grelhados<br />

com queijo <strong>de</strong> cabra gratinado<br />

<strong>Leiria</strong> - 9 euros<br />

Menu Expresso<br />

Paté <strong>de</strong> tofu gratinado ao forno com legumes<br />

/ Bife <strong>de</strong> cebolada <strong>de</strong> seitã / Feijoada<br />

ou lasanha <strong>de</strong> soja<br />

<strong>Leiria</strong> - 5 euros<br />

PUB


DR<br />

6 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

BREVES<br />

■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Volta a<br />

Portugal<br />

condiciona<br />

trânsito<br />

A realização da nona etapa da<br />

Volta a Portugal, marcada para<br />

sábado entre a Praia do Pedrógão<br />

e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vai provocar<br />

vários constrangimentos<br />

ao trânsito. Entre as 13 e as 18<br />

horas <strong>de</strong> sábado, a circulação<br />

automóvel estará interrompida<br />

entre Pedrógão e Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

entre esta localida<strong>de</strong> e Monte<br />

Real, na variante a Monte Real<br />

e no troço da EN109, entre a rotunda<br />

<strong>de</strong> acesso à A17, em Monte<br />

Real, e a zona <strong>de</strong> Almuínha Gran<strong>de</strong>.<br />

Neste último trajecto, a interrupção<br />

será apenas no sentido<br />

Norte-Sul. Entre as 7 e as 19 horas,<br />

várias ruas da cida<strong>de</strong> estarão também<br />

encerradas ao trânsito (Avenida<br />

Heróis <strong>de</strong> Angola, Ruas <strong>de</strong><br />

S. Francisco, Coronel Teles Sampaio<br />

Rio, Capitão Mouzinho <strong>de</strong><br />

Albuquerque e Dr. Afonso Acácio<br />

Serra, Largo Cónego Maia e<br />

zona do rossio). Entre as 13 e as<br />

19 horas, ficarão também cortadas<br />

ao trânsito a ponte Euro 2004,<br />

a rotunda da Almuínha Gran<strong>de</strong><br />

(parcialmente), a Avenida 22 <strong>de</strong><br />

Maio (sentido Almuínha Gran<strong>de</strong>-rotunda<br />

das portas da cida<strong>de</strong>),<br />

rotunda do estádio, Avenida<br />

24 <strong>de</strong> Abril, Beco <strong>de</strong> S. Francisco<br />

e acesso da estrada da carreira<br />

<strong>de</strong> tiro à EN109.<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Despiste<br />

provoca<br />

um morto<br />

Um jovem <strong>de</strong> 18 anos morreu na<br />

sequência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>spiste <strong>de</strong> um<br />

veículo ligeiro, na madrugada <strong>de</strong><br />

ontem, na Estrada Nacional 242,<br />

em Guarda Nova, na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>. Segundo fonte do Comando<br />

Distrital <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro<br />

(CDOS) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o automóvel<br />

embateu contra uma casa<br />

<strong>de</strong>sabitada provocando ainda<br />

mais dois feridos graves, que foram<br />

transportados para o Hospital <strong>de</strong><br />

Santo André, em <strong>Leiria</strong>. De acordo<br />

com o CDOS, além da PSP e<br />

dos Bombeiros Voluntários da<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> estiveram no<br />

local elementos do Serviço Municipal<br />

<strong>de</strong> Protecção Civil <strong>de</strong>vido<br />

ao risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada da habitação.<br />

■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Sindicato e Associação <strong>de</strong> Bombeiros criticam coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> meios<br />

Comandante dos Municipais<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fogo<br />

O comandante dos Bombeiros<br />

Municipais <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Artur Figueiredo,<br />

volta a estar <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fogo<br />

da Associação Nacional <strong>de</strong> Bombeiros<br />

Profissionais (ANBP) e do<br />

Sindicato Nacional dos Bombeiros<br />

Profissionais, que o acusam <strong>de</strong> estar<br />

mais preocupado com a poupança<br />

<strong>de</strong> dinheiro do que com o socorro<br />

às populações.<br />

Em comunicado, as duas estruturas<br />

<strong>de</strong>nunciam que, no dia 3 <strong>de</strong><br />

Agosto, “o comandante questionou<br />

a saída dos elementos próximo<br />

das 20 horas”, para acorrer a<br />

um incêndio, pois “aparentemen-<br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> adjudica serviço <strong>de</strong> refeições escolares<br />

Concurso internacional<br />

permite poupar 174 mil euros<br />

O concurso internacional<br />

que a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> abriu<br />

este ano para o fornecimento<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40% das refeições<br />

escolares do concelho vai<br />

permitir à autarquia poupar<br />

174 mil euros em relação ao<br />

último ano lectivo. A adjudicação<br />

do serviço foi aprovada<br />

na última reunião <strong>de</strong> câmara,<br />

on<strong>de</strong> os vereadores do PSD,<br />

pela voz José Benzinho, frisaram<br />

a importância da monotorização<br />

do serviço.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />

garante que essa avaliação<br />

será feita, <strong>de</strong> forma “a assegurar<br />

que a qualida<strong>de</strong> do serviço<br />

não sairá prejudicada”<br />

Comandante dos Municipais <strong>de</strong>smente não querer pagar horas extraordinárias<br />

te não <strong>de</strong>veriam ter saído porque<br />

a câmara não quer pagar horas<br />

extraordinárias”, o que consi<strong>de</strong>ram<br />

“pôr em causa a segurança<br />

quer dos bombeiros, quer da população”.<br />

O comandante da corporação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Artur Figueiredo, explica<br />

que apenas chamou a atenção<br />

do “chefe <strong>de</strong> serviço por não ter<br />

informado da situação oportunamente,<br />

para a coor<strong>de</strong>nação ser feita<br />

<strong>de</strong> forma efectiva com todos os<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros”.<br />

O sindicato e a ANBP <strong>de</strong>nunciam<br />

ainda que, dois dias <strong>de</strong>pois,<br />

pelo facto do preço ter baixado.<br />

Raul Castro adianta ainda<br />

que se os níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

se mantiverem, a autarquia<br />

tenciona alargar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

concurso internacional a outras<br />

escolas, cujo serviço está a ser<br />

prestado por entida<strong>de</strong>s com<br />

quem o município tem protocolos.<br />

Raul Castro lamenta que,<br />

à semelhança do que aconteceu<br />

com as AEC (Activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Enriquecimento Curricular)<br />

tenha havido candidatos<br />

excluídos, mas “o concurso<br />

tem regras que não po<strong>de</strong>m ser<br />

contornadas”.<br />

Presente na reunião <strong>de</strong><br />

“saiu para o terreno um veículo,<br />

<strong>de</strong>sta vez com apenas três elementos<br />

dos municipais”, quando “<strong>de</strong>veriam<br />

sair cinco”, para combater um<br />

incêndio urbano. Segundo o sindicato,<br />

a explicação avançada pelo<br />

comandante é que “não po<strong>de</strong>m sair<br />

mais porque a cida<strong>de</strong> fica <strong>de</strong>sguarnecida”.<br />

“Foi o número <strong>de</strong> homens necessário<br />

face à situação e ao facto <strong>de</strong><br />

estarem a ser <strong>de</strong>spachados mais<br />

meios <strong>de</strong> outros corporações para<br />

a mesma ocorrência”, justifica<br />

Artur Figueiredo, que refuta, assim,<br />

todas as acusações. “Não foi colo-<br />

câmara, Patrícia Órfão, representante<br />

da Relógio Global,<br />

uma das empresas que ficou<br />

<strong>de</strong> fora do concurso das AEC,<br />

criticou a câmara por ter prestado<br />

algumas “informações<br />

erradas aos concorrentes, que<br />

levaram à sua exclusão. Raul<br />

Castro admite essa possibilida<strong>de</strong>,<br />

mas “tal não é suficiente<br />

para pôr em causa o concurso”,<br />

porque aconteceu <strong>de</strong> “forma<br />

informal”. O autarca diz<br />

ainda que, “as empresas que<br />

entendam que a lei não foi<br />

cumprida, po<strong>de</strong>m recorrer ao<br />

tribunal administrativo”.■<br />

MAS<br />

cado qualquer constrangimento<br />

pelo senhor presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />

perante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar<br />

mais pessoas para as ocorrências<br />

ou prolongar o serviço<br />

que está em curso.”<br />

O <strong>de</strong>sentendimento entre o<br />

comandante Artur Figueiredo e o<br />

sindicato e a ANBP estalou <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que o concelho foi dividido em<br />

áreas <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong> modo a<br />

rentabilizar os recursos dos vários<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que<br />

passam a actuar nas zonas mais<br />

próximas dos seus quartéis. ■<br />

EC<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Aeroclube <strong>de</strong>ixa<br />

instalações até Outubro<br />

A direcção do Aeroclube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> reuniu, na<br />

terça-feira, com a câmara para mais uma conversa<br />

sobre o <strong>de</strong>stino das instalações da associação<br />

aeronáutica. De acordo com Afonso Vieira,<br />

antigo tesoureiro, recentemente eleito presi<strong>de</strong>nte<br />

do Aeroclube, a associação <strong>de</strong>verá sair da proprieda<strong>de</strong><br />

privada on<strong>de</strong> se encontra, na freguesia<br />

<strong>de</strong> Marrazes, até Outubro, pelo que ficou<br />

agendado novo encontro com a autarquia para<br />

dia 3 <strong>de</strong> Setembro. O presi<strong>de</strong>nte da direcção diz<br />

que “as propostas <strong>de</strong> Milagres e Monte Real continuam<br />

em estudo” e que “este executivo camarário<br />

está empenhado em solucionar o problema”.<br />

Raul Castro confirma as movimentações<br />

da câmara para agilizar o processo e diz que “até<br />

3 <strong>de</strong> Setembro novas reuniões vão ser agendadas<br />

com os proprietários dos terrenos <strong>de</strong> Milagres”.<br />

No local po<strong>de</strong>rá nascer um projecto global<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico e <strong>de</strong>sportivo<br />

on<strong>de</strong> o aeródromo se enquadraria”, adianta o<br />

presi<strong>de</strong>nte do Aeroclube. ■ PL


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12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 7


RICARDO GRAÇA<br />

8 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

A Marinha Gran<strong>de</strong> é o concelho<br />

do distrito como maior índice<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, <strong>de</strong> acordo com<br />

o estudo mais recente do INE (Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Estatísticas), elaborado<br />

com base em dados <strong>de</strong> 2007.<br />

Aquele município repete, assim, a<br />

posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na região que<br />

já ocupava em 2005. Caldas da<br />

Rainha e <strong>Leiria</strong> continuam a ocu-<br />

| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Estudo do INE coloca Figueiró dos Vinhos no pólo oposto<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> volta a li<strong>de</strong>rar<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra no distrito<br />

PUB<br />

Marinha ocupa a 37ª posição a nível nacional<br />

par os segundo e terceiro lugares<br />

no distrito. No pólo oposto encontra-se<br />

Figueiró dos Vinhos.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> confessa-se satisfeito<br />

com a posição que o município<br />

ocupa no estudo, que atribui à<br />

“dinâmica própria <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico-social” do concelho,<br />

“assente num tecido indus-<br />

Sólida empresa do sector Vidreiro integrada em multinacional Norte- Americana,<br />

preten<strong>de</strong> recrutar para a Zona Centro:<br />

MANAGER DE PLANEAMENTO/ANALISTA FINANCEIRO<br />

Funções:<br />

. Planeamento <strong>de</strong> vidro, embalagem reembalagem e <strong>de</strong>coração<br />

. Definição das regras <strong>de</strong> planeamento<br />

. Análise estatística dos resultados <strong>de</strong> planeamento/Produção Definiçãoe manutenção da Bill of materials)<br />

. Análise <strong>de</strong> inventários <strong>de</strong> produto acabado e embalagem<br />

. Definição <strong>de</strong> custos standards <strong>de</strong> produtos<br />

. Interacção entre o planeamento e o <strong>de</strong>partamento financeiro<br />

. Análise das OF abertas em cada período e garantir que todas são fechadas no momento certo.<br />

Perfil:<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos<br />

. Fortes e sólidos conhecimentos e experiência <strong>de</strong> planeamento <strong>de</strong> produção.<br />

. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> Excel<br />

. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> Inglês<br />

. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> MRP<br />

. Fortes e sólidos conhecimentos e experiência <strong>de</strong> gestão através <strong>de</strong> custos standards e seu <strong>de</strong>svio.<br />

TÉCNICO ELECTRICISTA<br />

Descrição:<br />

Profissionais com formação profissional na área <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>, com experiência em Manutenção Industrial, Electricida<strong>de</strong>,<br />

Mecânica e Automação.<br />

Procuramos:<br />

. Executar activida<strong>de</strong>s diárias como assistir manutenção, operação e manutenção <strong>de</strong> máquinas;<br />

. Candidatos dinâmicos, flexíveis, com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para trabalhar por turnos<br />

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SERRALHEIRO MECÂNICO<br />

Descrição:<br />

Reparação <strong>de</strong> avarias nas máquinas; Montagem e reparação <strong>de</strong> tubagem; Manutenção Preventiva e por vezes Curativa;<br />

Auxiliar nos serviços <strong>de</strong> manutenção geral <strong>de</strong> edifícios.<br />

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. Candidatos preferencialmente com o 9º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, experiência em função similar (Serralharia Mecânica/<br />

Manutenção Industrial, conhecimentos <strong>de</strong> Electricida<strong>de</strong> industrial, valorizando-se conhecimentos na área <strong>de</strong><br />

automação; Conhecimentos hidráulica, pneumática<br />

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e com bom ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

. Local <strong>de</strong> trabalho na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Caso corresponda ao perfil envie a sua candidatura para: recrutamento.drh@libbey.pt<br />

trial que alia sectores tradicionais<br />

a sectores <strong>de</strong> elevada capacida<strong>de</strong><br />

tecnológica”.<br />

Álvaro Pereira <strong>de</strong>staca ainda a<br />

“i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> colectiva” do concelho,<br />

“construída por sucessivas gerações<br />

<strong>de</strong> trabalhadores e empreen<strong>de</strong>dores,<br />

sobre a constante capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> risco e <strong>de</strong> inovação e<br />

resistência à adversida<strong>de</strong>”. O autarca<br />

frisa, no entanto, que o estudo<br />

se refere a 2007 e que a conjuntura<br />

económica se agravou, obrigando<br />

a uma atitu<strong>de</strong> “pró-activa<br />

<strong>de</strong> todos os agentes”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Figueiró<br />

dos Vinhos, Rui Silva, não se<br />

manifesta surpreendido com o facto<br />

do município ter o menor índice<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra do distrito,<br />

facto que atribui essencialmente<br />

ao <strong>de</strong>semprego. O autarca garante,<br />

no entanto, que a câmara “tudo<br />

está a fazer para inverter essa situação”.<br />

Rui Silva aponta como exemplo<br />

<strong>de</strong>sse esforço a recente inauguração<br />

do pólo <strong>de</strong> formação, através<br />

<strong>de</strong> um protocolo com o Instituto<br />

<strong>de</strong> Emprego e Formação Pro-<br />

A herança <strong>de</strong> Lúcio Tomé<br />

Feteira, empresário natural<br />

<strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, continua<br />

por partilhar <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois<br />

da sua morte. A Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

é uma das her<strong>de</strong>iras.<br />

O milionário indicou, em<br />

testamento, a doação <strong>de</strong> parte<br />

da herança, que a lei não<br />

obriga a ficar na família,<br />

para a autarquia. “A junta<br />

vai receber 80% da quota<br />

disponível do testamento<br />

para criar a Fundação Família<br />

Feteira, que Lúcio Tomé<br />

Feteira pretendia que fosse<br />

a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Vieira<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a gerir”, explica<br />

Joaquim Vidal Tomé.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da junta<br />

esclarece também que a verba,<br />

cujo o valor que cabe à<br />

junta <strong>de</strong>sconhece, ainda não<br />

foi <strong>de</strong>sbloqueada porque as<br />

partilhas não foram efectuadas.<br />

Segundo o jornal<br />

Público, o valor que estaria<br />

nas contas <strong>de</strong> Tomé Feteira<br />

ultrapassará os 30 milhões<br />

<strong>de</strong> euros. Joaquim Vidal<br />

Tomé afirma que Lúcio Tomé<br />

Feteira ia com “frequência”<br />

à Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e era uma<br />

pessoa “muito querida na<br />

terra”. Além disso, “fazia<br />

fissional, que já tem cerca <strong>de</strong> 200<br />

formandos. Rui Silva refere ainda<br />

o projecto <strong>de</strong> alargamento da zona<br />

industrial e um outro acordo com<br />

a Associação Empresarial do Pinhal<br />

Interior, com vista também à realização<br />

<strong>de</strong> formação profissional.<br />

Segundo o estudo do INE, divulgado<br />

pela Agência Lusa, a região<br />

da gran<strong>de</strong> Lisboa congrega seis dos<br />

15 concelhos portugueses com<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra mais elevado, com<br />

o ranking a ser li<strong>de</strong>rado pela capital.<br />

Os índices mais baixos registavam-se<br />

em Vinhais, Ribeira <strong>de</strong><br />

Pena, Sernancelhe, Celorico <strong>de</strong> Basto<br />

e Penalva do Castelo, municípios<br />

localizados no interior. ■<br />

MAS<br />

Indicadores avaliados<br />

algumas doações, aos bombeiros,<br />

biblioteca e escolas”.<br />

“Há mesmo uma cantina que<br />

tem o nome da sua mãe”,<br />

acrescenta.<br />

A herança <strong>de</strong> Lúcio Tomé<br />

Feteira ainda não foi dividida<br />

<strong>de</strong>vido a um litígio entre<br />

Rosalina Ribeiro, com quem<br />

o empresário manteve uma<br />

relação extraconjugal durante<br />

32 anos, e a sua filha Olímpia<br />

Menezes, também fruto<br />

<strong>de</strong> uma relação fora do casamento.<br />

Rosalina Ribeiro, que<br />

foi assassinada em Dezembro<br />

do ano passado, lutou<br />

para garantir os mesmos<br />

direitos sucessórios que a<br />

Índice<br />

do po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra<br />

Posição<br />

no ranking<br />

nacional<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> 101,99 37ª<br />

Caldas da Rainha 99,92 40ª<br />

<strong>Leiria</strong> 99,87 41ª<br />

Nazaré 89 66ª<br />

Peniche 87,36 73ª<br />

Alcobaça 82,78 89ª<br />

Batalha 82,71 90ª<br />

Bombarral 75,86 120ª<br />

Óbidos 75,81 121ª<br />

Ourém 74,17 129ª<br />

Pombal 73,8 130ª<br />

Porto <strong>de</strong> Mós 67,87 155ª<br />

Ansião 62,58 195ª<br />

Castanheira <strong>de</strong> Pera 59,93 213ª<br />

Pedrógão Gran<strong>de</strong> 58613 224ª<br />

Alvaiázere 58,33 230ª<br />

Figueiró dos Vinhos 55,61 244ª<br />

O índice <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra avalia indicadores como o vencimento<br />

salarial, contratos imobiliários e número <strong>de</strong> automóveis, e preten<strong>de</strong><br />

“traduzir o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra manifestado quotidianamente,<br />

em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo<br />

por referência o valor nacional”, explica o INE, citado pela Agência<br />

Lusa. ■<br />

Lúcio Tomé Feteira <strong>de</strong>ixa valor para fundação<br />

Junta da Vieira aguarda<br />

herança há <strong>de</strong>z anos<br />

DR<br />

mulher legítima do empresário,<br />

que faleceu <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le.<br />

De acordo com o Diário<br />

<strong>de</strong> Notícias, o homicídio <strong>de</strong><br />

Rosalina Ribeiro po<strong>de</strong>rá estar<br />

relacionado com a suspeita<br />

<strong>de</strong> falsificação <strong>de</strong> uma procuração<br />

para venda irregular<br />

<strong>de</strong> terrenos do empresário.<br />

O caso foi divulgado esta<br />

semana pelos órgãos <strong>de</strong><br />

comunicação social por Duarte<br />

Lima, advogado <strong>de</strong> Rosalina,<br />

ter sido chamado a <strong>de</strong>por<br />

pela polícia brasileira, pois<br />

foi uma das últimas pessoas<br />

a estar com ela antes da sua<br />

morte. ■<br />

EC


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

Presi<strong>de</strong>nte da câmara prefere ligar-se a Lisboa, se o aeroporto regional ficar em Monte Real<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 9<br />

Ourém admite abandonar Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Ourém<br />

admite sair do Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-<br />

Fátima, se este organismo “persistir<br />

na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que uma das formas<br />

<strong>de</strong> valorizar Fátima é promover a<br />

abertura <strong>de</strong> Monte Real à aviação<br />

civil”. As <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> Paulo Fonseca<br />

surgem na sequência <strong>de</strong> uma<br />

reunião realizada recentemente<br />

entre autarcas da região e dirigentes<br />

do Fórum Centro Portugal e o<br />

primeiro-ministro, on<strong>de</strong> José Sócrates<br />

prometeu apoio para que o estudo<br />

sobre a viabilida<strong>de</strong> da abertura<br />

da Base Aérea nº 5 (BA5) à aviação<br />

civil seja retomado.<br />

“O Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima tem<br />

um peso brutal porque tem Fátima.<br />

Não vejo qualquer vantagem<br />

em insistir no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

um projecto [abertura ao tráfego<br />

civil da BA5] artificial, ineficaz e<br />

A vila <strong>de</strong> Ansião tem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

semana passada, um novo parque<br />

<strong>de</strong> estacionamento e mais um espaço<br />

ver<strong>de</strong>. As obras foram inauguradas<br />

durante a abertura oficial das<br />

festas do concelho, uma cerimónia<br />

que habitualmente se realizava<br />

nos Paços do Concelho, mas que<br />

este ano teve lugar na nova zona<br />

ver<strong>de</strong>. Uma <strong>de</strong>scentralização que<br />

o presi<strong>de</strong>nte da câmara, Rui Rocha,<br />

classifica como “mais um sinal da<br />

forte vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> abertura aos cidadão”<br />

do actual executivo.<br />

Região<br />

Dia da juventu<strong>de</strong><br />

comemorado<br />

O autarca explica que a intervenção<br />

junto ao Ribeiro da Vi<strong>de</strong><br />

permitiu requalificar “um dos espaços<br />

nobres da vila”, com a criação<br />

<strong>de</strong> mais um espaço ver<strong>de</strong>. Além da<br />

colocação <strong>de</strong> relva e <strong>de</strong> mobiliário<br />

urbano, o projecto contemplou a<br />

recuperação da antiga casa do cantoneiro,<br />

transformada em sanitários<br />

públicos, e <strong>de</strong> um lavadouro,<br />

que <strong>de</strong>u lugar a uma zona <strong>de</strong> convívio.<br />

Com 74 lugares, o novo parque<br />

<strong>de</strong> estacionamento foi criado jun-<br />

O Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong>, que hoje se comemora,<br />

é assinalado em vários municípios da região. A Câmara<br />

<strong>de</strong> Peniche organiza, em conjunto com as associações<br />

juvenis do concelho, activida<strong>de</strong>s que preten<strong>de</strong>m promover<br />

as potencialida<strong>de</strong>s dos jovens em áreas como a música, a<br />

dança, o <strong>de</strong>sporto e a fotografia. Em Pombal, as iniciativas<br />

irão dividir-se entre as piscinas municipais, on<strong>de</strong>, a partir<br />

das 14:30 horas, haverá sessões <strong>de</strong> hidroginástica, música<br />

e ateliês, e a Praça Marquês <strong>de</strong> Pombal, que entre 14:30 e<br />

as 17:30 horas, acolhe a iniciativa MarquêsGrafiti, on<strong>de</strong> os<br />

jovens po<strong>de</strong>rão expressar colectivamente a sua arte. Durante<br />

este dia, o município <strong>de</strong> Pombal oferece aos jovens entradas<br />

gratuitas nas piscinas e em vários espaços culturais. Esta<br />

foi também a forma encontrada pela Câmara <strong>de</strong> Ourém para<br />

assinalar a data, entregando aos jovens senhas para entrar<br />

no museu e nas piscinas municipais, que po<strong>de</strong>m ser levantadas<br />

na loja Ponto Já. A Câmara da Marinha Gran<strong>de</strong> marca<br />

também a data com a oferta <strong>de</strong> entradas gratuitas nos<br />

museus municipais aos jovens até aos 25 anos. O objectivo<br />

é fomentar nos jovens a apetência cultural, social e turística.<br />

Na Batalha, as comemorações começam às 17:30 horas,<br />

com jogos tradicionais na Praça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

on<strong>de</strong>, a partir das 22 horas, haverá música dos anos<br />

70, 80 e 90. ■<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

Fonseca não acredita na abertura da BA5 à aviação civil<br />

que não é promotor do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

regional”, afirma Paulo<br />

Inaugurações marcam festas do concelho<br />

Ansião ganha espaço ver<strong>de</strong><br />

e estacionamento gratuito<br />

Fonseca. O autarca <strong>de</strong> Ourém consi<strong>de</strong>ra<br />

que “não cabe na cabeça <strong>de</strong><br />

to à Avenida Dr. Vítor Faveiro, a<br />

poucos metros da Praça do Município,<br />

e será <strong>de</strong> utilização gratuita,<br />

estando já preparado para a instalação<br />

<strong>de</strong> um postos <strong>de</strong> abastecimento<br />

para veículos eléctricos. Rui<br />

Rocha frisa que o novo parque permitirá<br />

colmatar a eliminação <strong>de</strong><br />

algum aparcamento na zona central<br />

da vila, prevista nas obras <strong>de</strong><br />

requalificação já em execução, e<br />

que, segundo o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />

darão a Ansião “uma matriz <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>”. ■<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

ninguém que alguém venha a Fátima<br />

através <strong>de</strong> Monte Real, quando<br />

po<strong>de</strong> aterrar em Lisboa, que fica<br />

à mesma distância temporal” da<br />

BA5.<br />

Apesar <strong>de</strong> acreditar que a abertura<br />

da base aérea à aviação civil<br />

“nunca será autorizada”, Paulo Fonseca<br />

garante que, se tal vier a acontecer,<br />

inviabilizando a criação <strong>de</strong><br />

um aeroporto regional em Fátima,<br />

então “Ourém estará disponível<br />

para se ligar a Lisboa”, em termos<br />

turísticos, por enten<strong>de</strong>r que, nessas<br />

circunstâncias, é a solução que<br />

melhor serve os interesses do concelho.<br />

“Fátima podia ter sido o ciclista<br />

que fugiu do pelotão e , quando<br />

os outros <strong>de</strong>ram por isso, já tinha<br />

ganho. Teve o rasgo <strong>de</strong> começar o<br />

processo [através da tentativa <strong>de</strong><br />

transformação da pista da Giesteira<br />

em aeroporto regional], mas faltou-lhe<br />

a sabedoria para gerir a<br />

vantagem e per<strong>de</strong>u a oportunida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vido a problemas locais”, afirma<br />

David Catarino. O presi<strong>de</strong>nte<br />

do Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima, que<br />

durante anos li<strong>de</strong>rou a Câmara <strong>de</strong><br />

Ourém, reconhece que, por vezes,<br />

os autarcas estão “reféns das posições<br />

locais”, mas <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a<br />

questão do aeroporto <strong>de</strong>ve ser encarada<br />

à “escala regional”. E que, num<br />

momento em que “não há dinheiro<br />

para investir” e em que “as acessibilida<strong>de</strong>s<br />

a Monte Real estão praticamente<br />

feitas”, a BA5 po<strong>de</strong>rá ser<br />

a solução mais ajustada para servir<br />

a região Centro. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

Governador civil (à esq.) presidiu às inaugurações<br />

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10 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Ourém<br />

Santuário<br />

acolhe<br />

emigrantes<br />

Milhares <strong>de</strong> emigrantes são esperados,<br />

hoje e amanhã, no Santuário<br />

<strong>de</strong> Fátima para participar<br />

na Peregrinação do Migrante e<br />

do Refugiado, que este ano <strong>de</strong>staca<br />

a comunida<strong>de</strong> portuguesa<br />

resi<strong>de</strong>nte em França e a igreja que<br />

a acolhe nesse país. A peregrinação<br />

será presidida por D. Clau<strong>de</strong><br />

Schocker, bispo <strong>de</strong> Belfort-Montbéliard<br />

(França) e presi<strong>de</strong>nte do<br />

Serviço Nacional da Pastoral dos<br />

Migrantes <strong>de</strong> França. Esta peregrinação<br />

internacional está integrada<br />

na 38.ª Semana Nacional<br />

<strong>de</strong> Migrações, uma iniciativa da<br />

Comissão Episcopal da Mobilida<strong>de</strong><br />

Humana e da Obra Católica<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Migrações.<br />

Dinossáurios<br />

potenciam<br />

geminação<br />

A Câmara <strong>de</strong> Ourém está a preparar<br />

uma geminação com o município<br />

<strong>de</strong> Teruel, localizado em<br />

Espanha. Nesse sentido, uma comitiva<br />

com representes da autarquia<br />

<strong>de</strong>slocou recentemente a Teruel,<br />

para <strong>de</strong>senvolver contactos com<br />

vista a uma futura geminação. Os<br />

dinossáurios são um dos elos <strong>de</strong><br />

ligação entre os dois municípios,<br />

havendo estudos que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m<br />

que as pegadas na Pedreira do<br />

Galinha, em Ourém, foram produzidas<br />

por um dinossauro da<br />

mesma espécie, <strong>de</strong> Teruel. O património<br />

é outro dos elementos<br />

comum entre Ourém e Teruel.<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Universida<strong>de</strong><br />

sénior em<br />

antiga escola<br />

Encerrada no final do último ano<br />

lectivo, a EB1 <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Cima,<br />

Porto <strong>de</strong> Mós, po<strong>de</strong>rá vir a ganhar<br />

nova vida, com a instalação da<br />

universida<strong>de</strong> sénior que o Rotary<br />

Clube local preten<strong>de</strong> abrir no<br />

concelho. O pedido <strong>de</strong> cedência<br />

da escola foi analisado na última<br />

reunião <strong>de</strong> câmara, realizada na<br />

semana passada, com o executivo<br />

a adiar uma tomada <strong>de</strong> posição,<br />

uma vez que o Clube Automóvel<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós já tinha<br />

“verbalmente” solicitado a ocupação<br />

daquele espaço. O presi<strong>de</strong>nte<br />

do município, João Salgueiro,<br />

manifestou, no entanto,<br />

a inclinação para ce<strong>de</strong>r as instalações<br />

aos rotários, uma vez que<br />

o Clube Automóvel já está a ocupar<br />

uma outra antiga escola (Casal<br />

Duro). ■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

IC3 avança com perfil <strong>de</strong> auto-estrada e portagens<br />

Tribunal <strong>de</strong> Contas aprova<br />

subconcessão do Pinhal Interior<br />

O contrato da subconcessão do<br />

Pinhal Interior Norte, adjudicado a<br />

um consórcio li<strong>de</strong>rado pela Ascendi<br />

(<strong>de</strong>tida pela Mota-Engil e pelo<br />

BES), foi aprovado, na segunda-<br />

-feira, pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas (TC).<br />

Entre as obras previstas está a construção<br />

do IC3, entre Coimbra e<br />

Tomar, passando por Ansião e Alvaiázere,<br />

que terá portagens, uma medida<br />

compreendida pelos autarcas <strong>de</strong><br />

região que consi<strong>de</strong>ram que, mesmo<br />

a pagar, se trata <strong>de</strong> uma via<br />

“fundamental” para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da zona do Pinhal.<br />

Intervenção abrange 40 quilómetros entre <strong>Leiria</strong> e o limite Norte do distrito<br />

Requalificação do IC2 avança em 2011<br />

A requalificação do IC2, entre<br />

a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e o limite Norte<br />

do distrito, vai avançar no<br />

próximo ano. A obra está incluída<br />

no plano <strong>de</strong> investimentos<br />

da Estradas <strong>de</strong> Portugal (EP) para<br />

2011 e <strong>de</strong>verá custar mais <strong>de</strong> 30<br />

milhões <strong>de</strong> euros. A informação<br />

foi avançada no sábado pelo<br />

director da Delegação Regional<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da EP, Ricardo Lacerda,<br />

durante uma visita a várias<br />

obras rodoviárias em curso no<br />

município <strong>de</strong> Pombal, promovida<br />

pela concelhia local do PS.<br />

Ricardo Lacerda explica que a<br />

intervenção no IC2 totalizará<br />

cerca <strong>de</strong> 40 quilómetros e contempla<br />

a repavimentação da via<br />

e o melhoramento do traçado,<br />

com a criação <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> aceleração<br />

e a revisão <strong>de</strong> alguns cruzamentos.<br />

Segundo aquele responsável,<br />

o projecto <strong>de</strong> execução<br />

será colocado a concurso<br />

em Setembro, <strong>de</strong>correndo, neste<br />

momento, a consulta às autarquias<br />

abrangidas pelo troço em<br />

Sócrates presidiu à cerimónia <strong>de</strong> adjudicação da concessão<br />

Apesar <strong>de</strong> ainda ter “alguma<br />

esperança” que o Governo recue<br />

na introdução <strong>de</strong> portagens, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara <strong>de</strong> Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong> não se opõe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

medida “se aplique a todas as regiões<br />

com o <strong>de</strong>senvolvimento similar” ao<br />

Pinhal Interior. Mas, para João Marques,<br />

“o mais importante é que a<br />

obra avance”, porque dará “outra<br />

centralida<strong>de</strong> à região”, uma vez que<br />

vai ligar a A1, em Coimbra, e a A23,<br />

em Torres Novas. O autarca <strong>de</strong>staca<br />

ainda o conjunto <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />

previstas na concessão,<br />

causa, para que “i<strong>de</strong>ntifiquem<br />

os pontos que merecem mais<br />

atenção”.<br />

O director regional da EP<br />

acrescenta ainda que foram enviados<br />

ofícios às entida<strong>de</strong>s envolvidas<br />

na execução <strong>de</strong> infra-estruturas,<br />

como re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gás, água<br />

ou saneamento, para que façam<br />

uma calendarização das intervenções<br />

previstas para o troço<br />

a requalificar. O objectivo, explica<br />

Ricardo Lacerda, é que as<br />

obras sejam feitas antes da repavimentação<br />

do piso.<br />

Além <strong>de</strong>sta intervenção no<br />

IC2, a EP assinou, na semana<br />

passada, um contrato com a<br />

empresa JJR & Filhos, se<strong>de</strong>ada<br />

na Quinta da Sardinha (<strong>Leiria</strong>),<br />

para a realização <strong>de</strong> trabalhos<br />

<strong>de</strong> manutenção e conservação<br />

nos cerca <strong>de</strong> 750 quilómetros <strong>de</strong><br />

vias e 297 pontes, viadutos e<br />

outras travessias que constituem<br />

a re<strong>de</strong> rodoviária a seu cargo no<br />

distrito.<br />

No valor <strong>de</strong> 8.4 milhões <strong>de</strong><br />

que facilitarão as ligações entre os<br />

municípios da região, e a requalificação<br />

do IC8. “Esta concessão é<br />

a melhor coisa que podia ter acontecido<br />

a este território”, afirma.<br />

Também o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

<strong>de</strong> Ansião, consi<strong>de</strong>ra que, “mais<br />

importante do que discutir a introdução<br />

ou não <strong>de</strong> portagens no IC3,<br />

é que a obra avance”. E, nesse sentido,<br />

Rui Rocha enten<strong>de</strong> que o visto<br />

do TC representa “mais um passo<br />

cumprido” para que os trabalhos<br />

no terreno sejam iniciados. “Há<br />

muito que ansiamos por este inves-<br />

euros, o contrato prevê a conservação<br />

<strong>de</strong> pavimentos, bermas<br />

e valetas, passeios, nós, separa-<br />

timento, que é crucial para <strong>de</strong>volver<br />

alguma esperança a este território”,<br />

diz o autarca<br />

João Cardoso, presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Empresarial do Pinhal Interior,<br />

diz que “o i<strong>de</strong>al” seria que o<br />

IC3 não tivesse portagens, mas reconhece<br />

que, na situação actual, “é<br />

difícil construir auto-estradas sem<br />

serem pagas”. Por isso, o empresário<br />

prefere <strong>de</strong>stacar a importância<br />

das obras previstas na concessão.<br />

“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta zona<br />

estava, há muito, a contar com este<br />

investimento, que vai permitir acessos<br />

mais rápidos e reduzir as distâncias<br />

entre a região e o Litoral,<br />

Espanha e Lisboa.”■<br />

Maria Anabela Silva<br />

Números<br />

da concessão<br />

✓ 1.2 mil milhões – total do<br />

investimento<br />

✓ 567 kms – extensão total da<br />

concessão (118 Kms <strong>de</strong> auto-<br />

-estradas e 449 Kms <strong>de</strong> estradas<br />

<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>)<br />

✓ 200 – número <strong>de</strong> empresas<br />

envolvidas nas obras da concessão<br />

✓ 4.000 – número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />

trabalho directos criados pela concessão<br />

✓ 44.000 - estimativa do número<br />

<strong>de</strong> empregos induzidos pelas novas<br />

vias<br />

✓ 36 meses – prazo <strong>de</strong> construção<br />

(obras <strong>de</strong>verão estar concluídas<br />

em Fevereiro <strong>de</strong> 2013)<br />

dores, intersecções, talu<strong>de</strong>s e<br />

vedações e a manutenção <strong>de</strong><br />

obras <strong>de</strong> arte. ■ MAS<br />

PS <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> acesso<br />

à A1 em Merinhas<br />

A Concelhia <strong>de</strong> Pombal do PS consi<strong>de</strong>ra a construção <strong>de</strong> um nó<br />

<strong>de</strong> acesso à A1, em Meirinhas, estratégica para o concelho,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que essa obra <strong>de</strong>verá ser acompanhada pela criação<br />

<strong>de</strong> uma ligação entre a zona Sul do concelho e esse nó, através<br />

da requalificação <strong>de</strong> alguma re<strong>de</strong> viária concelhia. A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s,<br />

presi<strong>de</strong>nte da concelhia, enten<strong>de</strong> mesmo que essa ligação “é<br />

mais prioritária do que a variante à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal”, há muito<br />

reivindicada pela maioria social-<strong>de</strong>mocrata que governa a<br />

câmara. O dirigente socialista falava durante uma visita às obras<br />

<strong>de</strong> melhoria e alargamento <strong>de</strong> seis pontes e pontões na EN1.6,<br />

em fase <strong>de</strong> conclusão, on<strong>de</strong> chamou também a atenção para a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar as condições <strong>de</strong> segurança do nó do IC2<br />

em Alto Cabaço (entrada Norte da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal). A visita<br />

contou com a presença <strong>de</strong> José Miguel Me<strong>de</strong>iros, <strong>de</strong>putado do<br />

PS na Assembleia da República, e do director regional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

da Estradas <strong>de</strong> Portugal, Ricardo Lacerda. ■


Obra estará concluída <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nove meses<br />

A Misericórdia <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />

vai iniciar, nos próximos dias, a<br />

construção <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados<br />

continuados <strong>de</strong> longa duração.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um investimento<br />

na or<strong>de</strong>m dos dois milhões <strong>de</strong> euros,<br />

que <strong>de</strong>verá ficar concluído <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> nove meses e que conta com o<br />

apoio do Ministério da Saú<strong>de</strong> e da<br />

câmara municipal.<br />

Segundo José Carlos Ramos, provedor<br />

da instituição, a comparticipação<br />

do Estado rondará os 745<br />

mil euros, enquanto a autarquia<br />

ajudará com 400 mil euros. Além<br />

<strong>de</strong>sta verba, o município disponibilizou<br />

o terreno, localizado na zona<br />

<strong>de</strong> Colos, e ficará responsável pela<br />

execução dos arranjos exteriores.<br />

Um apoio que o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />

João Salgueiro, justifica com<br />

“importância da obra, não só para<br />

o concelho, como para a região”.<br />

“A unida<strong>de</strong> será uma realida<strong>de</strong><br />

porque houve uma conjugação <strong>de</strong><br />

esforços em torno <strong>de</strong> um projecto<br />

que permitirá a prestação <strong>de</strong> melhores<br />

cuidados à comunida<strong>de</strong>”, afirma<br />

o provedor. O dirigente sublinha<br />

ainda que, a longo prazo, este<br />

tipo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> traz benefícios económicos<br />

ao Estado, pois contribui<br />

para reduzir os internamentos hospitalares.<br />

“Os hospitais estão cheios<br />

<strong>de</strong> doentes que já não lhes <strong>de</strong>viam<br />

pertencer e que, por isso, <strong>de</strong>vem<br />

ser encaminhados para centros que<br />

lhes garantam mais alguma reabilitação”,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o médico.<br />

A futura unida<strong>de</strong> irá receber utentes<br />

que necessitem <strong>de</strong> internamentos<br />

superiores a 180 dias, uma vez<br />

que “é ao nível da longa duração<br />

que o distrito tem maiores lacunas”.<br />

O centro hospitalar da misericórdia<br />

terá 30 camas, mas José Carlos Ramos<br />

garante que a obra ficará preparada<br />

para sofrer uma ampliação.<br />

“Temos consciência que, em pouco<br />

tempo, a capacida<strong>de</strong> ficará esgotada.<br />

No entanto, as disponibilida<strong>de</strong>s<br />

financeiras não nos permitem<br />

avançar com um projecto <strong>de</strong><br />

outra dimensão”, reconhece o pro-<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

Misericórdia <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós constrói<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

Provedor diz que a unida<strong>de</strong> ficará preparada para ser ampliada<br />

vedor. O dirigente admite ainda que<br />

a construção da unida<strong>de</strong> adiará<br />

outro dos seus sonhos, que passa<br />

pela criação <strong>de</strong> um segundo lar da<br />

misericórdia, que possibilitasse a<br />

separação dos utentes que “apenas<br />

precisam <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial<br />

daqueles com graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

maiores e com outro tipo <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s”. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

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12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 11<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

PSD contesta<br />

aumentos<br />

no pré-escolar<br />

O vereador do PSD na Câmara<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, Júlio Vieira,<br />

contesta os aumentos dos preços<br />

dos serviços <strong>de</strong> componente<br />

<strong>de</strong> apoio à família no pré-escolar,<br />

que entrarão em vigor no<br />

próximo ano lectivo. A proposta<br />

foi aprovada na semana passada,<br />

com o voto contra <strong>de</strong> Júlio<br />

Vieira, que consi<strong>de</strong>ra que, face<br />

à conjuntura actual, “estes aumentos<br />

não são aceitáveis”. Segundo<br />

as contas feitas pelo vereador,<br />

em causa estão subidas entre<br />

os 10% e os 23%. Em comunicado,<br />

Júlio Vieira lamenta ainda<br />

que a proposta tenha sido<br />

apresentada “sem nenhum estudo<br />

sobre o assunto”, criticando<br />

a falta <strong>de</strong> “informação sobre as<br />

receitas cobradas aos pais e as<br />

<strong>de</strong>spesas efectuadas pelo município<br />

na prestação do serviço”. O<br />

presi<strong>de</strong>nte da câmara, João Salgueiro,<br />

frisa que os valores não<br />

eram actualizados há quatro anos<br />

e que os aumentos nos dois primeiros<br />

escalões, “on<strong>de</strong> se enquadra<br />

boa parte dos alunos, são <strong>de</strong><br />

1.30 e 1.82 euros por mês”. O<br />

autarca consi<strong>de</strong>ra, por isso, as<br />

<strong>de</strong>clarações do vereador da oposição<br />

<strong>de</strong> “pura <strong>de</strong>magogia”. ■<br />

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12 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Nazaré<br />

TV digital<br />

terrestre<br />

em teste<br />

A Nazaré foi incluída pela Anacom<br />

(Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />

Comunicações) no teste-piloto das<br />

emissões da televisão digital terrestre.<br />

As antenas analógicas instaladas<br />

nas habitações da vila vão<br />

começar a ser <strong>de</strong>sligadas até 5 <strong>de</strong><br />

Maio do próximo ano, data <strong>de</strong>finida<br />

para a cessação das emissões<br />

do retransmissor da vila.<br />

Alenquer é o primeiro concelho<br />

a ser alvo daquela medida, tecnicamente<br />

conhecida por switchoff,<br />

cuja adopção vai ocorrer até<br />

3 <strong>de</strong> Fevereiro. Segue-se o Cacém,<br />

cujo <strong>de</strong>sligamento das antenas<br />

analógicas terá <strong>de</strong> ocorrer até 7<br />

<strong>de</strong> Abril.<br />

A Nazaré será, assim, o terceiro<br />

concelho do País a ver testadas<br />

as emissões da televisão digital<br />

terrestre.<br />

Segundo a <strong>de</strong>liberação da Anacom,<br />

nas zonas-piloto as instituições<br />

do po<strong>de</strong>r local, “bem como<br />

outras entida<strong>de</strong>s locais relevantes,<br />

serão envolvidas no processo<br />

<strong>de</strong> preparação da operação e a<br />

população visada será atempadamente<br />

objecto <strong>de</strong> campanhas<br />

<strong>de</strong> informação específicas para o<br />

efeito”.<br />

Aqueles três concelhos foram escolhidos<br />

por terem sido i<strong>de</strong>ntificados<br />

como zonas “em que há maior<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> factores<br />

adversos”, permitindo “afinar<br />

os procedimentos” da cessação<br />

das emissões analógicas terrestres<br />

no País. JP<br />

Caldas da Rainha<br />

Centro<br />

Hospitalar<br />

tem novo<br />

administrador<br />

O Centro Hospitalar do Oeste Norte<br />

(CHON), localizado em Caldas<br />

da Rainha, tem um novo presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> segunda-feira. Licenciado<br />

em Gestão <strong>de</strong> Empresas pela<br />

Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

e com bacharelato em Análises<br />

Clínicas e Saú<strong>de</strong> Pública, Carlos<br />

Sá é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009 coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong><br />

programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Economia e da Universida<strong>de</strong><br />

Nova <strong>de</strong> Lisboa e conta<br />

com 20 anos <strong>de</strong> experiência no<br />

sector da saú<strong>de</strong>, dos quais 15 anos<br />

em funções <strong>de</strong> gestão e direcção<br />

na indústria farmacêutica e seis<br />

nos hospitais civis <strong>de</strong> Lisboa e<br />

Instituto Português do Sangue.<br />

Segundo a Agência Lusa, durante<br />

a cerimónia <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> posse,<br />

Rui Portugal, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Administração Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, reafirmou<br />

a confiança no “perfil a<strong>de</strong>quado”<br />

<strong>de</strong> Carlos Sá para a gestão<br />

do CHON. Carlos Sá suce<strong>de</strong><br />

a Manuel Nobre, que apresentou<br />

<strong>de</strong>missão em Abril. ■<br />

Origem da passagem subterrânea ainda está por explicar<br />

Túnel <strong>de</strong>scoberto em Alcobaça<br />

po<strong>de</strong>rá ter vários séculos<br />

Po<strong>de</strong>rá ter várias centenas <strong>de</strong><br />

anos o túnel <strong>de</strong>scoberto, na semana<br />

passada, na freguesia da Vestiaria,<br />

concelho <strong>de</strong> Alcobaça, no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> obras no pavimento<br />

que a junta tem vindo a efectuar<br />

no local.<br />

A <strong>de</strong>scoberta não podia ter<br />

sido mais aci<strong>de</strong>ntal. Os operários<br />

que proce<strong>de</strong>m às obras <strong>de</strong><br />

alargamento da estrada e à colocação<br />

<strong>de</strong> passeios foram surpreendidos<br />

pelo abatimento do<br />

piso quando se preparavam para<br />

colocar os lancis. Depararam-<br />

-se com um buraco fundo e <strong>de</strong><br />

imediato comunicaram o sucedido<br />

ao autarca da freguesia,<br />

António André.<br />

Sabe-se que o túnel, com um<br />

metro <strong>de</strong> largura e dois <strong>de</strong> altura,<br />

terá vários metros <strong>de</strong> extensão<br />

e uma sala, mas <strong>de</strong>sconhece-se<br />

a origem daquela passagem<br />

subterrânea, tendo o presi<strong>de</strong>nte<br />

da junta alertado a Câmara<br />

<strong>de</strong> Alcobaça para a importância<br />

da <strong>de</strong>scoberta.<br />

A autarquia enviou ao local o<br />

arqueólogo Jorge Figueiredo, que<br />

terá <strong>de</strong>cidido pela preservação do<br />

espaço para futuras averiguações,<br />

informação que o JORNAL DE<br />

LEIRIA não conseguiu confirmar,<br />

apesar das várias tentativas para<br />

falar com o especialista.<br />

Há várias possibilida<strong>de</strong>s que<br />

po<strong>de</strong>m justificar a existência <strong>de</strong><br />

O túnel tem um metro <strong>de</strong> largura e dois <strong>de</strong> altura<br />

Proposta preten<strong>de</strong> incentivar sector em “<strong>de</strong>clínio”<br />

