prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria
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RICARDO GRAÇA<br />
O SEMANÁRIO DA REGIÃO E DO DISTRITO<br />
Semanário Regional | Director José Ribeiro Vieira | Director-Adjunto João Nazário<br />
Ano XXV | Edição <strong>1361</strong> | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, Lda.<br />
Rua Comandante João Belo, nº 31 Apt.1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244 800 400 | Fax 244 800 401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
Pedro Burmester, pianista<br />
● A regionalização é um passo necessário<br />
● Em Portugal só se investe em turismo<br />
para ‘super ricos’<br />
ENTREVISTA PÁGS 18 A 19<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> e Caldas<br />
com maior po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> compra do que <strong>Leiria</strong><br />
O distrito tem três municípios (Marinha Gran<strong>de</strong>, Caldas da Rainha e<br />
<strong>Leiria</strong>) entre os 50 concelhos do País com maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra,<br />
não existindo nenhum entre os últimos 50. Os dados constam <strong>de</strong> um<br />
estudo do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, que coloca Figueiró dos<br />
Vinhos no último lugar do distrito. PÁGINA 8<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Associação <strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação acusa<br />
Gran<strong>de</strong>s superfícies cortam no peso<br />
do pão para manter preço<br />
Seja por culpa do embargo <strong>de</strong> cereais <strong>de</strong>cretado pelo governo russo ou por mera especulação, a<br />
farinha tem vindo a encarecer e o seu preço po<strong>de</strong>rá aumentar até 50% em mês e meio. A associação<br />
<strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação não sabe que efeito po<strong>de</strong> ter esse aumento na bolsa dos consumidores,<br />
mas adverte que algumas superfícies vão cortar no peso do pão. PÁGINA 21<br />
Alimentação vegetariana e macrobiótica<br />
ganha a<strong>de</strong>ptos<br />
REGIÃO<br />
Assunção Cristas<br />
é a <strong>de</strong>putada<br />
por <strong>Leiria</strong><br />
mais activa<br />
Assunção Cristas, do CDS-PP,<br />
foi a <strong>de</strong>putada do distrito que<br />
apresentou mais requerimentos<br />
e perguntas aos membros<br />
do Governo, na última sessão<br />
legislativa. PÁGINA 15<br />
Ourém admite<br />
abandonar<br />
Região <strong>de</strong> Turismo<br />
<strong>Leiria</strong>-Fátima<br />
O autarca <strong>de</strong> Ourém admite<br />
passar para o Turismo <strong>de</strong> Lisboa<br />
e Vale do Tejo se o aeroporto<br />
regional avançar em<br />
Monte Real em <strong>de</strong>trimento<br />
<strong>de</strong> Fátima. PÁGINA 9<br />
Bombeiro<br />
<strong>de</strong> Alcobaça<br />
morre<br />
em incêndio<br />
PUB<br />
ABERTURA PÁGS. 4 E 5<br />
Um bombeiro voluntário <strong>de</strong><br />
Alcobaça morreu quando combatia<br />
um incêndio em S. Pedro<br />
do Sul, após capotamento da<br />
viatura on<strong>de</strong> seguia. Outro bombeiro<br />
ficou ferido. PÁGINA 13
➔<br />
➔<br />
➔<br />
➔<br />
2 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
LHO CLÍNICO<br />
JOSÉ CARLOS RAMOS<br />
A conjugação<br />
<strong>de</strong> esforços,<br />
envolvendo o<br />
Estado, a<br />
câmara e a<br />
misericórdia<br />
<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, permitiu à<br />
irmanda<strong>de</strong>, li<strong>de</strong>rada por<br />
José Carlos Ramos, avançar<br />
com a construção <strong>de</strong> uma<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados<br />
<strong>de</strong> longa duração,<br />
que <strong>de</strong>verá começar nos<br />
próximos dias.<br />
ASSUNÇÃO CRISTAS<br />
A <strong>de</strong>putada do<br />
CDS-PP eleita<br />
pelo círculo <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>stacou-se<br />
entre<br />
os restantes<br />
parlamentares do distrito,<br />
ao apresentar o número<br />
mais elevado <strong>de</strong> perguntas<br />
e requerimentos a membros<br />
do Governo, na última sessão<br />
legislativa. Assunção<br />
Cristas justifica o bom<br />
<strong>de</strong>sempenho com o facto os<br />
<strong>de</strong>putados do CDS-PP<br />
serem “muito trabalhadores<br />
e produtivos”.<br />
JOÃO SALGUEIRO<br />
Os promotores<br />
<strong>de</strong> um hotel<br />
quatro estrelas,<br />
que irá<br />
nascer em<br />
Porto <strong>de</strong> Mós,<br />
apontam o emprenhamento<br />
da câmara, li<strong>de</strong>rada por<br />
João Salgueiro, como um<br />
dos factores que <strong>de</strong>terminou<br />
a escolha do concelho<br />
para construir o empreendimento.<br />
Esta não é a primeira<br />
vez que a <strong>de</strong>terminação<br />
do autarca em captar novos<br />
investimentos é elogiada<br />
por empresários.<br />
MIGUEL CARVALHO<br />
O atleta <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 18<br />
anos, foi o primeiroclassificado,<br />
na disciplina<br />
<strong>de</strong><br />
kayaksurf HP. Já na disciplina<br />
<strong>de</strong> kayaksurf IC, Miguel<br />
Carvalho, que <strong>de</strong>ixou para<br />
trás aquele que é o melhor<br />
do mundo, ficou em segundo.<br />
Na prova internacional,<br />
venceu o escalão <strong>de</strong> juniores,<br />
em HP, e ficou no quarto<br />
lugar na geral, na mesma<br />
disciplina. Em kayaksurf IC<br />
alcançou a terceira posição.<br />
Chegou Agosto. E, pelo menos aparentemente, este Agosto não parece<br />
muito diferente <strong>de</strong> todos os outros. É, por excelência, o mês das férias,<br />
do regresso a casa dos emigrantes - cada vez menos regressos -, do<br />
calor... Este ano com muito calor.<br />
De resto, mais do mesmo...<br />
As chamas que consomem o País, ano após ano, e as respostas medíocres<br />
dos responsáveis que, ven<strong>de</strong>ndo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>, esquecemse<br />
que os problemas se antecipam, se previnem e, i<strong>de</strong>almente, se resolvem<br />
antecipada e responsavelmente. Os hospitais atulhados <strong>de</strong> idosos<br />
que entre o abandono e os maus cuidados, encontram nesta altura do<br />
ano um inimigo po<strong>de</strong>roso: o calor. Os animais abandonados num acto<br />
<strong>de</strong> cruelda<strong>de</strong> gigantesca que continua sem ser crime e sem a punição<br />
justa. As páginas dos jornais reduzidas a meta<strong>de</strong>, por falta <strong>de</strong> assunto.<br />
Porque o País ou ar<strong>de</strong> ou está parado. E os telejornais, que em vez <strong>de</strong><br />
também eles se reduzirem a meta<strong>de</strong>, continuam a preencher horas <strong>de</strong><br />
antena com reportagens penosas, e muitas vezes repetidas até à exaustão,<br />
que ridicularizam e humilham os intervenientes mas também quem<br />
as vê...<br />
Resta sempre futebol... para animar a malta! Ou talvez não, anima<br />
uns e... outros nem tanto. Mas enfim, pelo menos, sempre traz<br />
alguma novida<strong>de</strong> a um mês on<strong>de</strong> tudo é velho. Incapaz <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r!<br />
Nem tudo é mau em Agosto. Não sendo por opção o meu<br />
mês <strong>de</strong> férias, sempre foi, e assim continuará, o mês do meu<br />
aniversário... E este ano, como em todos os outros, a chegada<br />
<strong>de</strong> Agosto significa mais um ano.<br />
Sempre gostei <strong>de</strong> fazer anos e sempre gostei <strong>de</strong> celebrar<br />
o momento. Sei que muitos dirão que só gosto<br />
porque ainda sou nova, mas não acho que seja uma<br />
questão <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Antes uma questão <strong>de</strong> mentalida-<br />
“<br />
A maior parte das pessoas é<br />
admiravelmente feliz<br />
Bruno Frey, professor <strong>de</strong> Economia na<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zurique, <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />
Negócios<br />
O po<strong>de</strong>r muda as pessoas. Em<br />
geral, para pior<br />
Maria Filomena Mónica, socióloga, i<strong>de</strong>m<br />
Paga-se o mesmo a quem trabalha<br />
e a quem não faz nenhum.<br />
Também há <strong>de</strong>masiadas chefias<br />
Macário Correia, presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
<strong>de</strong> Faro (sobre os funcionários autárquicos),<br />
i<strong>de</strong>m<br />
O fim dos chumbos é o último<br />
prego no caixão daquilo a que<br />
chamávamos Educação em Portugal<br />
Fernando Sobral, jornalista, i<strong>de</strong>m<br />
Não é por falta <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res que<br />
| C a r t o o n |<br />
| I m p r e s s õ e s |<br />
Envelhecer<br />
<strong>de</strong>. Fazer anos será sempre envelhecer, e o envelhecimento não significa<br />
apenas rugas e <strong>de</strong>terioração fisiológica, implica crescimento pessoal,<br />
vivências, histórias para contar, recordações, sonhos e projectos<br />
realizados, e novos sonhos e projectos para realizar. Envelhecer é sinónimo<br />
<strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> vida vivida que, só por isso, merece ser celebrada. É<br />
por isto que gosto <strong>de</strong> apagar todas aquelas velas em cada mês <strong>de</strong> Agosto…<br />
Diz-se, nos dias <strong>de</strong> hoje, que se envelhece mais tar<strong>de</strong>. A medicina,<br />
as condições higieno-sanitárias, e até mesmo as sócio-económicas que<br />
<strong>de</strong>terminam todas as outras, assim o permitem. É por isso que a esperança<br />
média <strong>de</strong> vida é muito mais elevada nos países ditos <strong>de</strong>senvolvidos.<br />
Mas na realida<strong>de</strong> todos começamos a envelhecer no preciso<br />
momento em que nascemos, e a cada minuto que passa. Isto é assim e<br />
sempre assim foi! As socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas apenas mudaram os “timings”<br />
dos momentos chave da vida, não o processo <strong>de</strong> envelhecimento.<br />
Reparemos: os jovens saem <strong>de</strong> casa (dos pais) cada vez mais tar<strong>de</strong> e<br />
assumem, também cada vez mais tar<strong>de</strong>, a responsabilida<strong>de</strong> da vida adulta,<br />
da autonomia e da autosustentação <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> vida. As mulheres<br />
são mães mais tar<strong>de</strong> e até a ida<strong>de</strong> da reforma é mais tardio. Fica no<br />
ar um certo cheiro a adiamento contínuo. Um adiamento que<br />
não parece natural mas imposto. Ou, pior que isso, atabalhoado.<br />
Do tipo empurrar para a frente. Apenas porque sim, apenas<br />
à espera <strong>de</strong> quem venha atrás para fechar a porta.<br />
Lamento este processo. Não lamento o envelhecimento. O<br />
nosso envelhecimento. Nele, o que verda<strong>de</strong>iramente me custa<br />
é perceber que não envelhecemos sozinhos. Aqueles <strong>de</strong> quem<br />
mais gostamos, e que são mais velhos, também estão<br />
a envelhecer. Ao mesmo ritmo mas que cada vez nos<br />
vai parecendo maior... Bem sei que é o ciclo natural<br />
da vida, mas custa! ■<br />
| N a p o n t a d a l í n g u a |<br />
Pinto Monteiro é a rainha <strong>de</strong><br />
Inglaterra. É porque não sabe<br />
utilizar os po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> que dispõe<br />
I<strong>de</strong>m<br />
Quem sempre acreditou no primeiro-ministro<br />
acha que ficou<br />
<strong>de</strong>monstrada a sua inocência.<br />
Quem nunca acreditou no primeiro-ministro,<br />
acha que é tudo<br />
uma farsa<br />
Nuno Garoupa, professor do ensino<br />
superior, i<strong>de</strong>m<br />
Há um facilitismo <strong>de</strong>gradante<br />
que permite que se chegue à<br />
Universida<strong>de</strong> quase analfabeto<br />
Veiga Simão, responsável pela reforma<br />
do ensino dos anos 70, i<strong>de</strong>m<br />
O analfabetismo era um problema<br />
do Antigo Regime. A <strong>de</strong>squalificação<br />
e a incompetência<br />
encartadas são dois problemas<br />
Joana Louro<br />
médica<br />
gritantes da nossa mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />
Mário Ramires, sub-director do Sol<br />
Passos <strong>de</strong> Coelho fala <strong>de</strong> mais e,<br />
com perdão da palavra, pensa<br />
<strong>de</strong> menos<br />
Baptista Bastos, escritor,<br />
Diário <strong>de</strong> Notícias<br />
A crise da Justiça, para o nosso<br />
futuro colectivo, é pior do que a<br />
crise financeira e económica<br />
Mário Soares, ex-presi<strong>de</strong>nte da República,<br />
i<strong>de</strong>m<br />
Havia um fenómeno muito<br />
curioso em Marcelo Caetano:<br />
tinha um fígado <strong>de</strong> esquerda<br />
Miguel Galvão Teles, advogado, i<strong>de</strong>m<br />
O meu nome transformou-se<br />
numa marca<br />
Guta Moura Gue<strong>de</strong>s, directora da<br />
ExperimentaDesign, Única<br />
A política em Portugal é apenas<br />
luta partidária, e para esse<br />
espartilho já <strong>de</strong>i dois filhos...a<br />
contragosto<br />
Helena Sacadura Cabral, mãe <strong>de</strong> Miguel<br />
e Paulo Portas, Caras<br />
A moral das classes dirigentes<br />
tem-se revelado ao nível dos<br />
concursos, on<strong>de</strong> as pessoas<br />
fazem tudo para ganhar algum<br />
dinheiro<br />
José Cabrita Saraiva, Tabu<br />
Há quase cem anos que Portugal<br />
é governado em obediência ao<br />
po<strong>de</strong>r das corporações e a pergunta<br />
é: valeu a pena?<br />
Miguel Sousa Tavares, escritor, Expresso<br />
“
O problema<br />
tem uma raiz<br />
educacional. Os<br />
programas escolares<br />
estão vazios<br />
<strong>de</strong>sta temática.<br />
As experiências<br />
que vão sendo<br />
feitas nunca são acarinhadas pelo<br />
Ministério da Educação e outras<br />
entida<strong>de</strong>s. Por outro lado, os municípios<br />
têm dificulda<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar<br />
os proprietários das terras<br />
abandonadas. Há falta <strong>de</strong> efectivos<br />
no terreno, guardas florestais<br />
e cantoneiros. E ainda não se aproveita,<br />
como noutros países, a mão<br />
<strong>de</strong> obra prisional para colmatar<br />
estas falhas.<br />
António Morais,<br />
ex-<strong>de</strong>legado distrital da<br />
Protecção Civil<br />
Forum<br />
j o r n a l d e l e i r i a EDITORIAL<br />
Facto da semana<br />
Penas para incendiários <strong>de</strong>viam ser mais pesadas?<br />
Apesar dos investimentos em meios <strong>de</strong> combate e em planos <strong>de</strong><br />
prevenção <strong>de</strong> incêndios, todos os anos se repete o quadro trágico <strong>de</strong><br />
milhares <strong>de</strong> hectares ardidos, habitações <strong>de</strong>struídas e populações em<br />
pânico. Segundo vamos percebendo pelos <strong>de</strong>poimentos dos especialistas,<br />
a esmagadora maioria dos incêndios tem por <strong>de</strong>trás mão criminosa,<br />
sendo que a falta <strong>de</strong> limpeza da floresta e os terrenos agrícolas<br />
abandonados se revelam um forte oponente a quem tenta apa-<br />
Depoimentos<br />
Anthímio <strong>de</strong><br />
Azevedo,<br />
meteorologista<br />
Joaquim San<strong>de</strong><br />
Silva, investigador<br />
do Centro<br />
<strong>de</strong> Ecologia<br />
Aplicada <strong>de</strong> Lisboa<br />
Pontos <strong>de</strong> vista<br />
Não consigo perceber como as pessoas são tão<br />
irresponsáveis que não percebem que estão a <strong>de</strong>sertificar<br />
o País. Uma mata <strong>de</strong>mora horas a ar<strong>de</strong>r e 50<br />
anos a recompor-se. É a vegetação que fixa a água.<br />
Sem ela, on<strong>de</strong> vamos encontrar água? Em 1981/83,<br />
os países do Sul da Europa fizeram um estudo sobre<br />
a <strong>de</strong>sertificação e uso da terra e chegou-se à conclusão<br />
que a linha <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação estava a<br />
Norte do Tejo. E actualmente? Quais são os motivos<br />
dos incendiários? Serão todos doentes pirómanos?<br />
Não me parece.<br />
Não há evidências <strong>de</strong> que a maioria dos fogos<br />
sejam causados por incendiários, mas sim por actos<br />
comuns e negligentes que raramente são punidos.<br />
A legislação está feita <strong>de</strong> acordo com a realida<strong>de</strong>. É<br />
preciso responsabilizar os agentes para a aplicação<br />
<strong>de</strong>ssa mesma legislação.<br />
As penas são<br />
leves. Trata-se <strong>de</strong><br />
crimes graves,<br />
têm morrido pessoas<br />
e animais<br />
têm-se perdido<br />
haveres. É precisa<br />
mão dura, mas<br />
sem esquecer que há autores materiais<br />
e autores morais dos incêndios.<br />
Tanto a legislação como a fiscalização<br />
são muito leves. Quem é<br />
que limpa a 50 metros das habitações?<br />
E os agricultores sem posses<br />
como fazem para limpar?<br />
António Ferraria,<br />
presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />
Agricultores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
gar os fogos. No entanto, quer os incendiários capturados quer os<br />
proprietários que não cumprem o que está contemplado na Lei em<br />
termos <strong>de</strong> cuidados a ter com os seus terrenos, raramente são con<strong>de</strong>nados<br />
a penas condizentes com os prejuízos materiais e humanos<br />
que provocam.<br />
Que comentários lhe merece este assunto?<br />
Fernando<br />
Curto, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Associação<br />
Nacional<br />
<strong>de</strong> Bombeiros<br />
Profissionais<br />
Olímpio<br />
Alegre Pinto,<br />
geógrafo<br />
A mão criminosa<br />
<strong>de</strong>verá ser<br />
tratada em paralelo<br />
e nunca<br />
como a questão<br />
central que<br />
assenta nas condições<br />
<strong>de</strong> propagação<br />
dum incêndio. Destacaria<br />
três aspectos: Planificação. A<br />
variável território é das mais relevantes<br />
e ganha um peso especial<br />
por ser a única que é passível <strong>de</strong><br />
controle humano. Intervenção. É<br />
necessário aplicar ao território uma<br />
gestão <strong>de</strong> combustível cirúrgica.<br />
Uma floresta rentável não ar<strong>de</strong>. E<br />
finalmente, trabalho em equipa -<br />
Estado, autarquias, bombeiros, proprietários.<br />
Pedro Cortes,<br />
engenheiro agrónomo<br />
Da parte <strong>de</strong> quem faz as leis, há uma leveza no<br />
tratamento dos casos <strong>de</strong> incêndio. Devia haver uma<br />
pena mais pesada, sentindo-se que há uma penalização.<br />
A polícia apanha os incendiários em flagrante<br />
e as penas são leves ou nem existem. É uma situação<br />
surreal e, para os bombeiros, é frustrante. Depois<br />
dos incêndios <strong>de</strong> 2003 e 2005 não se compreen<strong>de</strong><br />
como é que em 2010 continua a não existir condições<br />
<strong>de</strong> acesso nos parques naturais. Devia haver mais<br />
vigilância, <strong>de</strong>tecção rápida e espaços físicos que permitissem<br />
a chegada rápida dos bombeiros. É uma<br />
gran<strong>de</strong> lacuna que contribui para os incêndios.<br />
Em 2002, no Parque do Tejo Internacional, tive o<br />
apoio <strong>de</strong> dois jipes do Exército e estes, com os vigilantes<br />
da natureza, patrulharam à vista <strong>de</strong> todos o parque.<br />
Ar<strong>de</strong>ram zero hectares. A primeira questão e mais<br />
importante a resolver é o or<strong>de</strong>namento florestal: acessos,<br />
manchas, espécies... <strong>de</strong>pois a vigilância preventiva<br />
e, finalmente, a limpeza. São medidas para anos,<br />
mas que têm <strong>de</strong> ser começadas efectivamente. Fala-se<br />
todos os anos e <strong>de</strong>pois não se faz nada. As penas <strong>de</strong>vem<br />
ser a<strong>de</strong>quadas em função do dolo, sem esquecer os<br />
mandantes com interesses económicos.<br />
Não são só os<br />
privados que não<br />
limpam as florestas,<br />
o Estado<br />
também não o<br />
faz, quando <strong>de</strong>via<br />
dar o exemplo.<br />
Quem recebe<br />
subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e não faz<br />
nada também podia ajudar. E se há<br />
penas altíssimas para pequenos crimes,<br />
no caso dos incendiários –<br />
havendo até mortes causadas pelos<br />
fogos - passam ao lado com a ajuda<br />
<strong>de</strong> bons advogados. Todos arranjam<br />
maneira <strong>de</strong> ter problemas psíquicos.<br />
Carlos Men<strong>de</strong>s,<br />
empresário, Figueiró dos<br />
Vinhos<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 3<br />
Ao abandono<br />
Há algumas décadas, quando<br />
se passeava pelas al<strong>de</strong>ias, ouviase,<br />
por vezes, dizer a propósito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terminada pessoa menos respeitada:<br />
”nem das suas terras trata”.<br />
Era uma forma <strong>de</strong> dizer que<br />
essa pessoa era <strong>de</strong>sleixada, pouco<br />
trabalhadora e, não raras vezes,<br />
dada aos prazeres do álcool, sendo<br />
que esse dizer era bastante<br />
insultuoso . Antigamente olhava-<br />
-se, <strong>de</strong> facto, para a terra <strong>de</strong> uma<br />
forma diferente da que olhamos<br />
hoje, tendo as pessoas nessa altura<br />
gosto em ter os seus terrenos<br />
cuidados e orgulho nos produtos<br />
que estes davam. Em muitos casos<br />
as terras eram mesmo um indispensável<br />
auxílio às muitas famílias<br />
que viviam com duras condições<br />
económicas, pelos alimentos<br />
e animais que aí eram cultivados<br />
e criados, sendo talvez essa<br />
também uma forte razão para a<br />
estima e afectivida<strong>de</strong> que existia<br />
pelas terras.<br />
Os tempos, entretanto, mudaram,<br />
tendo-se assistido à migração<br />
<strong>de</strong> inúmeras pessoas para os<br />
gran<strong>de</strong>s centros urbanos à procura<br />
<strong>de</strong> melhores empregos e <strong>de</strong><br />
uma vida supostamente mais confortável.<br />
Os meios mais rurais,<br />
principalmente do interior, foram<br />
a pouco e pouco ficando <strong>de</strong>spovoados<br />
e com as suas terras entregues<br />
a ninguém, tendo-se chegado<br />
aos dias <strong>de</strong> hoje com um território<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado e <strong>de</strong>sequilibrado<br />
com todos os problemas<br />
que surgiram inerentes a essa realida<strong>de</strong>.<br />
Um <strong>de</strong>les, surge precisamente<br />
no Verão quando o calor<br />
potencia o perigo que representa<br />
o mato seco que abunda nas terras<br />
<strong>de</strong>ixadas ao abandono, ajudando<br />
assim todos quantos gostam<br />
<strong>de</strong> ver as matas a ar<strong>de</strong>r, seja<br />
por <strong>de</strong>sequilíbrio mental, seja por<br />
razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m económica. A<br />
agravar a situação, surge ainda a<br />
dificulda<strong>de</strong> que os bombeiros muitas<br />
vezes têm em chegar aos locais<br />
dos incêndios por as serventias<br />
das terras estarem intransitáveis<br />
por falta <strong>de</strong> uso. É natural, portanto,<br />
que, por mais investimentos<br />
que se façam em meios <strong>de</strong><br />
combate, os incêndios continuem<br />
a surgir e atinjam as proporções<br />
assustadoras dos que, infelizmente,<br />
têm acontecido nos últimos dias.<br />
Até porque, as penas para quem<br />
não cumpre a Lei, no que diz respeito<br />
ao cuidado com as proprieda<strong>de</strong>s,<br />
e para quem é suficientemente<br />
louco para conscientemente<br />
começar um incêndio, quando<br />
acontecem, são manifestamente<br />
brandas. ■ JN<br />
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4 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
Alexandre Oliveira tem 35 anos<br />
e é lacto-ovo-vegetariano há 16,<br />
ou seja, não come carne nem peixe,<br />
mas inclui na sua alimentação<br />
ovos, leite e <strong>de</strong>rivados, além<br />
dos produtos <strong>de</strong> origem vegetal.<br />
Tudo começou com a rebeldia<br />
da adolescência e a simpatia pela<br />
i<strong>de</strong>ologia Punk, avessa ao sacrifício<br />
dos animais, mas as convicções<br />
não esmoreceram e, 19 anos<br />
<strong>de</strong>pois, a soja ainda é a base da<br />
sua alimentação e das muitas iguarias<br />
que a mãe apren<strong>de</strong>u a confeccionar.<br />
Tem consciência das carências<br />
que uma dieta <strong>de</strong>ste género po<strong>de</strong><br />
originar no organismo e, por isso,<br />
tem sempre a saú<strong>de</strong> controlada.<br />
Nunca teve problemas <strong>de</strong> nutrição<br />
ou qualquer doença originada<br />
pela alimentação.<br />
Alexandre Oliveira é stagehand,<br />
dá assistência <strong>de</strong> palco em espectáculos<br />
<strong>de</strong> música, profissão que<br />
o faz estar longos períodos fora<br />
<strong>de</strong> casa. “É mais difícil encontrar<br />
comida vegetariana em Portugal<br />
do que lá fora”. Como tal, acaba<br />
muitas vezes, por fazer refeições<br />
à base dos acompanhamentos dos<br />
pratos <strong>de</strong> carne e peixe que encontra<br />
nos restaurantes. No entanto,<br />
garante que “quase todos os pratos<br />
que se confeccionam com carne<br />
po<strong>de</strong>m ser feitos com soja. Só<br />
que cá não há essa cultura”.<br />
Relativamente à disponibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> produtos em mercado,<br />
Alexandre Oliveira diz que “os<br />
hiper e supermercados têm tudo<br />
o que é preciso”. Compra soja com<br />
mais regularida<strong>de</strong> que o seitã ou<br />
tofu, “apenas porque é mais barata”<br />
e não tem dificulda<strong>de</strong> em encontrar<br />
o que precisa.<br />
O jovem <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não pensa<br />
mudar <strong>de</strong> regime alimentar, - “só<br />
se algo extraordinário acontecer<br />
nesse sentido” - nunca se sente<br />
tentado a petiscar o que quer que<br />
seja <strong>de</strong> origem animal e confessa<br />
que também comete os seus excessos.<br />
É fã <strong>de</strong> snacks, batatas fritas<br />
e alguns doces.<br />
As dietas vegetarianas são <strong>de</strong>fendidas<br />
como mais saudáveis pelos<br />
seus a<strong>de</strong>ptos e os médicos, em parte,<br />
até concordam. É que o vege-<br />
■Socieda<strong>de</strong>■<br />
Região com oferta reduzida para vegetarianos e macrobióticos<br />
Carne ou peixe?<br />
Legumes por favor!<br />
Ser vegetariano ou macrobiótico já não é uma excentricida<strong>de</strong>. O comércio<br />
e a restauração já oferecem soluções para quem exclui carne<br />
e peixe da alimentação, mas alguns produtos vegetarianos são mais<br />
dispendiosos. A agricultura biológica é <strong>de</strong>fendida i<strong>de</strong>ologicamente<br />
pelos amantes do vegetarianismo. No que toca à saú<strong>de</strong>, estes<br />
regimes alimentares alternativos só são equilibrados se forem<br />
regrados e sem radicalismos. Textos: Paula Lagoa Fotos: Ricardo Graça<br />
tariamnismo divi<strong>de</strong>-se em três<br />
níveis, sendo que apenas o lactoovo-vegetariano<br />
é admitido como<br />
“equilibrado”. Os outros dois níveis<br />
são o vegetarianismo total, 100%<br />
à base <strong>de</strong> vegetais e o lacto-vegetarianismo,<br />
que inclui o leite e seus<br />
<strong>de</strong>rivados proteicos. Nestas duas<br />
vertentes há ausência total <strong>de</strong><br />
alguns nutrientes essenciais, o que<br />
leva os clínicos a <strong>de</strong>saconselhar a<br />
sua prática.<br />
PRODUTOS BIOLÓGICOS<br />
ELEITOS PELOS<br />
VEGETARIANOS<br />
Há cerca <strong>de</strong> 22 anos, Helena<br />
Rafael, <strong>de</strong> 39 anos, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> comer<br />
carne e peixe mas, alguns anos<br />
mais tar<strong>de</strong>, por estar grávida, foi<br />
aconselhada a integrar o peixe na<br />
sua dieta, passando assim a praticar<br />
uma alimentação que se convencionou<br />
chamar macrobiótica.<br />
Helena e o marido partilham o<br />
mesmo regime alimentar mas a<br />
filha, com apenas 4 anos, tem <strong>de</strong><br />
comer carne, já que todas as formas<br />
<strong>de</strong> vegetarianismo são <strong>de</strong>saconselhadas<br />
nas crianças.<br />
Natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Helena Rafael<br />
diz que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então passou a procurar<br />
carne biológica para dar à<br />
filha e compra sempre a mesma<br />
marca, por conhecer as condições<br />
<strong>de</strong> produção, saber que é certificada<br />
e saudável.<br />
As voltas pelas feiras e cooperativas<br />
<strong>de</strong> agricultura biológica<br />
passaram a integrar a rotina <strong>de</strong>sta<br />
mãe, <strong>de</strong>dicada em “proporcionar<br />
à filha um leque variado <strong>de</strong><br />
sabores, com especial incidência<br />
no peixe e carne <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”.<br />
Neste aspecto, Helena é privilegiada<br />
em relação a Alexandre, por<br />
residir em Lisboa e ter acesso a<br />
estes pontos <strong>de</strong> venda mais económicos,<br />
que <strong>Leiria</strong> não ainda tem.<br />
António Marques da Cruz, ex<br />
-presi<strong>de</strong>nte da Agrobio, Associação<br />
Portuguesa <strong>de</strong> Agricultura<br />
Biológica vai ao encontro do testemunho<br />
<strong>de</strong> Helena quando diz<br />
que “as jovens mães são um dos<br />
públicos-alvo assumidos pelos<br />
produtores biológicos”. “As mães<br />
querem o melhor para os seus<br />
filhos e a agricultura biológica dá<br />
garantias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que os<br />
outros não po<strong>de</strong>m dar.”<br />
O produtor <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> explica<br />
que é preciso <strong>de</strong>smistificar a i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> que “a agricultura biológica é<br />
elitista e muito cara”. Admite que<br />
“a preços normais estes produtos<br />
chegam ao mercado cerca <strong>de</strong> 30%<br />
mais caros que os convencionais”.<br />
Mas a verda<strong>de</strong> é que se praticam<br />
valores muito superiores, que o<br />
produtor explica com “os custos<br />
<strong>de</strong> distribuição que inflacionam o<br />
preço em loja”.<br />
António Marques da Cruz afirma<br />
que “este mercado está em claro<br />
crescimento”, apesar da “acção<br />
persistente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scredibilização<br />
levada a cabo pelo seu maior inimigo,<br />
a indústria farmacêutica,<br />
produtora dos pesticidas rejeitados<br />
na agricultura biológica”.<br />
Para Marques da Cruz, “a agricultura<br />
biológica atingiu um nível<br />
<strong>de</strong> reconhecimento que pratica-<br />
mente<br />
já não<br />
necessita<br />
<strong>de</strong> mais divulgação”.<br />
O<br />
produtor consi<strong>de</strong>ra<br />
que “o próximo<br />
passo será integrar<br />
o conceito da<br />
agricultura biológica na<br />
educação e familiarizar as<br />
crianças com os seus benefícios”.<br />
■<br />
Jorge Ferreira, nutricionista<br />
“A soja po<strong>de</strong> substituir a carne<br />
mas <strong>de</strong>sequilibradamente”<br />
Os regimes alimentares<br />
que não contemplam carne<br />
nem peixe po<strong>de</strong>m ser<br />
equilibrados?<br />
A alimentação vegetariana<br />
será <strong>de</strong>sequilibrada essencialmente<br />
ao nível da vitamina<br />
B12 que não existe em<br />
produtos vegetais, daí que<br />
seja logo à partida carenciada.<br />
Mas há que separar grupos<br />
etários. As crianças, adolescentes<br />
e grávidas não <strong>de</strong>vem<br />
<strong>de</strong>, todo, fazer este tipo <strong>de</strong><br />
alimentação. Em termos científicos<br />
a alimentação vegetariana<br />
é <strong>de</strong>sequilibrada no que<br />
toca a algumas vitaminas e<br />
aminoácidos essenciais especialmente<br />
na macrobiótica no<br />
seu estágio mais elevado [equivalente<br />
ao vegetarianismo<br />
puro]. No entanto, a alimentaçãolacto-ovo-vegetariana<br />
não é <strong>de</strong> todo <strong>de</strong>saconselhável.<br />
Neste caso, posso ir<br />
buscar a vitamina B12 ao ovo,<br />
o cálcio e alguns aminoácidos<br />
essenciais ao leite, ovos<br />
ou ao peixe [admitido na<br />
macrobiótica intermédia]. Os<br />
ácidos gordos, ómega 3 e 6<br />
po<strong>de</strong>m também entrar em<br />
carência com as dietas vegetarianas.<br />
Que vantagens e <strong>de</strong>svantagens<br />
têm para a saú<strong>de</strong>?<br />
Se for uma alimentação
vegetariana equilibrada (ovolacto-vegetariana)<br />
po<strong>de</strong> prevenir<br />
doenças como a obesida<strong>de</strong><br />
ou o colesterol e até<br />
algumas doenças cancerígenas.<br />
Se for uma alimentação<br />
vegetariana pura é mais difícil<br />
não haver <strong>de</strong>sequilíbrios.<br />
Há ainda uma <strong>de</strong>svantagem<br />
social que tem a ver com a<br />
cultura alimentar. Um indivíduo<br />
que pratica uma alimentação<br />
vegetariana fica<br />
<strong>de</strong> fora do convívio e partilha,<br />
que são factores culturais<br />
da nossa alimentação.<br />
As proteínas da soja<br />
substituem as da carne?<br />
A soja po<strong>de</strong> substituir a<br />
carne mas <strong>de</strong>sequilibradamente,<br />
já que nela não existem<br />
os tais aminoácidos que<br />
só a carne tem. Mas a soja é<br />
um dos produtos <strong>de</strong> origem<br />
vegetal mais equilibrados.<br />
Qualquer ser humano<br />
po<strong>de</strong> viver sem comer<br />
outros animais, ou nem<br />
todos os organismos estão<br />
preparados?<br />
Um indivíduo que, do dia<br />
para a noite, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />
uma alimentação omnívora<br />
e começa a praticar uma alimentação<br />
vegetariana, sente<br />
nos primeiros 30 dias perda<br />
<strong>de</strong> cabelo, a pele mais<br />
macilenta e começa a fazer<br />
infecções com maior frequência.<br />
Depois o organismo<br />
começa a adaptar-se e a<br />
arranjar outras <strong>de</strong>fesas. Mas<br />
estas reacções dão-nos uma<br />
noção clara da importância<br />
dos alimentos <strong>de</strong> origem animal.<br />
A roda dos alimentos<br />
manda-nos comer carne e<br />
peixe em porções reduzidas<br />
face às outras categorias<br />
<strong>de</strong> alimentos, mas os<br />
portugueses não seguem<br />
estas indicações. Que outros<br />
erros i<strong>de</strong>ntifica na nossa<br />
alimentação?<br />
<strong>Leiria</strong> não tem restaurantes exclusivamente<br />
vegetarianos. No entanto,<br />
se há alguns anos encontrar sugestões<br />
vegetarianas nos menus era uma rarida<strong>de</strong><br />
e fazê-lo era quase uma excentricida<strong>de</strong>,<br />
hoje, a insistência <strong>de</strong> alguns<br />
restaurantes que mantêm os pratos<br />
ver<strong>de</strong>s nas ementas tem ajudado a<br />
abrir os horizontes do paladar <strong>de</strong><br />
quem os visita.<br />
Mesmo assim, com uma simples<br />
pesquisa na internet percebe-se<br />
facilmente que este tipo<br />
<strong>de</strong> cozinha tem pouca expressão<br />
na região. Os restaurantes<br />
que aparecem i<strong>de</strong>ntificados concentram-se<br />
na cida<strong>de</strong> e não<br />
trabalham exclusivamente comida<br />
vegetariana.<br />
Não há, portanto, na região,<br />
nenhuma casa <strong>de</strong> referência<br />
como o Espiral, em Lisboa, ou<br />
o Nakité no Porto mas, aos poucos,<br />
alguns restaurantes, concentrados<br />
na cida<strong>de</strong>, como Cardamomo,<br />
Menu Expresso, Tuá Tuá<br />
ou A&B já assumem a comida vegetariana<br />
como uma das suas características<br />
e referências.<br />
Nuno Sequeira, proprietário do restaurante<br />
<strong>de</strong> comida indiana Cardamomo,<br />
explica que “<strong>Leiria</strong> ainda não<br />
tem público para uma casa po<strong>de</strong>r trabalhar<br />
apenas comida vegetariana”.<br />
Exemplo disso são alguns projectos<br />
que nasceram e rapidamente <strong>de</strong>sapareceram.<br />
“Foi o caso <strong>de</strong> um na Marinha<br />
Gran<strong>de</strong>, era o único e não sobreviveu”,<br />
lembra o empresário.<br />
Nós vivemos numa era da<br />
vingança. Não po<strong>de</strong>mos esquecer<br />
que no início do século<br />
XX passou-se muita fome e<br />
a carne era pouca. Ouve-se<br />
muito uma mãe dizer a um<br />
filho: “po<strong>de</strong>s não comer as<br />
cenouras e as batatas, mas a<br />
carne ou o peixe tens que<br />
comer”. Isto é o retrato <strong>de</strong>ssa<br />
vingança! Um indivíduo adulto<br />
não precisa <strong>de</strong> mais que<br />
120 gramas <strong>de</strong> carne numa<br />
refeição. No entanto, vemos<br />
com frequência comer aquelas<br />
belas costeletas <strong>de</strong> vitela<br />
que, tirando o osso, pesam<br />
cerca <strong>de</strong> 320 gramas. Estamos<br />
aqui a ver a enorme vingança<br />
que está a acontecer<br />
em termos <strong>de</strong> carências nutricionais<br />
que a população portuguesa<br />
passou. Além do excesso<br />
<strong>de</strong> carne, a má distribuição<br />
dos alimentos ao longo do<br />
dia, a utilização <strong>de</strong> produtos<br />
pré-preparados e consumo <strong>de</strong><br />
sal e açúcar <strong>de</strong>smedido são<br />
erros flagrantes. ■<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />
Quem confecciona este tipo <strong>de</strong> comida<br />
reconhece que não é fácil fazer pratos<br />
económicos, já que alguns produtos,<br />
nomeadamente os biológicos,<br />
também são mais caros. Mesmo assim,<br />
explica Nuno Sequeira, “tal como na<br />
comida tradicional consegue fazer-se<br />
refeições mais baratas ou mais dispendiosas”.<br />
Albano Andra<strong>de</strong>, responsável pelo<br />
espaço Tuá Tuá Cozinhartes, diz mesmo<br />
que a procura por comida vegetariana<br />
é crescente, razão pela qual<br />
a casa está a estudar novos pratos,<br />