Câmara da Nazaré pe<strong>de</strong> ao Governo<br />

incentivo ao primeiro emprego na pesca<br />

A Câmara da Nazaré solicitou,<br />

esta semana, ao Governo a atribuição<br />

<strong>de</strong> um incentivo ao primeiro<br />

emprego na pesca. A medida visa<br />

apoiar um sector em <strong>de</strong>clínio e já<br />

tinha sido sugerida por Bruno Vidal,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Armadores<br />

e Pescadores da Nazaré, no<br />

<strong>de</strong>bate Pesca: o mar aqui tão perto,<br />

organizado em Julho pelo<br />

REGIÃO DE CISTER.<br />

A Câmara <strong>de</strong> Alcobaça vai<br />

ampliar o cemitério <strong>de</strong> Turquel,<br />

através da compra <strong>de</strong> um terreno<br />

circundante ao cemitério. A<br />

garantia foi dada ao JORNAL<br />

DE LEIRIA por Hermínio Rodrigues,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da autarquia,<br />

que promete ter o proble-<br />

ANA FERRAZ PEREIRA<br />

Na proposta aprovada pelo executivo<br />

consta o pedido <strong>de</strong> “medidas<br />

<strong>de</strong> incentivo aos formandos<br />

após o fim do curso <strong>de</strong> formação<br />

profissional <strong>de</strong> marinheiros pescadores”,<br />

da responsabilida<strong>de</strong> do For-<br />

Mar, através da “concessão <strong>de</strong> um<br />

apoio mensal”, semelhante ao que<br />

já é atribuído a outras activida<strong>de</strong>s<br />

económicas.<br />

A autarquia justifica a propos-<br />

ta com o facto <strong>de</strong> poucos formandos<br />

seguirem a categoria profissional<br />

<strong>de</strong> pescador, com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> “assegurar a continuida<strong>de</strong><br />

da activida<strong>de</strong> da pesca, sector<br />

em “<strong>de</strong>clínio”.<br />

António Trinda<strong>de</strong>, vereador das<br />

Pescas da Câmara da Nazaré, recordou<br />

que o número <strong>de</strong> pescadores<br />

“tem vindo a diminuir consi<strong>de</strong>ravelmente”,<br />

sendo necessárias medi-<br />

Câmara <strong>de</strong> Alcobaça prevê solucionar o problema em Setembro<br />

Cemitério <strong>de</strong> Turquel vai ser ampliado<br />

ma da falta <strong>de</strong> espaço solucionado<br />

na primeira semana <strong>de</strong><br />

Setembro.<br />

A falta <strong>de</strong> covatos já chegou<br />

ao ponto <strong>de</strong> a câmara solicitar<br />

o adiamento <strong>de</strong> funerais. José<br />

Tereso, presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia <strong>de</strong> Turquel, revela ter<br />

sido forçado a pedir a familiares<br />

<strong>de</strong> falecidos para aguardarem<br />

por uma solução e, noutros casos,<br />

que “aceitem dispensar lotes dos<br />

seus terrenos para que os corpos<br />

possam ser enterrados”.<br />

O autarca pe<strong>de</strong> celerida<strong>de</strong> na<br />

resolução <strong>de</strong>ste processo, uma<br />

um túnel perto da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Alcobaça, como alerta o historiador<br />

Rui Rasquilho. “Po<strong>de</strong> ser<br />

do tempo das invasões francesas”,<br />

refere. Na verda<strong>de</strong>, a terceira<br />

invasão pelas tropas francesas<br />

foi particularmente <strong>de</strong>vastadora:<br />

em 1811, o Mosteiro <strong>de</strong><br />

Alcobaça foi saqueado e incendiado<br />

pelas tropas do con<strong>de</strong> d’Erlon.<br />

A confirmar-se ser <strong>de</strong>sse<br />

tempo, o túnel po<strong>de</strong>ria ter sido<br />

usado para protecção da população<br />

das tropas <strong>de</strong> Napoleão<br />

Bonaparte.<br />

Outra possibilida<strong>de</strong> em cima<br />

da mesa é o túnel remontar ao<br />

tempo dos monges cistercienses,<br />

que iniciaram a construção<br />

do Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria em<br />

1178. A existência <strong>de</strong> uma sala<br />

no túnel po<strong>de</strong>rá também significar<br />

que aquele era utilizado<br />

por uma qualquer socieda<strong>de</strong><br />

secreta, mas a possibilida<strong>de</strong> é<br />

remota, já que não há qualquer<br />

registo <strong>de</strong> associações do género<br />

na região.<br />

Sabe-se que o túnel foi todo<br />

escavado à mão. O que terá motivado<br />

tamanho trabalho? Até ao<br />

momento, todas as hipóteses<br />

avançadas não passam <strong>de</strong> meras<br />

suposições, por inexistência <strong>de</strong><br />

dados científicos concretos.<br />

Aguardam-se, por isso, investigações<br />

dos especialistas. ■<br />

Ana Ferraz Pereira<br />

das para manter um sector “tão<br />

importante” para o País.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />

Jorge Barroso, o apoio ao primeiro<br />

emprego na pesca po<strong>de</strong>rá “esbater<br />

a discriminação negativa” a que<br />

o sector está sujeito, já que existem<br />

este tipo <strong>de</strong> apoios noutras<br />

activida<strong>de</strong>s económicas. ■<br />

vez que estão em causa questões<br />

sociais. “Se nos próximos<br />

dias morrerem duas ou três pessoas<br />

aqui da região, não sabemos<br />

on<strong>de</strong> as colocar”, diz José<br />

Tereso, reforçando a urgência<br />

em resolver a questão. ■<br />

FF<br />

JP


Elemento dos Voluntários é o primeiro a morrer em serviço<br />

A morte <strong>de</strong> um bombeiro <strong>de</strong> Alcobaça<br />

durante o combate ao incêndio<br />

<strong>de</strong> S. Pedro do Sul, em Viseu, na<br />

segunda-feira, contribuiu para aumentar<br />

para 63 o número <strong>de</strong> vítimas em<br />

serviço na última década. Segundo<br />

o Diário <strong>de</strong> Notícias, entre 2000 e<br />

2009 morreram em Portugal 59 bombeiros<br />

em serviço, a que se juntam<br />

três vítimas <strong>de</strong>ste ano.<br />

João Pombo, 42 anos, casado, pai<br />

<strong>de</strong> dois filhos, era bombeiro há 20<br />

anos na corporação <strong>de</strong> Alcobaça. A<br />

morte do sub-chefe <strong>de</strong>ixou o quartel<br />

em estado <strong>de</strong> choque, tendo a<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Alcobaça cedido<br />

apoio psicológico aos colegas.<br />

“É um momento <strong>de</strong> dor e <strong>de</strong> profundo<br />

pesar para todos. Nunca estamos<br />

preparados para este tipo <strong>de</strong><br />

situações”, referiu Mário Cerol, comandante<br />

dos Voluntários <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

“A viatura, on<strong>de</strong> seguiam cinco<br />

homens da corporação, integrava<br />

uma coluna <strong>de</strong> bombeiros do distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sábado dava<br />

apoio no combate ao incêndio. Estes<br />

cinco bombeiros estavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />

20 horas <strong>de</strong> domingo em São Pedro<br />

do Sul”, <strong>de</strong>clarou Antero Campos à<br />

Agência Lusa. O presi<strong>de</strong>nte da corporação<br />

acrescentou que há ainda<br />

um ferido, um funcionário do Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Emergência Médica<br />

<strong>de</strong> 25 anos e voluntário na corporação<br />

<strong>de</strong> Alcobaça. O aci<strong>de</strong>nte<br />

ocorreu na sequência do “capotamento<br />

da viatura quando esta se <strong>de</strong>slocava<br />

<strong>de</strong> uma frente <strong>de</strong> fogo para<br />

outra”.<br />

No dia seguinte, na terça-feira,<br />

uma bombeira voluntária <strong>de</strong> Lourosa<br />

morreu carbonizada num incêndio<br />

em Monte Meda, no concelho <strong>de</strong><br />

Gondomar, tendo as chamas provocado<br />

ainda um ferido grave e a evacuação<br />

<strong>de</strong> outros quatro, após terem<br />

ficado ro<strong>de</strong>ados pelo incêndio.<br />

Na semana passada, um bombeiro<br />

dos Voluntários <strong>de</strong> Cabo Ruivo,<br />

<strong>de</strong> Lisboa, morreu quando regressa-<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |<br />

Voluntário <strong>de</strong> Alcobaça<br />

morre a combater incêndio<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Bar<br />

assaltado<br />

no Terreiro<br />

Um estabelecimento<br />

nocturno foi assaltado na<br />

madrugada <strong>de</strong> segundafeira,<br />

através do arrombamento<br />

<strong>de</strong> uma porta lateral.<br />

Segundo Ana Barros,<br />

proprietária do Sebentas<br />

Bar, situado no Terreiro,<br />

em <strong>Leiria</strong>, os suspeitos<br />

entraram no estabelecimento<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “dobrarem<br />

as gra<strong>de</strong>s” e <strong>de</strong> “serrarem<br />

a porta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira”,<br />

que fica na rua lateral.<br />

“Levaram moedas que<br />

estavam na caixa registadora,<br />

garrafas <strong>de</strong> bebidas<br />

e aperitivos”, adiantou Ana<br />

Barros, esclarecendo que<br />

a porta por on<strong>de</strong> os suspeitos<br />

entraram se encontra<br />

sempre fechada. ■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Lágrimas e consternação na se<strong>de</strong> dos Voluntários <strong>de</strong> Alcobaça<br />

60 homens a ajudar<br />

Várias al<strong>de</strong>ias da freguesia <strong>de</strong> Abiúl, Pombal,<br />

foram ameaçadas pelo fogo que <strong>de</strong>flagrou<br />

no sábado à tar<strong>de</strong> e que lavrou durante<br />

cerca <strong>de</strong> 11 horas. As chamas acabaram<br />

por consumir dois pequenos barracões agrícolas<br />

e, segundo o presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />

Abiúl, terão também <strong>de</strong>struído uma casa<br />

que se encontrava <strong>de</strong>sabitada há vários anos.<br />

Albertina Pereira, 71 anos e resi<strong>de</strong>nte em<br />

Gaiteiro, diz ter apanhado “um gran<strong>de</strong> susto”,<br />

quando viu o fogo a aproximar-se da<br />

al<strong>de</strong>ia. “A casa encheu-se <strong>de</strong> fumo”, conta<br />

a moradora, adiantando que o marido, que<br />

está acamado, teve <strong>de</strong> ser levado para casa<br />

<strong>de</strong> um familiar. O incêndio queimou-lhe<br />

ainda uma vinha e “alguns fardos <strong>de</strong> palha”,<br />

que estavam guardados para a alimentação<br />

dos animais. “Coisas fracas, mas que vão<br />

fazer falta”, admite a idosa.<br />

O fogo começou por volta das 13:50<br />

horas, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lagoa das Ceiras,<br />

freguesia <strong>de</strong> Abiúl. Segundo José Manuel<br />

Moura, coor<strong>de</strong>nador do Comando Distrital<br />

<strong>de</strong> Operações e Socorro, duas horas <strong>de</strong>pois<br />

va do combate ao incêndio em Fafe.<br />

O capotamento <strong>de</strong> um camião <strong>de</strong><br />

combate a incêndios causou a morte<br />

do segundo comandante e feriu<br />

mais cinco elementos da corporação,<br />

na A1. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

Os inúmeros incêndios que <strong>de</strong>flagraram no País nos últimos dias têm<br />

obrigado à ajuda mútua entre corporações. O distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não fugiu<br />

à regra. No sábado, 30 bombeiros estiveram em Viana do Castelo e<br />

outros 30 foram mobilizados para Viseu. À hora do fecho da edição do<br />

JORNAL DE LEIRIA, o comandante do Comando <strong>de</strong> Operações e Socorro<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> revelou que já não existiam homens do distrito noutros concelhos.<br />

■<br />

Incêndio lavrou durante cerca <strong>de</strong> 11 horas<br />

Fogo assustou al<strong>de</strong>ias<br />

em Pombal<br />

a situação “estava praticamente resolvida”,<br />

mas registaram-se “duas ou três projecções<br />

[<strong>de</strong> fogo] atrás do dispositivo montado”, que<br />

trouxeram dificulda<strong>de</strong>s acrescidas no combate<br />

ao incêndio, que chegou a ter três frentes<br />

activas.<br />

De acordo com aquele responsável, as<br />

principais complicações <strong>de</strong>veram-se “à gran<strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação” das chamas<br />

e à configuração da zona <strong>de</strong> incêndio, que<br />

<strong>de</strong>flagrou numa área <strong>de</strong> “interface florestal<br />

urbano, com casas, barracões agrícolas e<br />

pequenas indústrias”, inseridas em pinhal.<br />

“Tivemos <strong>de</strong> alocar muitos meios à <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>de</strong> algumas casas, o que nos dificultou a<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estratégia para enfrentar<br />

o fogo”, acrescenta José Manuel Moura.<br />

O incêndio foi dado como extinto por<br />

volta das 6 horas <strong>de</strong> domingo. No combate<br />

às chamas estiveram envolvidos cerca <strong>de</strong><br />

280 bombeiros <strong>de</strong> 15 corporações do distrito,<br />

auxiliados por dois helicópteros e um<br />

avião. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 13<br />

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14 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | POLÍTICA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s, vereador do PS na Câmara <strong>de</strong> Pombal<br />

“Este crime aconteceu<br />

porque a câmara funciona mal”<br />

A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s acusa o presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal (AM) <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong> não ter condições para<br />

<strong>de</strong>sempenhar o cargo, por ignorar que a AM tem como missão fiscalizar a activida<strong>de</strong> da autarquia. O lí<strong>de</strong>r da<br />

oposição diz que não po<strong>de</strong> ser a câmara a investigar o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 500 mil euros <strong>de</strong> que foi vítima e que o<br />

sistema <strong>de</strong> controle interno não funcionou Texto: Alexandra Barata Foto: Ricardo Graça<br />

Como interpreta a posição do presi<strong>de</strong>nte<br />

da Assembleia Municipal (AM)<br />

<strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong> rejeitar a convocação <strong>de</strong><br />

uma sessão extraordinária para criar<br />

uma comissão <strong>de</strong> inquérito, <strong>de</strong>stinada<br />

a apurar responsabilida<strong>de</strong>s em relação<br />

ao <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 500 mil euros dos cofres<br />

da autarquia?<br />

Fiquei surpreendido, porque na sessão<br />

anterior o presi<strong>de</strong>nte da AM tinha-se manifestado<br />

disponível para realizar uma sessão<br />

extraordinária para discutir a saú<strong>de</strong> no concelho.<br />

Fico perplexo quando o erário público<br />

é lesado num valor superior a 500 mil<br />

euros - e esse <strong>de</strong>svio só foi possível porque<br />

não foram cumpridas um conjunto <strong>de</strong> normas<br />

<strong>de</strong> controle interno e o POCAL - , e o<br />

presi<strong>de</strong>nte da AM não enten<strong>de</strong> ser necessária<br />

a realização <strong>de</strong> uma AM extraordinária.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da AM <strong>de</strong> Pombal não tem condições<br />

para ocupar o cargo, porque não compreen<strong>de</strong><br />

que esse órgão tem a função <strong>de</strong> fiscalizar<br />

a activida<strong>de</strong> da câmara.<br />

O PS contactou diversas entida<strong>de</strong>s oficiais<br />

para saber se estão a investigar a<br />

situação e enviou ao presi<strong>de</strong>nte da AM<br />

um conjunto <strong>de</strong> perguntas, para serem<br />

respondidas pela câmara, sobre as circunstâncias<br />

que permitiram que isso suce<strong>de</strong>sse.<br />

Queremos saber se essas entida<strong>de</strong>s estão<br />

a fazer alguma inspecção ou auditoria . Pedimos<br />

ainda um conjunto <strong>de</strong> informações sobre<br />

esta matéria à AM, uma vez que não houve<br />

abertura para a criação da comissão <strong>de</strong> inquérito.<br />

Este crime aconteceu porque a câmara<br />

funciona mal. Os procedimentos legais a que<br />

estão vinculados em termos <strong>de</strong> movimentação<br />

e reconciliação <strong>de</strong> contas não funcionaram.<br />

Mais: no dia a seguir a ser <strong>de</strong>tectado<br />

o <strong>de</strong>sfalque, perguntei se se podia garan-<br />

| Opinião|<br />

Completo esta semana 25 anos<br />

<strong>de</strong> vida em <strong>Leiria</strong>, cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resido,<br />

trabalho e tento contribuir, como<br />

sei e posso, para a res publica”<br />

Quando cá cheguei estranhei a<br />

diminuta dimensão do espaço social<br />

urbano (ao tempo ainda circulavam<br />

carros na Praça Rodrigues<br />

Lobo…), a <strong>de</strong>squalificação do rio<br />

escondido do nosso olhar, a função<br />

meramente utilitária dos passeios,<br />

a <strong>de</strong>crepitu<strong>de</strong> do centro antigo,<br />

o <strong>de</strong>sleixo do património histórico<br />

e uma opinião pública <strong>de</strong>ma-<br />

25 anos <strong>de</strong>pois<br />

tir que o <strong>de</strong>svio se reportava apenas a 2010<br />

e o auditor externo disse que podia dar essa<br />

garantia. Ora, na última reunião <strong>de</strong> câmara<br />

o presi<strong>de</strong>nte disse que houve três <strong>de</strong>svios em<br />

Dezembro <strong>de</strong> 2009. A própria certificação<br />

das contas <strong>de</strong> 2009 está colocada em causa.<br />

Estamos perante factos <strong>de</strong> extrema gravida<strong>de</strong><br />

e não po<strong>de</strong> ser a câmara a investigar-se<br />

a si própria.<br />

A responsabilida<strong>de</strong> por esse <strong>de</strong>sfalque<br />

<strong>de</strong>ve ser imputada à banca, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

o presi<strong>de</strong>nte da câmara?<br />

Compete aos órgãos <strong>de</strong> polícia criminal<br />

competentes e às entida<strong>de</strong>s judiciárias fazerem<br />

essa investigação. Em relação a eventuais<br />

responsabilida<strong>de</strong>s da instituição, quer<br />

os órgãos <strong>de</strong> polícia criminal quer o próprio<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong>verão promover as com-<br />

siado conservadora, alheada dos<br />

problemas da gestão municipal.<br />

Nessa época, para além da perseverante<br />

acção do Orfeão e da activida<strong>de</strong><br />

já final do TELA, a vida<br />

sócio-cultural da cida<strong>de</strong> pouco se<br />

distinguia da pacatez provinciana<br />

<strong>de</strong>scrita 100 anos antes por Eça,<br />

no “Crime do Padre Amaro”, num<br />

rame-rame entre a Sé, o Rossio e<br />

as arcadas da Praça. As áreas periféricas<br />

como Cortes ou Marrazes<br />

eram ainda lugares rurais e com<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria e algumas fábri-<br />

cas partilhavam o mesmo território<br />

com bairros resi<strong>de</strong>nciais. Contudo,<br />

havia um ambiente geral<br />

seguro e calmo, um comércio agradável,<br />

o sino da Sé rompia ao domingo<br />

o silêncio das ruas, as festas<br />

populares do Bairro dos Anjos e<br />

uma invulgar capacida<strong>de</strong> para bem<br />

acolher os forasteiros, como eu.<br />

Olhando para o percurso feito<br />

por <strong>Leiria</strong>, nestes anos, registo meia<br />

dúzia <strong>de</strong> alterações positivas, mas<br />

outras tantas cuja solução se arrasta<br />

no tempo ou que vieram interferir<br />

negativamente na vida da<br />

cida<strong>de</strong>. Creio que as novida<strong>de</strong>s com<br />

maior impacto multidisciplinar<br />

terão sido a instalação do Instituto<br />

Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a construção<br />

do novo Hospital, a melhoria<br />

da acessibilida<strong>de</strong> externa, a intervenção<br />

POLIS nas margens do rio<br />

e a recuperação do Mercado <strong>de</strong><br />

Santana. Mas, a par <strong>de</strong>stes bene-<br />

petentes investigações. No que diz respeito<br />

à câmara, aquilo que é óbvio para todos é<br />

que se o sistema <strong>de</strong> controle interno funcionasse<br />

era impossível que um <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>sta<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za e praticado durante tantos<br />

meses tivesse acontecido.<br />

Caso o montante <strong>de</strong>sviado não seja<br />

recuperado, quem <strong>de</strong>ve repor esse valor?<br />

A responsabilida<strong>de</strong> será sempre <strong>de</strong> quem<br />

efectuou esse <strong>de</strong>svio. Já foram tomadas medidas<br />

nesse sentido, como o arresto dos bens.<br />

A sentença do processo judicial certamente<br />

<strong>de</strong>terminará consequências nessa matéria.<br />

Mas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do património municipal<br />

ser reposto ou não, o que importa verda<strong>de</strong>iramente<br />

é percebermos quais são ou<br />

quais foram os procedimentos, do ponto <strong>de</strong><br />

vista da gestão administrativa e financeira,<br />

fícios para a vida colectiva (curiosamente<br />

todos incentivados pelo<br />

Governo central) o centro histórico<br />

manteve-se em agonia, diminuiu<br />

a atractivida<strong>de</strong> local face a<br />

outras cida<strong>de</strong>s concorrentes, as<br />

zonas periféricas suburbanas irromperam<br />

sem harmonia, o rio pa<strong>de</strong>ce<br />

<strong>de</strong> velhas maleitas e, inevitavelmente,<br />

per<strong>de</strong>u-se a qualida<strong>de</strong><br />

serena da vida em comum. E neste<br />

panorama emerge, ainda, a sombra<br />

do monstro-estádio cuja voracida<strong>de</strong><br />

esgota o nosso presente e<br />

condiciona o futuro do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

equilibrado do município!<br />

Mesmo a imprensa local que,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> letargia, beneficiou<br />

com a inovação então trazida<br />

pelo “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”, baseada<br />

na isenção informativa e no<br />

estímulo à cidadania, dá agora mostras<br />

<strong>de</strong> estar a ce<strong>de</strong>r ao acessório<br />

que possibilitaram esse <strong>de</strong>svio e o que é que<br />

<strong>de</strong>vemos fazer para corrigir essas práticas,<br />

<strong>de</strong> modo a evitar que essas coisas voltem a<br />

acontecer.<br />

Acredita que o PSD po<strong>de</strong> vir a ser penalizado<br />

nas próximas eleições por causa<br />

<strong>de</strong>sta situação?<br />

Não há nenhuma motivação <strong>de</strong> natureza<br />

eleitoral para o PS querer ver esclarecido,<br />

até às últimas consequências, este caso.<br />

O que está em cima da mesa é que o erário<br />

público foi gravemente lesado. Estamos a<br />

falar <strong>de</strong> receitas oriundas <strong>de</strong> todos os munícipes.<br />

É da responsabilida<strong>de</strong> dos titulares <strong>de</strong><br />

cargos públicos e <strong>de</strong> cargos políticos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem<br />

o interesse público e os bens públicos.<br />

Deve apurar-se o que se passou, porque<br />

a Câmara <strong>de</strong> Pombal tem <strong>de</strong> funcionar <strong>de</strong><br />

acordo com os termos da Lei. Não tenho uma<br />

visão táctica da activida<strong>de</strong> política.<br />

Tendo em conta que Narciso Mota não<br />

se po<strong>de</strong> candidatar nas próximas autárquicas,<br />

acredita que o PS tem possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conquistar a autarquia?<br />

O PS <strong>de</strong>ve organizar o seu trabalho político<br />

a pensar nos problemas do concelho e<br />

nos cidadãos do concelho. A motivação do<br />

do PS <strong>de</strong>ve ser a contribuição para que o<br />

concelho <strong>de</strong> Pombal seja mais <strong>de</strong>senvolvido,<br />

tenha mais empresas, mais emprego e<br />

menos <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, contribuindo<br />

para a melhoria dos rendimentos das<br />

famílias, ajudando as pessoas mais carenciadas<br />

e os cidadãos mais <strong>de</strong>sprotegidos.<br />

É esse trabalho que o PS <strong>de</strong>ve fazer, tal<br />

como uma oposição responsável, criticando<br />

aquilo que enten<strong>de</strong> que não está correcto,<br />

aprovando algumas medidas do executivo<br />

e tendo capacida<strong>de</strong> para apresentar<br />

propostas na câmara. ■<br />

<strong>de</strong>scartável e à maré sensacionalista.<br />

Talvez por isso, com esta crónica<br />

mais pessoal, termino a minha<br />

colaboração regular <strong>de</strong> quase 25<br />

anos no “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”. Incontornáveis<br />

divergências sobre opções<br />

editoriais, legitimamente assumidas<br />

pela sua Direcção, assim o <strong>de</strong>terminam.<br />

Sem ressentimentos, cada<br />

um prosseguirá o seu caminho,<br />

dando o melhor que sabe pela nossa<br />

cida<strong>de</strong> e fazendo frente ao <strong>de</strong>sencanto<br />

que, às vezes, nos cerca. ■<br />

Pedro Melo Biscaia,<br />

Membro da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

ND: Desejamos a Pedro Biscaia<br />

que encontre outro meio <strong>de</strong> comunicação<br />

para continuar a escrever,<br />

se a sim o enten<strong>de</strong>r, com uma linha<br />

editorial mais i<strong>de</strong>ntificada com<br />

o seu pensamento e <strong>de</strong>sejo


RICARDO GRAÇA<br />

A <strong>de</strong>putada do CDS-PP Assunção<br />

Cristas foi a parlamentar eleita<br />

pelo círculo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que apresentou<br />

mais perguntas e requerimentos<br />

aos membros do Governo<br />

e fez mais intervenção na<br />

Assembleia da República, na sessão<br />

legislativa que terminou em<br />

Julho. Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE,<br />

bateu a <strong>de</strong>putada centrista apenas<br />

na apresentação <strong>de</strong> projectos<br />

<strong>de</strong> lei e projectos <strong>de</strong> resolução.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |<br />

Parlamentar do CDS-PP apresenta mais perguntas e requerimentos<br />

Assunção Cristas assume protagonismo<br />

entre <strong>de</strong>putados eleitos por <strong>Leiria</strong><br />

Assunção Cristas diz que <strong>de</strong>putados do CDS são “muito produtivos”<br />

Presidência da Fe<strong>de</strong>ração Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PS<br />

João Paulo Pedrosa<br />

volta a candidatar-se<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração Distrital<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PS, João Paulo<br />

Pedrosa, vai voltar a candidatar-<br />

-se à li<strong>de</strong>rança do partido, no início<br />

<strong>de</strong> Outubro. Esta é a terceira<br />

vez que o <strong>de</strong>putado, <strong>de</strong> 44 anos,<br />

concorre a esta função.<br />

Pelo que o JORNAL DE LEIRIA<br />

apurou, João Paulo Pedrosa está a<br />

constituir a sua comissão <strong>de</strong> honra,<br />

que será presidida pelo ministro<br />

dos Negócios Estrangeiros, Luís<br />

Amado, natural <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós e<br />

que ocupava o primeiro lugar na<br />

lista <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

João Paulo Pedrosa estará empenhado<br />

em conseguir o apoio do maior<br />

número possível <strong>de</strong> militantes e simpatizantes<br />

do PS, para conseguir atin-<br />

RICARDO GRAÇA<br />

gir consenso em torno da sua candidatura.<br />

Até ao momento, o presi<strong>de</strong>nte da<br />

fe<strong>de</strong>ração contará com o apoio dos<br />

quatro presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmara elei-<br />

Durante o último ano parlamentar,<br />

Assunção Cristas apresentou<br />

897 perguntas e 313 requerimentos<br />

ao Governo e fez 36<br />

intervenções na Assembleia da<br />

República. Números que permitem<br />

concluir que a <strong>de</strong>putada centrista<br />

assumiu o maior protagonismo<br />

entre os eleitos por <strong>Leiria</strong>.<br />

“No CDS, trabalhamos em equipa.<br />

Há um contacto pessoal muito<br />

intenso entre todos e já é uma<br />

tradição sermos muito trabalhadores<br />

e produtivos.”<br />

Assunção Cristas esclarece, contudo,<br />

que o hábito no CDS é assinar<br />

todas as iniciativas parlamentares<br />

que tenham a ver com<br />

a área geográfica pela qual o <strong>de</strong>putado<br />

foi eleito e com as áreas temáticas<br />

que acompanha. “Mas não<br />

assino tudo”, garante. A prova<br />

disso é que, <strong>de</strong> acordo com o balanço<br />

<strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do grupo parlamentar,<br />

foram apresentados, no<br />

total, 3525 projectos e requerimentos<br />

e 267 iniciativas parlamentares.<br />

COMPROMISSOS<br />

ELEITORAIS<br />

Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE, <strong>de</strong>stacou-se<br />

pela apresentação <strong>de</strong> 143<br />

projectos <strong>de</strong> lei e 117 projectos <strong>de</strong><br />

resolução, o que coloca o <strong>de</strong>putado<br />

bloquista na frente dos parlamentares<br />

eleitos pelo distrito a<br />

este nível. O parlamentar explica<br />

tos pelo PS, vereadores, presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> assembleia municipal, presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> junta <strong>de</strong> freguesia, presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> concelhia e restantes <strong>de</strong>putados<br />

socialistas.<br />

Contactado pelo JORNAL DE LEI-<br />

RIA, João Paulo Pedrosa admite a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar com uma<br />

nova candidatura, “face ao conjunto<br />

<strong>de</strong> pessoas que têm manifestado<br />

a sua satisfação em relação à forma<br />

como o partido tem sido gerido”.<br />

“A união do partido tem sido <strong>de</strong>cisiva<br />

para as conquistas eleitorais que<br />

alcançámos”, justifica João Paulo<br />

Pedrosa, em alusão ao facto <strong>de</strong> o PS<br />

ter ganho mais câmaras, entre as<br />

quais a <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, mais juntas <strong>de</strong> freguesia<br />

e mais mandatos. ■ AB<br />

que as iniciativas político-partidárias<br />

da autoria do BE são uma<br />

resposta aos compromissos assumidos<br />

com os eleitores no período<br />

da campanha eleitoral.<br />

O <strong>de</strong>putado refere que todos os<br />

projectos <strong>de</strong> lei e <strong>de</strong> resolução são<br />

assinados por todos os bloquistas,<br />

apesar <strong>de</strong>, por norma, serem<br />

da autoria <strong>de</strong> apenas um ou dois<br />

especializados nessa área. Nesse<br />

sentido, são os primeiros a subscrever<br />

essas iniciativas parlamentares.<br />

Em relação ao PSD, os quatro<br />

<strong>de</strong>putados eleitos pelo círculo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> tiveram um <strong>de</strong>sempenho<br />

mais discreto. Paulo Batista dos<br />

Santos ressalva, contudo, que no<br />

grupo parlamentar social-<strong>de</strong>mocrata<br />

não há o hábito <strong>de</strong> todos os<br />

<strong>de</strong>putados assinarem as iniciativas<br />

legislativas, como suce<strong>de</strong> noutros<br />

partidos. “O que é relevante<br />

para nós é aquilo que fazemos<br />

pelo distrito.”<br />

“Temos trabalho realizado em<br />

iniciativas concretas, entre as quais<br />

a abertura da Base Aérea <strong>de</strong> Monte<br />

Real ao tráfico civil e a contestação<br />

à instalação <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong><br />

muito alta tensão na Batalha”,<br />

explica Paulo Batista dos Santos.<br />

“Depois, houve todo um conjunto<br />

<strong>de</strong> iniciativas, que têm a ver<br />

com o distrito, relacionadas com<br />

Educação, Saú<strong>de</strong>, Justiça. Cumprimos<br />

a nossa missão na primeira<br />

INICIATIVAS PARLAMENTARES<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 15<br />

sessão.”<br />

João Paulo Pedrosa, do PS,<br />

encara com naturalida<strong>de</strong> o facto<br />

<strong>de</strong> os socialistas terem menos protagonismo<br />

do que os dos restantes<br />

partidos. “A posição dos partidos<br />

da oposição é questionarem<br />

o Governo. Nós temos outros canais<br />

<strong>de</strong> diálogo. Procuramos resolver<br />

os problemas em reuniões com os<br />

ministros e secretários <strong>de</strong> Estado,<br />

enquanto os partidos da oposição<br />

marcam a sua posição através <strong>de</strong><br />

perguntas e requerimentos.” ■<br />

Unidos<br />

por <strong>Leiria</strong><br />

Alexandra Barata<br />

Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE, <strong>de</strong>staca<br />

o facto <strong>de</strong> os <strong>de</strong>putados<br />

eleitos pelo círculo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

se terem unido em torno <strong>de</strong><br />

causas importantes para o<br />

distrito, como a mo<strong>de</strong>rnização<br />

da Linha do Oeste, situação<br />

pouco comum nas legislaturas<br />

anteriores. Paulo Batista<br />

dos Santos, do PSD, também<br />

assinala a confluência <strong>de</strong><br />

posições entre os diferentes<br />

partidos em relação a questões<br />

importantes para o distrito,<br />

muitas vezes <strong>de</strong> âmbito<br />

nacional. ■<br />

CDU BE PSD PS<br />

Assunção Heitor Conceição Fernando Paulo Batista Teresa José M. João P. Jorge O<strong>de</strong>te<br />

Cristas <strong>de</strong> Sousa Bretch Marques Santos Morais Me<strong>de</strong>iros Pedrosa Gonçalves João<br />

Projectos <strong>de</strong> lei 87 117 3 2 4 20 1 0 1 0<br />

Projectos <strong>de</strong> resolução 71 143 4 3 5 8 1 2 2 3<br />

Requerimentos 313 5 4 4 11 2 0 1 1 1<br />

Perguntas 897 58 8 21 22 20 14 15 14 3<br />

Intervenções 36 16 4 2 16 12 10 6 4 3<br />

Fonte: www.parlamento.pt<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

CDU promove petição<br />

contra aumento das taxas<br />

A CDU da Marinha Gran<strong>de</strong> está a promover uma petição<br />

on<strong>de</strong> exige a revogação do aumento “absurdo” das taxas municipais.<br />

“Não são uma obrigação legal nem uma imposição do<br />

Governo, como se procura fazer crer para confundir a população”,<br />

<strong>de</strong>nuncia a coligação, mas sim uma <strong>de</strong>cisão da autarquia<br />

socialista.<br />

“ Como se não bastassem as medidas gravosas e o roubo dos<br />

salários pelo Governo, vem a câmara do PS meter a mão ao bolso<br />

dos munícipes com o aumento brutal <strong>de</strong> todas as taxas”, acusa<br />

a CDU, que <strong>de</strong>ixa cinco exemplos <strong>de</strong> “injustiça”. Entre os quais,<br />

o preço das sepulturas perpétuas, que passa <strong>de</strong> 300 para mil<br />

euros, ou o alvará <strong>de</strong> licença <strong>de</strong> construção até 200 m², que<br />

aumenta <strong>de</strong> 60 para 545,91 euros. Além <strong>de</strong> responsabilizar o<br />

PS pelo agravamento do valor das taxas, a CDU aponta ainda<br />

o <strong>de</strong>do ao MCI, BE e PSD. “A CDU está no caminho certo. Está<br />

como sempre esteve: com as populações.” Os interessados em<br />

assinar a petição po<strong>de</strong>m fazê-lo em http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2686.<br />


16 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE |EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

PUB<br />

Curso <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong> eventos abre no próximo ano lectivo<br />

Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima<br />

abre portas à internacionalização<br />

A autonomização do Pólo <strong>de</strong><br />

Fátima da Escola Profissional <strong>de</strong><br />

Ourém (EPO), que passou a <strong>de</strong>signar-se<br />

como Escola <strong>de</strong> Hotelaria<br />

<strong>de</strong> Fátima, vai permitir ao estabelecimento<br />

<strong>de</strong> ensino receber mais<br />

alunos no próximo ano lectivo e<br />

abrir o curso <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong><br />

eventos. A intenção é avançar ainda<br />

com um processo <strong>de</strong> internacionalização.<br />

Francisco Vieira, director executivo<br />

da Insignare, entida<strong>de</strong> proprietária<br />

dos dois estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> ensino, assinala o facto <strong>de</strong><br />

Fátima ganhar mais uma escola.<br />

Além disso, refere que é mais benéfico<br />

para os alunos terem um diploma<br />

<strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> hotelaria do<br />

que do Pólo <strong>de</strong> Fátima da EPO.<br />

A criação da Escola <strong>de</strong> Hotelaria<br />

<strong>de</strong> Fátima é consi<strong>de</strong>rada ainda<br />

um “passo fundamental” para a<br />

construção <strong>de</strong> instalações próprias,<br />

que <strong>de</strong>verão estar concluídas <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> três anos. Até lá, os alunos<br />

do estabelecimento <strong>de</strong> ensino terão<br />

aulas no Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Fátima<br />

e no antigo Seminário dos Monfortinos.<br />

Paulo Fonseca, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Câmara <strong>de</strong> Ourém, garante que esse<br />

projecto vai ser concretizado até<br />

ao final do seu mandato, entre<br />

Ourém e Fátima. “Queremos criar<br />

uma nova centralida<strong>de</strong> e uma visão<br />

cosmopolita. Temos a ambição que<br />

Fátima se assuma como um motor<br />

da nova região.”<br />

AMÉRICA LATINA<br />

Nesse sentido, o autarca reve-<br />

Requalificação da escola tira visibilida<strong>de</strong> a obra <strong>de</strong> Arte Pública<br />

Nova localização <strong>de</strong> painel <strong>de</strong>corativo<br />

da Domingos Sequeira provoca discórdia<br />

O painel <strong>de</strong>corativo, em mosaico<br />

<strong>de</strong> vidro, da Escola Secundária<br />

Domingos Sequeira (ESDS), foi<br />

mudado <strong>de</strong> sítio com as obras <strong>de</strong><br />

requalificação daquela instituição<br />

<strong>de</strong> ensino, para um local on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> ser visível da rua. A obra, da<br />

década <strong>de</strong> 60, está integrada no<br />

roteiro Perlis (Percursos Urbanos<br />

do Lis), do Programa Polis, que a<br />

classificou como Arte Pública e,<br />

agora, com a nova localização “per<strong>de</strong>u<br />

essa característica”, afirma o<br />

autor Augusto Mota.<br />

O autor do obra e antigo professor<br />

naquela escola diz que foi<br />

contactado “apenas para fornecer<br />

informações sobre a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação do painel”, mas não<br />

foi questionado sobre a melhor<br />

localização para o mesmo, pelo que<br />

se convenceu que o local, on<strong>de</strong> está<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio das obras, “seria provisório”.<br />

Augusto Mota enten<strong>de</strong> que “houve<br />

<strong>de</strong>srespeito dos projectistas da<br />

RICARDO GRAÇA<br />

la que está prevista a abertura <strong>de</strong><br />

pólos da Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong><br />

Fátima, um dos quais na Ilha do<br />

Príncipe, em S. Tomé e Príncipe.<br />

“Queremos <strong>de</strong>senvolver parcerias<br />

e reforçar a re<strong>de</strong> também na Europa<br />

e temos ambição <strong>de</strong> chegar à<br />

América Latina.”<br />

A intenção <strong>de</strong> Paulo Fonseca,<br />

que também integra a direcção da<br />

Insignare, é abrir ainda um pólo<br />

da EPO na Freixianda, para combater<br />

a <strong>de</strong>sertificação, que funcionará<br />

nas instalações da escola do<br />

1º ciclo, que será <strong>de</strong>sactivada quando<br />

o centro escolar estiver concluído.<br />

O autarca acredita que esta<br />

medida funcionará como um estímulo<br />

para os jovens continuarem<br />

a apostar na sua formação.<br />

remo<strong>de</strong>lação da escola pelo trabalho<br />

da equipa do Programa Polis<br />

e por todos os que à data da colocação<br />

do painel [em 1961] avaliaram<br />

e estudaram o melhor local<br />

para o colocar”. Explicação que<br />

sustenta na carta enviada à Or<strong>de</strong>m<br />

dos Arquitectos.<br />

A direcção da Domingos Sequeira<br />

diz que “o painel pertence à escola”<br />

e que “a nova localização foi<br />

escolhida para servir a escola e a<br />

sua comunida<strong>de</strong>”. Joaquim Silva,<br />

director da ESDS, explica que “a<br />

obra está <strong>de</strong> frente para a biblioteca,<br />

que é um espaço nobre da<br />

escola, e no alinhamento com o<br />

Castelo. Não podia estar melhor”.<br />

Além disso, o director afirma que<br />

“está tão contemplável agora como<br />

antes, porque, apesar <strong>de</strong> ser vista<br />

da rua, ela estava a um boa <strong>de</strong>zena<br />

<strong>de</strong> metros do portão. Para a<br />

po<strong>de</strong>rem ver as pessoas tinham,<br />

igualmente, que entrar na escola”.<br />

Augusto Mota, conta com o<br />

A oferta formativa vai ser alargada<br />

A mudança <strong>de</strong> instalações da<br />

Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima vai<br />

permitir receber mais 110 alunos<br />

no próximo ano lectivo, ou seja,<br />

250 estudantes no total. “O espaço<br />

era uma fortíssima limitação.<br />

Houve muitos alunos que ficaram<br />

<strong>de</strong> fora nos últimos anos”, revela<br />

Francisco Vieira. Numa fase <strong>de</strong><br />

apoio do arquitecto Moreira <strong>de</strong><br />

Figueiredo, que dirigiu o Polis, e<br />

<strong>de</strong> alguns professores da escola que<br />

manifestaram o <strong>de</strong>scontentamento,<br />

em Conselho-Geral da Escola,<br />

mas não acredita que se volte a<br />

mexer no painel, até porque “isso<br />

tem custos e a obra está encerrada”.<br />

A nova localização do painel<br />

(junto à entrada exterior em continuida<strong>de</strong><br />

com os mastros <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira)<br />

é a que, segundo o nosso<br />

entendimento, mais valoriza o referido<br />

painel artístico, uma vez que<br />

pela sua disposição vai ficar em<br />

lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, ficando enquadrado<br />

pelo gran<strong>de</strong> espaço ver<strong>de</strong><br />

que vai ser criado na nova entrada<br />

da escola”, explica a Parque<br />

Escolar, empresa responsável pela<br />

obra.<br />

O JORNAL DE LEIRIA esteve na<br />

ESDS para fotografar a obra mas<br />

não foi autorizado. ■<br />

Paula Lagoa<br />

“velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro”, preten<strong>de</strong><br />

atingir 300 alunos. “Além <strong>de</strong><br />

aumentar a dimensão da escola<br />

para rentabilizar a gestão, o nosso<br />

objectivo é atingir outros níveis<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, comparáveis às<br />

melhores escolas <strong>de</strong> hotelaria portuguesas.”<br />

■<br />

Alexandra Barata<br />

80% integrados no mercado<br />

Nos primeiros seis meses após a conclusão do curso, 80% dos alunos<br />

do até então Pólo <strong>de</strong> Fátima da EPO conseguem colocação no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho, garante Francisco Vieira. Cinquenta por<br />

cento dos estudantes é natural do concelho <strong>de</strong> Ourém e os restantes<br />

são provenientes dos concelhos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Porto <strong>de</strong> Mós, Batalha<br />

e Torres Nova. ■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Cursos <strong>de</strong><br />

Verão na EPL<br />

Informática em movimento<br />

é o nome do curso <strong>de</strong> Verão que<br />

a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

vai promover entre os dias 23 e<br />

27 <strong>de</strong> Agosto. Vocacionada para<br />

jovens dos 12 aos 16 anos, a<br />

acção <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>corre das<br />

10 às 12:30 horas e das 14 às<br />

16:30 horas. Mais informações<br />

em www.epl.pt.<br />

Colégio dos<br />

Milagres vence<br />

concurso<br />

Ana Fontes, Ana Alves e Eva<br />

Lisboa, alunas da turma A do 7º<br />

ano do Colégio Senhor dos Milagres,<br />

em <strong>Leiria</strong>, conquistaram o<br />

primeiro lugar no concurso nacional<br />

Prémio Estatística Júnior.<br />

Intitulado Atitu<strong>de</strong> Ecológica =<br />

Escola com menos resíduos, o<br />

trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido no<br />

âmbito da Área <strong>de</strong> Projecto.■


| Crónicas sobre o futuro |<br />

A Sabedoria no Governo<br />

dos Povos (3)<br />

Ao tratar este<br />

tema nas<br />

duas crónicasanteriores,<br />

recor<strong>de</strong>i que a sabedoria<br />

dos governantes e<br />

gran<strong>de</strong>s homens públicos,<br />

ten<strong>de</strong> a esten<strong>de</strong>rse<br />

aos seus seguidores<br />

e, por vezes, a tornarse<br />

parte da sabedoria dos<br />

seus povos. A Índia, ainda<br />

hoje é muito influenciada<br />

pela sabedoria contida<br />

nos ensinamentos<br />

<strong>de</strong> Mahatma Gandhi e<br />

os Estados Unidos per<strong>de</strong>ram<br />

muito do seu passado<br />

racista e fundamentalista<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Mar- qualida<strong>de</strong><br />

tin Luther King. Por sua<br />

vez, a África do Sul é<br />

hoje um exemplo para<br />

o mundo <strong>de</strong>vido ao<br />

extraordinário legado <strong>de</strong><br />

Nelson Man<strong>de</strong>la. O inverso<br />

é também verda<strong>de</strong>iro,<br />

abundando os exemplos<br />

<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res que perpetuaram<br />

a sua própria<br />

ignorância e os seus<br />

maus exemplos através<br />

dos seus seguidores.<br />

Como tenho dito e escrito<br />

inúmeras vezes, entre<br />

nós o legado que José<br />

Sócrates <strong>de</strong>ixará a Portugal<br />

será a má influência<br />

do seu exemplo junto<br />

dos seus colaboradores<br />

e no partido que dirige.<br />

Porventura, também<br />

junto <strong>de</strong> muitos milhares<br />

<strong>de</strong> portugueses, seja<br />

pela pedagogia <strong>de</strong> valor<br />

negativo, seja pelo tempo perdido num<br />

percurso que é essencialmente errado e<br />

nos conduz ao <strong>de</strong>sastre.<br />

Esta semana, ainda a propósito do caso<br />

Freeport, tivemos disso mesmo três exemplos<br />

gritantes e todos lamentáveis. Vital<br />

Moreira, cada vez mais longe do seu passado<br />

<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e <strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z intelectual,<br />

não encontrou nada melhor para<br />

fazer do que um escrito no Público sob<br />

o título Para a História Nacional da Infâmia,<br />

em que consi<strong>de</strong>ra que os jornalistas<br />

e outros críticos do primeiro ministro,<br />

entre os quais me coloco, ”tivessem<br />

alguma vergonha, estariam hoje a pedir<br />

<strong>de</strong>sculpa pelas aleivosias que cometerem<br />

em relação a José Sócrates”. Dos juristas<br />

que elaboraram o relatório final do<br />

caso Freeport, diz: “Se o ridículo matasse,<br />

as duas criaturas estariam con<strong>de</strong>nadas”.<br />

Por sua vez, o ministro da Presidência,<br />

Pedro Silva Pereira, afirmou que<br />

“Estamos perante um <strong>de</strong>spacho perverso<br />

(...) É um comportamento absolutamente<br />

intolerável”. Finalmente, é <strong>de</strong> Francisco<br />

Assis que chega a pérola seguinte:<br />

“Uma actuação <strong>de</strong>sta natureza não merece<br />

outra qualificação que não seja uma<br />

pura canalhice”.<br />

Notemos <strong>de</strong> que toda esta artilharia é<br />

Os partidos e os<br />

seus maus<br />

dirigentes,<br />

pervertem e<br />

<strong>de</strong>stroem a<br />

intelectual, politica<br />

e cívica dos seus<br />

seguidores<br />

HENRIQUE NETO<br />

empresário<br />

netohenrique8@gmail.com<br />

dirigida, principalmente,<br />

contra os dois procuradores<br />

que investigaram<br />

a fase final do<br />

caso Freeport e que,<br />

como lhes competia, lá<br />

colocaram, com a autorização<br />

da hierarquia do<br />

Ministério Público, as<br />

perguntas que foram<br />

impedidos <strong>de</strong> fazer a<br />

José Sócrates. Note-se<br />

também que os três<br />

seguidores do primeiro<br />

ministro, se têm notabilizado<br />

na <strong>de</strong>fesa do<br />

segredo <strong>de</strong> justiça e do<br />

princípio da separação<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>res, nomeadamente<br />

no caso das escutas<br />

das conversas entre<br />

Vara e Sócrates, <strong>de</strong>struídas<br />

pelo Procurador<br />

Geral da República, com<br />

o argumento, compreensível,<br />

<strong>de</strong> que as instituições<br />

<strong>de</strong>mocráticas,<br />

como o sistema <strong>de</strong> justiça,<br />

<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>fendidas<br />

e prestigiadas.<br />

Como vimos, <strong>de</strong>fendidas<br />

apenas quando possam<br />

ser manipuladas<br />

pelo po<strong>de</strong>r político amigo.<br />

São muitas as lições<br />

a tirar <strong>de</strong>ste caso Freeport,<br />

a maioria das quais<br />

políticas. Em primeiro<br />

lugar, mostra-nos até<br />

que ponto os partidos<br />

políticos controlam os<br />

cidadãos e a vida dos<br />

portugueses, não hesitando<br />

perante nada para<br />

levar a cabo os seus fins.<br />

Seguidamente, os partidos e os seus maus<br />

dirigentes, pervertem e <strong>de</strong>stroem a qualida<strong>de</strong><br />

intelectual, politica e cívica dos<br />

seus seguidores, como atestam os três<br />

casos referidos. Finalmente, que é na<br />

liberda<strong>de</strong> da imprensa e dos jornalistas<br />

que, apesar <strong>de</strong> todos os excessos, ainda<br />

resi<strong>de</strong> o conhecimento possível da<br />

verda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>fesa das instituições <strong>de</strong>mocráticas.<br />

E a propósito, lutemos com<br />

convicção contra o aumento dos po<strong>de</strong>res<br />

do Procurador Geral da República,<br />

como o PS se prepara para fazer, quando<br />

no passado preconizava exactamente<br />

o contrário, com o objectivo conjuntural<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r José Sócrates das muitas<br />

questões que, directa e indirectamente,<br />

sobre ele pen<strong>de</strong>m na justiça.<br />

A minha convicção é a <strong>de</strong> que, nas<br />

actuais condições <strong>de</strong> escolha partidária<br />

do Procurador Geral da República,<br />

prefiro a responsabilização individual<br />

dos procuradores e investigadores criminais<br />

perante a lei, do que perante<br />

um qualquer chefe, que, como estamos<br />

a apren<strong>de</strong>r neste caso, se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

impressionar excessivamente pelo po<strong>de</strong>r<br />

político, que, no caso português, tem<br />

um funcionamento muito pouco <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mocrático. ■<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 17


18 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 SOCIEDADE |ENTREVISTA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Pedro Burmester, pianista<br />

“Em Portugal só se investe em turismo<br />

para 'super ricos'”<br />

Numa entrevista on<strong>de</strong> a música e Cultura se confun<strong>de</strong>m com <strong>de</strong>senvolvimento e futuro do País, o<br />

pianista Pedro Burmester <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a regionalização como meio <strong>de</strong> atenuar diferenças entre regiões<br />

e alerta: “temos um turismo <strong>de</strong> país sub-<strong>de</strong>senvolvido” Textos: Jacinto Silva Duro Fotos: Ricardo Graça<br />

Como comenta o anunciado e<br />

<strong>de</strong>pois retirado corte <strong>de</strong> subsídios<br />

para a Cultura, da ministra Gabriela<br />

Canavilhas?<br />

Faz-me lembrar o velho ditado<br />

que diz que “em casa on<strong>de</strong> não há<br />

pão...”. A cultura sempre teve poucos<br />

meios e quando se corta no que<br />

já nada tem... Achei ridícula a contestação<br />

– com o <strong>de</strong>vido respeito<br />

pelas pessoas que lutaram contra os<br />

cortes. No fundo, estavam-se a discutir<br />

esmolas. Antes das eleições, <strong>de</strong>i<br />

um último voto <strong>de</strong> confiança ao primeiro-ministro,<br />

quando disse que<br />

ia fazer neste mandato o que fez<br />

com a Ciência no anterior. Fez um<br />

mea culpa quando sabia que não<br />

iria ter consequências negativas –<br />

são as lógicas das políticas das audiências.<br />

A Ciência teve resultados porque<br />

houve uma injecção clara <strong>de</strong><br />

dinheiro no Ministério da Ciência e<br />

Ensino Superior e fez-se muito com<br />

relativamente pouco.<br />

Mas não foi o que aconteceu...<br />

Até se reduziu a verba inscrita<br />

no Orçamento do Estado, que ser-<br />

ve para sustentar, e mal, museus,<br />

bibliotecas e a própria estrutura do<br />

ministério. Mais valia não existir<br />

Ministério da Cultura. O que me<br />

incomoda é que era preciso investir<br />

muito pouco para ter resultados<br />

muito bons. Mas isto é mais um mal<br />

crónico português. As gran<strong>de</strong>s obras<br />

<strong>de</strong> arte sempre foram resultado <strong>de</strong><br />

esforços individuais e não <strong>de</strong> um<br />

país que aposta forte na Cultura.<br />

A tendência mantém-se, apesar<br />

<strong>de</strong> se saber que o peso da cultura<br />

no PIB é superior a alguns<br />

sectores consi<strong>de</strong>rados estratégicos.<br />

É evi<strong>de</strong>nte que há retorno e que<br />

a indústria cultural está ligada a muitas<br />

áreas diferentes, além <strong>de</strong> ser um<br />

sector muito procurado pelos jovens.<br />

Há muita gente a trabalhar na área<br />

da produção, <strong>de</strong>sign, moda e até no<br />

turismo. Não sei por que acontece<br />

este <strong>de</strong>sinteresse nacional. A Cultura<br />

não é encarada a sério. Não se<br />

injecta dinheiro e não se coloca gente<br />

competente a geri-lo. Em termos<br />

internacionais, não temos política<br />

cultural ou sequer estratégica. É tudo<br />

feito aos solavancos e ao gosto <strong>de</strong><br />

quem ocupa a ca<strong>de</strong>ira do Ministério<br />

da Cultura.<br />

O turismo é apontado como<br />

crucial para o futuro do País, contudo<br />

as apostas são em coisas que<br />

não precisam <strong>de</strong> investimento:<br />

sol, mar e praia, quando o património<br />

é cada vez mais o que interessa<br />

aos turistas...<br />

O Porto é um bom<br />

exemplo disso. Há muitos<br />

turistas entre os 20 e<br />

30 anos que vão <strong>de</strong> propósito<br />

à Casa da Música<br />

e a Serralves. Faz parte do<br />

roteiro. O pior é que em<br />

Portugal só se investe em<br />

turismo para “super ricos”:<br />

golfe e hotéis <strong>de</strong> luxo que<br />

não criam riqueza nos sítios on<strong>de</strong><br />

estão implantados, a não ser para a<br />

construção civil e para os poucos<br />

funcionários <strong>de</strong> hotelaria. Temos um<br />

turismo <strong>de</strong> país sub-<strong>de</strong>senvolvido<br />

on<strong>de</strong> se fazem uns resorts muito<br />

bonitos e fechados, como em Cuba<br />

ou no resto das Caraíbas. Aparecem<br />

Projectos <strong>de</strong> Interessa Nacional com<br />

essa filosofia.<br />

Que leitura faz das residências<br />

artísticas nas pequenas cida<strong>de</strong>s e<br />

vilas?<br />

É uma solução <strong>de</strong> futuro. Ter uma<br />

companhia <strong>de</strong> bailado, um grupo <strong>de</strong><br />

teatro, arqueólogos ou escritores que<br />

procuram um local fora dos gran<strong>de</strong>s<br />

centros com condições para criar,<br />

pensar e fazer coisas. Esse<br />

sim, é o tipo <strong>de</strong> investimento<br />

cultural\turístico que<br />

falta ao País. Po<strong>de</strong>ríamos<br />

As gran<strong>de</strong>s obras<br />

<strong>de</strong> arte sempre<br />

foram resultado <strong>de</strong><br />

esforços individuais<br />

e não <strong>de</strong> um país<br />

que aposta forte<br />

na Cultura<br />

ser um refúgio <strong>de</strong> artistas e criadores.<br />

Isso seria diferenciador para o<br />

País. Se atraíssemos pessoas ligadas<br />

à Cultura, à Ciência e pensadores<br />

po<strong>de</strong>ríamos reproduzir o que se fez<br />

nos séculos XV e XVI. O aparecimento<br />

<strong>de</strong>ssas pessoas traria aproximação<br />

e interacção com as comunida<strong>de</strong>s<br />

locais, estabelecendo laços<br />

<strong>de</strong> afectivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> enriquecimento<br />

pessoal.<br />

A Cultura <strong>de</strong>ve ser ten<strong>de</strong>ncialmente<br />

gratuita ou paga?<br />

Deve haver um serviço público<br />

<strong>de</strong> Cultura que permita um acesso<br />

abrangente e <strong>de</strong>mocrático. Preços<br />

<strong>de</strong> bilheteira muito altos discriminam<br />

as pessoas. Não digo que <strong>de</strong>ve<br />

ser ten<strong>de</strong>ncialmente gratuita como<br />

a saú<strong>de</strong>, mas tem <strong>de</strong> haver um acesso<br />

generalizado. Se a privatizarmos,<br />

passa a haver uma lógica <strong>de</strong><br />

lucro e só se fará o que <strong>de</strong>r retorno.<br />

Deixaríamos <strong>de</strong> ter cultura e<br />

teríamos apenas entretenimento e<br />

só para alguns, como já acontece<br />

em certos eventos, on<strong>de</strong> só se entra<br />

com convite. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | ENTREVISTA |<br />

“A regionalização é um passo necessário”<br />

O que faz a Casa da Música<br />

um marco a nível cultural no País<br />

e em especial na zona Norte?<br />

Vários factores contribuíram para<br />

que a Casa da Música se tornasse<br />

uma referência. É um projecto que<br />

só tem cinco anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que começou<br />

a funcionar, e que se conseguiu<br />

estabelecer localmente, em primeiro<br />

lugar. Foi essa uma das nossa<br />

i<strong>de</strong>ias primordiais, a <strong>de</strong> fazer com<br />

que as pessoas se i<strong>de</strong>ntificassem<br />

com o edifício e com o projecto. Se<br />

não tivéssemos conseguido isso, por<br />

melhor que a Casa da Música fosse,<br />

não teríamos ninguém a frequentá-la<br />

e a usufruir <strong>de</strong>la. Além<br />

disso, a escola <strong>de</strong> arquitectura do<br />

Porto e a existência <strong>de</strong> arquitectos<br />

<strong>de</strong> renome mundial – como Álvaro<br />

Siza Vieira – fez com que também<br />

houvesse “solo fértil” na escolha<br />

<strong>de</strong> um projecto arquitectónico<br />

diferenciador. É certo que, no princípio,<br />

houve muitos anti-corpos...<br />

Ao fazer-se uma discussão alargada<br />

e com muita visibilida<strong>de</strong> levou-<br />

-se muita gente a criar laços e a tomarem-no<br />

como seu. As pessoas sentem<br />

que é um projecto nacional... do Porto<br />

e não <strong>de</strong> Lisboa, como acontece<br />

com muitos projectos “nacionais”. A<br />

frase <strong>de</strong> Pessoa aplica-se bem à Casa<br />

da Música: “primeiro estranha-se,<br />

<strong>de</strong>pois entranha-se”.<br />

A Casa da Música e Serralves<br />

são o epicentro da dinâmica cultural<br />

que o Porto vive?<br />

Sem dúvida alguma. São a prova<br />

<strong>de</strong> que a Cultura po<strong>de</strong> diferenciar<br />

e <strong>de</strong>senvolver as cida<strong>de</strong>s, num<br />

Mundo on<strong>de</strong> tudo é cada vez mais<br />

parecido. O po<strong>de</strong>r autárquico percebeu<br />

isso muito mais rapidamente<br />

que o po<strong>de</strong>r central. Se olharmos<br />

para o País e o compararmos, em<br />

termos culturais com o que acontecia<br />

há 20 anos, a diferença é abissal.<br />

Actualmente, faço concertos em<br />

praticamente todo o território com<br />

salas com muitas condições, com<br />

programação regular nas mais variadas<br />

áreas e com público. E foi um<br />

trabalho feito, em gran<strong>de</strong> parte, pelas<br />

autarquias. Foi o último projecto<br />

estruturante feito pelo Ministério da<br />

Cultura e aconteceu entre 1995 e<br />

2000, com a construção e recuperação<br />

<strong>de</strong> vários teatros, cine-teatros<br />

e cinemas que são hoje centros culturais.<br />

O que faz com que os portugueses<br />

estejam a ouvir mais música<br />

clássica e a ir ao teatro ou ópera?<br />

Tudo se <strong>de</strong>mocratizou e <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como elitista.<br />

Aconteceu isso com a música clássica.<br />

As barreiras quebraram-se e<br />

a música clássica é mais uma. É<br />

claro que é mais complexa e precisa<br />

<strong>de</strong> um ouvido mais apurado<br />

ou <strong>de</strong> um processo mental mais trabalhado,<br />

mas as barreiras acabaram.<br />

Hoje, quem tem um compu-<br />

Nos últimos anos, embora a<br />

activida<strong>de</strong> cultural tenha sofrido<br />

um boom por todo o País, não há<br />

gran<strong>de</strong> eco do que se passa fora<br />

<strong>de</strong> Lisboa e Porto. É um fenómeno<br />

explicável?<br />

Isso é o mal <strong>de</strong> um País muitíssimo<br />

centralizado on<strong>de</strong> parece que<br />

tudo o que acontece se reporta quase<br />

exclusivamente à capital, muito<br />

por culpa dos media – os chamados<br />

nacionais – que estão quase<br />

todos centralizados em Lisboa. As<br />

notícias passam-se em circuito fechado<br />

e isso também acontece com a<br />

política. Às vezes, rio-me a ver <strong>de</strong>bates<br />

entre analistas e políticos, que<br />

se encontram todos no mesmo “café”<br />

e falam para <strong>de</strong>ntro, esquecendo<br />

que há um País inteiro lá fora. O<br />

mesmo País que já nem lhes liga<br />

muito, nem quer saber <strong>de</strong>les. Esse<br />

centralismo histórico não faz sentido<br />

e não percebe que o resto do<br />

País mexeu-se, não está mais à espera<br />

<strong>de</strong> Lisboa e foi fazendo coisas. E<br />

é por isso que acredito que a regionalização<br />

é um passo necessário<br />

para que haja mais oportunida<strong>de</strong>s<br />

para o resto do território. Com ela,<br />

aparecerá outra atitu<strong>de</strong> perante o<br />

que se faz localmente trazendo uma<br />

concorrência saudável para que o<br />

País se possa <strong>de</strong>senvolver equitativamente.<br />

Qual a importância <strong>de</strong> uma<br />

programação feita a médio pra-<br />

zo, em vez <strong>de</strong> ser feita quase ao<br />

mês e <strong>de</strong> acordo com os espectáculos<br />

que vão aparecendo?<br />

É difícil programar a mais <strong>de</strong> dois<br />

anos e, além disso, as salas nunca<br />

sabem qual o orçamento que vão<br />

ter. Mas o que é mesmo importante<br />

é saber quem é o público para o<br />

qual se está a programar. É preciso<br />

programar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um equilíbrio<br />

saudável entre aquilo que as pessoas<br />

esperam que vá acontecer e<br />

um quociente <strong>de</strong> surpresa. De outra<br />

maneira corre-se o risco <strong>de</strong> estarmos<br />

todos a fazer as mesmas coisas.<br />

As autarquias têm a obrigação<br />

<strong>de</strong> não fazer programação por catálogo,<br />

<strong>de</strong>scabida do contexto on<strong>de</strong><br />

a sala se insere. ■<br />

“Pensei em <strong>de</strong>sistir da música porque precisava <strong>de</strong> ganhar a vida”<br />

Quando era pequeno, a família levava na bagagem um piano vertical para Pedro Burmester po<strong>de</strong>r ensaiar todos os<br />

dias. “Iam todos para a praia e lá ficava eu a tocar durante horas”, recorda. mas os tempos mudaram, hoje, leva<br />

um teclado electrónico para exercitar os <strong>de</strong>dos no marfim e ébano. Em média toca quatro horas por dia. Mais, se<br />

contarmos o tempo das aulas que dá quase todos os dias. Um sacrifício que compara ao ritmo dos atletas <strong>de</strong> alta<br />

competição e que faz <strong>de</strong> Pedro Burmester um dos melhores pianistas nacionais <strong>de</strong> todos os tempos. Admite que<br />

chegou a pensar <strong>de</strong>sistir da música “porque precisava <strong>de</strong> ganhar a vida”. Hoje, as coisas estão diferentes e diz,<br />

com alguma ironia, que já se consegue viver da música, embora ainda “não dê para enriquecer”. “Li, há dias, que<br />

Bill Gates e Warren Buffett estão a convencer vários multimilionários a doar meta<strong>de</strong> das suas fortunas a instituições<br />

sociais. Gates doou meta<strong>de</strong>, Buffett cerca <strong>de</strong> 90%... Gostava <strong>de</strong> ver isso acontecer em Portugal.” Nasceu em<br />

1963 no seu adorado Porto, e foi no conservatório <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> que acabou o Curso Superior <strong>de</strong> Piano com classificação<br />

máxima, em 1981. Trabalhou nos EUA, foi docente na Escola Superior <strong>de</strong> Música e Artes do Espectáculo<br />

do Porto, foi o organizador da programação musical do Porto - Capital Europeia da Cultura e um dos responsáveis<br />

pela programação da Casa da Música, até ao ano passado. ■<br />

“Prezo muito o meu direito ao silêncio”<br />

tador, tem acesso a tudo o que se<br />

faz no Mundo inteiro. Claro que<br />

ver ali não permite a mesma envolvência.<br />

É engraçado que, há uns<br />

anos, cheguei a pensar que os concertos<br />

iriam <strong>de</strong>saparecer. Parecia-<br />

-me que estavam a aparecer tantas<br />

maneiras <strong>de</strong> ouvir música que,<br />

se calhar, as pessoas iam <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

se sentar numa sala e pagar um<br />

bilhete para a escutar. Estava errado.<br />

Aconteceu precisamente o contrário.<br />

A indústria discográfica <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> existir nos mol<strong>de</strong>s do século<br />

XX e os músicos começaram a dar<br />

mais valor ao concerto ao vivo do<br />

que à gravação. É mais enriquecedor<br />

ter uma experiência colectiva<br />

e estar numa sala com os músicos<br />

do que estar a ver num ecrã em<br />

casa ou a ouvir num CD.<br />

O que po<strong>de</strong>mos encontrar no<br />

seu iPod?<br />

De tudo. Da Amália, passando<br />

por Deolinda e Bach, tenho <strong>de</strong><br />

tudo na minha discografia. Mas<br />

confesso que ouço hoje menos<br />

música do que já ouvi. Deve ser<br />

uma <strong>de</strong>fesa por passar muitas<br />

horas a ouvir a tocar. Tenho <strong>de</strong><br />

utilizar bem os meus ouvidos. Não<br />

há sempre música a tocar no carro<br />

ou em casa. Prezo muito o meu<br />

direito ao silêncio. Quando este é<br />

bem gerido, as melodias ganham<br />

logo outra importância. Hoje, há<br />

um excesso <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> tudo:<br />

<strong>de</strong> música, <strong>de</strong> imagens, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias...<br />

que nos entram pelos olhos a<strong>de</strong>ntro<br />

com uma enorme facilida<strong>de</strong>,<br />

a partir da televisão e internet. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 19<br />

Perguntas dos Outros<br />

“Ser pianista<br />

é um trabalho<br />

connosco<br />

próprios”<br />

Paulo Lameiro, maestro<br />

O que pensa que mais terá<br />

perdido como intérprete ao<br />

longo dos anos que esteve à<br />

frente da Casa da Música?<br />

Apren<strong>de</strong>mos com tudo. É certo<br />

que perdi muito tempo <strong>de</strong><br />

trabalho, uma vez que o que<br />

fiz na Casa da Música não estava<br />

directamente relacionado<br />

com a minha profissão <strong>de</strong> pianista.<br />

Durante cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

anos, não pu<strong>de</strong> estar sentado<br />

em frente ao piano a estudar<br />

as horas necessárias, mas aquilo<br />

que ganhei foi muito mais<br />

do que o que perdi. A Casa da<br />

Música ensinou-me a trabalhar<br />

em equipa, a conhecer o<br />

outro lado da música: a produção,<br />

a programação... como<br />

se transforma uma i<strong>de</strong>ia em<br />

algo concreto. Coisas que não<br />

acontecem quando se está ao<br />

piano. Ser pianista é um trabalho<br />

connosco próprios, com<br />

muitas horas <strong>de</strong> solidão.<br />

Carlos Matos, crítico <strong>de</strong> música<br />

e programador<br />

Confina os seus gostos musicais<br />

à chamada música <strong>de</strong><br />

base erudita ou contempla e<br />

usufrui <strong>de</strong> outros estilos mais<br />

alternativos e marginais?<br />

Sempre tive os ouvidos abertos<br />

a tudo. Des<strong>de</strong> muito novo,<br />

por influências familiares, <strong>de</strong><br />

amigos e pela minha própria<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procura, ouvi<br />

sempre todo o tipo <strong>de</strong> música...<br />

Não tenho quaisquer preconceitos<br />

em relação aos estilos<br />

musicais. Todos têm<br />

características diferentes e coisas<br />

interessantes. Claro que,<br />

com o tempo, gosta-se mais<br />

ou menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado estilo.<br />

Mas toda a música está ao<br />

mesmo nível. Foi essa mesmo<br />

uma das i<strong>de</strong>ias base do projecto<br />

da Casa da Música. Todas<br />

as músicas são expressão genuína<br />

da criativida<strong>de</strong> humana. ■


20 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

De tal forma a crise se<br />

entranhou no nosso<br />

quotidiano que comemos,<br />

bebemos, dormimos<br />

e passeamos<br />

com ela. É, também, a crise que<br />

me impele a escrever estas linhas.<br />

Gosto <strong>de</strong> ser transparente, realista,<br />

<strong>de</strong> dizer ao que venho e <strong>de</strong> pôr,<br />

sobre a mesa a minha <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> interesses. Sou, convictamente,<br />

<strong>de</strong>fensor da recandidatura do<br />

senhor professor Aníbal Cavaco<br />

Silva a um segundo mandato presi<strong>de</strong>ncial.<br />

Porquê? À medida que<br />

a crise foi tomando conta das nossas<br />

vidas, manteve a serenida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> homem que sabe e transmitiu-<br />

-a aos portugueses, alertou-nos<br />

para a gravida<strong>de</strong> da situação, colocou<br />

a sua experiência técnica,<br />

humana e política ao serviço <strong>de</strong><br />

Portugal, apelou aos Partidos, à<br />

Assembleia da República e ao Governo,<br />

para que fossem encontradas<br />

soluções o mais consensuais e<br />

abrangentes possível (foi, assim,<br />

no Orçamento <strong>de</strong> 2010, no PEC 1<br />

e no PEC 2), posicionou-se, olimpicamente,<br />

como elemento estabilizador<br />

da complexa realida<strong>de</strong><br />

político-partidária, cumpriu o seu<br />

programa, sem se <strong>de</strong>ixar tolher<br />

pelas dificulda<strong>de</strong>s, avançou no diálogo<br />

com o país e com o Estrangeiro<br />

(Europa e África) mostrando<br />

segurança digna <strong>de</strong> registo e<br />

prestigiando Portugal, reforçou os<br />

laços culturais, linguísticos, políticos<br />

e económicos com os países<br />

da CPLP (Brasil, Cabo Ver<strong>de</strong>, Angola<br />

e Moçambique) brilhou na recente<br />

visita a Angola, foi uma “forma<br />

formiguinha” em tempo <strong>de</strong><br />

cavas magras, mostrou ao longo<br />

De todo o lado nos chegam<br />

notícias <strong>de</strong> férias.<br />

Todas as conversas,<br />

começam ou acabam,<br />

com perguntas ou<br />

<strong>de</strong>sejos sobre este tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso,<br />

hoje plenamente consagrado<br />

e por todos assumido como<br />

uma fundamental necessida<strong>de</strong>.<br />

As preocupações sobre uma tal<br />

dita Crise, passaram para segundo<br />

plano ou mesmo <strong>de</strong>sapareceram.<br />

Aqueles que vão chegando<br />

falam-nos <strong>de</strong> um mundo <strong>de</strong> gente<br />

pelas praias <strong>de</strong> Portugal, com<br />

especial incidência para o Algarve,<br />

on<strong>de</strong> parece que tudo se tem<br />

conciliado para criar momentos<br />

inesquecíveis. A quebra efectiva<br />

do número <strong>de</strong> turistas estrangeiros,<br />

vê-se superada, ou pelo<br />

menos próximo disso, pela avalanche<br />

<strong>de</strong> turistas nacionais que<br />

<strong>de</strong>scendo a Sul, procuram o seu<br />

espaço <strong>de</strong> puro lazer estival. Não<br />

acreditando que o façam em resposta<br />

ao apelo do nosso Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República, mas sim-<br />

do mandato, ter consciência do<br />

que po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve, no âmbito dos<br />

po<strong>de</strong>res que a Constituição reserva<br />

ao Presi<strong>de</strong>nte da República, agigantou-se<br />

quando explicou ao País<br />

que se sente confortável com os<br />

po<strong>de</strong>res que Constituição lhe confere,<br />

não entrou em polémicas estéreis<br />

com os titulares dos restantes<br />

órgãos <strong>de</strong> soberania, anunciou,<br />

sem complexos, a insustentabilida<strong>de</strong><br />

da situação, soube pairar acima<br />

das críticas partidárias, muitas<br />

vezes <strong>de</strong>sbocadas e <strong>de</strong> todo inconsequentes<br />

(há posições que preten<strong>de</strong>m<br />

minar a autorida<strong>de</strong> do Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República mas este, com<br />

olímpica sabedoria, <strong>de</strong>svaloriza em<br />

tempo <strong>de</strong> crise) o que o coloca<br />

numa posição ímpar no trânsito<br />

do primeiro para o segundo mandato<br />

presi<strong>de</strong>ncial<br />

Esta visão, quase inoxidável,<br />

dos méritos do exercício da função<br />

Presi<strong>de</strong>ncial não é universal,<br />

e, tão pouco, é pacífica. Uns por<br />

razões <strong>de</strong> natureza i<strong>de</strong>ológica, com<br />

base na estafada dicotomia Direita/Esquerda,<br />

outros porque não lhe<br />

perdoam por ser o Português com<br />

mais anos <strong>de</strong> exercício do po<strong>de</strong>r,<br />

no topo (10 anos como Primeiro<br />

Ministro, cinco como Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República e mais cinco…) o que,<br />

em Democracia, dificilmente, será<br />

repetível, alguns porque não aceitam<br />

a sua ascensão na vida, exclusivamente<br />

por força do trabalho e<br />

das capacida<strong>de</strong>s, ainda bastantes<br />

porque, <strong>de</strong> boa-fé, têm vindo a<br />

apelar ao Presi<strong>de</strong>nte para que seja<br />

mais interventivo, em tempo <strong>de</strong><br />

crise, como se ele fosse portador<br />

da “Varinha do Condão …”<br />

Esta última posição não <strong>de</strong>ve<br />

| O p i n i ã o |<br />

Cavaco Silva e a mochila da esperança<br />

plesmente e porque sugestionados<br />

por uma assumida necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contenção, trocam os<br />

<strong>de</strong>stinos estrangeiros pela areia<br />

branca das nossas praias. Dizem<br />

as notícias que até as águas a<br />

Sul se apresentam cálidas como<br />

já não havia memória. Descontando<br />

alguns entusiásticos exageros,<br />

acredito que estamos perante<br />

uma excelente oportunida<strong>de</strong><br />

para o turismo algarvio. Apesar<br />

da enorme importância para a<br />

região e para o país que tem a<br />

vinda <strong>de</strong> turistas estrangeiros e<br />

a consequente entrada <strong>de</strong> divisas,<br />

acredito existir uma excelente<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliação<br />

com todos aqueles que não<br />

colocavam o Algarve como seu<br />

<strong>de</strong>stino preferido <strong>de</strong> férias. Eu<br />

era um <strong>de</strong>les.<br />

Durante muito tempo mantive<br />

com o Algarve uma relação<br />

difícil. Não que tenha experimentado<br />

intermináveis filas, <strong>de</strong><br />

trânsito, <strong>de</strong> restaurante, <strong>de</strong> supermercado,<br />

em suma <strong>de</strong> tudo aqui-<br />

O Professor Aníbal<br />

Cavaco Silva, sendo<br />

um elo fortíssimo do<br />

Regime, presta um<br />

gran<strong>de</strong> serviço ao<br />

País, à Democracia<br />

e à esperança se se<br />

<strong>de</strong>cidir pela<br />

recandidatura<br />

a um segundo<br />

mandato…<br />

GONÇALVES SAPINHO<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Alcobaça<br />

Descobrir o Algarve<br />

O restante país<br />

turístico po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />

apren<strong>de</strong>r muito com<br />

os erros cometidos no<br />

Algarve e com o<br />

mo<strong>de</strong>lo e esforço <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento que<br />

tem vindo a ser<br />

implementado<br />

FRANCISCO VIEIRA<br />

Director executivo da Insignare<br />

ser <strong>de</strong>scartada. Deve antes ser pon<strong>de</strong>rada.<br />

Mas <strong>de</strong>ve o Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República, a 6 meses <strong>de</strong> terminar<br />

o mandato e a 3 meses do início<br />

da campanha eleitoral, hipotecar o<br />

seu prestígio em missões impossíveis<br />

ou em diligências con<strong>de</strong>nadas,<br />

à parida, ao fracasso? Deve<br />

queimar etapas que lhe po<strong>de</strong>rão ser<br />

preciosas no início do segundo<br />

mandato, se vier a candidatar-se e<br />

a ser eleito como se espera? Deve<br />

o Presi<strong>de</strong>nte da República ir além<br />

do que já foi, ultrapassando e subvertendo,<br />

em nome da crise, os<br />

po<strong>de</strong>res que a constituição lhe confere?<br />

Não serão a Constituição e a<br />

lei a base e a <strong>de</strong>fesa para os actos<br />

do Presi<strong>de</strong>nte da República?<br />

Po<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte sobrepor (não<br />

digo impor) a sua vonta<strong>de</strong> à vonta<strong>de</strong><br />

dos Partidos quando cada dirigente<br />

partidário e cada dirigente<br />

sindical, faz questão <strong>de</strong> se arrogar<br />

dono, com exclusão <strong>de</strong> outrem, da<br />

sua verda<strong>de</strong> e a torna incompatível<br />

com a verda<strong>de</strong> do outro?<br />

Em tempo <strong>de</strong> radicalismo exacerbado<br />

e também <strong>de</strong> crispações,<br />

a marcar terreno para o futuro próximo,<br />

não se tornará exigível que<br />

o pó assente e que haja, ao menos,<br />

alguém – o Presi<strong>de</strong>nte – que mantenha<br />

a serenida<strong>de</strong> e a cabeça fria?<br />

Para ele queimar, na ara da crise,<br />

sem o mínimo <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />

jurídica e constitucional, o prestígio<br />

pessoal e institucional que foi<br />

amealhando?<br />

Sou dos que pensa na <strong>de</strong>fesa,<br />

consolidação e aperfeiçoamento<br />

qualitativo das Instituições. Mas,<br />

também sou dos que vivem, hoje,<br />

o <strong>de</strong>sassossego do “tempo que passa”<br />

… !! Vou lendo e meditando<br />

lo on<strong>de</strong> tradicionalmente se espera,<br />

não que as ementas em inglês<br />

me tenham criado uma especial<br />

dificulda<strong>de</strong> ou qualquer assumo<br />

<strong>de</strong> patriotismo, nem sequer me<br />

posso queixar dos preços praticados.<br />

A minha dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

relação com o Algarve provinha<br />

sobretudo daquilo que ia ouvindo,<br />

criando uma imagem do <strong>de</strong>stino<br />

com base nas más experiências<br />

<strong>de</strong> outros. No mínimo<br />

injusto, mas verda<strong>de</strong>iro.<br />

Um dia numa feira <strong>de</strong> turismo<br />

em Praga, a promotora <strong>de</strong> uma<br />

prestigiada unida<strong>de</strong> hoteleira algarvia<br />

em resposta ao meu constante<br />

azedume face à sua terra, falou-<br />

-me da existência <strong>de</strong> outras realida<strong>de</strong>s<br />

no Algarve, respeitadoras<br />

do equilíbrio com a natureza e<br />

totalmente integradas na paisagem,<br />

sem gritos e sem filas, zonas<br />

<strong>de</strong> características rurais, on<strong>de</strong> aqui<br />

e ali vamos <strong>de</strong>scobrindo pequenas<br />

e <strong>de</strong>liciosas praias. Falou-me<br />

<strong>de</strong> um Algarve simples, genuíno,<br />

com uma forte tradição cultural<br />

nos extremismos da 1ª República.<br />

Interrogo-me sobre como foi possível<br />

malbaratar o capital Democrático<br />

acumulado, em duas décadas.<br />

A Revolução do 5 <strong>de</strong> Outubro<br />

foi engolida, 16 anos <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong><br />

forma autofágica, por quem a criou.<br />

Predominantemente Parlamentarista<br />

morreu, exangue, às mãos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>magogos encartados e dos treinadores<br />

<strong>de</strong> bancada. Nasceu e morreu<br />

em nome do povo que tem as<br />

costas largas … amortalhado por<br />

fúnebres radicalismos e extremismos.<br />

O Regime nascido da Revolução<br />

<strong>de</strong> Abril já viveu o dobro do<br />

Regime do 5 <strong>de</strong> Outubro…<br />

Das instituições <strong>de</strong>mocráticas,<br />

a mais prestigiada é a presidência<br />

da República. O actual Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República, como, aliás,<br />

os anteriores, prestigiou a instituição,<br />

a República e o Regime.<br />

Espero que o tempo que resta,<br />

para cumprir este primeiro mandato,<br />

seja um tempo em que se<br />

mantenha viva e se alimente a<br />

esperança dos portugueses. Desejo<br />

que a mochila da esperança<br />

aumente <strong>de</strong> peso, através do<br />

aumento do prestígio, e que a<br />

carregue no trânsito do 1º para<br />

o 2º mandato. O Regime tem tido<br />

boas âncoras das quais se <strong>de</strong>staca<br />

a nossa inserção na Comunida<strong>de</strong><br />

Europeia. Sendo necessária<br />

esta âncora, ela não é suficiente.<br />

Internamente é imprescindível<br />

a existência <strong>de</strong> elos fortes…O<br />

Professor Aníbal Cavaco Silva,<br />

sendo um elo fortíssimo do Regime,<br />

presta um gran<strong>de</strong> serviço ao<br />

País, à Democracia e à esperança<br />

se se <strong>de</strong>cidir pela recandidatura<br />

a um segundo mandato… ■<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> emanam usos e costumes<br />

singulares e uma gastronomia com<br />

forte influência do Norte <strong>de</strong> África.<br />

Este ano e por um breve período<br />

tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir<br />

esse Algarve silencioso e sereno.<br />

Magníficas praias, excelentes infraestruturas<br />

<strong>de</strong> apoio, inesquecíveis<br />

restaurantes, gente simpática e<br />

competente. Gostei. E ao olhar o<br />

Algarve agora não pelas vivências<br />

<strong>de</strong> outros mas pelos meus próprios<br />

olhos, confirmei aquilo que<br />

teimosamente tentava evitar. Que<br />

o Algarve é o melhor <strong>de</strong>stino turístico<br />

nacional e que nele se encontram<br />

respostas para todo o tipo <strong>de</strong><br />

cliente. Aprendi também, que o<br />

restante país turístico po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />

apren<strong>de</strong>r muito com os erros cometidos<br />

no Algarve e com o mo<strong>de</strong>lo<br />

e esforço <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que tem vindo a ser implementado.<br />

Em boa verda<strong>de</strong>, só o Algarve<br />

e a Ma<strong>de</strong>ira são verda<strong>de</strong>iros<br />

territórios <strong>de</strong> turismo em Portugal.<br />

O resto, lamentavelmente, é<br />

paisagem.■


Pela Europa abrem caminho<br />

as cida<strong>de</strong>s aprazíveis<br />

e cómodas para<br />

o visitante. Os turistas<br />

urbanos dispostos a<br />

<strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-<br />

-semana, cada dia são mais e pe<strong>de</strong>m<br />

discrição. Há um novo tipo <strong>de</strong> visitante<br />

que busca uma cida<strong>de</strong> agradável<br />

na que se sinta como em sua<br />

casa e possa <strong>de</strong>scansar <strong>de</strong> rotinas e<br />

encontrar um programa sociocultural<br />

que o satisfaça. Nesse sentido, as<br />

cida<strong>de</strong>s voltaram a reivindicar a rua<br />

como espaço para a criativida<strong>de</strong> e<br />

a emancipação cívica, do mesmo<br />

modo que a dimensão política e social<br />

dos espaços públicos foi colocada<br />

no centro das discussões.<br />

Quem acompanha o fenómeno<br />

da revitalização das cida<strong>de</strong>s verifica<br />

como estas têm ampliado a sua<br />

oferta com novos museus, melhores<br />

restaurantes, novos hotéis, festivais<br />

variados aos quais se unem salas<br />

para teatro, auditórios e um forte<br />

impulso dado à gastronomia, às compras<br />

e obviamente a hotéis. A oferta<br />

<strong>de</strong> um valor diferenciador permite<br />

às cida<strong>de</strong>s competir e, neste ponto,<br />

as tecnologias da informação e<br />

os serviços complementares são importantes<br />

para integrar uma cida<strong>de</strong> atractiva<br />

em conveniência num espaço<br />

Está bom <strong>de</strong> ver, por estes<br />

dias <strong>de</strong> canícula <strong>de</strong><br />

Agosto, que há muito<br />

quem entenda que as<br />

eleições se po<strong>de</strong>m<br />

ganhar surfando as ondas do populismo<br />

bacoco, enveredando pelo suporte<br />

às maquinações mais ten<strong>de</strong>nciosas<br />

que a <strong>de</strong>mocracia portuguesa alguma<br />

vez viu. Refiro-me, obviamente, ao respaldo<br />

que o PSD e outros partidos da<br />

oposição foram dando à flagelação sistemática<br />

do governo e em especial do<br />

primeiro-ministro José Sócrates.<br />

Não terá bastado que se tivessem<br />

ultrapassado todos os limites penais e<br />

constitucionais e que se pulasse a cerca<br />

da reserva dos valores <strong>de</strong>mocráticos<br />

e que dois <strong>de</strong>putados, um do PSD<br />

e outro do PCP, se arrogassem ao direito<br />

<strong>de</strong> conhecerem escutas indirectas,<br />

autorizadas para um <strong>de</strong>terminado procedimento<br />

penal. Ora, como é sabido<br />

e sustentado pela melhor doutrina e<br />

jurisprudência penais, tal tipo <strong>de</strong> intercepção<br />

às comunicações não po<strong>de</strong> ser<br />

usado fora do processo penal e muito<br />

menos em Processos Disciplinares ou<br />

Comissões <strong>de</strong> Inquérito, como foi o<br />

caso.<br />

E, afinal, com que objectivos, senão<br />

os <strong>de</strong> assassinato <strong>de</strong> carácter? Verda<strong>de</strong><br />

é que, no fim da mencionada Comissão<br />

<strong>de</strong> Inquérito ao caso conhecido por<br />

PT/TVI, as oposições optaram por “conclusões”<br />

absolutamente inconclusivas,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> tripudiar sobre a verda<strong>de</strong><br />

dos factos apurados, e, finalmente,<br />

nada propuseram <strong>de</strong> concreto, nem<br />

nada remeteram ao PGR que indiciasse<br />

qualquer acção <strong>de</strong> natureza, sequer<br />

indiciária, <strong>de</strong> qualquer eventual crime<br />

por parte <strong>de</strong> qualquer membro do governo<br />

e <strong>de</strong>signadamente do primeiroministro.<br />

Tratou-se, portanto, <strong>de</strong> pura tentativa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste do primeiro-ministro<br />

numa matéria em que foi visível o <strong>de</strong>snorte<br />

do PSD, que chegou mesmo a<br />

zurzir com violência e <strong>de</strong>selegância o<br />

presi<strong>de</strong>nte da referida Comissão, Mota<br />

Amaral, <strong>de</strong>stacado membro do PSD,<br />

apenas porque se limitou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r,<br />

sem peias, a legalida<strong>de</strong> e o cumprimento<br />

da Constituição.<br />

E se <strong>de</strong> sentido <strong>de</strong> estado se fala no<br />

título, tudo se reconduz a <strong>de</strong>ixar claro<br />

que na recente “crise” da justiça,<br />

diversos dirigentes do PSD se têm comportado<br />

sem a contenção e a reserva<br />

que é indispensável ao bom funcionamento<br />

das instituições <strong>de</strong> que a justiça<br />

é um dos pilares fundamentais.<br />

Enten<strong>de</strong>-se bem que o maior partido<br />

da oposição e alguns dos seus principais<br />

dirigentes não tenham gostado<br />

do <strong>de</strong>sfecho do processo Freeport no<br />

concernente a José Sócrates e <strong>de</strong>mais<br />

elementos do aparelho governamental<br />

e administrativo.<br />

Para alguns dos fautores das queixas<br />

anónimas e para alguns dos que<br />

terão investido tudo na política <strong>de</strong> “fim<br />

<strong>de</strong> ciclo” <strong>de</strong> Sócrates, através da politização<br />

da justiça, óbvio se torna que<br />

ao fim <strong>de</strong> 6 anos <strong>de</strong> suspeitas, insinuações<br />

e calúnias, <strong>de</strong>parar com um<br />

processo que apenas acusa dois empre-<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |<br />

| O p i n i ã o |<br />

Turismo: cida<strong>de</strong>s aprazíveis e lugares<br />

<strong>de</strong> procura global.<br />

Muitas das cida<strong>de</strong>s médias na Europa<br />

protagonizaram, nos últimos anos,<br />

a sua própria revolução urbana e<br />

social, tendo em conta que um dos<br />

problemas maiores no espaço europeu<br />

passa pelo stress dos seus cidadãos.<br />

É por ele que o turista procura<br />

lugares relaxantes e cómodos, premiando<br />

aquelas cida<strong>de</strong>s ou lugares<br />

que ofereçam maior índice <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>,<br />

melhor gastronomia e melhor<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

A maturida<strong>de</strong> da oferta e o enfraquecimento<br />

da procura tradicional<br />

aconselham assumir com mais rigor<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adicionar à oferta<br />

tradicional novas realida<strong>de</strong>s que<br />

minimizem a vulnerabilida<strong>de</strong> do<br />

turismo frente às variações dos visitantes<br />

<strong>de</strong> rendas mais baixa. Melhorar<br />

a qualida<strong>de</strong> dos estabelecimentos<br />

hoteleiros e extra-hoteleiros<br />

esten<strong>de</strong>r as tecnologias da informação<br />

e serviços complementares<br />

são exigências básicas, como é o<br />

cuidado com o meio ambiente, para<br />

que este não seja uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurada,<br />

como recentemente se verificou<br />

com as algas em S. Pedro <strong>de</strong><br />

Moel. Mas também é importante a<br />

atenção ao urbanístico. No distrito<br />

é lamentável como boa parte das<br />

cida<strong>de</strong>s vilas e al<strong>de</strong>ias apresentam<br />

Subestima-se por<br />

aqui que o actual<br />

turista é uma pessoa<br />

informada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

e <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser<br />

um simples consumidor<br />

<strong>de</strong> receitas concebidas<br />

em exclusivo<br />

para ela<br />

ANTÓNIO DELGADO<br />

Professor Universitário<br />

a_<strong>de</strong>lgado@netcabo.pt<br />

sários por extorsão tentada, é no mínimo<br />

frustrante para quem tinha a expectativa<br />

<strong>de</strong> ver o primeiro-ministro <strong>de</strong><br />

Portugal sentado no banco dos réus.<br />

Não obstante ser conhecido, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

há muito, que após escrutínio rigoroso<br />

aos factos e às movimentações das<br />

suas contas, nada havia susceptível <strong>de</strong><br />

indiciar Sócrates e nem sequer <strong>de</strong> o<br />

ouvir como arguido, mas tão só como<br />

testemunha, atenta a acusação formulada.<br />

É também por isso que é lamentável<br />

que sectores da oposição, com dirigentes<br />

do PSD na ponta da lança, insistam<br />

em manter quente o que já resfriou<br />

por exaustão <strong>de</strong> argumentos e <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> barganha<br />

judiciária.<br />

Refiro-me às frustres tentativas <strong>de</strong><br />

manter em lume quente o processo<br />

Freeport, agora visando <strong>de</strong>mitir o PGR<br />

ou atingir a honorabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

magistrada respeitada e prestigiada<br />

como Cândida Almeida.<br />

Fingindo ignorar que eventuais<br />

erros procedimentais, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> inquérito,<br />

em nada po<strong>de</strong>m ser assacados ao<br />

primeiro-ministro e que para efeito <strong>de</strong><br />

apuramento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s já<br />

corre um inquérito or<strong>de</strong>nado pelo PGR,<br />

o que necessariamente <strong>de</strong>ve implicar<br />

que se aguar<strong>de</strong>m as respectivas conclusões,<br />

antes <strong>de</strong> se perorar sobre eventuais<br />

ilações, que por apressadas po<strong>de</strong>m<br />

induzir em avaliações precipitadas.<br />

O que vale é que os portugueses já<br />

compreen<strong>de</strong>ram, e a última sondagem<br />

SIC/Expresso é nisso muito clara, que<br />

Sócrates foi alvo <strong>de</strong> incomensuráveis<br />

atoardas e daí que a citada sondagem<br />

o dê como o único lí<strong>de</strong>r partidário a<br />

subir na referida amostra, invertendo<br />

situações anteriores que reflectiam o<br />

clima <strong>de</strong> dúvida sistemática instilada.<br />

É também por tudo isto que se com-<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 21<br />

Contra o <strong>de</strong>spautério eleitoralista, urge ter sentido <strong>de</strong> Estado e respeito institucional<br />

Há muito quem<br />

entenda que as<br />

eleições se po<strong>de</strong>m<br />

ganhar surfando as<br />

ondas do populismo<br />

bacoco<br />

OSVALDO CASTRO<br />

<strong>de</strong>putado<br />

osvaldocastro@ps.parlamento.pt<br />

espaços urbanos <strong>de</strong>gradados e nalguns<br />

casos em processo acelerado<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação. Po<strong>de</strong>-se encontrar<br />

as razões do facto na falta <strong>de</strong> visão<br />

e na insustentabilida<strong>de</strong> das políticas<br />

adoptadas pelos partidos e por<br />

estes gerarem “políticos” insensíveis<br />

e mal preparados, que ainda vão formar<br />

a socieda<strong>de</strong> civil com níveis <strong>de</strong><br />

exigência baixos, amestradas segundo<br />

fórmulas como gerem a coisa<br />

pública.<br />

Apenas com pon<strong>de</strong>ração, i<strong>de</strong>ias<br />

novas e orientações precisas, o mercado<br />

turístico na região po<strong>de</strong>rá ampliar<br />

a sua limitada oferta, assente na praia<br />

e no turismo religioso, preterindo o<br />

valor da história e da cultura como<br />

realida<strong>de</strong>s turísticas mais abrangentes<br />

e efectivas que seduzam clientes<br />

cujas preferências não sejam exclusivamente<br />

as <strong>de</strong> bronzearem-se a<br />

preços baixos em praias <strong>de</strong> águas<br />

geladas, perigosas, nalguns casos<br />

pouco vigiadas senão poluídas.<br />

Como reparo subestima-se por<br />

aqui que o actual turista é uma pessoa<br />

informada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser um simples consumidor<br />

<strong>de</strong> receitas concebidas em exclusivo<br />

para ela. O novo turista <strong>de</strong>seja experimentar<br />

com os próprios do local,<br />

os costumes, as activida<strong>de</strong>s locais,<br />

associar-se aos eventos culturais...<br />

Por isso chega sem a mediação das<br />

agências <strong>de</strong> viagens, mas traz informação<br />

<strong>de</strong>talhada do lugar: compra<br />

bilhetes <strong>de</strong> avião, comboio, camioneta,<br />

reserva dos hotéis, das entradas<br />

<strong>de</strong> espectáculos e dos monumentos<br />

pela internet.<br />

Neste sentido, há um enorme trabalho<br />

a fazer em torno das potencialida<strong>de</strong>s<br />

da Web para a difusão dos<br />

produtos e das peculiarida<strong>de</strong>s da<br />

região. São necessárias estratégicas<br />

mais competitivas, longe das contempladas<br />

nos planos das aferições<br />

compensatórias para os municípios<br />

do oeste pela não construção do aeroporto<br />

da Ota. Sobretudo estratégias<br />

criativas.<br />

Deve-se favorecer uma melhoria na<br />

qualida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong> da oferta, contemplando<br />

as terras mais afastadas do<br />

litoral que atraiam turistas com um<br />

gasto médio mais elevado. Há realida<strong>de</strong>s<br />

que o sector turístico e as autorida<strong>de</strong>s<br />

envolvidas <strong>de</strong>verão equacionar<br />

para tratar <strong>de</strong> elevar os ingressos na<br />

região como uma importante fonte da<br />

sua balança <strong>de</strong> pagamentos, mas também<br />

na necessida<strong>de</strong> selectiva das entradas,<br />

compatíveis com o cuidado do<br />

meio para a própria sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssa galinha que ovos <strong>de</strong> ouro que é<br />

o turismo para um região que se preten<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> excelência. ■<br />

preen<strong>de</strong>, mas lamenta, a insistência <strong>de</strong><br />

Passos Coelho em continuar a anunciar<br />

a entrega <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> revisão<br />

constitucional, logo na abertura<br />

da Sessão Legislativa, em 15 <strong>de</strong> Setembro,<br />

o que sempre implicará, por imperativo<br />

legal, que os <strong>de</strong>mais partidos<br />

disponham <strong>de</strong> um prazo <strong>de</strong> 30 dias<br />

para apresentar o seu próprio projecto<br />

<strong>de</strong> revisão, o que vale por dizer, até<br />

à data <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Outubro, o que coinci<strong>de</strong>,<br />

dia por dia, com a apresentação<br />

na Assembleia, pelo governo, do Orçamento<br />

<strong>de</strong> Estado para 2011.<br />

Ou seja, a confessada intenção <strong>de</strong><br />

querer abrir uma discussão sobre graves<br />

propostas <strong>de</strong> revisão da CRP, em<br />

cima da discussão do Orçamento e<br />

escassos meses antes das eleições presi<strong>de</strong>nciais,<br />

só po<strong>de</strong> significar que o PSD<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dar com “os burrinhos na<br />