para alargar a lista que, para já, tem<br />
apenas uma sugestão fixa. O restaurante<br />
aberto há poucos meses, em<br />
<strong>Leiria</strong>, oferece saladas variadas e azeites<br />
artesanais que “são muito apreciados<br />
pelo público da comida vegetariana”.<br />
“O pão biológico é mais caro,<br />
os vegetais biológicos também são<br />
mais caros, mas acaba por conseguirse<br />
preços equiparados aos da cozinha<br />
dita normal.”■<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 5<br />
Tofu, seitã e soja começam a ver-se nas ementas<br />
Região não tem restaurantes<br />
exclusivamente vegetarianos<br />
R O T E I R O<br />
Cardamomo<br />
Lasanha <strong>de</strong> legumes / beringela recheada /<br />
risoto <strong>de</strong> beterraba com rúcula / caril <strong>de</strong><br />
legumes com lentilhas<br />
<strong>Leiria</strong> - 15 euros<br />
Tuá Tuá Cozinhartes<br />
Legumes salteados com tofu em cama <strong>de</strong><br />
pão biológico<br />
<strong>Leiria</strong> - 8 euros<br />
A&B<br />
Risoto <strong>de</strong> cogumelos / legumes grelhados<br />
com queijo <strong>de</strong> cabra gratinado<br />
<strong>Leiria</strong> - 9 euros<br />
Menu Expresso<br />
Paté <strong>de</strong> tofu gratinado ao forno com legumes<br />
/ Bife <strong>de</strong> cebolada <strong>de</strong> seitã / Feijoada<br />
ou lasanha <strong>de</strong> soja<br />
<strong>Leiria</strong> - 5 euros<br />
PUB
DR<br />
6 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
BREVES<br />
■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Volta a<br />
Portugal<br />
condiciona<br />
trânsito<br />
A realização da nona etapa da<br />
Volta a Portugal, marcada para<br />
sábado entre a Praia do Pedrógão<br />
e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vai provocar<br />
vários constrangimentos<br />
ao trânsito. Entre as 13 e as 18<br />
horas <strong>de</strong> sábado, a circulação<br />
automóvel estará interrompida<br />
entre Pedrógão e Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
entre esta localida<strong>de</strong> e Monte<br />
Real, na variante a Monte Real<br />
e no troço da EN109, entre a rotunda<br />
<strong>de</strong> acesso à A17, em Monte<br />
Real, e a zona <strong>de</strong> Almuínha Gran<strong>de</strong>.<br />
Neste último trajecto, a interrupção<br />
será apenas no sentido<br />
Norte-Sul. Entre as 7 e as 19 horas,<br />
várias ruas da cida<strong>de</strong> estarão também<br />
encerradas ao trânsito (Avenida<br />
Heróis <strong>de</strong> Angola, Ruas <strong>de</strong><br />
S. Francisco, Coronel Teles Sampaio<br />
Rio, Capitão Mouzinho <strong>de</strong><br />
Albuquerque e Dr. Afonso Acácio<br />
Serra, Largo Cónego Maia e<br />
zona do rossio). Entre as 13 e as<br />
19 horas, ficarão também cortadas<br />
ao trânsito a ponte Euro 2004,<br />
a rotunda da Almuínha Gran<strong>de</strong><br />
(parcialmente), a Avenida 22 <strong>de</strong><br />
Maio (sentido Almuínha Gran<strong>de</strong>-rotunda<br />
das portas da cida<strong>de</strong>),<br />
rotunda do estádio, Avenida<br />
24 <strong>de</strong> Abril, Beco <strong>de</strong> S. Francisco<br />
e acesso da estrada da carreira<br />
<strong>de</strong> tiro à EN109.<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Despiste<br />
provoca<br />
um morto<br />
Um jovem <strong>de</strong> 18 anos morreu na<br />
sequência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>spiste <strong>de</strong> um<br />
veículo ligeiro, na madrugada <strong>de</strong><br />
ontem, na Estrada Nacional 242,<br />
em Guarda Nova, na Marinha<br />
Gran<strong>de</strong>. Segundo fonte do Comando<br />
Distrital <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro<br />
(CDOS) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o automóvel<br />
embateu contra uma casa<br />
<strong>de</strong>sabitada provocando ainda<br />
mais dois feridos graves, que foram<br />
transportados para o Hospital <strong>de</strong><br />
Santo André, em <strong>Leiria</strong>. De acordo<br />
com o CDOS, além da PSP e<br />
dos Bombeiros Voluntários da<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> estiveram no<br />
local elementos do Serviço Municipal<br />
<strong>de</strong> Protecção Civil <strong>de</strong>vido<br />
ao risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada da habitação.<br />
■<br />
RICARDO GRAÇA<br />
| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Sindicato e Associação <strong>de</strong> Bombeiros criticam coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> meios<br />
Comandante dos Municipais<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fogo<br />
O comandante dos Bombeiros<br />
Municipais <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Artur Figueiredo,<br />
volta a estar <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fogo<br />
da Associação Nacional <strong>de</strong> Bombeiros<br />
Profissionais (ANBP) e do<br />
Sindicato Nacional dos Bombeiros<br />
Profissionais, que o acusam <strong>de</strong> estar<br />
mais preocupado com a poupança<br />
<strong>de</strong> dinheiro do que com o socorro<br />
às populações.<br />
Em comunicado, as duas estruturas<br />
<strong>de</strong>nunciam que, no dia 3 <strong>de</strong><br />
Agosto, “o comandante questionou<br />
a saída dos elementos próximo<br />
das 20 horas”, para acorrer a<br />
um incêndio, pois “aparentemen-<br />
Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> adjudica serviço <strong>de</strong> refeições escolares<br />
Concurso internacional<br />
permite poupar 174 mil euros<br />
O concurso internacional<br />
que a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> abriu<br />
este ano para o fornecimento<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40% das refeições<br />
escolares do concelho vai<br />
permitir à autarquia poupar<br />
174 mil euros em relação ao<br />
último ano lectivo. A adjudicação<br />
do serviço foi aprovada<br />
na última reunião <strong>de</strong> câmara,<br />
on<strong>de</strong> os vereadores do PSD,<br />
pela voz José Benzinho, frisaram<br />
a importância da monotorização<br />
do serviço.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />
garante que essa avaliação<br />
será feita, <strong>de</strong> forma “a assegurar<br />
que a qualida<strong>de</strong> do serviço<br />
não sairá prejudicada”<br />
Comandante dos Municipais <strong>de</strong>smente não querer pagar horas extraordinárias<br />
te não <strong>de</strong>veriam ter saído porque<br />
a câmara não quer pagar horas<br />
extraordinárias”, o que consi<strong>de</strong>ram<br />
“pôr em causa a segurança<br />
quer dos bombeiros, quer da população”.<br />
O comandante da corporação<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Artur Figueiredo, explica<br />
que apenas chamou a atenção<br />
do “chefe <strong>de</strong> serviço por não ter<br />
informado da situação oportunamente,<br />
para a coor<strong>de</strong>nação ser feita<br />
<strong>de</strong> forma efectiva com todos os<br />
corpos <strong>de</strong> bombeiros”.<br />
O sindicato e a ANBP <strong>de</strong>nunciam<br />
ainda que, dois dias <strong>de</strong>pois,<br />
pelo facto do preço ter baixado.<br />
Raul Castro adianta ainda<br />
que se os níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
se mantiverem, a autarquia<br />
tenciona alargar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
concurso internacional a outras<br />
escolas, cujo serviço está a ser<br />
prestado por entida<strong>de</strong>s com<br />
quem o município tem protocolos.<br />
Raul Castro lamenta que,<br />
à semelhança do que aconteceu<br />
com as AEC (Activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Enriquecimento Curricular)<br />
tenha havido candidatos<br />
excluídos, mas “o concurso<br />
tem regras que não po<strong>de</strong>m ser<br />
contornadas”.<br />
Presente na reunião <strong>de</strong><br />
“saiu para o terreno um veículo,<br />
<strong>de</strong>sta vez com apenas três elementos<br />
dos municipais”, quando “<strong>de</strong>veriam<br />
sair cinco”, para combater um<br />
incêndio urbano. Segundo o sindicato,<br />
a explicação avançada pelo<br />
comandante é que “não po<strong>de</strong>m sair<br />
mais porque a cida<strong>de</strong> fica <strong>de</strong>sguarnecida”.<br />
“Foi o número <strong>de</strong> homens necessário<br />
face à situação e ao facto <strong>de</strong><br />
estarem a ser <strong>de</strong>spachados mais<br />
meios <strong>de</strong> outros corporações para<br />
a mesma ocorrência”, justifica<br />
Artur Figueiredo, que refuta, assim,<br />
todas as acusações. “Não foi colo-<br />
câmara, Patrícia Órfão, representante<br />
da Relógio Global,<br />
uma das empresas que ficou<br />
<strong>de</strong> fora do concurso das AEC,<br />
criticou a câmara por ter prestado<br />
algumas “informações<br />
erradas aos concorrentes, que<br />
levaram à sua exclusão. Raul<br />
Castro admite essa possibilida<strong>de</strong>,<br />
mas “tal não é suficiente<br />
para pôr em causa o concurso”,<br />
porque aconteceu <strong>de</strong> “forma<br />
informal”. O autarca diz<br />
ainda que, “as empresas que<br />
entendam que a lei não foi<br />
cumprida, po<strong>de</strong>m recorrer ao<br />
tribunal administrativo”.■<br />
MAS<br />
cado qualquer constrangimento<br />
pelo senhor presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />
perante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar<br />
mais pessoas para as ocorrências<br />
ou prolongar o serviço<br />
que está em curso.”<br />
O <strong>de</strong>sentendimento entre o<br />
comandante Artur Figueiredo e o<br />
sindicato e a ANBP estalou <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que o concelho foi dividido em<br />
áreas <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong> modo a<br />
rentabilizar os recursos dos vários<br />
corpos <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que<br />
passam a actuar nas zonas mais<br />
próximas dos seus quartéis. ■<br />
EC<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Aeroclube <strong>de</strong>ixa<br />
instalações até Outubro<br />
A direcção do Aeroclube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> reuniu, na<br />
terça-feira, com a câmara para mais uma conversa<br />
sobre o <strong>de</strong>stino das instalações da associação<br />
aeronáutica. De acordo com Afonso Vieira,<br />
antigo tesoureiro, recentemente eleito presi<strong>de</strong>nte<br />
do Aeroclube, a associação <strong>de</strong>verá sair da proprieda<strong>de</strong><br />
privada on<strong>de</strong> se encontra, na freguesia<br />
<strong>de</strong> Marrazes, até Outubro, pelo que ficou<br />
agendado novo encontro com a autarquia para<br />
dia 3 <strong>de</strong> Setembro. O presi<strong>de</strong>nte da direcção diz<br />
que “as propostas <strong>de</strong> Milagres e Monte Real continuam<br />
em estudo” e que “este executivo camarário<br />
está empenhado em solucionar o problema”.<br />
Raul Castro confirma as movimentações<br />
da câmara para agilizar o processo e diz que “até<br />
3 <strong>de</strong> Setembro novas reuniões vão ser agendadas<br />
com os proprietários dos terrenos <strong>de</strong> Milagres”.<br />
No local po<strong>de</strong>rá nascer um projecto global<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico e <strong>de</strong>sportivo<br />
on<strong>de</strong> o aeródromo se enquadraria”, adianta o<br />
presi<strong>de</strong>nte do Aeroclube. ■ PL
| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE |<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 7
RICARDO GRAÇA<br />
8 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
A Marinha Gran<strong>de</strong> é o concelho<br />
do distrito como maior índice<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, <strong>de</strong> acordo com<br />
o estudo mais recente do INE (Instituto<br />
Nacional <strong>de</strong> Estatísticas), elaborado<br />
com base em dados <strong>de</strong> 2007.<br />
Aquele município repete, assim, a<br />
posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na região que<br />
já ocupava em 2005. Caldas da<br />
Rainha e <strong>Leiria</strong> continuam a ocu-<br />
| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Estudo do INE coloca Figueiró dos Vinhos no pólo oposto<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> volta a li<strong>de</strong>rar<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra no distrito<br />
PUB<br />
Marinha ocupa a 37ª posição a nível nacional<br />
par os segundo e terceiro lugares<br />
no distrito. No pólo oposto encontra-se<br />
Figueiró dos Vinhos.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Câmara da Marinha<br />
Gran<strong>de</strong> confessa-se satisfeito<br />
com a posição que o município<br />
ocupa no estudo, que atribui à<br />
“dinâmica própria <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
económico-social” do concelho,<br />
“assente num tecido indus-<br />
Sólida empresa do sector Vidreiro integrada em multinacional Norte- Americana,<br />
preten<strong>de</strong> recrutar para a Zona Centro:<br />
MANAGER DE PLANEAMENTO/ANALISTA FINANCEIRO<br />
Funções:<br />
. Planeamento <strong>de</strong> vidro, embalagem reembalagem e <strong>de</strong>coração<br />
. Definição das regras <strong>de</strong> planeamento<br />
. Análise estatística dos resultados <strong>de</strong> planeamento/Produção Definiçãoe manutenção da Bill of materials)<br />
. Análise <strong>de</strong> inventários <strong>de</strong> produto acabado e embalagem<br />
. Definição <strong>de</strong> custos standards <strong>de</strong> produtos<br />
. Interacção entre o planeamento e o <strong>de</strong>partamento financeiro<br />
. Análise das OF abertas em cada período e garantir que todas são fechadas no momento certo.<br />
Perfil:<br />
. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />
. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos<br />
. Fortes e sólidos conhecimentos e experiência <strong>de</strong> planeamento <strong>de</strong> produção.<br />
. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> Excel<br />
. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> Inglês<br />
. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> MRP<br />
. Fortes e sólidos conhecimentos e experiência <strong>de</strong> gestão através <strong>de</strong> custos standards e seu <strong>de</strong>svio.<br />
TÉCNICO ELECTRICISTA<br />
Descrição:<br />
Profissionais com formação profissional na área <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>, com experiência em Manutenção Industrial, Electricida<strong>de</strong>,<br />
Mecânica e Automação.<br />
Procuramos:<br />
. Executar activida<strong>de</strong>s diárias como assistir manutenção, operação e manutenção <strong>de</strong> máquinas;<br />
. Candidatos dinâmicos, flexíveis, com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar<br />
. Disponibilida<strong>de</strong> para trabalhar por turnos<br />
. Experiência mínima <strong>de</strong> 4/5 anos<br />
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SERRALHEIRO MECÂNICO<br />
Descrição:<br />
Reparação <strong>de</strong> avarias nas máquinas; Montagem e reparação <strong>de</strong> tubagem; Manutenção Preventiva e por vezes Curativa;<br />
Auxiliar nos serviços <strong>de</strong> manutenção geral <strong>de</strong> edifícios.<br />
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automação; Conhecimentos hidráulica, pneumática<br />
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Caso corresponda ao perfil envie a sua candidatura para: recrutamento.drh@libbey.pt<br />
trial que alia sectores tradicionais<br />
a sectores <strong>de</strong> elevada capacida<strong>de</strong><br />
tecnológica”.<br />
Álvaro Pereira <strong>de</strong>staca ainda a<br />
“i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> colectiva” do concelho,<br />
“construída por sucessivas gerações<br />
<strong>de</strong> trabalhadores e empreen<strong>de</strong>dores,<br />
sobre a constante capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> risco e <strong>de</strong> inovação e<br />
resistência à adversida<strong>de</strong>”. O autarca<br />
frisa, no entanto, que o estudo<br />
se refere a 2007 e que a conjuntura<br />
económica se agravou, obrigando<br />
a uma atitu<strong>de</strong> “pró-activa<br />
<strong>de</strong> todos os agentes”.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Figueiró<br />
dos Vinhos, Rui Silva, não se<br />
manifesta surpreendido com o facto<br />
do município ter o menor índice<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra do distrito,<br />
facto que atribui essencialmente<br />
ao <strong>de</strong>semprego. O autarca garante,<br />
no entanto, que a câmara “tudo<br />
está a fazer para inverter essa situação”.<br />
Rui Silva aponta como exemplo<br />
<strong>de</strong>sse esforço a recente inauguração<br />
do pólo <strong>de</strong> formação, através<br />
<strong>de</strong> um protocolo com o Instituto<br />
<strong>de</strong> Emprego e Formação Pro-<br />
A herança <strong>de</strong> Lúcio Tomé<br />
Feteira, empresário natural<br />
<strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, continua<br />
por partilhar <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois<br />
da sua morte. A Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
é uma das her<strong>de</strong>iras.<br />
O milionário indicou, em<br />
testamento, a doação <strong>de</strong> parte<br />
da herança, que a lei não<br />
obriga a ficar na família,<br />
para a autarquia. “A junta<br />
vai receber 80% da quota<br />
disponível do testamento<br />
para criar a Fundação Família<br />
Feteira, que Lúcio Tomé<br />
Feteira pretendia que fosse<br />
a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Vieira<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a gerir”, explica<br />
Joaquim Vidal Tomé.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da junta<br />
esclarece também que a verba,<br />
cujo o valor que cabe à<br />
junta <strong>de</strong>sconhece, ainda não<br />
foi <strong>de</strong>sbloqueada porque as<br />
partilhas não foram efectuadas.<br />
Segundo o jornal<br />
Público, o valor que estaria<br />
nas contas <strong>de</strong> Tomé Feteira<br />
ultrapassará os 30 milhões<br />
<strong>de</strong> euros. Joaquim Vidal<br />
Tomé afirma que Lúcio Tomé<br />
Feteira ia com “frequência”<br />
à Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e era uma<br />
pessoa “muito querida na<br />
terra”. Além disso, “fazia<br />
fissional, que já tem cerca <strong>de</strong> 200<br />
formandos. Rui Silva refere ainda<br />
o projecto <strong>de</strong> alargamento da zona<br />
industrial e um outro acordo com<br />
a Associação Empresarial do Pinhal<br />
Interior, com vista também à realização<br />
<strong>de</strong> formação profissional.<br />
Segundo o estudo do INE, divulgado<br />
pela Agência Lusa, a região<br />
da gran<strong>de</strong> Lisboa congrega seis dos<br />
15 concelhos portugueses com<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra mais elevado, com<br />
o ranking a ser li<strong>de</strong>rado pela capital.<br />
Os índices mais baixos registavam-se<br />
em Vinhais, Ribeira <strong>de</strong><br />
Pena, Sernancelhe, Celorico <strong>de</strong> Basto<br />
e Penalva do Castelo, municípios<br />
localizados no interior. ■<br />
MAS<br />
Indicadores avaliados<br />
algumas doações, aos bombeiros,<br />
biblioteca e escolas”.<br />
“Há mesmo uma cantina que<br />
tem o nome da sua mãe”,<br />
acrescenta.<br />
A herança <strong>de</strong> Lúcio Tomé<br />
Feteira ainda não foi dividida<br />
<strong>de</strong>vido a um litígio entre<br />
Rosalina Ribeiro, com quem<br />
o empresário manteve uma<br />
relação extraconjugal durante<br />
32 anos, e a sua filha Olímpia<br />
Menezes, também fruto<br />
<strong>de</strong> uma relação fora do casamento.<br />
Rosalina Ribeiro, que<br />
foi assassinada em Dezembro<br />
do ano passado, lutou<br />
para garantir os mesmos<br />
direitos sucessórios que a<br />
Índice<br />
do po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> compra<br />
Posição<br />
no ranking<br />
nacional<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> 101,99 37ª<br />
Caldas da Rainha 99,92 40ª<br />
<strong>Leiria</strong> 99,87 41ª<br />
Nazaré 89 66ª<br />
Peniche 87,36 73ª<br />
Alcobaça 82,78 89ª<br />
Batalha 82,71 90ª<br />
Bombarral 75,86 120ª<br />
Óbidos 75,81 121ª<br />
Ourém 74,17 129ª<br />
Pombal 73,8 130ª<br />
Porto <strong>de</strong> Mós 67,87 155ª<br />
Ansião 62,58 195ª<br />
Castanheira <strong>de</strong> Pera 59,93 213ª<br />
Pedrógão Gran<strong>de</strong> 58613 224ª<br />
Alvaiázere 58,33 230ª<br />
Figueiró dos Vinhos 55,61 244ª<br />
O índice <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra avalia indicadores como o vencimento<br />
salarial, contratos imobiliários e número <strong>de</strong> automóveis, e preten<strong>de</strong><br />
“traduzir o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra manifestado quotidianamente,<br />
em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo<br />
por referência o valor nacional”, explica o INE, citado pela Agência<br />
Lusa. ■<br />
Lúcio Tomé Feteira <strong>de</strong>ixa valor para fundação<br />
Junta da Vieira aguarda<br />
herança há <strong>de</strong>z anos<br />
DR<br />
mulher legítima do empresário,<br />
que faleceu <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le.<br />
De acordo com o Diário<br />
<strong>de</strong> Notícias, o homicídio <strong>de</strong><br />
Rosalina Ribeiro po<strong>de</strong>rá estar<br />
relacionado com a suspeita<br />
<strong>de</strong> falsificação <strong>de</strong> uma procuração<br />
para venda irregular<br />
<strong>de</strong> terrenos do empresário.<br />
O caso foi divulgado esta<br />
semana pelos órgãos <strong>de</strong><br />
comunicação social por Duarte<br />
Lima, advogado <strong>de</strong> Rosalina,<br />
ter sido chamado a <strong>de</strong>por<br />
pela polícia brasileira, pois<br />
foi uma das últimas pessoas<br />
a estar com ela antes da sua<br />
morte. ■<br />
EC
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />
Presi<strong>de</strong>nte da câmara prefere ligar-se a Lisboa, se o aeroporto regional ficar em Monte Real<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 9<br />
Ourém admite abandonar Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Ourém<br />
admite sair do Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-<br />
Fátima, se este organismo “persistir<br />
na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que uma das formas<br />
<strong>de</strong> valorizar Fátima é promover a<br />
abertura <strong>de</strong> Monte Real à aviação<br />
civil”. As <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> Paulo Fonseca<br />
surgem na sequência <strong>de</strong> uma<br />
reunião realizada recentemente<br />
entre autarcas da região e dirigentes<br />
do Fórum Centro Portugal e o<br />
primeiro-ministro, on<strong>de</strong> José Sócrates<br />
prometeu apoio para que o estudo<br />
sobre a viabilida<strong>de</strong> da abertura<br />
da Base Aérea nº 5 (BA5) à aviação<br />
civil seja retomado.<br />
“O Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima tem<br />
um peso brutal porque tem Fátima.<br />
Não vejo qualquer vantagem<br />
em insistir no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
um projecto [abertura ao tráfego<br />
civil da BA5] artificial, ineficaz e<br />
A vila <strong>de</strong> Ansião tem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
semana passada, um novo parque<br />
<strong>de</strong> estacionamento e mais um espaço<br />
ver<strong>de</strong>. As obras foram inauguradas<br />
durante a abertura oficial das<br />
festas do concelho, uma cerimónia<br />
que habitualmente se realizava<br />
nos Paços do Concelho, mas que<br />
este ano teve lugar na nova zona<br />
ver<strong>de</strong>. Uma <strong>de</strong>scentralização que<br />
o presi<strong>de</strong>nte da câmara, Rui Rocha,<br />
classifica como “mais um sinal da<br />
forte vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> abertura aos cidadão”<br />
do actual executivo.<br />
Região<br />
Dia da juventu<strong>de</strong><br />
comemorado<br />
O autarca explica que a intervenção<br />
junto ao Ribeiro da Vi<strong>de</strong><br />
permitiu requalificar “um dos espaços<br />
nobres da vila”, com a criação<br />
<strong>de</strong> mais um espaço ver<strong>de</strong>. Além da<br />
colocação <strong>de</strong> relva e <strong>de</strong> mobiliário<br />
urbano, o projecto contemplou a<br />
recuperação da antiga casa do cantoneiro,<br />
transformada em sanitários<br />
públicos, e <strong>de</strong> um lavadouro,<br />
que <strong>de</strong>u lugar a uma zona <strong>de</strong> convívio.<br />
Com 74 lugares, o novo parque<br />
<strong>de</strong> estacionamento foi criado jun-<br />
O Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong>, que hoje se comemora,<br />
é assinalado em vários municípios da região. A Câmara<br />
<strong>de</strong> Peniche organiza, em conjunto com as associações<br />
juvenis do concelho, activida<strong>de</strong>s que preten<strong>de</strong>m promover<br />
as potencialida<strong>de</strong>s dos jovens em áreas como a música, a<br />
dança, o <strong>de</strong>sporto e a fotografia. Em Pombal, as iniciativas<br />
irão dividir-se entre as piscinas municipais, on<strong>de</strong>, a partir<br />
das 14:30 horas, haverá sessões <strong>de</strong> hidroginástica, música<br />
e ateliês, e a Praça Marquês <strong>de</strong> Pombal, que entre 14:30 e<br />
as 17:30 horas, acolhe a iniciativa MarquêsGrafiti, on<strong>de</strong> os<br />
jovens po<strong>de</strong>rão expressar colectivamente a sua arte. Durante<br />
este dia, o município <strong>de</strong> Pombal oferece aos jovens entradas<br />
gratuitas nas piscinas e em vários espaços culturais. Esta<br />
foi também a forma encontrada pela Câmara <strong>de</strong> Ourém para<br />
assinalar a data, entregando aos jovens senhas para entrar<br />
no museu e nas piscinas municipais, que po<strong>de</strong>m ser levantadas<br />
na loja Ponto Já. A Câmara da Marinha Gran<strong>de</strong> marca<br />
também a data com a oferta <strong>de</strong> entradas gratuitas nos<br />
museus municipais aos jovens até aos 25 anos. O objectivo<br />
é fomentar nos jovens a apetência cultural, social e turística.<br />
Na Batalha, as comemorações começam às 17:30 horas,<br />
com jogos tradicionais na Praça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />
on<strong>de</strong>, a partir das 22 horas, haverá música dos anos<br />
70, 80 e 90. ■<br />
MARIA ANABELA SILVA<br />
Fonseca não acredita na abertura da BA5 à aviação civil<br />
que não é promotor do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
regional”, afirma Paulo<br />
Inaugurações marcam festas do concelho<br />
Ansião ganha espaço ver<strong>de</strong><br />
e estacionamento gratuito<br />
Fonseca. O autarca <strong>de</strong> Ourém consi<strong>de</strong>ra<br />
que “não cabe na cabeça <strong>de</strong><br />
to à Avenida Dr. Vítor Faveiro, a<br />
poucos metros da Praça do Município,<br />
e será <strong>de</strong> utilização gratuita,<br />
estando já preparado para a instalação<br />
<strong>de</strong> um postos <strong>de</strong> abastecimento<br />
para veículos eléctricos. Rui<br />
Rocha frisa que o novo parque permitirá<br />
colmatar a eliminação <strong>de</strong><br />
algum aparcamento na zona central<br />
da vila, prevista nas obras <strong>de</strong><br />
requalificação já em execução, e<br />
que, segundo o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />
darão a Ansião “uma matriz <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>”. ■<br />
MARIA ANABELA SILVA<br />
ninguém que alguém venha a Fátima<br />
através <strong>de</strong> Monte Real, quando<br />
po<strong>de</strong> aterrar em Lisboa, que fica<br />
à mesma distância temporal” da<br />
BA5.<br />
Apesar <strong>de</strong> acreditar que a abertura<br />
da base aérea à aviação civil<br />
“nunca será autorizada”, Paulo Fonseca<br />
garante que, se tal vier a acontecer,<br />
inviabilizando a criação <strong>de</strong><br />
um aeroporto regional em Fátima,<br />
então “Ourém estará disponível<br />
para se ligar a Lisboa”, em termos<br />
turísticos, por enten<strong>de</strong>r que, nessas<br />
circunstâncias, é a solução que<br />
melhor serve os interesses do concelho.<br />
“Fátima podia ter sido o ciclista<br />
que fugiu do pelotão e , quando<br />
os outros <strong>de</strong>ram por isso, já tinha<br />
ganho. Teve o rasgo <strong>de</strong> começar o<br />
processo [através da tentativa <strong>de</strong><br />
transformação da pista da Giesteira<br />
em aeroporto regional], mas faltou-lhe<br />
a sabedoria para gerir a<br />
vantagem e per<strong>de</strong>u a oportunida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>vido a problemas locais”, afirma<br />
David Catarino. O presi<strong>de</strong>nte<br />
do Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima, que<br />
durante anos li<strong>de</strong>rou a Câmara <strong>de</strong><br />
Ourém, reconhece que, por vezes,<br />
os autarcas estão “reféns das posições<br />
locais”, mas <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a<br />
questão do aeroporto <strong>de</strong>ve ser encarada<br />
à “escala regional”. E que, num<br />
momento em que “não há dinheiro<br />
para investir” e em que “as acessibilida<strong>de</strong>s<br />
a Monte Real estão praticamente<br />
feitas”, a BA5 po<strong>de</strong>rá ser<br />
a solução mais ajustada para servir<br />
a região Centro. ■<br />
Maria Anabela Silva<br />
Governador civil (à esq.) presidiu às inaugurações<br />
PUB
10 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Ourém<br />
Santuário<br />
acolhe<br />
emigrantes<br />
Milhares <strong>de</strong> emigrantes são esperados,<br />
hoje e amanhã, no Santuário<br />
<strong>de</strong> Fátima para participar<br />
na Peregrinação do Migrante e<br />
do Refugiado, que este ano <strong>de</strong>staca<br />
a comunida<strong>de</strong> portuguesa<br />
resi<strong>de</strong>nte em França e a igreja que<br />
a acolhe nesse país. A peregrinação<br />
será presidida por D. Clau<strong>de</strong><br />
Schocker, bispo <strong>de</strong> Belfort-Montbéliard<br />
(França) e presi<strong>de</strong>nte do<br />
Serviço Nacional da Pastoral dos<br />
Migrantes <strong>de</strong> França. Esta peregrinação<br />
internacional está integrada<br />
na 38.ª Semana Nacional<br />
<strong>de</strong> Migrações, uma iniciativa da<br />
Comissão Episcopal da Mobilida<strong>de</strong><br />
Humana e da Obra Católica<br />
Portuguesa <strong>de</strong> Migrações.<br />
Dinossáurios<br />
potenciam<br />
geminação<br />
A Câmara <strong>de</strong> Ourém está a preparar<br />
uma geminação com o município<br />
<strong>de</strong> Teruel, localizado em<br />
Espanha. Nesse sentido, uma comitiva<br />
com representes da autarquia<br />
<strong>de</strong>slocou recentemente a Teruel,<br />
para <strong>de</strong>senvolver contactos com<br />
vista a uma futura geminação. Os<br />
dinossáurios são um dos elos <strong>de</strong><br />
ligação entre os dois municípios,<br />
havendo estudos que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m<br />
que as pegadas na Pedreira do<br />
Galinha, em Ourém, foram produzidas<br />
por um dinossauro da<br />
mesma espécie, <strong>de</strong> Teruel. O património<br />
é outro dos elementos<br />
comum entre Ourém e Teruel.<br />
Porto <strong>de</strong> Mós<br />
Universida<strong>de</strong><br />
sénior em<br />
antiga escola<br />
Encerrada no final do último ano<br />
lectivo, a EB1 <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Cima,<br />
Porto <strong>de</strong> Mós, po<strong>de</strong>rá vir a ganhar<br />
nova vida, com a instalação da<br />
universida<strong>de</strong> sénior que o Rotary<br />
Clube local preten<strong>de</strong> abrir no<br />
concelho. O pedido <strong>de</strong> cedência<br />
da escola foi analisado na última<br />
reunião <strong>de</strong> câmara, realizada na<br />
semana passada, com o executivo<br />
a adiar uma tomada <strong>de</strong> posição,<br />
uma vez que o Clube Automóvel<br />
<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós já tinha<br />
“verbalmente” solicitado a ocupação<br />
daquele espaço. O presi<strong>de</strong>nte<br />
do município, João Salgueiro,<br />
manifestou, no entanto,<br />
a inclinação para ce<strong>de</strong>r as instalações<br />
aos rotários, uma vez que<br />
o Clube Automóvel já está a ocupar<br />
uma outra antiga escola (Casal<br />
Duro). ■<br />
RICARDO GRAÇA<br />
IC3 avança com perfil <strong>de</strong> auto-estrada e portagens<br />
Tribunal <strong>de</strong> Contas aprova<br />
subconcessão do Pinhal Interior<br />
O contrato da subconcessão do<br />
Pinhal Interior Norte, adjudicado a<br />
um consórcio li<strong>de</strong>rado pela Ascendi<br />
(<strong>de</strong>tida pela Mota-Engil e pelo<br />
BES), foi aprovado, na segunda-<br />
-feira, pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas (TC).<br />
Entre as obras previstas está a construção<br />
do IC3, entre Coimbra e<br />
Tomar, passando por Ansião e Alvaiázere,<br />
que terá portagens, uma medida<br />
compreendida pelos autarcas <strong>de</strong><br />
região que consi<strong>de</strong>ram que, mesmo<br />
a pagar, se trata <strong>de</strong> uma via<br />
“fundamental” para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da zona do Pinhal.<br />
Intervenção abrange 40 quilómetros entre <strong>Leiria</strong> e o limite Norte do distrito<br />
Requalificação do IC2 avança em 2011<br />
A requalificação do IC2, entre<br />
a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e o limite Norte<br />
do distrito, vai avançar no<br />
próximo ano. A obra está incluída<br />
no plano <strong>de</strong> investimentos<br />
da Estradas <strong>de</strong> Portugal (EP) para<br />
2011 e <strong>de</strong>verá custar mais <strong>de</strong> 30<br />
milhões <strong>de</strong> euros. A informação<br />
foi avançada no sábado pelo<br />
director da Delegação Regional<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da EP, Ricardo Lacerda,<br />
durante uma visita a várias<br />
obras rodoviárias em curso no<br />
município <strong>de</strong> Pombal, promovida<br />
pela concelhia local do PS.<br />
Ricardo Lacerda explica que a<br />
intervenção no IC2 totalizará<br />
cerca <strong>de</strong> 40 quilómetros e contempla<br />
a repavimentação da via<br />
e o melhoramento do traçado,<br />
com a criação <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> aceleração<br />
e a revisão <strong>de</strong> alguns cruzamentos.<br />
Segundo aquele responsável,<br />
o projecto <strong>de</strong> execução<br />
será colocado a concurso<br />
em Setembro, <strong>de</strong>correndo, neste<br />
momento, a consulta às autarquias<br />
abrangidas pelo troço em<br />
Sócrates presidiu à cerimónia <strong>de</strong> adjudicação da concessão<br />
Apesar <strong>de</strong> ainda ter “alguma<br />
esperança” que o Governo recue<br />
na introdução <strong>de</strong> portagens, o presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara <strong>de</strong> Pedrógão<br />
Gran<strong>de</strong> não se opõe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />
medida “se aplique a todas as regiões<br />
com o <strong>de</strong>senvolvimento similar” ao<br />
Pinhal Interior. Mas, para João Marques,<br />
“o mais importante é que a<br />
obra avance”, porque dará “outra<br />
centralida<strong>de</strong> à região”, uma vez que<br />
vai ligar a A1, em Coimbra, e a A23,<br />
em Torres Novas. O autarca <strong>de</strong>staca<br />
ainda o conjunto <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />
previstas na concessão,<br />
causa, para que “i<strong>de</strong>ntifiquem<br />
os pontos que merecem mais<br />
atenção”.<br />
O director regional da EP<br />
acrescenta ainda que foram enviados<br />
ofícios às entida<strong>de</strong>s envolvidas<br />
na execução <strong>de</strong> infra-estruturas,<br />
como re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gás, água<br />
ou saneamento, para que façam<br />
uma calendarização das intervenções<br />
previstas para o troço<br />
a requalificar. O objectivo, explica<br />
Ricardo Lacerda, é que as<br />
obras sejam feitas antes da repavimentação<br />
do piso.<br />
Além <strong>de</strong>sta intervenção no<br />
IC2, a EP assinou, na semana<br />
passada, um contrato com a<br />
empresa JJR & Filhos, se<strong>de</strong>ada<br />
na Quinta da Sardinha (<strong>Leiria</strong>),<br />
para a realização <strong>de</strong> trabalhos<br />
<strong>de</strong> manutenção e conservação<br />
nos cerca <strong>de</strong> 750 quilómetros <strong>de</strong><br />
vias e 297 pontes, viadutos e<br />
outras travessias que constituem<br />
a re<strong>de</strong> rodoviária a seu cargo no<br />
distrito.<br />
No valor <strong>de</strong> 8.4 milhões <strong>de</strong><br />
que facilitarão as ligações entre os<br />
municípios da região, e a requalificação<br />
do IC8. “Esta concessão é<br />
a melhor coisa que podia ter acontecido<br />
a este território”, afirma.<br />
Também o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
<strong>de</strong> Ansião, consi<strong>de</strong>ra que, “mais<br />
importante do que discutir a introdução<br />
ou não <strong>de</strong> portagens no IC3,<br />
é que a obra avance”. E, nesse sentido,<br />
Rui Rocha enten<strong>de</strong> que o visto<br />
do TC representa “mais um passo<br />
cumprido” para que os trabalhos<br />
no terreno sejam iniciados. “Há<br />
muito que ansiamos por este inves-<br />
euros, o contrato prevê a conservação<br />
<strong>de</strong> pavimentos, bermas<br />
e valetas, passeios, nós, separa-<br />
timento, que é crucial para <strong>de</strong>volver<br />
alguma esperança a este território”,<br />