água” em matéria <strong>de</strong> Comissão <strong>de</strong><br />

Inquérito e <strong>de</strong> processo Freeport, sente<br />

agora que tem <strong>de</strong> virar o jogo para<br />

questões com impacto <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

contra os direitos fundamentais e <strong>de</strong><br />

indiscutível relevo, como é exemplo a<br />

matéria dos po<strong>de</strong>res presi<strong>de</strong>nciais, sempre<br />

visando disfarçar a chusma <strong>de</strong> erros<br />

em que Passos Coelho caiu quando se<br />

<strong>de</strong>slumbrou com os primeiros indicadores<br />

favoráveis.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um clamoroso erro que<br />

vai onerar politicamente o novel lí<strong>de</strong>r<br />

do PSD, a não ser que, num momento<br />

<strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z, entenda que a revisão<br />

constitucional <strong>de</strong>ve aguardar o seu<br />

tempo próprio, o mesmo é dizer, nunca<br />

antes das eleições presi<strong>de</strong>nciais. ■


DR<br />

22 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

Em Fátima um<br />

túnel (passagem<br />

<strong>de</strong>snivelada)<br />

que po<strong>de</strong>ria ser<br />

evitado<br />

Teimosamente, o túnel projectado<br />

na retaguarda da Igreja da<br />

Santíssima Trinda<strong>de</strong>, irá ser construído.<br />

Infelizmente, porque existem<br />

alternativas para que isso não<br />

aconteça. A alternativa que é apresentada<br />

num artigo <strong>de</strong> opinião,<br />

publicado no jornal Notícias <strong>de</strong><br />

Fátima (edição nº 498, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong><br />

Junho <strong>de</strong> 2010) era, sem dúvida, a<br />

solução mais ajustada. Não faz sentido<br />

que se <strong>de</strong>svie <strong>de</strong>ssa forma drástica<br />

o trânsito do espaço livre à<br />

visão das pessoas que, assim, acabam<br />

remetidas para uma solução<br />

<strong>de</strong>sfavorável, para baixo do solo,<br />

quando tal podia ser evitado. Transitar-se<br />

ao nível do solo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

se possa fazer, é <strong>de</strong> facto uma solução<br />

airosa e vital para que as coisas<br />

fiquem melhor. Bem basta quando<br />

não existem alternativas que<br />

| SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

possam evitar tal solução... não é<br />

o caso.<br />

Breve virá o dia em que as pessoas<br />

se aperceberão que a execução<br />

<strong>de</strong> tal obra foi <strong>de</strong> facto uma<br />

solução errada. Se ainda for a tempo,<br />

e estou certo que as verbas disponibilizadas<br />

não se per<strong>de</strong>riam, se<br />

outra solução, aquela que foi preconizada,<br />

fosse pon<strong>de</strong>rada e executada,<br />

seria o mais ajustado. Basta<br />

para tal pressão e vonta<strong>de</strong> política,<br />

porque competências existem.<br />

Sem dúvida: As viaturas vindas<br />

do norte ou do sul passarão <strong>de</strong>ntro<br />

do túnel e nem sequer os condutores<br />

se aperceberão que passaram<br />

em frente do Santuário, porque<br />

vão, em quaisquer das situações,<br />

sair bem longe do recinto.<br />

Aqui, para além <strong>de</strong> outros inconvenientes,<br />

até o próprio Santuário<br />

será prejudicado, porque o barulho<br />

dos motores será prejudicial ao silêncio<br />

interior, que <strong>de</strong>ve ser preservado<br />

à igreja da Santíssima Trinda<strong>de</strong>.<br />

Para mais, é prestar um mau<br />

serviço às pessoas.<br />

Por muito que se diga, não existem<br />

impossíveis. Alterar um pro-<br />

| D o s l e i t o r e s |<br />

jecto, é hoje quase um procedimento<br />

normal. Veja-se, para exemplo,<br />

o que aconteceu ainda num<br />

passado recente, com o traçado da<br />

auto-estrada, tendo-se conseguido<br />

algum afastamento das portagens.<br />

Mesmo assim, alguém alertou que<br />

ficariam <strong>de</strong>masiadamente aproximadas<br />

da população. Não se aten<strong>de</strong>u<br />

suficientemente a este alerta e<br />

é bem notório o inconveniente <strong>de</strong><br />

terem ficado tão próximas. Os engarrafamentos,<br />

as filas e horas <strong>de</strong> espera<br />

para que o trânsito <strong>de</strong>ntro da terra<br />

se esvazie, etc.<br />

Com a passagem <strong>de</strong>snivelada<br />

que será projectada e que, pelos vistos,<br />

vai mesmo ser executada, irse-á<br />

verificar coisa semelhante. Apele-se<br />

a todo o bom senso para que<br />

se evite fazer o que se verifica ser<br />

errado e havendo – como há – outras<br />

soluções bem mais apropriadas.<br />

Convém lembrar o que foi sugerido<br />

no artigo <strong>de</strong> opinião, publicado<br />

no Notícias <strong>de</strong> Fátima. Dizia-se:<br />

Respeitando-se a indispensável<br />

construção das rotundas, ao fundo<br />

das ruas Cónego Formigão e<br />

Papa João Paulo II, prolongar com<br />

Ainda o Festival <strong>de</strong> Colmeias (resposta ao Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Colmeias)<br />

Li com muita atenção os comentários<br />

que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />

<strong>de</strong> Colmeias (JFC) fez ao meu artigo <strong>de</strong> opinião,<br />

publicado neste jornal, com o título<br />

<strong>de</strong> Festival do <strong>de</strong>sperdício e esbanjamento<br />

<strong>de</strong> Colmeias.<br />

Pois bem, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, por mais leituras<br />

que fizesse àquele texto não consegui<br />

encontrar nas suas palavras, a roçar por<br />

vezes a in<strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, uma resposta objectiva<br />

aos comentários que fiz à sua inusitada<br />

festa e à forma como utilizou recursos<br />

da freguesia em seu benefício.<br />

Aquele texto revela um Presi<strong>de</strong>nte que<br />

ainda não percebeu que vive num País em<br />

dificulda<strong>de</strong>s financeiras, com notícias diárias<br />

<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> impostos e cortes nos<br />

apoios sociais.<br />

Deixe-me informá-lo, a título <strong>de</strong> exemplo,<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sses cortes <strong>de</strong> âmbito social.<br />

Enquanto a sua Junta gasta dinheiro em<br />

festas a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> prepara<br />

para retirar o apoio financeiro ao transporte<br />

escolar dos alunos da Escola EB <strong>de</strong><br />

Colmeias que residam a menos <strong>de</strong> 3 km do<br />

centro da freguesia – dá que pensar?<br />

É verda<strong>de</strong> que não lhe expus pessoalmente<br />

o meu ponto <strong>de</strong> vista sobre a forma<br />

como o senhor gastou mais <strong>de</strong> 50.000<br />

euros em “foguetes” sem qualquer retorno<br />

para a freguesia. Mas também não<br />

tinha que o fazer porque vivemos, felizmente<br />

numa <strong>de</strong>mocracia on<strong>de</strong> somos livres<br />

<strong>de</strong> publicamente expressar as nossas opiniões.<br />

Os tempos em que as pessoas iam ao beija-mão<br />

ao Senhor Regedor ou ao Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Junta há muito que fazem parte da<br />

nossa história.<br />

É certo que podia ter utilizado a reunião<br />

a mesma largura da Avenida D.<br />

José Alves Correia da Silva, as referidas<br />

ruas até entroncar na Avenida<br />

Papa João XXIII e ainda construindo-se<br />

duas rotundas, uma a<br />

norte e outra a sul, o problema ficava<br />

sobejamente resolvido. O investimento<br />

seria mais barato do que<br />

fazer o túnel, a que chamam passagem<br />

<strong>de</strong>snivelada. As verbas atribuídas<br />

para expropriações, logicamente,<br />

seriam aplicadas em convenientes<br />

passeios na Avenida D.<br />

José Alves Correia da Silva, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a rotunda norte à rotunda sul. Tudo<br />

muito mais simples e apelativo.<br />

Vasco Perfeito, Fátima<br />

Se a Respol<br />

cumprisse<br />

não havia<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazermos um<br />

abaixo-assinado!<br />

No uso <strong>de</strong> um direito que lhe é<br />

conferido pela lei (a mesma lei que<br />

a Respol <strong>de</strong>srespeita diariamente,<br />

assim alimentando processos atrás<br />

<strong>de</strong> processos no Tribunal Judicial<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>), um gestor da empresa<br />

enten<strong>de</strong>u vir a público contestar o<br />

incontestável.<br />

Duas notas sobre as “informações”<br />

prestadas ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

por um administrador da Respol:<br />

a) - Que sentido atribuir às afirmações<br />

do administrador da Respol,<br />

quando este diz que trava uma<br />

luta titânica com a Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para fazer o licenciamento?<br />

Apenas um: que pelos<br />

vistos a Respol não tem mesmo<br />

licenciamento! Logo, a Respol não<br />

cumpre. Haverá conclusão mais<br />

clara???; b) - Quem promoveu a<br />

alteração <strong>de</strong> produção que ultrapassou<br />

a capacida<strong>de</strong> da ETAR existente?<br />

On<strong>de</strong> foram parar, e com que<br />

consequências, as águas extrava-<br />

da última Assembleia <strong>de</strong> Freguesia para<br />

expressar a minha opinião. Porém, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />

queira pedir ao seu homólogo da<br />

Assembleia <strong>de</strong> Freguesia para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />

as reuniões na freguesia da Memória e po<strong>de</strong><br />

ser que me veja a mim e a outros fregueses<br />

em futuras Assembleias.<br />

Queixa-se o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> trabalhar muitas horas diárias para<br />

a Junta <strong>de</strong> Freguesia a troco <strong>de</strong> um “vencimento”<br />

mensal <strong>de</strong> 274,77 euros.<br />

Tanto quanto sei o acto da sua candidatura<br />

à Junta <strong>de</strong> Freguesia foi voluntário<br />

e consciente do muito trabalho que<br />

havia para fazer em prol dos fregueses<br />

<strong>de</strong> Colmeias. Por isso fica-lhe mal queixar-se<br />

que trabalha muito para a Freguesia<br />

e assumir-se como assalariado da<br />

mesma.<br />

Saiba Sr. Presi<strong>de</strong>nte que a quantia que<br />

A Direcção do JORNAL DE LEIRIA recebe com agrado para publicação a correspondência dos leitores que tratem questões <strong>de</strong> interesse público<br />

(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes das Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção<br />

santes, contaminadas durante o<br />

processo <strong>de</strong> produção? Que consciência<br />

têm, proprietário e administrador?<br />

E o que disse agora o gestor?<br />

Que sabe quem foram os promotores<br />

do abaixo-assinado. É natural,<br />

é público e notório. Eles assinaram<br />

e <strong>de</strong>ram a cara por uma luta<br />

que nem tão pouco <strong>de</strong>via estar a<br />

ser travada, fosse o País mais lesto<br />

e mais eficaz a punir os prevaricadores<br />

e criminosos. Penso que<br />

não existirá uma ameaça velada...;<br />

Que “actualmente” a Respol cumpre<br />

todas as exigências que são<br />

impostas pela lei.” Para bom enten<strong>de</strong>dor...<br />

Fica, ainda assim, uma enorme<br />

dúvida: está a Respol integralmente<br />

habilitada a exercer a sua<br />

activida<strong>de</strong>? Dispõe <strong>de</strong> todas as autorizações<br />

e licenciamentos atinentes<br />

à sua activida<strong>de</strong>?; “Enquanto a<br />

Respol não pu<strong>de</strong>r promover o dia<br />

aberto”, a empresa está totalmente<br />

aberta a prestar todos os esclarecimentos<br />

através <strong>de</strong> diversos meios.<br />

O problema é que os efeitos mais<br />

nefastos da activida<strong>de</strong> da Respol e<br />

da actuação do seu proprietário não<br />

estão à vista! E no entanto... eles<br />

estão lá e estão para ficar, infelizmente<br />

por muitos e bons anos. Porque<br />

é ao nível da contaminação<br />

dos solos e dos lençóis freáticos que<br />

eles estão. Escondidos dos olhos,<br />

mas ameaçadoramente presentes.<br />

A terminar, vale a pena salientar o<br />

facto do referido gestor vir <strong>de</strong>negrir,<br />

diminuir e minimizar os promotores<br />

do abaixo-assinado. É táctica<br />

que é sobejamente conhecida<br />

e que qualifica quem a usa.<br />

Ao soturno proprietário e ao diligente<br />

gestor caiem mal as vestes<br />

<strong>de</strong> falsas virgens. Os subscritores<br />

do abaixo-assinado e petição acreditam<br />

que o crime não compensa,<br />

por isso o assinaram. Por isso eu o<br />

assinei.<br />

Maria Fernanda Violante<br />

recebe é a título <strong>de</strong> compensação e há muitos<br />

cidadãos na nossa freguesia que têm<br />

que viver todos meses com um rendimento<br />

abaixo daquele valor. É em nome <strong>de</strong>ssas<br />

pessoas que o senhor tem <strong>de</strong> salvaguardar<br />

e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o interesse público da autarquia<br />

mediante boas e rigorosas práticas <strong>de</strong> gestão.<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da JFC não po<strong>de</strong> ser a cigarra<br />

canta<strong>de</strong>ira da fábula <strong>de</strong> La Fontaine mas<br />

antes a formiga diligente e empreen<strong>de</strong>dora,<br />

porque nem todos os cidadãos da Freguesia<br />

<strong>de</strong> Colmeias po<strong>de</strong>m comprar um jipe,<br />

tal como o senhor o fez, para andarem pelas<br />

estradas e caminhos da nossa freguesia tão<br />

necessitados <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> construção e<br />

reparação. ■<br />

M. Carlos Sousa<br />

Agodim - Colmeias


O sector da construção e obras<br />

públicas vive dias difíceis, <strong>de</strong>vido<br />

à falta <strong>de</strong> trabalho, às restrições no<br />

crédito e aos atrasos nos pagamentos<br />

por parte das câmaras. A<br />

situação tem impactos negativos<br />

noutras activida<strong>de</strong>s, como a venda<br />

<strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong> máquinas e<br />

equipamentos. Empresários e dirigentes<br />

não esperam melhorias a<br />

curto prazo e antevêem o encerramento<br />

<strong>de</strong> empresas e o <strong>de</strong>spedimento<br />

<strong>de</strong> pessoal.<br />

João Batista dos Santos garante<br />

que o cenário é <strong>de</strong> “dificulda<strong>de</strong>s”.<br />

No segmento das obras particulares<br />

“não se ven<strong>de</strong>”, porque os<br />

bancos não só “não emprestam<br />

dinheiro” como ainda fazem “avaliações<br />

péssimas”, o que significa<br />

que o potencial comprador precisa<br />

<strong>de</strong> ter algum capital próprio se<br />

quiser comprar.<br />

Nas obras públicas a situação<br />

está “uma <strong>de</strong>sgraça”, garante o<br />

empresário da Batalha. Por um lado,<br />

as empresas concorrem por preços<br />

que não são sustentáveis, o que significa<br />

que “as que não caem agora<br />

cairão mais à frente”. Por outro,<br />

“as câmaras não têm dinheiro para<br />

pagar”. Entre as poucas excepções<br />

a esta regra estão as autarquias da<br />

Batalha e <strong>de</strong> Pombal, aponta. O<br />

empresário diz não ter dúvidas que<br />

“mais empresas vão ficar pelo caminho”.<br />

Segundo a última análise <strong>de</strong> conjuntura<br />

feita pela Associação <strong>de</strong><br />

Empresas <strong>de</strong> Construção e Obras<br />

Públicas e Serviços (AECOPS), o<br />

número <strong>de</strong> obras públicas adjudicadas<br />

sofreu uma quebra <strong>de</strong> 46%<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano,<br />

face a igual período <strong>de</strong> 2009. E o<br />

valor das mesmas <strong>de</strong>sceu 60%.<br />

Foram adjudicados 665 projectos<br />

e o respectivo valor foi <strong>de</strong> 805,8<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

A análise semestral dá ainda<br />

conta que “só a abertura <strong>de</strong> novos<br />

concursos revela uma evolução<br />

favorável, o que, a médio prazo, se<br />

espera venha a impulsionar a produção<br />

do sector”. É que o lança-<br />

■Economia■<br />

Escassez <strong>de</strong> trabalho e restrições no crédito dificultam activida<strong>de</strong><br />

Empresas <strong>de</strong> construção e obras<br />

públicas com a corda na garganta<br />

“Há uma redução significativa da<br />

activida<strong>de</strong>, nomeadamente no segmento<br />

resi<strong>de</strong>ncial. Quanto às obras<br />

públicas, existem algumas, mas<br />

também há mais empresas disponíveis<br />

para as fazer, pelo que baixam<br />

os preços com que vão a concurso. Andamos a trabalhar<br />

com preços insustentáveis a médio prazo. Tem<br />

havido encerramentos <strong>de</strong> empresas e redução <strong>de</strong><br />

efectivos. As dificulda<strong>de</strong>s vão continuar, apesar <strong>de</strong><br />

haver algumas obras a concurso, porque a concorrência<br />

é gran<strong>de</strong>.”<br />

RICARDO GRAÇA<br />

mento <strong>de</strong> novas obras registou um<br />

acréscimo <strong>de</strong> 29,2% em número e<br />

<strong>de</strong> 64,2% em valor no primeiro<br />

semestre, representando um investimento<br />

superior a 2,3 mil milhões<br />

<strong>de</strong> euros.<br />

Mesmo assim, “os empresários<br />

do sector continuam a manifestar<br />

fortes preocupações quanto à evolução<br />

da activida<strong>de</strong> das suas empresas,<br />

a par <strong>de</strong> um acentuado pessimismo<br />

sobre a sua evolução futura”,<br />

garante a AECOPS. A avaliação<br />

“mais <strong>de</strong>sfavorável continua a ser<br />

dos empresários da região Centro,<br />

<strong>de</strong>vido, essencialmente, à forte quebra<br />

verificada na construção <strong>de</strong> edifícios<br />

resi<strong>de</strong>nciais”.<br />

SETE MESES<br />

PARA RECEBER<br />

A agravar “a redução muito forte<br />

da procura”, as empresas <strong>de</strong>frontam-se<br />

com “crescentes atrasos nos<br />

pagamentos que lhe são <strong>de</strong>vidos,<br />

o que torna a sua situação financeira<br />

cada vez mais difícil”, alerta<br />

a AECOPS, realçando que “os atrasos<br />

nos pagamentos continuam a<br />

ser um dos condicionantes à acti-<br />

| Discurso Directo|<br />

Paulo Gonçalves,<br />

presi<strong>de</strong>nte da ARICOP<br />

vida<strong>de</strong> mais assinalados pelos empresários”.<br />

O último inquérito da Fe<strong>de</strong>ração<br />

da Construção e Obras Públicas<br />

(Fepicop) confirma esta realida<strong>de</strong>.<br />

Em média, as câmaras estão<br />

a levar 208 dias (sete meses) para<br />

pagar, mais 14 dias do que há seis<br />

meses. “O agravamento <strong>de</strong> 14 dias<br />

po<strong>de</strong> parecer pouco. O problema é<br />

que são 14 dias que se somam a<br />

sete meses. O pior mesmo é que os<br />

prazos voltaram a alargar-se e,<br />

numa fase como esta, não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar preocupados”,<br />

afirma Reis Campos. O montante<br />

total das dívidas das autarquias às<br />

empresas soma cerca <strong>de</strong> 830 milhões<br />

<strong>de</strong> euros, segundo aquela fe<strong>de</strong>ração.<br />

Reis Campos aponta perdas acumuladas<br />

no sector na or<strong>de</strong>m dos<br />

31% e 140 mil postos <strong>de</strong> trabalho<br />

sacrificados a nível nacional, <strong>de</strong> há<br />

oito anos para cá. O dirigente também<br />

fala nos impactos prejudiciais<br />

das restrições ao crédito bancário<br />

sobre as empresas do sector. Nos<br />

primeiros seis meses do ano os<br />

empréstimos concedidos caíram<br />

“A crise é gran<strong>de</strong>. Há poucas<br />

obras e muita concorrência. Todos<br />

os dias as empresas querem<br />

ganhar obras, para se aguentarem<br />

até haver melhorias. Por isso, os<br />

preços estão muito maus. Se continuar<br />

a não haver obras públicas terá <strong>de</strong> haver <strong>de</strong>spedimentos.<br />

Seria bom que o aeroporto e as outras<br />

gran<strong>de</strong>s obras avançassem. Na construção para venda,<br />

a insegurança e o medo levam as pessoas a não<br />

comprar e os construtores a não construir. Os bancos<br />

não conce<strong>de</strong>m crédito e fazem as avaliações das<br />

casas por valores muito abaixo dos reais.”<br />

Álvaro Jacinto, presi<strong>de</strong>nte da <strong>de</strong>legação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da AECOPS<br />

28%. “Foram menos 980 milhões<br />

<strong>de</strong> euros”, afirma.<br />

A operar no segmento das obras<br />

públicas rodoviárias, a JJR também<br />

sente os impactos da “dilatação<br />

dos prazos <strong>de</strong> pagamento por<br />

parte <strong>de</strong> algumas câmaras”, aponta<br />

Maria da Luz Rodrigues. A responsável<br />

frisa que isto obriga as<br />

empresas a recorrer ao crédito e<br />

aumenta alguns dos seus custos.<br />

Outro dos constrangimentos que<br />

refere é a concorrência acrescida,<br />

até por parte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas<br />

que antes não operavam no mesmo<br />

segmento. Além disso, as empresas<br />

com estruturas mais pequenas<br />

concorrem “a preços mais baixos”,<br />

com os quais nem sempre é possível<br />

competir. “Neste momento, o<br />

cliente importa-se muito com o factor<br />

preço”, diz.<br />

A redução das obras e a dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> planear a activida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>corrente da falta <strong>de</strong> planeamento<br />

do próprio Governo no que se<br />

refere a obras <strong>de</strong> menores dimensões,<br />

são outros dos constrangimentos<br />

que refere. ■<br />

Licenciamentos<br />

em queda<br />

Des<strong>de</strong> o ano passado que o<br />

licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />

está em queda, traduzindo-<br />

-se na existência <strong>de</strong> menos<br />

construção. Segundo os<br />

últimos dados do Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Estatística, o<br />

licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />

caiu 21,5%. Se analisarmos<br />

apenas o número <strong>de</strong><br />

fogos licenciados, a queda é<br />

<strong>de</strong> 40,9%, “a maior registada<br />

em toda a década<br />

2000-2009”, aponta o<br />

INE. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 23<br />

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LINHA DE APOIO ABW<br />

244 542 403<br />

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24 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Mol<strong>de</strong>s<br />

em <strong>de</strong>staque<br />

Numa organização conjunta<br />

da Cefamol e do Centimfe, a<br />

Semana <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s 2010 vai<br />

realizar-se entre 20 e 24 <strong>de</strong><br />

Setembro, na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

e em Oliveira <strong>de</strong> Azeméis.<br />

“Em resposta ao <strong>de</strong>safio da<br />

competitivida<strong>de</strong> imposto pelo<br />

contexto actual da economia<br />

global”, a iniciativa prevê a<br />

integração <strong>de</strong> seminários, conferências<br />

e workshops, “para<br />

a construção <strong>de</strong> um ambiente<br />

propício à inovação, à avaliação<br />

<strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> mercados<br />

e tecnologias, estabelecimento<br />

<strong>de</strong> contactos, lançamento<br />

<strong>de</strong> novos projectos e<br />

negócios e trabalho em re<strong>de</strong>”,<br />

informa a associação. No contexto<br />

<strong>de</strong>sta iniciativa, realizase<br />

no dia 24 a conferência Mol<strong>de</strong>s<br />

Portugal 2010; e nos dias<br />

20 e 21 <strong>de</strong>corre no Centimfe<br />

mais uma edição do RPD-Rapid<br />

Product Develpment, que será<br />

focada na apresentação e<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados<br />

da investigação, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e aplicação industrial<br />

<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

rápido <strong>de</strong> produto, <strong>de</strong><br />

novas metodologias e <strong>de</strong> casos<br />

<strong>de</strong> estudo referentes a inovações<br />

nestes domínios, introduzidas<br />

recentemente no mercado.<br />

Também no dia 21, terá<br />

lugar o Brokerage Event, <strong>de</strong>dicado<br />

à apresentação <strong>de</strong> propostas<br />

e lançamento <strong>de</strong> novos<br />

projectos europeus orientados<br />

para a indústria.<br />

Pombal<br />

Semana<br />

gastronómica<br />

Começa amanhã e prolongase<br />

até dia 22 a Semana Gastronómica<br />

<strong>de</strong> Pombal, que propõe<br />

“uma viagem pelos sabores<br />

do concelho, que se esten<strong>de</strong> do<br />

mar à serra”. A iniciativa insere-se<br />

noutra mais ampla, <strong>de</strong>nominada<br />

Gastronomia em <strong>Leiria</strong>-Fátima,<br />

promovida pela ERT<br />

Turismo <strong>Leiria</strong>-Fátima, que já<br />

percorreu outros concelhos<br />

abrangidos por esta estrutura.<br />

Em Pombal são 11 os restaurantes<br />

a<strong>de</strong>rentes à iniciativa,<br />

que preten<strong>de</strong> divulgar e valorizar<br />

este sector <strong>de</strong> negócios e<br />

a riqueza gastronómica do concelho,<br />

bem como promover o<br />

seus “mais nobres produtos<br />

regionais”, entre os quais o queijo,<br />

o mel, o azeite e o cabrito,<br />

entre outros. ■<br />

DR<br />

El Mundo distingue Renova<br />

Há muito que o papel higiénico Renova ultrapassou as fronteiras portuguesas. Recentemente, acabou<br />

mesmo por chegar à revista do diário espanhol El Mundo, num artigo intitulado O melhor papel<br />

higiénico do mundo é português. Segundo a Briefing, o artigo salientou a capacida<strong>de</strong> da Renova em<br />

introduzir <strong>de</strong>sign num produto indiferenciado. O presi<strong>de</strong>nte da marca, Paulo Pereira da Silva (na foto),<br />

revelou on<strong>de</strong> se inspirou para lançar o papel higiénico preto (foi num espectáculo do Cirque du Soleil)<br />

e explicou a estratégia que permitiu fazer pagar 7,51 euros por três rolos vendidos numa caixa cilíndrica<br />

metálica. Se<strong>de</strong>ada em Torres Novas, a Renova tem 650 trabalhadores, ven<strong>de</strong> em 57 países e factura<br />

mais <strong>de</strong> 130 milhões <strong>de</strong> euros por ano. ■<br />

Azzaro na<br />

La Redoute<br />

A oferta da La Redoute para a estação Outono/Inverno<br />

(o catálogo acaba <strong>de</strong> ser lançado) conta<br />

com criações da marca Azzaro. A colecção <strong>de</strong><br />

pronto-a-vestir inclui vestidos, um fato <strong>de</strong> três<br />

peças, camisolas com renda e ainda um vestido<br />

para menina, entre outras peças. Foi <strong>de</strong>senhada<br />

por Vanessa Seward, directora artística da marca<br />

francesa. Há décadas que os catálogo da La Redoute<br />

contam com um convidado da estação (Jean-<br />

Paul Gaultier, Yves Saint-Laurent e Paco Rabanne<br />

foram alguns <strong>de</strong>les), cujo objectivo é apresentar<br />

uma linha que se inscreva na filosofia da marca:<br />

“selectiva mas não elitista, e diferenciadora em termos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, estilo e matérias”. A La Redoute<br />

está presente em Portugal há 20 anos (a se<strong>de</strong> é<br />

<strong>Leiria</strong>), ocupando uma “sólida posição <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

mercado na venda à distância”, informa a empresa<br />

em nota à imprensa. ■<br />

Coca-Cola com<br />

garrafas exclusivas<br />

O estilista Karl Lagerfeld foi o último convidado<br />

da Coca-Cola para a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar garrafas<br />

exclusivas para a versão light da bebida. Lagerfeld<br />

concebeu uma garrafa <strong>de</strong> alumínio branca, com a sua silhueta a preto e a<br />

sua assinatura (na foto), revela a revista Sábado. A sua obra junta-se às garrafas<br />

já antes <strong>de</strong>senhadas por outros estilistas <strong>de</strong> sucesso: Patricia Field criou uma<br />

garrafa Betty Feia e outra alusiva ao Sexo e a Cida<strong>de</strong>, séries das quais é responsável<br />

<strong>de</strong> guarda-roupa. Também Roberto Cavalli e Manolo Blahnik já conceberam<br />

garrafas para a Coca-Cola. ■<br />

DR<br />

DR<br />

MoMA<br />

ven<strong>de</strong><br />

produtos<br />

portugueses<br />

As lojas do Museu <strong>de</strong> Arte<br />

Mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> Nova Iorque (MoMA)<br />

vão passar a ven<strong>de</strong>r produtos<br />

portugueses. A iniciativa surge<br />

na sequência do sucesso da mostra<br />

Destination: Portugal, patente<br />

naquele espaço durante mais<br />

<strong>de</strong> dois meses e que expôs cerca<br />

<strong>de</strong> 100 peças <strong>de</strong> <strong>de</strong>signers<br />

portugueses, que <strong>de</strong>ram nova<br />

vida a materiais tradicionais ou<br />

revisitaram as artes e ofícios <strong>de</strong><br />

gerações passadas. Os produtos<br />

que integraram a mostra surpreen<strong>de</strong>ram<br />

os visitantes, como<br />

foi o caso da cortiça usada no<br />

fabrico <strong>de</strong> malas ou guardachuvas.<br />

“A colecção tinha gran<strong>de</strong><br />

impacto visual, incluindo<br />

materiais e métodos <strong>de</strong> produção<br />

interessantes, estava a bom<br />

preço e mostrou-se popular entre<br />

todo o nosso público, incluindo<br />

clientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, visitantes<br />

do MoMA e comunicação social”,<br />

explicou à Lusa a responsável<br />

<strong>de</strong> merchandising da MoMA<br />

Design Store, Lauren Solotoff.<br />

Por isso, no catálogo <strong>de</strong> Outono<br />

do MoMA serão incluídos<br />

nove produtos portugueses, como<br />

o banco Handle Stool, do <strong>de</strong>signer<br />

Fernando Brizio para a Tema-<br />

Home, um pilão <strong>de</strong> barro para<br />

ervas, além do Whistler, talheres<br />

Goa e peças Bordalo Pinheiro.<br />

“Nunca num evento <strong>de</strong>ste<br />

tipo – já foram realizados sete<br />

- aconteceu o sucesso <strong>de</strong> Portugal.<br />

Antes da acção <strong>de</strong> promoção<br />

não havia nenhum produto<br />

português. Agora vão ficar<br />

mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z produtos no portfolio<br />

permanente e cinco terão<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na revista da<br />

rentrée, que chegará a 2.500<br />

milhões <strong>de</strong> assinantes das activida<strong>de</strong>s<br />

do MoMA”, revelou o<br />

<strong>de</strong>legado do AICEP na América<br />

do Norte, Rui Boavista Marques.■<br />

Apple é a marca<br />

mais valiosa<br />

Segundo a Forbes, a Apple tem a marca mais<br />

valiosa do mundo. A lista, feita pela revista, tem a<br />

empresa <strong>de</strong> tecnologia no top das marcas <strong>de</strong>vido<br />

ao seu valor <strong>de</strong> mercado, avaliado em cerca <strong>de</strong> 43,93<br />

mil milhões <strong>de</strong> euros, revela a Briefing. A Microsoft<br />

está na segunda posição, com sua marca avaliada<br />

em 43,30 mil milhões <strong>de</strong> euros. Em terceiro<br />

lugar surge a Coca-Cola, com o valor <strong>de</strong> marca em<br />

42,4 mil milhões <strong>de</strong> euros. Ao todo foram listadas<br />

50 empresas no ranking, que teve 30% <strong>de</strong> participação<br />

das empresas <strong>de</strong> tecnologia. Das cinco marcas<br />

mais valiosas, apenas a Coca-Cola não é <strong>de</strong>sse<br />

sector. A IBM, cuja marca vale 32,9 mil milhões, e<br />

a Google (30,3 mil milhões) completam a quarta e<br />

a quinta colocação, respectivamente. As outras posições<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque ficaram com a McDonald´s (27,4<br />

mil milhões <strong>de</strong> euros), a General Electric (25,7 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros), a Marlboro (22,2 mil milhões <strong>de</strong><br />

euros), a Intel (21,8 milhões <strong>de</strong> euros) e a Nokia<br />

(20,9 milhões <strong>de</strong> euros). ■


Estratégia visa resolver passivo <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> euros<br />

A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal<br />

faz parceria com Vidigal Wines<br />

Para vencer as dificulda<strong>de</strong>s<br />

financeiras em que se encontra,<br />

a A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal<br />

(ACP) está a ultimar uma parceria<br />

com a Vidigal Wines, caves<br />

<strong>de</strong> Cortes, em <strong>Leiria</strong>.<br />

De acordo com o presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> direcção da ACP, Rui Benzinho<br />

Santos, a instituição tem<br />

vindo a <strong>de</strong>parar-se com dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> vendas e <strong>de</strong> tesouraria,<br />

que se traduzem actualmente<br />

num passivo <strong>de</strong> um milhão e 100<br />

mil euros.<br />

Estes problemas, explica,<br />

<strong>de</strong>vem-se ao facto <strong>de</strong>sta a<strong>de</strong>ga<br />

ter sido um projecto “sobredimensionado”,<br />

um investimento<br />

“exagerado”, on<strong>de</strong> foram assumidas<br />

“responsabilida<strong>de</strong>s muito<br />

acima das possibilida<strong>de</strong>s”. A<br />

A Associação Empresarial da<br />

Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> promove no dia<br />

3 <strong>de</strong> Setembro, pelas 17:30 horas,<br />

uma sessão <strong>de</strong> divulgação sobre<br />

o Sistema <strong>de</strong> Incentivos à Qualificação<br />

e Internacionalização<br />

<strong>de</strong> PME-Diversificação e Eficiência<br />

Energética, do Quadro <strong>de</strong><br />

Referência Estratégico Nacional,<br />

cujo prazo <strong>de</strong> candidatura <strong>de</strong>corre<br />

até 15 <strong>de</strong> Outubro.<br />

O objectivo é esclarecer os<br />

empresários sobre este incentivo<br />

e apoiá-los em eventuais candidaturas.<br />

Para tal, a Nerlei conta<br />

com o apoio <strong>de</strong> várias empresas<br />

e entida<strong>de</strong>s especializadas, como<br />

a Agência para a Energia, a Agência<br />

Regional <strong>de</strong> Energia da Alta<br />

Estremadura, a Ecochoice (que<br />

faz as auditorias energéticas exigidas<br />

em candidatura) e a Macolis,<br />

empresa “com vasta experiência<br />

na comercialização e<br />

instalação dos equipamentos elegíveis”.<br />

este facto somou-se “a crise que<br />

o País e o sector atravessam”.<br />

Para solucionar o problema,<br />

a ACP e a Vidigal Wines teceram<br />

uma parceria, que está “praticamente<br />

concluída”. A Vidigal<br />

Wines vai explorar cinco vindimas<br />

e a a<strong>de</strong>ga ce<strong>de</strong> instalações<br />

para vinificação e engarrafamento,<br />

mantendo marcas e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

Desta forma, esclarece<br />

Rui Benzinho Santos, “a a<strong>de</strong>ga<br />

garante o know-how, a exigência<br />

e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma empresa<br />

<strong>de</strong> referência no mundo dos<br />

vinhos”. Garante ainda “a continuida<strong>de</strong><br />

da vitivinicultura na<br />

região” e, “pela primeira vez, os<br />

sócios receberão o pagamento<br />

das suas uvas no dia da entrega”.<br />

Por outro lado, nota, “a Vidi-<br />

Sessão <strong>de</strong> esclarecimento em <strong>Leiria</strong><br />

Segundo explica a associação<br />

no seu site, este aviso <strong>de</strong> candidatura<br />

enquadra-se na Estratégia<br />

Nacional para a Energia<br />

2020 que, sob a <strong>de</strong>nominação<br />

Novas Energias e a marca<br />

Re.New.Able, prevê um conjunto<br />

<strong>de</strong> eixos estratégicos nos quais<br />

se inclui a eficiência energética.<br />

gal Wines ganha a produção <strong>de</strong><br />

excelentes vinhos brancos e rosés,<br />

que juntará aos seus outros vinhos<br />

<strong>de</strong> muita qualida<strong>de</strong>”, assim como<br />

a “canais <strong>de</strong> escoamento fantásticos<br />

construídos ao longo<br />

dos anos”.<br />

Para o director da Vidigal<br />

Wines, António Lopes, trata-se<br />

<strong>de</strong> alargar a estratégia <strong>de</strong> parcerias<br />

que a instituição já começou<br />

no Douro e na região <strong>de</strong> Lisboa,<br />

e uma forma <strong>de</strong> obter “massa<br />

crítica <strong>de</strong> vinhos brancos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”<br />

<strong>de</strong> Pombal.<br />

PROJECTO DE<br />

URBANIZAÇÃO NO<br />

TERRENO DA ADEGA<br />

Paralelamente, a cooperativa<br />

tem mantido reuniões com o<br />

Po<strong>de</strong>m ser apoiados projectos<br />

que incluam investimentos<br />

na instalação <strong>de</strong> sistemas solares<br />

térmicos para aquecimento<br />

<strong>de</strong> águas sanitárias ou climatização,<br />

bem como investimentos<br />

relacionados com a envolvente<br />

passiva (instalação <strong>de</strong> isolamentos<br />

térmicos ou a correcção <strong>de</strong><br />

| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />

município <strong>de</strong> Pombal com vista<br />

à obtenção <strong>de</strong> licenciamento<br />

para urbanização <strong>de</strong> 4.678 metros<br />

quadrados <strong>de</strong> implantação no<br />

terreno da a<strong>de</strong>ga, correspon<strong>de</strong>nte<br />

a uma área bruta <strong>de</strong> construção<br />

<strong>de</strong> 9356 metros quadrados.<br />

Rui Benzinho Santos afirma<br />

que este projecto já se encontra<br />

em fase <strong>de</strong> conclusão, e que a<br />

a<strong>de</strong>ga e a autarquia estão a estudar,<br />

em conjunto, a melhor aplicação<br />

para o mesmo. “A nossa<br />

localização é óptima e queremos<br />

maximizar, respeitando e contribuindo<br />

para o um urbanismo<br />

equilibrado”, nota o presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> direcção, para quem este plano<br />

será “uma gran<strong>de</strong> ajuda” para<br />

diminuir o passivo da a<strong>de</strong>ga. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

Nerlei divulga apoios para eficiência energética<br />

O Ministério da Agricultura e<br />

Pescas acaba <strong>de</strong> alterar o regulamento<br />

da pesca por arte <strong>de</strong> emalhar,<br />

uma medida que vem beneficiar<br />

alguns pescadores da região<br />

que, nos últimos anos, eram forçados<br />

a trabalhar fora da lei. A<br />

Portaria nº 594/2010, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />

Julho, alarga até à Capitania da<br />

Nazaré, inclusive, a área em que<br />

a chamada pesca da arte <strong>de</strong> majoeira<br />

po<strong>de</strong> ser praticada, enquanto<br />

até aqui apenas era permitida até<br />

à zona do Pedrogão (<strong>Leiria</strong>).<br />

RICARDO GRAÇA<br />

A partir <strong>de</strong> agora, os pescadores<br />

da Nazaré, São Martinho do<br />

Porto, São Pedro <strong>de</strong> Moel e Pare<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Vitória passam a po<strong>de</strong>r exercer<br />

a sua activida<strong>de</strong> legalmente,<br />

po<strong>de</strong>ndo solicitar as respectivas<br />

licenças, e “sem estarem preocupados<br />

pela presença das autorida<strong>de</strong>s<br />

marítimas”, salienta o vereador<br />

das Pescas da Câmara da Nazaré,<br />

António Trinda<strong>de</strong>, que fala <strong>de</strong> “uma<br />

boa notícia para o sector”, embora<br />

lamente que no concelho as<br />

artes abrangidas por esta portaria<br />

“não tenham expressão”.<br />

O autarca reconhece que “havia<br />

pescadores que colocavam majoeiras”,<br />

contornando a lei, para garantir<br />

a subsistência. E esse foi, aliás,<br />

um dos argumentos utilizados pelo<br />

Governo para alterar a legislação,<br />

dado que “as situações sociais que<br />

se pretendia acautelar, relacionadas<br />

com a presença <strong>de</strong> pescadores<br />

reformados <strong>de</strong> baixos rendimentos<br />

nessas comunida<strong>de</strong>s locais,<br />

que exerciam este tipo <strong>de</strong> pesca<br />

como complemento ao seu rendi-<br />

factores solares em vãos envidraçados).<br />

Para concorrer ao apoio, as<br />

empresas <strong>de</strong>vem comprovar o<br />

seu estatuto <strong>de</strong> PME, efectuar<br />

uma auditoria para levantamento<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s energéticas, um<br />

plano <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong>talhado<br />

e uma certificação final<br />

aos edifícios objecto das medidas<br />

<strong>de</strong> melhoria, que ateste o<br />

nível <strong>de</strong> eficiência atingido com<br />

o investimento.<br />

Com um limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa elegível<br />

entre 10 mil e 500 mil euros,<br />

os projectos candidatos <strong>de</strong>vem<br />

ter em vista a promoção da competitivida<strong>de</strong><br />

da empresa, através<br />

do aumento da produtivida<strong>de</strong>,<br />

da flexibilida<strong>de</strong> e da capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resposta e presença activa no<br />

mercado global, por via da utilização<br />

do factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

eficiência energética, frisa<br />

a associação. ■<br />

Activida<strong>de</strong> dos pescadores regularizada<br />

Pesca por arte <strong>de</strong> emalhar com novo regulamento<br />

mento, não ficaram efectivamente<br />

garantidas” na lei anterior.<br />

Apesar <strong>de</strong> “legalizar” a arte <strong>de</strong><br />

emalhar, o Ministério alerta que,<br />

“tendo em vista o aumento do<br />

número <strong>de</strong> licenças a conce<strong>de</strong>r,<br />

<strong>de</strong>ve ser reduzido, em contrapartida,<br />

o número individual <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

que cada pescador esteja autorizado<br />

a utilizar”. O uso das re<strong>de</strong>s<br />

apenas é permitido entre 1 <strong>de</strong> Outubro<br />

e 30 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> cada ano, com<br />

excepção dos sábados, domingos<br />

e feriados. ■ Joaquim Paulo<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 25<br />

| Em Carteira |<br />

Por Márcio Lopes<br />

A primeira semana bolsista <strong>de</strong><br />

Agosto apresentou-se fraca na<br />

Europa e nos EUA. Em Portugal,<br />

nas sessões <strong>de</strong> 2 a 6/8, o<br />

PSI20 <strong>de</strong>svalorizou 1,3%. Em<br />

Espanha, o IBEX35 per<strong>de</strong>u 184<br />

pontos. Nos EUA, o Dow Jones<br />

e o Nasdaq estiveram a <strong>de</strong>svalorizar<br />

cerca <strong>de</strong> 0,2%.<br />

Na praça portuguesa, a notícia<br />

da semana foi a constituição <strong>de</strong><br />

uma holding (BES África), apadrinhada<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte Lula,<br />

entre o BES, o Bra<strong>de</strong>sco e o Banco<br />

do Brasil com o objectivo <strong>de</strong><br />

expansão no mercado africano.<br />

Trata-se da concretização da<br />

estratégia <strong>de</strong> internacionalização<br />

do BES assente no triângulo<br />

geográfico Portugal, África e<br />

Brasil. Nas três primeiras sessões<br />

<strong>de</strong>sta semana, os títulos do<br />

BES subiram próximo <strong>de</strong> 1%.<br />

No âmbito dos três principais<br />

bancos portugueses, o BCP tem<br />

vindo a acumular as maiores<br />

perdas, com uma <strong>de</strong>svalorização<br />

<strong>de</strong> 1,5% <strong>de</strong> 2 a 10/8. No<br />

caso da PT, e no rescaldo do<br />

meganegócio com a Telefónica,<br />

as acções mantiveram uma<br />

tendência ligeira <strong>de</strong> subida (0,4%).<br />

Os títulos que ainda têm beneficiado<br />

da forte opinião do mercado<br />

no que diz respeito aos<br />

investimentos feitos na Polónia<br />

e pelos resultados alcançados<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010<br />

são o da Jerónimo Martins. O<br />

ticker JMT da empresa capitalizou<br />

4,2% nas últimas sete sessões.<br />

Títulos sólidos como a EDP<br />

<strong>de</strong>scapitalizaram cerca <strong>de</strong> 2%<br />

entre os dias 2 e 10/8, em contraponto<br />

com a Mota-Engil que<br />

valorizou 2,8%.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista macroeconómico,<br />

salienta-se o problema<br />

do financiamento externo da<br />

economia portuguesa. De acordo<br />

com os dados mais recentes<br />

do Banco <strong>de</strong> Portugal, pela primeira<br />

vez, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996, os estrangeiros<br />

recusaram-se a comprar<br />

obrigações do Estado. De Janeiro<br />

a Maio <strong>de</strong>ste ano o saldo entre<br />

a compra <strong>de</strong> obrigações e o resgate<br />

por parte dos estrangeiros<br />

ficou negativo em cinco mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros. Os dados revelam<br />

uma <strong>de</strong>sconfiança tensa por<br />

parte dos mercados, e que po<strong>de</strong><br />

produzir efeitos negativos nos<br />

mercados <strong>de</strong> capitais. ■<br />

PSI20 - VARIAÇÕES<br />

EMPRESA PREÇO (€) VARIAÇÃO%<br />

Altri 3,837 -1.03<br />

BCP 0,666 -1.33<br />

BPI 1,725 -0.86<br />

BES 3,665 -2.40<br />

Brisa 5,078 -0.99<br />

Cimpor 4,598 -1.12<br />

EDP Energias 2,502 -0.40<br />

EDP Renováveis 4,701 -0.25<br />

Galp Energia 12,18 -0.00<br />

Jerónimo Martins 8,843 -1.20<br />

Mota Engil 2,233 -1.72<br />

Portucel 2,215 +0.27<br />

PT Telecom 8,603 +0.27<br />

REN 2,642 +0.08<br />

Semapa 7,80 0.00<br />

Sonae Indústria 2,396 -0.13<br />

Sonae 0.821 -1.08<br />

Sonaecom 1,504 -0.92<br />

Teixeira Duarte 0,91 -1.0<br />

Zon Multimedia 3,277 -0.09<br />

Fonte: PSI20.net, em 11/8/2010


DR<br />

26 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

O grupo Tromba Rija, se<strong>de</strong>ado<br />

em <strong>Leiria</strong>, está a preparar a<br />

internacionalização e tem na mira<br />

os mercados chinês e brasileiro.<br />

| ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Investimento <strong>de</strong> 1.2 milhões <strong>de</strong> euros em turismo rural<br />

Porto <strong>de</strong> Mós ganha<br />

hotel <strong>de</strong> quatro estrelas<br />

Com um investimento total a<br />

rondar 1.2 milhões <strong>de</strong> euros, o Cooking<br />

& Nature, um hotel rural <strong>de</strong><br />

quatro estrelas que irá nascer em<br />

Alvados, Porto <strong>de</strong> Mós, <strong>de</strong>verá abrir<br />

portas no final <strong>de</strong> 2011. O empreendimento<br />

contará com o apoio do<br />

Fundo Europeu <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Regional (FEDER), tendo o<br />

contrato <strong>de</strong> financiamento sido<br />

assinado recentemente.<br />

Rui Anastácio, um dos sócios<br />

da empresa promotora (Letras e<br />

Borboletas Ecoturismo), explica que<br />

se trata <strong>de</strong> “uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> charme”<br />

com 12 quatros, apostada<br />

sobretudo na “diferenciação e na<br />

inovação”. O empresário <strong>de</strong>staca o<br />

“conceito <strong>de</strong> cooking”, que diz ser<br />

“único no País” e que permite aos<br />

hóspe<strong>de</strong>s confeccionar as suas próprias<br />

refeições, com a ajuda <strong>de</strong> um<br />

China e Brasil estão na mira do grupo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Restaurante Tromba Rija apostado na internacionalização<br />