diz o autarca<br />
João Cardoso, presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />
Empresarial do Pinhal Interior,<br />
diz que “o i<strong>de</strong>al” seria que o<br />
IC3 não tivesse portagens, mas reconhece<br />
que, na situação actual, “é<br />
difícil construir auto-estradas sem<br />
serem pagas”. Por isso, o empresário<br />
prefere <strong>de</strong>stacar a importância<br />
das obras previstas na concessão.<br />
“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta zona<br />
estava, há muito, a contar com este<br />
investimento, que vai permitir acessos<br />
mais rápidos e reduzir as distâncias<br />
entre a região e o Litoral,<br />
Espanha e Lisboa.”■<br />
Maria Anabela Silva<br />
Números<br />
da concessão<br />
✓ 1.2 mil milhões – total do<br />
investimento<br />
✓ 567 kms – extensão total da<br />
concessão (118 Kms <strong>de</strong> auto-<br />
-estradas e 449 Kms <strong>de</strong> estradas<br />
<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>)<br />
✓ 200 – número <strong>de</strong> empresas<br />
envolvidas nas obras da concessão<br />
✓ 4.000 – número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />
trabalho directos criados pela concessão<br />
✓ 44.000 - estimativa do número<br />
<strong>de</strong> empregos induzidos pelas novas<br />
vias<br />
✓ 36 meses – prazo <strong>de</strong> construção<br />
(obras <strong>de</strong>verão estar concluídas<br />
em Fevereiro <strong>de</strong> 2013)<br />
dores, intersecções, talu<strong>de</strong>s e<br />
vedações e a manutenção <strong>de</strong><br />
obras <strong>de</strong> arte. ■ MAS<br />
PS <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> acesso<br />
à A1 em Merinhas<br />
A Concelhia <strong>de</strong> Pombal do PS consi<strong>de</strong>ra a construção <strong>de</strong> um nó<br />
<strong>de</strong> acesso à A1, em Meirinhas, estratégica para o concelho,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que essa obra <strong>de</strong>verá ser acompanhada pela criação<br />
<strong>de</strong> uma ligação entre a zona Sul do concelho e esse nó, através<br />
da requalificação <strong>de</strong> alguma re<strong>de</strong> viária concelhia. A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s,<br />
presi<strong>de</strong>nte da concelhia, enten<strong>de</strong> mesmo que essa ligação “é<br />
mais prioritária do que a variante à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal”, há muito<br />
reivindicada pela maioria social-<strong>de</strong>mocrata que governa a<br />
câmara. O dirigente socialista falava durante uma visita às obras<br />
<strong>de</strong> melhoria e alargamento <strong>de</strong> seis pontes e pontões na EN1.6,<br />
em fase <strong>de</strong> conclusão, on<strong>de</strong> chamou também a atenção para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar as condições <strong>de</strong> segurança do nó do IC2<br />
em Alto Cabaço (entrada Norte da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal). A visita<br />
contou com a presença <strong>de</strong> José Miguel Me<strong>de</strong>iros, <strong>de</strong>putado do<br />
PS na Assembleia da República, e do director regional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
da Estradas <strong>de</strong> Portugal, Ricardo Lacerda. ■
Obra estará concluída <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nove meses<br />
A Misericórdia <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />
vai iniciar, nos próximos dias, a<br />
construção <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados<br />
continuados <strong>de</strong> longa duração.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um investimento<br />
na or<strong>de</strong>m dos dois milhões <strong>de</strong> euros,<br />
que <strong>de</strong>verá ficar concluído <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> nove meses e que conta com o<br />
apoio do Ministério da Saú<strong>de</strong> e da<br />
câmara municipal.<br />
Segundo José Carlos Ramos, provedor<br />
da instituição, a comparticipação<br />
do Estado rondará os 745<br />
mil euros, enquanto a autarquia<br />
ajudará com 400 mil euros. Além<br />
<strong>de</strong>sta verba, o município disponibilizou<br />
o terreno, localizado na zona<br />
<strong>de</strong> Colos, e ficará responsável pela<br />
execução dos arranjos exteriores.<br />
Um apoio que o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />
João Salgueiro, justifica com<br />
“importância da obra, não só para<br />
o concelho, como para a região”.<br />
“A unida<strong>de</strong> será uma realida<strong>de</strong><br />
porque houve uma conjugação <strong>de</strong><br />
esforços em torno <strong>de</strong> um projecto<br />
que permitirá a prestação <strong>de</strong> melhores<br />
cuidados à comunida<strong>de</strong>”, afirma<br />
o provedor. O dirigente sublinha<br />
ainda que, a longo prazo, este<br />
tipo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> traz benefícios económicos<br />
ao Estado, pois contribui<br />
para reduzir os internamentos hospitalares.<br />
“Os hospitais estão cheios<br />
<strong>de</strong> doentes que já não lhes <strong>de</strong>viam<br />
pertencer e que, por isso, <strong>de</strong>vem<br />
ser encaminhados para centros que<br />
lhes garantam mais alguma reabilitação”,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o médico.<br />
A futura unida<strong>de</strong> irá receber utentes<br />
que necessitem <strong>de</strong> internamentos<br />
superiores a 180 dias, uma vez<br />
que “é ao nível da longa duração<br />
que o distrito tem maiores lacunas”.<br />
O centro hospitalar da misericórdia<br />
terá 30 camas, mas José Carlos Ramos<br />
garante que a obra ficará preparada<br />
para sofrer uma ampliação.<br />
“Temos consciência que, em pouco<br />
tempo, a capacida<strong>de</strong> ficará esgotada.<br />
No entanto, as disponibilida<strong>de</strong>s<br />
financeiras não nos permitem<br />
avançar com um projecto <strong>de</strong><br />
outra dimensão”, reconhece o pro-<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />
Misericórdia <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós constrói<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados<br />
MARIA ANABELA SILVA<br />
Provedor diz que a unida<strong>de</strong> ficará preparada para ser ampliada<br />
vedor. O dirigente admite ainda que<br />
a construção da unida<strong>de</strong> adiará<br />
outro dos seus sonhos, que passa<br />
pela criação <strong>de</strong> um segundo lar da<br />
misericórdia, que possibilitasse a<br />
separação dos utentes que “apenas<br />
precisam <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial<br />
daqueles com graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />
maiores e com outro tipo <strong>de</strong><br />
necessida<strong>de</strong>s”. ■<br />
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12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 11<br />
Porto <strong>de</strong> Mós<br />
PSD contesta<br />
aumentos<br />
no pré-escolar<br />
O vereador do PSD na Câmara<br />
<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, Júlio Vieira,<br />
contesta os aumentos dos preços<br />
dos serviços <strong>de</strong> componente<br />
<strong>de</strong> apoio à família no pré-escolar,<br />
que entrarão em vigor no<br />
próximo ano lectivo. A proposta<br />
foi aprovada na semana passada,<br />
com o voto contra <strong>de</strong> Júlio<br />
Vieira, que consi<strong>de</strong>ra que, face<br />
à conjuntura actual, “estes aumentos<br />
não são aceitáveis”. Segundo<br />
as contas feitas pelo vereador,<br />
em causa estão subidas entre<br />
os 10% e os 23%. Em comunicado,<br />
Júlio Vieira lamenta ainda<br />
que a proposta tenha sido<br />
apresentada “sem nenhum estudo<br />
sobre o assunto”, criticando<br />
a falta <strong>de</strong> “informação sobre as<br />
receitas cobradas aos pais e as<br />
<strong>de</strong>spesas efectuadas pelo município<br />
na prestação do serviço”. O<br />
presi<strong>de</strong>nte da câmara, João Salgueiro,<br />
frisa que os valores não<br />
eram actualizados há quatro anos<br />
e que os aumentos nos dois primeiros<br />
escalões, “on<strong>de</strong> se enquadra<br />
boa parte dos alunos, são <strong>de</strong><br />
1.30 e 1.82 euros por mês”. O<br />
autarca consi<strong>de</strong>ra, por isso, as<br />
<strong>de</strong>clarações do vereador da oposição<br />
<strong>de</strong> “pura <strong>de</strong>magogia”. ■<br />
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12 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Nazaré<br />
TV digital<br />
terrestre<br />
em teste<br />
A Nazaré foi incluída pela Anacom<br />
(Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />
Comunicações) no teste-piloto das<br />
emissões da televisão digital terrestre.<br />
As antenas analógicas instaladas<br />
nas habitações da vila vão<br />
começar a ser <strong>de</strong>sligadas até 5 <strong>de</strong><br />
Maio do próximo ano, data <strong>de</strong>finida<br />
para a cessação das emissões<br />
do retransmissor da vila.<br />
Alenquer é o primeiro concelho<br />
a ser alvo daquela medida, tecnicamente<br />
conhecida por switchoff,<br />
cuja adopção vai ocorrer até<br />
3 <strong>de</strong> Fevereiro. Segue-se o Cacém,<br />
cujo <strong>de</strong>sligamento das antenas<br />
analógicas terá <strong>de</strong> ocorrer até 7<br />
<strong>de</strong> Abril.<br />
A Nazaré será, assim, o terceiro<br />
concelho do País a ver testadas<br />
as emissões da televisão digital<br />
terrestre.<br />
Segundo a <strong>de</strong>liberação da Anacom,<br />
nas zonas-piloto as instituições<br />
do po<strong>de</strong>r local, “bem como<br />
outras entida<strong>de</strong>s locais relevantes,<br />
serão envolvidas no processo<br />
<strong>de</strong> preparação da operação e a<br />
população visada será atempadamente<br />
objecto <strong>de</strong> campanhas<br />
<strong>de</strong> informação específicas para o<br />
efeito”.<br />
Aqueles três concelhos foram escolhidos<br />
por terem sido i<strong>de</strong>ntificados<br />
como zonas “em que há maior<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> factores<br />
adversos”, permitindo “afinar<br />
os procedimentos” da cessação<br />
das emissões analógicas terrestres<br />
no País. JP<br />
Caldas da Rainha<br />
Centro<br />
Hospitalar<br />
tem novo<br />
administrador<br />
O Centro Hospitalar do Oeste Norte<br />
(CHON), localizado em Caldas<br />
da Rainha, tem um novo presi<strong>de</strong>nte<br />
do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> segunda-feira. Licenciado<br />
em Gestão <strong>de</strong> Empresas pela<br />
Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />
e com bacharelato em Análises<br />
Clínicas e Saú<strong>de</strong> Pública, Carlos<br />
Sá é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009 coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong><br />
programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Economia e da Universida<strong>de</strong><br />
Nova <strong>de</strong> Lisboa e conta<br />
com 20 anos <strong>de</strong> experiência no<br />
sector da saú<strong>de</strong>, dos quais 15 anos<br />
em funções <strong>de</strong> gestão e direcção<br />
na indústria farmacêutica e seis<br />
nos hospitais civis <strong>de</strong> Lisboa e<br />
Instituto Português do Sangue.<br />
Segundo a Agência Lusa, durante<br />
a cerimónia <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> posse,<br />
Rui Portugal, presi<strong>de</strong>nte da<br />
Administração Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, reafirmou<br />
a confiança no “perfil a<strong>de</strong>quado”<br />
<strong>de</strong> Carlos Sá para a gestão<br />
do CHON. Carlos Sá suce<strong>de</strong><br />
a Manuel Nobre, que apresentou<br />
<strong>de</strong>missão em Abril. ■<br />
Origem da passagem subterrânea ainda está por explicar<br />
Túnel <strong>de</strong>scoberto em Alcobaça<br />
po<strong>de</strong>rá ter vários séculos<br />
Po<strong>de</strong>rá ter várias centenas <strong>de</strong><br />
anos o túnel <strong>de</strong>scoberto, na semana<br />
passada, na freguesia da Vestiaria,<br />
concelho <strong>de</strong> Alcobaça, no<br />
<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> obras no pavimento<br />
que a junta tem vindo a efectuar<br />
no local.<br />
A <strong>de</strong>scoberta não podia ter<br />
sido mais aci<strong>de</strong>ntal. Os operários<br />
que proce<strong>de</strong>m às obras <strong>de</strong><br />
alargamento da estrada e à colocação<br />
<strong>de</strong> passeios foram surpreendidos<br />
pelo abatimento do<br />
piso quando se preparavam para<br />
colocar os lancis. Depararam-<br />
-se com um buraco fundo e <strong>de</strong><br />
imediato comunicaram o sucedido<br />
ao autarca da freguesia,<br />
António André.<br />
Sabe-se que o túnel, com um<br />
metro <strong>de</strong> largura e dois <strong>de</strong> altura,<br />
terá vários metros <strong>de</strong> extensão<br />
e uma sala, mas <strong>de</strong>sconhece-se<br />
a origem daquela passagem<br />
subterrânea, tendo o presi<strong>de</strong>nte<br />
da junta alertado a Câmara<br />
<strong>de</strong> Alcobaça para a importância<br />
da <strong>de</strong>scoberta.<br />
A autarquia enviou ao local o<br />
arqueólogo Jorge Figueiredo, que<br />
terá <strong>de</strong>cidido pela preservação do<br />
espaço para futuras averiguações,<br />
informação que o JORNAL DE<br />
LEIRIA não conseguiu confirmar,<br />
apesar das várias tentativas para<br />
falar com o especialista.<br />
Há várias possibilida<strong>de</strong>s que<br />
po<strong>de</strong>m justificar a existência <strong>de</strong><br />
O túnel tem um metro <strong>de</strong> largura e dois <strong>de</strong> altura<br />
Proposta preten<strong>de</strong> incentivar sector em “<strong>de</strong>clínio”<br />
Câmara da Nazaré pe<strong>de</strong> ao Governo<br />
incentivo ao primeiro emprego na pesca<br />
A Câmara da Nazaré solicitou,<br />
esta semana, ao Governo a atribuição<br />
<strong>de</strong> um incentivo ao primeiro<br />
emprego na pesca. A medida visa<br />
apoiar um sector em <strong>de</strong>clínio e já<br />
tinha sido sugerida por Bruno Vidal,<br />
presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Armadores<br />
e Pescadores da Nazaré, no<br />
<strong>de</strong>bate Pesca: o mar aqui tão perto,<br />
organizado em Julho pelo<br />
REGIÃO DE CISTER.<br />
A Câmara <strong>de</strong> Alcobaça vai<br />
ampliar o cemitério <strong>de</strong> Turquel,<br />
através da compra <strong>de</strong> um terreno<br />
circundante ao cemitério. A<br />
garantia foi dada ao JORNAL<br />
DE LEIRIA por Hermínio Rodrigues,<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte da autarquia,<br />
que promete ter o proble-<br />
ANA FERRAZ PEREIRA<br />
Na proposta aprovada pelo executivo<br />
consta o pedido <strong>de</strong> “medidas<br />
<strong>de</strong> incentivo aos formandos<br />
após o fim do curso <strong>de</strong> formação<br />
profissional <strong>de</strong> marinheiros pescadores”,<br />
da responsabilida<strong>de</strong> do For-<br />
Mar, através da “concessão <strong>de</strong> um<br />
apoio mensal”, semelhante ao que<br />
já é atribuído a outras activida<strong>de</strong>s<br />
económicas.<br />
A autarquia justifica a propos-<br />
ta com o facto <strong>de</strong> poucos formandos<br />
seguirem a categoria profissional<br />
<strong>de</strong> pescador, com a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> “assegurar a continuida<strong>de</strong><br />
da activida<strong>de</strong> da pesca, sector<br />
em “<strong>de</strong>clínio”.<br />
António Trinda<strong>de</strong>, vereador das<br />
Pescas da Câmara da Nazaré, recordou<br />
que o número <strong>de</strong> pescadores<br />
“tem vindo a diminuir consi<strong>de</strong>ravelmente”,<br />
sendo necessárias medi-<br />
Câmara <strong>de</strong> Alcobaça prevê solucionar o problema em Setembro<br />
Cemitério <strong>de</strong> Turquel vai ser ampliado<br />
ma da falta <strong>de</strong> espaço solucionado<br />
na primeira semana <strong>de</strong><br />
Setembro.<br />
A falta <strong>de</strong> covatos já chegou<br />
ao ponto <strong>de</strong> a câmara solicitar<br />
o adiamento <strong>de</strong> funerais. José<br />
Tereso, presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia <strong>de</strong> Turquel, revela ter<br />
sido forçado a pedir a familiares<br />
<strong>de</strong> falecidos para aguardarem<br />
por uma solução e, noutros casos,<br />
que “aceitem dispensar lotes dos<br />
seus terrenos para que os corpos<br />
possam ser enterrados”.<br />
O autarca pe<strong>de</strong> celerida<strong>de</strong> na<br />
resolução <strong>de</strong>ste processo, uma<br />
um túnel perto da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Alcobaça, como alerta o historiador<br />
Rui Rasquilho. “Po<strong>de</strong> ser<br />
do tempo das invasões francesas”,<br />
refere. Na verda<strong>de</strong>, a terceira<br />
invasão pelas tropas francesas<br />
foi particularmente <strong>de</strong>vastadora:<br />
em 1811, o Mosteiro <strong>de</strong><br />
Alcobaça foi saqueado e incendiado<br />
pelas tropas do con<strong>de</strong> d’Erlon.<br />
A confirmar-se ser <strong>de</strong>sse<br />
tempo, o túnel po<strong>de</strong>ria ter sido<br />
usado para protecção da população<br />
das tropas <strong>de</strong> Napoleão<br />
Bonaparte.<br />
Outra possibilida<strong>de</strong> em cima<br />
da mesa é o túnel remontar ao<br />
tempo dos monges cistercienses,<br />
que iniciaram a construção<br />
do Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria em<br />
1178. A existência <strong>de</strong> uma sala<br />
no túnel po<strong>de</strong>rá também significar<br />
que aquele era utilizado<br />
por uma qualquer socieda<strong>de</strong><br />
secreta, mas a possibilida<strong>de</strong> é<br />
remota, já que não há qualquer<br />
registo <strong>de</strong> associações do género<br />
na região.<br />
Sabe-se que o túnel foi todo<br />
escavado à mão. O que terá motivado<br />
tamanho trabalho? Até ao<br />
momento, todas as hipóteses<br />
avançadas não passam <strong>de</strong> meras<br />
suposições, por inexistência <strong>de</strong><br />
dados científicos concretos.<br />
Aguardam-se, por isso, investigações<br />
dos especialistas. ■<br />
Ana Ferraz Pereira<br />
das para manter um sector “tão<br />
importante” para o País.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />
Jorge Barroso, o apoio ao primeiro<br />
emprego na pesca po<strong>de</strong>rá “esbater<br />
a discriminação negativa” a que<br />
o sector está sujeito, já que existem<br />
este tipo <strong>de</strong> apoios noutras<br />
activida<strong>de</strong>s económicas. ■<br />
vez que estão em causa questões<br />
sociais. “Se nos próximos<br />
dias morrerem duas ou três pessoas<br />
aqui da região, não sabemos<br />
on<strong>de</strong> as colocar”, diz José<br />
Tereso, reforçando a urgência<br />
em resolver a questão. ■<br />
FF<br />
JP
Elemento dos Voluntários é o primeiro a morrer em serviço<br />
A morte <strong>de</strong> um bombeiro <strong>de</strong> Alcobaça<br />
durante o combate ao incêndio<br />
<strong>de</strong> S. Pedro do Sul, em Viseu, na<br />
segunda-feira, contribuiu para aumentar<br />
para 63 o número <strong>de</strong> vítimas em<br />
serviço na última década. Segundo<br />
o Diário <strong>de</strong> Notícias, entre 2000 e<br />
2009 morreram em Portugal 59 bombeiros<br />
em serviço, a que se juntam<br />
três vítimas <strong>de</strong>ste ano.<br />
João Pombo, 42 anos, casado, pai<br />
<strong>de</strong> dois filhos, era bombeiro há 20<br />
anos na corporação <strong>de</strong> Alcobaça. A<br />
morte do sub-chefe <strong>de</strong>ixou o quartel<br />
em estado <strong>de</strong> choque, tendo a<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Alcobaça cedido<br />
apoio psicológico aos colegas.<br />
“É um momento <strong>de</strong> dor e <strong>de</strong> profundo<br />
pesar para todos. Nunca estamos<br />
preparados para este tipo <strong>de</strong><br />
situações”, referiu Mário Cerol, comandante<br />
dos Voluntários <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
“A viatura, on<strong>de</strong> seguiam cinco<br />
homens da corporação, integrava<br />
uma coluna <strong>de</strong> bombeiros do distrito<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sábado dava<br />
apoio no combate ao incêndio. Estes<br />
cinco bombeiros estavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />
20 horas <strong>de</strong> domingo em São Pedro<br />
do Sul”, <strong>de</strong>clarou Antero Campos à<br />
Agência Lusa. O presi<strong>de</strong>nte da corporação<br />
acrescentou que há ainda<br />
um ferido, um funcionário do Instituto<br />
Nacional <strong>de</strong> Emergência Médica<br />
<strong>de</strong> 25 anos e voluntário na corporação<br />
<strong>de</strong> Alcobaça. O aci<strong>de</strong>nte<br />
ocorreu na sequência do “capotamento<br />
da viatura quando esta se <strong>de</strong>slocava<br />
<strong>de</strong> uma frente <strong>de</strong> fogo para<br />
outra”.<br />
No dia seguinte, na terça-feira,<br />
uma bombeira voluntária <strong>de</strong> Lourosa<br />
morreu carbonizada num incêndio<br />
em Monte Meda, no concelho <strong>de</strong><br />
Gondomar, tendo as chamas provocado<br />
ainda um ferido grave e a evacuação<br />
<strong>de</strong> outros quatro, após terem<br />
ficado ro<strong>de</strong>ados pelo incêndio.<br />
Na semana passada, um bombeiro<br />
dos Voluntários <strong>de</strong> Cabo Ruivo,<br />
<strong>de</strong> Lisboa, morreu quando regressa-<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |<br />
Voluntário <strong>de</strong> Alcobaça<br />
morre a combater incêndio<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Bar<br />
assaltado<br />
no Terreiro<br />
Um estabelecimento<br />
nocturno foi assaltado na<br />
madrugada <strong>de</strong> segundafeira,<br />
através do arrombamento<br />
<strong>de</strong> uma porta lateral.<br />
Segundo Ana Barros,<br />
proprietária do Sebentas<br />
Bar, situado no Terreiro,<br />
em <strong>Leiria</strong>, os suspeitos<br />
entraram no estabelecimento<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “dobrarem<br />
as gra<strong>de</strong>s” e <strong>de</strong> “serrarem<br />
a porta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira”,<br />
que fica na rua lateral.<br />
“Levaram moedas que<br />
estavam na caixa registadora,<br />
garrafas <strong>de</strong> bebidas<br />
e aperitivos”, adiantou Ana<br />
Barros, esclarecendo que<br />
a porta por on<strong>de</strong> os suspeitos<br />
entraram se encontra<br />
sempre fechada. ■<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Lágrimas e consternação na se<strong>de</strong> dos Voluntários <strong>de</strong> Alcobaça<br />
60 homens a ajudar<br />
Várias al<strong>de</strong>ias da freguesia <strong>de</strong> Abiúl, Pombal,<br />
foram ameaçadas pelo fogo que <strong>de</strong>flagrou<br />
no sábado à tar<strong>de</strong> e que lavrou durante<br />
cerca <strong>de</strong> 11 horas. As chamas acabaram<br />
por consumir dois pequenos barracões agrícolas<br />
e, segundo o presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />
Abiúl, terão também <strong>de</strong>struído uma casa<br />
que se encontrava <strong>de</strong>sabitada há vários anos.<br />
Albertina Pereira, 71 anos e resi<strong>de</strong>nte em<br />
Gaiteiro, diz ter apanhado “um gran<strong>de</strong> susto”,<br />
quando viu o fogo a aproximar-se da<br />
al<strong>de</strong>ia. “A casa encheu-se <strong>de</strong> fumo”, conta<br />
a moradora, adiantando que o marido, que<br />
está acamado, teve <strong>de</strong> ser levado para casa<br />
<strong>de</strong> um familiar. O incêndio queimou-lhe<br />
ainda uma vinha e “alguns fardos <strong>de</strong> palha”,<br />
que estavam guardados para a alimentação<br />
dos animais. “Coisas fracas, mas que vão<br />
fazer falta”, admite a idosa.<br />
O fogo começou por volta das 13:50<br />
horas, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lagoa das Ceiras,<br />
freguesia <strong>de</strong> Abiúl. Segundo José Manuel<br />
Moura, coor<strong>de</strong>nador do Comando Distrital<br />
<strong>de</strong> Operações e Socorro, duas horas <strong>de</strong>pois<br />
va do combate ao incêndio em Fafe.<br />
O capotamento <strong>de</strong> um camião <strong>de</strong><br />
combate a incêndios causou a morte<br />
do segundo comandante e feriu<br />
mais cinco elementos da corporação,<br />
na A1. ■<br />
Elisabete Cruz<br />
Os inúmeros incêndios que <strong>de</strong>flagraram no País nos últimos dias têm<br />
obrigado à ajuda mútua entre corporações. O distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não fugiu<br />
à regra. No sábado, 30 bombeiros estiveram em Viana do Castelo e<br />
outros 30 foram mobilizados para Viseu. À hora do fecho da edição do<br />
JORNAL DE LEIRIA, o comandante do Comando <strong>de</strong> Operações e Socorro<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> revelou que já não existiam homens do distrito noutros concelhos.<br />
■<br />
Incêndio lavrou durante cerca <strong>de</strong> 11 horas<br />
Fogo assustou al<strong>de</strong>ias<br />
em Pombal<br />
a situação “estava praticamente resolvida”,<br />
mas registaram-se “duas ou três projecções<br />
[<strong>de</strong> fogo] atrás do dispositivo montado”, que<br />
trouxeram dificulda<strong>de</strong>s acrescidas no combate<br />
ao incêndio, que chegou a ter três frentes<br />
activas.<br />
De acordo com aquele responsável, as<br />
principais complicações <strong>de</strong>veram-se “à gran<strong>de</strong><br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação” das chamas<br />
e à configuração da zona <strong>de</strong> incêndio, que<br />
<strong>de</strong>flagrou numa área <strong>de</strong> “interface florestal<br />
urbano, com casas, barracões agrícolas e<br />
pequenas indústrias”, inseridas em pinhal.<br />
“Tivemos <strong>de</strong> alocar muitos meios à <strong>de</strong>fesa<br />
<strong>de</strong> algumas casas, o que nos dificultou a<br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estratégia para enfrentar<br />
o fogo”, acrescenta José Manuel Moura.<br />
O incêndio foi dado como extinto por<br />
volta das 6 horas <strong>de</strong> domingo. No combate<br />
às chamas estiveram envolvidos cerca <strong>de</strong><br />
280 bombeiros <strong>de</strong> 15 corporações do distrito,<br />
auxiliados por dois helicópteros e um<br />
avião. ■<br />
Maria Anabela Silva<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 13<br />
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14 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | POLÍTICA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s, vereador do PS na Câmara <strong>de</strong> Pombal<br />
“Este crime aconteceu<br />
porque a câmara funciona mal”<br />
A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s acusa o presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal (AM) <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong> não ter condições para<br />
<strong>de</strong>sempenhar o cargo, por ignorar que a AM tem como missão fiscalizar a activida<strong>de</strong> da autarquia. O lí<strong>de</strong>r da<br />
oposição diz que não po<strong>de</strong> ser a câmara a investigar o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 500 mil euros <strong>de</strong> que foi vítima e que o<br />
sistema <strong>de</strong> controle interno não funcionou Texto: Alexandra Barata Foto: Ricardo Graça<br />
Como interpreta a posição do presi<strong>de</strong>nte<br />
da Assembleia Municipal (AM)<br />
<strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong> rejeitar a convocação <strong>de</strong><br />
uma sessão extraordinária para criar<br />
uma comissão <strong>de</strong> inquérito, <strong>de</strong>stinada<br />
a apurar responsabilida<strong>de</strong>s em relação<br />
ao <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 500 mil euros dos cofres<br />
da autarquia?<br />
Fiquei surpreendido, porque na sessão<br />
anterior o presi<strong>de</strong>nte da AM tinha-se manifestado<br />
disponível para realizar uma sessão<br />
extraordinária para discutir a saú<strong>de</strong> no concelho.<br />
Fico perplexo quando o erário público<br />
é lesado num valor superior a 500 mil<br />
euros - e esse <strong>de</strong>svio só foi possível porque<br />
não foram cumpridas um conjunto <strong>de</strong> normas<br />
<strong>de</strong> controle interno e o POCAL - , e o<br />
presi<strong>de</strong>nte da AM não enten<strong>de</strong> ser necessária<br />
a realização <strong>de</strong> uma AM extraordinária.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da AM <strong>de</strong> Pombal não tem condições<br />
para ocupar o cargo, porque não compreen<strong>de</strong><br />
que esse órgão tem a função <strong>de</strong> fiscalizar<br />
a activida<strong>de</strong> da câmara.<br />
O PS contactou diversas entida<strong>de</strong>s oficiais<br />
para saber se estão a investigar a<br />
situação e enviou ao presi<strong>de</strong>nte da AM<br />
um conjunto <strong>de</strong> perguntas, para serem<br />
respondidas pela câmara, sobre as circunstâncias<br />
que permitiram que isso suce<strong>de</strong>sse.<br />
Queremos saber se essas entida<strong>de</strong>s estão<br />
a fazer alguma inspecção ou auditoria . Pedimos<br />
ainda um conjunto <strong>de</strong> informações sobre<br />
esta matéria à AM, uma vez que não houve<br />
abertura para a criação da comissão <strong>de</strong> inquérito.<br />
Este crime aconteceu porque a câmara<br />
funciona mal. Os procedimentos legais a que<br />
estão vinculados em termos <strong>de</strong> movimentação<br />
e reconciliação <strong>de</strong> contas não funcionaram.<br />
Mais: no dia a seguir a ser <strong>de</strong>tectado<br />
o <strong>de</strong>sfalque, perguntei se se podia garan-<br />
| Opinião|<br />
Completo esta semana 25 anos<br />
<strong>de</strong> vida em <strong>Leiria</strong>, cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resido,<br />
trabalho e tento contribuir, como<br />
sei e posso, para a res publica”<br />
Quando cá cheguei estranhei a<br />
diminuta dimensão do espaço social<br />
urbano (ao tempo ainda circulavam<br />
carros na Praça Rodrigues<br />
Lobo…), a <strong>de</strong>squalificação do rio<br />
escondido do nosso olhar, a função<br />
meramente utilitária dos passeios,<br />
a <strong>de</strong>crepitu<strong>de</strong> do centro antigo,<br />
o <strong>de</strong>sleixo do património histórico<br />
e uma opinião pública <strong>de</strong>ma-<br />
25 anos <strong>de</strong>pois<br />
tir que o <strong>de</strong>svio se reportava apenas a 2010<br />
e o auditor externo disse que podia dar essa<br />
garantia. Ora, na última reunião <strong>de</strong> câmara<br />
o presi<strong>de</strong>nte disse que houve três <strong>de</strong>svios em<br />
Dezembro <strong>de</strong> 2009. A própria certificação<br />
das contas <strong>de</strong> 2009 está colocada em causa.<br />
Estamos perante factos <strong>de</strong> extrema gravida<strong>de</strong><br />
e não po<strong>de</strong> ser a câmara a investigar-se<br />
a si própria.<br />
A responsabilida<strong>de</strong> por esse <strong>de</strong>sfalque<br />
<strong>de</strong>ve ser imputada à banca, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />
o presi<strong>de</strong>nte da câmara?<br />
Compete aos órgãos <strong>de</strong> polícia criminal<br />
competentes e às entida<strong>de</strong>s judiciárias fazerem<br />
essa investigação. Em relação a eventuais<br />
responsabilida<strong>de</strong>s da instituição, quer<br />
os órgãos <strong>de</strong> polícia criminal quer o próprio<br />
Banco <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong>verão promover as com-<br />
siado conservadora, alheada dos<br />
problemas da gestão municipal.<br />
Nessa época, para além da perseverante<br />
acção do Orfeão e da activida<strong>de</strong><br />
já final do TELA, a vida<br />
sócio-cultural da cida<strong>de</strong> pouco se<br />
distinguia da pacatez provinciana<br />
<strong>de</strong>scrita 100 anos antes por Eça,<br />
no “Crime do Padre Amaro”, num<br />
rame-rame entre a Sé, o Rossio e<br />
as arcadas da Praça. As áreas periféricas<br />
como Cortes ou Marrazes<br />
eram ainda lugares rurais e com<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria e algumas fábri-<br />
cas partilhavam o mesmo território<br />
com bairros resi<strong>de</strong>nciais. Contudo,<br />
havia um ambiente geral<br />
seguro e calmo, um comércio agradável,<br />
o sino da Sé rompia ao domingo<br />
o silêncio das ruas, as festas<br />
populares do Bairro dos Anjos e<br />
uma invulgar capacida<strong>de</strong> para bem<br />
acolher os forasteiros, como eu.<br />
Olhando para o percurso feito<br />
por <strong>Leiria</strong>, nestes anos, registo meia<br />
dúzia <strong>de</strong> alterações positivas, mas<br />
outras tantas cuja solução se arrasta<br />
no tempo ou que vieram interferir<br />
negativamente na vida da<br />
cida<strong>de</strong>. Creio que as novida<strong>de</strong>s com<br />
maior impacto multidisciplinar<br />
terão sido a instalação do Instituto<br />
Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a construção<br />
do novo Hospital, a melhoria<br />
da acessibilida<strong>de</strong> externa, a intervenção<br />
POLIS nas margens do rio<br />
e a recuperação do Mercado <strong>de</strong><br />
Santana. Mas, a par <strong>de</strong>stes bene-<br />
petentes investigações. No que diz respeito<br />
à câmara, aquilo que é óbvio para todos é<br />
que se o sistema <strong>de</strong> controle interno funcionasse<br />
era impossível que um <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>sta<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za e praticado durante tantos<br />
meses tivesse acontecido.<br />
Caso o montante <strong>de</strong>sviado não seja<br />
recuperado, quem <strong>de</strong>ve repor esse valor?<br />
A responsabilida<strong>de</strong> será sempre <strong>de</strong> quem<br />
efectuou esse <strong>de</strong>svio. Já foram tomadas medidas<br />
nesse sentido, como o arresto dos bens.<br />
A sentença do processo judicial certamente<br />
<strong>de</strong>terminará consequências nessa matéria.<br />
Mas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do património municipal<br />
ser reposto ou não, o que importa verda<strong>de</strong>iramente<br />
é percebermos quais são ou<br />
quais foram os procedimentos, do ponto <strong>de</strong><br />
vista da gestão administrativa e financeira,<br />
fícios para a vida colectiva (curiosamente<br />
todos incentivados pelo<br />
Governo central) o centro histórico<br />
manteve-se em agonia, diminuiu<br />
a atractivida<strong>de</strong> local face a<br />
outras cida<strong>de</strong>s concorrentes, as<br />
zonas periféricas suburbanas irromperam<br />
sem harmonia, o rio pa<strong>de</strong>ce<br />
<strong>de</strong> velhas maleitas e, inevitavelmente,<br />
per<strong>de</strong>u-se a qualida<strong>de</strong><br />
serena da vida em comum. E neste<br />
panorama emerge, ainda, a sombra<br />
do monstro-estádio cuja voracida<strong>de</strong><br />
esgota o nosso presente e<br />
condiciona o futuro do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
equilibrado do município!<br />
Mesmo a imprensa local que,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> letargia, beneficiou<br />
com a inovação então trazida<br />
pelo “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”, baseada<br />
na isenção informativa e no<br />
estímulo à cidadania, dá agora mostras<br />
<strong>de</strong> estar a ce<strong>de</strong>r ao acessório<br />
que possibilitaram esse <strong>de</strong>svio e o que é que<br />
<strong>de</strong>vemos fazer para corrigir essas práticas,<br />
<strong>de</strong> modo a evitar que essas coisas voltem a<br />
acontecer.<br />
Acredita que o PSD po<strong>de</strong> vir a ser penalizado<br />
nas próximas eleições por causa<br />
<strong>de</strong>sta situação?<br />
Não há nenhuma motivação <strong>de</strong> natureza<br />
eleitoral para o PS querer ver esclarecido,<br />
até às últimas consequências, este caso.<br />
O que está em cima da mesa é que o erário<br />
público foi gravemente lesado. Estamos a<br />
falar <strong>de</strong> receitas oriundas <strong>de</strong> todos os munícipes.<br />
É da responsabilida<strong>de</strong> dos titulares <strong>de</strong><br />
cargos públicos e <strong>de</strong> cargos políticos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem<br />
o interesse público e os bens públicos.<br />
Deve apurar-se o que se passou, porque<br />
a Câmara <strong>de</strong> Pombal tem <strong>de</strong> funcionar <strong>de</strong><br />
acordo com os termos da Lei. Não tenho uma<br />
visão táctica da activida<strong>de</strong> política.<br />
Tendo em conta que Narciso Mota não<br />
se po<strong>de</strong> candidatar nas próximas autárquicas,<br />
acredita que o PS tem possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> conquistar a autarquia?<br />
O PS <strong>de</strong>ve organizar o seu trabalho político<br />
a pensar nos problemas do concelho e<br />
nos cidadãos do concelho. A motivação do<br />
do PS <strong>de</strong>ve ser a contribuição para que o<br />
concelho <strong>de</strong> Pombal seja mais <strong>de</strong>senvolvido,<br />
tenha mais empresas, mais emprego e<br />
menos <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, contribuindo<br />
para a melhoria dos rendimentos das<br />
famílias, ajudando as pessoas mais carenciadas<br />
e os cidadãos mais <strong>de</strong>sprotegidos.<br />
É esse trabalho que o PS <strong>de</strong>ve fazer, tal<br />
como uma oposição responsável, criticando<br />