Vigiar as florestas, limpar as<br />

cida<strong>de</strong>s ou apoiar pessoas com<br />

<strong>de</strong>ficiência são algumas das activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> voluntariado crescentemente<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelos<br />

jovens em tempo <strong>de</strong> férias. É<br />

uma tendência animadora. Mas,<br />

o voluntariado não é apenas um<br />

fenómeno sazonal, assumindo<br />

uma importância significativa<br />

em termos económicos, sociais<br />

e culturais.<br />

chefe e <strong>de</strong> um auxiliar <strong>de</strong> cozinha.<br />

O promotor adianta ainda que<br />

cada quarto terá uma temática<br />

associada a obras literárias, livros<br />

esses que estarão disponíveis na<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento em diferentes<br />

línguas. O hotel disponibilizará<br />

também uma pequena sauna<br />

e banhos árabes, com os<br />

hóspe<strong>de</strong>s a po<strong>de</strong>rem alternar entre<br />

três pequenas piscinas com diferentes<br />

temperaturas.<br />

A erguer em pleno Parque Natural<br />

das Serras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros<br />

(PNSAC), o Cooking & Nature<br />

distingue-se ainda pela sua preocupação<br />

ambiental, nomeadamente<br />

através da micro-produção <strong>de</strong> energia,<br />

do encaminhamento dos resíduos<br />

orgânicos para explorações<br />

agrícolas da al<strong>de</strong>ia ou do aproveitamento<br />

das águas das chuvas para<br />

De acordo com o co-proprietário,<br />

Fernando Real, o grupo está<br />

em negociações para abrir, em<br />

regime <strong>de</strong> franchinsing, um res-<br />

| Opinião|<br />

Promover o Voluntariado<br />

O estudo “Volunteering in the<br />

UE” <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010, encomendado<br />

pela Direcção-Geral da<br />

Educação e Cultura da CE, estima<br />

que 22 a 23% dos europeus<br />

estejam envolvidos em activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> voluntariado. O panorama<br />

diverge entre os Estados-<br />

Membros. Áustria, Holanda, Suécia<br />

e Reino Unido (mais <strong>de</strong> 40%) e<br />

Dinamarca, Finlândia e Alemanha<br />

(30 a 39%) estão entre os<br />

rega. Os promotores comprometem-se<br />

ainda a apoiar, com pelo<br />

menos 5% dos resultados líquidos<br />

do empreendimento, projectos <strong>de</strong><br />

conservação da natureza <strong>de</strong>senvolvidos<br />

por Organizações Não-<br />

Governamentais (ONG) na área do<br />

PNSAC.<br />

O novo hotel será construído<br />

próximo da Casa dos Matos, unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> turismo rural dos mesmos<br />

proprietários do Cooking &<br />

Nature. Rui Anastácio justifica a<br />

localização com a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aproveitar as sinergias geradas<br />

entre as duas unida<strong>de</strong>s e com “o<br />

empenho e gran<strong>de</strong> incentivo dado<br />

pela Câmara <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós” para<br />

que o investimento fosse feito no<br />

concelho. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

taurante Tromba Rija no Brasil<br />

e um restaurante Frango da Guia<br />

na China.<br />

Os primeiros passos no mercado<br />

externo acontecem quando<br />

o mercado nacional está “complicado”.<br />

Se “a crise não <strong>de</strong>ixa os<br />

empresários evoluir”, há que olhar<br />

para “locais on<strong>de</strong> existe po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra”, justifica Fernando<br />

Real.<br />

Em Portugal, encontram-se<br />

em funcionamento os restaurantes<br />

Tromba Rija nos Marrazes,<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fernando<br />

Real; em Lisboa, resultado <strong>de</strong><br />

uma parceria com outro investidor;<br />

e em Albufeira, em regime<br />

<strong>de</strong> franchising. O Tromba Rija<br />

<strong>de</strong> Gaia encerrou para dar lugar<br />

ao franchising <strong>de</strong> Matosinhos,<br />

que <strong>de</strong>verá iniciar a activida<strong>de</strong><br />

países que mais tempo <strong>de</strong>dicam<br />

ao trabalho voluntário, sendo que<br />

os últimos lugares do ranking<br />

são ocupados pela Bélgica, República<br />

Checa, Irlanda, Espanha,<br />

Portugal, Polónia, Roménia (10<br />

a 19%) e Grécia, Itália, Lituânia<br />

e Bulgária (menos <strong>de</strong> 10%).<br />

Os dados disponíveis para<br />

Portugal apontam para que cerca<br />

<strong>de</strong> 12% da população esteja<br />

envolvida em trabalho <strong>de</strong> voluntariado,<br />

contribuindo para 0,66%<br />

do PIB (2002). A trajectória histórica<br />

explica as estatísticas. O<br />

fraco peso da socieda<strong>de</strong> civil e<br />

a inexistência <strong>de</strong> uma cultura<br />

cívica que privilegie os valores<br />

<strong>de</strong> cidadania, participação pública<br />

e responsabilida<strong>de</strong> social,<br />

uma herança do Estado Novo,<br />

DR<br />

Rui Anastácio (promotor) assinou recentemente o contrato <strong>de</strong> apoio<br />

no final <strong>de</strong> Setembro, empregando<br />

“pelo menos 12 colaboradores”.<br />

O empresário encontra-se também<br />

“em negociações” para inau-<br />

situam-se entre os principais<br />

factores que justificam a fraca<br />

apetência para as activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> voluntariado. Acresce a percepção<br />

negativa associada à tradicional<br />

i<strong>de</strong>ntificação do voluntariado<br />

com a carida<strong>de</strong>, a<br />

gratidão, o sacrifício e a religião.<br />

No entanto, a tendência é <strong>de</strong><br />

crescimento. Por um lado, as<br />

motivações dos voluntários já<br />

não estão meramente associadas<br />

ao espírito <strong>de</strong> altruísmo, ao<br />

sentimento <strong>de</strong> pertença ou ao<br />

reconhecimento pessoal, incluindo<br />

oportunida<strong>de</strong>s para aprendizagem<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal e profissional. Por outro,<br />

o trabalho voluntário <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />

se circunscrever à cooperação<br />

gurar restaurantes franchisados<br />

Tromba Rija em Aveiro e Braga.<br />

Em todos os locais a tónica recai<br />

sobre a gastronomia portuguesa.<br />

■<br />

Frango da Guia encerra no Porto<br />

O restaurante franchisado Frango da Guia, marca <strong>de</strong>tida pelo Grupo<br />

Tromba Rija, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> funcionar na Galeria Comercial Campus <strong>de</strong> S.<br />

João, no Porto. Segundo uma das ex-funcionárias daquele espaço, Fernando<br />

Real tinha vários pagamentos <strong>de</strong> rendas em atraso, pelo que a<br />

administração da Galeria Comercial não quis renovar o contrato com o<br />

restaurante. A antiga colaboradora afirma que o contrato entre o centro<br />

comercial e o restaurante terminou dia 31 <strong>de</strong> Março, mas, até à data,<br />

nenhum dos 11 trabalhadores foi in<strong>de</strong>mnizado. Fernando Real confirma<br />

que esses direitos ainda não foram pagos, mas frisa que o restaurante só<br />

não teve continuida<strong>de</strong> porque a administração da galeria não quis. Nota<br />

ainda que todos os funcionários saíram com vencimentos em dia e carta<br />

para apresentar no centro <strong>de</strong> emprego. ■<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento, à acção<br />

social, à saú<strong>de</strong> ou à educação,<br />

mas esten<strong>de</strong>-se a áreas como a<br />

ciência, a cultura, o <strong>de</strong>sporto,<br />

o ambiente ou o património.<br />

Neste contexto, e por forma<br />

a aumentar o reconhecimento<br />

das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntariado,<br />

a UE vem <strong>de</strong>signar 2011<br />

como o Ano Europeu do Voluntariado.<br />

Apelando a uma articulação<br />

entre as instituições<br />

europeias, os Estados, as organizações<br />

<strong>de</strong> voluntariado, as<br />

empresas, os voluntários e a<br />

socieda<strong>de</strong>. Todos po<strong>de</strong>mos contribuir.<br />

■<br />

Catarina Selada,<br />

economista


RICARDO GRAÇA<br />

Associação <strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação acusa<br />

Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que a<br />

especulação tem contribuído<br />

mais para o aumento do preço<br />

do pão do que o recente embargo<br />

<strong>de</strong> cereais <strong>de</strong>cretado pelo<br />

governo russo, o presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação do Comércio e da<br />

Indústria <strong>de</strong> Panificação e Pastelaria<br />

(ACIP), Carlos Alberto<br />

Santos, admitiu ao JORNAL DE<br />

LEIRIA que os aumentos da<br />

matéria-<strong>prima</strong> já são uma realida<strong>de</strong>,<br />

e que a farinha po<strong>de</strong>rá<br />

mesmo encarecer cerca <strong>de</strong> 50%<br />

até ao final do mês.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da ACIP não<br />

sabe ao certo que efeito terá o<br />

aumento do preço da farinha<br />

na carteira do consumidor final,<br />

já que a actualização <strong>de</strong> preços<br />

do pão “<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada empresa”.<br />

O facto é que a matéria<strong>prima</strong><br />

já aumentou 30% nas<br />

últimas duas semanas e po<strong>de</strong><br />

encarecer mais 20% ainda este<br />

mês.<br />

Para “corrigir” o mercado, o<br />

Governo <strong>de</strong>veria interce<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

forma a possibilitar mais importações<br />

<strong>de</strong> cereais a partir <strong>de</strong> países<br />

como Estados Unidos ou Canadá,<br />

sugere o presi<strong>de</strong>nte da<br />

associação.<br />

O valor médio do pão ronda<br />

actualmente os 12 e os 17 cêntimos<br />

(40 a 45 gramas) e, no iní-<br />

cio <strong>de</strong>ste mês, o trigo atingiu o<br />

valor mais alto em 23 meses,<br />

quando a Rússia, o terceiro maior<br />

produtor do mundo, <strong>de</strong>cretou a<br />

proibição das exportações <strong>de</strong>pois<br />

da pior seca do país nos últimos<br />

50 anos.<br />

A situação, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Carlos<br />

Alberto Santos, está a ser “aproveitada<br />

por alguns empresários”.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da ACIP, há<br />

gran<strong>de</strong>s superfícies que dizem<br />

não aumentar o preço do pão,<br />

mas que optam por reduzir o seu<br />

peso. “A situação não é ética, mas<br />

é legal”, lamenta o responsável,<br />

para quem o Governo <strong>de</strong>veria<br />

regular melhor o sector.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />

Gran<strong>de</strong>s superfícies mantêm<br />

preço mas cortam no peso no pão<br />

Trabalhadores dos CTT contestam alteração <strong>de</strong> horários<br />

Greve <strong>de</strong> carteiros<br />

em Caldas da Rainha e Óbidos<br />

Os trabalhadores dos CTT<br />

dos concelhos <strong>de</strong> Caldas da<br />

Rainha e <strong>de</strong> Óbidos farão greve<br />

parcial até dia 20, em protesto<br />

contra as alterações nos<br />

horários que os gestores dos<br />

Correios querem aplicar.<br />

Em comunicado, o Sindicato<br />

Nacional dos Trabalhadores<br />

dos Correios e Telecomunicações<br />

(SNTCT)<br />

informa que, com as mudanças<br />

que os gestores dos CTT<br />

querem fazer nos horários,<br />

os carteiros <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> começar<br />

o serviço às 6:30 horas,<br />

passando a entrar mais tar<strong>de</strong>,<br />

alguns às 10 horas. Assim,<br />

acreditam, só começarão a<br />

distribuição do correio cerca<br />

das 11:30 ou 12 horas e<br />

só chegarão às lojas pela hora<br />

do almoço, quando estas já<br />

se encontram encerradas.<br />

Esta alteração <strong>de</strong> horários<br />

também significa uma redução<br />

<strong>de</strong> 720 euros por ano no<br />

vencimento <strong>de</strong> cada funcionário,<br />

subsídio que lhes é<br />

atribuído por iniciarem a activida<strong>de</strong><br />

durante a madrugada,<br />

explica Dina Serrenho,<br />

dirigente nacional do SNTCT.<br />

Dina Serrenho sublinha<br />

que as tentativas <strong>de</strong> alterações<br />

<strong>de</strong> horários têm suscitado<br />

protestos dos colaboradores<br />

a nível nacional. No<br />

caso <strong>de</strong> Caldas da Rainha e<br />

Óbidos, os protestos começaram<br />

dia 5, com greves gerais<br />

nos dias 6 e 9, e greves parciais<br />

que têm <strong>de</strong>corrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

terça-feira, dia 10, e se<br />

prolongarão até dia 20 <strong>de</strong>ste<br />

mês.<br />

As alterações irão afectar<br />

53 trabalhadores dos CTT dos<br />

dois concelhos, assim como<br />

as empresas e particulares <strong>de</strong><br />

todas as freguesias, sublinha<br />

a sindicalista.<br />

PARTICIPAÇÃO<br />

À ACT<br />

Na passada segunda-feira,<br />

os carteiros do centro <strong>de</strong><br />

Distribuição Postal <strong>de</strong> Caldas<br />

da Rainha e Óbidos efectuaram<br />

uma participação à<br />

Autorida<strong>de</strong> Para as Condições<br />

do Trabalho (ACT), acusando<br />

os CTT <strong>de</strong> violação da<br />

lei da greve, acrescenta o<br />

SNTCT na Agência Lusa.<br />

Durante o fim-<strong>de</strong>-semana,<br />

terão trabalhado pessoas, com<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos correios,<br />

encarregadas <strong>de</strong> distribuir<br />

correspondência que se encontrava<br />

acumulada. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

O sector<br />

em números<br />

✓ NOVE MIL<br />

Empresas <strong>de</strong> panificação e<br />

pastelaria<br />

✓ 2500<br />

Empresas similares, leia-se<br />

cafés<br />

✓ 95 MIL<br />

Trabalhadores directos do<br />

sector<br />

✓ CINCO MIL MILHÕES<br />

DE EUROS<br />

Receita gerada anualmente<br />

pelo sector<br />

Fonte: DN<br />

JERÓNIMO MARTINS<br />

VAI MANTER PREÇOS<br />

A Jerónimo Martins, dona dos<br />

supermercados Pingo Doce, Feira<br />

Nova e Recheio, garantiu à Lusa<br />

que não vai subir o preço do pão<br />

até ao final do ano. A porta-voz<br />

da Jerónimo Martins explicou que<br />

o grupo <strong>de</strong> retalho não vai sentir<br />

esses efeitos porque se abastece em<br />

gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s e “tem acordos<br />

<strong>de</strong> compra feitos até ao final<br />

do ano”. Já a Auchan, dona do<br />

Jumbo e do Pão <strong>de</strong> Açúcar, garantiu<br />

“preços baixos” sem esclarecer<br />

se vai ou não aumentar os preços<br />

do pão para os clientes. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

Dados do Barómetro Empresarial<br />

Insolvências<br />

aumentaram 10%<br />

em relação<br />

ao ano passado<br />

Os processos <strong>de</strong> insolvência iniciados no<br />

primeiro semestre <strong>de</strong> 2010 aumentaram<br />

10,1% em relação ao período homólogo. Os<br />

dados pertencem ao Barómetro Empresarial<br />

do primeiro semestre <strong>de</strong> 2010, realizado<br />

pela Informa D&B, citado pela Agência<br />

Lusa, que revela um aumento no número<br />

<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> 1.806 para 1.989. O Porto<br />

é o distrito on<strong>de</strong> foram iniciados mais processos<br />

<strong>de</strong> insolvência, com 516 das 1.989<br />

empresas, seguido pelos distritos <strong>de</strong> Lisboa,<br />

com 375 empresas, e <strong>de</strong> Braga com 300 processos.<br />

Quanto aos sectores, a indústria transformadora<br />

e a construção representam meta<strong>de</strong><br />

dos processos <strong>de</strong> insolvência iniciados<br />

nos primeiros seis meses <strong>de</strong> 2010. O mesmo<br />

barómetro indica que as constituições<br />

<strong>de</strong> empresas aumentaram 3,1% em relação<br />

ao mesmo período <strong>de</strong> 2009, tendo sido criadas<br />

16.892 socieda<strong>de</strong>s, uma tendência que<br />

se atenuou nos últimos três meses. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 27<br />

PUB


DR DR<br />

28 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | ECONOMIA | AUTOMÓVEL | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Fusão<br />

Volkswagen<br />

compra<br />

Ital<strong>de</strong>sign<br />

A alemã Volkswagen comprou<br />

a maior parte do capital social<br />

do famoso gabinete <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />

Ital<strong>de</strong>sign, O grupo empresarial<br />

<strong>de</strong>tém agora 90,1% da empresa,<br />

incluindo o nome da marca<br />

e as suas patentes. A Ital<strong>de</strong>sign<br />

foi fundada em 1968, em<br />

Turim, por Giorgetto Giugiaro<br />

e Aldo Mantovani, e foi dali<br />

que sairam os projectos para<br />

mo<strong>de</strong>los míticos como o primeiro<br />

Scirocco ou o Golf I. “No<br />

âmbito dos nossos projectos em<br />

curso e das tarefas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e <strong>de</strong>sign associados,<br />

preten<strong>de</strong>mos expandir a<br />

motivada e produtiva equipa<br />

da Ital<strong>de</strong>sign”, afirma Martin<br />

Winterkorn, presi<strong>de</strong>nte do grupo<br />

alemão, em comunicado.<br />

Malcheiroso,<br />

mas económico<br />

Carocha a<br />

excrementos<br />

No capítulo das mais originais<br />

soluções para a crise petrolífera,<br />

a GENeco, uma empresa britânica<br />

especializada em resíduos<br />

orgânicos, bate quase toda<br />

a concorrência em termos <strong>de</strong><br />

originalida<strong>de</strong>. Os engenheiros<br />

da firma converteram um Volkswagen<br />

Beetle para funcionar a<br />

gás metano produzido por excrementos<br />

humanos. O quase malcheiroso<br />

automóvel tem uma<br />

autonomia <strong>de</strong> 160 quilómetros,<br />

usando o equivalente a excrementos<br />

produzidos em 70 lares<br />

ao longo <strong>de</strong> um ano. A empresa<br />

anuncia uma velocida<strong>de</strong><br />

máxima <strong>de</strong> 180 km/h. O Beetle<br />

arranca com gasolina mas<br />

<strong>de</strong>pois muda, automaticamente,<br />

para metano, tal como num<br />

vulgar veículo a GPL, quando<br />

o motor já tiver aquecido.<br />

O custo do quilo <strong>de</strong> excremento<br />

por quilómetro é... naturalmente,<br />

zero. ■<br />

Marca aposta nos utilitários premium<br />

A1: concentrado <strong>de</strong> Audi<br />

A Audi, marca comercializada<br />

na região pela Lubriflores, prepara-se<br />

para libertar no mercado<br />

nacional um utilitário premium.<br />

Trata-se do Audi A1, mo<strong>de</strong>lo com<br />

o qual a marca alemã preten<strong>de</strong><br />

regressar ao segmento dos “minis”<br />

<strong>de</strong> luxo, <strong>de</strong>pois da experiência<br />

com o A2.<br />

Verda<strong>de</strong>iro “concentrado” <strong>de</strong><br />

Audi, o visual da marca dos quatro<br />

anéis está lá todo, assim como<br />

a normal estética do interior e<br />

qualida<strong>de</strong> dos materiais. O mo<strong>de</strong>lo<br />

direcciona-se para o mesmo<br />

espaço <strong>de</strong> mercado criado pelo<br />

Mini, da rival BMW, pelo que, a<br />

“luta” entre os dois mo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong><br />

revelar-se interessante.<br />

O Audi 1 é o mais barato <strong>de</strong><br />

todos, com preço <strong>de</strong> entrada na<br />

gama que <strong>de</strong>verá situar-se à volta<br />

dos 19 mil euros, tendo na<br />

gama-base uma motorização 1.2<br />

TFSI, um motor a gasolina <strong>de</strong><br />

reduzidas dimensões com sobrealimentação<br />

por turbocompressor,<br />

o que lhe permite <strong>de</strong>bitar 86<br />

cv. Segue-se um 1.4 TFSI, tam-<br />

DR<br />

bém turbo, com 122 cv que, opcionalmente,<br />

po<strong>de</strong> ser dotado <strong>de</strong> uma<br />

caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s DSG, <strong>de</strong><br />

dupla embraiagem. No capítulo<br />

do diesel, o A1 tem como base<br />

da oferta o quatro cilindros 1.6<br />

TDI, com 90 cv, havendo ainda<br />

uma versão <strong>de</strong> 105 cv.<br />

Grupo <strong>de</strong> entusiastas percorre cinco mil quilómetros<br />

De <strong>Leiria</strong> à Áustria em Smart<br />

Um grupo <strong>de</strong> portugueses entusiastas<br />

dos automóveis Smart vai<br />

fazer uma viagem entre Portugal<br />

e Áustria, no mo<strong>de</strong>lo citadino da<br />

Merce<strong>de</strong>s-Bens. O objectivo, revela<br />

a organização é <strong>de</strong>monstrar a<br />

sua paixão pelo pequeno automóvel<br />

que revolucionou a mobilida<strong>de</strong><br />

nas cida<strong>de</strong>s e assistirem ao<br />

maior evento mundial da marca,<br />

Smart times 2010.<br />

Tudo começou com uma i<strong>de</strong>ia<br />

entre amigos, e, a pouco e pouco<br />

o projecto foi tomando forma. A<br />

partida está marcada para domingo,<br />

às 16 horas, em <strong>Leiria</strong>.<br />

Pela frente, terão mais <strong>de</strong> cinco<br />

mil quilómetros, entre ida e volta,<br />

para assistir ao 10.º aniversário<br />

DR<br />

DR<br />

da maior concentração mundial<br />

da alemã.<br />

A viagem até Zell am See/Kaprun,<br />

na Áustria, conta com paragens<br />

programadas na fábrica Smart, em<br />

Hambach e no Museu da Merce<strong>de</strong>s-Benz,<br />

em Estugarda.<br />

O Smart times reúne partici-<br />

Na Primavera <strong>de</strong> 2011<br />

Chevy Camaro chega a Portugal<br />

A marca norte-americana Chevrolet,<br />

comercializada na região<br />

pela Rentocasião do Grupo Lizauto,<br />

vai começar a ven<strong>de</strong>r o seu<br />

mo<strong>de</strong>lo mais mítico em Portugal.<br />

Falamos do Camaro, estrela <strong>de</strong> filmes<br />

– como o Transformers - e<br />

um dos mais famosos <strong>de</strong>sportivos<br />

do Mundo. Os primeiros <strong>de</strong>vem<br />

chegar na próxima Primavera,<br />

mesmo a tempo <strong>de</strong> tomar parte<br />

em aventuras estivais. A nova<br />

geração Camaro – o veículo foi<br />

originalmente introduzido no mercado<br />

nos anos 70/80 do século XX<br />

- foi lançada na América do Nor-<br />

As primeiras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem<br />

entrar no mercado no início <strong>de</strong><br />

Setembro, a tempo da rentrée. ■<br />

pantes <strong>de</strong> todos os países europeus<br />

no antigo aeródromo <strong>de</strong> Zell am<br />

See/Kaprun, durante três dias <strong>de</strong><br />

intensas activida<strong>de</strong>s ligadas ao mítico<br />

mo<strong>de</strong>lo, mas não só. Festas, concursos,<br />

acrobacias, <strong>de</strong>monstrações<br />

<strong>de</strong> veículos e <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

culminando com um Smart convoy,<br />

um comboio <strong>de</strong> smart que<br />

<strong>de</strong>tém o recor<strong>de</strong> do mais longo cortejo<br />

<strong>de</strong> automóveis do mundo registado<br />

no Guinness Book of Records.<br />

Os visitantes terão ainda a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> efectuar ensaios dinâmicos<br />

com onovo Smart fortwo<br />

electric drive, um veículo cuja<br />

comercialização em terras lusas<br />

começa em Outubro. ■<br />

te na Primavera <strong>de</strong> 2009, tendo<br />

sido vendidas mais <strong>de</strong> 60 mil unida<strong>de</strong>s.<br />

Na Europa, vai estar disponível<br />

nas variantes coupé e<br />

cabrio, com um motor V8 <strong>de</strong> 6.2<br />

litros e 426 cv <strong>de</strong> potência, capaz<br />

<strong>de</strong> gerar 569 Nm <strong>de</strong> binário. Equipado<br />

com transmissão automática<br />

<strong>de</strong> seis velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>bita 400<br />

cv/556 Nm e inclui o sistema <strong>de</strong><br />

Gestão Activa <strong>de</strong> Combustível<br />

(Active Fuel Management) da GM<br />

que permite velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro<br />

com apenas quatro cilindros<br />

a funcionar. Os preços ainda não<br />

foram anunciados. ■


O Sol está quase a pôr-se e, na<br />

estrada que liga Zambujeira do Mar<br />

à Herda<strong>de</strong> da Casa Branca, local<br />

on<strong>de</strong> se realiza o Festival Sudoeste,<br />

um casal pe<strong>de</strong> boleia. Tavares – apresenta-se<br />

sem nome próprio - e Tânia<br />

tentam regressar ao “festivalódromo”.<br />

Não querem per<strong>de</strong>r o último dia<br />

do SW’10. Para mais, a noite adivinha-se<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s actuações <strong>de</strong> bandas<br />

e artistas: os já muito conhecidos<br />

por cá Massive Attack e Air –<br />

cuja actuação foi das menos conseguidas,<br />

mas os festivais são mesmo<br />

assim -, The Waillers, David Guetta<br />

(pela primeira vez em Portugal e<br />

que encerrou o festival actuando<br />

para 41 mil pessoas) e Beirut, estreantes<br />

no nosso País, mas já com uma<br />

legião <strong>de</strong> fãs admirável e que, infelizmente,<br />

actuaram no mais pequeno<br />

dos palcos do festival, curto para<br />

tanta gente, naquele que foi um dos<br />

melhores momentos do festival.<br />

Tavares, juventu<strong>de</strong> na guelra,<br />

veio <strong>de</strong> Viseu e <strong>de</strong>morou 13 horas a<br />

chegar à Costa Vincentina. “Viemos<br />

em grupo e não havia quem tivesse<br />

carta. Por isso, convidámos um<br />

velhote para vir. Ele aceitou e veio<br />

a conduzir à velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />

80km/h”, explica. No último dia, o<br />

samaritano condutor ainda não tinha<br />

ido ao recinto. “Ficou os dias todos<br />

a dormir na tenda. Toma muitos<br />

remédios”, lança Tavares numa explicação.<br />

O que lhe interessa é a animação.<br />

Festivaleiro puro, explica que<br />

também vai ao “mítico Avante” pelo<br />

convívio. Mais calada, Tânia é uma<br />

CURTAS . BEST OF . ADVOGADO DO DIABO . ENTREVISTA . OBRIGATÓRIO . AGENDA<br />

TRIBOS SOB SOL DO SUDOESTE<br />

Seis dias <strong>de</strong> negócio<br />

estreante e interessa-se mais pelo<br />

cartaz. “Vim pelas bandas.” E apressa-se<br />

a falar <strong>de</strong> M.I.A e Air, com a<br />

satisfação <strong>de</strong> quem faz algo pela<br />

primeira vez.<br />

Ao longe, os holofotes <strong>de</strong>ste<br />

“Woodstock luso” iluminam o lusco-fusco<br />

do céu com uma cor suja.<br />

Levantado pelos milhares <strong>de</strong> automóveis<br />

que procuram estacionamento,<br />

o pó, que pica nos olhos e<br />

arranha a garganta, pinta o ar e<br />

ganha laivos <strong>de</strong> ubiquida<strong>de</strong>.<br />

Portas a<strong>de</strong>ntro, as tribos <strong>de</strong> jovens<br />

divi<strong>de</strong>m-se pelos concertos e pelas<br />

filas para a cerveja, para o multibanco,<br />

para o WC, para a montanha<br />

russa... para tudo. Num <strong>de</strong>vir<br />

No Casino da Ursa, pizzaria no centro da Zambujeira do<br />

Mar, a confusão é total. Uma omnipresente fila marca o início<br />

da noite e a hora <strong>de</strong> jantar. O menu favorito são as pizzas,<br />

com o preço <strong>de</strong>vidamente inflacionado, como manda a tradição<br />

do Festival Sudoeste. “Em seis dias, fazemos quase tanto<br />

como no resto do ano”, confi<strong>de</strong>ncia Luís Carlos, o responsável<br />

por anunciar, no <strong>de</strong>grau da entrada, a plenos pulmões, aos<br />

clientes que as suas pizzas estão prontas. “Todos os anos, as<br />

ruas centrais são fechadas ao trânsito e o pessoal do festival<br />

po<strong>de</strong> andar à vonta<strong>de</strong> pela vila”, conta.<br />

incessante entre palcos, vão assistindo<br />

aos concertos há tanto ansiados<br />

e que são, afinal, também uma<br />

<strong>de</strong>sculpa para novas experiências,<br />

longe <strong>de</strong> casa. São dias felizes e <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> para os mais novos. Quase<br />

como se fosse um rito <strong>de</strong> passagem.<br />

Sangria, cerveja e quase tudo o<br />

que tenha uma percentagem alcoólica<br />

serve para refrescar e limpar o<br />

pó das gargantas que entoam todos<br />

os refrões – mesmo que não se conheça<br />

a letra ou a banda - e gritam pelos<br />

artistas, verda<strong>de</strong>iros semi-<strong>de</strong>uses<br />

mo<strong>de</strong>rnos.<br />

Com o passar das horas, dá-se<br />

a selecção natural. Afinal, os seis<br />

Trazidas pelo serviço <strong>de</strong> autocarros criado para os dias<br />

do SW, milhares <strong>de</strong> pessoas gastam no comércio local – pelo<br />

menos nos estabelecimentos que souberam preparar-se para<br />

os gostos <strong>de</strong> quem vem – e os restaurantes e lojas <strong>de</strong> recordações<br />

estão cheios. Os dois terminais <strong>de</strong> multibanco são<br />

reenchidos com dinheiro quatro a cinco vezes por dia e<br />

milhares <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> cerveja e outras bebidas são consumidas.<br />

O merchandising esgota-se.<br />

As oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio não faltam e, além dos tradicionais<br />

fazedores <strong>de</strong> rastas, ven<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> pulseiras, t-<br />

dias <strong>de</strong> festival têm o seu preço. Os<br />

mais fracos vão literalmente caindo<br />

no meio <strong>de</strong> garrafas e copos <strong>de</strong><br />

plástico e por aí ficam, vencidos por<br />

Morfeu. Os mais resistentes, mudam-<br />

-se para o concerto <strong>de</strong> nome sonante<br />

que se segue, para mais umas<br />

horas <strong>de</strong> dança e ritmo. A noite avança<br />

e é tempo <strong>de</strong> exteriorizar todas<br />

as emoções. O encerramento do festival<br />

aproxima-se e adivinha-se o<br />

fim dos namoros efémeros, tal como<br />

das amiza<strong>de</strong>s ali criadas. Começam<br />

as primeiras chora<strong>de</strong>iras colectivas<br />

e intensificam-se as trocas <strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> telemóvel. Imperturbáveis, os<br />

DJ continuam a animar as hostes<br />

até ao alvor.<br />

A segunda-feira <strong>de</strong> ressaca amanhece<br />

quente. Sufocante. As duas<br />

ou três horas dormidas à pressa, não<br />

chegam para retemperar forças, mas<br />

há que abandonar o Sudoeste e<br />

regressar a casa.<br />

Lentamente, uma serpente <strong>de</strong><br />

carros “pintados” <strong>de</strong> castanho abandona<br />

o Sudoeste vincentino com<br />

a a poeira alentejana a ser ostentada<br />

como se fossem pinturas <strong>de</strong><br />

guerra ou medalhas <strong>de</strong> mérito. “E<br />

vem-nos à memória uma frase batida”:<br />

ainda cá voltamos no próximo<br />

Verão?<br />

Jacinto Silva Duro<br />

no Festival Sudoeste<br />

shirts, didgeridoos e <strong>de</strong> camisas e calças dos An<strong>de</strong>s, até há<br />

quem ensaie uma venda ambulante <strong>de</strong> vinho. Quente, encorpado,<br />

carrascão... Origem Denominada: garrafão <strong>de</strong> quatro<br />

litros, em plástico.<br />

Há quem aproveite para “evangelizar” os jovens para a<br />

política. Voluntários do Bloco <strong>de</strong> Esquerda colocam jornais<br />

com as “últimas” do partido nos vidros dos carros que são<br />

bem vindos pelos jovens que, talvez por apenas se interessarem<br />

pela Política dos Três Érres, os usam para limpar a<br />

poeira alentejana dos vidros das viaturas.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

v i v e r . 2 9


DR<br />

v i v e r . 3 0<br />

Paulo Moreiras<br />

em residência<br />

na Ledig House<br />

O escritor <strong>de</strong> Pombal, Paulo<br />

Moreiras, vai participar numa residência<br />

internacional para escritores<br />

da Ledig House, em Nova Iorque,<br />

entre meados <strong>de</strong> Setembro e<br />

meados <strong>de</strong> Outubro. O convite partiu<br />

da Direcção-Geral do Livro e das<br />

Bibliotecas que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, proporciona<br />

duas estadias por ano,<br />

naquele retiro, a escritores portugueses<br />

que estejam a <strong>de</strong>senvolver<br />

trabalhos. A Ledig House é conhecida<br />

pelo intercâmbio e promoção<br />

<strong>de</strong> obras junto <strong>de</strong> editores, agentes,<br />

críticos literários e jornalistas.<br />

Aos 41 anos, Paulo Moreiras conta,<br />

entre várias outras obras, com<br />

dois romances publicados: A <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> D. Fuas Bragatela, editado em<br />

2002, e, em finais <strong>de</strong> 2009, Os dias<br />

<strong>de</strong> Saturno.<br />

curtas Leirienses premiados<br />

no Festival <strong>de</strong> Cinema<br />

<strong>de</strong> Avanca<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

DR<br />

DR<br />

DR<br />

Os investigadores Rui Matos e Sandra Santos foram distinguidos ex-aqueo<br />

com o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, pela sua comunicação apresentada<br />

na Conferência Internacional <strong>de</strong> Cinema, integrada no Festival <strong>de</strong> Cinema<br />

Avanca’10, evento organizado em parceria pelo Cine-Clube <strong>de</strong> Avanca e da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Estarreja. O encontro acolheu uma centena <strong>de</strong> investigadores e<br />

docentes universitários <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 países, e 141 comunicações.<br />

Rui Matos é doutorado em Motricida<strong>de</strong> Humana e integra o Centro <strong>de</strong> Investigação<br />

em Motricida<strong>de</strong> Humana do Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sendo subdirector<br />

da Escola Superior <strong>de</strong> Educação e Ciências Sociais do estabelecimento <strong>de</strong><br />

ensino. Sandra Santos é licenciada em História da Arte e mestre em Museologia.<br />

Desempenha funções na Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, em <strong>Leiria</strong>. O filme<br />

belga Altiplano, <strong>de</strong> Peter Brosens e Jessica Woodworth, foi o vencedor do Prémio<br />

<strong>de</strong> Melhor Longa-Metragem <strong>de</strong>ste 14.º festival Avanca.<br />

<strong>Leiria</strong> capital da música gótica<br />

O Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai ser palco do Entremuralhas - Festival Gótico,<br />

que contará com a presença <strong>de</strong> algumas das melhores bandas. É a<br />

primeira vez que Portugal recebe um festival gótico, que <strong>de</strong>correrá nos<br />

dias 27 e 28 <strong>de</strong> Agosto. Produzido pela Fa<strong>de</strong> in – Associação <strong>de</strong> Acção<br />

Cultural, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o festival preten<strong>de</strong> “<strong>de</strong>smistificar” algumas i<strong>de</strong>ias<br />

“erradas” sobre o “movimento gótico”, explicou Carlos Matos, produtor<br />

e relações públicas da Fa<strong>de</strong> in. “Este é um festival único, que vai<br />

projectar o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a cultura além-fronteiras”, adiantou o<br />

vereador da Cultura da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Gonçalo Lopes. O autarca<br />

elogiou ainda o público <strong>de</strong>ste festival, que “tem um gran<strong>de</strong> respeito<br />

pelo património e pelo ambiente”. O Entremuralhas conta com a participação<br />

<strong>de</strong> seis bandas <strong>de</strong> referência internacional, que vão actuar no<br />

Palco Alma e Palco Corpo, instalados no castelo. No primeiro dia estarão<br />

presentes os Ashra, Ataraxia e os Project Pitchfork. Estes<br />

últimos actuam pela primeira vez em Portugal. Em estreia absoluta no nosso país estarão também<br />

os Collection D'Arnell Andréa, que subirão ao palco no segundo dia. O festival<br />

recebe ainda os Uxu Kalhus, os Covenant, que apresentam o seu novo álbum, e<br />

Ordo Rosarius Equilibrio. A organização apresenta ainda conferências, projecção<br />

<strong>de</strong> filmes e exposições, bem como comércio alternativo.<br />

Alunos <strong>de</strong> dança<br />

e música procuram-se<br />

A Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Alcobaça e a Escola Secundária D. Inês<br />

<strong>de</strong> Castro abriram inscrições para Cursos Profissionais <strong>de</strong> Música e Dança.<br />

Esta iniciativa tem como objectivo angariar alunos para os cursos<br />

<strong>de</strong> Instrumentista <strong>de</strong> Sopro e <strong>de</strong> Percussão, Instrumentista <strong>de</strong> Cordas e <strong>de</strong><br />

Tecla e Intérprete <strong>de</strong> Dança Contemporânea, para o ano lectivo <strong>de</strong> 2010/2011.<br />

mais informações sobre as inscrições e cursos em www.aca<strong>de</strong>miamalcobaca.com.<br />

Museu Afonso Lopes<br />

Vieira enriquece espólio<br />

A Casa – Museu Afonso Lopes Vieira, em São Pedro <strong>de</strong> Moel,<br />

recebeu um conjunto <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> Afonso Lopes Vieira e publicações<br />

sobre o seu trabalho, vários postais enviados pelo<br />

poeta, uma reprodução do <strong>de</strong>senho a lápis <strong>de</strong> António Carneiro,<br />

com o seu retrato, e ainda fotografias inéditas da Casa<br />

<strong>de</strong> S. Pedro, datadas <strong>de</strong> finais do século XIX e inícios do século<br />

XX. O espólio foi doado pelo empresário Carlos Vieira à autarquia<br />

da Marinha Gran<strong>de</strong>, responsável pelo espaço. A par da doação, foi<br />

ainda inaugurada uma exposição documental, patente na antiga casa<br />

<strong>de</strong> Verão do poeta, em São Pedro <strong>de</strong> Moel.<br />

DR<br />

DR


RICARDO GRAÇA<br />

Fernando José Rodrigues<br />

Professor, escritor, actor…<br />

Melhor Restaurante: para além dos saborosíssimos<br />

restaurantes leirienses, que dispensam mais apresentação,<br />

vou salientar o simples mas <strong>de</strong>licioso “O Pote” em<br />

Pombal e, <strong>de</strong>pois, o magnífico Pedra Alta, em Leixões.<br />

Neste último quem quiser um festim <strong>de</strong> marisco, com<br />

qualida<strong>de</strong> e preço a<strong>de</strong>quado é só subir ao norte e cheirar<br />

a maresia<br />

Melhor Filme: as salas <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, infelizmente,<br />

passam todas quase as mesmas fitas, aqui não<br />

chegando filmes muito interessantes. Há uma certa sauda<strong>de</strong><br />

das quartas feiras do velhinho Teatro José Lúcio…<br />

O melhor filme dos últimos tempos tem, mais uma vez,<br />

a assinatura <strong>de</strong> Clint Eastwood: Gran Torino. Vou ver, <strong>de</strong><br />

certeza, O Escritor Fantasma, <strong>de</strong> Polanski.<br />

Melhor Livro: Diria Gestos Esquecidos, <strong>de</strong> um tal<br />

Fernando José Rodrigues. Também Chega <strong>de</strong> fado, <strong>de</strong><br />

Paulo Kellerman. Mas agora o que está na calha para<br />

ler, com autógrafo do autor, é Os anagramas <strong>de</strong> Varsóvia,<br />

<strong>de</strong> Richard Zimmler. Um escritor que nos conta sim-<br />

plesmente histórias e que nos <strong>de</strong>ixa sempre, no final, a<br />

matutar…<br />

Melhor Exposição: A exposição plástica <strong>de</strong> Sílvia<br />

Patrício, <strong>de</strong>dicada ao Crime do padre Amaro, <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong><br />

Queiroz. As pinturas e esculturas <strong>de</strong>ixam-nos sem fôlego<br />

e terminam com um esplendoroso último quadro,<br />

uma Amélia pensativa, reflectindo uma mudança artística<br />

e técnica, direi eu com olhos <strong>de</strong> leigo, no trabalho<br />

<strong>de</strong> Sílvia Patrício. A não per<strong>de</strong>r, ainda quando pu<strong>de</strong>r, a<br />

exposição <strong>de</strong> Joana Vasconcelos. Vi no CCB, confesso<br />

<strong>de</strong> pé atrás, e saí <strong>de</strong> lá rendido e à espera <strong>de</strong> mais.<br />

Melhor DVD: Shuttter Island, <strong>de</strong> Polanski… Tal como<br />

uma pintura, um Polanski é sempre um Polanski… e o<br />

mestre nunca esqueceu… Num outro registo, mais intimista,<br />

O solista, baseado numa história verídica…<br />

Melhor CD musical: Ando a re-ouvir os White Stripes…<br />

Electrizantes….<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

PUB<br />

v i v e r . 3 1


v i v e r . 3 2<br />

A participação cívica<br />

Está quase a completar um ano sobre o processo das eleições<br />

autárquicas as quais, neste espaço <strong>de</strong> território entre o<br />

Ribatejo e Estremadura, tiveram acesa disputa em torno <strong>de</strong><br />

candidaturas com as mais diferenciadas propostas.<br />

Foi agradável ver toda a dinâmica e mobilização <strong>de</strong> cidadãos<br />

em torno das diferentes candidaturas, os ânimos exaltados,<br />

o gran<strong>de</strong> empenhamento, formando equipas coesas e<br />

<strong>de</strong>senvolvendo as mais diversas acções para colher a simpatia<br />

dos eleitores.<br />

Este quadro <strong>de</strong> acção extravasa as cida<strong>de</strong>s e as zonas <strong>de</strong><br />

características mais urbanas e toca também as zonas rurais<br />

conferindo ao mo<strong>de</strong>sto cidadão um papel e um protagonismo<br />

inusitado.<br />

Este salutar exercício da <strong>de</strong>mocracia nos períodos eleitorais<br />

representa um corte com a normal participação em<br />

torno da causa pública, a qual normalmente está adormecida<br />

na maioria das pessoas, sendo nicho <strong>de</strong> intervenção quase<br />

exclusiva <strong>de</strong> alguns, poucos, actores convencionais.<br />

DR<br />

no ponto<br />

A necessida<strong>de</strong> dum aeródromo regional que faça<br />

<strong>de</strong> Fátima um <strong>de</strong>stino turístico <strong>de</strong> mais fácil acessibilida<strong>de</strong><br />

está na or<strong>de</strong>m do dia….pelo menos a julgar pela<br />

dinâmica <strong>de</strong> lobby. Esperemos que não fique por aí!<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

A participação é um processo fundamental da vida em<br />

<strong>de</strong>mocracia, que na actual socieda<strong>de</strong> se instituiu como <strong>de</strong><br />

especial relevância na construção dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e no vínculo da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Apesar <strong>de</strong>ste estatuto conquistado na maturação do exercício<br />

<strong>de</strong> cidadania observam-se gran<strong>de</strong>s transtornos na sua<br />

concretização e na sua eficácia, face a dois factores: a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> participação dos cidadãos e as características dos<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> participação instituídos.<br />

Para qualquer cidadão ‘ser participativo’ ele tem <strong>de</strong> estar<br />

informado e motivado para esse exercício e dominar essa<br />

necessária competência. Estes pressupostos só são garantidos<br />

se na sua base existir uma aposta na educação para a<br />

cidadania.<br />

A educação é o processo através do qual se garante o<br />

conhecimento, mas também a sensibilização e a mobilização<br />

para uma participação esclarecida.<br />

Não é suficiente termos cidadãos capacitados e motiva-<br />

em<br />

banho maria<br />

O potencial do Parque Natural das Serras <strong>de</strong> Aire<br />

e Can<strong>de</strong>eiros enquanto dinamizador do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

rural continua à espera que lhe alimentem a<br />

chama anunciada noutros tempos.<br />

DR<br />

ARQUIVO/JL<br />

José Manuel Alho<br />

DR<br />

biólogo<br />

dos para participarem, é necessário que a participação seja<br />

viável <strong>de</strong> modo fácil, e motivadora!<br />

Os cidadãos <strong>de</strong>viam po<strong>de</strong>r exercer o direito <strong>de</strong> participação<br />

duma forma simples e natural, como nos diversos actos<br />

da vida em socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>viam sentir que essa sua manifestação<br />

tinha algum efeito prático nas <strong>de</strong>cisões tomadas e nos<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que os envolvem.<br />

A participação das comunida<strong>de</strong>s locais tem <strong>de</strong> ser ponto<br />

<strong>de</strong> partida mas também <strong>de</strong> chegada nas dinâmicas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, através do seu envolvimento sério e consequente.<br />

Neste período “ainda” <strong>de</strong> arranque <strong>de</strong> novos mandatos<br />

aqui <strong>de</strong>ixo um repto aos novos governantes locais para que<br />

apostem na educação para a cidadania dirigindo para esse<br />

objectivo a mesma energia e empenho que <strong>de</strong>dicaram à conquista<br />

do voto popular e <strong>de</strong>ste modo contribuam para uma<br />

maior e mais esclarecida participação <strong>de</strong> todos num efectivo<br />

exercício <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia!<br />

requentado<br />

A persistência da poluição proveniente do sector<br />

suinícola no Vale do Lis é um cenário que parece<br />

sobreviver a todas as tentativas <strong>de</strong> solução negociadas.<br />

Não é <strong>de</strong> todo aceitável no século XXI numa<br />

região que até tem uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo feita<br />

à medida.


Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura<br />

“O turismo cultural contribui<br />

para a redução <strong>de</strong> assimetrias regionais”<br />

Que balanço faz da activida<strong>de</strong> cultural do nosso<br />

País fora dos gran<strong>de</strong>s centros?<br />

O dinamismo cultural <strong>de</strong> base local emanado<br />

dos agentes culturais amadores e profissionais no<br />

sector das artes não <strong>de</strong>ve ser subestimado. No concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, por exemplo, existem cerca <strong>de</strong> 60<br />

entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter cultural e recreativo. Saliente-se<br />

o programa <strong>de</strong> apoio à acção cultural, levado<br />

a cabo pela Direcção Regional <strong>de</strong> Cultura do<br />

Centro, contemplando iniciativas <strong>de</strong> criação, produção<br />

e difusão das artes e dos espectáculos <strong>de</strong><br />

agentes culturais amadores, e <strong>de</strong> apoio à edição.<br />

O papel das autarquias tem evoluído no aspecto<br />

cultural?<br />

Cada vez mais o Po<strong>de</strong>r Local ten<strong>de</strong> a aproximar-se<br />

da Cultura e do Património. Aproveitandose<br />

estas sinergias, tem sido feito um trabalho interessante,<br />

com recurso à iniciativa local dos artistas<br />

e também <strong>de</strong> algumas autarquias cada vez mais<br />

conscientes da importância <strong>de</strong>ste sector. Vejam-se<br />

os resultados que a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cine-Teatros já está a<br />

produzir, cumprindo-se o objectivo <strong>de</strong> criar uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> recintos que conduzam à realização <strong>de</strong><br />

manifestações culturais diversas e leve a cultura e<br />

a informação aos principais centros urbanos das<br />

regiões mais afastadas das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Saliente-se<br />

ainda a receptivida<strong>de</strong> que existe nas autarquias<br />

relativamente à partilha da gestão do património<br />

classificado dos seus concelhos. A assinatura<br />

do auto <strong>de</strong> cedência do Convento <strong>de</strong> Santo Agostinho,<br />

entre o Instituto Português do Património<br />

Arquitectónico e o município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é disto exemplo.<br />

No espaço, a autarquia preten<strong>de</strong> instalar o<br />

Museu <strong>de</strong> Arqueologia, os serviços camarários <strong>de</strong><br />

arqueologia e património e a reserva arqueológica.<br />

As activida<strong>de</strong>s culturais têm perspectivas <strong>de</strong> crescimento,<br />

<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> riqueza e <strong>de</strong> emprego que<br />

urge potenciar. O turismo cultural, <strong>de</strong>signadamente,<br />

constitui um factor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e contribui<br />

para a redução <strong>de</strong> assimetrias regionais.<br />

Mais uma vez, as verbas do Orçamento <strong>de</strong><br />

Estado para a Cultura são muito reduzidas...<br />

No actual contexto económico nacional e internacional,<br />

a subida do orçamento da Cultura é uma<br />

conquista. De facto, parte dos outros ministérios<br />

teve <strong>de</strong>créscimos significativos, e a Cultura é um<br />

dos poucos em que houve um acréscimo da dotação<br />

orçamental. Teremos um período difícil, nos<br />

próximos três ou quatro anos.<br />

O que é possível fazer com menos <strong>de</strong> 1% do<br />

Orçamento <strong>de</strong> Estado?<br />

Desenvolver uma política orientada para a requalificação<br />

das infra-estruturas dos serviços estruturais<br />

do ministério <strong>de</strong> modo a promover a sua fruição<br />

pública e inovar nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão, mas<br />

também promover o aumento das parcerias e do<br />

funcionamento em re<strong>de</strong> com instituições públicas<br />

e privadas. Há que consolidar a transversalida<strong>de</strong> da<br />

acção da cultura, potenciando outros meios e multiplicando<br />

recursos. A transversalida<strong>de</strong> do Ministério<br />

da Cultura reflecte-se, assim, não só na sua linha<br />

<strong>de</strong> actuação e objectivos, na sua acção que se esten-<br />

FILIPE POMBO<br />

<strong>de</strong> a todas as áreas da socieda<strong>de</strong>, como também<br />

na sua articulação/parcerias interministeriais, alargando<br />

assim a sua esfera <strong>de</strong> actuação e orçamento.<br />

Além do orçamento do PIDDAC, existem investimentos<br />

<strong>de</strong> outros ministérios no sector da Cultura,<br />

que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados para efeito <strong>de</strong> aumento<br />

do orçamento.<br />

Quais serão as áreas prioritárias <strong>de</strong> actuação<br />

do Ministério da Cultura?<br />

Temos um programa <strong>de</strong> Governo ambicioso na<br />

área da museologia, no património, nas indústrias<br />

culturais, e no cinema. A activação do Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Cultura, revisão do quadro jurídico <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa da proprieda<strong>de</strong> intelectual, conclusão da<br />

Regulamentação da Lei do Património, elaboração<br />

e aprovação do Regulamento <strong>de</strong> Trabalhos Arqueológicos,<br />

criação <strong>de</strong> uma Lei das Bibliotecas, que permitirá<br />

concretizar a Re<strong>de</strong> Nacional das Bibliotecas<br />

Públicas, o Estatuto dos Artistas, a revisão dos instrumentos<br />

<strong>de</strong> financiamento do cinema e do audiovisual<br />

e da legislação <strong>de</strong> apoio às artes e implementação<br />

do Plano Estratégico para os Museus.<br />

De pianista a ministra<br />

Alcobaça tem em curso um projecto emblemático<br />

<strong>de</strong> requalificação do Mosteiro e do Convento<br />

<strong>de</strong> Cós. Qual a sua opinião sobre este projecto?<br />

Trata-se <strong>de</strong> um projecto que correspon<strong>de</strong> aos<br />

nossos objectivos <strong>de</strong> proporcionar uma maior vivência<br />

dos monumentos, colocando à disposição do<br />

gran<strong>de</strong> público, não apenas, zonas actualmente<br />

visitáveis, mas sim, na sua totalida<strong>de</strong>, áreas que<br />

fazem parte dos respectivos conjuntos monumentais,<br />

sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir<br />

uma sustentabilida<strong>de</strong> da gestão dos monumentos,<br />

que permita, sem encargos para o erário público<br />

ou minimizando-os, garantir os meios financeiros<br />

da sua conservação, evitando-se assim <strong>de</strong>gradação<br />

por falta <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> investimento. Este<br />

projecto <strong>de</strong> valorização do Património Histórico e<br />

Cultural da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister conta com o nosso<br />

inteiro apoio numa conjugação <strong>de</strong> esforços entre<br />

vários níveis <strong>de</strong> administração central e local e<br />

parcerias público-privadas.<br />

Helena Silva<br />

entrevista<br />

Antes <strong>de</strong> tomar posse como titular da pasta da Cultura, em Outubro <strong>de</strong> 2009, exercia as funções <strong>de</strong> directora Regional da Cultura do Governo<br />

Regional dos Açores. Mas foram as suas interpretações ao piano que lhe valeram distinções <strong>de</strong>ntro e fora do País, e torná-la conhecida.<br />

Maria Gabriela da Silveira Ferreira Canavilhas nasceu em 1961. Como pianista, entre 1986 e 2004, manteve intensa activida<strong>de</strong> artística nos palcos<br />

das principais salas <strong>de</strong> concerto, instituições culturais e festivais nacionais, bem como inúmeros concertos por todo o País. Dedicou-se à<br />

revelação <strong>de</strong> obras eruditas portuguesas, apresentando ao vivo e em CD as primeiras audições mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> João Domingos Bomtempo<br />

e primeiras audições <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> compositores portugueses contemporâneos como Eurico Carrapatoso, Victorino <strong>de</strong> Almeida, Sérgio <strong>de</strong> Azevedo<br />

ou Clotil<strong>de</strong> Rosa. Gravou sete CD, alguns dos quais com primeiras gravações <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> compositores portugueses. Respon<strong>de</strong>u a esta<br />

entrevista via email.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

v i v e r . 3 3


v i v e r . 3 4<br />

obrigatório<br />

LEITURAS<br />

PARA FÉRIAS<br />

Na Síria<br />

AGATHA CHRISTIE<br />

EDITORA: TINTA DA CHINA<br />

«Agatha Christie escreveu quase cem livros,<br />

mas só um assinado Agatha Christie Mallowan:<br />

"Come, Tell Me How You Live", título da<br />

edição original <strong>de</strong>ste livro, "uma memória<br />

arqueológica" dos anos 30 nas escavações do<br />

marido, Max Mallowan.<br />

(...) Foi no <strong>de</strong>serto sírio, no intervalo dos cacos,<br />

que Agatha Cristie escreveu muitos dos seus<br />

crimes. Na Síria é a memória <strong>de</strong> como foi inteiramente<br />

feliz ali. Os árabes gostavam quando<br />

ela chegava. Tudo a fazia rir.» Alexandra<br />

Lucas Coelho, Prefácio»<br />

O escriturário indiano<br />

DAVID LEAVITT<br />

EDITORA: TEOREMA<br />

Uma história emocionante para todos aqueles<br />

que gostam da história recente, dos enigmas<br />

matemáticos e do conflito entre emoções<br />

e lógica racionalista.<br />

“A Matemática e os seus paradoxos proporcionam<br />

um veio profundo <strong>de</strong> metáforas que<br />

Leavitt utiliza para conseguir um efeito soberbo,<br />

<strong>de</strong>monstrando até que ponto as relações<br />

mais significativas <strong>de</strong>safiam a lógica e a imaginação...”<br />

New Yorker<br />

As Rotas do Sonho<br />

TIAGO SALAZAR<br />

EDITORA: OFICINA DO LIVRO<br />

Tiago Salazar guia-nos por praias <strong>de</strong> sonho,<br />

refúgios distantes, por cida<strong>de</strong>s turísticas com<br />

histórias por contar, leva-nos até ao Nepal e à<br />

herança <strong>de</strong> Buda, <strong>de</strong>screve-nos o céu, único,<br />

<strong>de</strong> África e recupera o romantismo <strong>de</strong> Veneza.<br />

De país em país somos levados na bagagem<br />

do viajante que atravessa o mundo distante,<br />

mas que regressa sempre à Europa, esse<br />

velho continente que ainda não nos contou<br />

tudo.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

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Louise-Michel:<br />

a luta continua<br />

No globalizado mundo actual, nada é o que parece, e o filme Louise-<br />

Michel, da mesma dupla <strong>de</strong> argumentistas/realizadores do negro e irónico<br />

Aaltra, os belgas Benoit Delépine e Gustave Kervern, é um exemplo disso<br />

mesmo. A história, que chega agora ao mercado <strong>de</strong> DVD, começa com o encerramento<br />

<strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> têxteis belga <strong>de</strong> um dia para o outro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>,<br />

anos a fio, nunca ter faltado trabalho nem encomendas. A razão? A <strong>de</strong>slocalização<br />

para um qualquer país com mão-<strong>de</strong>-obra mais barata. Em vez <strong>de</strong> se<br />

contentarem com a in<strong>de</strong>mnização, as operárias lançam-se num arriscado projecto:<br />

mostrar ao mundo empresarial que também tem <strong>de</strong> pagar pelo <strong>de</strong>semprego<br />

e exclusão e congeminam um plano: contratar um assassino para matar<br />

o patrão. O plano até po<strong>de</strong>ria dar certo não fosse o assassino não ter jeito<br />

nenhum e a fábrica ser <strong>de</strong>tida por uma holding que faz parte <strong>de</strong> um grupo,<br />

que por sua vez pertence a uma socieda<strong>de</strong> no estrangeiro... On<strong>de</strong> é que já<br />

vimos isto? Perante as adversida<strong>de</strong>s, os improvisados assassinos profissionais<br />

não <strong>de</strong>sistem da missão e custe o que custar. Se a moda pega por cá... Premiado<br />

no Indie Lisboa e no festival Sundance é um filme “obrigatório”.<br />

O outro lado do Jazz em Agosto<br />

Até domingo, dia 15, os dias são <strong>de</strong> jam session na Fundação Gulbenkian.<br />

O pretexto é a 27ª edição do Jazz em Agosto. Ocasião para conhecer<br />

o “outro lado do jazz”, com alguns dos músicos que reflectem as tendências<br />

inovadoras <strong>de</strong>ste estilo musical, na actualida<strong>de</strong>. O palco escolhido é o<br />

anfiteatro ao ar livre do espaço, on<strong>de</strong>, amanhã, dia 13, o quinteto do clarinetista<br />

francês Louis Sclavis, às 21:30 horas o seu mais recente projecto,<br />

Lost On The Way, inspirado na Odisseia <strong>de</strong> Homero. Domingo, dia 15, à<br />

mesma hora e a encerrar o festival, toca a Circulasione Totale Orchestra.<br />

Trata-se da banda li<strong>de</strong>rada pela saxofonista e clarinetista Frö<strong>de</strong> Gjerstad,<br />

com músicos como Louis Moholo, Paal Nilssen-Love, Sabir Mateen, Bobby<br />

Bradford ou Kevin Norton.<br />

Aljubarrota regressa<br />

à Ida<strong>de</strong> Média<br />

Durante quatro dias, Aljubarrota vai voltar aos tempos medievais. Entre<br />

hoje, dia 12, e domingo, 15, a vila do concelho <strong>de</strong> Alcobaça volta a viver<br />

a época dos reis com tavernas, cavaleiros, fidalgos, mendigos, mouros,<br />

ciganos cartomantes, homens-bons e cobradores <strong>de</strong> impostos, cozinha<br />

medieval, jogos, música e até um acampamento militar. Espaço ainda para<br />

o artesanato e para os produtos locais. A entrada é livro à excepção da<br />

ceia medieval que se realiza no sábado. Inscrições através do telefone 262<br />

580 857. Mais informações emwww.cm-alcobaca.pt.<br />

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Castelo <strong>de</strong> Óbidos<br />

é palco para La Bohème<br />

Depois <strong>de</strong> ter esgotado a lotação com a obra <strong>de</strong> Gioacchino<br />

Rossini, O Barbeiro <strong>de</strong> Sevilha, o Festival <strong>de</strong> Ópera <strong>de</strong> Óbidos<br />

continua com a ópera La Bohème, <strong>de</strong> Giacomo Puccini. As primeiras<br />

árias começam a ser cantadas pelas 21:30 horas do dia<br />

19, com o cenário monumental das muralhas da Cerca do Castelo<br />

<strong>de</strong> Óbidos como palco <strong>de</strong>sta história <strong>de</strong> traição, mentiras,<br />

vaida<strong>de</strong>, intrigas, loucura. Como se trata <strong>de</strong> um evento ao ar<br />

livre, a organização aconselha o uso <strong>de</strong> agasalhos. Mais informações<br />

emwww.festivaloperaobidos.pt ou www.obidos.pt.


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Citemor<br />

em recta final<br />

Quase na recta final, o Citemor, 32º Festival<br />

<strong>de</strong> Montemor-o-Velho, apresenta no sábado, dia<br />

14, pelas 22:30 horas, na Praça da República, o<br />

espectáculo Arroz Negro remix, do cineasta Tiago<br />

Pereira. Este é um espectáculo <strong>de</strong> manipulação<br />

áudio e ví<strong>de</strong>o em tempo real a partir do filme<br />

com o mesmo nome, realizado pelo cineasta<br />

amador José Ma<strong>de</strong>ira, nos anos 70, nos campos<br />

<strong>de</strong> arroz do Baixo Mon<strong>de</strong>go. Os Diabo na Cruz,<br />

são os senhores que se seguem, no mesmo local,<br />

meia hora mais tar<strong>de</strong>. Mais informações, crónicas,<br />

entrevistas, fotografia e ví<strong>de</strong>o em<br />

www.citemor.blogspot.com.<br />

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Um Profeta - Edição Especial<br />

Da fama <strong>de</strong> ser o filme que quase ganhou a Palma <strong>de</strong> Ouro (recebeu<br />

o Gran<strong>de</strong> Prémio) e quase venceu o Óscar <strong>de</strong> Melhor Filme Estrangeiro,<br />

em 2010, Um Profeta, <strong>de</strong> Jacques Audiard não escapa. Tal como<br />

não escapa do facto <strong>de</strong> ter sido o Melhor Filme Francês <strong>de</strong> 2009. o<br />

realizador quis contar-nos a história <strong>de</strong> um jovem <strong>de</strong>linquente <strong>de</strong><br />

origem argelina na França <strong>de</strong> Sarkozy que se torna num dos “padrinhos”<br />

dos traficantes <strong>de</strong> Paris, sem sequer sair da prisão on<strong>de</strong> cumpre<br />

uma pena <strong>de</strong> seis anos. Um drama <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envolvência, on<strong>de</strong><br />

é patente o choque entra a cultura da França branca e laica e a nova<br />

França mestiça e muçulmana, com Niels Arestrup e Tahar Rahim,<br />

que está agora disponível em versão especial DVD.<br />

ESAD em exposição<br />

na Livraria Arquivo<br />

A Livraria Arquivo em <strong>Leiria</strong> recebe uma exposição com<br />

alguns dos mais ilustrativos trabalhos dos alunos finalistas da<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design <strong>de</strong> Caldas da Rainha. Concebidas<br />

neste ano lectivo, as peças foram já alvo <strong>de</strong> uma exposição<br />

<strong>de</strong> divulgação, em Caldas da Rainha. Em exposição vão<br />

estar trabalhos dos cursos <strong>de</strong> Artes Plásticas, e <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> Ambientes,<br />

e Cerâmica e Vidro, Design Gráfico e Multimédia, Design<br />

Industrial, Som e Imagem e Teatro.<br />

AGENDA AGOSTO 2010<br />

Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Casa do Administrador<br />

Até Dezembro <strong>de</strong> 2010<br />

Exposição: “OUREMPUBLICA”<br />

De Terça a Domingo das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00<br />

Uma mostra que permite ficar a conhecer os discursos e os ecos da<br />

implantação da República em Ourém: Os rostos e os momentos da<br />

mudança, as tensões, as repercussões e as conexões entre o global<br />

e o local.<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

27 <strong>de</strong> Agosto<br />

Acontece no Museu<br />

21h00<br />

Convidada: Maria <strong>de</strong> Fátima Gouveia<br />

<strong>Apresentação</strong> do livro “Jogos <strong>de</strong> Perfídia”<br />

Entradas Gratuitas<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

Ciclos <strong>de</strong> Cinema ao ar livre<br />

Todos os domingos <strong>de</strong> Agosto<br />

Ciclo - Chevy Chase<br />

Dia 15 – “Três amigos”<br />

Dia 22 – “O Clube dos Malandrecos”<br />

Entradas Gratuitas<br />

21h30<br />

Praça Dr. Agostinho Albano <strong>de</strong> Almeida<br />

Todas as quintas-feiras<br />

Ciclo – cinema <strong>de</strong> animação<br />

Dia 12 – “Os Super-Heróis”<br />

Dia 19 – “Toy Story”<br />

Dia 26 – Madagáscar<br />

Entradas Gratuitas<br />

21h30<br />

Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém – Casa do Administrador<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

14 e 28 <strong>de</strong> Agosto<br />

Teatro <strong>de</strong> Rua - “Na Terra dos Sonhos”<br />

pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo<br />

22h00<br />

Em frente ao Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Org.: Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo do Centro Cultural e Recreativo <strong>de</strong> Pêras<br />

Ruivas<br />

Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

EXPOSIÇÕES<br />

Até 2 <strong>de</strong> Setembro<br />

Exposição <strong>de</strong> Fotografia “Mercado <strong>de</strong> Ourém”<br />

Às 5ªs feiras e sábados<br />

Fotógrafos: Bruno Vieira, Sérgio Paulino e Carlos Ferreira<br />

Mercado Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

Até 29 <strong>de</strong> Agosto<br />

Exposição <strong>de</strong> pintura “Antese”<br />

De Terça a Domingo das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00<br />

Galeria Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Ana Oliveira, Clara Almada, Roberto Miquelino e Pedro Banza oferecem,<br />

a todos os visitantes, um cenário visual <strong>de</strong> exulto à natureza.<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

DESPORTO<br />

21 <strong>de</strong> Agosto<br />

Nacional SuperCross Nocturno<br />

17h00: início<br />

21h00: corridas<br />

24h00: final das corridas<br />

Local: Off-road park – Acelsport – Escandarão<br />

Org.: Natureza Acção<br />

Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

21 <strong>de</strong> Agosto<br />

Passeio <strong>de</strong> BTT Nocturno – Bestomontanha<br />

19h30<br />

Local: Concentração na se<strong>de</strong> da Bestomontanha – Besteiros<br />

Distância: 25Km; Grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: médio<br />

Org.: Bestomontanha<br />

Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

12 <strong>de</strong> Agosto<br />

Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong><br />

Entradas gratuitas no Museu e nas Piscinas Municipais <strong>de</strong> Ourém. A<br />

senha <strong>de</strong> entrada po<strong>de</strong> ser adquirida na Loja Ponto Já em Ourém.<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

Informação cedida pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Ourém.<br />

Eventuais alterações nas activida<strong>de</strong>s são da responsabilida<strong>de</strong> dos<br />

promotores.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

PUB<br />

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v i v e r . 3 6<br />

agenda<br />

Eventuais alterações ou cancelamentos às datas e horários<br />

indicados para os eventos <strong>de</strong>sta agenda<br />

são da responsabilida<strong>de</strong> dos seus organizadores<br />

ARTES<br />

Macau em <strong>Leiria</strong><br />

MACAU, ENCONTRO DE CULTURAS, exposição patente no Edifício<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal, LEIRIA, até dia 21<br />

Exposição <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> alunos da Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design<br />

<strong>de</strong> Caldas da Rainha, ESAD, até 2 <strong>de</strong> Setembro, na galeria da Livraria<br />

Arquivo, LEIRIA<br />

QUATRO (pintura <strong>de</strong> Sofia Real, Manuel Casimiro, Jorge Martins e Nikias<br />

Skapinakis), no Armazém das Artes, ALCOBAÇA, em colaboração com<br />

Artistas Unidos e Casa da Cerca - Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea<br />

Exposição itinerante LIGHT AGAINST TIME, do fotógrafo Nuno Moreira,<br />

no foyer do Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), LEIRIA, até dia 30<br />

A ARTE QUE O CÔA GUARDA, exposição itinerante, <strong>de</strong>senvolvida em<br />

parceria entre o município da Guarda e o Parque Arqueológico vale do<br />

Côa, na se<strong>de</strong> da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Santa Eufêmia, LEIRIA, até final<br />

<strong>de</strong>ste mês<br />

Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> AUGUSTO NEVES, no salão multiusos da Junta<br />

<strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pousos, LEIRIA, até dia 30<br />

Exposição colectiva <strong>de</strong> pintura e escultura ANTESE <strong>de</strong> jovens licenciados<br />

em Escultura pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belas Artes da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa,<br />

até dia 29, na Galeria Municipal <strong>de</strong> OURÉM (centro histórico)<br />

No âmbito da IX Mostra <strong>de</strong> Artes Plásticas – Castel Arte, estará patente<br />

no castelo <strong>de</strong> PORTO DE MÓS, até dia 15, uma exposição <strong>de</strong> pintura<br />

<strong>de</strong> David Ferreira, PATCHWORK<br />

BIODIVERSIDADE NO PARQUE, exposição <strong>de</strong> cerâmica <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />

Victor Mota, até dia 19, no Parque D. Carlos I, CALDAS DA RAINHA<br />

Exposição <strong>de</strong> PEDRO CASTEL´BRANCO, na Casa da Barbacam, ÓBI-<br />

DOS, até dia 8, domingo, diariamente, das 17 às 19:30 horas<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

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Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> ARTUR FRANCO, na galeria do Teatro-Cine <strong>de</strong><br />

POMBAL, até dia 31<br />

PASSAGENS, exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> João Viola, até dia 30, no Centro<br />

<strong>de</strong> Interpretação Turística, PEDRÓGÃO GRANDE<br />

Gonçalo Lobo Pinheiro apresenta ROSTOS E NUANCES, exposição <strong>de</strong><br />

fotografia <strong>de</strong> figuras públicas sobretudo ligadas ao mundo das artes, no<br />

Café Amor <strong>de</strong> Biscoito, nas antigas instalações da Cuf, Rua Manuel <strong>de</strong><br />

Melo, ANSIÃO<br />

Exposição das obras da II BIENAL DE ARTES E ANSIÃO, no Centro Cultural<br />

<strong>de</strong>sta vila e no Centro <strong>de</strong> Interpretação do Nabão, até 5 <strong>de</strong> Setembro<br />

Exposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho, pintura, escultura e fotografia PEQUENOS GRAN-<br />

DES NADAS, <strong>de</strong> Ana Sampaio, patente até dia 31, na Casa do Tempo,<br />

CASTANHEIRA DE PERA<br />

Sábado, 14, pelas 15:30 horas, será inaugurada na galeria Mouzinho <strong>de</strong><br />

Albuquerque, BATALHA, a exposição FESTAS DA BATALHA – UMA<br />

HISTÓRIA COM MAIS DE 50 ANOS<br />

CINEMA<br />

O alemão que salvou mais<br />

<strong>de</strong> 200 mil pessoas<br />

O NEGOCIADOR é a verda<strong>de</strong>ira história do alemão John Rabe,<br />

gerente da fábrica da Siemens, na cida<strong>de</strong> chinesa <strong>de</strong> Nanjing,<br />

que salvou mais <strong>de</strong> 200 mil pessoas do massacre das tropas<br />

japonesas, em 1937. Em exibição no Teatro Miguel Franco, LEI-<br />

RIA, a partir <strong>de</strong> domingo, 15, até dia 18, às 21:30 horas e na<br />

quarta-feira também às 18:30 horas. A realização é <strong>de</strong> Florian<br />

Gallenberger, com interpretação <strong>de</strong> Anne Consigny, Daniel Brühl,<br />

Steve Buscemi e Ulrich Tukur<br />

ALCOBAÇA<br />

CINETEATRO DA NAZARÉ<br />

Em Roma De segunda a quarta, às 21h45 e 00h15.<br />

BATALHA<br />

AUDITÓRIO DO MUNICÍPIO<br />

Saga Twilight: Eclipse De sexta a segunda, às 21h30 horas<br />

CALDAS DA RAINHA<br />

VIVACINE CINEMAS<br />

De Quinta a Quarta-feira<br />

Os Mercenários (Sala 1) 13:30, 16:00, 18:30, 21:10, 23:50 horas<br />

A Origem (Sala 2) 13:50, 17:00, 21:00, 00:10 horas<br />

Toy Story 3 (Sala 3) 11:00, 13:40, 16:10 horas<br />

Miúdos e Graúdos (Sala 4) 18:50, 21:40, 00:15 horas<br />

The Last Airben<strong>de</strong>s (Sala 4) 13:20, 15:50 18:20 21:20, 00:00 horas<br />

Marmaduke (Sala 5) 14:00 horas<br />

Lucky Luke (Sala 5) 16:15, 18:40, 21:30, 23:55 horas<br />

LEIRIA<br />

CASTELLO LOPES CINEMAS - C. C. LEIRIASHOPPING<br />

De Quinta a Quarta-feira<br />

Miúdos e Graúdos (Sala 1) 12:50, 16:00, 18:50, 21:50 e 00:10 horas<br />

Soldados da Fortuna (Sala 2) Quinta a Quinta, às 12:30, 15:30, 18:30,<br />

21:20 horas<br />

Os Mercenários (Sala 2) Sexta a quarta, às 12:40, 15:40, 18:20, 21:40<br />

e 00:15 horas<br />

Os Mercenários (Sala 2) Quinta às 00:15 horas<br />

O Último Airben<strong>de</strong>r (Sala 3) 13:10, 15:50, 18:40, 21:30, 00:00 horas<br />

A Origem (Sala 4) Quinta a quarta às 21:00 e 00:20 horas<br />

Toy Story 3 (Sala 7) Quinta a quarta às 3:00, 15:30 e 18:30 horas<br />

CINEMA CITY<br />

De Quinta a Quarta-feira<br />

O Último Airben<strong>de</strong>r (Sala 1-D) 14:00, 16:15, 18:30, 21:40 e 00:00 horas<br />

Miúdos e Graúdos (Sala 2-K) 14:10, 16:25, 18:40, 21:45 e 00:05 horas<br />

Os Mercenários (Sala 3) 14:05, 16:20, 18:35, 21:50 e 00:15 horas<br />

Kiss & Kill - Beijos e Balas (Sala 4-V) 13:40, 15:50, 18:00, 21:55,<br />

00:10 horas<br />

Soldados da Fortuna (Sala 5-L) 13:35 horas<br />

A Origem (Sala 5-L) 15:55, 18:45, 21:35, 00:25 horas<br />

Dia e Noite (Sala 6-S) 13:50, 16:05, 17:50, 19:50, 22:00 e 00:20 horas<br />

Saw VI (Sala 6-S) 18:20, 20:20, 22:20, 00:30 horas<br />

Toy Story 3 (Sala 7) 13:45, 16:00, 21:30 horas<br />

Contraluz (Sala 7) 23:55 horas<br />

TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA<br />

Marmaduke<br />

Quinta a Quarta às 15:30 horas. Sábado às 21h30<br />

TEATRO MIGUEL FRANCO<br />

John Rabe - O Negociador<br />

Domingo e quarta às 21:30 horas. Quarta às 18:30 horas<br />

CINE-TEATRO MONTE REAL<br />

Marmaduke<br />

Sexta às 21:30 horas.<br />

Nunca é Tar<strong>de</strong> Demais para Amar<br />

Quarta às 21:30 horas.<br />

VIEIRA DE LEIRIA<br />

AUDITÓRIO ANTÓNIO CAMPOS (PRAIA DA VIEIRA)<br />

John Rabe - O negociador Quinta às 21:45 horas<br />

De Paris com Amor Terça às 21:45 horas<br />

POMBAL<br />

POMBALCINE<br />

A Saga Twilight - Eclipse Sexta, sábado e segunda às 21:30; terça a<br />

quinta, encerrado; domingo às 16:00 e 21:30 horas<br />

DR<br />

CRIANÇAS<br />

Robertos e palhaços<br />

para os mais novos<br />

Teatro <strong>de</strong> Marionetas, ROBERTOS, domingo, 18, pelas 18 horas, no<br />

Café Concerto do CCC, CALDAS DA RAINHA. Um espectáculo do bonecreiro<br />

José Gil, com produção S.A.Marionetas-Teatro & Bonecos<br />

DR Shrek para Sempre (Sala 7) 18:15 horas<br />

O pátio do Mercado Sant´Ana, LEIRIA, recebe sábado, 14, pelas 22<br />

horas, a peça Train Station, pelo PALHAÇO KAKI que, ao sentir-se<br />

triste e só, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> fazer uma viagem <strong>de</strong> comboio...<br />

DANÇA<br />

Cin<strong>de</strong>rela em patins<br />

Chama-se CINDERELA, anda <strong>de</strong> patins, e promete encantar gran<strong>de</strong>s<br />

e pequenos, amanhã, sábado e domingo, às 21:30 horas e dia<br />

15 também às 18 horas, no Cine-Teatro da NAZARÉ. Este espectáculo<br />

<strong>de</strong> patinagem, da autoria <strong>de</strong> Palco Partilhado, alia diversas<br />

áreas artísticas<br />

XXV GALA INTERNACIONAL DE FOLCLORE, sábado, 14, às 21:30<br />

horas, no recinto das festas da BATALHA, com participação do<br />

grupo organizador (Rosas do Lena) e outros oriundos do Algarve,<br />

Guimarães, Espanha, Argélia e Bulgária<br />

Praça Viva continua amanhã, 13, pelas 22:30 horas na Praia do<br />

Pedrógão, LEIRIA (rua A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Félix), com o GRUPO DE FLA-<br />

MENCO DE ALFONSO El Maleno e alunas do Ateneu <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


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EVENTOS<br />

Vida medieval<br />

em Aljubarrota<br />

ALJUBARROTA MEDIEVAL em recriação, <strong>de</strong> hoje, 12, a domingo,<br />

15, em Aljubarrota, ALCOBAÇA, com tavernas, animação musical,<br />

jogos épicos, acampamento militar e rábulas teatrais, entre outras<br />

activida<strong>de</strong>s. Uma CEIA MEDIEVAL <strong>de</strong>corre sábado, 14, na sala<br />

nobre da paróquia <strong>de</strong> Aljubarrota. Inscrição pelo tel. 262 580 857.<br />

A organização é da Câmara Municipal e Juntas <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />

Prazeres e São Vicente <strong>de</strong> Aljubarrota<br />

Alocução histórica O VOTO DE EL-REI D. JOÃO I ANTES DA BATA-<br />

LHA REAL, às 16 horas, no auditório municipal da BATALHA, a proferir<br />

por António <strong>de</strong> Almeida Monteiro<br />

FESTIM MEDIEVAL em ÓBIDOS, domingo, 15, a partir das 17 horas,<br />

na Praça <strong>de</strong> Santa Maria. Trata-se <strong>de</strong> um encontro <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong><br />

recriação histórica, on<strong>de</strong> não falta música, teatro e dança. Entrada<br />

livre<br />

A Casa-Museu João Soares, em Cortes, LEIRIA, comemora hoje, 12,<br />

o DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE, convidando os jovens<br />

com ida<strong>de</strong>s entre os 13 e os 25 anos a participar nas activida<strong>de</strong>s<br />

gratuitas, que se iniciam às 15 horas, seguindo-se um lanche partilhado<br />

A vila <strong>de</strong> Louriçal, POMBAL, é palco <strong>de</strong> ASTRONOMIA DE VERÃO,<br />

segunda-feira, 16, pelas 22 horas. A participação é livre, aberta a<br />

toda a população e não requer inscrição prévia<br />

FEIRA DE ARTESANATO DO MUNDO, até 2 <strong>de</strong> Setembro, no Vivaci<br />

Caldas, CALDAS DA RAINHA, com stands <strong>de</strong> países, como Egipto,<br />

Senegal, Brasil, entre outros<br />

Conferência DO MISTICISMO À DIVERSÃO POPULAR: AS SOM-<br />

BRAS CHINESAS, proferida pela Professora Ana Maria, hoje, 12,<br />

às 18:30 horas, edifício Banco <strong>de</strong> Portugal, LEIRIA. É a última iniciativa<br />

no âmbito da exposição Macau. Encontro <strong>de</strong> Culturas, patente<br />

ao público naquele espaço até dia 21<br />

NAZARÉ BEACH PARTY, sábado, 21, a partir das 22 horas, no areal<br />

da praia da NAZARÉ. Os Mundo Secreto são o prato forte da noite,<br />

animada pelos DJ’s Nuno Aqua e Guga, entre outros, como Paulo<br />

G, que começa logo a partir das 19 horas, com uma festa ao pôrdo-sol.<br />

Com entrada livre, o Nazaré Beach Party tem a chancela<br />

da Antena3<br />

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LETRAS<br />

Forma e função<br />

das gárgulas<br />

Lançamento da obra GÁRGULAS DO MOSTEIRO DE SANTA<br />

MARIA DA VITÓRIA – FORMA E FUNÇÃO, da autoria <strong>de</strong> Patrícia<br />

Alho, a partir das 16 horas, no auditório municipal da BATA-<br />

LHA<br />

MÚSICA<br />

The Allstar Project<br />

na Praça Viva<br />

Concerto <strong>de</strong> acesso gratuito, amanhã, 13, às 22 horas, com os<br />

leirienses THE ALLSTAR PROJECT, na Praça Rodrigues Lobo, LEI-<br />

RIA, em mais um projecto do Fa<strong>de</strong> in - Associação <strong>de</strong> Acção Cultural<br />

no âmbito da Praça Viva<br />

A edição <strong>de</strong>ste ano das Festas da BATALHA conta hoje, sexta-Feira,<br />

13, pelas 21:30 horas, com o projecto AMÁLIA HOJE. Domingo,<br />

15, às 22:30 horas, será a vez <strong>de</strong> RUI VELOSO se apresentar<br />

em concerto<br />

BATALHA comemora hoje, 12, na Praça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

o Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong>. O programa, com início às<br />

17:30 horas, integra o espectáculo LOVE 80´S ON VIDEO, com<br />

os DJs Miguel Chagas, Luís Sousinha e Paulo Granada no palco.<br />

A entrada é gratuita<br />

Os colombianos LA REVUELTA em concerto amanhã, 13, pelas<br />

21:30 horas, no CCC, CALDAS DA RAINHA. Este grupo <strong>de</strong> música<br />

urbana é composto por <strong>de</strong>z músicos que se <strong>de</strong>dicam ao estudo<br />

dos sons tradicionais sul-americanos<br />

A ANIMAÇÃO MUSICAL nas ruas <strong>de</strong> CALDAS DA RAINHA continua<br />

amanhã, 13, pelas 22 horas (Rua Miguel Bombarda e Rua<br />

Heróis da Gran<strong>de</strong> Guerra), com Diabolus in Jazz e continua domingo,<br />

15, pelas 11 horas, com FunFarra e Tiago Ribeiro, às 22 horas,<br />

na Praça da República. Segunda-feira, 16, às 22 horas, no Largo<br />

Dr. José Barbosa, com Ibéria Trio Jazz Band, terça à mesma hora,<br />

nas ruas Miguel Bombarda e Heróis da Gran<strong>de</strong> Guerra, com Dixienaza<br />

Jazz Band e ainda na quarta-feira, 18, na Praça 5 <strong>de</strong> Outubro,<br />

com o Grupo Break Dance do Centro da Juventu<strong>de</strong><br />

Concerto pela ORQUESTRA LIGEIRA DA MARINHA GRANDE,<br />

domingo, 14, pelas 18 horas, na Praça Afonso Lopes Vieira, S.<br />

Pedro <strong>de</strong> Moel, MARINHA GRANDE. Também no âmbito das festas<br />

anuais <strong>de</strong>sta localida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>correm a partir <strong>de</strong> amanhã até<br />

domingo, o Grupo Dixie Boys actua no mesmo dia e local, às 21:30<br />

horas<br />

DR<br />

DR<br />

DR<br />

SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS apresentam Only Time Will Tell, sábado,<br />

14, pelas 22 horas, na Praça Fre<strong>de</strong>rico Ulrich, São Martinho do Porto,<br />

ALCOBAÇA. Entrada livre. Dia 18, à mesma hora, na igreja paroquial,<br />

é NOITE DOS CLÁSSICOS, com Maria Rodrigues Lopes (voz), Maria José<br />

Falcão (violoncelo) e Miguel Carvalhinho (guitarra clássica)<br />

JAZZ NO MAR ALTO, na Praça Manuel <strong>de</strong> Arriaga, NAZARÉ. Os concertos,<br />

com início às 23 horas, realizam-se hoje, 12, com o Quarteto <strong>de</strong><br />

Miguel Fevereiro, sexta-feira com Simbiose Ensemble e no encerramento,<br />

sábado, 14, com Mar-Alto Jazz Collective<br />

MÚSICA DE ORQUESTRA, amanhã e sábado, às 22 e 17 horas, respectivamente<br />

no Padrão Camoniano e na Praça <strong>de</strong> Santa Maria, ÓBIDOS,<br />

pela Orquestra Ligeira e Banda da Socieda<strong>de</strong> Musical daquela vila e a<br />

banda convidada italiana, Staffoto<br />

JOSÉ CID & BIG BAND em concerto domingo, 14, às 22 horas, na Lagoa<br />

<strong>de</strong> Óbidos, ÓBIDOS<br />

Praça Viva, organizada pela Câmara <strong>de</strong> LEIRIA apresenta sábado, 14, às<br />

22:30 horas, o DJ´s Summer, na Praia do Pedrógão e o grupo <strong>de</strong> música<br />

tradicional PINHAL D´EL REI, em Monte Real<br />

O Jardim da Devesa, em PEDRÓGÃO GRANDE, é o palco do FESTIVAL<br />

DA CANÇÃO, no próximo dia 21, com inicio pelas 22 horas. O evento,<br />

<strong>de</strong>dicado aos jovens que procuram mostrar as suas capacida<strong>de</strong>s e dotes<br />

musicais, tem organização da Câmara Municipal. Mais informações em<br />

www.cm-pedrogaogran<strong>de</strong>.pt<br />

Espectáculo com Gold Minds e TÂNIA PATACO (fados), sábado, pelas<br />

22:30 horas, em Louriçal, POMBAL. A programação das Festas <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora da Boa Morte continuam domingo com diversas activida<strong>de</strong>s,<br />

nomeadamente um espectáculo, à mesma hora, com o grupo <strong>de</strong><br />

música popular Trovadores, Toy e a banda Funkoff. Domingo, haverá folclore,<br />

pelas 17 horas, e, pelas 23 horas, actuam Maxi e o grupo Mike<br />

n’Buddies<br />

TEATRO<br />

Nicolau Breyner no CCC<br />

No ano em que comemora<br />

50 anos <strong>de</strong> carreira,<br />

Nicolau Breyner faz uma<br />

reflexão sobre os muitos<br />

papéis que já interpretou<br />

e sobre a relação que tem<br />

com o mundo. NICOLAU<br />

sobre ao palco do CCC,<br />

CALDAS DA RAINHA, sábado,<br />

14, pelas 22 horas<br />

Teatro <strong>de</strong> rua NA TERRA DOS SONHOS, pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />

Apollo, sábado, 14, pelas 22 horas, em frente ao Museu<br />

Municipal <strong>de</strong> OURÉM, numa organização do Apollo, do Centro<br />

Cultural e Recreativo <strong>de</strong> Pêras Ruivas<br />

O Nariz - Teatro <strong>de</strong> Grupo apresenta ESCURIAL, <strong>de</strong> Michel <strong>de</strong><br />

Ghel<strong>de</strong>ro<strong>de</strong>, quarta-feira, 18, pelas 22 horas, no castelo <strong>de</strong><br />

LEIRIA. Com adaptação e encenação <strong>de</strong> Pedro Oliveira<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

v i v e r . 3 7


38 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

Chegou ao fim a pré-época<br />

mais turbulenta <strong>de</strong> sempre da U.<br />

<strong>Leiria</strong>. A troca <strong>de</strong> treinador apenas<br />

após dois dias do início dos<br />

treinos, as mudanças no plantel<br />

e a ameaça <strong>de</strong> saída da equipa<br />

para Torres Novas marcaram o<br />

período <strong>de</strong> preparação da equipa,<br />

que se estreia no campeonato,<br />

domingo, frente ao Beira-<br />

Mar, num estádio on<strong>de</strong> só por<br />

uma vez ganhou em jogos do<br />

escalão principal.<br />

Depois da rápida passagem<br />

pela Liga Vitalis em 2008/09, a<br />

União regressou ao convívio dos<br />

gran<strong>de</strong>s na época passada, terminando<br />

a prova num 9º lugar<br />

que acabou por saber a pouco,<br />

■Desporto ■<br />

Calendário po<strong>de</strong> favorecer equipa <strong>de</strong> Pedro Caixinha<br />

União estreia-se na Liga após pré-época turbulenta<br />

Há mar e mar, há ir e voltar, e Circular<br />

é viver são dois slogans que, tal<br />

como aqueles carros nipónicos, parecem<br />

ter vindo para ficar, <strong>de</strong> tal forma<br />

ficaram incrustados nas nossas memórias.<br />

Contudo, circular nas rotundas do<br />

nosso país constitui, não raras vezes,<br />

um exercício <strong>de</strong> temerida<strong>de</strong> e um teste<br />

à frieza dos nossos nervos. Ao contrário<br />

das versões anteriores, que não estabeleciam<br />

qualquer regra <strong>de</strong> excepção<br />

às rotundas, o actual do Código da Estrada<br />

(artigo 14º) estabelece que “ao trânsito<br />

em rotundas, situadas <strong>de</strong>ntro e fora<br />

das localida<strong>de</strong>s, é também aplicável o<br />

disposto no número anterior, salvo no<br />

que se refere à paragem e estacionamento”,<br />

afirmando o referido número<br />

dado que a equipa ocupou posições<br />

europeias até ao último terço<br />

da Liga. Os resquícios <strong>de</strong> uma<br />

segunda volta em que só venceu<br />

quatro jogos vieram à tona com<br />

o “divórcio” litigioso com Lito<br />

Vidigal e a entrada do <strong>de</strong>sconhecido<br />

Pedro Caixinha, que se<br />

aventura como treinador principal<br />

ao mais alto nível.<br />

Apesar <strong>de</strong> apenas terem perdido<br />

dois titulares – André Santos<br />

para o Sporting e Cássio para<br />

o Rapid Bucareste –, os leirienses<br />

não foram especialmente convincentes<br />

na pré-época e a <strong>de</strong>rrota,<br />

no passado sábado, na Nazaré,<br />

frente à Naval (0-1) confirmou<br />

as <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s da equipa,<br />

anterior que “<strong>de</strong>ntro das localida<strong>de</strong>s, os<br />

condutores <strong>de</strong>vem utilizar a via <strong>de</strong> trânsito<br />

mais conveniente ao seu <strong>de</strong>stino,<br />

só lhes sendo permitida a mudança para<br />

outra <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tomadas as <strong>de</strong>vidas precauções,<br />

a fim <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> direcção,<br />

ultrapassar, parar ou estacionar”. A ex-<br />

Direcção-Geral <strong>de</strong> Viação, numa missão<br />

que compete agora à Autorida<strong>de</strong><br />

Nacional <strong>de</strong> Segurança Rodoviária, esclareceu<br />

que “o objectivo é levar as pessoas<br />

a rodarem nas faixas interiores,<br />

passando apenas para as exteriores nos<br />

troços imediatamente antes da saída<br />

<strong>de</strong>sejada”. Circular então à direita não<br />

só <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser obrigatório, como até é<br />

proibido, caso não seja “o mais conveniente”,<br />

variando a coima a esta infra-<br />

especialmente na finalização. É<br />

por isso que, até 31 <strong>de</strong> Agosto, a<br />

SAD vai ter <strong>de</strong> ir ao mercado contratar<br />

um médio-ofensivo e um<br />

ponta-<strong>de</strong>-lança que faça esquecer<br />

as três <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> golos que<br />

Cássio apontou nas últimas duas<br />

épocas.<br />

O calendário, porém, po<strong>de</strong> ser<br />

um auxiliar precioso para Pedro<br />

Caixinha, que nas primeiras sete<br />

jornadas joga quatro vezes em<br />

casa, perante adversários da sua<br />

igualha, e que só a partir do mês<br />

<strong>de</strong> Outubro se terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater<br />

com as equipas mais fortes da<br />

Liga Zon Sagres. ■<br />

Joaquim Paulo<br />

Pedro Caixinha, treinador do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

“Equipa com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar”<br />

A equipa está preparada para<br />

o primeiro embate?<br />

Está. Não diria que a equipa está<br />

ansiosa, mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar.<br />

É bom ver essa alegria e essa dinâmica<br />

nos jogadores. Nós próprios<br />

também estamos com a vonta<strong>de</strong><br />

que o Campeonato comece, mas é<br />

preciso ter calma, porque tudo tem<br />

o seu tempo e domingo estaremos<br />

ainda mais preparados.<br />

Que balanço faz da pré-época?<br />

Extremamente positivo. Temos<br />

um grupo <strong>de</strong> trabalho fantástico.<br />

É importante realçar a entrega dos<br />

jogadores e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir<br />

com as nossas dinâmicas, os nossos<br />

princípios <strong>de</strong> jogo, a forma<br />

como vemos o jogo, a forma como<br />

gostaríamos que eles vissem o jogo<br />

para ser tudo mais facilitado. Nesse<br />

aspecto tem sido muito bom.<br />

| Opinião|<br />

Uma rotunda<br />

dor <strong>de</strong> cabeça<br />

Depois naquilo que enten<strong>de</strong>mos<br />

ser a ligação entre o treino e o jogo<br />

tem havido um transfer muito positivo<br />

e, quando assim é, é sinal <strong>de</strong><br />

que esse trabalho está a ser apreendido.<br />

Há algumas excepções, mas<br />

está tudo <strong>de</strong>ntro do que planeámos<br />

e esperávamos. Agora a nossa<br />

vonta<strong>de</strong> é crescer mais, criar<br />

dinâmicas mais sólidas, consolidar<br />

os processos e continuar a evoluir.<br />

Falta apenas um número <strong>de</strong>z<br />

para fechar o plantel?<br />

Temos a equipa que preten<strong>de</strong>mos.<br />

Quando falamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições<br />

finais não é que precisemos<br />

do jogador A, B ou C. Precisamos<br />

<strong>de</strong> jogadores para <strong>de</strong>terminadas<br />

posições para tornar o plantel mais<br />

competitivo e para nos dar mais<br />

soluções quer em termos internos<br />

quer em termos do Campeonato e<br />

das provas ao longo da época. Se<br />

tivermos competitivida<strong>de</strong> interna<br />

a forma como iremos encarar os<br />

confrontos externos serão também<br />

mais facilitados. É nesse sentido<br />

que gostaríamos <strong>de</strong> ter, e temos já,<br />

um plantel que nos dê essa confiança.<br />

Mas se tivermos outras soluções,<br />

mais confiança teremos.<br />

Já tem o onze e o sistema <strong>de</strong><br />

jogo <strong>de</strong>finidos?<br />

Sem dúvida. Temos trabalhado<br />

mais o 4x4x2 e temos o 4x2x3x1<br />

como alternativa. Temos a nossa<br />

forma <strong>de</strong> jogar e <strong>de</strong> ver o jogo e<br />

<strong>de</strong>pois há uma estratégia <strong>de</strong> jogo,<br />

que não passará por uma alteração<br />

estrutural, mas sim por algumas<br />

situações <strong>de</strong> confronto que achamos<br />

necessárias, por exemplo, em<br />

termos <strong>de</strong>fensivos ou ofensivos para<br />

contrabalançar os aspectos positivos<br />

e negativos dos adversários. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

cção entre 60 e 300 euros. O esclarecimento<br />

sobre esta situação refere que “o<br />

condutor que preten<strong>de</strong> tomar a primeira<br />

saída da rotunda <strong>de</strong>ve ocupar, <strong>de</strong>ntro<br />

da rotunda, a via da direita, sinalizando<br />

antecipadamente quando preten<strong>de</strong><br />

sair”. Mas “se preten<strong>de</strong>r tomar<br />

qualquer das outras saídas <strong>de</strong>ve ocupar,<br />

<strong>de</strong>ntro da rotunda, a via <strong>de</strong> trânsito<br />

mais a<strong>de</strong>quada em função da saída<br />

que vai utilizar (por exemplo: se quiser<br />

sair na segunda saída <strong>de</strong>ve circular na<br />

segunda via ou se quiser tomar a terceira<br />

saída <strong>de</strong>ve circular na terceira via),<br />

aproximando-se progressivamente da<br />

via da direita, fazendo sempre sinal para<br />

a direita <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar a saída imediatamente<br />

anterior à que preten<strong>de</strong> utilizar”.<br />

Posto isto, e passados 5 anos <strong>de</strong>sta<br />

alteração legal, como explicar que,<br />

para muitos, a via mais interior <strong>de</strong> uma<br />

rotunda pareça ser algo supérfluo, feito<br />

para pouco mais do que enfeitar? É,<br />

simultaneamente, extraordinário, (in)compreensível<br />

e assustador que, mais do<br />

que <strong>de</strong>sconhecerem esta lei e a directiva<br />

que a prece<strong>de</strong>u, muitos as prefiram<br />

RICARDO GRAÇA<br />

ignorar, simplesmente porque, no caso<br />

<strong>de</strong> ocorrer algum aci<strong>de</strong>nte, provocado<br />

pela incompatibilida<strong>de</strong> entre quem respeita<br />

a lei, circulando por <strong>de</strong>ntro para<br />

só posteriormente se aproximar da saída<br />

pretendida, e quem faz olimpicamente<br />

a rotunda sempre na faixa exterior,<br />

quem acaba por arcar com a responsabilida<strong>de</strong><br />

do aci<strong>de</strong>nte é o respeitador!<br />

Assim, estamos perante uma situação<br />

aparentemente irresolúvel e que<br />

ten<strong>de</strong> a conduzir à subversão da lei, ou<br />

seja, apesar <strong>de</strong> eu saber que <strong>de</strong>vo circular<br />

por <strong>de</strong>ntro e só começar a tomar<br />

a via mais exterior <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter passado<br />

a última saída antes daquela <strong>de</strong> que<br />

eu pretendo usufruir, o certo é que se,<br />

para meu azar, me surgir um ser iluminado<br />

a fazer toda a rotunda na via exterior,<br />

bloqueando-me a saída que eu pretendo<br />

usar, resta-me uma <strong>de</strong> três alternativas:<br />

colidir com o referido sujeito,<br />

arcando, muito provavelmente, com a<br />

responsabilida<strong>de</strong> por lhe bater vindo da<br />

sua esquerda; parar, esperando que este<br />

artista passe (sujeitando-me a ser abalroado<br />

por trás e multado por parar numa<br />

rotunda) ou dar mais uma volta ao bilhar<br />

gran<strong>de</strong>, abortando, in extremis, a saída<br />

que queria fazer, esperando que, na próxima<br />

volta, o caminho já esteja livre!<br />

Dado ser algo relativamente simples <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r mas extremamente difícil<br />