aquilo que enten<strong>de</strong> que não está correcto,<br />
aprovando algumas medidas do executivo<br />
e tendo capacida<strong>de</strong> para apresentar<br />
propostas na câmara. ■<br />
<strong>de</strong>scartável e à maré sensacionalista.<br />
Talvez por isso, com esta crónica<br />
mais pessoal, termino a minha<br />
colaboração regular <strong>de</strong> quase 25<br />
anos no “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”. Incontornáveis<br />
divergências sobre opções<br />
editoriais, legitimamente assumidas<br />
pela sua Direcção, assim o <strong>de</strong>terminam.<br />
Sem ressentimentos, cada<br />
um prosseguirá o seu caminho,<br />
dando o melhor que sabe pela nossa<br />
cida<strong>de</strong> e fazendo frente ao <strong>de</strong>sencanto<br />
que, às vezes, nos cerca. ■<br />
Pedro Melo Biscaia,<br />
Membro da Assembleia<br />
Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
ND: Desejamos a Pedro Biscaia<br />
que encontre outro meio <strong>de</strong> comunicação<br />
para continuar a escrever,<br />
se a sim o enten<strong>de</strong>r, com uma linha<br />
editorial mais i<strong>de</strong>ntificada com<br />
o seu pensamento e <strong>de</strong>sejo
RICARDO GRAÇA<br />
A <strong>de</strong>putada do CDS-PP Assunção<br />
Cristas foi a parlamentar eleita<br />
pelo círculo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que apresentou<br />
mais perguntas e requerimentos<br />
aos membros do Governo<br />
e fez mais intervenção na<br />
Assembleia da República, na sessão<br />
legislativa que terminou em<br />
Julho. Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE,<br />
bateu a <strong>de</strong>putada centrista apenas<br />
na apresentação <strong>de</strong> projectos<br />
<strong>de</strong> lei e projectos <strong>de</strong> resolução.<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |<br />
Parlamentar do CDS-PP apresenta mais perguntas e requerimentos<br />
Assunção Cristas assume protagonismo<br />
entre <strong>de</strong>putados eleitos por <strong>Leiria</strong><br />
Assunção Cristas diz que <strong>de</strong>putados do CDS são “muito produtivos”<br />
Presidência da Fe<strong>de</strong>ração Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PS<br />
João Paulo Pedrosa<br />
volta a candidatar-se<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração Distrital<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PS, João Paulo<br />
Pedrosa, vai voltar a candidatar-<br />
-se à li<strong>de</strong>rança do partido, no início<br />
<strong>de</strong> Outubro. Esta é a terceira<br />
vez que o <strong>de</strong>putado, <strong>de</strong> 44 anos,<br />
concorre a esta função.<br />
Pelo que o JORNAL DE LEIRIA<br />
apurou, João Paulo Pedrosa está a<br />
constituir a sua comissão <strong>de</strong> honra,<br />
que será presidida pelo ministro<br />
dos Negócios Estrangeiros, Luís<br />
Amado, natural <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós e<br />
que ocupava o primeiro lugar na<br />
lista <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
João Paulo Pedrosa estará empenhado<br />
em conseguir o apoio do maior<br />
número possível <strong>de</strong> militantes e simpatizantes<br />
do PS, para conseguir atin-<br />
RICARDO GRAÇA<br />
gir consenso em torno da sua candidatura.<br />
Até ao momento, o presi<strong>de</strong>nte da<br />
fe<strong>de</strong>ração contará com o apoio dos<br />
quatro presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmara elei-<br />
Durante o último ano parlamentar,<br />
Assunção Cristas apresentou<br />
897 perguntas e 313 requerimentos<br />
ao Governo e fez 36<br />
intervenções na Assembleia da<br />
República. Números que permitem<br />
concluir que a <strong>de</strong>putada centrista<br />
assumiu o maior protagonismo<br />
entre os eleitos por <strong>Leiria</strong>.<br />
“No CDS, trabalhamos em equipa.<br />
Há um contacto pessoal muito<br />
intenso entre todos e já é uma<br />
tradição sermos muito trabalhadores<br />
e produtivos.”<br />
Assunção Cristas esclarece, contudo,<br />
que o hábito no CDS é assinar<br />
todas as iniciativas parlamentares<br />
que tenham a ver com<br />
a área geográfica pela qual o <strong>de</strong>putado<br />
foi eleito e com as áreas temáticas<br />
que acompanha. “Mas não<br />
assino tudo”, garante. A prova<br />
disso é que, <strong>de</strong> acordo com o balanço<br />
<strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do grupo parlamentar,<br />
foram apresentados, no<br />
total, 3525 projectos e requerimentos<br />
e 267 iniciativas parlamentares.<br />
COMPROMISSOS<br />
ELEITORAIS<br />
Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE, <strong>de</strong>stacou-se<br />
pela apresentação <strong>de</strong> 143<br />
projectos <strong>de</strong> lei e 117 projectos <strong>de</strong><br />
resolução, o que coloca o <strong>de</strong>putado<br />
bloquista na frente dos parlamentares<br />
eleitos pelo distrito a<br />
este nível. O parlamentar explica<br />
tos pelo PS, vereadores, presi<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> assembleia municipal, presi<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> junta <strong>de</strong> freguesia, presi<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> concelhia e restantes <strong>de</strong>putados<br />
socialistas.<br />
Contactado pelo JORNAL DE LEI-<br />
RIA, João Paulo Pedrosa admite a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar com uma<br />
nova candidatura, “face ao conjunto<br />
<strong>de</strong> pessoas que têm manifestado<br />
a sua satisfação em relação à forma<br />
como o partido tem sido gerido”.<br />
“A união do partido tem sido <strong>de</strong>cisiva<br />
para as conquistas eleitorais que<br />
alcançámos”, justifica João Paulo<br />
Pedrosa, em alusão ao facto <strong>de</strong> o PS<br />
ter ganho mais câmaras, entre as<br />
quais a <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, mais juntas <strong>de</strong> freguesia<br />
e mais mandatos. ■ AB<br />
que as iniciativas político-partidárias<br />
da autoria do BE são uma<br />
resposta aos compromissos assumidos<br />
com os eleitores no período<br />
da campanha eleitoral.<br />
O <strong>de</strong>putado refere que todos os<br />
projectos <strong>de</strong> lei e <strong>de</strong> resolução são<br />
assinados por todos os bloquistas,<br />
apesar <strong>de</strong>, por norma, serem<br />
da autoria <strong>de</strong> apenas um ou dois<br />
especializados nessa área. Nesse<br />
sentido, são os primeiros a subscrever<br />
essas iniciativas parlamentares.<br />
Em relação ao PSD, os quatro<br />
<strong>de</strong>putados eleitos pelo círculo <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> tiveram um <strong>de</strong>sempenho<br />
mais discreto. Paulo Batista dos<br />
Santos ressalva, contudo, que no<br />
grupo parlamentar social-<strong>de</strong>mocrata<br />
não há o hábito <strong>de</strong> todos os<br />
<strong>de</strong>putados assinarem as iniciativas<br />
legislativas, como suce<strong>de</strong> noutros<br />
partidos. “O que é relevante<br />
para nós é aquilo que fazemos<br />
pelo distrito.”<br />
“Temos trabalho realizado em<br />
iniciativas concretas, entre as quais<br />
a abertura da Base Aérea <strong>de</strong> Monte<br />
Real ao tráfico civil e a contestação<br />
à instalação <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong><br />
muito alta tensão na Batalha”,<br />
explica Paulo Batista dos Santos.<br />
“Depois, houve todo um conjunto<br />
<strong>de</strong> iniciativas, que têm a ver<br />
com o distrito, relacionadas com<br />
Educação, Saú<strong>de</strong>, Justiça. Cumprimos<br />
a nossa missão na primeira<br />
INICIATIVAS PARLAMENTARES<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 15<br />
sessão.”<br />
João Paulo Pedrosa, do PS,<br />
encara com naturalida<strong>de</strong> o facto<br />
<strong>de</strong> os socialistas terem menos protagonismo<br />
do que os dos restantes<br />
partidos. “A posição dos partidos<br />
da oposição é questionarem<br />
o Governo. Nós temos outros canais<br />
<strong>de</strong> diálogo. Procuramos resolver<br />
os problemas em reuniões com os<br />
ministros e secretários <strong>de</strong> Estado,<br />
enquanto os partidos da oposição<br />
marcam a sua posição através <strong>de</strong><br />
perguntas e requerimentos.” ■<br />
Unidos<br />
por <strong>Leiria</strong><br />
Alexandra Barata<br />
Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE, <strong>de</strong>staca<br />
o facto <strong>de</strong> os <strong>de</strong>putados<br />
eleitos pelo círculo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
se terem unido em torno <strong>de</strong><br />
causas importantes para o<br />
distrito, como a mo<strong>de</strong>rnização<br />
da Linha do Oeste, situação<br />
pouco comum nas legislaturas<br />
anteriores. Paulo Batista<br />
dos Santos, do PSD, também<br />
assinala a confluência <strong>de</strong><br />
posições entre os diferentes<br />
partidos em relação a questões<br />
importantes para o distrito,<br />
muitas vezes <strong>de</strong> âmbito<br />
nacional. ■<br />
CDU BE PSD PS<br />
Assunção Heitor Conceição Fernando Paulo Batista Teresa José M. João P. Jorge O<strong>de</strong>te<br />
Cristas <strong>de</strong> Sousa Bretch Marques Santos Morais Me<strong>de</strong>iros Pedrosa Gonçalves João<br />
Projectos <strong>de</strong> lei 87 117 3 2 4 20 1 0 1 0<br />
Projectos <strong>de</strong> resolução 71 143 4 3 5 8 1 2 2 3<br />
Requerimentos 313 5 4 4 11 2 0 1 1 1<br />
Perguntas 897 58 8 21 22 20 14 15 14 3<br />
Intervenções 36 16 4 2 16 12 10 6 4 3<br />
Fonte: www.parlamento.pt<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
CDU promove petição<br />
contra aumento das taxas<br />
A CDU da Marinha Gran<strong>de</strong> está a promover uma petição<br />
on<strong>de</strong> exige a revogação do aumento “absurdo” das taxas municipais.<br />
“Não são uma obrigação legal nem uma imposição do<br />
Governo, como se procura fazer crer para confundir a população”,<br />
<strong>de</strong>nuncia a coligação, mas sim uma <strong>de</strong>cisão da autarquia<br />
socialista.<br />
“ Como se não bastassem as medidas gravosas e o roubo dos<br />
salários pelo Governo, vem a câmara do PS meter a mão ao bolso<br />
dos munícipes com o aumento brutal <strong>de</strong> todas as taxas”, acusa<br />
a CDU, que <strong>de</strong>ixa cinco exemplos <strong>de</strong> “injustiça”. Entre os quais,<br />
o preço das sepulturas perpétuas, que passa <strong>de</strong> 300 para mil<br />
euros, ou o alvará <strong>de</strong> licença <strong>de</strong> construção até 200 m², que<br />
aumenta <strong>de</strong> 60 para 545,91 euros. Além <strong>de</strong> responsabilizar o<br />
PS pelo agravamento do valor das taxas, a CDU aponta ainda<br />
o <strong>de</strong>do ao MCI, BE e PSD. “A CDU está no caminho certo. Está<br />
como sempre esteve: com as populações.” Os interessados em<br />
assinar a petição po<strong>de</strong>m fazê-lo em http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2686.<br />
■
16 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE |EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
PUB<br />
Curso <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong> eventos abre no próximo ano lectivo<br />
Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima<br />
abre portas à internacionalização<br />
A autonomização do Pólo <strong>de</strong><br />
Fátima da Escola Profissional <strong>de</strong><br />
Ourém (EPO), que passou a <strong>de</strong>signar-se<br />
como Escola <strong>de</strong> Hotelaria<br />
<strong>de</strong> Fátima, vai permitir ao estabelecimento<br />
<strong>de</strong> ensino receber mais<br />
alunos no próximo ano lectivo e<br />
abrir o curso <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong><br />
eventos. A intenção é avançar ainda<br />
com um processo <strong>de</strong> internacionalização.<br />
Francisco Vieira, director executivo<br />
da Insignare, entida<strong>de</strong> proprietária<br />
dos dois estabelecimentos<br />
<strong>de</strong> ensino, assinala o facto <strong>de</strong><br />
Fátima ganhar mais uma escola.<br />
Além disso, refere que é mais benéfico<br />
para os alunos terem um diploma<br />
<strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> hotelaria do<br />
que do Pólo <strong>de</strong> Fátima da EPO.<br />
A criação da Escola <strong>de</strong> Hotelaria<br />
<strong>de</strong> Fátima é consi<strong>de</strong>rada ainda<br />
um “passo fundamental” para a<br />
construção <strong>de</strong> instalações próprias,<br />
que <strong>de</strong>verão estar concluídas <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> três anos. Até lá, os alunos<br />
do estabelecimento <strong>de</strong> ensino terão<br />
aulas no Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Fátima<br />
e no antigo Seminário dos Monfortinos.<br />
Paulo Fonseca, presi<strong>de</strong>nte da<br />
Câmara <strong>de</strong> Ourém, garante que esse<br />
projecto vai ser concretizado até<br />
ao final do seu mandato, entre<br />
Ourém e Fátima. “Queremos criar<br />
uma nova centralida<strong>de</strong> e uma visão<br />
cosmopolita. Temos a ambição que<br />
Fátima se assuma como um motor<br />
da nova região.”<br />
AMÉRICA LATINA<br />
Nesse sentido, o autarca reve-<br />
Requalificação da escola tira visibilida<strong>de</strong> a obra <strong>de</strong> Arte Pública<br />
Nova localização <strong>de</strong> painel <strong>de</strong>corativo<br />
da Domingos Sequeira provoca discórdia<br />
O painel <strong>de</strong>corativo, em mosaico<br />
<strong>de</strong> vidro, da Escola Secundária<br />
Domingos Sequeira (ESDS), foi<br />
mudado <strong>de</strong> sítio com as obras <strong>de</strong><br />
requalificação daquela instituição<br />
<strong>de</strong> ensino, para um local on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa<br />
<strong>de</strong> ser visível da rua. A obra, da<br />
década <strong>de</strong> 60, está integrada no<br />
roteiro Perlis (Percursos Urbanos<br />
do Lis), do Programa Polis, que a<br />
classificou como Arte Pública e,<br />
agora, com a nova localização “per<strong>de</strong>u<br />
essa característica”, afirma o<br />
autor Augusto Mota.<br />
O autor do obra e antigo professor<br />
naquela escola diz que foi<br />
contactado “apenas para fornecer<br />
informações sobre a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação do painel”, mas não<br />
foi questionado sobre a melhor<br />
localização para o mesmo, pelo que<br />
se convenceu que o local, on<strong>de</strong> está<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio das obras, “seria provisório”.<br />
Augusto Mota enten<strong>de</strong> que “houve<br />
<strong>de</strong>srespeito dos projectistas da<br />
RICARDO GRAÇA<br />
la que está prevista a abertura <strong>de</strong><br />
pólos da Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong><br />
Fátima, um dos quais na Ilha do<br />
Príncipe, em S. Tomé e Príncipe.<br />
“Queremos <strong>de</strong>senvolver parcerias<br />
e reforçar a re<strong>de</strong> também na Europa<br />
e temos ambição <strong>de</strong> chegar à<br />
América Latina.”<br />
A intenção <strong>de</strong> Paulo Fonseca,<br />
que também integra a direcção da<br />
Insignare, é abrir ainda um pólo<br />
da EPO na Freixianda, para combater<br />
a <strong>de</strong>sertificação, que funcionará<br />
nas instalações da escola do<br />
1º ciclo, que será <strong>de</strong>sactivada quando<br />
o centro escolar estiver concluído.<br />
O autarca acredita que esta<br />
medida funcionará como um estímulo<br />
para os jovens continuarem<br />
a apostar na sua formação.<br />
remo<strong>de</strong>lação da escola pelo trabalho<br />
da equipa do Programa Polis<br />
e por todos os que à data da colocação<br />
do painel [em 1961] avaliaram<br />
e estudaram o melhor local<br />
para o colocar”. Explicação que<br />
sustenta na carta enviada à Or<strong>de</strong>m<br />
dos Arquitectos.<br />
A direcção da Domingos Sequeira<br />
diz que “o painel pertence à escola”<br />
e que “a nova localização foi<br />
escolhida para servir a escola e a<br />
sua comunida<strong>de</strong>”. Joaquim Silva,<br />
director da ESDS, explica que “a<br />
obra está <strong>de</strong> frente para a biblioteca,<br />
que é um espaço nobre da<br />
escola, e no alinhamento com o<br />
Castelo. Não podia estar melhor”.<br />
Além disso, o director afirma que<br />
“está tão contemplável agora como<br />
antes, porque, apesar <strong>de</strong> ser vista<br />
da rua, ela estava a um boa <strong>de</strong>zena<br />
<strong>de</strong> metros do portão. Para a<br />
po<strong>de</strong>rem ver as pessoas tinham,<br />
igualmente, que entrar na escola”.<br />
Augusto Mota, conta com o<br />
A oferta formativa vai ser alargada<br />
A mudança <strong>de</strong> instalações da<br />
Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima vai<br />
permitir receber mais 110 alunos<br />
no próximo ano lectivo, ou seja,<br />
250 estudantes no total. “O espaço<br />
era uma fortíssima limitação.<br />
Houve muitos alunos que ficaram<br />
<strong>de</strong> fora nos últimos anos”, revela<br />
Francisco Vieira. Numa fase <strong>de</strong><br />
apoio do arquitecto Moreira <strong>de</strong><br />
Figueiredo, que dirigiu o Polis, e<br />
<strong>de</strong> alguns professores da escola que<br />
manifestaram o <strong>de</strong>scontentamento,<br />
em Conselho-Geral da Escola,<br />
mas não acredita que se volte a<br />
mexer no painel, até porque “isso<br />
tem custos e a obra está encerrada”.<br />
A nova localização do painel<br />
(junto à entrada exterior em continuida<strong>de</strong><br />
com os mastros <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira)<br />
é a que, segundo o nosso<br />
entendimento, mais valoriza o referido<br />
painel artístico, uma vez que<br />
pela sua disposição vai ficar em<br />
lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, ficando enquadrado<br />
pelo gran<strong>de</strong> espaço ver<strong>de</strong><br />
que vai ser criado na nova entrada<br />
da escola”, explica a Parque<br />
Escolar, empresa responsável pela<br />
obra.<br />
O JORNAL DE LEIRIA esteve na<br />
ESDS para fotografar a obra mas<br />
não foi autorizado. ■<br />
Paula Lagoa<br />
“velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro”, preten<strong>de</strong><br />
atingir 300 alunos. “Além <strong>de</strong><br />
aumentar a dimensão da escola<br />
para rentabilizar a gestão, o nosso<br />
objectivo é atingir outros níveis<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, comparáveis às<br />
melhores escolas <strong>de</strong> hotelaria portuguesas.”<br />
■<br />
Alexandra Barata<br />
80% integrados no mercado<br />
Nos primeiros seis meses após a conclusão do curso, 80% dos alunos<br />
do até então Pólo <strong>de</strong> Fátima da EPO conseguem colocação no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho, garante Francisco Vieira. Cinquenta por<br />
cento dos estudantes é natural do concelho <strong>de</strong> Ourém e os restantes<br />
são provenientes dos concelhos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Porto <strong>de</strong> Mós, Batalha<br />
e Torres Nova. ■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Cursos <strong>de</strong><br />
Verão na EPL<br />
Informática em movimento<br />
é o nome do curso <strong>de</strong> Verão que<br />
a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
vai promover entre os dias 23 e<br />
27 <strong>de</strong> Agosto. Vocacionada para<br />
jovens dos 12 aos 16 anos, a<br />
acção <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>corre das<br />
10 às 12:30 horas e das 14 às<br />
16:30 horas. Mais informações<br />
em www.epl.pt.<br />
Colégio dos<br />
Milagres vence<br />
concurso<br />
Ana Fontes, Ana Alves e Eva<br />
Lisboa, alunas da turma A do 7º<br />
ano do Colégio Senhor dos Milagres,<br />
em <strong>Leiria</strong>, conquistaram o<br />
primeiro lugar no concurso nacional<br />
Prémio Estatística Júnior.<br />
Intitulado Atitu<strong>de</strong> Ecológica =<br />
Escola com menos resíduos, o<br />
trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido no<br />
âmbito da Área <strong>de</strong> Projecto.■
| Crónicas sobre o futuro |<br />
A Sabedoria no Governo<br />
dos Povos (3)<br />
Ao tratar este<br />
tema nas<br />
duas crónicasanteriores,<br />
recor<strong>de</strong>i que a sabedoria<br />
dos governantes e<br />
gran<strong>de</strong>s homens públicos,<br />
ten<strong>de</strong> a esten<strong>de</strong>rse<br />
aos seus seguidores<br />
e, por vezes, a tornarse<br />
parte da sabedoria dos<br />
seus povos. A Índia, ainda<br />
hoje é muito influenciada<br />
pela sabedoria contida<br />
nos ensinamentos<br />
<strong>de</strong> Mahatma Gandhi e<br />
os Estados Unidos per<strong>de</strong>ram<br />
muito do seu passado<br />
racista e fundamentalista<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Mar- qualida<strong>de</strong><br />
tin Luther King. Por sua<br />
vez, a África do Sul é<br />
hoje um exemplo para<br />
o mundo <strong>de</strong>vido ao<br />
extraordinário legado <strong>de</strong><br />
Nelson Man<strong>de</strong>la. O inverso<br />
é também verda<strong>de</strong>iro,<br />
abundando os exemplos<br />
<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res que perpetuaram<br />
a sua própria<br />
ignorância e os seus<br />
maus exemplos através<br />
dos seus seguidores.<br />
Como tenho dito e escrito<br />
inúmeras vezes, entre<br />
nós o legado que José<br />
Sócrates <strong>de</strong>ixará a Portugal<br />
será a má influência<br />
do seu exemplo junto<br />
dos seus colaboradores<br />
e no partido que dirige.<br />
Porventura, também<br />
junto <strong>de</strong> muitos milhares<br />
<strong>de</strong> portugueses, seja<br />
pela pedagogia <strong>de</strong> valor<br />
negativo, seja pelo tempo perdido num<br />
percurso que é essencialmente errado e<br />
nos conduz ao <strong>de</strong>sastre.<br />
Esta semana, ainda a propósito do caso<br />
Freeport, tivemos disso mesmo três exemplos<br />
gritantes e todos lamentáveis. Vital<br />
Moreira, cada vez mais longe do seu passado<br />
<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e <strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z intelectual,<br />
não encontrou nada melhor para<br />
fazer do que um escrito no Público sob<br />
o título Para a História Nacional da Infâmia,<br />
em que consi<strong>de</strong>ra que os jornalistas<br />
e outros críticos do primeiro ministro,<br />
entre os quais me coloco, ”tivessem<br />
alguma vergonha, estariam hoje a pedir<br />
<strong>de</strong>sculpa pelas aleivosias que cometerem<br />
em relação a José Sócrates”. Dos juristas<br />
que elaboraram o relatório final do<br />
caso Freeport, diz: “Se o ridículo matasse,<br />
as duas criaturas estariam con<strong>de</strong>nadas”.<br />
Por sua vez, o ministro da Presidência,<br />
Pedro Silva Pereira, afirmou que<br />
“Estamos perante um <strong>de</strong>spacho perverso<br />
(...) É um comportamento absolutamente<br />
intolerável”. Finalmente, é <strong>de</strong> Francisco<br />
Assis que chega a pérola seguinte:<br />
“Uma actuação <strong>de</strong>sta natureza não merece<br />
outra qualificação que não seja uma<br />
pura canalhice”.<br />
Notemos <strong>de</strong> que toda esta artilharia é<br />
Os partidos e os<br />
seus maus<br />
dirigentes,<br />
pervertem e<br />
<strong>de</strong>stroem a<br />
intelectual, politica<br />
e cívica dos seus<br />
seguidores<br />
HENRIQUE NETO<br />
empresário<br />
netohenrique8@gmail.com<br />
dirigida, principalmente,<br />
contra os dois procuradores<br />
que investigaram<br />
a fase final do<br />
caso Freeport e que,<br />
como lhes competia, lá<br />
colocaram, com a autorização<br />
da hierarquia do<br />
Ministério Público, as<br />
perguntas que foram<br />
impedidos <strong>de</strong> fazer a<br />
José Sócrates. Note-se<br />
também que os três<br />
seguidores do primeiro<br />
ministro, se têm notabilizado<br />
na <strong>de</strong>fesa do<br />
segredo <strong>de</strong> justiça e do<br />
princípio da separação<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>res, nomeadamente<br />
no caso das escutas<br />
das conversas entre<br />
Vara e Sócrates, <strong>de</strong>struídas<br />
pelo Procurador<br />
Geral da República, com<br />
o argumento, compreensível,<br />
<strong>de</strong> que as instituições<br />
<strong>de</strong>mocráticas,<br />
como o sistema <strong>de</strong> justiça,<br />
<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>fendidas<br />
e prestigiadas.<br />
Como vimos, <strong>de</strong>fendidas<br />
apenas quando possam<br />
ser manipuladas<br />
pelo po<strong>de</strong>r político amigo.<br />
São muitas as lições<br />
a tirar <strong>de</strong>ste caso Freeport,<br />
a maioria das quais<br />
políticas. Em primeiro<br />
lugar, mostra-nos até<br />
que ponto os partidos<br />
políticos controlam os<br />
cidadãos e a vida dos<br />
portugueses, não hesitando<br />
perante nada para<br />
levar a cabo os seus fins.<br />
Seguidamente, os partidos e os seus maus<br />
dirigentes, pervertem e <strong>de</strong>stroem a qualida<strong>de</strong><br />
intelectual, politica e cívica dos<br />
seus seguidores, como atestam os três<br />
casos referidos. Finalmente, que é na<br />
liberda<strong>de</strong> da imprensa e dos jornalistas<br />
que, apesar <strong>de</strong> todos os excessos, ainda<br />
resi<strong>de</strong> o conhecimento possível da<br />
verda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>fesa das instituições <strong>de</strong>mocráticas.<br />
E a propósito, lutemos com<br />
convicção contra o aumento dos po<strong>de</strong>res<br />
do Procurador Geral da República,<br />
como o PS se prepara para fazer, quando<br />
no passado preconizava exactamente<br />
o contrário, com o objectivo conjuntural<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r José Sócrates das muitas<br />
questões que, directa e indirectamente,<br />
sobre ele pen<strong>de</strong>m na justiça.<br />
A minha convicção é a <strong>de</strong> que, nas<br />
actuais condições <strong>de</strong> escolha partidária<br />
do Procurador Geral da República,<br />
prefiro a responsabilização individual<br />
dos procuradores e investigadores criminais<br />
perante a lei, do que perante<br />
um qualquer chefe, que, como estamos<br />
a apren<strong>de</strong>r neste caso, se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />
impressionar excessivamente pelo po<strong>de</strong>r<br />
político, que, no caso português, tem<br />
um funcionamento muito pouco <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mocrático. ■<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 17
18 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 SOCIEDADE |ENTREVISTA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Pedro Burmester, pianista<br />
“Em Portugal só se investe em turismo<br />
para 'super ricos'”<br />
Numa entrevista on<strong>de</strong> a música e Cultura se confun<strong>de</strong>m com <strong>de</strong>senvolvimento e futuro do País, o<br />
pianista Pedro Burmester <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a regionalização como meio <strong>de</strong> atenuar diferenças entre regiões<br />
e alerta: “temos um turismo <strong>de</strong> país sub-<strong>de</strong>senvolvido” Textos: Jacinto Silva Duro Fotos: Ricardo Graça<br />
Como comenta o anunciado e<br />
<strong>de</strong>pois retirado corte <strong>de</strong> subsídios<br />
para a Cultura, da ministra Gabriela<br />
Canavilhas?<br />
Faz-me lembrar o velho ditado<br />
que diz que “em casa on<strong>de</strong> não há<br />
pão...”. A cultura sempre teve poucos<br />
meios e quando se corta no que<br />
já nada tem... Achei ridícula a contestação<br />
– com o <strong>de</strong>vido respeito<br />
pelas pessoas que lutaram contra os<br />
cortes. No fundo, estavam-se a discutir<br />
esmolas. Antes das eleições, <strong>de</strong>i<br />
um último voto <strong>de</strong> confiança ao primeiro-ministro,<br />
quando disse que<br />
ia fazer neste mandato o que fez<br />
com a Ciência no anterior. Fez um<br />
mea culpa quando sabia que não<br />
iria ter consequências negativas –<br />
são as lógicas das políticas das audiências.<br />
A Ciência teve resultados porque<br />
houve uma injecção clara <strong>de</strong><br />
dinheiro no Ministério da Ciência e<br />
Ensino Superior e fez-se muito com<br />
relativamente pouco.<br />
Mas não foi o que aconteceu...<br />
Até se reduziu a verba inscrita<br />
no Orçamento do Estado, que ser-<br />
ve para sustentar, e mal, museus,<br />
bibliotecas e a própria estrutura do<br />
ministério. Mais valia não existir<br />
Ministério da Cultura. O que me<br />
incomoda é que era preciso investir<br />
muito pouco para ter resultados<br />
muito bons. Mas isto é mais um mal<br />
crónico português. As gran<strong>de</strong>s obras<br />
<strong>de</strong> arte sempre foram resultado <strong>de</strong><br />
esforços individuais e não <strong>de</strong> um<br />
país que aposta forte na Cultura.<br />
A tendência mantém-se, apesar<br />
<strong>de</strong> se saber que o peso da cultura<br />
no PIB é superior a alguns<br />
sectores consi<strong>de</strong>rados estratégicos.<br />
É evi<strong>de</strong>nte que há retorno e que<br />
a indústria cultural está ligada a muitas<br />
áreas diferentes, além <strong>de</strong> ser um<br />
sector muito procurado pelos jovens.<br />
Há muita gente a trabalhar na área<br />
da produção, <strong>de</strong>sign, moda e até no<br />
turismo. Não sei por que acontece<br />
este <strong>de</strong>sinteresse nacional. A Cultura<br />
não é encarada a sério. Não se<br />
injecta dinheiro e não se coloca gente<br />
competente a geri-lo. Em termos<br />
internacionais, não temos política<br />
cultural ou sequer estratégica. É tudo<br />
feito aos solavancos e ao gosto <strong>de</strong><br />
quem ocupa a ca<strong>de</strong>ira do Ministério<br />
da Cultura.<br />
O turismo é apontado como<br />
crucial para o futuro do País, contudo<br />
as apostas são em coisas que<br />
não precisam <strong>de</strong> investimento:<br />
sol, mar e praia, quando o património<br />
é cada vez mais o que interessa<br />
aos turistas...<br />
O Porto é um bom<br />
exemplo disso. Há muitos<br />
turistas entre os 20 e<br />
30 anos que vão <strong>de</strong> propósito<br />
à Casa da Música<br />
e a Serralves. Faz parte do<br />
roteiro. O pior é que em<br />
Portugal só se investe em<br />
turismo para “super ricos”:<br />
golfe e hotéis <strong>de</strong> luxo que<br />
não criam riqueza nos sítios on<strong>de</strong><br />
estão implantados, a não ser para a<br />
construção civil e para os poucos<br />
funcionários <strong>de</strong> hotelaria. Temos um<br />
turismo <strong>de</strong> país sub-<strong>de</strong>senvolvido<br />
on<strong>de</strong> se fazem uns resorts muito<br />
bonitos e fechados, como em Cuba<br />
ou no resto das Caraíbas. Aparecem<br />
Projectos <strong>de</strong> Interessa Nacional com<br />
essa filosofia.<br />
Que leitura faz das residências<br />
artísticas nas pequenas cida<strong>de</strong>s e<br />
vilas?<br />
É uma solução <strong>de</strong> futuro. Ter uma<br />
companhia <strong>de</strong> bailado, um grupo <strong>de</strong><br />
teatro, arqueólogos ou escritores que<br />
procuram um local fora dos gran<strong>de</strong>s<br />
centros com condições para criar,<br />
pensar e fazer coisas. Esse<br />
sim, é o tipo <strong>de</strong> investimento<br />
cultural\turístico que<br />
falta ao País. Po<strong>de</strong>ríamos<br />
As gran<strong>de</strong>s obras<br />
<strong>de</strong> arte sempre<br />
foram resultado <strong>de</strong><br />
esforços individuais<br />
e não <strong>de</strong> um país<br />
que aposta forte<br />
na Cultura<br />
ser um refúgio <strong>de</strong> artistas e criadores.<br />
Isso seria diferenciador para o<br />
País. Se atraíssemos pessoas ligadas<br />
à Cultura, à Ciência e pensadores<br />
po<strong>de</strong>ríamos reproduzir o que se fez<br />
nos séculos XV e XVI. O aparecimento<br />
<strong>de</strong>ssas pessoas traria aproximação<br />
e interacção com as comunida<strong>de</strong>s<br />
locais, estabelecendo laços<br />
<strong>de</strong> afectivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> enriquecimento<br />
pessoal.<br />
A Cultura <strong>de</strong>ve ser ten<strong>de</strong>ncialmente<br />
gratuita ou paga?<br />
Deve haver um serviço público<br />
<strong>de</strong> Cultura que permita um acesso<br />
abrangente e <strong>de</strong>mocrático. Preços<br />
<strong>de</strong> bilheteira muito altos discriminam<br />
as pessoas. Não digo que <strong>de</strong>ve<br />
ser ten<strong>de</strong>ncialmente gratuita como<br />
a saú<strong>de</strong>, mas tem <strong>de</strong> haver um acesso<br />
generalizado. Se a privatizarmos,<br />
passa a haver uma lógica <strong>de</strong><br />
lucro e só se fará o que <strong>de</strong>r retorno.<br />
Deixaríamos <strong>de</strong> ter cultura e<br />
teríamos apenas entretenimento e<br />
só para alguns, como já acontece<br />
em certos eventos, on<strong>de</strong> só se entra<br />
com convite. ■
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | ENTREVISTA |<br />
“A regionalização é um passo necessário”<br />
O que faz a Casa da Música<br />
um marco a nível cultural no País<br />
e em especial na zona Norte?<br />
Vários factores contribuíram para<br />
que a Casa da Música se tornasse<br />
uma referência. É um projecto que<br />
só tem cinco anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que começou<br />
a funcionar, e que se conseguiu<br />
estabelecer localmente, em primeiro<br />
lugar. Foi essa uma das nossa<br />
i<strong>de</strong>ias primordiais, a <strong>de</strong> fazer com<br />
que as pessoas se i<strong>de</strong>ntificassem<br />
com o edifício e com o projecto. Se<br />
não tivéssemos conseguido isso, por<br />
melhor que a Casa da Música fosse,<br />
não teríamos ninguém a frequentá-la<br />
e a usufruir <strong>de</strong>la. Além<br />
disso, a escola <strong>de</strong> arquitectura do<br />
Porto e a existência <strong>de</strong> arquitectos<br />
<strong>de</strong> renome mundial – como Álvaro<br />
Siza Vieira – fez com que também<br />
houvesse “solo fértil” na escolha<br />
<strong>de</strong> um projecto arquitectónico<br />
diferenciador. É certo que, no princípio,<br />
houve muitos anti-corpos...<br />
Ao fazer-se uma discussão alargada<br />
e com muita visibilida<strong>de</strong> levou-<br />
-se muita gente a criar laços e a tomarem-no<br />
como seu. As pessoas sentem<br />
que é um projecto nacional... do Porto<br />
e não <strong>de</strong> Lisboa, como acontece<br />
com muitos projectos “nacionais”. A<br />
frase <strong>de</strong> Pessoa aplica-se bem à Casa<br />
da Música: “primeiro estranha-se,<br />
<strong>de</strong>pois entranha-se”.<br />
A Casa da Música e Serralves<br />
são o epicentro da dinâmica cultural<br />
que o Porto vive?<br />
Sem dúvida alguma. São a prova<br />
<strong>de</strong> que a Cultura po<strong>de</strong> diferenciar<br />
e <strong>de</strong>senvolver as cida<strong>de</strong>s, num<br />
Mundo on<strong>de</strong> tudo é cada vez mais<br />
parecido. O po<strong>de</strong>r autárquico percebeu<br />
isso muito mais rapidamente<br />
que o po<strong>de</strong>r central. Se olharmos<br />
para o País e o compararmos, em<br />
termos culturais com o que acontecia<br />
há 20 anos, a diferença é abissal.<br />
Actualmente, faço concertos em<br />
praticamente todo o território com<br />
salas com muitas condições, com<br />
programação regular nas mais variadas<br />
áreas e com público. E foi um<br />
trabalho feito, em gran<strong>de</strong> parte, pelas<br />
autarquias. Foi o último projecto<br />
estruturante feito pelo Ministério da<br />
Cultura e aconteceu entre 1995 e<br />
2000, com a construção e recuperação<br />
<strong>de</strong> vários teatros, cine-teatros<br />
e cinemas que são hoje centros culturais.<br />
O que faz com que os portugueses<br />
estejam a ouvir mais música<br />
clássica e a ir ao teatro ou ópera?<br />
Tudo se <strong>de</strong>mocratizou e <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como elitista.<br />
Aconteceu isso com a música clássica.<br />
As barreiras quebraram-se e<br />
a música clássica é mais uma. É<br />
claro que é mais complexa e precisa<br />
<strong>de</strong> um ouvido mais apurado<br />
ou <strong>de</strong> um processo mental mais trabalhado,<br />
mas as barreiras acabaram.<br />
Hoje, quem tem um compu-<br />
Nos últimos anos, embora a<br />
activida<strong>de</strong> cultural tenha sofrido<br />
um boom por todo o País, não há<br />
gran<strong>de</strong> eco do que se passa fora<br />
<strong>de</strong> Lisboa e Porto. É um fenómeno<br />
explicável?<br />
Isso é o mal <strong>de</strong> um País muitíssimo<br />
centralizado on<strong>de</strong> parece que<br />
tudo o que acontece se reporta quase<br />
exclusivamente à capital, muito<br />
por culpa dos media – os chamados<br />
nacionais – que estão quase<br />
todos centralizados em Lisboa. As<br />
notícias passam-se em circuito fechado<br />
e isso também acontece com a<br />
política. Às vezes, rio-me a ver <strong>de</strong>bates<br />
entre analistas e políticos, que<br />
se encontram todos no mesmo “café”<br />
e falam para <strong>de</strong>ntro, esquecendo<br />
que há um País inteiro lá fora. O<br />
mesmo País que já nem lhes liga<br />
muito, nem quer saber <strong>de</strong>les. Esse<br />
centralismo histórico não faz sentido<br />
e não percebe que o resto do<br />
País mexeu-se, não está mais à espera<br />
<strong>de</strong> Lisboa e foi fazendo coisas. E<br />
é por isso que acredito que a regionalização<br />
é um passo necessário<br />
para que haja mais oportunida<strong>de</strong>s<br />
para o resto do território. Com ela,<br />
aparecerá outra atitu<strong>de</strong> perante o<br />
que se faz localmente trazendo uma<br />
concorrência saudável para que o<br />
País se possa <strong>de</strong>senvolver equitativamente.<br />
Qual a importância <strong>de</strong> uma<br />
programação feita a médio pra-<br />
zo, em vez <strong>de</strong> ser feita quase ao<br />
mês e <strong>de</strong> acordo com os espectáculos<br />
que vão aparecendo?<br />
É difícil programar a mais <strong>de</strong> dois<br />
anos e, além disso, as salas nunca<br />
sabem qual o orçamento que vão<br />
ter. Mas o que é mesmo importante<br />
é saber quem é o público para o<br />
qual se está a programar. É preciso<br />
programar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um equilíbrio<br />
saudável entre aquilo que as pessoas<br />
esperam que vá acontecer e<br />
um quociente <strong>de</strong> surpresa. De outra<br />
maneira corre-se o risco <strong>de</strong> estarmos<br />
todos a fazer as mesmas coisas.<br />
As autarquias têm a obrigação<br />
<strong>de</strong> não fazer programação por catálogo,<br />
<strong>de</strong>scabida do contexto on<strong>de</strong><br />
a sala se insere. ■<br />
“Pensei em <strong>de</strong>sistir da música porque precisava <strong>de</strong> ganhar a vida”<br />
Quando era pequeno, a família levava na bagagem um piano vertical para Pedro Burmester po<strong>de</strong>r ensaiar todos os<br />
dias. “Iam todos para a praia e lá ficava eu a tocar durante horas”, recorda. mas os tempos mudaram, hoje, leva<br />
um teclado electrónico para exercitar os <strong>de</strong>dos no marfim e ébano. Em média toca quatro horas por dia. Mais, se<br />
contarmos o tempo das aulas que dá quase todos os dias. Um sacrifício que compara ao ritmo dos atletas <strong>de</strong> alta<br />
competição e que faz <strong>de</strong> Pedro Burmester um dos melhores pianistas nacionais <strong>de</strong> todos os tempos. Admite que<br />
chegou a pensar <strong>de</strong>sistir da música “porque precisava <strong>de</strong> ganhar a vida”. Hoje, as coisas estão diferentes e diz,<br />
com alguma ironia, que já se consegue viver da música, embora ainda “não dê para enriquecer”. “Li, há dias, que<br />
Bill Gates e Warren Buffett estão a convencer vários multimilionários a doar meta<strong>de</strong> das suas fortunas a instituições<br />
sociais. Gates doou meta<strong>de</strong>, Buffett cerca <strong>de</strong> 90%... Gostava <strong>de</strong> ver isso acontecer em Portugal.” Nasceu em<br />
1963 no seu adorado Porto, e foi no conservatório <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> que acabou o Curso Superior <strong>de</strong> Piano com classificação<br />
máxima, em 1981. Trabalhou nos EUA, foi docente na Escola Superior <strong>de</strong> Música e Artes do Espectáculo<br />
do Porto, foi o organizador da programação musical do Porto - Capital Europeia da Cultura e um dos responsáveis<br />
pela programação da Casa da Música, até ao ano passado. ■<br />
“Prezo muito o meu direito ao silêncio”<br />
tador, tem acesso a tudo o que se<br />
faz no Mundo inteiro. Claro que<br />
ver ali não permite a mesma envolvência.<br />
É engraçado que, há uns<br />
anos, cheguei a pensar que os concertos<br />
iriam <strong>de</strong>saparecer. Parecia-<br />
-me que estavam a aparecer tantas<br />
maneiras <strong>de</strong> ouvir música que,<br />
se calhar, as pessoas iam <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
se sentar numa sala e pagar um<br />
bilhete para a escutar. Estava errado.<br />
Aconteceu precisamente o contrário.<br />
A indústria discográfica <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> existir nos mol<strong>de</strong>s do século<br />
XX e os músicos começaram a dar<br />
mais valor ao concerto ao vivo do<br />
que à gravação. É mais enriquecedor<br />
ter uma experiência colectiva<br />
e estar numa sala com os músicos<br />
do que estar a ver num ecrã em<br />
casa ou a ouvir num CD.<br />
O que po<strong>de</strong>mos encontrar no<br />
seu iPod?<br />
De tudo. Da Amália, passando<br />
por Deolinda e Bach, tenho <strong>de</strong><br />
tudo na minha discografia. Mas<br />
confesso que ouço hoje menos<br />
música do que já ouvi. Deve ser<br />
uma <strong>de</strong>fesa por passar muitas<br />
horas a ouvir a tocar. Tenho <strong>de</strong><br />
utilizar bem os meus ouvidos. Não<br />
há sempre música a tocar no carro<br />
ou em casa. Prezo muito o meu<br />
direito ao silêncio. Quando este é<br />
bem gerido, as melodias ganham<br />
logo outra importância. Hoje, há<br />
um excesso <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> tudo:<br />
<strong>de</strong> música, <strong>de</strong> imagens, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias...<br />
que nos entram pelos olhos a<strong>de</strong>ntro<br />
com uma enorme facilida<strong>de</strong>,<br />
a partir da televisão e internet. ■<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 19<br />
Perguntas dos Outros<br />
“Ser pianista<br />
é um trabalho<br />
connosco<br />
próprios”<br />
Paulo Lameiro, maestro<br />
O que pensa que mais terá<br />
perdido como intérprete ao<br />
longo dos anos que esteve à<br />
frente da Casa da Música?<br />
Apren<strong>de</strong>mos com tudo. É certo<br />
que perdi muito tempo <strong>de</strong><br />
trabalho, uma vez que o que<br />
fiz na Casa da Música não estava<br />
directamente relacionado<br />
com a minha profissão <strong>de</strong> pianista.<br />
Durante cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />
anos, não pu<strong>de</strong> estar sentado<br />
em frente ao piano a estudar<br />
as horas necessárias, mas aquilo<br />
que ganhei foi muito mais<br />
do que o que perdi. A Casa da<br />
Música ensinou-me a trabalhar<br />
em equipa, a conhecer o<br />
outro lado da música: a produção,<br />
a programação... como<br />
se transforma uma i<strong>de</strong>ia em<br />
algo concreto. Coisas que não<br />
acontecem quando se está ao<br />
piano. Ser pianista é um trabalho<br />
connosco próprios, com<br />
muitas horas <strong>de</strong> solidão.<br />
Carlos Matos, crítico <strong>de</strong> música<br />
e programador<br />
Confina os seus gostos musicais<br />
à chamada música <strong>de</strong><br />
base erudita ou contempla e<br />
usufrui <strong>de</strong> outros estilos mais<br />
alternativos e marginais?<br />
Sempre tive os ouvidos abertos<br />
a tudo. Des<strong>de</strong> muito novo,<br />
por influências familiares, <strong>de</strong><br />
amigos e pela minha própria<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procura, ouvi<br />
sempre todo o tipo <strong>de</strong> música...<br />
Não tenho quaisquer preconceitos<br />
em relação aos estilos<br />
musicais. Todos têm<br />
características diferentes e coisas<br />
interessantes. Claro que,<br />
com o tempo, gosta-se mais<br />
ou menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado estilo.<br />
Mas toda a música está ao<br />
mesmo nível. Foi essa mesmo<br />
uma das i<strong>de</strong>ias base do projecto<br />
da Casa da Música. Todas<br />
as músicas são expressão genuína<br />
da criativida<strong>de</strong> humana. ■
20 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
De tal forma a crise se<br />
entranhou no nosso<br />
quotidiano que comemos,<br />
bebemos, dormimos<br />
e passeamos<br />
com ela. É, também, a crise que<br />
me impele a escrever estas linhas.<br />
Gosto <strong>de</strong> ser transparente, realista,<br />
<strong>de</strong> dizer ao que venho e <strong>de</strong> pôr,<br />
sobre a mesa a minha <strong>de</strong>claração<br />
<strong>de</strong> interesses. Sou, convictamente,<br />
<strong>de</strong>fensor da recandidatura do<br />
senhor professor Aníbal Cavaco<br />
Silva a um segundo mandato presi<strong>de</strong>ncial.<br />
Porquê? À medida que<br />
a crise foi tomando conta das nossas<br />
vidas, manteve a serenida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> homem que sabe e transmitiu-<br />
-a aos portugueses, alertou-nos<br />
para a gravida<strong>de</strong> da situação, colocou<br />
a sua experiência técnica,<br />
humana e política ao serviço <strong>de</strong><br />
Portugal, apelou aos Partidos, à<br />
Assembleia da República e ao Governo,<br />
para que fossem encontradas<br />
soluções o mais consensuais e<br />
abrangentes possível (foi, assim,<br />
no Orçamento <strong>de</strong> 2010, no PEC 1<br />
e no PEC 2), posicionou-se, olimpicamente,<br />
como elemento estabilizador<br />
da complexa realida<strong>de</strong><br />
político-partidária, cumpriu o seu<br />
programa, sem se <strong>de</strong>ixar tolher<br />
pelas dificulda<strong>de</strong>s, avançou no diálogo<br />
com o país e com o Estrangeiro<br />
(Europa e África) mostrando<br />
segurança digna <strong>de</strong> registo e<br />
prestigiando Portugal, reforçou os<br />
laços culturais, linguísticos, políticos<br />
e económicos com os países<br />
da CPLP (Brasil, Cabo Ver<strong>de</strong>, Angola<br />
e Moçambique) brilhou na recente<br />
visita a Angola, foi uma “forma<br />
formiguinha” em tempo <strong>de</strong><br />
cavas magras, mostrou ao longo<br />
De todo o lado nos chegam<br />
notícias <strong>de</strong> férias.<br />
Todas as conversas,<br />
começam ou acabam,<br />
com perguntas ou<br />
<strong>de</strong>sejos sobre este tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso,<br />
hoje plenamente consagrado<br />
e por todos assumido como<br />
uma fundamental necessida<strong>de</strong>.<br />
As preocupações sobre uma tal<br />
dita Crise, passaram para segundo<br />
plano ou mesmo <strong>de</strong>sapareceram.<br />
Aqueles que vão chegando<br />
falam-nos <strong>de</strong> um mundo <strong>de</strong> gente<br />
pelas praias <strong>de</strong> Portugal, com<br />
especial incidência para o Algarve,<br />
on<strong>de</strong> parece que tudo se tem<br />
conciliado para criar momentos<br />
inesquecíveis. A quebra efectiva<br />
do número <strong>de</strong> turistas estrangeiros,<br />
vê-se superada, ou pelo<br />
menos próximo disso, pela avalanche<br />
<strong>de</strong> turistas nacionais que<br />
<strong>de</strong>scendo a Sul, procuram o seu<br />
espaço <strong>de</strong> puro lazer estival. Não<br />
acreditando que o façam em resposta<br />
ao apelo do nosso Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República, mas sim-<br />
do mandato, ter consciência do<br />
que po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve, no âmbito dos<br />
po<strong>de</strong>res que a Constituição reserva<br />
ao Presi<strong>de</strong>nte da República, agigantou-se<br />
quando explicou ao País<br />
que se sente confortável com os<br />
po<strong>de</strong>res que Constituição lhe confere,<br />
não entrou em polémicas estéreis<br />
com os titulares dos restantes<br />
órgãos <strong>de</strong> soberania, anunciou,<br />
sem complexos, a insustentabilida<strong>de</strong><br />
da situação, soube pairar acima<br />
das críticas partidárias, muitas<br />
vezes <strong>de</strong>sbocadas e <strong>de</strong> todo inconsequentes<br />
(há posições que preten<strong>de</strong>m<br />
minar a autorida<strong>de</strong> do Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República mas este, com<br />
olímpica sabedoria, <strong>de</strong>svaloriza em<br />
tempo <strong>de</strong> crise) o que o coloca<br />
numa posição ímpar no trânsito<br />
do primeiro para o segundo mandato<br />
presi<strong>de</strong>ncial<br />
Esta visão, quase inoxidável,<br />
dos méritos do exercício da função<br />
Presi<strong>de</strong>ncial não é universal,<br />
e, tão pouco, é pacífica. Uns por<br />
razões <strong>de</strong> natureza i<strong>de</strong>ológica, com<br />
base na estafada dicotomia Direita/Esquerda,<br />
outros porque não lhe<br />
perdoam por ser o Português com<br />
mais anos <strong>de</strong> exercício do po<strong>de</strong>r,<br />
no topo (10 anos como Primeiro<br />
Ministro, cinco como Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República e mais cinco…) o que,<br />
em Democracia, dificilmente, será<br />
repetível, alguns porque não aceitam<br />
a sua ascensão na vida, exclusivamente<br />
por força do trabalho e<br />
das capacida<strong>de</strong>s, ainda bastantes<br />
porque, <strong>de</strong> boa-fé, têm vindo a<br />
apelar ao Presi<strong>de</strong>nte para que seja<br />
mais interventivo, em tempo <strong>de</strong><br />
crise, como se ele fosse portador<br />
da “Varinha do Condão …”<br />
Esta última posição não <strong>de</strong>ve<br />
| O p i n i ã o |<br />
Cavaco Silva e a mochila da esperança<br />
plesmente e porque sugestionados<br />
por uma assumida necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> contenção, trocam os<br />
<strong>de</strong>stinos estrangeiros pela areia<br />
branca das nossas praias. Dizem<br />
as notícias que até as águas a<br />
Sul se apresentam cálidas como<br />
já não havia memória. Descontando<br />
alguns entusiásticos exageros,<br />
acredito que estamos perante<br />
uma excelente oportunida<strong>de</strong><br />
para o turismo algarvio. Apesar<br />
da enorme importância para a<br />
região e para o país que tem a<br />
vinda <strong>de</strong> turistas estrangeiros e<br />
a consequente entrada <strong>de</strong> divisas,<br />
acredito existir uma excelente<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliação<br />
com todos aqueles que não<br />
colocavam o Algarve como seu<br />
<strong>de</strong>stino preferido <strong>de</strong> férias. Eu<br />
era um <strong>de</strong>les.<br />
Durante muito tempo mantive<br />
com o Algarve uma relação<br />
difícil. Não que tenha experimentado<br />
intermináveis filas, <strong>de</strong><br />
trânsito, <strong>de</strong> restaurante, <strong>de</strong> supermercado,<br />
em suma <strong>de</strong> tudo aqui-<br />
O Professor Aníbal<br />
Cavaco Silva, sendo<br />
um elo fortíssimo do<br />
Regime, presta um<br />
gran<strong>de</strong> serviço ao<br />
País, à Democracia<br />
e à esperança se se<br />
<strong>de</strong>cidir pela<br />
recandidatura<br />
a um segundo<br />
mandato…<br />
GONÇALVES SAPINHO<br />
ex-presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> Alcobaça<br />
Descobrir o Algarve<br />
O restante país<br />
turístico po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />
apren<strong>de</strong>r muito com<br />
os erros cometidos no<br />
Algarve e com o<br />
mo<strong>de</strong>lo e esforço <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento que<br />
tem vindo a ser<br />
implementado<br />
FRANCISCO VIEIRA<br />
Director executivo da Insignare<br />
ser <strong>de</strong>scartada. Deve antes ser pon<strong>de</strong>rada.<br />
Mas <strong>de</strong>ve o Presi<strong>de</strong>nte da<br />
República, a 6 meses <strong>de</strong> terminar<br />
o mandato e a 3 meses do início<br />
da campanha eleitoral, hipotecar o<br />
seu prestígio em missões impossíveis<br />
ou em diligências con<strong>de</strong>nadas,<br />
à parida, ao fracasso? Deve<br />
queimar etapas que lhe po<strong>de</strong>rão ser<br />
preciosas no início do segundo<br />
mandato, se vier a candidatar-se e<br />
a ser eleito como se espera? Deve<br />
o Presi<strong>de</strong>nte da República ir além<br />
do que já foi, ultrapassando e subvertendo,<br />
em nome da crise, os<br />
po<strong>de</strong>res que a constituição lhe confere?<br />
Não serão a Constituição e a<br />
lei a base e a <strong>de</strong>fesa para os actos<br />
do Presi<strong>de</strong>nte da República?<br />
Po<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte sobrepor (não<br />
digo impor) a sua vonta<strong>de</strong> à vonta<strong>de</strong><br />
dos Partidos quando cada dirigente<br />
partidário e cada dirigente<br />
sindical, faz questão <strong>de</strong> se arrogar<br />
dono, com exclusão <strong>de</strong> outrem, da<br />
sua verda<strong>de</strong> e a torna incompatível<br />
com a verda<strong>de</strong> do outro?<br />
Em tempo <strong>de</strong> radicalismo exacerbado<br />
e também <strong>de</strong> crispações,<br />
a marcar terreno para o futuro próximo,<br />
não se tornará exigível que<br />
o pó assente e que haja, ao menos,<br />
alguém – o Presi<strong>de</strong>nte – que mantenha<br />
a serenida<strong>de</strong> e a cabeça fria?<br />
Para ele queimar, na ara da crise,<br />
sem o mínimo <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />
jurídica e constitucional, o prestígio<br />
pessoal e institucional que foi<br />
amealhando?<br />
Sou dos que pensa na <strong>de</strong>fesa,<br />
consolidação e aperfeiçoamento<br />
qualitativo das Instituições. Mas,<br />
também sou dos que vivem, hoje,<br />
o <strong>de</strong>sassossego do “tempo que passa”<br />
… !! Vou lendo e meditando<br />
lo on<strong>de</strong> tradicionalmente se espera,<br />
não que as ementas em inglês<br />
me tenham criado uma especial<br />
dificulda<strong>de</strong> ou qualquer assumo<br />
<strong>de</strong> patriotismo, nem sequer me<br />
posso queixar dos preços praticados.<br />
A minha dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
relação com o Algarve provinha<br />
sobretudo daquilo que ia ouvindo,<br />
criando uma imagem do <strong>de</strong>stino<br />
com base nas más experiências<br />
<strong>de</strong> outros. No mínimo<br />
injusto, mas verda<strong>de</strong>iro.<br />
Um dia numa feira <strong>de</strong> turismo<br />
em Praga, a promotora <strong>de</strong> uma<br />
prestigiada unida<strong>de</strong> hoteleira algarvia<br />
em resposta ao meu constante<br />
azedume face à sua terra, falou-<br />
-me da existência <strong>de</strong> outras realida<strong>de</strong>s<br />
no Algarve, respeitadoras<br />
do equilíbrio com a natureza e<br />
totalmente integradas na paisagem,<br />
sem gritos e sem filas, zonas<br />
<strong>de</strong> características rurais, on<strong>de</strong> aqui<br />
e ali vamos <strong>de</strong>scobrindo pequenas<br />
e <strong>de</strong>liciosas praias. Falou-me<br />
<strong>de</strong> um Algarve simples, genuíno,<br />
com uma forte tradição cultural<br />
nos extremismos da 1ª República.<br />
Interrogo-me sobre como foi possível<br />
malbaratar o capital Democrático<br />
acumulado, em duas décadas.<br />
A Revolução do 5 <strong>de</strong> Outubro<br />
foi engolida, 16 anos <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong><br />
forma autofágica, por quem a criou.<br />
Predominantemente Parlamentarista<br />
morreu, exangue, às mãos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>magogos encartados e dos treinadores<br />
<strong>de</strong> bancada. Nasceu e morreu<br />
em nome do povo que tem as<br />
costas largas … amortalhado por<br />
fúnebres radicalismos e extremismos.<br />
O Regime nascido da Revolução<br />
<strong>de</strong> Abril já viveu o dobro do<br />
Regime do 5 <strong>de</strong> Outubro…<br />
Das instituições <strong>de</strong>mocráticas,<br />
a mais prestigiada é a presidência<br />
da República. O actual Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República, como, aliás,<br />
os anteriores, prestigiou a instituição,<br />
a República e o Regime.<br />
Espero que o tempo que resta,<br />
para cumprir este primeiro mandato,<br />
seja um tempo em que se<br />
mantenha viva e se alimente a<br />
esperança dos portugueses. Desejo<br />
que a mochila da esperança<br />
aumente <strong>de</strong> peso, através do<br />
aumento do prestígio, e que a<br />
carregue no trânsito do 1º para<br />
o 2º mandato. O Regime tem tido<br />
boas âncoras das quais se <strong>de</strong>staca<br />
a nossa inserção na Comunida<strong>de</strong><br />
Europeia. Sendo necessária<br />
esta âncora, ela não é suficiente.<br />
Internamente é imprescindível<br />
a existência <strong>de</strong> elos fortes…O<br />
Professor Aníbal Cavaco Silva,<br />
sendo um elo fortíssimo do Regime,<br />
presta um gran<strong>de</strong> serviço ao<br />
País, à Democracia e à esperança<br />
se se <strong>de</strong>cidir pela recandidatura<br />
a um segundo mandato… ■<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> emanam usos e costumes<br />
singulares e uma gastronomia com<br />
forte influência do Norte <strong>de</strong> África.<br />
Este ano e por um breve período<br />
tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir<br />
esse Algarve silencioso e sereno.<br />
Magníficas praias, excelentes infraestruturas<br />
<strong>de</strong> apoio, inesquecíveis<br />
restaurantes, gente simpática e<br />
competente. Gostei. E ao olhar o<br />
Algarve agora não pelas vivências<br />
<strong>de</strong> outros mas pelos meus próprios<br />
olhos, confirmei aquilo que<br />
teimosamente tentava evitar. Que<br />
o Algarve é o melhor <strong>de</strong>stino turístico<br />
nacional e que nele se encontram<br />
respostas para todo o tipo <strong>de</strong><br />
cliente. Aprendi também, que o<br />
restante país turístico po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />
apren<strong>de</strong>r muito com os erros cometidos<br />
no Algarve e com o mo<strong>de</strong>lo<br />
e esforço <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
que tem vindo a ser implementado.<br />
Em boa verda<strong>de</strong>, só o Algarve<br />
e a Ma<strong>de</strong>ira são verda<strong>de</strong>iros<br />
territórios <strong>de</strong> turismo em Portugal.<br />
O resto, lamentavelmente, é<br />
paisagem.■
Pela Europa abrem caminho<br />
as cida<strong>de</strong>s aprazíveis<br />
e cómodas para<br />
o visitante. Os turistas<br />
urbanos dispostos a<br />
<strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-<br />
-semana, cada dia são mais e pe<strong>de</strong>m<br />
discrição. Há um novo tipo <strong>de</strong> visitante<br />
que busca uma cida<strong>de</strong> agradável<br />
na que se sinta como em sua<br />
casa e possa <strong>de</strong>scansar <strong>de</strong> rotinas e<br />
encontrar um programa sociocultural<br />
que o satisfaça. Nesse sentido, as<br />
cida<strong>de</strong>s voltaram a reivindicar a rua<br />
como espaço para a criativida<strong>de</strong> e<br />
a emancipação cívica, do mesmo<br />
modo que a dimensão política e social<br />
dos espaços públicos foi colocada<br />
no centro das discussões.<br />
Quem acompanha o fenómeno<br />
da revitalização das cida<strong>de</strong>s verifica<br />
como estas têm ampliado a sua<br />
oferta com novos museus, melhores<br />
restaurantes, novos hotéis, festivais<br />
variados aos quais se unem salas<br />
para teatro, auditórios e um forte<br />
impulso dado à gastronomia, às compras<br />
e obviamente a hotéis. A oferta<br />
<strong>de</strong> um valor diferenciador permite<br />
às cida<strong>de</strong>s competir e, neste ponto,<br />
as tecnologias da informação e<br />
os serviços complementares são importantes<br />
para integrar uma cida<strong>de</strong> atractiva<br />
em conveniência num espaço<br />
Está bom <strong>de</strong> ver, por estes<br />
dias <strong>de</strong> canícula <strong>de</strong><br />
Agosto, que há muito<br />
quem entenda que as<br />
eleições se po<strong>de</strong>m<br />
ganhar surfando as ondas do populismo<br />
bacoco, enveredando pelo suporte<br />
às maquinações mais ten<strong>de</strong>nciosas<br />
que a <strong>de</strong>mocracia portuguesa alguma<br />
vez viu. Refiro-me, obviamente, ao respaldo<br />
que o PSD e outros partidos da<br />
oposição foram dando à flagelação sistemática<br />
do governo e em especial do<br />
primeiro-ministro José Sócrates.<br />
Não terá bastado que se tivessem<br />
ultrapassado todos os limites penais e<br />
constitucionais e que se pulasse a cerca<br />
da reserva dos valores <strong>de</strong>mocráticos<br />
e que dois <strong>de</strong>putados, um do PSD<br />
e outro do PCP, se arrogassem ao direito<br />
<strong>de</strong> conhecerem escutas indirectas,<br />
autorizadas para um <strong>de</strong>terminado procedimento<br />
penal. Ora, como é sabido<br />
e sustentado pela melhor doutrina e<br />
jurisprudência penais, tal tipo <strong>de</strong> intercepção<br />
às comunicações não po<strong>de</strong> ser<br />
usado fora do processo penal e muito<br />
menos em Processos Disciplinares ou<br />
Comissões <strong>de</strong> Inquérito, como foi o<br />
caso.<br />
E, afinal, com que objectivos, senão<br />
os <strong>de</strong> assassinato <strong>de</strong> carácter? Verda<strong>de</strong><br />
é que, no fim da mencionada Comissão<br />
<strong>de</strong> Inquérito ao caso conhecido por<br />
PT/TVI, as oposições optaram por “conclusões”<br />
absolutamente inconclusivas,<br />
sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> tripudiar sobre a verda<strong>de</strong><br />
dos factos apurados, e, finalmente,<br />
nada propuseram <strong>de</strong> concreto, nem<br />
nada remeteram ao PGR que indiciasse<br />
qualquer acção <strong>de</strong> natureza, sequer<br />
indiciária, <strong>de</strong> qualquer eventual crime<br />
por parte <strong>de</strong> qualquer membro do governo<br />
e <strong>de</strong>signadamente do primeiroministro.<br />
Tratou-se, portanto, <strong>de</strong> pura tentativa<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste do primeiro-ministro<br />
numa matéria em que foi visível o <strong>de</strong>snorte<br />
do PSD, que chegou mesmo a<br />
zurzir com violência e <strong>de</strong>selegância o<br />
presi<strong>de</strong>nte da referida Comissão, Mota<br />
Amaral, <strong>de</strong>stacado membro do PSD,<br />
apenas porque se limitou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r,<br />
sem peias, a legalida<strong>de</strong> e o cumprimento<br />
da Constituição.<br />
E se <strong>de</strong> sentido <strong>de</strong> estado se fala no<br />
título, tudo se reconduz a <strong>de</strong>ixar claro<br />
que na recente “crise” da justiça,<br />
diversos dirigentes do PSD se têm comportado<br />
sem a contenção e a reserva<br />
que é indispensável ao bom funcionamento<br />
das instituições <strong>de</strong> que a justiça<br />
é um dos pilares fundamentais.<br />
Enten<strong>de</strong>-se bem que o maior partido<br />
da oposição e alguns dos seus principais<br />
dirigentes não tenham gostado<br />
do <strong>de</strong>sfecho do processo Freeport no<br />
concernente a José Sócrates e <strong>de</strong>mais<br />
elementos do aparelho governamental<br />
e administrativo.<br />
Para alguns dos fautores das queixas<br />
anónimas e para alguns dos que<br />
terão investido tudo na política <strong>de</strong> “fim<br />
<strong>de</strong> ciclo” <strong>de</strong> Sócrates, através da politização<br />
da justiça, óbvio se torna que<br />
ao fim <strong>de</strong> 6 anos <strong>de</strong> suspeitas, insinuações<br />
e calúnias, <strong>de</strong>parar com um<br />
processo que apenas acusa dois empre-<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |<br />
| O p i n i ã o |<br />
Turismo: cida<strong>de</strong>s aprazíveis e lugares<br />
<strong>de</strong> procura global.<br />
Muitas das cida<strong>de</strong>s médias na Europa<br />
protagonizaram, nos últimos anos,<br />
a sua própria revolução urbana e<br />
social, tendo em conta que um dos<br />
problemas maiores no espaço europeu<br />
passa pelo stress dos seus cidadãos.<br />
É por ele que o turista procura<br />
lugares relaxantes e cómodos, premiando<br />
aquelas cida<strong>de</strong>s ou lugares<br />
que ofereçam maior índice <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>,<br />
melhor gastronomia e melhor<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
A maturida<strong>de</strong> da oferta e o enfraquecimento<br />
da procura tradicional<br />
aconselham assumir com mais rigor<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adicionar à oferta<br />
tradicional novas realida<strong>de</strong>s que<br />
minimizem a vulnerabilida<strong>de</strong> do<br />
turismo frente às variações dos visitantes<br />
<strong>de</strong> rendas mais baixa. Melhorar<br />
a qualida<strong>de</strong> dos estabelecimentos<br />
hoteleiros e extra-hoteleiros<br />
esten<strong>de</strong>r as tecnologias da informação<br />
e serviços complementares<br />
são exigências básicas, como é o<br />
cuidado com o meio ambiente, para<br />
que este não seja uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurada,<br />
como recentemente se verificou<br />
com as algas em S. Pedro <strong>de</strong><br />
Moel. Mas também é importante a<br />
atenção ao urbanístico. No distrito<br />
é lamentável como boa parte das<br />
cida<strong>de</strong>s vilas e al<strong>de</strong>ias apresentam<br />
Subestima-se por<br />
aqui que o actual<br />
turista é uma pessoa<br />
informada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
e <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser<br />
um simples consumidor<br />
<strong>de</strong> receitas concebidas<br />
em exclusivo<br />
para ela<br />
ANTÓNIO DELGADO<br />
Professor Universitário<br />
a_<strong>de</strong>lgado@netcabo.pt<br />
sários por extorsão tentada, é no mínimo<br />
frustrante para quem tinha a expectativa<br />
<strong>de</strong> ver o primeiro-ministro <strong>de</strong><br />
Portugal sentado no banco dos réus.<br />
Não obstante ser conhecido, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
há muito, que após escrutínio rigoroso<br />
aos factos e às movimentações das<br />
suas contas, nada havia susceptível <strong>de</strong><br />
indiciar Sócrates e nem sequer <strong>de</strong> o<br />
ouvir como arguido, mas tão só como<br />
testemunha, atenta a acusação formulada.<br />
É também por isso que é lamentável<br />
que sectores da oposição, com dirigentes<br />
do PSD na ponta da lança, insistam<br />
em manter quente o que já resfriou<br />
por exaustão <strong>de</strong> argumentos e <strong>de</strong><br />
criativida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> barganha<br />
judiciária.<br />
Refiro-me às frustres tentativas <strong>de</strong><br />
manter em lume quente o processo<br />
Freeport, agora visando <strong>de</strong>mitir o PGR<br />
ou atingir a honorabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
magistrada respeitada e prestigiada<br />
como Cândida Almeida.<br />
Fingindo ignorar que eventuais<br />
erros procedimentais, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> inquérito,<br />
em nada po<strong>de</strong>m ser assacados ao<br />
primeiro-ministro e que para efeito <strong>de</strong><br />
apuramento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s já<br />
corre um inquérito or<strong>de</strong>nado pelo PGR,<br />
o que necessariamente <strong>de</strong>ve implicar<br />
que se aguar<strong>de</strong>m as respectivas conclusões,<br />
antes <strong>de</strong> se perorar sobre eventuais<br />
ilações, que por apressadas po<strong>de</strong>m<br />
induzir em avaliações precipitadas.<br />
O que vale é que os portugueses já<br />
compreen<strong>de</strong>ram, e a última sondagem<br />
SIC/Expresso é nisso muito clara, que<br />
Sócrates foi alvo <strong>de</strong> incomensuráveis<br />
atoardas e daí que a citada sondagem<br />
o dê como o único lí<strong>de</strong>r partidário a<br />
subir na referida amostra, invertendo<br />
situações anteriores que reflectiam o<br />
clima <strong>de</strong> dúvida sistemática instilada.<br />
É também por tudo isto que se com-<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 21<br />
Contra o <strong>de</strong>spautério eleitoralista, urge ter sentido <strong>de</strong> Estado e respeito institucional<br />
Há muito quem<br />
entenda que as<br />
eleições se po<strong>de</strong>m<br />
ganhar surfando as<br />
ondas do populismo<br />
bacoco<br />
OSVALDO CASTRO<br />
<strong>de</strong>putado<br />
osvaldocastro@ps.parlamento.pt<br />
espaços urbanos <strong>de</strong>gradados e nalguns<br />
casos em processo acelerado<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação. Po<strong>de</strong>-se encontrar<br />
as razões do facto na falta <strong>de</strong> visão<br />
e na insustentabilida<strong>de</strong> das políticas<br />
adoptadas pelos partidos e por<br />
estes gerarem “políticos” insensíveis<br />
e mal preparados, que ainda vão formar<br />
a socieda<strong>de</strong> civil com níveis <strong>de</strong><br />
exigência baixos, amestradas segundo<br />
fórmulas como gerem a coisa<br />
pública.<br />
Apenas com pon<strong>de</strong>ração, i<strong>de</strong>ias<br />
novas e orientações precisas, o mercado<br />
turístico na região po<strong>de</strong>rá ampliar<br />
a sua limitada oferta, assente na praia<br />
e no turismo religioso, preterindo o<br />
valor da história e da cultura como<br />
realida<strong>de</strong>s turísticas mais abrangentes<br />
e efectivas que seduzam clientes<br />
cujas preferências não sejam exclusivamente<br />
as <strong>de</strong> bronzearem-se a<br />
preços baixos em praias <strong>de</strong> águas<br />
geladas, perigosas, nalguns casos<br />
pouco vigiadas senão poluídas.<br />
Como reparo subestima-se por<br />
aqui que o actual turista é uma pessoa<br />
informada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> ser um simples consumidor<br />
<strong>de</strong> receitas concebidas em exclusivo<br />
para ela. O novo turista <strong>de</strong>seja experimentar<br />
com os próprios do local,<br />
os costumes, as activida<strong>de</strong>s locais,<br />
associar-se aos eventos culturais...<br />
Por isso chega sem a mediação das<br />
agências <strong>de</strong> viagens, mas traz informação<br />
<strong>de</strong>talhada do lugar: compra<br />
bilhetes <strong>de</strong> avião, comboio, camioneta,<br />
reserva dos hotéis, das entradas<br />
<strong>de</strong> espectáculos e dos monumentos<br />
pela internet.<br />
Neste sentido, há um enorme trabalho<br />
a fazer em torno das potencialida<strong>de</strong>s<br />
da Web para a difusão dos<br />
produtos e das peculiarida<strong>de</strong>s da<br />
região. São necessárias estratégicas<br />
mais competitivas, longe das contempladas<br />
nos planos das aferições<br />
compensatórias para os municípios<br />
do oeste pela não construção do aeroporto<br />
da Ota. Sobretudo estratégias<br />
criativas.<br />
Deve-se favorecer uma melhoria na<br />
qualida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong> da oferta, contemplando<br />
as terras mais afastadas do<br />
litoral que atraiam turistas com um<br />
gasto médio mais elevado. Há realida<strong>de</strong>s<br />
que o sector turístico e as autorida<strong>de</strong>s<br />
envolvidas <strong>de</strong>verão equacionar<br />
para tratar <strong>de</strong> elevar os ingressos na<br />
região como uma importante fonte da<br />
sua balança <strong>de</strong> pagamentos, mas também<br />
na necessida<strong>de</strong> selectiva das entradas,<br />
compatíveis com o cuidado do<br />
meio para a própria sustentabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ssa galinha que ovos <strong>de</strong> ouro que é<br />
o turismo para um região que se preten<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> excelência. ■<br />
preen<strong>de</strong>, mas lamenta, a insistência <strong>de</strong><br />
Passos Coelho em continuar a anunciar<br />
a entrega <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> revisão<br />
constitucional, logo na abertura<br />
da Sessão Legislativa, em 15 <strong>de</strong> Setembro,<br />
o que sempre implicará, por imperativo<br />
legal, que os <strong>de</strong>mais partidos<br />
disponham <strong>de</strong> um prazo <strong>de</strong> 30 dias<br />
para apresentar o seu próprio projecto<br />
<strong>de</strong> revisão, o que vale por dizer, até<br />
à data <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Outubro, o que coinci<strong>de</strong>,<br />
dia por dia, com a apresentação<br />
na Assembleia, pelo governo, do Orçamento<br />
<strong>de</strong> Estado para 2011.<br />
Ou seja, a confessada intenção <strong>de</strong><br />
querer abrir uma discussão sobre graves<br />
propostas <strong>de</strong> revisão da CRP, em<br />
cima da discussão do Orçamento e<br />
escassos meses antes das eleições presi<strong>de</strong>nciais,<br />
só po<strong>de</strong> significar que o PSD<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dar com “os burrinhos na<br />
água” em matéria <strong>de</strong> Comissão <strong>de</strong><br />
Inquérito e <strong>de</strong> processo Freeport, sente<br />
agora que tem <strong>de</strong> virar o jogo para<br />
questões com impacto <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />
contra os direitos fundamentais e <strong>de</strong><br />
indiscutível relevo, como é exemplo a<br />
matéria dos po<strong>de</strong>res presi<strong>de</strong>nciais, sempre<br />
visando disfarçar a chusma <strong>de</strong> erros<br />
em que Passos Coelho caiu quando se<br />
<strong>de</strong>slumbrou com os primeiros indicadores<br />
favoráveis.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um clamoroso erro que<br />
vai onerar politicamente o novel lí<strong>de</strong>r<br />
do PSD, a não ser que, num momento<br />
<strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z, entenda que a revisão<br />
constitucional <strong>de</strong>ve aguardar o seu<br />
tempo próprio, o mesmo é dizer, nunca<br />
antes das eleições presi<strong>de</strong>nciais. ■
DR<br />
22 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
Em Fátima um<br />
túnel (passagem<br />
<strong>de</strong>snivelada)<br />
que po<strong>de</strong>ria ser<br />
evitado<br />
Teimosamente, o túnel projectado<br />
na retaguarda da Igreja da<br />
Santíssima Trinda<strong>de</strong>, irá ser construído.<br />
Infelizmente, porque existem<br />
alternativas para que isso não<br />
aconteça. A alternativa que é apresentada<br />
num artigo <strong>de</strong> opinião,<br />
publicado no jornal Notícias <strong>de</strong><br />
Fátima (edição nº 498, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong><br />
Junho <strong>de</strong> 2010) era, sem dúvida, a<br />