<strong>de</strong> operacionalizar num país pouco<br />

dado a leituras, embora profuso em leis,<br />

para quando uma notícia <strong>de</strong> abertura<br />

num qualquer Telejornal ou um Prós e<br />

Contras <strong>de</strong>dicado a este tema, para acabar<br />

com o sei que <strong>de</strong>via fazer assim mas<br />

faço assado porque se bater quem paga<br />

sou eu? Já agora, enquanto muitos agentes<br />

<strong>de</strong> segurança e instrutores <strong>de</strong> condução<br />

continuarem a (não) dar o exemplo,<br />

a confusão irá continuar… ■<br />

Rui Matos<br />

Centro <strong>de</strong> Investigação em<br />

Motricida<strong>de</strong> Humana, IPL<br />

Subdirector da Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Educação e Ciências<br />

Sociais do IPL


Equipa sénior vai ser inscrita e formação vai ser uma priorida<strong>de</strong><br />

| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />

Hóquei do <strong>Leiria</strong> e Marrazes<br />

com patins para rolar<br />

O hóquei em patins do Sport<br />

Clube <strong>Leiria</strong> e Marrazes está <strong>de</strong><br />

pedra e cal no clube. A garantia<br />

foi dada pelo presi<strong>de</strong>nte Carlos<br />

Valente e pelo responsável da secção<br />

Rui Clemente.<br />

Depois <strong>de</strong> alguma in<strong>de</strong>finição<br />

quanto ao futuro da modalida<strong>de</strong>,<br />

os dirigentes não vão <strong>de</strong>ixar cair<br />

o hóquei em patins, cuja tradição<br />

no <strong>Leiria</strong> e Marrazes é longa. Carlos<br />

Valente esclarece que “a extinção<br />

nunca esteve em causa”, mas<br />

<strong>de</strong>safiou os responsáveis da secção<br />

a darem “um nova pujança” à<br />

modalida<strong>de</strong>, que estava “meio adormecida”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte adianta que constatou<br />

que daqui a dois ou três anos<br />

os atletas seniores terminarão a<br />

carreira e “existe um vazio” nos<br />

escalões abaixo. Por isso, “vai ter<br />

<strong>de</strong> haver uma aposta fortíssima na<br />

formação”. Isto, porque, como diz<br />

Carlos Valente, “não faz sentido<br />

que um clube como o <strong>Leiria</strong> e Marrazes<br />

tenha <strong>de</strong> ir buscar jogadores<br />

fora por não ter formação”.<br />

Rui Clemente admite que será<br />

um “recomeçar do zero”. Sem formação<br />

há quatro épocas, a “gran<strong>de</strong><br />

priorida<strong>de</strong> é a aposta nos escalões<br />

jovens”, pois serão a continui-<br />

A novela União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Leirisport<br />

parece finalmente ter chegado<br />

ao fim, pelo menos por esta<br />

época. O acordo <strong>de</strong> utilização do<br />

Estádio Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi<br />

formalizado entre as partes.<br />

Raul Castro, presi<strong>de</strong>nte da<br />

autarquia, esclareceu, durante a<br />

reunião <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> terça-feira<br />

que o acordo mantém a pro-<br />

O francês Enzo Couacaud e a espanhola<br />

Aida Martinez Sanjuan foram os vencedores<br />

do Internacional Júnior <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

que terminou no sábado nos courts do<br />

Centro Internacional <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

(CITL). Em pares masculinos, a prova foi<br />

conquistada pela dupla nacional Vasco<br />

Mensurado/Fre<strong>de</strong>rico Silva, título conquistado<br />

pela dupla holan<strong>de</strong>sa Anna Esmurzaeva/Elke<br />

Tiel, em femininos.<br />

Com muito sol e altas temperaturas ao<br />

longo <strong>de</strong> toda a semana, o Internacional<br />

Júnior <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 2010 voltou a ser um sucesso.<br />

O torneio trouxe mais <strong>de</strong> 160 atletas<br />

<strong>de</strong> vários pontos do Mundo, entre os quais<br />

os melhores tenistas da sua categoria.<br />

O único “dissabor” foi participação a<br />

DR<br />

da<strong>de</strong> dos seniores. Carlos Valente<br />

acrescenta ainda que foi encontrada<br />

a solução <strong>de</strong>ntro do plantel sénior:<br />

“Existem professores <strong>de</strong> Educação<br />

Física, com toda a qualida<strong>de</strong> para<br />

implementar um projecto <strong>de</strong> formação.”<br />

Além disso, “são pessoas<br />

que gostam e sentem o clube”.<br />

Esta semana ficou, porém, <strong>de</strong>fi-<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Leirisport chegam a acordo<br />

Finalmente o entendimento<br />

posta inicial. “Apenas foram clarificadas<br />

questões <strong>de</strong> pormenor.”<br />

A proposta prevê o pagamento<br />

<strong>de</strong> 17.500 euros por jogo<br />

e 520 euros por cada treino adicional,<br />

fora do que está estabelecido<br />

no contrato (um treino por<br />

semana quando a equipa joga<br />

fora e dois quando joga em casa).<br />

“Com este contrato estamos a<br />

Torneio <strong>de</strong> ténis contou com mais <strong>de</strong> 100 atletas <strong>de</strong> todo o Mundo<br />

Espanha e França conquistam<br />

títulos do Internacional Júnior<br />

menos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 70 tenistas estrangeiros<br />

em relação ao ano anterior. Isto <strong>de</strong>veuse,<br />

segundo o director da prova, à alteração<br />

das regras <strong>de</strong> inscrições nos torneios.<br />

No entanto, Miguel Sousa garantiu que a<br />

qualida<strong>de</strong> não foi prejudicada.<br />

“Não baixámos o nível do ranking,<br />

mesmo tendo muitos portugueses. O que<br />

significa que o ténis nacional está em<br />

crescendo, o que é um motivo <strong>de</strong> orgulho<br />

para todos nós”, salienta. O responsável<br />

do torneio <strong>de</strong>staca ainda a prestação<br />

do jovem Fre<strong>de</strong>rico Silva, que<br />

garantiu uma presença na final. “É já<br />

um dos melhores atletas do mundo na<br />

ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le.” ■<br />

EC<br />

nido que a equipa <strong>de</strong> seniores masculinos<br />

vai ser inscrita no Campeonato<br />

Nacional da III divisão.<br />

“Não temos fundos para garantir<br />

gran<strong>de</strong>s reforços, mas vamos disputar<br />

a prova com os atletas que<br />

já estavam no clube”, assegura Rui<br />

Clemente.<br />

Carlos Valente diz que a secção<br />

dar a cana e o anzol. Agora trabalhem.<br />

Aproveitem as condições<br />

do contrato para gerarem<br />

mais receitas. Isso passa por trabalhar<br />

durante a época para conseguirem<br />

trazer mais pessoas ao<br />

estádio”, acrescentou Raul Castro.<br />

Segundo o autarca, o contrato<br />

dá à SAD “margem <strong>de</strong> mano-<br />

tem um custo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 25 mil<br />

euros por ano, por isso tem <strong>de</strong> se<br />

tornar “auto-sustentável”. A secção<br />

<strong>de</strong> hóquei em patins está, por<br />

isso, a tentar garantir patrocínios<br />

que “consigam aliviar a carga <strong>de</strong><br />

custos” com a equipa, adianta Rui<br />

Clemente. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

bra para cativar mais pessoas ao<br />

estádio, nomeadamente através<br />

da negociação <strong>de</strong> camarotes”. Os<br />

valores foram calculados em “função<br />

dos encargos que existem<br />

com o estádio, alguns dos quais<br />

não estavam contemplados no<br />

contrato anterior”. ■<br />

EC/MAS<br />

Fátima empata na Taça da Liga<br />

Kata ‘bisa’ em jogo<br />

com muitos golos<br />

Dois golos <strong>de</strong> Kata contribuíram para o empate<br />

do CD Fátima frente ao Feirense, por 3-3, na<br />

primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga <strong>de</strong><br />

futebol. Este resultado <strong>de</strong>ixa tudo igual, já que os<br />

outros dois clubes que compõe o grupo também<br />

empataram, curiosamente, com o mesmo número<br />

<strong>de</strong> golos.<br />

Diamantino Miranda continua sem ganhar como<br />

treinador do Fátima. Nos jogos <strong>de</strong> preparação, o<br />

Fátima empatou três jogos e per<strong>de</strong>u um. Ainda<br />

com alguma afinação a fazer, o jogo foi equilibrado<br />

e aberto. Se Kata marcou dois, o seu adversário<br />

Pinheiro fez um ‘hat trick’ pelo Feirense. Nuno<br />

Sousa marcou o outro tento do Fátima<br />

No próximo domingo, o Fátima <strong>de</strong>sloca-se a<br />

Moreira <strong>de</strong> Cónegos para <strong>de</strong>frontar o Moreinse. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 39<br />

BREVES<br />

■<br />

An<strong>de</strong>bol<br />

Pedro Portela<br />

vice-campeão<br />

Pedro Portela sagrou-se vice-campeão<br />

europeu <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol sub-20.<br />

O atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> começou na<br />

modalida<strong>de</strong> com a camisola do<br />

Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, transferindo-se<br />

para o Sporting. O internacional<br />

esteve na final do Campeonato<br />

da Europa <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol, o<br />

qual Portugal per<strong>de</strong>u com a Dinamarca<br />

por 30-24. Sem <strong>de</strong>rrotas<br />

na fase <strong>de</strong> grupos, incluindo um<br />

triunfo sobre a Dinamarca (29-<br />

28), Portugal foi a gran<strong>de</strong> revelação<br />

do Europeu e sai com a consolação<br />

<strong>de</strong> conseguir o melhor<br />

resultado <strong>de</strong> sempre do an<strong>de</strong>bol<br />

nacional e o apuramento directo<br />

para o Mundial <strong>de</strong> sub-21, a disputar<br />

em 2011 na Grécia.<br />

Sp. Pombal<br />

Dívidas<br />

ascen<strong>de</strong>m a<br />

200 mil euros<br />

A Direcção do Sporting Clube <strong>de</strong><br />

Pombal vai propor um acordo<br />

com a Administração Fiscal e<br />

Segurança para um pagamento<br />

em prestações <strong>de</strong> uma dívida <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 180 mil euros. A informação<br />

foi comunicada aos sócios,<br />

na última reunião <strong>de</strong> Assembleia<br />

Geral do clube, na sexta-feira. A<br />

proposta prevê o pagamento num<br />

período entre cinco a <strong>de</strong>z anos.<br />

Além <strong>de</strong>ste montante, o Sporting<br />

<strong>de</strong> Pombal enfrenta ainda<br />

uma dívida <strong>de</strong> 33 mil euros a<br />

fornecedores. Segundo um comunicado<br />

do clube, estes valores<br />

foram acumulados durante nove<br />

anos, que antece<strong>de</strong>ram a Direcção<br />

li<strong>de</strong>rada actualmente por José<br />

Hilário. Há um ano à frente dos<br />

<strong>de</strong>stinos do clube, o dirigente<br />

admite ser difícil saldar todos os<br />

compromissos herdados e não<br />

cumpridos, mas espera garantir<br />

acordos para saldar as dívidas.<br />

A Direcção apela “a todos os<br />

pombalenses e não só para se<br />

associarem a este <strong>de</strong>safio”.<br />

Nazaré<br />

Natação no mar<br />

No próximo domingo, realizase<br />

a 29ª gran<strong>de</strong> prova <strong>de</strong> natação<br />

Joaquim Bernardo <strong>de</strong> Sousa<br />

Lobo, pelas 16:30 horas. Trata-se<br />

<strong>de</strong> uma travessia <strong>de</strong> mar,<br />

com uma aproximada <strong>de</strong> 1.300<br />

metros, entre a zona da chamada<br />

Pedra do Guilhim e a<br />

praia, promovida pela Meia<br />

Maratona Internacional da<br />

Nazaré. Paralelamente, <strong>de</strong>corre<br />

a prova infantil, na distância<br />

aproximada <strong>de</strong> 300 metros.


40 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Voleibol<br />

Torneio em S.<br />

Pedro <strong>de</strong> Moel<br />

Estão abertas as inscrições para a<br />

22º edição do torneio <strong>de</strong> voleibol<br />

<strong>de</strong> praia <strong>de</strong> S.Pedro <strong>de</strong> Moel. Os<br />

interessados <strong>de</strong>vem enviar os seus<br />

dados através dos en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> email:<br />

operário@netcabo.pt ou<br />

anaedra@hotmail.com. Cada equipa<br />

<strong>de</strong>ve ter um máximo cinco elementos.<br />

As inscrições terminam<br />

às 18 horas do dia 17 <strong>de</strong> Agosto.<br />

Futsal<br />

Caldas com<br />

equipa <strong>de</strong>finida<br />

O Caldas Sport Clube já tem o plantel<br />

sénior <strong>de</strong> futsal <strong>de</strong>finido para<br />

a época 2010/11. O clube, que vai<br />

disputar o Campeonato Nacional<br />

da III divisão, reforçou-se com as<br />

entradas <strong>de</strong> “Rudi” (ex–Mendiga),<br />

Ricardo “Papagaio” (ex-Casa Benfica),<br />

João Filipe “Igyta” (ex–Valejas),<br />

Miguel Pereira (ex-Casa do<br />

Benfica) e Macedo (ex-Caldas Fut<br />

11). Permanecem da época anterior<br />

“Xalinho”, Ivo Freire, André<br />

Santos, Diogo Tavares, Oliveira,<br />

“Loja”,Albuquerque e Telmo. A<br />

equipa técnica é li<strong>de</strong>rada por Gabriel<br />

Fernan<strong>de</strong>s. ■<br />

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Miguel Carvalho em terceiro lugar na Taça do Mundo em Kayak<br />

Atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> supera melhor<br />

do Mundo<br />

O atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 18 anos,<br />

foi o primeiro classificado, na disciplina<br />

<strong>de</strong> kayaksurf HP, na segunda<br />

etapa do Circuito Nacional <strong>de</strong><br />

Kayaksurf e Waveski, que <strong>de</strong>correu<br />

em Santa Cruz. Já na disciplina<br />

<strong>de</strong> kayaksurf IC, Miguel Carvalho<br />

chegou à final <strong>de</strong>ixando para<br />

trás aquele que é o melhor do mundo.<br />

O jovem foi o melhor português<br />

da prova. O primeiro lugar<br />

coube ao irlandês Jonny Bingham.<br />

Na prova internacional, que<br />

também <strong>de</strong>correu em Santa Cruz,<br />

Miguel Carvalho venceu o escalão<br />

<strong>de</strong> juniores, em HP, e ficou no<br />

quarto lugar na geral, na mesma<br />

disciplina. Em kayaksurf IC alcançou<br />

a terceira posição.<br />

“Foi muito positivo. Demonstra<br />

que estou a evoluir e sinto que<br />

ainda posso fazer melhor”, afirma<br />

Miguel Carvalho. O atleta<br />

salienta que este foi um ano “difícil”<br />

porque estava a terminar o<br />

12º ano, o que lhe roubou algum<br />

tempo para treinar.<br />

Neste ano lectivo, o jovem vai<br />

fazer uma pausa e <strong>de</strong>dicar-se em<br />

exclusivo ao <strong>de</strong>sporto. “Para o ano<br />

realiza-se o Campeonato do Mundo<br />

na Carolina do Norte, nos Estados<br />

Unidos, e vou treinar para estar<br />

ao melhor nível”, revela Miguel<br />

Carvalho, que lamenta ter <strong>de</strong> trei-<br />

ANDRÉ RESENDE E JOÃO GARCIA<br />

nar muitas vezes sozinho. “Evolui-<br />

-se mais quando estamos com<br />

outros.”<br />

O kayaksurf ainda tem poucos<br />

praticantes, mas o número tem<br />

vindo a crescer. “A nível internacional,<br />

vemos que estão a aparecer<br />

mais atletas e a evolução é<br />

evi<strong>de</strong>nte nas manobras a que se<br />

assistem nas provas.” ■<br />

Elisabete Cruz


A nona etapa da Volta a Portugal em bicicleta<br />

vai atravessar o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. No<br />

próximo sábado, o ‘circo’ será montado na<br />

Praia do Pedrógão, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> partirão os ciclistas<br />

até ao centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A meta final estará<br />

colocada no Largo Cónego Maia, junto ao<br />

Jardim Luís <strong>de</strong> Camões.<br />

Com um percurso <strong>de</strong> 32.6 quilómetros, o<br />

contra-relógio da 72º edição da prova não<br />

oferecerá gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s aos corredores.<br />

Segundo refere o organizador, João Lagos,<br />

no site da prova, este contra-relógio será<br />

praticamente plano, com ligeiras elevações,<br />

em que os especialistas puros nesta matéria<br />

não terão necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tirar muitas vezes<br />

as mãos do extensor. Isto porque não existirão<br />

muitas viragens nem muitas rotundas.<br />

Só mesmo no interior da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

nos metros que antece<strong>de</strong>m a chegada é<br />

que haverá uma ou outra viragem. “É um<br />

crono longo que po<strong>de</strong> favorecer homens<br />

como David Blanco. Estão criadas enormes<br />

expectativas sobre a <strong>de</strong>cisão que este contra-relógio,<br />

agora <strong>de</strong> véspera, po<strong>de</strong> incutir<br />

na Volta a Portugal.”<br />

A prova conta com a participação <strong>de</strong> seis<br />

equipas portuguesas e <strong>de</strong>z estrangeiras, constituindo<br />

um pelotão com 144 corredores.<br />

ALTERAÇÕES AO TRÂNSITO<br />

O percurso da Volta vai obrigar a algumas<br />

alterações ao trânsito. Entre as 13 e as<br />

18 horas, a circulação automóvel estará interrompida<br />

na Estrada Atlântica, entre Praia do<br />

Pedrógão e Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>; na EN 349, entre<br />

Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Monte Real; na ligação<br />

entre a EN349 e a EN109, variante a Monte<br />

Real; EN109, entre a rotunda <strong>de</strong> acesso à<br />

A17 e a entrada em <strong>Leiria</strong>; na Rotunda da<br />

Almuinha Gran<strong>de</strong> (sentido Monte Real – <strong>Leiria</strong>).<br />

Como trajecto alternativo é aconselhada<br />

a A17.<br />

No centro da cida<strong>de</strong>, os arruamentos Av.<br />

Heróis <strong>de</strong> Angola, R. <strong>de</strong> São Francisco, R.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />

Contra-relógio no sábado vai ligar Praia do Pedrógão ao centro da cida<strong>de</strong><br />

Coronel Teles Sampaio Rio, R. Capitão Mouzinho<br />

<strong>de</strong> Albuquerque, R. Dr. Afonso Acácio<br />

Serra, Largo Cónego Maia e Rossio <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, entre a Rotunda do Sinaleiro e a Av.<br />

Heróis <strong>de</strong> Angola estarão encerrados entre<br />

as 7 e as 19 horas.<br />

A partir das 13 horas, o trânsito estará<br />

também proibido na Rotunda da Almuinha<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 41<br />

Volta a Portugal atravessa concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

DR<br />

Gran<strong>de</strong>, Ponte Euro 2004, Av. 22 <strong>de</strong> Maio,<br />

no sentido do centro da cida<strong>de</strong>, Ponte do<br />

Arrabal<strong>de</strong>, Rotunda do Estádio, acesso da<br />

Av. Bernardo Pimenta à Rotunda do Estádio,<br />

Av. 25 <strong>de</strong> Abril, no sentido <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte,<br />

Beco <strong>de</strong> São Francisco e acesso da estrada<br />

da Carreira <strong>de</strong> Tiro à EN 109. ■<br />

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42 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA | ■ Emprego ■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Acilis promove<br />

cursos<br />

A Acilis tem abertas inscrições<br />

para dois Cursos <strong>de</strong><br />

Educação e Formação (CEF),<br />

<strong>de</strong>stinados a jovens até aos<br />

23 anos. Trata-se das acções<br />

<strong>de</strong> logística e armazenagem<br />

e práticas técnico-comerciais,<br />

a promover em <strong>Leiria</strong>,<br />

a partir <strong>de</strong> Setembro (seis<br />

horas diárias em período<br />

pós-laboral), no âmbito dos<br />

apoios comunitários do Instituto<br />

<strong>de</strong> Emprego e Formação<br />

Profissional e do Programa<br />

Operacional do Potencial<br />

Humano.<br />

Desenvolvem-se através<br />

<strong>de</strong> percursos <strong>de</strong> dupla certificação<br />

- escolar e profissional<br />

- dando a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adquirir habilitações<br />

escolares – 9.º ano e<br />

competências profissionais<br />

– nível II, com vista à inserção<br />

no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Po<strong>de</strong>m ace<strong>de</strong>r aos cursos<br />

jovens entre os 15 e os<br />

23 anos, <strong>de</strong>tentores do 6º<br />

ano completo. Têm direito<br />

a subsídios <strong>de</strong> alimentação<br />

e <strong>de</strong> transporte, bolsa <strong>de</strong> formação<br />

durante o período <strong>de</strong><br />

estágio, bolsa <strong>de</strong> material<br />

escolar. ■<br />

Crise <strong>de</strong>struiu empregos tipicamente “masculinos”<br />

Mulher ganha peso no mercado laboral<br />

A força da mulher no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho tem vindo a aumentar nos<br />

últimos anos, fenómeno que tem vindo<br />

a intensificar-se com a crise e com<br />

a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> empregos tipicamente<br />

“masculinos”, em áreas como a construção<br />

ou a indústria.<br />

Segundo os cálculos do Sol e do<br />

Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, no<br />

primeiro trimestre do ano, o género<br />

feminino já representava 47% da<br />

população empregada do País, o valor<br />

mais elevado <strong>de</strong> sempre. Nos últimos<br />

10 anos, a população feminina<br />

empregada subiu 5%, ao passo que<br />

o número <strong>de</strong> trabalhadores masculinos<br />

<strong>de</strong>sceu 3%. Se o ritmo se mantiver,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 15 anos as mulheres<br />

terão ultrapassado os homens no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

As baixas qualificações dos trabalhadores<br />

masculinos dão uma ajuda<br />

extra. Em 1986, o número <strong>de</strong><br />

mulheres matriculadas no ensino<br />

superior ultrapassou, pela primeira<br />

vez, o dos homens. Des<strong>de</strong> então, o<br />

género feminino nunca mais <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser o mais forte nas faculda<strong>de</strong>s do<br />

País. No ano passado, 55% dos novos<br />

alunos no ensino superior eram mulheres.<br />

A forte presença das mulheres<br />

portuguesas no emprego tem <strong>de</strong> resto<br />

motivos históricos. A guerra colonial<br />

e a emigração <strong>de</strong> homens <strong>de</strong><br />

Faz parte da nossa cultura promover a adaptabilida<strong>de</strong>, a experimentação, a aprendizagem<br />

e a mudança contínua.<br />

O reconhecimento internacional da marca radica na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação, no<br />

saber fazer tecnológico e <strong>de</strong> gestão, uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento assente na<br />

diversificação do portfólio <strong>de</strong> produtos.<br />

TORRES NOVAS<br />

ENG. MECÂNICOS (m/f)<br />

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profissional, associada ao seguinte perfil:<br />

. Recém-licenciados com formação sólida;<br />

. Domínio da língua inglesa;<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para residência na zona;<br />

. Boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> trabalho;<br />

. Gosto pela gestão;<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para admissão imediata.<br />

OFERECEMOS<br />

Efectivas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento pessoal e profissional, aliadas à formação<br />

profissional.<br />

SOLICITAMOS<br />

Envio <strong>de</strong> resposta por carta ou e-mail com a indicação da respectiva referência,<br />

razões <strong>de</strong> candidatura, nome completo, habilitações académicas, experiência profissional,<br />

vencimento pretendido, ida<strong>de</strong> e nº <strong>de</strong> telefone, para os nossos escritórios:<br />

dirpessoal@renova.pt<br />

ou<br />

RENOVA – FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA, S.A.<br />

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Os candidatos consi<strong>de</strong>rados serão contactados num prazo <strong>de</strong> 3 semanas.<br />

RICARDO GRAÇA<br />

muitas famílias fez com que as mulheres<br />

tivessem <strong>de</strong> assumir um papel<br />

<strong>de</strong>terminante no sustento do lar.<br />

Curso EFA <strong>de</strong> dupla certificação (com direito a bolsa <strong>de</strong> formação)<br />

"Técnico/a Instalador<br />

<strong>de</strong> Sistemas Solares Térmicos"<br />

Destinatários: Adultos <strong>de</strong>sempregados com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 23<br />

anos e com 9ºano completo (habilitações mínimas)<br />

Pré-inscrições até 31 <strong>de</strong> Agosto<br />

Para imprimir a ficha e obter informações <strong>de</strong>talhadas vá a<br />

http://cno.esc-calazans.ccems.pt/<br />

A presi<strong>de</strong>nte da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Mulheres Empresárias,<br />

Ana Bela Silva, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o sexo<br />

feminino ten<strong>de</strong> a ter mais-valias em<br />

criativida<strong>de</strong>, resolução <strong>de</strong> problemas<br />

e sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />

LUGARES CIMEIROS<br />

PERTENCEM AOS HOMENS<br />

Apesar <strong>de</strong> reconhecer que as mulheres<br />

portuguesas são das que têm maior<br />

participação na vida laboral, a investigadora<br />

Aurora Teixeira explicou ao<br />

JORNAL DE LEIRIA que, em termos<br />

hierárquicos, o peso da mulher ainda<br />

é muito relativo.<br />

Os lugares cimeiros continuam a<br />

ser ocupados por homens, sendo que<br />

boa parte das mulheres ainda se autoexclui<br />

<strong>de</strong>ssas posições privilegiando<br />

a vida familiar. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

MULHERES NO MERCADO<br />

DE TRABALHO<br />

Ano %<br />

2002 45,2<br />

2005 46<br />

2008 46,2<br />

2010* 47<br />

*primeiro trimestre Fonte: INE


TÉCNICO DE ATENDIMENTO<br />

PARA SECÇÃO DE PEÇAS (M/F)<br />

Requisitos da Função:<br />

. Formação mínima ao nível do 12º na área da mecânica<br />

. Experiência mínima <strong>de</strong> 1 / 2 anos em secção <strong>de</strong> peças<br />

. Conhecimentos <strong>de</strong> informática na óptica do utilizador<br />

. Domínio da língua inglesa<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho com autonomia e responsabilida<strong>de</strong><br />

. Gosto pelo trabalho em equipa<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />

. Carta <strong>de</strong> condução<br />

Condições preferenciais:<br />

. Ida<strong>de</strong> até 30 anos<br />

. Residência na zona <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

. Disponibilida<strong>de</strong> imediata<br />

Os interessados <strong>de</strong>verão enviar CV para Parque Movicortes – 2404-006 Azoia – <strong>Leiria</strong> ao<br />

cuidado da Responsável <strong>de</strong> Recursos Humanos ou para sandrina.leal@movicortes.pt<br />

TÉCNICO<br />

ADMINISTRATIVO (M/F)<br />

Requisitos da Função:<br />

. Curso superior na área da Gestão Empresarial<br />

Competências mínimas:<br />

. Experiência mínima <strong>de</strong> 3 anos <strong>de</strong> tratamento administrativo (facturação,<br />

cobranças, tesouraria)<br />

. Conhecimentos <strong>de</strong> informática (programas <strong>de</strong> facturação e microsoft<br />

office)<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho com autonomia e responsabilida<strong>de</strong><br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> tempo e organização profissional<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />

. Carta <strong>de</strong> condução<br />

Condições preferenciais<br />

. Residência na zona <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Os interessados <strong>de</strong>verão enviar curriculum vitae e carta <strong>de</strong> apresentação<br />

para Parque Movicortes – 2404 – 006 Azoia – <strong>Leiria</strong>, A/C da Responsável<br />

<strong>de</strong> Recursos Humanos ou para sandrina.leal@movicortes.pt<br />

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Escavadoras, Niveladoras, Cilindros e Tractores com Joper)<br />

MECÂNICO<br />

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e construção <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> comunicação<br />

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Exige-se experiência Comprovada<br />

Sentido <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Disponibilida<strong>de</strong> Imediata<br />

Envio <strong>de</strong> Curriculum Vitae para o e-mail:<br />

filipe.lopes.jag@gmail.com<br />

ou en<strong>de</strong>reço:<br />

Cruzamento da Casa Meada – Antanhol<br />

3040-573 Coimbra<br />

ou para o FAX: 239 800 809<br />

| JORNAL DE LEIRIA | EMPREGO |<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 43<br />

PRECISA-SE<br />

EMPREGADA/O DOMÉSTICA<br />

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p/ Caldas da Rainha.<br />

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44 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Depressão agrava prognóstico <strong>de</strong> patologias graves<br />

Enfarte do miocárdio, aci<strong>de</strong>nte<br />

vascular cerebral (AVC), diabetes<br />

e outras patologias crónicas<br />

têm um prognóstico agravado em<br />

doentes com <strong>de</strong>pressão, revela o<br />

estudo The Societal Costs of Chronic<br />

Major Depression. De acordo<br />

com a investigação, a <strong>de</strong>pressão<br />

aumenta o risco <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

dos doentes após enfarte do miocárdio<br />

e piora os resultados funcionais<br />

pós AVC e o prognóstico<br />

<strong>de</strong> doentes diabéticos. Os estados<br />

<strong>de</strong>pressivos contribuem ainda para<br />

aumentar o risco <strong>de</strong> morte dos<br />

doentes internados em lares <strong>de</strong><br />

terceira ida<strong>de</strong>.<br />

HERBALIFE<br />

NUTRIÇÃO<br />

EQUILIBRADA<br />

- Perca Peso, medidas e celulite,<br />

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Tlm: 962 627 967<br />

O estudo norte-americano<br />

lança uma nova luz sobre o<br />

impacto global da <strong>de</strong>pressão,<br />

patologia que afecta oito por<br />

cento dos portugueses. Cerca<br />

<strong>de</strong> 65% dos doentes enfrentam<br />

risco grave, tendo em conta o<br />

diagnóstico tardio (em média 5<br />

anos). Em causa, po<strong>de</strong> estar o<br />

<strong>de</strong>sconhecimento sobre os sintomas<br />

físicos dolorosos, como<br />

dores crónicas, musculares, abdominais<br />

e cefaleias, que não respon<strong>de</strong>m<br />

ao tratamento convencional,<br />

e que po<strong>de</strong>m escon<strong>de</strong>r<br />

uma <strong>de</strong>pressão durante anos,<br />

sem que se manifestem os tra-<br />

DR<br />

JORGE CARVALHO SOFIA<br />

MÉDICO ESPECIALISTA DE OTORRINOLARINGOLOGIA<br />

. CONSULTAS . CIRURGIAS . EXAMES DE AUDIÇÃO<br />

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Rua Dª Maria da Graça Lúcio da Silva, 9-1º esq., <strong>Leiria</strong> . Marcações pelos telefones<br />

244 822 970 – 239 827 089 ou Tm. 932 442 274<br />

■ Saú<strong>de</strong> ■<br />

Doentes <strong>de</strong>primidos têm índices<br />

<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> mais altos<br />

Há cada vez mais clientes<br />

Termas procuradas principalmente por mulheres<br />

Ainda são sobretudo as mulheres<br />

à procura <strong>de</strong> tratamento quem<br />

mais frequenta os balneários termais,<br />

mas a oferta <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong><br />

bem-estar leva às termas cada vez<br />

mais clientes que não esperam uma<br />

cura, mas alguns dias sem stress.<br />

De acordo com dados da Associação<br />

Termas <strong>de</strong> Portugal (ATP),<br />

em 2009 procuraram as termas 97<br />

mil clientes, mais 1,1% do que no<br />

ano anterior.<br />

Embora a maioria dos clientes<br />

ainda procure as termas no sentido<br />

clássico, o número das pessoas<br />

que procuram as novas valências<br />

<strong>de</strong> bem-estar está a crescer exponencialmente<br />

nos últimos anos, já<br />

que representou 31% do total em<br />

2009, quando era apenas <strong>de</strong> 2% do<br />

total em 2004.<br />

Segundo a ATP, 61% dos clientes<br />

que procuram as termas no sentido<br />

tradicional são mulheres, 81%<br />

do total <strong>de</strong> clientes tem mais <strong>de</strong> 44<br />

anos e 14% menos <strong>de</strong> 35 anos.<br />

A classe social dominante é, neste<br />

caso, a média e média-baixa, com<br />

origem na Gran<strong>de</strong> Lisboa ou no<br />

Gran<strong>de</strong> Porto.<br />

A maioria <strong>de</strong>stes clientes mais<br />

tradicionais fica nas termas, em<br />

média, por 14 dias e volta por várias<br />

vezes, já que, segundo a ATP, verifica-se<br />

uma taxa <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong><br />

70%.<br />

Já quem procura mais a indústria<br />

do bem-estar tem sobretudo<br />

entre 25 e 45 anos, é <strong>de</strong> classe média<br />

/ média–alta e vive em gran<strong>de</strong>s centros<br />

urbanos.<br />

A relação entre os sexos que procuram<br />

este produto é mais equilibrado,<br />

mas a taxa <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização do<br />

cliente é mais baixa.<br />

Normalmente ficam dois ou três<br />

dias, mas em hotéis <strong>de</strong> três estrelas<br />

ou superior.<br />

dicionais sinais emocionais.<br />

“Sabe-se que a <strong>de</strong>pressão tem<br />

uma prepon<strong>de</strong>rância forte na<br />

recuperação dos doentes. Por<br />

outro lado, também é conhecido<br />

o risco aumentado que doentes<br />

com doenças crónicas, ou em<br />

recuperação, têm <strong>de</strong> vir a conhecer<br />

um episódio <strong>de</strong>pressivo. O<br />

diagnóstico precoce nestes doentes<br />

é particularmente importante,<br />

pois quanto mais tar<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>pressão for <strong>de</strong>tectada mais difícil<br />

se torna a recuperação”, explica<br />

Luís Câmara Pestana, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Psiquiatria Biológica. ■<br />

CLÍNICA MATERNO<br />

INFANTIL DE LEIRIA<br />

> Alicia Rita -Obstetra Ginecologista<br />

> Bilhota Xavier - Pediatra<br />

> Beatriz Pena - Pedopsiquiatra<br />

> João Morgado - Ortopedista<br />

> Luís Seabra - Pediatra<br />

O volume total <strong>de</strong> negócios dos<br />

balneários termais em 2009 foi <strong>de</strong><br />

20,1 milhões <strong>de</strong> euros (mais 2,1 %<br />

em relação a 2008), segundo a ATP.<br />

Em Monte Real, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

as termas fazem 500 tratamentos<br />

diários, refere Miguel Sousinha,<br />

administrador da Lena Hotéis. Segundo<br />

aquele responsável, as águas <strong>de</strong><br />

Monte Real são boas para os aparelhos<br />

respiratório, digestivo e músculo-esquelético.<br />

■<br />

> Alexandre Pena - Psicólogo Clínico<br />

> Inês Lopes - Terapeuta da Fala<br />

Consultas por marcação todos os dias úteis<br />

a partir das 14.00h<br />

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Email: maternoinfantil@netcabo.pt


Projecto distinguido no Nutrition Awards 2010<br />

ARS Centro promove<br />

redução <strong>de</strong> sal na comida<br />

O projecto Minorsal.sau<strong>de</strong> da Administração<br />

Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Centro<br />

(ARSC), que visa reduzir o sal adicionado<br />

à comida, através das acções<br />

Pão.come e Sopa.come, recebeu uma<br />

menção honrosa, na primeira edição<br />

do Nutrition Awards 2010, na categoria<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública.<br />

Porque “Portugal se encontra no<br />

topo da tabela dos países europeus em<br />

que é maior a relação entre a mortalida<strong>de</strong><br />

por aci<strong>de</strong>nte vascular cerebral<br />

e a ingestão média diária <strong>de</strong> sal” o<br />

objectivo do Minorsal.sau<strong>de</strong> é reduzir<br />

a mortalida<strong>de</strong> associada a doenças<br />

cérebro e cardiovasculares.<br />

Este trabalho “é alinhado por princípios<br />

<strong>de</strong> parcerias com a indústria e<br />

gran<strong>de</strong>s empresas retalhistas, formação<br />

para uma consciência informada<br />

dos consumidores e estruturado numa<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública multidisciplinares”,<br />

lê-se na <strong>de</strong>scrição<br />

sumária do projecto.<br />

O Pão.come está em curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006, <strong>de</strong>corre da parceria entre a ARSC<br />

e a Associação do Comércio e da Indústria<br />

da Panificação, Pastelaria e Similares<br />

e a Fundação Portuguesa <strong>de</strong> Cardiologia<br />

e tem por objectivo a dimi-<br />

Sons <strong>de</strong> baixa frequência<br />

provocam doença vibro-acústica<br />

Os sons <strong>de</strong> baixa frequência, englobando aqueles que<br />

não são perceptíveis pelo ouvido humano, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar<br />

problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> muito graves. A doença vibro-<br />

-acústica po<strong>de</strong> causar total incapacida<strong>de</strong> e mesmo levar<br />

à morte. Os sons com frequência abaixo dos 500 Hertz<br />

(infrasons, não perceptíveis pelos humanos) estão presentes<br />

no nosso quotidiano, mesmo em aparelhos como<br />

o frigorífico, aviões e todos os meios <strong>de</strong> transportes, além<br />

<strong>de</strong> aparelhos emissores <strong>de</strong> sons e vibrações. A doença<br />

surge por uma tentativa <strong>de</strong> o corpo se equilibrar, <strong>de</strong>pois<br />

das agressões sonoras, fabricando colagéneo. ■<br />

Por que é que soluçamos?<br />

O soluço é uma contracção involuntária<br />

do músculo diafragma, o principal<br />

músculo da respiração. O soluço<br />

é geralmente causado por uma irritação<br />

do nervo frénico (responsável por<br />

activar o diafragma), <strong>de</strong>vido a um<br />

aumento do volume do estômago. E<br />

não é lenda a história <strong>de</strong> que o susto<br />

DR<br />

po<strong>de</strong> curar o soluço. Porque o susto<br />

provoca a libertação <strong>de</strong> adrenalina,<br />

activando o nervo frénico. Outra solução<br />

é beber água gelada, que provoca<br />

o mesmo efeito. Em casos raros, a irritação<br />

do nervo frénico po<strong>de</strong> ser causada<br />

por um tumor, e o soluço persiste<br />

por dias. ■<br />

nuição gradual do teor <strong>de</strong> sal no pão.<br />

O projecto conta já com mil padarias<br />

a<strong>de</strong>rentes. Após três anos no terreno,<br />

os resultados <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>monstram<br />

que “foram reduzidos substancialmente<br />

os valores <strong>de</strong> sal no pão”.<br />

O Sopa.come teve inicio em 2009 e<br />

preten<strong>de</strong> ter uma intervenção semelhante<br />

naquele que é consi<strong>de</strong>rado o<br />

segundo alimento com maior potencial<br />

<strong>de</strong> intervenção, a sopa. Foram avaliadas<br />

264 sopas provenientes <strong>de</strong> cantinas<br />

e estabelecimentos <strong>de</strong> restauração<br />

e “percebeu-se que a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sal adicionado era superior ao recomendado”.<br />

Esta acção está em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

até ao final <strong>de</strong> 2010 será<br />

e alargada a nível regional, começando<br />

por um diagnóstico <strong>de</strong> base para o<br />

trabalho.■<br />

CONSUMO MÉDIO DIÁRIO<br />

DE SAL EM GRAMAS<br />

EUROPA PORTUGAL<br />

8-11g 12,3g<br />

REDUÇÃO DE SAL/VIDAS POUPADAS<br />

1g/dia 2640<br />

4g/dia 7000<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SAÚDE |<br />

A origem da rebeldia<br />

Segundo um estudo muito recente, a rebeldia<br />

po<strong>de</strong> estar relacionada com o tamanho<br />

da amígdala cerebelosa (área responsável<br />

pela agressivida<strong>de</strong>).<br />

Num estudo realizado na Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Melbourne, na Austrália, foram observados<br />

137 encéfalos <strong>de</strong> adolescentes através<br />

<strong>de</strong> ressonância magnética, durante vários<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Movimento<br />

Vencer e Viver<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 45<br />

O Movimento Vencer e Viver (MVV) tem as portas abertas<br />

a novas voluntárias que queiram envolver-se no<br />

projecto da Liga Portuguesa Contra o Cancro, com<br />

extensão no Hospital <strong>de</strong> Santo André <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001. O<br />

MVV presta acolhimento a mulheres com cancro da<br />

mama, familiares e amigos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que é conhecido o<br />

diagnóstico e em todas as fases da doença. A extensão<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do Vencer e Viver está aberta todas as terças<br />

e quintas-feira das 10 às 12:30 horas. As voluntárias,<br />

mulheres que passaram pela experiência <strong>de</strong> cancro<br />

da mama, encontram-se disponíveis para dar um<br />

testemunho <strong>de</strong> esperança, aconselhando a mulher a<br />

lidar com os seus medos e preocupações, bem como<br />

na aquisição <strong>de</strong> material ortopédico a preços reduzidos.<br />

O Vencer e Viver apoiou directa ou indirectamente<br />

mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z mil mulheres nos últimos dois anos. Encontra-se<br />

também em funcionamento em Aveiro, Castelo<br />

Branco, Covilhã, Guarda e Viseu. O cancro da mama<br />

é o tumor maligno com maior prevalência no mundo<br />

industrializado e o mais comum no sexo feminino.<br />

Todos os anos na União Europeia, 331 mil mulheres<br />

são diagnosticadas com cancro da mama, e 90 mil<br />

morrem com esta doença. Em Portugal, é também a<br />

forma <strong>de</strong> cancro mais frequente na mulher, registando-se<br />

aproximadamente 4.500 novos casos e 1.500<br />

mortes anuais.<br />

Votos para mascote valem equipamento<br />

Pediatria do S. Francisco<br />

ajuda APPC<br />

“Olá, eu sou a mascote da Pediatria do Centro Hospitalar<br />

<strong>de</strong> São Francisco (CHSF) e ainda não tenho nome.<br />

Para isso preciso da vossa ajuda. Os meus pais não se<br />

conseguem <strong>de</strong>cidir e eu não posso continuar sem ter<br />

um nome. Pensámos em várias alternativas… mas não<br />

passámos disso.” Este é o pedido do representante do<br />

serviço <strong>de</strong> Pediatria do CHSF, em <strong>Leiria</strong>. O hospital<br />

<strong>de</strong>safia as pessoas a votarem no nome preferido e se<br />

o número <strong>de</strong> participantes ultrapassar os dois mil, os<br />

responsáveis comprometem-se a oferecer um equipamento<br />

à Associação Portuguesa <strong>de</strong> Paralisia Cerebral<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Segundo o blog do Centro Hospitalar, o prémio<br />

consiste num “carrinho <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s”, “on<strong>de</strong> os<br />

meninos com paralisia cerebral e outras patologias<br />

raras apren<strong>de</strong>m a fazer coisas que para nós parecem<br />

simples mas, para eles, são gran<strong>de</strong>s conquistas”. A cada<br />

500 votos, o serviço <strong>de</strong> Pediatria garante ainda a oferta<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> peças. Para participar basta ace<strong>de</strong>r<br />

ao en<strong>de</strong>reço http://pediatria.chsf.pt/mascote e escolher<br />

o nome preferido.■<br />

momentos <strong>de</strong> discussão com os seus pais.<br />

Concluíram então, que os adolescentes mais<br />

rebel<strong>de</strong>s e nervosos apresentavam amígdalas<br />

cerebelosas relativamente maiores do que<br />

as dos adolescentes mais calmos. Isto sugeriu<br />

aos investigadores que o tamanho das<br />

amígdalas está associado ao comportamento<br />

afectivo nas interacções familiares. ■


46 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SAÚDE/DIVERSOS | JORNAL DE LEIRIA |<br />

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2ªs a 6ªs - 8h30 às 10h30<br />

Urb. Qta. São Bartolomeu, Lt. 6 - n.º 3 R/C - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 244 841999<br />

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Revisão: 2<br />

Data: 20/02/2010<br />

DECLARAÇÃO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

Eu, António da Costa Santos, portador do BI n.º 4225151 emitido em<br />

29/01/2008 pelos SIC <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, resi<strong>de</strong>nte na Rua Vale do Rei n.º 8, Pocariça,<br />

freguesia <strong>de</strong> Maceira, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>claro para os <strong>de</strong>vidos efeitos<br />

que, estando separado <strong>de</strong> facto da minha esposa, Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Almeida<br />

Ferreira Santos, não me responsabilizo por qualquer dívida por ela contraída<br />

a partir <strong>de</strong>sta data.<br />

Maceira, 6 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA<br />

DA SEGURANÇA SOCIAL<br />

SECÇÃO DE PROCESSO DE LEIRIA<br />

ANÚNCIO/EDITAL<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

CITAÇÃO DE CREDORES E VENDA POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA<br />

Processo (s) <strong>de</strong> Execução Fiscal n.º (s) 1001200701119940 e apensos<br />

Mário João Nativida<strong>de</strong> Francisco, Coor<strong>de</strong>nador da Secção <strong>de</strong> Processo Executivo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> do Instituto <strong>de</strong> Gestão Financeira da Segurança Social, I.P. (Deliberação n.º<br />

842/2010, <strong>de</strong> 01/04/2010, publicada na II Série do Diário da República, n.º 88, <strong>de</strong><br />

06 <strong>de</strong> Maio), sita na Rua Francisco Pereira da Silva, 10 D, R/C A - 2410-105 <strong>Leiria</strong>,<br />

faz saber que, nos termos dos artigos 864º, do Código <strong>de</strong> Processo Civil (C.P.C.)<br />

e nos termos dos artigos 239º, n.º 2, 242º e 249º do Código <strong>de</strong> Procedimento e Processo<br />

Tributário (C.P.P.T.) por este serviço correm éditos <strong>de</strong> vinte dias citando os credores<br />

<strong>de</strong>sconhecidos, bem como os sucessores dos credores preferentes <strong>de</strong> PEDRO<br />

MIGUEL PAULINO PISSARRA, NIF 181722950, com domicílio fiscal em RUA<br />

DO MOINHO, VIV. MAR E SERRA, 2º, executado(a) nos processos <strong>de</strong> execução fiscal<br />

supra mencionados, pelo montante <strong>de</strong> € 260031,1 acrescido <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> mora e<br />

custas referente a dívida por falta <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> contribuições à Segurança Social,<br />

para no prazo <strong>de</strong> quinze dias seguidos aos vinte dos éditos, que se contarão a partir<br />

da 2.ª Publicação, reclamarem os seus créditos sobre os bens penhorados abaixo discriminados,<br />

que serão objecto <strong>de</strong> venda judicial, na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proposta em carta<br />

fechada, a realizar neste serviço, no próximo dia 11-10-2010, (Onze <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z), pelas 15:00 horas.<br />

IDENTIFICAÇÃO DOS BENS A VENDER<br />

Verba única: prédio <strong>de</strong>stinado a habitação, composto por: rés-do-chão - alpendre,<br />

hall, cozinha, arrumos, instalação sanitária, sala, logradouro;1º andar - 2 varandas,<br />

hall, instalação sanitária, 2 quartos, arrumos, terraços. Localiza-se na Praia Ver<strong>de</strong>,<br />

Lote 51, fracção A, Castro Marim. Encontra-se <strong>de</strong>scrito na Conservatória <strong>de</strong> Registo<br />