solução mais ajustada. Não faz sentido<br />
que se <strong>de</strong>svie <strong>de</strong>ssa forma drástica<br />
o trânsito do espaço livre à<br />
visão das pessoas que, assim, acabam<br />
remetidas para uma solução<br />
<strong>de</strong>sfavorável, para baixo do solo,<br />
quando tal podia ser evitado. Transitar-se<br />
ao nível do solo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
se possa fazer, é <strong>de</strong> facto uma solução<br />
airosa e vital para que as coisas<br />
fiquem melhor. Bem basta quando<br />
não existem alternativas que<br />
| SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
possam evitar tal solução... não é<br />
o caso.<br />
Breve virá o dia em que as pessoas<br />
se aperceberão que a execução<br />
<strong>de</strong> tal obra foi <strong>de</strong> facto uma<br />
solução errada. Se ainda for a tempo,<br />
e estou certo que as verbas disponibilizadas<br />
não se per<strong>de</strong>riam, se<br />
outra solução, aquela que foi preconizada,<br />
fosse pon<strong>de</strong>rada e executada,<br />
seria o mais ajustado. Basta<br />
para tal pressão e vonta<strong>de</strong> política,<br />
porque competências existem.<br />
Sem dúvida: As viaturas vindas<br />
do norte ou do sul passarão <strong>de</strong>ntro<br />
do túnel e nem sequer os condutores<br />
se aperceberão que passaram<br />
em frente do Santuário, porque<br />
vão, em quaisquer das situações,<br />
sair bem longe do recinto.<br />
Aqui, para além <strong>de</strong> outros inconvenientes,<br />
até o próprio Santuário<br />
será prejudicado, porque o barulho<br />
dos motores será prejudicial ao silêncio<br />
interior, que <strong>de</strong>ve ser preservado<br />
à igreja da Santíssima Trinda<strong>de</strong>.<br />
Para mais, é prestar um mau<br />
serviço às pessoas.<br />
Por muito que se diga, não existem<br />
impossíveis. Alterar um pro-<br />
| D o s l e i t o r e s |<br />
jecto, é hoje quase um procedimento<br />
normal. Veja-se, para exemplo,<br />
o que aconteceu ainda num<br />
passado recente, com o traçado da<br />
auto-estrada, tendo-se conseguido<br />
algum afastamento das portagens.<br />
Mesmo assim, alguém alertou que<br />
ficariam <strong>de</strong>masiadamente aproximadas<br />
da população. Não se aten<strong>de</strong>u<br />
suficientemente a este alerta e<br />
é bem notório o inconveniente <strong>de</strong><br />
terem ficado tão próximas. Os engarrafamentos,<br />
as filas e horas <strong>de</strong> espera<br />
para que o trânsito <strong>de</strong>ntro da terra<br />
se esvazie, etc.<br />
Com a passagem <strong>de</strong>snivelada<br />
que será projectada e que, pelos vistos,<br />
vai mesmo ser executada, irse-á<br />
verificar coisa semelhante. Apele-se<br />
a todo o bom senso para que<br />
se evite fazer o que se verifica ser<br />
errado e havendo – como há – outras<br />
soluções bem mais apropriadas.<br />
Convém lembrar o que foi sugerido<br />
no artigo <strong>de</strong> opinião, publicado<br />
no Notícias <strong>de</strong> Fátima. Dizia-se:<br />
Respeitando-se a indispensável<br />
construção das rotundas, ao fundo<br />
das ruas Cónego Formigão e<br />
Papa João Paulo II, prolongar com<br />
Ainda o Festival <strong>de</strong> Colmeias (resposta ao Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Colmeias)<br />
Li com muita atenção os comentários<br />
que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
<strong>de</strong> Colmeias (JFC) fez ao meu artigo <strong>de</strong> opinião,<br />
publicado neste jornal, com o título<br />
<strong>de</strong> Festival do <strong>de</strong>sperdício e esbanjamento<br />
<strong>de</strong> Colmeias.<br />
Pois bem, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, por mais leituras<br />
que fizesse àquele texto não consegui<br />
encontrar nas suas palavras, a roçar por<br />
vezes a in<strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, uma resposta objectiva<br />
aos comentários que fiz à sua inusitada<br />
festa e à forma como utilizou recursos<br />
da freguesia em seu benefício.<br />
Aquele texto revela um Presi<strong>de</strong>nte que<br />
ainda não percebeu que vive num País em<br />
dificulda<strong>de</strong>s financeiras, com notícias diárias<br />
<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> impostos e cortes nos<br />
apoios sociais.<br />
Deixe-me informá-lo, a título <strong>de</strong> exemplo,<br />
<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sses cortes <strong>de</strong> âmbito social.<br />
Enquanto a sua Junta gasta dinheiro em<br />
festas a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> prepara<br />
para retirar o apoio financeiro ao transporte<br />
escolar dos alunos da Escola EB <strong>de</strong><br />
Colmeias que residam a menos <strong>de</strong> 3 km do<br />
centro da freguesia – dá que pensar?<br />
É verda<strong>de</strong> que não lhe expus pessoalmente<br />
o meu ponto <strong>de</strong> vista sobre a forma<br />
como o senhor gastou mais <strong>de</strong> 50.000<br />
euros em “foguetes” sem qualquer retorno<br />
para a freguesia. Mas também não<br />
tinha que o fazer porque vivemos, felizmente<br />
numa <strong>de</strong>mocracia on<strong>de</strong> somos livres<br />
<strong>de</strong> publicamente expressar as nossas opiniões.<br />
Os tempos em que as pessoas iam ao beija-mão<br />
ao Senhor Regedor ou ao Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Junta há muito que fazem parte da<br />
nossa história.<br />
É certo que podia ter utilizado a reunião<br />
a mesma largura da Avenida D.<br />
José Alves Correia da Silva, as referidas<br />
ruas até entroncar na Avenida<br />
Papa João XXIII e ainda construindo-se<br />
duas rotundas, uma a<br />
norte e outra a sul, o problema ficava<br />
sobejamente resolvido. O investimento<br />
seria mais barato do que<br />
fazer o túnel, a que chamam passagem<br />
<strong>de</strong>snivelada. As verbas atribuídas<br />
para expropriações, logicamente,<br />
seriam aplicadas em convenientes<br />
passeios na Avenida D.<br />
José Alves Correia da Silva, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a rotunda norte à rotunda sul. Tudo<br />
muito mais simples e apelativo.<br />
Vasco Perfeito, Fátima<br />
Se a Respol<br />
cumprisse<br />
não havia<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fazermos um<br />
abaixo-assinado!<br />
No uso <strong>de</strong> um direito que lhe é<br />
conferido pela lei (a mesma lei que<br />
a Respol <strong>de</strong>srespeita diariamente,<br />
assim alimentando processos atrás<br />
<strong>de</strong> processos no Tribunal Judicial<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>), um gestor da empresa<br />
enten<strong>de</strong>u vir a público contestar o<br />
incontestável.<br />
Duas notas sobre as “informações”<br />
prestadas ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
por um administrador da Respol:<br />
a) - Que sentido atribuir às afirmações<br />
do administrador da Respol,<br />
quando este diz que trava uma<br />
luta titânica com a Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para fazer o licenciamento?<br />
Apenas um: que pelos<br />
vistos a Respol não tem mesmo<br />
licenciamento! Logo, a Respol não<br />
cumpre. Haverá conclusão mais<br />
clara???; b) - Quem promoveu a<br />
alteração <strong>de</strong> produção que ultrapassou<br />
a capacida<strong>de</strong> da ETAR existente?<br />
On<strong>de</strong> foram parar, e com que<br />
consequências, as águas extrava-<br />
da última Assembleia <strong>de</strong> Freguesia para<br />
expressar a minha opinião. Porém, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />
queira pedir ao seu homólogo da<br />
Assembleia <strong>de</strong> Freguesia para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />
as reuniões na freguesia da Memória e po<strong>de</strong><br />
ser que me veja a mim e a outros fregueses<br />
em futuras Assembleias.<br />
Queixa-se o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> trabalhar muitas horas diárias para<br />
a Junta <strong>de</strong> Freguesia a troco <strong>de</strong> um “vencimento”<br />
mensal <strong>de</strong> 274,77 euros.<br />
Tanto quanto sei o acto da sua candidatura<br />
à Junta <strong>de</strong> Freguesia foi voluntário<br />
e consciente do muito trabalho que<br />
havia para fazer em prol dos fregueses<br />
<strong>de</strong> Colmeias. Por isso fica-lhe mal queixar-se<br />
que trabalha muito para a Freguesia<br />
e assumir-se como assalariado da<br />
mesma.<br />
Saiba Sr. Presi<strong>de</strong>nte que a quantia que<br />
A Direcção do JORNAL DE LEIRIA recebe com agrado para publicação a correspondência dos leitores que tratem questões <strong>de</strong> interesse público<br />
(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes das Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção<br />
santes, contaminadas durante o<br />
processo <strong>de</strong> produção? Que consciência<br />
têm, proprietário e administrador?<br />
E o que disse agora o gestor?<br />
Que sabe quem foram os promotores<br />
do abaixo-assinado. É natural,<br />
é público e notório. Eles assinaram<br />
e <strong>de</strong>ram a cara por uma luta<br />
que nem tão pouco <strong>de</strong>via estar a<br />
ser travada, fosse o País mais lesto<br />
e mais eficaz a punir os prevaricadores<br />
e criminosos. Penso que<br />
não existirá uma ameaça velada...;<br />
Que “actualmente” a Respol cumpre<br />
todas as exigências que são<br />
impostas pela lei.” Para bom enten<strong>de</strong>dor...<br />
Fica, ainda assim, uma enorme<br />
dúvida: está a Respol integralmente<br />
habilitada a exercer a sua<br />
activida<strong>de</strong>? Dispõe <strong>de</strong> todas as autorizações<br />
e licenciamentos atinentes<br />
à sua activida<strong>de</strong>?; “Enquanto a<br />
Respol não pu<strong>de</strong>r promover o dia<br />
aberto”, a empresa está totalmente<br />
aberta a prestar todos os esclarecimentos<br />
através <strong>de</strong> diversos meios.<br />
O problema é que os efeitos mais<br />
nefastos da activida<strong>de</strong> da Respol e<br />
da actuação do seu proprietário não<br />
estão à vista! E no entanto... eles<br />
estão lá e estão para ficar, infelizmente<br />
por muitos e bons anos. Porque<br />
é ao nível da contaminação<br />
dos solos e dos lençóis freáticos que<br />
eles estão. Escondidos dos olhos,<br />
mas ameaçadoramente presentes.<br />
A terminar, vale a pena salientar o<br />
facto do referido gestor vir <strong>de</strong>negrir,<br />
diminuir e minimizar os promotores<br />
do abaixo-assinado. É táctica<br />
que é sobejamente conhecida<br />
e que qualifica quem a usa.<br />
Ao soturno proprietário e ao diligente<br />
gestor caiem mal as vestes<br />
<strong>de</strong> falsas virgens. Os subscritores<br />
do abaixo-assinado e petição acreditam<br />
que o crime não compensa,<br />
por isso o assinaram. Por isso eu o<br />
assinei.<br />
Maria Fernanda Violante<br />
recebe é a título <strong>de</strong> compensação e há muitos<br />
cidadãos na nossa freguesia que têm<br />
que viver todos meses com um rendimento<br />
abaixo daquele valor. É em nome <strong>de</strong>ssas<br />
pessoas que o senhor tem <strong>de</strong> salvaguardar<br />
e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o interesse público da autarquia<br />
mediante boas e rigorosas práticas <strong>de</strong> gestão.<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da JFC não po<strong>de</strong> ser a cigarra<br />
canta<strong>de</strong>ira da fábula <strong>de</strong> La Fontaine mas<br />
antes a formiga diligente e empreen<strong>de</strong>dora,<br />
porque nem todos os cidadãos da Freguesia<br />
<strong>de</strong> Colmeias po<strong>de</strong>m comprar um jipe,<br />
tal como o senhor o fez, para andarem pelas<br />
estradas e caminhos da nossa freguesia tão<br />
necessitados <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> construção e<br />
reparação. ■<br />
M. Carlos Sousa<br />
Agodim - Colmeias
O sector da construção e obras<br />
públicas vive dias difíceis, <strong>de</strong>vido<br />
à falta <strong>de</strong> trabalho, às restrições no<br />
crédito e aos atrasos nos pagamentos<br />
por parte das câmaras. A<br />
situação tem impactos negativos<br />
noutras activida<strong>de</strong>s, como a venda<br />
<strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong> máquinas e<br />
equipamentos. Empresários e dirigentes<br />
não esperam melhorias a<br />
curto prazo e antevêem o encerramento<br />
<strong>de</strong> empresas e o <strong>de</strong>spedimento<br />
<strong>de</strong> pessoal.<br />
João Batista dos Santos garante<br />
que o cenário é <strong>de</strong> “dificulda<strong>de</strong>s”.<br />
No segmento das obras particulares<br />
“não se ven<strong>de</strong>”, porque os<br />
bancos não só “não emprestam<br />
dinheiro” como ainda fazem “avaliações<br />
péssimas”, o que significa<br />
que o potencial comprador precisa<br />
<strong>de</strong> ter algum capital próprio se<br />
quiser comprar.<br />
Nas obras públicas a situação<br />
está “uma <strong>de</strong>sgraça”, garante o<br />
empresário da Batalha. Por um lado,<br />
as empresas concorrem por preços<br />
que não são sustentáveis, o que significa<br />
que “as que não caem agora<br />
cairão mais à frente”. Por outro,<br />
“as câmaras não têm dinheiro para<br />
pagar”. Entre as poucas excepções<br />
a esta regra estão as autarquias da<br />
Batalha e <strong>de</strong> Pombal, aponta. O<br />
empresário diz não ter dúvidas que<br />
“mais empresas vão ficar pelo caminho”.<br />
Segundo a última análise <strong>de</strong> conjuntura<br />
feita pela Associação <strong>de</strong><br />
Empresas <strong>de</strong> Construção e Obras<br />
Públicas e Serviços (AECOPS), o<br />
número <strong>de</strong> obras públicas adjudicadas<br />
sofreu uma quebra <strong>de</strong> 46%<br />
no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano,<br />
face a igual período <strong>de</strong> 2009. E o<br />
valor das mesmas <strong>de</strong>sceu 60%.<br />
Foram adjudicados 665 projectos<br />
e o respectivo valor foi <strong>de</strong> 805,8<br />
milhões <strong>de</strong> euros.<br />
A análise semestral dá ainda<br />
conta que “só a abertura <strong>de</strong> novos<br />
concursos revela uma evolução<br />
favorável, o que, a médio prazo, se<br />
espera venha a impulsionar a produção<br />
do sector”. É que o lança-<br />
■Economia■<br />
Escassez <strong>de</strong> trabalho e restrições no crédito dificultam activida<strong>de</strong><br />
Empresas <strong>de</strong> construção e obras<br />
públicas com a corda na garganta<br />
“Há uma redução significativa da<br />
activida<strong>de</strong>, nomeadamente no segmento<br />
resi<strong>de</strong>ncial. Quanto às obras<br />
públicas, existem algumas, mas<br />
também há mais empresas disponíveis<br />
para as fazer, pelo que baixam<br />
os preços com que vão a concurso. Andamos a trabalhar<br />
com preços insustentáveis a médio prazo. Tem<br />
havido encerramentos <strong>de</strong> empresas e redução <strong>de</strong><br />
efectivos. As dificulda<strong>de</strong>s vão continuar, apesar <strong>de</strong><br />
haver algumas obras a concurso, porque a concorrência<br />
é gran<strong>de</strong>.”<br />
RICARDO GRAÇA<br />
mento <strong>de</strong> novas obras registou um<br />
acréscimo <strong>de</strong> 29,2% em número e<br />
<strong>de</strong> 64,2% em valor no primeiro<br />
semestre, representando um investimento<br />
superior a 2,3 mil milhões<br />
<strong>de</strong> euros.<br />
Mesmo assim, “os empresários<br />
do sector continuam a manifestar<br />
fortes preocupações quanto à evolução<br />
da activida<strong>de</strong> das suas empresas,<br />
a par <strong>de</strong> um acentuado pessimismo<br />
sobre a sua evolução futura”,<br />
garante a AECOPS. A avaliação<br />
“mais <strong>de</strong>sfavorável continua a ser<br />
dos empresários da região Centro,<br />
<strong>de</strong>vido, essencialmente, à forte quebra<br />
verificada na construção <strong>de</strong> edifícios<br />
resi<strong>de</strong>nciais”.<br />
SETE MESES<br />
PARA RECEBER<br />
A agravar “a redução muito forte<br />
da procura”, as empresas <strong>de</strong>frontam-se<br />
com “crescentes atrasos nos<br />
pagamentos que lhe são <strong>de</strong>vidos,<br />
o que torna a sua situação financeira<br />
cada vez mais difícil”, alerta<br />
a AECOPS, realçando que “os atrasos<br />
nos pagamentos continuam a<br />
ser um dos condicionantes à acti-<br />
| Discurso Directo|<br />
Paulo Gonçalves,<br />
presi<strong>de</strong>nte da ARICOP<br />
vida<strong>de</strong> mais assinalados pelos empresários”.<br />
O último inquérito da Fe<strong>de</strong>ração<br />
da Construção e Obras Públicas<br />
(Fepicop) confirma esta realida<strong>de</strong>.<br />
Em média, as câmaras estão<br />
a levar 208 dias (sete meses) para<br />
pagar, mais 14 dias do que há seis<br />
meses. “O agravamento <strong>de</strong> 14 dias<br />
po<strong>de</strong> parecer pouco. O problema é<br />
que são 14 dias que se somam a<br />
sete meses. O pior mesmo é que os<br />
prazos voltaram a alargar-se e,<br />
numa fase como esta, não po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar preocupados”,<br />
afirma Reis Campos. O montante<br />
total das dívidas das autarquias às<br />
empresas soma cerca <strong>de</strong> 830 milhões<br />
<strong>de</strong> euros, segundo aquela fe<strong>de</strong>ração.<br />
Reis Campos aponta perdas acumuladas<br />
no sector na or<strong>de</strong>m dos<br />
31% e 140 mil postos <strong>de</strong> trabalho<br />
sacrificados a nível nacional, <strong>de</strong> há<br />
oito anos para cá. O dirigente também<br />
fala nos impactos prejudiciais<br />
das restrições ao crédito bancário<br />
sobre as empresas do sector. Nos<br />
primeiros seis meses do ano os<br />
empréstimos concedidos caíram<br />
“A crise é gran<strong>de</strong>. Há poucas<br />
obras e muita concorrência. Todos<br />
os dias as empresas querem<br />
ganhar obras, para se aguentarem<br />
até haver melhorias. Por isso, os<br />
preços estão muito maus. Se continuar<br />
a não haver obras públicas terá <strong>de</strong> haver <strong>de</strong>spedimentos.<br />
Seria bom que o aeroporto e as outras<br />
gran<strong>de</strong>s obras avançassem. Na construção para venda,<br />
a insegurança e o medo levam as pessoas a não<br />
comprar e os construtores a não construir. Os bancos<br />
não conce<strong>de</strong>m crédito e fazem as avaliações das<br />
casas por valores muito abaixo dos reais.”<br />
Álvaro Jacinto, presi<strong>de</strong>nte da <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da AECOPS<br />
28%. “Foram menos 980 milhões<br />
<strong>de</strong> euros”, afirma.<br />
A operar no segmento das obras<br />
públicas rodoviárias, a JJR também<br />
sente os impactos da “dilatação<br />
dos prazos <strong>de</strong> pagamento por<br />
parte <strong>de</strong> algumas câmaras”, aponta<br />
Maria da Luz Rodrigues. A responsável<br />
frisa que isto obriga as<br />
empresas a recorrer ao crédito e<br />
aumenta alguns dos seus custos.<br />
Outro dos constrangimentos que<br />
refere é a concorrência acrescida,<br />
até por parte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas<br />
que antes não operavam no mesmo<br />
segmento. Além disso, as empresas<br />
com estruturas mais pequenas<br />
concorrem “a preços mais baixos”,<br />
com os quais nem sempre é possível<br />
competir. “Neste momento, o<br />
cliente importa-se muito com o factor<br />
preço”, diz.<br />
A redução das obras e a dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> planear a activida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>corrente da falta <strong>de</strong> planeamento<br />
do próprio Governo no que se<br />
refere a obras <strong>de</strong> menores dimensões,<br />
são outros dos constrangimentos<br />
que refere. ■<br />
Licenciamentos<br />
em queda<br />
Des<strong>de</strong> o ano passado que o<br />
licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />
está em queda, traduzindo-<br />
-se na existência <strong>de</strong> menos<br />
construção. Segundo os<br />
últimos dados do Instituto<br />
Nacional <strong>de</strong> Estatística, o<br />
licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />
caiu 21,5%. Se analisarmos<br />
apenas o número <strong>de</strong><br />
fogos licenciados, a queda é<br />
<strong>de</strong> 40,9%, “a maior registada<br />
em toda a década<br />
2000-2009”, aponta o<br />
INE. ■<br />
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244 542 403<br />
tecnico@abw.pt<br />
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Rua <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, nº 42, Fracção C .<br />
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24 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Mol<strong>de</strong>s<br />
em <strong>de</strong>staque<br />
Numa organização conjunta<br />
da Cefamol e do Centimfe, a<br />
Semana <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s 2010 vai<br />
realizar-se entre 20 e 24 <strong>de</strong><br />
Setembro, na Marinha Gran<strong>de</strong><br />
e em Oliveira <strong>de</strong> Azeméis.<br />
“Em resposta ao <strong>de</strong>safio da<br />
competitivida<strong>de</strong> imposto pelo<br />
contexto actual da economia<br />
global”, a iniciativa prevê a<br />
integração <strong>de</strong> seminários, conferências<br />
e workshops, “para<br />
a construção <strong>de</strong> um ambiente<br />
propício à inovação, à avaliação<br />
<strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> mercados<br />
e tecnologias, estabelecimento<br />
<strong>de</strong> contactos, lançamento<br />
<strong>de</strong> novos projectos e<br />
negócios e trabalho em re<strong>de</strong>”,<br />
informa a associação. No contexto<br />
<strong>de</strong>sta iniciativa, realizase<br />
no dia 24 a conferência Mol<strong>de</strong>s<br />
Portugal 2010; e nos dias<br />
20 e 21 <strong>de</strong>corre no Centimfe<br />
mais uma edição do RPD-Rapid<br />
Product Develpment, que será<br />
focada na apresentação e<br />
<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados<br />
da investigação, <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e aplicação industrial<br />
<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
rápido <strong>de</strong> produto, <strong>de</strong><br />
novas metodologias e <strong>de</strong> casos<br />
<strong>de</strong> estudo referentes a inovações<br />
nestes domínios, introduzidas<br />
recentemente no mercado.<br />
Também no dia 21, terá<br />
lugar o Brokerage Event, <strong>de</strong>dicado<br />
à apresentação <strong>de</strong> propostas<br />
e lançamento <strong>de</strong> novos<br />
projectos europeus orientados<br />
para a indústria.<br />
Pombal<br />
Semana<br />
gastronómica<br />
Começa amanhã e prolongase<br />
até dia 22 a Semana Gastronómica<br />
<strong>de</strong> Pombal, que propõe<br />
“uma viagem pelos sabores<br />
do concelho, que se esten<strong>de</strong> do<br />
mar à serra”. A iniciativa insere-se<br />
noutra mais ampla, <strong>de</strong>nominada<br />
Gastronomia em <strong>Leiria</strong>-Fátima,<br />
promovida pela ERT<br />
Turismo <strong>Leiria</strong>-Fátima, que já<br />
percorreu outros concelhos<br />
abrangidos por esta estrutura.<br />
Em Pombal são 11 os restaurantes<br />
a<strong>de</strong>rentes à iniciativa,<br />
que preten<strong>de</strong> divulgar e valorizar<br />
este sector <strong>de</strong> negócios e<br />
a riqueza gastronómica do concelho,<br />
bem como promover o<br />
seus “mais nobres produtos<br />
regionais”, entre os quais o queijo,<br />
o mel, o azeite e o cabrito,<br />
entre outros. ■<br />
DR<br />
El Mundo distingue Renova<br />
Há muito que o papel higiénico Renova ultrapassou as fronteiras portuguesas. Recentemente, acabou<br />
mesmo por chegar à revista do diário espanhol El Mundo, num artigo intitulado O melhor papel<br />
higiénico do mundo é português. Segundo a Briefing, o artigo salientou a capacida<strong>de</strong> da Renova em<br />
introduzir <strong>de</strong>sign num produto indiferenciado. O presi<strong>de</strong>nte da marca, Paulo Pereira da Silva (na foto),<br />
revelou on<strong>de</strong> se inspirou para lançar o papel higiénico preto (foi num espectáculo do Cirque du Soleil)<br />
e explicou a estratégia que permitiu fazer pagar 7,51 euros por três rolos vendidos numa caixa cilíndrica<br />
metálica. Se<strong>de</strong>ada em Torres Novas, a Renova tem 650 trabalhadores, ven<strong>de</strong> em 57 países e factura<br />
mais <strong>de</strong> 130 milhões <strong>de</strong> euros por ano. ■<br />
Azzaro na<br />
La Redoute<br />
A oferta da La Redoute para a estação Outono/Inverno<br />
(o catálogo acaba <strong>de</strong> ser lançado) conta<br />
com criações da marca Azzaro. A colecção <strong>de</strong><br />
pronto-a-vestir inclui vestidos, um fato <strong>de</strong> três<br />
peças, camisolas com renda e ainda um vestido<br />
para menina, entre outras peças. Foi <strong>de</strong>senhada<br />
por Vanessa Seward, directora artística da marca<br />
francesa. Há décadas que os catálogo da La Redoute<br />
contam com um convidado da estação (Jean-<br />
Paul Gaultier, Yves Saint-Laurent e Paco Rabanne<br />
foram alguns <strong>de</strong>les), cujo objectivo é apresentar<br />
uma linha que se inscreva na filosofia da marca:<br />
“selectiva mas não elitista, e diferenciadora em termos<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, estilo e matérias”. A La Redoute<br />
está presente em Portugal há 20 anos (a se<strong>de</strong> é<br />
<strong>Leiria</strong>), ocupando uma “sólida posição <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
mercado na venda à distância”, informa a empresa<br />
em nota à imprensa. ■<br />
Coca-Cola com<br />
garrafas exclusivas<br />
O estilista Karl Lagerfeld foi o último convidado<br />
da Coca-Cola para a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar garrafas<br />
exclusivas para a versão light da bebida. Lagerfeld<br />
concebeu uma garrafa <strong>de</strong> alumínio branca, com a sua silhueta a preto e a<br />
sua assinatura (na foto), revela a revista Sábado. A sua obra junta-se às garrafas<br />
já antes <strong>de</strong>senhadas por outros estilistas <strong>de</strong> sucesso: Patricia Field criou uma<br />
garrafa Betty Feia e outra alusiva ao Sexo e a Cida<strong>de</strong>, séries das quais é responsável<br />
<strong>de</strong> guarda-roupa. Também Roberto Cavalli e Manolo Blahnik já conceberam<br />
garrafas para a Coca-Cola. ■<br />
DR<br />
DR<br />
MoMA<br />
ven<strong>de</strong><br />
produtos<br />
portugueses<br />
As lojas do Museu <strong>de</strong> Arte<br />
Mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> Nova Iorque (MoMA)<br />
vão passar a ven<strong>de</strong>r produtos<br />
portugueses. A iniciativa surge<br />
na sequência do sucesso da mostra<br />
Destination: Portugal, patente<br />
naquele espaço durante mais<br />
<strong>de</strong> dois meses e que expôs cerca<br />
<strong>de</strong> 100 peças <strong>de</strong> <strong>de</strong>signers<br />
portugueses, que <strong>de</strong>ram nova<br />
vida a materiais tradicionais ou<br />
revisitaram as artes e ofícios <strong>de</strong><br />
gerações passadas. Os produtos<br />
que integraram a mostra surpreen<strong>de</strong>ram<br />
os visitantes, como<br />
foi o caso da cortiça usada no<br />
fabrico <strong>de</strong> malas ou guardachuvas.<br />
“A colecção tinha gran<strong>de</strong><br />
impacto visual, incluindo<br />
materiais e métodos <strong>de</strong> produção<br />
interessantes, estava a bom<br />
preço e mostrou-se popular entre<br />
todo o nosso público, incluindo<br />
clientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, visitantes<br />
do MoMA e comunicação social”,<br />
explicou à Lusa a responsável<br />
<strong>de</strong> merchandising da MoMA<br />
Design Store, Lauren Solotoff.<br />
Por isso, no catálogo <strong>de</strong> Outono<br />
do MoMA serão incluídos<br />
nove produtos portugueses, como<br />
o banco Handle Stool, do <strong>de</strong>signer<br />
Fernando Brizio para a Tema-<br />
Home, um pilão <strong>de</strong> barro para<br />
ervas, além do Whistler, talheres<br />
Goa e peças Bordalo Pinheiro.<br />
“Nunca num evento <strong>de</strong>ste<br />
tipo – já foram realizados sete<br />
- aconteceu o sucesso <strong>de</strong> Portugal.<br />
Antes da acção <strong>de</strong> promoção<br />
não havia nenhum produto<br />
português. Agora vão ficar<br />
mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z produtos no portfolio<br />
permanente e cinco terão<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na revista da<br />
rentrée, que chegará a 2.500<br />
milhões <strong>de</strong> assinantes das activida<strong>de</strong>s<br />
do MoMA”, revelou o<br />
<strong>de</strong>legado do AICEP na América<br />
do Norte, Rui Boavista Marques.■<br />
Apple é a marca<br />
mais valiosa<br />
Segundo a Forbes, a Apple tem a marca mais<br />
valiosa do mundo. A lista, feita pela revista, tem a<br />
empresa <strong>de</strong> tecnologia no top das marcas <strong>de</strong>vido<br />
ao seu valor <strong>de</strong> mercado, avaliado em cerca <strong>de</strong> 43,93<br />
mil milhões <strong>de</strong> euros, revela a Briefing. A Microsoft<br />
está na segunda posição, com sua marca avaliada<br />
em 43,30 mil milhões <strong>de</strong> euros. Em terceiro<br />
lugar surge a Coca-Cola, com o valor <strong>de</strong> marca em<br />
42,4 mil milhões <strong>de</strong> euros. Ao todo foram listadas<br />
50 empresas no ranking, que teve 30% <strong>de</strong> participação<br />
das empresas <strong>de</strong> tecnologia. Das cinco marcas<br />
mais valiosas, apenas a Coca-Cola não é <strong>de</strong>sse<br />
sector. A IBM, cuja marca vale 32,9 mil milhões, e<br />
a Google (30,3 mil milhões) completam a quarta e<br />
a quinta colocação, respectivamente. As outras posições<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque ficaram com a McDonald´s (27,4<br />
mil milhões <strong>de</strong> euros), a General Electric (25,7 mil<br />
milhões <strong>de</strong> euros), a Marlboro (22,2 mil milhões <strong>de</strong><br />
euros), a Intel (21,8 milhões <strong>de</strong> euros) e a Nokia<br />
(20,9 milhões <strong>de</strong> euros). ■
Estratégia visa resolver passivo <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> euros<br />
A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal<br />
faz parceria com Vidigal Wines<br />
Para vencer as dificulda<strong>de</strong>s<br />
financeiras em que se encontra,<br />
a A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal<br />
(ACP) está a ultimar uma parceria<br />
com a Vidigal Wines, caves<br />
<strong>de</strong> Cortes, em <strong>Leiria</strong>.<br />
De acordo com o presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> direcção da ACP, Rui Benzinho<br />
Santos, a instituição tem<br />
vindo a <strong>de</strong>parar-se com dificulda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> vendas e <strong>de</strong> tesouraria,<br />
que se traduzem actualmente<br />
num passivo <strong>de</strong> um milhão e 100<br />
mil euros.<br />
Estes problemas, explica,<br />
<strong>de</strong>vem-se ao facto <strong>de</strong>sta a<strong>de</strong>ga<br />
ter sido um projecto “sobredimensionado”,<br />
um investimento<br />
“exagerado”, on<strong>de</strong> foram assumidas<br />
“responsabilida<strong>de</strong>s muito<br />
acima das possibilida<strong>de</strong>s”. A<br />
A Associação Empresarial da<br />
Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> promove no dia<br />
3 <strong>de</strong> Setembro, pelas 17:30 horas,<br />
uma sessão <strong>de</strong> divulgação sobre<br />
o Sistema <strong>de</strong> Incentivos à Qualificação<br />
e Internacionalização<br />
<strong>de</strong> PME-Diversificação e Eficiência<br />
Energética, do Quadro <strong>de</strong><br />
Referência Estratégico Nacional,<br />
cujo prazo <strong>de</strong> candidatura <strong>de</strong>corre<br />
até 15 <strong>de</strong> Outubro.<br />
O objectivo é esclarecer os<br />
empresários sobre este incentivo<br />
e apoiá-los em eventuais candidaturas.<br />
Para tal, a Nerlei conta<br />
com o apoio <strong>de</strong> várias empresas<br />
e entida<strong>de</strong>s especializadas, como<br />
a Agência para a Energia, a Agência<br />
Regional <strong>de</strong> Energia da Alta<br />
Estremadura, a Ecochoice (que<br />
faz as auditorias energéticas exigidas<br />
em candidatura) e a Macolis,<br />
empresa “com vasta experiência<br />
na comercialização e<br />
instalação dos equipamentos elegíveis”.<br />
este facto somou-se “a crise que<br />
o País e o sector atravessam”.<br />
Para solucionar o problema,<br />
a ACP e a Vidigal Wines teceram<br />
uma parceria, que está “praticamente<br />
concluída”. A Vidigal<br />
Wines vai explorar cinco vindimas<br />
e a a<strong>de</strong>ga ce<strong>de</strong> instalações<br />
para vinificação e engarrafamento,<br />
mantendo marcas e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />
Desta forma, esclarece<br />
Rui Benzinho Santos, “a a<strong>de</strong>ga<br />
garante o know-how, a exigência<br />
e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma empresa<br />
<strong>de</strong> referência no mundo dos<br />
vinhos”. Garante ainda “a continuida<strong>de</strong><br />
da vitivinicultura na<br />
região” e, “pela primeira vez, os<br />
sócios receberão o pagamento<br />
das suas uvas no dia da entrega”.<br />
Por outro lado, nota, “a Vidi-<br />
Sessão <strong>de</strong> esclarecimento em <strong>Leiria</strong><br />
Segundo explica a associação<br />
no seu site, este aviso <strong>de</strong> candidatura<br />
enquadra-se na Estratégia<br />
Nacional para a Energia<br />
2020 que, sob a <strong>de</strong>nominação<br />
Novas Energias e a marca<br />
Re.New.Able, prevê um conjunto<br />
<strong>de</strong> eixos estratégicos nos quais<br />
se inclui a eficiência energética.<br />
gal Wines ganha a produção <strong>de</strong><br />
excelentes vinhos brancos e rosés,<br />
que juntará aos seus outros vinhos<br />
<strong>de</strong> muita qualida<strong>de</strong>”, assim como<br />
a “canais <strong>de</strong> escoamento fantásticos<br />
construídos ao longo<br />
dos anos”.<br />
Para o director da Vidigal<br />
Wines, António Lopes, trata-se<br />
<strong>de</strong> alargar a estratégia <strong>de</strong> parcerias<br />
que a instituição já começou<br />
no Douro e na região <strong>de</strong> Lisboa,<br />
e uma forma <strong>de</strong> obter “massa<br />
crítica <strong>de</strong> vinhos brancos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”<br />
<strong>de</strong> Pombal.<br />
PROJECTO DE<br />
URBANIZAÇÃO NO<br />
TERRENO DA ADEGA<br />
Paralelamente, a cooperativa<br />
tem mantido reuniões com o<br />
Po<strong>de</strong>m ser apoiados projectos<br />
que incluam investimentos<br />
na instalação <strong>de</strong> sistemas solares<br />
térmicos para aquecimento<br />
<strong>de</strong> águas sanitárias ou climatização,<br />
bem como investimentos<br />
relacionados com a envolvente<br />
passiva (instalação <strong>de</strong> isolamentos<br />
térmicos ou a correcção <strong>de</strong><br />
| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />
município <strong>de</strong> Pombal com vista<br />
à obtenção <strong>de</strong> licenciamento<br />
para urbanização <strong>de</strong> 4.678 metros<br />
quadrados <strong>de</strong> implantação no<br />
terreno da a<strong>de</strong>ga, correspon<strong>de</strong>nte<br />
a uma área bruta <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> 9356 metros quadrados.<br />
Rui Benzinho Santos afirma<br />
que este projecto já se encontra<br />
em fase <strong>de</strong> conclusão, e que a<br />
a<strong>de</strong>ga e a autarquia estão a estudar,<br />
em conjunto, a melhor aplicação<br />
para o mesmo. “A nossa<br />
localização é óptima e queremos<br />
maximizar, respeitando e contribuindo<br />
para o um urbanismo<br />
equilibrado”, nota o presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> direcção, para quem este plano<br />
será “uma gran<strong>de</strong> ajuda” para<br />
diminuir o passivo da a<strong>de</strong>ga. ■<br />
Daniela Franco Sousa<br />
Nerlei divulga apoios para eficiência energética<br />
O Ministério da Agricultura e<br />
Pescas acaba <strong>de</strong> alterar o regulamento<br />
da pesca por arte <strong>de</strong> emalhar,<br />
uma medida que vem beneficiar<br />
alguns pescadores da região<br />
que, nos últimos anos, eram forçados<br />
a trabalhar fora da lei. A<br />
Portaria nº 594/2010, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />
Julho, alarga até à Capitania da<br />
Nazaré, inclusive, a área em que<br />
a chamada pesca da arte <strong>de</strong> majoeira<br />
po<strong>de</strong> ser praticada, enquanto<br />
até aqui apenas era permitida até<br />
à zona do Pedrogão (<strong>Leiria</strong>).<br />
RICARDO GRAÇA<br />
A partir <strong>de</strong> agora, os pescadores<br />
da Nazaré, São Martinho do<br />
Porto, São Pedro <strong>de</strong> Moel e Pare<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Vitória passam a po<strong>de</strong>r exercer<br />
a sua activida<strong>de</strong> legalmente,<br />
po<strong>de</strong>ndo solicitar as respectivas<br />
licenças, e “sem estarem preocupados<br />
pela presença das autorida<strong>de</strong>s<br />
marítimas”, salienta o vereador<br />
das Pescas da Câmara da Nazaré,<br />
António Trinda<strong>de</strong>, que fala <strong>de</strong> “uma<br />
boa notícia para o sector”, embora<br />
lamente que no concelho as<br />
artes abrangidas por esta portaria<br />
“não tenham expressão”.<br />
O autarca reconhece que “havia<br />
pescadores que colocavam majoeiras”,<br />
contornando a lei, para garantir<br />
a subsistência. E esse foi, aliás,<br />
um dos argumentos utilizados pelo<br />
Governo para alterar a legislação,<br />
dado que “as situações sociais que<br />
se pretendia acautelar, relacionadas<br />
com a presença <strong>de</strong> pescadores<br />
reformados <strong>de</strong> baixos rendimentos<br />
nessas comunida<strong>de</strong>s locais,<br />
que exerciam este tipo <strong>de</strong> pesca<br />
como complemento ao seu rendi-<br />
factores solares em vãos envidraçados).<br />
Para concorrer ao apoio, as<br />
empresas <strong>de</strong>vem comprovar o<br />
seu estatuto <strong>de</strong> PME, efectuar<br />
uma auditoria para levantamento<br />
<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s energéticas, um<br />
plano <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong>talhado<br />
e uma certificação final<br />
aos edifícios objecto das medidas<br />
<strong>de</strong> melhoria, que ateste o<br />
nível <strong>de</strong> eficiência atingido com<br />
o investimento.<br />
Com um limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa elegível<br />
entre 10 mil e 500 mil euros,<br />
os projectos candidatos <strong>de</strong>vem<br />
ter em vista a promoção da competitivida<strong>de</strong><br />
da empresa, através<br />
do aumento da produtivida<strong>de</strong>,<br />
da flexibilida<strong>de</strong> e da capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> resposta e presença activa no<br />
mercado global, por via da utilização<br />
do factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />
eficiência energética, frisa<br />
a associação. ■<br />
Activida<strong>de</strong> dos pescadores regularizada<br />
Pesca por arte <strong>de</strong> emalhar com novo regulamento<br />
mento, não ficaram efectivamente<br />
garantidas” na lei anterior.<br />
Apesar <strong>de</strong> “legalizar” a arte <strong>de</strong><br />
emalhar, o Ministério alerta que,<br />
“tendo em vista o aumento do<br />
número <strong>de</strong> licenças a conce<strong>de</strong>r,<br />
<strong>de</strong>ve ser reduzido, em contrapartida,<br />
o número individual <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />
que cada pescador esteja autorizado<br />
a utilizar”. O uso das re<strong>de</strong>s<br />
apenas é permitido entre 1 <strong>de</strong> Outubro<br />
e 30 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> cada ano, com<br />
excepção dos sábados, domingos<br />
e feriados. ■ Joaquim Paulo<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 25<br />
| Em Carteira |<br />
Por Márcio Lopes<br />
A primeira semana bolsista <strong>de</strong><br />
Agosto apresentou-se fraca na<br />
Europa e nos EUA. Em Portugal,<br />
nas sessões <strong>de</strong> 2 a 6/8, o<br />
PSI20 <strong>de</strong>svalorizou 1,3%. Em<br />
Espanha, o IBEX35 per<strong>de</strong>u 184<br />
pontos. Nos EUA, o Dow Jones<br />
e o Nasdaq estiveram a <strong>de</strong>svalorizar<br />
cerca <strong>de</strong> 0,2%.<br />
Na praça portuguesa, a notícia<br />
da semana foi a constituição <strong>de</strong><br />
uma holding (BES África), apadrinhada<br />
pelo presi<strong>de</strong>nte Lula,<br />
entre o BES, o Bra<strong>de</strong>sco e o Banco<br />
do Brasil com o objectivo <strong>de</strong><br />
expansão no mercado africano.<br />
Trata-se da concretização da<br />
estratégia <strong>de</strong> internacionalização<br />
do BES assente no triângulo<br />
geográfico Portugal, África e<br />
Brasil. Nas três primeiras sessões<br />
<strong>de</strong>sta semana, os títulos do<br />
BES subiram próximo <strong>de</strong> 1%.<br />
No âmbito dos três principais<br />
bancos portugueses, o BCP tem<br />
vindo a acumular as maiores<br />
perdas, com uma <strong>de</strong>svalorização<br />
<strong>de</strong> 1,5% <strong>de</strong> 2 a 10/8. No<br />
caso da PT, e no rescaldo do<br />
meganegócio com a Telefónica,<br />
as acções mantiveram uma<br />
tendência ligeira <strong>de</strong> subida (0,4%).<br />
Os títulos que ainda têm beneficiado<br />
da forte opinião do mercado<br />
no que diz respeito aos<br />
investimentos feitos na Polónia<br />
e pelos resultados alcançados<br />
no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010<br />
são o da Jerónimo Martins. O<br />
ticker JMT da empresa capitalizou<br />
4,2% nas últimas sete sessões.<br />
Títulos sólidos como a EDP<br />
<strong>de</strong>scapitalizaram cerca <strong>de</strong> 2%<br />
entre os dias 2 e 10/8, em contraponto<br />
com a Mota-Engil que<br />
valorizou 2,8%.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista macroeconómico,<br />
salienta-se o problema<br />
do financiamento externo da<br />
economia portuguesa. De acordo<br />
com os dados mais recentes<br />
do Banco <strong>de</strong> Portugal, pela primeira<br />
vez, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996, os estrangeiros<br />
recusaram-se a comprar<br />
obrigações do Estado. De Janeiro<br />
a Maio <strong>de</strong>ste ano o saldo entre<br />
a compra <strong>de</strong> obrigações e o resgate<br />
por parte dos estrangeiros<br />
ficou negativo em cinco mil<br />
milhões <strong>de</strong> euros. Os dados revelam<br />
uma <strong>de</strong>sconfiança tensa por<br />
parte dos mercados, e que po<strong>de</strong><br />
produzir efeitos negativos nos<br />
mercados <strong>de</strong> capitais. ■<br />
PSI20 - VARIAÇÕES<br />
EMPRESA PREÇO (€) VARIAÇÃO%<br />
Altri 3,837 -1.03<br />
BCP 0,666 -1.33<br />
BPI 1,725 -0.86<br />
BES 3,665 -2.40<br />
Brisa 5,078 -0.99<br />
Cimpor 4,598 -1.12<br />
EDP Energias 2,502 -0.40<br />
EDP Renováveis 4,701 -0.25<br />
Galp Energia 12,18 -0.00<br />
Jerónimo Martins 8,843 -1.20<br />
Mota Engil 2,233 -1.72<br />
Portucel 2,215 +0.27<br />
PT Telecom 8,603 +0.27<br />
REN 2,642 +0.08<br />
Semapa 7,80 0.00<br />
Sonae Indústria 2,396 -0.13<br />
Sonae 0.821 -1.08<br />
Sonaecom 1,504 -0.92<br />
Teixeira Duarte 0,91 -1.0<br />
Zon Multimedia 3,277 -0.09<br />
Fonte: PSI20.net, em 11/8/2010
DR<br />
26 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
O grupo Tromba Rija, se<strong>de</strong>ado<br />
em <strong>Leiria</strong>, está a preparar a<br />
internacionalização e tem na mira<br />
os mercados chinês e brasileiro.<br />
| ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Investimento <strong>de</strong> 1.2 milhões <strong>de</strong> euros em turismo rural<br />
Porto <strong>de</strong> Mós ganha<br />
hotel <strong>de</strong> quatro estrelas<br />
Com um investimento total a<br />
rondar 1.2 milhões <strong>de</strong> euros, o Cooking<br />
& Nature, um hotel rural <strong>de</strong><br />
quatro estrelas que irá nascer em<br />
Alvados, Porto <strong>de</strong> Mós, <strong>de</strong>verá abrir<br />
portas no final <strong>de</strong> 2011. O empreendimento<br />
contará com o apoio do<br />
Fundo Europeu <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Regional (FEDER), tendo o<br />
contrato <strong>de</strong> financiamento sido<br />
assinado recentemente.<br />
Rui Anastácio, um dos sócios<br />
da empresa promotora (Letras e<br />
Borboletas Ecoturismo), explica que<br />
se trata <strong>de</strong> “uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> charme”<br />
com 12 quatros, apostada<br />
sobretudo na “diferenciação e na<br />
inovação”. O empresário <strong>de</strong>staca o<br />
“conceito <strong>de</strong> cooking”, que diz ser<br />
“único no País” e que permite aos<br />
hóspe<strong>de</strong>s confeccionar as suas próprias<br />
refeições, com a ajuda <strong>de</strong> um<br />
China e Brasil estão na mira do grupo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Restaurante Tromba Rija apostado na internacionalização<br />
Vigiar as florestas, limpar as<br />
cida<strong>de</strong>s ou apoiar pessoas com<br />
<strong>de</strong>ficiência são algumas das activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> voluntariado crescentemente<br />
<strong>de</strong>senvolvidas pelos<br />
jovens em tempo <strong>de</strong> férias. É<br />
uma tendência animadora. Mas,<br />
o voluntariado não é apenas um<br />
fenómeno sazonal, assumindo<br />
uma importância significativa<br />
em termos económicos, sociais<br />
e culturais.<br />
chefe e <strong>de</strong> um auxiliar <strong>de</strong> cozinha.<br />
O promotor adianta ainda que<br />
cada quarto terá uma temática<br />
associada a obras literárias, livros<br />
esses que estarão disponíveis na<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento em diferentes<br />
línguas. O hotel disponibilizará<br />
também uma pequena sauna<br />
e banhos árabes, com os<br />
hóspe<strong>de</strong>s a po<strong>de</strong>rem alternar entre<br />
três pequenas piscinas com diferentes<br />
temperaturas.<br />
A erguer em pleno Parque Natural<br />
das Serras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros<br />
(PNSAC), o Cooking & Nature<br />
distingue-se ainda pela sua preocupação<br />
ambiental, nomeadamente<br />
através da micro-produção <strong>de</strong> energia,<br />
do encaminhamento dos resíduos<br />
orgânicos para explorações<br />
agrícolas da al<strong>de</strong>ia ou do aproveitamento<br />
das águas das chuvas para<br />
De acordo com o co-proprietário,<br />
Fernando Real, o grupo está<br />
em negociações para abrir, em<br />
regime <strong>de</strong> franchinsing, um res-<br />
| Opinião|<br />
Promover o Voluntariado<br />
O estudo “Volunteering in the<br />
UE” <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010, encomendado<br />
pela Direcção-Geral da<br />
Educação e Cultura da CE, estima<br />
que 22 a 23% dos europeus<br />
estejam envolvidos em activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> voluntariado. O panorama<br />
diverge entre os Estados-<br />
Membros. Áustria, Holanda, Suécia<br />
e Reino Unido (mais <strong>de</strong> 40%) e<br />
Dinamarca, Finlândia e Alemanha<br />
(30 a 39%) estão entre os<br />
rega. Os promotores comprometem-se<br />
ainda a apoiar, com pelo<br />
menos 5% dos resultados líquidos<br />
do empreendimento, projectos <strong>de</strong><br />
conservação da natureza <strong>de</strong>senvolvidos<br />
por Organizações Não-<br />
Governamentais (ONG) na área do<br />
PNSAC.<br />
O novo hotel será construído<br />
próximo da Casa dos Matos, unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> turismo rural dos mesmos<br />
proprietários do Cooking &<br />
Nature. Rui Anastácio justifica a<br />
localização com a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aproveitar as sinergias geradas<br />
entre as duas unida<strong>de</strong>s e com “o<br />
empenho e gran<strong>de</strong> incentivo dado<br />
pela Câmara <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós” para<br />
que o investimento fosse feito no<br />
concelho. ■<br />
Maria Anabela Silva<br />
taurante Tromba Rija no Brasil<br />
e um restaurante Frango da Guia<br />
na China.<br />
Os primeiros passos no mercado<br />
externo acontecem quando<br />
o mercado nacional está “complicado”.<br />
Se “a crise não <strong>de</strong>ixa os<br />
empresários evoluir”, há que olhar<br />
para “locais on<strong>de</strong> existe po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> compra”, justifica Fernando<br />
Real.<br />
Em Portugal, encontram-se<br />
em funcionamento os restaurantes<br />
Tromba Rija nos Marrazes,<br />
proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fernando<br />
Real; em Lisboa, resultado <strong>de</strong><br />
uma parceria com outro investidor;<br />
e em Albufeira, em regime<br />
<strong>de</strong> franchising. O Tromba Rija<br />
<strong>de</strong> Gaia encerrou para dar lugar<br />
ao franchising <strong>de</strong> Matosinhos,<br />
que <strong>de</strong>verá iniciar a activida<strong>de</strong><br />
países que mais tempo <strong>de</strong>dicam<br />
ao trabalho voluntário, sendo que<br />
os últimos lugares do ranking<br />
são ocupados pela Bélgica, República<br />
Checa, Irlanda, Espanha,<br />
Portugal, Polónia, Roménia (10<br />
a 19%) e Grécia, Itália, Lituânia<br />
e Bulgária (menos <strong>de</strong> 10%).<br />
Os dados disponíveis para<br />
Portugal apontam para que cerca<br />
<strong>de</strong> 12% da população esteja<br />
envolvida em trabalho <strong>de</strong> voluntariado,<br />
contribuindo para 0,66%<br />
do PIB (2002). A trajectória histórica<br />
explica as estatísticas. O<br />
fraco peso da socieda<strong>de</strong> civil e<br />
a inexistência <strong>de</strong> uma cultura<br />
cívica que privilegie os valores<br />
<strong>de</strong> cidadania, participação pública<br />
e responsabilida<strong>de</strong> social,<br />
uma herança do Estado Novo,<br />
DR<br />
Rui Anastácio (promotor) assinou recentemente o contrato <strong>de</strong> apoio<br />
no final <strong>de</strong> Setembro, empregando<br />
“pelo menos 12 colaboradores”.<br />
O empresário encontra-se também<br />
“em negociações” para inau-<br />
situam-se entre os principais<br />
factores que justificam a fraca<br />
apetência para as activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> voluntariado. Acresce a percepção<br />
negativa associada à tradicional<br />
i<strong>de</strong>ntificação do voluntariado<br />
com a carida<strong>de</strong>, a<br />
gratidão, o sacrifício e a religião.<br />
No entanto, a tendência é <strong>de</strong><br />
crescimento. Por um lado, as<br />
motivações dos voluntários já<br />
não estão meramente associadas<br />
ao espírito <strong>de</strong> altruísmo, ao<br />
sentimento <strong>de</strong> pertença ou ao<br />
reconhecimento pessoal, incluindo<br />
oportunida<strong>de</strong>s para aprendizagem<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
pessoal e profissional. Por outro,<br />
o trabalho voluntário <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />
se circunscrever à cooperação<br />
gurar restaurantes franchisados<br />
Tromba Rija em Aveiro e Braga.<br />
Em todos os locais a tónica recai<br />
sobre a gastronomia portuguesa.<br />
■<br />
Frango da Guia encerra no Porto<br />
O restaurante franchisado Frango da Guia, marca <strong>de</strong>tida pelo Grupo<br />
Tromba Rija, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> funcionar na Galeria Comercial Campus <strong>de</strong> S.<br />
João, no Porto. Segundo uma das ex-funcionárias daquele espaço, Fernando<br />
Real tinha vários pagamentos <strong>de</strong> rendas em atraso, pelo que a<br />
administração da Galeria Comercial não quis renovar o contrato com o<br />
restaurante. A antiga colaboradora afirma que o contrato entre o centro<br />
comercial e o restaurante terminou dia 31 <strong>de</strong> Março, mas, até à data,<br />
nenhum dos 11 trabalhadores foi in<strong>de</strong>mnizado. Fernando Real confirma<br />
que esses direitos ainda não foram pagos, mas frisa que o restaurante só<br />
não teve continuida<strong>de</strong> porque a administração da galeria não quis. Nota<br />
ainda que todos os funcionários saíram com vencimentos em dia e carta<br />
para apresentar no centro <strong>de</strong> emprego. ■<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento, à acção<br />
social, à saú<strong>de</strong> ou à educação,<br />
mas esten<strong>de</strong>-se a áreas como a<br />
ciência, a cultura, o <strong>de</strong>sporto,<br />
o ambiente ou o património.<br />
Neste contexto, e por forma<br />
a aumentar o reconhecimento<br />
das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntariado,<br />
a UE vem <strong>de</strong>signar 2011<br />
como o Ano Europeu do Voluntariado.<br />
Apelando a uma articulação<br />
entre as instituições<br />
europeias, os Estados, as organizações<br />
<strong>de</strong> voluntariado, as<br />
empresas, os voluntários e a<br />
socieda<strong>de</strong>. Todos po<strong>de</strong>mos contribuir.<br />
■<br />
Catarina Selada,<br />
economista
RICARDO GRAÇA<br />
Associação <strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação acusa<br />
Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que a<br />
especulação tem contribuído<br />
mais para o aumento do preço<br />
do pão do que o recente embargo<br />
<strong>de</strong> cereais <strong>de</strong>cretado pelo<br />
governo russo, o presi<strong>de</strong>nte da<br />
Associação do Comércio e da<br />
Indústria <strong>de</strong> Panificação e Pastelaria<br />
(ACIP), Carlos Alberto<br />
Santos, admitiu ao JORNAL DE<br />
LEIRIA que os aumentos da<br />
matéria-<strong>prima</strong> já são uma realida<strong>de</strong>,<br />
e que a farinha po<strong>de</strong>rá<br />
mesmo encarecer cerca <strong>de</strong> 50%<br />
até ao final do mês.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da ACIP não<br />
sabe ao certo que efeito terá o<br />
aumento do preço da farinha<br />
na carteira do consumidor final,<br />
já que a actualização <strong>de</strong> preços<br />
do pão “<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada empresa”.<br />
O facto é que a matéria<strong>prima</strong><br />
já aumentou 30% nas<br />
últimas duas semanas e po<strong>de</strong><br />
encarecer mais 20% ainda este<br />
mês.<br />
Para “corrigir” o mercado, o<br />
Governo <strong>de</strong>veria interce<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
forma a possibilitar mais importações<br />
<strong>de</strong> cereais a partir <strong>de</strong> países<br />
como Estados Unidos ou Canadá,<br />
sugere o presi<strong>de</strong>nte da<br />
associação.<br />
O valor médio do pão ronda<br />
actualmente os 12 e os 17 cêntimos<br />
(40 a 45 gramas) e, no iní-<br />
cio <strong>de</strong>ste mês, o trigo atingiu o<br />
valor mais alto em 23 meses,<br />
quando a Rússia, o terceiro maior<br />
produtor do mundo, <strong>de</strong>cretou a<br />
proibição das exportações <strong>de</strong>pois<br />
da pior seca do país nos últimos<br />
50 anos.<br />
A situação, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Carlos<br />
Alberto Santos, está a ser “aproveitada<br />
por alguns empresários”.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte da ACIP, há<br />
gran<strong>de</strong>s superfícies que dizem<br />
não aumentar o preço do pão,<br />
mas que optam por reduzir o seu<br />
peso. “A situação não é ética, mas<br />
é legal”, lamenta o responsável,<br />
para quem o Governo <strong>de</strong>veria<br />
regular melhor o sector.<br />
| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />
Gran<strong>de</strong>s superfícies mantêm<br />
preço mas cortam no peso no pão<br />
Trabalhadores dos CTT contestam alteração <strong>de</strong> horários<br />
Greve <strong>de</strong> carteiros<br />
em Caldas da Rainha e Óbidos<br />
Os trabalhadores dos CTT<br />
dos concelhos <strong>de</strong> Caldas da<br />
Rainha e <strong>de</strong> Óbidos farão greve<br />
parcial até dia 20, em protesto<br />
contra as alterações nos<br />
horários que os gestores dos<br />
Correios querem aplicar.<br />
Em comunicado, o Sindicato<br />
Nacional dos Trabalhadores<br />
dos Correios e Telecomunicações<br />
(SNTCT)<br />
informa que, com as mudanças<br />
que os gestores dos CTT<br />
querem fazer nos horários,<br />
os carteiros <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> começar<br />
o serviço às 6:30 horas,<br />
passando a entrar mais tar<strong>de</strong>,<br />
alguns às 10 horas. Assim,<br />
acreditam, só começarão a<br />
distribuição do correio cerca<br />
das 11:30 ou 12 horas e<br />
só chegarão às lojas pela hora<br />
do almoço, quando estas já<br />
se encontram encerradas.<br />
Esta alteração <strong>de</strong> horários<br />
também significa uma redução<br />
<strong>de</strong> 720 euros por ano no<br />
vencimento <strong>de</strong> cada funcionário,<br />
subsídio que lhes é<br />
atribuído por iniciarem a activida<strong>de</strong><br />
durante a madrugada,<br />
explica Dina Serrenho,<br />
dirigente nacional do SNTCT.<br />
Dina Serrenho sublinha<br />
que as tentativas <strong>de</strong> alterações<br />
<strong>de</strong> horários têm suscitado<br />
protestos dos colaboradores<br />
a nível nacional. No<br />
caso <strong>de</strong> Caldas da Rainha e<br />
Óbidos, os protestos começaram<br />
dia 5, com greves gerais<br />
nos dias 6 e 9, e greves parciais<br />
que têm <strong>de</strong>corrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
terça-feira, dia 10, e se<br />
prolongarão até dia 20 <strong>de</strong>ste<br />
mês.<br />
As alterações irão afectar<br />
53 trabalhadores dos CTT dos<br />
dois concelhos, assim como<br />
as empresas e particulares <strong>de</strong><br />
todas as freguesias, sublinha<br />
a sindicalista.<br />
PARTICIPAÇÃO<br />
À ACT<br />
Na passada segunda-feira,<br />
os carteiros do centro <strong>de</strong><br />
Distribuição Postal <strong>de</strong> Caldas<br />
da Rainha e Óbidos efectuaram<br />
uma participação à<br />
Autorida<strong>de</strong> Para as Condições<br />
do Trabalho (ACT), acusando<br />
os CTT <strong>de</strong> violação da<br />
lei da greve, acrescenta o<br />
SNTCT na Agência Lusa.<br />
Durante o fim-<strong>de</strong>-semana,<br />
terão trabalhado pessoas, com<br />
i<strong>de</strong>ntificação dos correios,<br />
encarregadas <strong>de</strong> distribuir<br />
correspondência que se encontrava<br />
acumulada. ■<br />
Daniela Franco Sousa<br />
O sector<br />
em números<br />
✓ NOVE MIL<br />
Empresas <strong>de</strong> panificação e<br />
pastelaria<br />
✓ 2500<br />
Empresas similares, leia-se<br />
cafés<br />
✓ 95 MIL<br />
Trabalhadores directos do<br />
sector<br />
✓ CINCO MIL MILHÕES<br />
DE EUROS<br />
Receita gerada anualmente<br />
pelo sector<br />
Fonte: DN<br />
JERÓNIMO MARTINS<br />
VAI MANTER PREÇOS<br />
A Jerónimo Martins, dona dos<br />
supermercados Pingo Doce, Feira<br />
Nova e Recheio, garantiu à Lusa<br />
que não vai subir o preço do pão<br />
até ao final do ano. A porta-voz<br />
da Jerónimo Martins explicou que<br />
o grupo <strong>de</strong> retalho não vai sentir<br />
esses efeitos porque se abastece em<br />
gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s e “tem acordos<br />
<strong>de</strong> compra feitos até ao final<br />
do ano”. Já a Auchan, dona do<br />
Jumbo e do Pão <strong>de</strong> Açúcar, garantiu<br />
“preços baixos” sem esclarecer<br />
se vai ou não aumentar os preços<br />
do pão para os clientes. ■<br />
Daniela Franco Sousa<br />
Dados do Barómetro Empresarial<br />
Insolvências<br />
aumentaram 10%<br />
em relação<br />
ao ano passado<br />
Os processos <strong>de</strong> insolvência iniciados no<br />
primeiro semestre <strong>de</strong> 2010 aumentaram<br />
10,1% em relação ao período homólogo. Os<br />
dados pertencem ao Barómetro Empresarial<br />
do primeiro semestre <strong>de</strong> 2010, realizado<br />
pela Informa D&B, citado pela Agência<br />
Lusa, que revela um aumento no número<br />
<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> 1.806 para 1.989. O Porto<br />
é o distrito on<strong>de</strong> foram iniciados mais processos<br />
<strong>de</strong> insolvência, com 516 das 1.989<br />
empresas, seguido pelos distritos <strong>de</strong> Lisboa,<br />
com 375 empresas, e <strong>de</strong> Braga com 300 processos.<br />
Quanto aos sectores, a indústria transformadora<br />
e a construção representam meta<strong>de</strong><br />
dos processos <strong>de</strong> insolvência iniciados<br />
nos primeiros seis meses <strong>de</strong> 2010. O mesmo<br />
barómetro indica que as constituições<br />
<strong>de</strong> empresas aumentaram 3,1% em relação<br />
ao mesmo período <strong>de</strong> 2009, tendo sido criadas<br />
16.892 socieda<strong>de</strong>s, uma tendência que<br />
se atenuou nos últimos três meses. ■<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 27<br />
PUB
DR DR<br />
28 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | ECONOMIA | AUTOMÓVEL | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Fusão<br />
Volkswagen<br />
compra<br />
Ital<strong>de</strong>sign<br />
A alemã Volkswagen comprou<br />
a maior parte do capital social<br />
do famoso gabinete <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />
Ital<strong>de</strong>sign, O grupo empresarial<br />
<strong>de</strong>tém agora 90,1% da empresa,<br />
incluindo o nome da marca<br />
e as suas patentes. A Ital<strong>de</strong>sign<br />
foi fundada em 1968, em<br />
Turim, por Giorgetto Giugiaro<br />
e Aldo Mantovani, e foi dali<br />
que sairam os projectos para<br />
mo<strong>de</strong>los míticos como o primeiro<br />
Scirocco ou o Golf I. “No<br />
âmbito dos nossos projectos em<br />
curso e das tarefas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e <strong>de</strong>sign associados,<br />
preten<strong>de</strong>mos expandir a<br />
motivada e produtiva equipa<br />
da Ital<strong>de</strong>sign”, afirma Martin<br />
Winterkorn, presi<strong>de</strong>nte do grupo<br />
alemão, em comunicado.<br />
Malcheiroso,<br />
mas económico<br />
Carocha a<br />
excrementos<br />
No capítulo das mais originais<br />
soluções para a crise petrolífera,<br />
a GENeco, uma empresa britânica<br />
especializada em resíduos<br />
orgânicos, bate quase toda<br />
a concorrência em termos <strong>de</strong><br />
originalida<strong>de</strong>. Os engenheiros<br />
da firma converteram um Volkswagen<br />
Beetle para funcionar a<br />
gás metano produzido por excrementos<br />
humanos. O quase malcheiroso<br />
automóvel tem uma<br />
autonomia <strong>de</strong> 160 quilómetros,<br />
usando o equivalente a excrementos<br />
produzidos em 70 lares<br />
ao longo <strong>de</strong> um ano. A empresa<br />
anuncia uma velocida<strong>de</strong><br />
máxima <strong>de</strong> 180 km/h. O Beetle<br />
arranca com gasolina mas<br />
<strong>de</strong>pois muda, automaticamente,<br />
para metano, tal como num<br />
vulgar veículo a GPL, quando<br />
o motor já tiver aquecido.<br />
O custo do quilo <strong>de</strong> excremento<br />
por quilómetro é... naturalmente,<br />
zero. ■<br />
Marca aposta nos utilitários premium<br />
A1: concentrado <strong>de</strong> Audi<br />
A Audi, marca comercializada<br />
na região pela Lubriflores, prepara-se<br />
para libertar no mercado<br />
nacional um utilitário premium.<br />
Trata-se do Audi A1, mo<strong>de</strong>lo com<br />
o qual a marca alemã preten<strong>de</strong><br />
regressar ao segmento dos “minis”<br />
<strong>de</strong> luxo, <strong>de</strong>pois da experiência<br />
com o A2.<br />
Verda<strong>de</strong>iro “concentrado” <strong>de</strong><br />
Audi, o visual da marca dos quatro<br />
anéis está lá todo, assim como<br />
a normal estética do interior e<br />
qualida<strong>de</strong> dos materiais. O mo<strong>de</strong>lo<br />
direcciona-se para o mesmo<br />
espaço <strong>de</strong> mercado criado pelo<br />
Mini, da rival BMW, pelo que, a<br />
“luta” entre os dois mo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong><br />
revelar-se interessante.<br />
O Audi 1 é o mais barato <strong>de</strong><br />
todos, com preço <strong>de</strong> entrada na<br />
gama que <strong>de</strong>verá situar-se à volta<br />
dos 19 mil euros, tendo na<br />
gama-base uma motorização 1.2<br />
TFSI, um motor a gasolina <strong>de</strong><br />
reduzidas dimensões com sobrealimentação<br />
por turbocompressor,<br />
o que lhe permite <strong>de</strong>bitar 86<br />
cv. Segue-se um 1.4 TFSI, tam-<br />
DR<br />
bém turbo, com 122 cv que, opcionalmente,<br />
po<strong>de</strong> ser dotado <strong>de</strong> uma<br />
caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s DSG, <strong>de</strong><br />
dupla embraiagem. No capítulo<br />
do diesel, o A1 tem como base<br />
da oferta o quatro cilindros 1.6<br />
TDI, com 90 cv, havendo ainda<br />
uma versão <strong>de</strong> 105 cv.<br />
Grupo <strong>de</strong> entusiastas percorre cinco mil quilómetros<br />
De <strong>Leiria</strong> à Áustria em Smart<br />
Um grupo <strong>de</strong> portugueses entusiastas<br />
dos automóveis Smart vai<br />
fazer uma viagem entre Portugal<br />
e Áustria, no mo<strong>de</strong>lo citadino da<br />
Merce<strong>de</strong>s-Bens. O objectivo, revela<br />
a organização é <strong>de</strong>monstrar a<br />
sua paixão pelo pequeno automóvel<br />
que revolucionou a mobilida<strong>de</strong><br />
nas cida<strong>de</strong>s e assistirem ao<br />
maior evento mundial da marca,<br />
Smart times 2010.<br />
Tudo começou com uma i<strong>de</strong>ia<br />
entre amigos, e, a pouco e pouco<br />
o projecto foi tomando forma. A<br />
partida está marcada para domingo,<br />
às 16 horas, em <strong>Leiria</strong>.<br />
Pela frente, terão mais <strong>de</strong> cinco<br />
mil quilómetros, entre ida e volta,<br />
para assistir ao 10.º aniversário<br />
DR<br />
DR<br />
da maior concentração mundial<br />
da alemã.<br />
A viagem até Zell am See/Kaprun,<br />
na Áustria, conta com paragens<br />
programadas na fábrica Smart, em<br />
Hambach e no Museu da Merce<strong>de</strong>s-Benz,<br />
em Estugarda.<br />
O Smart times reúne partici-<br />
Na Primavera <strong>de</strong> 2011<br />
Chevy Camaro chega a Portugal<br />
A marca norte-americana Chevrolet,<br />
comercializada na região<br />
pela Rentocasião do Grupo Lizauto,<br />
vai começar a ven<strong>de</strong>r o seu<br />
mo<strong>de</strong>lo mais mítico em Portugal.<br />
Falamos do Camaro, estrela <strong>de</strong> filmes<br />
– como o Transformers - e<br />
um dos mais famosos <strong>de</strong>sportivos<br />
do Mundo. Os primeiros <strong>de</strong>vem<br />
chegar na próxima Primavera,<br />
mesmo a tempo <strong>de</strong> tomar parte<br />
em aventuras estivais. A nova<br />
geração Camaro – o veículo foi<br />
originalmente introduzido no mercado<br />
nos anos 70/80 do século XX<br />
- foi lançada na América do Nor-<br />
As primeiras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem<br />
entrar no mercado no início <strong>de</strong><br />
Setembro, a tempo da rentrée. ■<br />
pantes <strong>de</strong> todos os países europeus<br />
no antigo aeródromo <strong>de</strong> Zell am<br />
See/Kaprun, durante três dias <strong>de</strong><br />
intensas activida<strong>de</strong>s ligadas ao mítico<br />
mo<strong>de</strong>lo, mas não só. Festas, concursos,<br />
acrobacias, <strong>de</strong>monstrações<br />
<strong>de</strong> veículos e <strong>de</strong> novas tecnologias<br />
culminando com um Smart convoy,<br />
um comboio <strong>de</strong> smart que<br />
<strong>de</strong>tém o recor<strong>de</strong> do mais longo cortejo<br />
<strong>de</strong> automóveis do mundo registado<br />
no Guinness Book of Records.<br />
Os visitantes terão ainda a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> efectuar ensaios dinâmicos<br />
com onovo Smart fortwo<br />
electric drive, um veículo cuja<br />
comercialização em terras lusas<br />
começa em Outubro. ■<br />
te na Primavera <strong>de</strong> 2009, tendo<br />
sido vendidas mais <strong>de</strong> 60 mil unida<strong>de</strong>s.<br />
Na Europa, vai estar disponível<br />
nas variantes coupé e<br />
cabrio, com um motor V8 <strong>de</strong> 6.2<br />
litros e 426 cv <strong>de</strong> potência, capaz<br />
<strong>de</strong> gerar 569 Nm <strong>de</strong> binário. Equipado<br />
com transmissão automática<br />
<strong>de</strong> seis velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>bita 400<br />
cv/556 Nm e inclui o sistema <strong>de</strong><br />
Gestão Activa <strong>de</strong> Combustível<br />
(Active Fuel Management) da GM<br />
que permite velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro<br />
com apenas quatro cilindros<br />
a funcionar. Os preços ainda não<br />
foram anunciados. ■
O Sol está quase a pôr-se e, na<br />
estrada que liga Zambujeira do Mar<br />
à Herda<strong>de</strong> da Casa Branca, local<br />
on<strong>de</strong> se realiza o Festival Sudoeste,<br />
um casal pe<strong>de</strong> boleia. Tavares – apresenta-se<br />
sem nome próprio - e Tânia<br />
tentam regressar ao “festivalódromo”.<br />
Não querem per<strong>de</strong>r o último dia<br />
do SW’10. Para mais, a noite adivinha-se<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s actuações <strong>de</strong> bandas<br />
e artistas: os já muito conhecidos<br />
por cá Massive Attack e Air –<br />
cuja actuação foi das menos conseguidas,<br />
mas os festivais são mesmo<br />
assim -, The Waillers, David Guetta<br />
(pela primeira vez em Portugal e<br />
que encerrou o festival actuando<br />
para 41 mil pessoas) e Beirut, estreantes<br />
no nosso País, mas já com uma<br />
legião <strong>de</strong> fãs admirável e que, infelizmente,<br />
actuaram no mais pequeno<br />
dos palcos do festival, curto para<br />
tanta gente, naquele que foi um dos<br />
melhores momentos do festival.<br />
Tavares, juventu<strong>de</strong> na guelra,<br />
veio <strong>de</strong> Viseu e <strong>de</strong>morou 13 horas a<br />
chegar à Costa Vincentina. “Viemos<br />
em grupo e não havia quem tivesse<br />
carta. Por isso, convidámos um<br />
velhote para vir. Ele aceitou e veio<br />
a conduzir à velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />
80km/h”, explica. No último dia, o<br />
samaritano condutor ainda não tinha<br />
ido ao recinto. “Ficou os dias todos<br />
a dormir na tenda. Toma muitos<br />
remédios”, lança Tavares numa explicação.<br />
O que lhe interessa é a animação.<br />
Festivaleiro puro, explica que<br />
também vai ao “mítico Avante” pelo<br />
convívio. Mais calada, Tânia é uma<br />
CURTAS . BEST OF . ADVOGADO DO DIABO . ENTREVISTA . OBRIGATÓRIO . AGENDA<br />
TRIBOS SOB SOL DO SUDOESTE<br />
Seis dias <strong>de</strong> negócio<br />
estreante e interessa-se mais pelo<br />
cartaz. “Vim pelas bandas.” E apressa-se<br />
a falar <strong>de</strong> M.I.A e Air, com a<br />
satisfação <strong>de</strong> quem faz algo pela<br />
primeira vez.<br />
Ao longe, os holofotes <strong>de</strong>ste<br />
“Woodstock luso” iluminam o lusco-fusco<br />
do céu com uma cor suja.<br />
Levantado pelos milhares <strong>de</strong> automóveis<br />
que procuram estacionamento,<br />
o pó, que pica nos olhos e<br />
arranha a garganta, pinta o ar e<br />
ganha laivos <strong>de</strong> ubiquida<strong>de</strong>.<br />
Portas a<strong>de</strong>ntro, as tribos <strong>de</strong> jovens<br />
divi<strong>de</strong>m-se pelos concertos e pelas<br />
filas para a cerveja, para o multibanco,<br />
para o WC, para a montanha<br />
russa... para tudo. Num <strong>de</strong>vir<br />
No Casino da Ursa, pizzaria no centro da Zambujeira do<br />
Mar, a confusão é total. Uma omnipresente fila marca o início<br />
da noite e a hora <strong>de</strong> jantar. O menu favorito são as pizzas,<br />
com o preço <strong>de</strong>vidamente inflacionado, como manda a tradição<br />
do Festival Sudoeste. “Em seis dias, fazemos quase tanto<br />
como no resto do ano”, confi<strong>de</strong>ncia Luís Carlos, o responsável<br />
por anunciar, no <strong>de</strong>grau da entrada, a plenos pulmões, aos<br />
clientes que as suas pizzas estão prontas. “Todos os anos, as<br />
ruas centrais são fechadas ao trânsito e o pessoal do festival<br />
po<strong>de</strong> andar à vonta<strong>de</strong> pela vila”, conta.<br />
incessante entre palcos, vão assistindo<br />
aos concertos há tanto ansiados<br />
e que são, afinal, também uma<br />
<strong>de</strong>sculpa para novas experiências,<br />
longe <strong>de</strong> casa. São dias felizes e <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong> para os mais novos. Quase<br />
como se fosse um rito <strong>de</strong> passagem.<br />
Sangria, cerveja e quase tudo o<br />
que tenha uma percentagem alcoólica<br />
serve para refrescar e limpar o<br />
pó das gargantas que entoam todos<br />
os refrões – mesmo que não se conheça<br />
a letra ou a banda - e gritam pelos<br />
artistas, verda<strong>de</strong>iros semi-<strong>de</strong>uses<br />
mo<strong>de</strong>rnos.<br />
Com o passar das horas, dá-se<br />
a selecção natural. Afinal, os seis<br />
Trazidas pelo serviço <strong>de</strong> autocarros criado para os dias<br />
do SW, milhares <strong>de</strong> pessoas gastam no comércio local – pelo<br />
menos nos estabelecimentos que souberam preparar-se para<br />
os gostos <strong>de</strong> quem vem – e os restaurantes e lojas <strong>de</strong> recordações<br />
estão cheios. Os dois terminais <strong>de</strong> multibanco são<br />
reenchidos com dinheiro quatro a cinco vezes por dia e<br />
milhares <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> cerveja e outras bebidas são consumidas.<br />
O merchandising esgota-se.<br />
As oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio não faltam e, além dos tradicionais<br />
fazedores <strong>de</strong> rastas, ven<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> pulseiras, t-<br />
dias <strong>de</strong> festival têm o seu preço. Os<br />
mais fracos vão literalmente caindo<br />
no meio <strong>de</strong> garrafas e copos <strong>de</strong><br />
plástico e por aí ficam, vencidos por<br />
Morfeu. Os mais resistentes, mudam-<br />
-se para o concerto <strong>de</strong> nome sonante<br />
que se segue, para mais umas<br />
horas <strong>de</strong> dança e ritmo. A noite avança<br />
e é tempo <strong>de</strong> exteriorizar todas<br />
as emoções. O encerramento do festival<br />
aproxima-se e adivinha-se o<br />
fim dos namoros efémeros, tal como<br />
das amiza<strong>de</strong>s ali criadas. Começam<br />
as primeiras chora<strong>de</strong>iras colectivas<br />
e intensificam-se as trocas <strong>de</strong> número<br />
<strong>de</strong> telemóvel. Imperturbáveis, os<br />
DJ continuam a animar as hostes<br />
até ao alvor.<br />
A segunda-feira <strong>de</strong> ressaca amanhece<br />
quente. Sufocante. As duas<br />
ou três horas dormidas à pressa, não<br />
chegam para retemperar forças, mas<br />
há que abandonar o Sudoeste e<br />
regressar a casa.<br />
Lentamente, uma serpente <strong>de</strong><br />
carros “pintados” <strong>de</strong> castanho abandona<br />
o Sudoeste vincentino com<br />
a a poeira alentejana a ser ostentada<br />
como se fossem pinturas <strong>de</strong><br />