Predial <strong>de</strong> Castro Marim sob o nº 3626-A da freguesia <strong>de</strong> Castro Marim.<br />

O valor base para a venda é <strong>de</strong> €100450 que correspon<strong>de</strong> a 70% do valor <strong>de</strong>terminado<br />

nos termos do art. 250º,<br />

n.º 1 alínea c) do C.P.P.T.<br />

Acrescem os impostos legais.<br />

Não são consi<strong>de</strong>radas propostas apresentadas com valor inferior ao valor base.<br />

As propostas <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>verão ser apresentadas nesta Secção <strong>de</strong> Processo Executivo<br />

até ao dia e hora <strong>de</strong>signados para venda, em envelope fechado, com a indicação<br />

“Proposta em carta fechada – PEDRO MIGUEL PAULINO PISSARRA – Processo<br />

<strong>de</strong> Execução Fiscal n.º 1001200701119940 e apensos e outros” e das mesmas <strong>de</strong>verá<br />

constar o preço proposto, a indicação completa e assinatura do proponente.<br />

As propostas recebidas serão abertas no dia e hora acima <strong>de</strong>signados, na presença<br />

do órgão <strong>de</strong> execução fiscal, po<strong>de</strong>ndo assistir a executada, todos os proponentes, as<br />

pessoas citadas nos termos do art.º 239º e 249º do C.P.P.T. e todos os que, <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificados, possam exercer o direito <strong>de</strong> preferência ou remição.<br />

Efectuada a venda, será o preço, ou parte <strong>de</strong>le, não inferior a uma terça parte, <strong>de</strong>positado<br />

a or<strong>de</strong>m do I.G.F.S.S., I.P. mediante guias a solicitar neste serviço, sendo a<br />

restante parte, no caso do não pagamento integral, <strong>de</strong>positada no prazo <strong>de</strong> quinze<br />

dias.<br />

Se o preço mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo<br />

licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>. Estando<br />

presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta dos<br />

outros, caso contrário, proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve prevalecer<br />

(art. 253º do Código <strong>de</strong> Procedimento e Processo Tributário).<br />

É fiel <strong>de</strong>positário PEDRO MIGUEL PAULINO PISSARRA, com domicílio em RUA<br />

DO MOINHO, VIV. MAR E SERRA, 2º, sobre quem recai a obrigação <strong>de</strong> mostrar os<br />

bens a quem preten<strong>de</strong>r examiná-los, <strong>de</strong>vendo para este efeito ser contactado até ao<br />

dia da venda.<br />

E para constar se lavrou o presente edital/anúncio que vai ser afixado nos lugares<br />

<strong>de</strong>signados por lei.<br />

Secção <strong>de</strong> Processo Executivo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do I.G.F.S.S., I.P.<br />

<strong>Leiria</strong>, 2 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

O Coor<strong>de</strong>nador,<br />

Mário João Nativida<strong>de</strong> Francisco<br />

A escrivã,<br />

Catarina Morgado<br />

Rectificação: Na 1.ª publicação <strong>de</strong>ste anúncio, no dia 5 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010, on<strong>de</strong><br />

consta H100450, <strong>de</strong>veria ler-se €100450."<br />

| JORNAL DE LEIRIA | DIVERSOS/INSTITUCIONAL |<br />

CARTÓRIO NOTARIAL<br />

ALEXANDRA HELENO FERREIRA<br />

Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

EXTRACTO<br />

CERTIFICO, para fins <strong>de</strong> publicação e em conformida<strong>de</strong> com o seu original,<br />

que por escritura <strong>de</strong> Justificação lavrada neste Cartório, no dia vinte e<br />

três <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z, <strong>de</strong> folhas trinta e um a folhas trinta e sete do<br />

respectivo Livro <strong>de</strong> Notas para Escrituras Diversas número CENTO E VIN-<br />

TE E UM, António Coelho Ribeiro, NIF 141.815.370 e mulher Laurinda<br />

Pereira Lopes, NIF 136.743.897, casados sob o regime da comunhão geral,<br />

naturais da freguesia <strong>de</strong> Gon<strong>de</strong>maria, concelho <strong>de</strong> Ourém, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>m na<br />

Rua Principal, nº30, Fartaria, <strong>de</strong>clararam:<br />

Que são com exclusão <strong>de</strong> outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes<br />

imóveis:<br />

1- Prédio Rústico, composto <strong>de</strong> pinhal, com a área <strong>de</strong> quatro mil e cem<br />

metros quadrados, sito em Vale Marques, limite <strong>de</strong> Barroquinha, freguesia<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte com<br />

Fernando Melro e outro, do sul com Fernando Pereira Lopes, do nascente com<br />

Fernando Melro e do poente com her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> José Vieira Antunes Coelho,<br />

inscrito na matriz sob o artigo 11150, com o valor patrimonial <strong>de</strong> € 1.070,00<br />

e a que atribuem igual valor;<br />

2- Prédio Rústico, composto <strong>de</strong> pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> cinco mil<br />

e trezentos metros quadrados, sito em Vale Tacão, freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina<br />

da Serra, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte com Manuel Vieira<br />

Antunes, do sul com Laurinda Pereira Lopes, do nascente com José Maria<br />

Vieira Verdasca e do poente com Rosaria Caetano, inscrito na matriz sob o<br />

artigo 8853, com o valor patrimonial <strong>de</strong> €15,84 e a que atribuem igual valor;<br />

3- Setenta e quatro mil novecentos e quatro/cem mil avos indivisos,<br />

único direito que possuem, do prédio rústico, composto <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> cultura,<br />

pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito mil e quatrocentos metros quadrados,<br />

sito em Carreira da Serra, freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte e do nascente com Manuel Ferreira Fonseca,<br />

do sul com caminho e do poente com José Coelho Batista e outros, inscrito na<br />

matriz sob o artigo 8666, sendo <strong>de</strong> € 73,53 o valor patrimonial do direito<br />

justificado e a que atribuem igual valor;<br />

Que os indicados prédios não se acham <strong>de</strong>scritos nas Conservatórias do<br />

Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, tendo os das verbas números um, dois e três por<br />

doação verbal feita por José Lopes e mulher Júlia <strong>de</strong> Jesus, resi<strong>de</strong>ntes em<br />

Gon<strong>de</strong>maria, Ourém, Outubro <strong>de</strong> mil novecentos e setenta, sem que <strong>de</strong>las ficassem<br />

a dispor <strong>de</strong> título suficiente e formal que lhes permita fazer o respectivo<br />

registo.<br />

Que possuem os indicados prédios em nome próprio, há mais <strong>de</strong> vinte<br />

anos, sem a menor oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, posse<br />

que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento<br />

<strong>de</strong> toda a gente da freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, lugares e<br />

freguesia vizinhas, traduzida em actos materiais <strong>de</strong> fruição, conservação e<br />

<strong>de</strong>fesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo<br />

os respectivos frutos, limpando-os <strong>de</strong> mato, pagando os respectivos<br />

impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspon<strong>de</strong>nte ao exercício<br />

do direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica e<br />

contínua e <strong>de</strong> boa fé, pelo que adquiriram os ditos prédios por USUCAPIÃO.<br />

Ourém, vinte e três <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z.<br />

A Colaboradora da Notária, por competência <strong>de</strong>legada, nos termos do<br />

art.º 8º do Estatuto do Notariado.<br />

Carla Sofia Pinheiro Neto<br />

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333<br />

A N Ú N C I O<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)<br />

I<strong>de</strong>ntificação do bem: Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. <strong>de</strong> Utiliz.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, CARACTERÍSTICAS: Afectação: Habitação, Tipologia/Divisões: 5,<br />

Nº <strong>de</strong> pisos: 2, Área total do terreno: 140m2, Área <strong>de</strong> implantação do edifício: 140m2,<br />

Área bruta <strong>de</strong> construção: 250m2. Área bruta privativa: 124m2, Área bruta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte:<br />

126m2, sito em Carvalhal do Picoto, inscrito na matriz predial urbana da freguesia<br />

<strong>de</strong> Golpilheira com nº 432 e <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial da<br />

Batalha - <strong>de</strong>sc. 351.<br />

TEOR DO ANÚNCIO<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira , Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong><br />

Finanças BATALHA-1333, faz saber que no dia 2010-12-28, pelas 11:00 horas, neste<br />

Serviço <strong>de</strong> Finanças, sito em CELULAB - PRACA DO MUNICIPIO LT. 7 E 8, BATA-<br />

LHA, se há-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial,<br />

nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo<br />

Tributário (CPPT), do bem acima <strong>de</strong>signado, penhorado ao Executado infra indicado,<br />

para pagamento da dívida no valor <strong>de</strong> 12.293,91€, sendo 10.361,47€ <strong>de</strong> quantia<br />

exequenda e 1.932,44€ <strong>de</strong> acréscimos legais.<br />

Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,<br />

citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para<br />

reclamarem, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus<br />

créditos que gozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)<br />

O valor base da venda é <strong>de</strong> 34.279€, calculado nos termos do artigo 250.º do<br />

CPPT.<br />

É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) JOSE ANTONIO FRAZÃO DE MATOS, resi<strong>de</strong>nte<br />

em CARVALHAL DO PICOTO - GOLPILHEIRA, o(a) qual <strong>de</strong>verá mostrar o bem<br />

acima i<strong>de</strong>ntificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-<br />

11-23 e as 17:00 horas do dia 2010-11-25 (249º/6 CPPT).<br />

Todas as propostas <strong>de</strong>verão ser entregues no Serviço <strong>de</strong> Finanças, até às 16:00<br />

horas do dia 2010-12-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças,<br />

<strong>de</strong>vendo i<strong>de</strong>ntificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome<br />

do Executado e o n.º <strong>de</strong> venda 1333.2010.4.<br />

As propostas serão abertas no dia e hora <strong>de</strong>signados para a venda (dia 2010-12-<br />

28 às 11:00h), na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º CPPT).<br />

Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base <strong>de</strong> venda atribuído<br />

a cada verba (250º Nº4 CPPT).<br />

No acto da venda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada a importância mínima <strong>de</strong> 1/3 do valor da<br />

venda, na Secção <strong>de</strong> Cobrança <strong>de</strong>ste Serviço <strong>de</strong> Finanças e pago o Imposto Municipal<br />

Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem <strong>de</strong>vidos.<br />

Os restantes 2/3 <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados na mesma entida<strong>de</strong>, no prazo <strong>de</strong> 15 dias<br />

(256.º CPPT).<br />

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrirse-á<br />

logo licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>.<br />

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta<br />

dos outros, caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve<br />

prevalecer (253.º CPPT).<br />

IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO<br />

Nome: JOSE ANTONIO FRAZÃO DE MATOS.<br />

Morada: CARVALHAL DO PICOTO - GOLPILHEIRA.<br />

Data: 19-05-2010<br />

O Chefe <strong>de</strong> Finanças<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 47<br />

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA<br />

A CARGO DO NOTÁRIO PEDRO TAVARES<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

Certifico, para fins <strong>de</strong> publicação, que neste Cartório e no Livro <strong>de</strong> Notas<br />

para Escrituras Diversas nº 192-A <strong>de</strong> folhas cinquenta e quatro a folhas cinquenta<br />

e cinco verso se encontra exarada uma Escritura <strong>de</strong> Justificação Notarial<br />

no dia trinta <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.<br />

Outorgada por Maria Emília Domingues, viúva, natural <strong>de</strong> Souto da<br />

Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> na Rua da Fonte, nif 123 603 129, - Disse a<br />

primeira:<br />

Que, com exclusão <strong>de</strong> outrem, é dona e legítima possuidora dos seguintes<br />

imóveis:<br />

a) Prédio rústico, composto por pinhal, com a área <strong>de</strong> três mil e quarenta<br />

metros quadrados, a confrontar do norte com António Domingues Pedrosa,<br />

sul com Joaquim Ferreira Figueirinha, nascente com caminho e do poente com<br />

Alfredo da Conceição Sousa, sito em Cerca, na freguesia <strong>de</strong> Monte Redondo<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória do Registo Predial<br />

<strong>de</strong>ste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 15336, com o<br />

valor patrimonial tributário <strong>de</strong> 273,66€, igual ao atribuído;<br />

b) Prédio rústico, composto por terra <strong>de</strong> pinhal e mato, com a área <strong>de</strong><br />

mil novecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com<br />

Manuel Domingues da Ponte, nascente com Manuel Domingues da Ponte e<br />

outro e do poente com caminho, sito em Estremadouro, na freguesia <strong>de</strong> Souto<br />

da Carpalhosa do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória<br />

do Registo Predial <strong>de</strong>ste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o<br />

artigo 603, com o valor patrimonial tributário <strong>de</strong> 502,67€, igual ao atribuído;<br />

c) Prédio rústico, composto por pinhal, com a área <strong>de</strong> oitocentos e setenta<br />

metros quadrados, a confrontar do norte com José Domingues Pedrosa, sul<br />

e nascente com Manuel da Fonseca, do poente com António Joaquim, sito em<br />

Arneiro das Jarmelas, na freguesia <strong>de</strong> Bajouca do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito<br />

na Segunda Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong>ste concelho, inscrito na<br />

respectiva matriz sob o artigo 15211, com o valor patrimonial tributário <strong>de</strong><br />

79,58€, igual ao atribuído.<br />

Que os referidos prédios vieram à sua posse por doação meramente verbal<br />

que lhe foi feita por volta do ano <strong>de</strong> mil novecentos e setenta e cinco pelos<br />

tios José Domingues, viúvo e Maria <strong>de</strong> Jesus, viúva, resi<strong>de</strong>ntes que foram em<br />

Santarém e Souto da Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, respectivamente, sendo ela à data<br />

casada no regime imperativo da separação <strong>de</strong> bens.<br />

Que, assim, vem possuindo esses prédios com seu, há mais <strong>de</strong> vinte anos,<br />

como proprietária e na convicção <strong>de</strong> o ser, cortando mato, plantando e ven<strong>de</strong>ndo<br />

árvores, cumprindo as obrigações fiscais a eles relativas, posse que vem<br />

exercendo ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento <strong>de</strong> toda a gente<br />

e sem oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, assim <strong>de</strong> modo pacífico, contínuo,<br />

público e <strong>de</strong> boa fé, pelo que adquiriu por usucapião a proprieda<strong>de</strong> sobre o<br />

indicados imóveis.<br />

Que dada a forma <strong>de</strong> aquisição originária não tem documentos que a<br />

comprovem.<br />

Que para suprir tal título vem pela presente escritura prestar estas <strong>de</strong>clarações<br />

<strong>de</strong> justificação com o fim <strong>de</strong> obter no registo predial a primeira inscrição<br />

<strong>de</strong> aquisição dos referidos prédios.<br />

Vai conforme o original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida<br />

nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.<br />

<strong>Leiria</strong> trinta <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z<br />

A Funcionária<br />

Leonor Pereira<br />

Conta registada sob o nº 2481, <strong>de</strong> que foi emitido recibo<br />

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333<br />

A N Ú N C I O<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)<br />

I<strong>de</strong>ntificação do bem: Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. <strong>de</strong> Utiliz.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, CARACTERÍSTICAS:<br />

Afectação: Armazéns e activida<strong>de</strong> industrial, Tipologia/Divisões: 1, Nº <strong>de</strong> pisos:<br />

1, Área total do terreno: 4400m2, Área <strong>de</strong> implantação do edifício: 550m2, Área bruta<br />

<strong>de</strong> construção: 550m2. Área bruta privativa: 550m2, Área bruta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: 0m2,<br />

sito em Cova da Raposas - Hortas, inscritona matriz predial urbana da freguesia <strong>de</strong><br />

Barreira, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> com nº 1591 e <strong>de</strong>scrito na 1ª Conservatória do Registo<br />

Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - <strong>de</strong>sc. nº 2556.<br />

TEOR DO ANÚNCIO<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira , Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong><br />

Finanças BATALHA-1333, faz saber que no dia 2010-12-28, pelas 10:00 horas, neste<br />

Serviço <strong>de</strong> Finanças, sito em CELULAB - PRACA DO MUNICIPIO LT. 7 E 8, BATA-<br />

LHA, se há-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial,<br />

nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo<br />

Tributário (CPPT), do bem acima <strong>de</strong>signado, penhorado ao Executado infra indicado,<br />

para pagamento da dívida no valor <strong>de</strong> 12.293,91€, sendo 10.361,47€ <strong>de</strong> quantia<br />

exequenda e 1.932,44€ <strong>de</strong> acréscimos legais.<br />

Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,<br />

citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para<br />

reclamarem, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus<br />

créditos que gozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)<br />

O valor base da venda é <strong>de</strong> 87.703€, calculado nos termos do artigo 250.º do<br />

CPPT.<br />

É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) MARIA ALICE CUNHA DE SOUSA MATOS,<br />

resi<strong>de</strong>nte em R DA GAFARIA N 55 - GOLPILHEIRA, o(a) qual <strong>de</strong>verá mostrar o bem<br />

acima i<strong>de</strong>ntificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-<br />

11-23 e as 17:00 horas do dia 2010-11-25 (249º/6 CPPT).<br />

Todas as propostas <strong>de</strong>verão ser entregues no Serviço <strong>de</strong> Finanças, até às 16:00<br />

horas do dia 2010-12-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças,<br />

<strong>de</strong>vendo i<strong>de</strong>ntificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome<br />

do Executado e o n.º <strong>de</strong> venda 1333.2010.3.<br />

As propostas serão abertas no dia e hora <strong>de</strong>signados para a venda (dia 2010-12-<br />

28 às 10:00h), na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º CPPT).<br />

Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base <strong>de</strong> venda atribuído<br />

a cada verba (250º Nº4 CPPT).<br />

No acto da venda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada a importância mínima <strong>de</strong> 1/3 do valor da<br />

venda, na Secção <strong>de</strong> Cobrança <strong>de</strong>ste Serviço <strong>de</strong> Finanças e pago o Imposto Municipal<br />

Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem <strong>de</strong>vidos.<br />

Os restantes 2/3 <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados na mesma entida<strong>de</strong>, no prazo <strong>de</strong> 15 dias<br />

(256.º CPPT).<br />

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrirse-á<br />

logo licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>.<br />

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta<br />

dos outros, caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve<br />

prevalecer (253.º CPPT).<br />

IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO<br />

Nome: MARIA ALICE CUNHA DE SOUSA MATOS.<br />

Morada: R DA GAFARIA N 55 - GOLPILHEIRA.<br />

Data: 19-05-2010<br />

O Chefe <strong>de</strong> Finanças<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira


48 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA | ■ Imobiliário ■<br />

Casas<br />

Compra<br />

<strong>de</strong> segunda<br />

habitação<br />

sobe cerca<br />

<strong>de</strong> 30%<br />

Dados provisórios da<br />

Associação dos Profissionais<br />

das Empresas <strong>de</strong><br />

Mediação Imobiliária<br />

indicam que a compra <strong>de</strong><br />

segunda habitação aumentou<br />

nos primeiros<br />

seis meses do ano. Apesar<br />

da crise, no primeiro<br />

semestre, as vendas<br />

subiram entre 20% a 30%<br />

na região do Algarve,<br />

comparando com igual<br />

período do ano passado,<br />

revelou à Renascença o<br />

presi<strong>de</strong>nte da associação,<br />

Luís Carvalho Lima, representante<br />

das imobiliárias<br />

nacionais. O presi<strong>de</strong>nte<br />

lembra, contudo, que é<br />

preciso ter em conta que<br />

2009 foi um dos piores<br />

anos no que toca à venda<br />

<strong>de</strong> imobiliário e, por<br />

isso, a situação só po<strong>de</strong>ria<br />

melhorar. Na opinião<br />

<strong>de</strong> Luís Carvalho Lima,<br />

há muitas pessoas que<br />

preferem investir em habitação<br />

do que colocar o<br />

dinheiro no banco. “Hoje<br />

em dia, há alguma incerteza<br />

sobre a situação<br />

financeira, levando a que<br />

as pessoas apliquem o<br />

dinheiro no imobiliário”.<br />

Pois, em Portugal não<br />

houve uma <strong>de</strong>svalorização<br />

do mercado e do preço<br />

dos imóveis como<br />

aconteceu, por exemplo,<br />

em Espanha.<br />

Sector resi<strong>de</strong>ncial registou o menor volume <strong>de</strong> transacções<br />

Investimento imobiliário<br />

cai para menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />

JOSÉ MARQUES<br />

No último ano, o investimento<br />

imobiliário em Portugal caiu para<br />

menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>. De acordo com<br />

os dados da consultora Cushman<br />

& Wakefield (C&W), citados pela<br />

Agência Lusa, o investimento imobiliário<br />

no País movimentou 241<br />

milhões <strong>de</strong> euros no primeiro semestre,<br />

ou seja, menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos<br />

valores registado nos primeiros seis<br />

meses do ano passado. No período<br />

homólogo <strong>de</strong> 2010, foram realizados<br />

negócios no valor <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 600 milhões.<br />

Segundo a consultora, o resultado<br />

obtido é “um investimento<br />

Compre o seu apartamento e vá <strong>de</strong><br />

férias para o Brasil<br />

(campanha válida até 31 Agosto 2010)<br />

inferior ao esperado para o primeiro<br />

semestre”. Ainda assim, Luís<br />

Rocha Antunes, director do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> investimento da C&W<br />

em Portugal, acredita que 2010<br />

“po<strong>de</strong> vir a atingir valores superiores<br />

aos <strong>de</strong> 2009 ainda que mo<strong>de</strong>stos<br />

face à média dos últimos anos”,<br />

o que, acrescentou, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da<br />

“evolução da economia mundial e<br />

nacional”. Para estes valores contribuiu<br />

uma “maior activida<strong>de</strong> no<br />

mercado dos investidores estrangeiros,<br />

responsáveis por 51% das<br />

transacções verificadas até Junho”,<br />

realça.<br />

Em relação aos sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

a C&W nota “um regresso<br />

à <strong>prima</strong>zia do retalho, que representou<br />

cerca <strong>de</strong> 58% no total <strong>de</strong><br />

investimento, com uma parte importante<br />

<strong>de</strong>ste montante investida em<br />

centros comerciais”.<br />

Segue-se o sector industrial, ao<br />

qual foi <strong>de</strong>stinado 28% do volume<br />

total investido e o sector <strong>de</strong><br />

escritórios, com 12% do montante<br />

total. Segundo a análise da C&W,<br />

o sector resi<strong>de</strong>ncial recebeu o menor<br />

volume transaccionado, apenas<br />

2.4%.<br />

“A incerteza quanto ao momen-<br />

to em que se irá dar a inversão na<br />

curva <strong>de</strong> crescimento das economias<br />

e quais os custos reais que<br />

esta crise po<strong>de</strong> ter provocado levou<br />

a uma retoma <strong>de</strong> maior cautela por<br />

parte <strong>de</strong> investidores e financiadores,<br />

não sendo previsível alteração<br />

do nível <strong>de</strong> valores nos próximos<br />

meses”, concluiu Luís Rocha<br />

Antunes.<br />

REABILITAÇÃO<br />

É “BALÃO DE OXIGÉNIO”<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>ração<br />

da Construção e Imobiliário disse<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios que, “face à<br />

falta <strong>de</strong> obras públicas, o investimento<br />

privado é a solução” para<br />

o sector. Já a Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Construção<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a reabilitação<br />

urbana po<strong>de</strong>ria travar a perda <strong>de</strong><br />

95 mil empregos num futuro próximo,<br />

sendo que o sector terá perdido,<br />

nos últimos três anos, 200<br />

mil empregos com a crise. Actualmente,<br />

a reabilitação urbana não<br />

ultrapassa os 6.5% do total da activida<strong>de</strong><br />

no sector da construção.■<br />

Números<br />

6.5%<br />

Peso da reabilitação no sector<br />

da construção.<br />

200 mil<br />

Empregos perdidos na construção,<br />

nos últimos três anos.<br />

95 mil euros<br />

Valor do aposta necessária no<br />

segmento para salvar empregos.<br />

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- Um lote c/ 700 m2<br />

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Cumieira - Espite.<br />

Local Calmo e sossegado.<br />

48.000€ e 29.000€<br />

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em lote com 500m2, garagem,<br />

churrasqueira, jardim, logradouro.<br />

140.000€ Ref: fl0343<br />

AMI 8442 Tm. 915 227 708.<br />

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98m2, 2 qts, 1 em suite, 2<br />

roupeiros, 2 wc, cozinha<br />

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barbecue, pré-inst.ar.c.,<br />

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120.000€, Tm. 933 522 273<br />

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Situado 3 minutos do cen-<br />

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ar condicionado no quarto, marquises<br />

e parqueamento para 1 carro.<br />

65.000E Ref: fl0369 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T3 USADO,<br />

remo<strong>de</strong>lado a 5 minutos da cida<strong>de</strong>,<br />

com boas áreas, excelente exposição<br />

solar, 3 frentes e sótão.<br />

65.000E Ref: fl0339 AMI 8442<br />

Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T3 recuperado<br />

a 5 minutos da cida<strong>de</strong>. No último<br />

andar, lareira, tecto falso em ma<strong>de</strong>ira<br />

com iluminação no hall da entrada<br />

e parqueamento para um carro.<br />

69.500E Ref: fl0170 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T2 novo c/ boas<br />

áreas, cozinha equipada, lareira,<br />

pré aquecimento central e aspiração<br />

central. Garagem. 87.500E<br />

Ref: fl0392 AMI 8442 Tm. 915<br />

227 708.<br />

MORADIA T4+1 a 5 minutos do<br />

centro com boas áreas, óptima<br />

exposição solar, aquecimento central,<br />

lareira, sótão e jardim c/<br />

churrasqueira. 160.000E Ref:<br />

fl0416 AMI 8442 Tm. 915 227<br />

708.<br />

APARTAMENTO T3 REMODE-<br />

LADO, com boas áreas, excelente<br />

exposição solar, a 5 minutos da<br />

cida<strong>de</strong>, iluminação incluída na<br />

sala e hall <strong>de</strong> entrada, <strong>de</strong>spensa,<br />

terraço, sótão e garagem individual.<br />

75.000€ Ref: fl0366 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APART. T2 a 5 minutos da cida<strong>de</strong>,<br />

com lareira, varanda. Sótão<br />

com wc. Garagem individual para<br />

1 carro. 50.000€ Ref: fl0464<br />

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836 133.<br />

P U B L I C I D A D E<br />

geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt


QUINTA, 12<br />

SEXTA, 13<br />

SÁBADO, 14<br />

DOMINGO, 15<br />

SEGUNDA, 16<br />

TERÇA, 17<br />

QUARTA, 18<br />

QUINTA, 12<br />

SEXTA, 13<br />

SÁBADO, 14<br />

DOMINGO, 15<br />

SEGUNDA, 16<br />

TERÇA, 17<br />

QUARTA, 18<br />

PASSATEMPOS<br />

SUDOKU<br />

ALCOBAÇA<br />

B. Marques 262582115<br />

Epifâneo 262582124<br />

Magalhães 262582455<br />

Campeão 262582156<br />

B. Marques 262582115<br />

Epifâneo 262582124<br />

Magalhães 262582455<br />

BATALHA<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

M. Padrão 244765449<br />

M. Padrão 244765449<br />

M. Padrão 244765449<br />

O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números <strong>de</strong> 1 a 9, sem repetir números em cada<br />

linha e cada coluna. Também não se po<strong>de</strong> repetir números em cada quadrado <strong>de</strong> 3x3.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

JORLIS, LDA.<br />

Administração e Gestão:<br />

Arnaldo Sapinho<br />

Direcção Editorial:<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Orlando Cardoso<br />

Arnaldo Sapinho<br />

Coor<strong>de</strong>nação executiva:<br />

Rui Pereira<br />

Director:<br />

José Ribeiro Vieira<br />

jose.vieira@movicortes.pt<br />

Director-adjunto:<br />

João Nazário (C.P. nº TE-570)<br />

direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao.economia@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao.<strong>de</strong>sporto@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao.viver@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

C. DA RAINHA<br />

Perdigão 262880681<br />

B. Lisboa 262832324<br />

Cal<strong>de</strong>nse 262832256<br />

Central 262831471<br />

Maldonado 262831484<br />

Rosa 262831996<br />

Perdigão 262880681<br />

FIGUEIRÓ<br />

Correia S. 236552312<br />

Correia S. 236552312<br />

Correia S. 236552312<br />

Correia S. 236552312<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Coor<strong>de</strong>nadora da Redacção<br />

Alexandra Barata (C.P. nº 3619)<br />

(alexandra.barata@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Redacção<br />

Andreia Antunes (estagiária)<br />

Damião Leonel (C.P. nº 1768)<br />

(damiao.leonel@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />

Daniela Franco Sousa (C.P. nº TP703)<br />

(daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />

Elisabete Cruz (C.P. nº 4403)<br />

(elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />

Graça Menitra (C.P. nº 1769)<br />

(graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Jacinto Silva Duro (C.P. nº 5084)<br />

(jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Maria Ana bela Silva (C.P. nº 4308)<br />

(anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Miguel Sampaio (C.P. nº 8662)<br />

(miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Paula Lagoa<br />

(lagoa.jornal<strong>de</strong>leiria@gmail.com)<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva (C.P. nº 2598)<br />

(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Ricardo Graça, repórter fotográfico (C.P. nº 7852)<br />

(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

F A R M Á C I A S<br />

PALAVRAS CRUZADAS<br />

MARINHA GRANDE<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />

Duarte 244503024<br />

Sta. Isabel 244575349<br />

Guardiano 244502678<br />

Central 244502298<br />

Roldão 244502641<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />

NAZARÉ<br />

Silvério 262552394<br />

Ascenso 262551106<br />

Ascenso 262551106<br />

Ascenso 262551106<br />

Sousa 262561221<br />

Sousa 262561221<br />

Sousa 262561221<br />

HORIZONTAIS: 1- O caminho (Bras. Pop.). Enfeitado<br />

<strong>de</strong> plumas. 2- O m. q. coriza. Nome grego<br />

do <strong>de</strong>us do Amor (Mit.). 3- Cida<strong>de</strong> romena, junto<br />

do rio Maro. Soltavam lamentos. 4- Contrato<br />

gratuito pelo qual uma das partes entrega à outra<br />

certa coisa, móvel ou imóvel, para que se sirva<br />

<strong>de</strong>la. 1.001 (Rom.). 5- Pequeno planeta <strong>de</strong>scoberto<br />

em 1932 pelo belga Delporte. Arcaico<br />

(abrev.). 6- Móvel em forma <strong>de</strong> armário para<br />

imagens <strong>de</strong>votas (pl.) 7- Letra grega. Elemento<br />

radiactivo. 8- Estranho (s.q.). Contestar ou respon<strong>de</strong>r<br />

com viveza. 9- Rio que atravessa Londres.<br />

Tontura, vertigem. 10-1700 (Rom.).<br />

Cortam, fazem em bocados ou tiras. 11- Parte da<br />

ornitologia que tem por objecto o estudo dos<br />

ovos. Qualida<strong>de</strong> (Suf. Fem.)<br />

VERTICAIS: 1- Bebida alcoólica da Índia. Canal<br />

ou passagem estreita (Anat.). 2- Liga <strong>de</strong> quatros<br />

partes <strong>de</strong> cobre e uma <strong>de</strong> ouro. Nascido, nato. 3-<br />

Torne apaixonado. 1.150 (Rom.). 4- Que tem carácter<br />

<strong>de</strong> idólatra. 5- Platina (s.q.). Beneficiais.<br />

6- Deixa em legado. Dei à luz. 7- Que se refere<br />

à ida<strong>de</strong>. Rio costeiro <strong>de</strong> França que <strong>de</strong>sagua no<br />

mar do Norte. 8- De excelente memória (pl.). 9-<br />

Boca (Pref.). Na tua companhia. 10- Ecoam, ressoam.<br />

Senhoras, sinhás (Bras.). 11- Elemento<br />

metálico polivalente, <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> fusão alto. Sufixo<br />

que indica espectáculo, visita.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |<br />

POMBAL<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Torres C. 236218730<br />

Torres C. 236218730<br />

Torres C. 236218730<br />

PORTO DE MÓS<br />

Mirense 244440213<br />

Mirense 244440213<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

LEIRIA<br />

Avenida 244833168<br />

Batista 244832320<br />

Central 244817980<br />

G. Tomaz 244832432<br />

Higiene 244833140<br />

Antunes 244832465<br />

Lis 244882609<br />

Aberta 24 horas<br />

Farmácia do Hospital <strong>de</strong> Sto. André<br />

244881108<br />

(Disponibilida<strong>de</strong> até às 22:00 horas)<br />

De quinta a domingo<br />

Cx. <strong>de</strong> Previdência 244771540<br />

(Maceira)<br />

De domingo a quarta<br />

B. Godinho 244777284 (Arnal)<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 51<br />

David 244741474 (Santa Eufémia)<br />

D. Caçador 244721222<br />

(Bidoeira <strong>de</strong> Cima)<br />

Castela 244891445 (Cortes)<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244732122<br />

(Caranguejeira)<br />

M. Real 244612253 (Monte Real)<br />

Boavista 244723124 (<strong>Leiria</strong>)<br />

Higiene 244833140<br />

(Monte Redondo)<br />

F. Silva 244613197<br />

(Souto da Carpalhosa)<br />

S. Milagres 244851095 (Milagres)<br />

Colmeias 244722354 (Eira-Velha)<br />

L. Pais 244861072 (Amor)<br />

Maio 244981611 (Barreira)<br />

Duarte 244606458 (Coimbrão)<br />

Henrique 244741474<br />

(Sta Catarina da Serra)<br />

SOLUÇÕES DA EDIÇÃO ANTERIOR<br />

Horizontais: 1- CMV. ESTEJAS. 2- EMIR.<br />

PRIORA. 3- DILUI. ERREI. 4- IC. ENO-<br />

MANIA. 5- A. ELIDE. AA. 6- MINACIS-<br />

SIMO. 7- PR. IATES. L. 8- ISOLAREI. UH.<br />

9- PILAR. SORNA. 10- ELAVAM. SUAI.<br />

11- SOMAMOS. IRS.<br />

Verticais: 1- CEDIAM. IPES. 2- MMIC.<br />

IPSILO. 3- VIL. ENROLAM. 4- RUELA.<br />

LAVA. 5- E. INICIARAM. 6- SP. ODIAR.<br />

MO. 7- TREMESTRES. S. 8- EIRA. SEIOS.<br />

9- JORNAIS. RUI. 10- AREIAM. UNAR.<br />

11- SAIA. OLHAIS.<br />

BOLETIM DE CLASSIFICADOS BOLETIM DE ASSINATURA<br />

NOME ________________________________________________________<br />

MORADA ______________________________________________________<br />

NOME<br />

__________________________________________ TEL. |__|__|__|__|__|__|__|__|__ |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

N.º CONT. * __|__|__|__|__|__|__|__|__| C. POSTAL|__|__|__|__|- |__|__|__|<br />

LOCALIDADE ____________________________________________________<br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

* Preenchimento obrigatório<br />

TEXTO A ANUNCIAR<br />

25 quad.<br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

MORADA |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

50 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

75 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

100 quad.<br />

C. POSTAL|__|__|__|__|- |__|__|__| LOCALIDADE|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

À LINHA<br />

75 quadrados obrigatórios<br />

2 publicações <br />

20 € <br />

125 quad.<br />

4 publicações <br />

35 € <br />

PAÍS|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| TEL.|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

PROFISSÃO |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| HABILITAÇÕES LITERÁRIAS |__|__|__|__|__|__|<br />

<br />

<br />

<br />

100 quadrados 30 € <br />

125 quadrados 40 € <br />

Valor adicional se preten<strong>de</strong>r fotografia 5€<br />

45 € <br />

60 € <br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| N.º ELEMENTOS AGREGADO FAMILIAR |__|__|<br />

N.º CONT.|__|__|__|__|__|__|__|__|__| DATA DE NASC.|__|__|/|__|__|/|__|__|__|__|<br />

Indique a secção on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> ver publicado o seu anúncio<br />

IMOBILIÁRIO Arrendar Venda Trespasse Compra<br />

EMPREGO Precisa-se Oferece-se<br />

MOTOR Venda Compra<br />

DIVERSOS Mensagem Explicações Geral<br />

COMO PREENCHER<br />

1. Escrever o anúncio pretendido na quadrícula. Cada letra <strong>de</strong>ve ser escrita num dos quadrados, <strong>de</strong>ixando um quadrado livre entre cada palavra.<br />

2. O pagamento <strong>de</strong>verá ser enviado juntamente com o cupão. Os preços indicados incluem IVA 21%.<br />

3. O anunciante <strong>de</strong>verá levantar as respostas na se<strong>de</strong> do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

4. O anúncio a publicar <strong>de</strong>verá ser entregue até ao final <strong>de</strong> cada segunda-feira anterior à saída do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ou através do correio para a morada<br />

Rua Comandante João Belo, n.º 31 . Apartado 1098 . 2401-801 <strong>Leiria</strong>.<br />

Colaboradores permanentes<br />

Ana Ferraz Pereira, Fábio Fialho, Helena C. Peralta, Joaquim<br />

Paulo, Luci Pais, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Orlando Cardoso<br />

Colaboradores<br />

Amélia do Vale, Ana Gomes, Ana Narciso, Anabela Frazão,<br />

António Delgado, Cristina Nobre, Carlos Carmino, Catarina<br />

Selada, Clarisse Louro, Diogo Mateus, Fernando José<br />

Rodrigues, Francisco Mafra, Helena C. Peralta, Henrique<br />

Neto, Isabel Rocha, Joana Louro, Jorge Estrela, José<br />

Amado da Silva, José Augusto Esteves, José Cadima Ribeiro,<br />

José Manuel Pereira da Silva, José Manuel dos Santos,<br />

José Nunes André, Lima Bastos, Manuel Gomes,<br />

Manuel Nunes, Márcio Lopes, Moisés Espírito Santo, Nuno<br />

Campos, O<strong>de</strong>te João, Osvaldo Castro, Patrícia Ervilha,<br />

Paulo Gonçalves, Pedro Biscaia, Pedro Serras, Rui Matos,<br />

Rui Santos, Telmo Faria, Teresa Caeiro, Tomás Oliveira Dias<br />

Direcção Gráfica<br />

Gabinete Técnico Jorlis<br />

Composição, Paginação e Mon tagem<br />

Isil da Trinda<strong>de</strong> (Coor<strong>de</strong>nação)<br />

(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt ),<br />

Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt )<br />

Cartoonista Rui Pedro Lourenço<br />

Serviços Admi nistra tivos<br />

Recepção - Helena Gonçalves<br />

Assinantes - Patrícia Carvalho<br />

(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Tesouraria - Cília Ribeiro<br />

Serviços Comerciais<br />

Rui Pereira (Coor<strong>de</strong>nação) rui.pereira@movicortes.pt<br />

Andreia Antunes (andreia.antunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Ferreira Branco (ferreira.branco@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Helena Gonçalves (geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Luís Clemente (luis.clemente@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Proprieda<strong>de</strong>/Editor<br />

Jorlis - Edições e Publicações, Lda.<br />

Capital Social: €600.000<br />

Con tri buinte Nº 502010401<br />

Sócios com mais <strong>de</strong> 10%:<br />

Movicortes, Serviços e Gestão, Lda,<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Morada<br />

Rua Comandante João Belo, nº 31<br />

Apart. 1098 2401-801 <strong>Leiria</strong><br />

Telefones: Geral 244 800 400<br />

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Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Distribuição: VASP - Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transportes<br />

e Distribuição, Lda<br />

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Quinta do Grajal - Venda Seca2739-511 Agualva Cacém<br />

Dia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feira<br />

Preço avulso: €1<br />

Assinatura anual: €35 (Portugal), €65 (restantes países<br />

da Europa), €93 (outros países do Mundo)<br />

Tiragem média por edição<br />

Mês <strong>de</strong> Julho 15.000 exemplares<br />

Nº <strong>de</strong> registo: 109980<br />

Depósito legal nº 5628/84<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto à participação <strong>de</strong> todos os<br />

cidadãos <strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto Editorial<br />

Junto envio cheque/vale postal nº |__|__|__|__|__|__|__|__|__| no valor <strong>de</strong> €35<br />

(Portugal), €65 (outros países da Europa), €93 (outros países do Mundo)<br />

emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente, salvo indicações em contrário).<br />

Para mais informações contactar Patrícia Carvalho - Tel. 244 800 400 - E-mail: assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Assinatura __________________________________________________________________


O TEMPO<br />

Sexta-feira Sábado<br />

28 C<br />

29 C<br />

15 C<br />

15 C<br />

Sol Sol SolL<br />

O bar Anúbis, junto ao Largo<br />

da Sé, <strong>Leiria</strong>, pôs em prática, esta<br />

semana, uma campanha que visa<br />

minimizar os problemas associados<br />

à diversão nocturna. Reduzir<br />

o ruído e o lixo na rua, após<br />

o encerramento do bar, é o objectivo<br />

inicial da campanha que não<br />

tem, ainda, data para terminar.<br />

Logo que haja resultados, explica<br />

o proprietário, Mário Brilhante,<br />

“serão partilhados com os<br />

colegas dos outros bares, com as<br />

autorida<strong>de</strong>s e com a autarquia”.<br />

A iniciativa é particular mas,<br />

Mário Brilhante admite que possa<br />

vir a servir <strong>de</strong> exemplo para<br />

algo a uma escala maior. “Uma<br />

estratégia conjunta que envolva<br />

todos os bares, autorida<strong>de</strong>s, autarquia<br />

e até os moradores da zona<br />

histórica.”<br />

O empresário enten<strong>de</strong> que é<br />

importante “mostrar que <strong>de</strong>ntro<br />

dos bares há pessoas trabalhadoras,<br />

preocupadas, sensíveis às<br />

inconveniências inerentes à diversão<br />

nocturna e que acreditam que<br />

é possível minimizá-las”.<br />

Domingo<br />

31 C<br />

17 C<br />

O mundo julga pelas aparências e engana-se quase sempre. Papa João XXIII<br />

Anúbis quer acabar com a i<strong>de</strong>ia dos estabelecimentos nocturnos como promotores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

Bar promove acção contra ruído e lixo<br />

na zona histórica <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Mário Brilhante diz que acções<br />

<strong>de</strong>ste género po<strong>de</strong>m também ajudar<br />

a <strong>de</strong>smistificar a imagem dos<br />

bares como promotores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

“Os bares são dinamizadores<br />

da animação nocturna da cida<strong>de</strong>.<br />

Sem eles, a zona histórica seria<br />

um conjunto <strong>de</strong> ruas on<strong>de</strong> as pessoas<br />

teriam medo <strong>de</strong> circular.”<br />

Alojamento particular vive dias difíceis na Nazaré<br />

Crise chega aos chambres<br />

O negócio do alojamento particular,<br />

nos meses <strong>de</strong> Verão, na<br />

Nazaré também está a ser afectado<br />

pela crise. As nazarenas que se<br />

<strong>de</strong>dicam a esta activida<strong>de</strong> queixam-se<br />

<strong>de</strong> fortes quebras em relação<br />

aos anos anteriores.<br />

Ângela Lucas, <strong>de</strong> 58 anos e inscrita<br />

na Associação <strong>de</strong> Proprietários<br />

e Inquilinos <strong>de</strong> Alojamento<br />

Turístico da Nazaré com o número<br />

87, revela que “se continuar<br />

como está”, vai “<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> alugar,<br />

pois nem chega para as <strong>de</strong>spesas”.<br />

“No mês <strong>de</strong> Julho não aluguei<br />

nada”, afirma. Os dois quartos que<br />

aluga no Sítio confi<strong>de</strong>ncia que,<br />

por noite, cada “chambre“ po<strong>de</strong><br />

ren<strong>de</strong>r entre 30 a 35 euros em<br />

Julho e 40 euros em Agosto. “O<br />

preço não sofreu gran<strong>de</strong>s alterações,<br />

pois as pessoas quando vão<br />

ver, vêem que é tudo bom e vale<br />

PUB<br />

PAULA LAGOA<br />

Equipa <strong>de</strong> barmen controla barulho e recolhe após fecho do bar<br />

a pena”, explica.<br />

Nazaré Amada, que aluga apartamentos<br />

há mais <strong>de</strong> 30 anos, revela<br />

que as pessoas não costumam<br />

reclamar o preço. “Muitos dos meus<br />

clientes são <strong>de</strong> há <strong>de</strong>z e 20 anos”,<br />

justifica. Em relação ao facto <strong>de</strong><br />

muitos turistas serem estrangeiros,<br />

afirma que tentou “apren<strong>de</strong>r<br />

algumas frases em inglês e francês<br />

que são essenciais, mas se são<br />

chineses ou japoneses, o gesto é<br />

tudo!”<br />

Filipa Sequeiros, responsável<br />

pela Pensão Nazarense, que tem<br />

mais <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> existência,<br />

lamenta a crise, na medida em que<br />

esta “diminui os euros na carteira<br />

e, em vez <strong>de</strong> 15 dias, as pessoas<br />

passam dois ou três ou passam o<br />

dia. Trazem o farnel e regressam<br />

a casa ao final do dia”. ■<br />

Débora Carvalho<br />

O empresário lembra que “ao<br />

proporcionarem animação aos<br />

jovens leirienses e aos estudantes<br />

que vêm <strong>de</strong> fora, os bares assumem<br />

um papel importante para<br />

a imagem da cida<strong>de</strong>”, mas que<br />

este “é um aspecto muitas vezes<br />

esquecido”.<br />

O responsável <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “o<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Limpezas no rio Lis<br />

diálogo é o caminho para encontrar<br />

soluções para os problemas<br />

da noite. É preciso que todos colaborem”.<br />

■<br />

Paula Lagoa<br />

A acção<br />

A campanha assenta num<br />

conjunto <strong>de</strong> mensagens direccionadas<br />

aos clientes, em diferentes<br />

suportes, <strong>de</strong>ixados<br />

estrategicamente pelo bar. À<br />

entrada, um gran<strong>de</strong> placard<br />

informa que o serviço <strong>de</strong> bar<br />

encerra às 1:55 horas. Ao<br />

longo da noite, o DJ da casa<br />

faz, ao microfone, pedidos <strong>de</strong><br />

colaboração e a<strong>de</strong>são à campanha,<br />

explicada em cartazes<br />

e folhetos distribuídos aos<br />

clientes. Ao final da noite,<br />

toda a equipa <strong>de</strong> barmen sai à<br />

rua <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificada,<br />

com coletes alusivos à iniciativa,<br />

para recolher lixo e controlar<br />

o ruído. ■<br />

A Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> iniciou, esta semana, a limpeza <strong>de</strong> parte do troço<br />

do rio Lis que atravessa a cida<strong>de</strong>. O presi<strong>de</strong>nte da autarquia explica<br />

que os trabalhos contemplam a retirada <strong>de</strong> lixo que “se foi acumulando,<br />

<strong>de</strong>vido à estagnação das águas”. Durante a ultima reunião<br />

<strong>de</strong> câmara, realizada na terça-feira, a vereadora do Ambiente, Blandina<br />

Oliveira, frisou que o problema já se colocou em anos anteriores<br />

e que, no futuro, <strong>de</strong>verá ser estudada uma “solução mais eficaz” para<br />

impedir a acumulação do lixo. Na ocasião, Isabel Gonçalves, vereadora<br />

eleita pelo PSD como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, sugeriu que periodicamente<br />

fosse aberta a comporta, localizada junto ao parque da cida<strong>de</strong>, para<br />

permitir “uma maior circulação e oxigenação da água”.<br />

Fátima<br />

Contra maus-tratos dos animais<br />

No próximo domingo, realiza-se em Fátima uma manifestação<br />

silenciosa contra os alegados maus-tratos dos animais no Santuário<br />

<strong>de</strong> Fátima. A concentração <strong>de</strong>correrá entre as 8 e as 13<br />

horas junto à Rotunda Norte, chamada Rotunda do Peregrino, saída<br />

lado esquerdo da Auto-Estrada. A organização apela aos participantes<br />

que apareçam vestidos <strong>de</strong> branco ou <strong>de</strong> preto. ■<br />

Por motivos <strong>de</strong> férias, não<br />

escrevo nesta edição, voltando<br />

a fazê-lo na próxima.<br />

REGIÃO<br />

Desporto<br />

Volta a Portugal<br />

<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>-se sábado<br />

em <strong>Leiria</strong><br />

PÁGINA 41<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

espera por herança<br />

<strong>de</strong> Tomé Feteira<br />

há <strong>de</strong>z anos<br />

PÁGINA 8<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Alvados recebe hotel<br />

<strong>de</strong> quatro estrelas<br />

PÁGINA 26<br />

NESTA EDIÇÃO<br />

OPINIÃO<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Joana Louro<br />

O País ou ar<strong>de</strong> ou está parado<br />

Francisco Vieira<br />

Só o Algarve a Ma<strong>de</strong>ira<br />

são verda<strong>de</strong>iros territórios<br />

<strong>de</strong> turismo em Portugal<br />

PÁGINA 2<br />

PÁGINA 20

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