guerra ou medalhas <strong>de</strong> mérito. “E<br />
vem-nos à memória uma frase batida”:<br />
ainda cá voltamos no próximo<br />
Verão?<br />
Jacinto Silva Duro<br />
no Festival Sudoeste<br />
shirts, didgeridoos e <strong>de</strong> camisas e calças dos An<strong>de</strong>s, até há<br />
quem ensaie uma venda ambulante <strong>de</strong> vinho. Quente, encorpado,<br />
carrascão... Origem Denominada: garrafão <strong>de</strong> quatro<br />
litros, em plástico.<br />
Há quem aproveite para “evangelizar” os jovens para a<br />
política. Voluntários do Bloco <strong>de</strong> Esquerda colocam jornais<br />
com as “últimas” do partido nos vidros dos carros que são<br />
bem vindos pelos jovens que, talvez por apenas se interessarem<br />
pela Política dos Três Érres, os usam para limpar a<br />
poeira alentejana dos vidros das viaturas.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
v i v e r . 2 9
DR<br />
v i v e r . 3 0<br />
Paulo Moreiras<br />
em residência<br />
na Ledig House<br />
O escritor <strong>de</strong> Pombal, Paulo<br />
Moreiras, vai participar numa residência<br />
internacional para escritores<br />
da Ledig House, em Nova Iorque,<br />
entre meados <strong>de</strong> Setembro e<br />
meados <strong>de</strong> Outubro. O convite partiu<br />
da Direcção-Geral do Livro e das<br />
Bibliotecas que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, proporciona<br />
duas estadias por ano,<br />
naquele retiro, a escritores portugueses<br />
que estejam a <strong>de</strong>senvolver<br />
trabalhos. A Ledig House é conhecida<br />
pelo intercâmbio e promoção<br />
<strong>de</strong> obras junto <strong>de</strong> editores, agentes,<br />
críticos literários e jornalistas.<br />
Aos 41 anos, Paulo Moreiras conta,<br />
entre várias outras obras, com<br />
dois romances publicados: A <strong>de</strong>manda<br />
<strong>de</strong> D. Fuas Bragatela, editado em<br />
2002, e, em finais <strong>de</strong> 2009, Os dias<br />
<strong>de</strong> Saturno.<br />
curtas Leirienses premiados<br />
no Festival <strong>de</strong> Cinema<br />
<strong>de</strong> Avanca<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
DR<br />
DR<br />
DR<br />
Os investigadores Rui Matos e Sandra Santos foram distinguidos ex-aqueo<br />
com o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, pela sua comunicação apresentada<br />
na Conferência Internacional <strong>de</strong> Cinema, integrada no Festival <strong>de</strong> Cinema<br />
Avanca’10, evento organizado em parceria pelo Cine-Clube <strong>de</strong> Avanca e da Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> Estarreja. O encontro acolheu uma centena <strong>de</strong> investigadores e<br />
docentes universitários <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 países, e 141 comunicações.<br />
Rui Matos é doutorado em Motricida<strong>de</strong> Humana e integra o Centro <strong>de</strong> Investigação<br />
em Motricida<strong>de</strong> Humana do Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sendo subdirector<br />
da Escola Superior <strong>de</strong> Educação e Ciências Sociais do estabelecimento <strong>de</strong><br />
ensino. Sandra Santos é licenciada em História da Arte e mestre em Museologia.<br />
Desempenha funções na Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, em <strong>Leiria</strong>. O filme<br />
belga Altiplano, <strong>de</strong> Peter Brosens e Jessica Woodworth, foi o vencedor do Prémio<br />
<strong>de</strong> Melhor Longa-Metragem <strong>de</strong>ste 14.º festival Avanca.<br />
<strong>Leiria</strong> capital da música gótica<br />
O Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai ser palco do Entremuralhas - Festival Gótico,<br />
que contará com a presença <strong>de</strong> algumas das melhores bandas. É a<br />
primeira vez que Portugal recebe um festival gótico, que <strong>de</strong>correrá nos<br />
dias 27 e 28 <strong>de</strong> Agosto. Produzido pela Fa<strong>de</strong> in – Associação <strong>de</strong> Acção<br />
Cultural, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o festival preten<strong>de</strong> “<strong>de</strong>smistificar” algumas i<strong>de</strong>ias<br />
“erradas” sobre o “movimento gótico”, explicou Carlos Matos, produtor<br />
e relações públicas da Fa<strong>de</strong> in. “Este é um festival único, que vai<br />
projectar o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a cultura além-fronteiras”, adiantou o<br />
vereador da Cultura da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Gonçalo Lopes. O autarca<br />
elogiou ainda o público <strong>de</strong>ste festival, que “tem um gran<strong>de</strong> respeito<br />
pelo património e pelo ambiente”. O Entremuralhas conta com a participação<br />
<strong>de</strong> seis bandas <strong>de</strong> referência internacional, que vão actuar no<br />
Palco Alma e Palco Corpo, instalados no castelo. No primeiro dia estarão<br />
presentes os Ashra, Ataraxia e os Project Pitchfork. Estes<br />
últimos actuam pela primeira vez em Portugal. Em estreia absoluta no nosso país estarão também<br />
os Collection D'Arnell Andréa, que subirão ao palco no segundo dia. O festival<br />
recebe ainda os Uxu Kalhus, os Covenant, que apresentam o seu novo álbum, e<br />
Ordo Rosarius Equilibrio. A organização apresenta ainda conferências, projecção<br />
<strong>de</strong> filmes e exposições, bem como comércio alternativo.<br />
Alunos <strong>de</strong> dança<br />
e música procuram-se<br />
A Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Alcobaça e a Escola Secundária D. Inês<br />
<strong>de</strong> Castro abriram inscrições para Cursos Profissionais <strong>de</strong> Música e Dança.<br />
Esta iniciativa tem como objectivo angariar alunos para os cursos<br />
<strong>de</strong> Instrumentista <strong>de</strong> Sopro e <strong>de</strong> Percussão, Instrumentista <strong>de</strong> Cordas e <strong>de</strong><br />
Tecla e Intérprete <strong>de</strong> Dança Contemporânea, para o ano lectivo <strong>de</strong> 2010/2011.<br />
mais informações sobre as inscrições e cursos em www.aca<strong>de</strong>miamalcobaca.com.<br />
Museu Afonso Lopes<br />
Vieira enriquece espólio<br />
A Casa – Museu Afonso Lopes Vieira, em São Pedro <strong>de</strong> Moel,<br />
recebeu um conjunto <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> Afonso Lopes Vieira e publicações<br />
sobre o seu trabalho, vários postais enviados pelo<br />
poeta, uma reprodução do <strong>de</strong>senho a lápis <strong>de</strong> António Carneiro,<br />
com o seu retrato, e ainda fotografias inéditas da Casa<br />
<strong>de</strong> S. Pedro, datadas <strong>de</strong> finais do século XIX e inícios do século<br />
XX. O espólio foi doado pelo empresário Carlos Vieira à autarquia<br />
da Marinha Gran<strong>de</strong>, responsável pelo espaço. A par da doação, foi<br />
ainda inaugurada uma exposição documental, patente na antiga casa<br />
<strong>de</strong> Verão do poeta, em São Pedro <strong>de</strong> Moel.<br />
DR<br />
DR
RICARDO GRAÇA<br />
Fernando José Rodrigues<br />
Professor, escritor, actor…<br />
Melhor Restaurante: para além dos saborosíssimos<br />
restaurantes leirienses, que dispensam mais apresentação,<br />
vou salientar o simples mas <strong>de</strong>licioso “O Pote” em<br />
Pombal e, <strong>de</strong>pois, o magnífico Pedra Alta, em Leixões.<br />
Neste último quem quiser um festim <strong>de</strong> marisco, com<br />
qualida<strong>de</strong> e preço a<strong>de</strong>quado é só subir ao norte e cheirar<br />
a maresia<br />
Melhor Filme: as salas <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, infelizmente,<br />
passam todas quase as mesmas fitas, aqui não<br />
chegando filmes muito interessantes. Há uma certa sauda<strong>de</strong><br />
das quartas feiras do velhinho Teatro José Lúcio…<br />
O melhor filme dos últimos tempos tem, mais uma vez,<br />
a assinatura <strong>de</strong> Clint Eastwood: Gran Torino. Vou ver, <strong>de</strong><br />
certeza, O Escritor Fantasma, <strong>de</strong> Polanski.<br />
Melhor Livro: Diria Gestos Esquecidos, <strong>de</strong> um tal<br />
Fernando José Rodrigues. Também Chega <strong>de</strong> fado, <strong>de</strong><br />
Paulo Kellerman. Mas agora o que está na calha para<br />
ler, com autógrafo do autor, é Os anagramas <strong>de</strong> Varsóvia,<br />
<strong>de</strong> Richard Zimmler. Um escritor que nos conta sim-<br />
plesmente histórias e que nos <strong>de</strong>ixa sempre, no final, a<br />
matutar…<br />
Melhor Exposição: A exposição plástica <strong>de</strong> Sílvia<br />
Patrício, <strong>de</strong>dicada ao Crime do padre Amaro, <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong><br />
Queiroz. As pinturas e esculturas <strong>de</strong>ixam-nos sem fôlego<br />
e terminam com um esplendoroso último quadro,<br />
uma Amélia pensativa, reflectindo uma mudança artística<br />
e técnica, direi eu com olhos <strong>de</strong> leigo, no trabalho<br />
<strong>de</strong> Sílvia Patrício. A não per<strong>de</strong>r, ainda quando pu<strong>de</strong>r, a<br />
exposição <strong>de</strong> Joana Vasconcelos. Vi no CCB, confesso<br />
<strong>de</strong> pé atrás, e saí <strong>de</strong> lá rendido e à espera <strong>de</strong> mais.<br />
Melhor DVD: Shuttter Island, <strong>de</strong> Polanski… Tal como<br />
uma pintura, um Polanski é sempre um Polanski… e o<br />
mestre nunca esqueceu… Num outro registo, mais intimista,<br />
O solista, baseado numa história verídica…<br />
Melhor CD musical: Ando a re-ouvir os White Stripes…<br />
Electrizantes….<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
PUB<br />
v i v e r . 3 1
v i v e r . 3 2<br />
A participação cívica<br />
Está quase a completar um ano sobre o processo das eleições<br />
autárquicas as quais, neste espaço <strong>de</strong> território entre o<br />
Ribatejo e Estremadura, tiveram acesa disputa em torno <strong>de</strong><br />
candidaturas com as mais diferenciadas propostas.<br />
Foi agradável ver toda a dinâmica e mobilização <strong>de</strong> cidadãos<br />
em torno das diferentes candidaturas, os ânimos exaltados,<br />
o gran<strong>de</strong> empenhamento, formando equipas coesas e<br />
<strong>de</strong>senvolvendo as mais diversas acções para colher a simpatia<br />
dos eleitores.<br />
Este quadro <strong>de</strong> acção extravasa as cida<strong>de</strong>s e as zonas <strong>de</strong><br />
características mais urbanas e toca também as zonas rurais<br />
conferindo ao mo<strong>de</strong>sto cidadão um papel e um protagonismo<br />
inusitado.<br />
Este salutar exercício da <strong>de</strong>mocracia nos períodos eleitorais<br />
representa um corte com a normal participação em<br />
torno da causa pública, a qual normalmente está adormecida<br />
na maioria das pessoas, sendo nicho <strong>de</strong> intervenção quase<br />
exclusiva <strong>de</strong> alguns, poucos, actores convencionais.<br />
DR<br />
no ponto<br />
A necessida<strong>de</strong> dum aeródromo regional que faça<br />
<strong>de</strong> Fátima um <strong>de</strong>stino turístico <strong>de</strong> mais fácil acessibilida<strong>de</strong><br />
está na or<strong>de</strong>m do dia….pelo menos a julgar pela<br />
dinâmica <strong>de</strong> lobby. Esperemos que não fique por aí!<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
A participação é um processo fundamental da vida em<br />
<strong>de</strong>mocracia, que na actual socieda<strong>de</strong> se instituiu como <strong>de</strong><br />
especial relevância na construção dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e no vínculo da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
Apesar <strong>de</strong>ste estatuto conquistado na maturação do exercício<br />
<strong>de</strong> cidadania observam-se gran<strong>de</strong>s transtornos na sua<br />
concretização e na sua eficácia, face a dois factores: a capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> participação dos cidadãos e as características dos<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> participação instituídos.<br />
Para qualquer cidadão ‘ser participativo’ ele tem <strong>de</strong> estar<br />
informado e motivado para esse exercício e dominar essa<br />
necessária competência. Estes pressupostos só são garantidos<br />
se na sua base existir uma aposta na educação para a<br />
cidadania.<br />
A educação é o processo através do qual se garante o<br />
conhecimento, mas também a sensibilização e a mobilização<br />
para uma participação esclarecida.<br />
Não é suficiente termos cidadãos capacitados e motiva-<br />
em<br />
banho maria<br />
O potencial do Parque Natural das Serras <strong>de</strong> Aire<br />
e Can<strong>de</strong>eiros enquanto dinamizador do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
rural continua à espera que lhe alimentem a<br />
chama anunciada noutros tempos.<br />
DR<br />
ARQUIVO/JL<br />
José Manuel Alho<br />
DR<br />
biólogo<br />
dos para participarem, é necessário que a participação seja<br />
viável <strong>de</strong> modo fácil, e motivadora!<br />
Os cidadãos <strong>de</strong>viam po<strong>de</strong>r exercer o direito <strong>de</strong> participação<br />
duma forma simples e natural, como nos diversos actos<br />
da vida em socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>viam sentir que essa sua manifestação<br />
tinha algum efeito prático nas <strong>de</strong>cisões tomadas e nos<br />
processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que os envolvem.<br />
A participação das comunida<strong>de</strong>s locais tem <strong>de</strong> ser ponto<br />
<strong>de</strong> partida mas também <strong>de</strong> chegada nas dinâmicas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, através do seu envolvimento sério e consequente.<br />
Neste período “ainda” <strong>de</strong> arranque <strong>de</strong> novos mandatos<br />
aqui <strong>de</strong>ixo um repto aos novos governantes locais para que<br />
apostem na educação para a cidadania dirigindo para esse<br />
objectivo a mesma energia e empenho que <strong>de</strong>dicaram à conquista<br />
do voto popular e <strong>de</strong>ste modo contribuam para uma<br />
maior e mais esclarecida participação <strong>de</strong> todos num efectivo<br />
exercício <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia!<br />
requentado<br />
A persistência da poluição proveniente do sector<br />
suinícola no Vale do Lis é um cenário que parece<br />
sobreviver a todas as tentativas <strong>de</strong> solução negociadas.<br />
Não é <strong>de</strong> todo aceitável no século XXI numa<br />
região que até tem uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo feita<br />
à medida.
Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura<br />
“O turismo cultural contribui<br />
para a redução <strong>de</strong> assimetrias regionais”<br />
Que balanço faz da activida<strong>de</strong> cultural do nosso<br />
País fora dos gran<strong>de</strong>s centros?<br />
O dinamismo cultural <strong>de</strong> base local emanado<br />
dos agentes culturais amadores e profissionais no<br />
sector das artes não <strong>de</strong>ve ser subestimado. No concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, por exemplo, existem cerca <strong>de</strong> 60<br />
entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter cultural e recreativo. Saliente-se<br />
o programa <strong>de</strong> apoio à acção cultural, levado<br />
a cabo pela Direcção Regional <strong>de</strong> Cultura do<br />
Centro, contemplando iniciativas <strong>de</strong> criação, produção<br />
e difusão das artes e dos espectáculos <strong>de</strong><br />
agentes culturais amadores, e <strong>de</strong> apoio à edição.<br />
O papel das autarquias tem evoluído no aspecto<br />
cultural?<br />
Cada vez mais o Po<strong>de</strong>r Local ten<strong>de</strong> a aproximar-se<br />
da Cultura e do Património. Aproveitandose<br />
estas sinergias, tem sido feito um trabalho interessante,<br />
com recurso à iniciativa local dos artistas<br />
e também <strong>de</strong> algumas autarquias cada vez mais<br />
conscientes da importância <strong>de</strong>ste sector. Vejam-se<br />
os resultados que a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cine-Teatros já está a<br />
produzir, cumprindo-se o objectivo <strong>de</strong> criar uma<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> recintos que conduzam à realização <strong>de</strong><br />
manifestações culturais diversas e leve a cultura e<br />
a informação aos principais centros urbanos das<br />
regiões mais afastadas das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Saliente-se<br />
ainda a receptivida<strong>de</strong> que existe nas autarquias<br />
relativamente à partilha da gestão do património<br />
classificado dos seus concelhos. A assinatura<br />
do auto <strong>de</strong> cedência do Convento <strong>de</strong> Santo Agostinho,<br />
entre o Instituto Português do Património<br />
Arquitectónico e o município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é disto exemplo.<br />
No espaço, a autarquia preten<strong>de</strong> instalar o<br />
Museu <strong>de</strong> Arqueologia, os serviços camarários <strong>de</strong><br />
arqueologia e património e a reserva arqueológica.<br />
As activida<strong>de</strong>s culturais têm perspectivas <strong>de</strong> crescimento,<br />
<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> riqueza e <strong>de</strong> emprego que<br />
urge potenciar. O turismo cultural, <strong>de</strong>signadamente,<br />
constitui um factor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e contribui<br />
para a redução <strong>de</strong> assimetrias regionais.<br />
Mais uma vez, as verbas do Orçamento <strong>de</strong><br />
Estado para a Cultura são muito reduzidas...<br />
No actual contexto económico nacional e internacional,<br />
a subida do orçamento da Cultura é uma<br />
conquista. De facto, parte dos outros ministérios<br />
teve <strong>de</strong>créscimos significativos, e a Cultura é um<br />
dos poucos em que houve um acréscimo da dotação<br />
orçamental. Teremos um período difícil, nos<br />
próximos três ou quatro anos.<br />
O que é possível fazer com menos <strong>de</strong> 1% do<br />
Orçamento <strong>de</strong> Estado?<br />
Desenvolver uma política orientada para a requalificação<br />
das infra-estruturas dos serviços estruturais<br />
do ministério <strong>de</strong> modo a promover a sua fruição<br />
pública e inovar nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão, mas<br />
também promover o aumento das parcerias e do<br />
funcionamento em re<strong>de</strong> com instituições públicas<br />
e privadas. Há que consolidar a transversalida<strong>de</strong> da<br />
acção da cultura, potenciando outros meios e multiplicando<br />
recursos. A transversalida<strong>de</strong> do Ministério<br />
da Cultura reflecte-se, assim, não só na sua linha<br />
<strong>de</strong> actuação e objectivos, na sua acção que se esten-<br />
FILIPE POMBO<br />
<strong>de</strong> a todas as áreas da socieda<strong>de</strong>, como também<br />
na sua articulação/parcerias interministeriais, alargando<br />
assim a sua esfera <strong>de</strong> actuação e orçamento.<br />
Além do orçamento do PIDDAC, existem investimentos<br />
<strong>de</strong> outros ministérios no sector da Cultura,<br />
que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados para efeito <strong>de</strong> aumento<br />
do orçamento.<br />
Quais serão as áreas prioritárias <strong>de</strong> actuação<br />
do Ministério da Cultura?<br />
Temos um programa <strong>de</strong> Governo ambicioso na<br />
área da museologia, no património, nas indústrias<br />
culturais, e no cinema. A activação do Conselho<br />
Nacional <strong>de</strong> Cultura, revisão do quadro jurídico <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fesa da proprieda<strong>de</strong> intelectual, conclusão da<br />
Regulamentação da Lei do Património, elaboração<br />
e aprovação do Regulamento <strong>de</strong> Trabalhos Arqueológicos,<br />
criação <strong>de</strong> uma Lei das Bibliotecas, que permitirá<br />
concretizar a Re<strong>de</strong> Nacional das Bibliotecas<br />
Públicas, o Estatuto dos Artistas, a revisão dos instrumentos<br />
<strong>de</strong> financiamento do cinema e do audiovisual<br />
e da legislação <strong>de</strong> apoio às artes e implementação<br />
do Plano Estratégico para os Museus.<br />
De pianista a ministra<br />
Alcobaça tem em curso um projecto emblemático<br />
<strong>de</strong> requalificação do Mosteiro e do Convento<br />
<strong>de</strong> Cós. Qual a sua opinião sobre este projecto?<br />
Trata-se <strong>de</strong> um projecto que correspon<strong>de</strong> aos<br />
nossos objectivos <strong>de</strong> proporcionar uma maior vivência<br />
dos monumentos, colocando à disposição do<br />
gran<strong>de</strong> público, não apenas, zonas actualmente<br />
visitáveis, mas sim, na sua totalida<strong>de</strong>, áreas que<br />
fazem parte dos respectivos conjuntos monumentais,<br />
sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir<br />
uma sustentabilida<strong>de</strong> da gestão dos monumentos,<br />
que permita, sem encargos para o erário público<br />
ou minimizando-os, garantir os meios financeiros<br />
da sua conservação, evitando-se assim <strong>de</strong>gradação<br />
por falta <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> investimento. Este<br />
projecto <strong>de</strong> valorização do Património Histórico e<br />
Cultural da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister conta com o nosso<br />
inteiro apoio numa conjugação <strong>de</strong> esforços entre<br />
vários níveis <strong>de</strong> administração central e local e<br />
parcerias público-privadas.<br />
Helena Silva<br />
entrevista<br />
Antes <strong>de</strong> tomar posse como titular da pasta da Cultura, em Outubro <strong>de</strong> 2009, exercia as funções <strong>de</strong> directora Regional da Cultura do Governo<br />
Regional dos Açores. Mas foram as suas interpretações ao piano que lhe valeram distinções <strong>de</strong>ntro e fora do País, e torná-la conhecida.<br />
Maria Gabriela da Silveira Ferreira Canavilhas nasceu em 1961. Como pianista, entre 1986 e 2004, manteve intensa activida<strong>de</strong> artística nos palcos<br />
das principais salas <strong>de</strong> concerto, instituições culturais e festivais nacionais, bem como inúmeros concertos por todo o País. Dedicou-se à<br />
revelação <strong>de</strong> obras eruditas portuguesas, apresentando ao vivo e em CD as primeiras audições mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> João Domingos Bomtempo<br />
e primeiras audições <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> compositores portugueses contemporâneos como Eurico Carrapatoso, Victorino <strong>de</strong> Almeida, Sérgio <strong>de</strong> Azevedo<br />
ou Clotil<strong>de</strong> Rosa. Gravou sete CD, alguns dos quais com primeiras gravações <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> compositores portugueses. Respon<strong>de</strong>u a esta<br />
entrevista via email.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
v i v e r . 3 3
v i v e r . 3 4<br />
obrigatório<br />
LEITURAS<br />
PARA FÉRIAS<br />
Na Síria<br />
AGATHA CHRISTIE<br />
EDITORA: TINTA DA CHINA<br />
«Agatha Christie escreveu quase cem livros,<br />
mas só um assinado Agatha Christie Mallowan:<br />
"Come, Tell Me How You Live", título da<br />
edição original <strong>de</strong>ste livro, "uma memória<br />
arqueológica" dos anos 30 nas escavações do<br />
marido, Max Mallowan.<br />
(...) Foi no <strong>de</strong>serto sírio, no intervalo dos cacos,<br />
que Agatha Cristie escreveu muitos dos seus<br />
crimes. Na Síria é a memória <strong>de</strong> como foi inteiramente<br />
feliz ali. Os árabes gostavam quando<br />
ela chegava. Tudo a fazia rir.» Alexandra<br />
Lucas Coelho, Prefácio»<br />
O escriturário indiano<br />
DAVID LEAVITT<br />
EDITORA: TEOREMA<br />
Uma história emocionante para todos aqueles<br />
que gostam da história recente, dos enigmas<br />
matemáticos e do conflito entre emoções<br />
e lógica racionalista.<br />
“A Matemática e os seus paradoxos proporcionam<br />
um veio profundo <strong>de</strong> metáforas que<br />
Leavitt utiliza para conseguir um efeito soberbo,<br />
<strong>de</strong>monstrando até que ponto as relações<br />
mais significativas <strong>de</strong>safiam a lógica e a imaginação...”<br />
New Yorker<br />
As Rotas do Sonho<br />
TIAGO SALAZAR<br />
EDITORA: OFICINA DO LIVRO<br />
Tiago Salazar guia-nos por praias <strong>de</strong> sonho,<br />
refúgios distantes, por cida<strong>de</strong>s turísticas com<br />
histórias por contar, leva-nos até ao Nepal e à<br />
herança <strong>de</strong> Buda, <strong>de</strong>screve-nos o céu, único,<br />
<strong>de</strong> África e recupera o romantismo <strong>de</strong> Veneza.<br />
De país em país somos levados na bagagem<br />
do viajante que atravessa o mundo distante,<br />
mas que regressa sempre à Europa, esse<br />
velho continente que ainda não nos contou<br />
tudo.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
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Louise-Michel:<br />
a luta continua<br />
No globalizado mundo actual, nada é o que parece, e o filme Louise-<br />
Michel, da mesma dupla <strong>de</strong> argumentistas/realizadores do negro e irónico<br />
Aaltra, os belgas Benoit Delépine e Gustave Kervern, é um exemplo disso<br />
mesmo. A história, que chega agora ao mercado <strong>de</strong> DVD, começa com o encerramento<br />
<strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> têxteis belga <strong>de</strong> um dia para o outro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>,<br />
anos a fio, nunca ter faltado trabalho nem encomendas. A razão? A <strong>de</strong>slocalização<br />
para um qualquer país com mão-<strong>de</strong>-obra mais barata. Em vez <strong>de</strong> se<br />
contentarem com a in<strong>de</strong>mnização, as operárias lançam-se num arriscado projecto:<br />
mostrar ao mundo empresarial que também tem <strong>de</strong> pagar pelo <strong>de</strong>semprego<br />
e exclusão e congeminam um plano: contratar um assassino para matar<br />
o patrão. O plano até po<strong>de</strong>ria dar certo não fosse o assassino não ter jeito<br />
nenhum e a fábrica ser <strong>de</strong>tida por uma holding que faz parte <strong>de</strong> um grupo,<br />
que por sua vez pertence a uma socieda<strong>de</strong> no estrangeiro... On<strong>de</strong> é que já<br />
vimos isto? Perante as adversida<strong>de</strong>s, os improvisados assassinos profissionais<br />
não <strong>de</strong>sistem da missão e custe o que custar. Se a moda pega por cá... Premiado<br />
no Indie Lisboa e no festival Sundance é um filme “obrigatório”.<br />
O outro lado do Jazz em Agosto<br />
Até domingo, dia 15, os dias são <strong>de</strong> jam session na Fundação Gulbenkian.<br />
O pretexto é a 27ª edição do Jazz em Agosto. Ocasião para conhecer<br />
o “outro lado do jazz”, com alguns dos músicos que reflectem as tendências<br />
inovadoras <strong>de</strong>ste estilo musical, na actualida<strong>de</strong>. O palco escolhido é o<br />
anfiteatro ao ar livre do espaço, on<strong>de</strong>, amanhã, dia 13, o quinteto do clarinetista<br />
francês Louis Sclavis, às 21:30 horas o seu mais recente projecto,<br />
Lost On The Way, inspirado na Odisseia <strong>de</strong> Homero. Domingo, dia 15, à<br />
mesma hora e a encerrar o festival, toca a Circulasione Totale Orchestra.<br />
Trata-se da banda li<strong>de</strong>rada pela saxofonista e clarinetista Frö<strong>de</strong> Gjerstad,<br />
com músicos como Louis Moholo, Paal Nilssen-Love, Sabir Mateen, Bobby<br />
Bradford ou Kevin Norton.<br />
Aljubarrota regressa<br />
à Ida<strong>de</strong> Média<br />
Durante quatro dias, Aljubarrota vai voltar aos tempos medievais. Entre<br />
hoje, dia 12, e domingo, 15, a vila do concelho <strong>de</strong> Alcobaça volta a viver<br />
a época dos reis com tavernas, cavaleiros, fidalgos, mendigos, mouros,<br />
ciganos cartomantes, homens-bons e cobradores <strong>de</strong> impostos, cozinha<br />
medieval, jogos, música e até um acampamento militar. Espaço ainda para<br />
o artesanato e para os produtos locais. A entrada é livro à excepção da<br />
ceia medieval que se realiza no sábado. Inscrições através do telefone 262<br />
580 857. Mais informações emwww.cm-alcobaca.pt.<br />
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Castelo <strong>de</strong> Óbidos<br />
é palco para La Bohème<br />
Depois <strong>de</strong> ter esgotado a lotação com a obra <strong>de</strong> Gioacchino<br />
Rossini, O Barbeiro <strong>de</strong> Sevilha, o Festival <strong>de</strong> Ópera <strong>de</strong> Óbidos<br />
continua com a ópera La Bohème, <strong>de</strong> Giacomo Puccini. As primeiras<br />
árias começam a ser cantadas pelas 21:30 horas do dia<br />
19, com o cenário monumental das muralhas da Cerca do Castelo<br />
<strong>de</strong> Óbidos como palco <strong>de</strong>sta história <strong>de</strong> traição, mentiras,<br />
vaida<strong>de</strong>, intrigas, loucura. Como se trata <strong>de</strong> um evento ao ar<br />
livre, a organização aconselha o uso <strong>de</strong> agasalhos. Mais informações<br />
emwww.festivaloperaobidos.pt ou www.obidos.pt.
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Citemor<br />
em recta final<br />
Quase na recta final, o Citemor, 32º Festival<br />
<strong>de</strong> Montemor-o-Velho, apresenta no sábado, dia<br />
14, pelas 22:30 horas, na Praça da República, o<br />
espectáculo Arroz Negro remix, do cineasta Tiago<br />
Pereira. Este é um espectáculo <strong>de</strong> manipulação<br />
áudio e ví<strong>de</strong>o em tempo real a partir do filme<br />
com o mesmo nome, realizado pelo cineasta<br />
amador José Ma<strong>de</strong>ira, nos anos 70, nos campos<br />
<strong>de</strong> arroz do Baixo Mon<strong>de</strong>go. Os Diabo na Cruz,<br />
são os senhores que se seguem, no mesmo local,<br />
meia hora mais tar<strong>de</strong>. Mais informações, crónicas,<br />
entrevistas, fotografia e ví<strong>de</strong>o em<br />
www.citemor.blogspot.com.<br />
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Um Profeta - Edição Especial<br />
Da fama <strong>de</strong> ser o filme que quase ganhou a Palma <strong>de</strong> Ouro (recebeu<br />
o Gran<strong>de</strong> Prémio) e quase venceu o Óscar <strong>de</strong> Melhor Filme Estrangeiro,<br />
em 2010, Um Profeta, <strong>de</strong> Jacques Audiard não escapa. Tal como<br />
não escapa do facto <strong>de</strong> ter sido o Melhor Filme Francês <strong>de</strong> 2009. o<br />
realizador quis contar-nos a história <strong>de</strong> um jovem <strong>de</strong>linquente <strong>de</strong><br />
origem argelina na França <strong>de</strong> Sarkozy que se torna num dos “padrinhos”<br />
dos traficantes <strong>de</strong> Paris, sem sequer sair da prisão on<strong>de</strong> cumpre<br />
uma pena <strong>de</strong> seis anos. Um drama <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envolvência, on<strong>de</strong><br />
é patente o choque entra a cultura da França branca e laica e a nova<br />
França mestiça e muçulmana, com Niels Arestrup e Tahar Rahim,<br />
que está agora disponível em versão especial DVD.<br />
ESAD em exposição<br />
na Livraria Arquivo<br />
A Livraria Arquivo em <strong>Leiria</strong> recebe uma exposição com<br />
alguns dos mais ilustrativos trabalhos dos alunos finalistas da<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design <strong>de</strong> Caldas da Rainha. Concebidas<br />
neste ano lectivo, as peças foram já alvo <strong>de</strong> uma exposição<br />
<strong>de</strong> divulgação, em Caldas da Rainha. Em exposição vão<br />
estar trabalhos dos cursos <strong>de</strong> Artes Plásticas, e <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> Ambientes,<br />
e Cerâmica e Vidro, Design Gráfico e Multimédia, Design<br />
Industrial, Som e Imagem e Teatro.<br />
AGENDA AGOSTO 2010<br />
Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />
Casa do Administrador<br />
Até Dezembro <strong>de</strong> 2010<br />
Exposição: “OUREMPUBLICA”<br />
De Terça a Domingo das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00<br />
Uma mostra que permite ficar a conhecer os discursos e os ecos da<br />
implantação da República em Ourém: Os rostos e os momentos da<br />
mudança, as tensões, as repercussões e as conexões entre o global<br />
e o local.<br />
Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
27 <strong>de</strong> Agosto<br />
Acontece no Museu<br />
21h00<br />
Convidada: Maria <strong>de</strong> Fátima Gouveia<br />
<strong>Apresentação</strong> do livro “Jogos <strong>de</strong> Perfídia”<br />
Entradas Gratuitas<br />
Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
Ciclos <strong>de</strong> Cinema ao ar livre<br />
Todos os domingos <strong>de</strong> Agosto<br />
Ciclo - Chevy Chase<br />
Dia 15 – “Três amigos”<br />
Dia 22 – “O Clube dos Malandrecos”<br />
Entradas Gratuitas<br />
21h30<br />
Praça Dr. Agostinho Albano <strong>de</strong> Almeida<br />
Todas as quintas-feiras<br />
Ciclo – cinema <strong>de</strong> animação<br />
Dia 12 – “Os Super-Heróis”<br />
Dia 19 – “Toy Story”<br />
Dia 26 – Madagáscar<br />
Entradas Gratuitas<br />
21h30<br />
Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém – Casa do Administrador<br />
Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
14 e 28 <strong>de</strong> Agosto<br />
Teatro <strong>de</strong> Rua - “Na Terra dos Sonhos”<br />
pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo<br />
22h00<br />
Em frente ao Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />
Org.: Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo do Centro Cultural e Recreativo <strong>de</strong> Pêras<br />
Ruivas<br />
Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
EXPOSIÇÕES<br />
Até 2 <strong>de</strong> Setembro<br />
Exposição <strong>de</strong> Fotografia “Mercado <strong>de</strong> Ourém”<br />
Às 5ªs feiras e sábados<br />
Fotógrafos: Bruno Vieira, Sérgio Paulino e Carlos Ferreira<br />
Mercado Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />
Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
Até 29 <strong>de</strong> Agosto<br />
Exposição <strong>de</strong> pintura “Antese”<br />
De Terça a Domingo das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00<br />
Galeria Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />
Ana Oliveira, Clara Almada, Roberto Miquelino e Pedro Banza oferecem,<br />
a todos os visitantes, um cenário visual <strong>de</strong> exulto à natureza.<br />
Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
DESPORTO<br />
21 <strong>de</strong> Agosto<br />
Nacional SuperCross Nocturno<br />
17h00: início<br />
21h00: corridas<br />
24h00: final das corridas<br />
Local: Off-road park – Acelsport – Escandarão<br />
Org.: Natureza Acção<br />
Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
21 <strong>de</strong> Agosto<br />
Passeio <strong>de</strong> BTT Nocturno – Bestomontanha<br />
19h30<br />
Local: Concentração na se<strong>de</strong> da Bestomontanha – Besteiros<br />
Distância: 25Km; Grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: médio<br />
Org.: Bestomontanha<br />
Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
12 <strong>de</strong> Agosto<br />
Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong><br />
Entradas gratuitas no Museu e nas Piscinas Municipais <strong>de</strong> Ourém. A<br />
senha <strong>de</strong> entrada po<strong>de</strong> ser adquirida na Loja Ponto Já em Ourém.<br />
Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />
Informação cedida pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Ourém.<br />
Eventuais alterações nas activida<strong>de</strong>s são da responsabilida<strong>de</strong> dos<br />
promotores.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
PUB<br />
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agenda<br />
Eventuais alterações ou cancelamentos às datas e horários<br />
indicados para os eventos <strong>de</strong>sta agenda<br />
são da responsabilida<strong>de</strong> dos seus organizadores<br />
ARTES<br />
Macau em <strong>Leiria</strong><br />
MACAU, ENCONTRO DE CULTURAS, exposição patente no Edifício<br />
Banco <strong>de</strong> Portugal, LEIRIA, até dia 21<br />
Exposição <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> alunos da Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design<br />
<strong>de</strong> Caldas da Rainha, ESAD, até 2 <strong>de</strong> Setembro, na galeria da Livraria<br />
Arquivo, LEIRIA<br />
QUATRO (pintura <strong>de</strong> Sofia Real, Manuel Casimiro, Jorge Martins e Nikias<br />
Skapinakis), no Armazém das Artes, ALCOBAÇA, em colaboração com<br />
Artistas Unidos e Casa da Cerca - Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea<br />
Exposição itinerante LIGHT AGAINST TIME, do fotógrafo Nuno Moreira,<br />
no foyer do Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), LEIRIA, até dia 30<br />
A ARTE QUE O CÔA GUARDA, exposição itinerante, <strong>de</strong>senvolvida em<br />
parceria entre o município da Guarda e o Parque Arqueológico vale do<br />
Côa, na se<strong>de</strong> da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Santa Eufêmia, LEIRIA, até final<br />
<strong>de</strong>ste mês<br />
Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> AUGUSTO NEVES, no salão multiusos da Junta<br />
<strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pousos, LEIRIA, até dia 30<br />
Exposição colectiva <strong>de</strong> pintura e escultura ANTESE <strong>de</strong> jovens licenciados<br />
em Escultura pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belas Artes da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa,<br />
até dia 29, na Galeria Municipal <strong>de</strong> OURÉM (centro histórico)<br />
No âmbito da IX Mostra <strong>de</strong> Artes Plásticas – Castel Arte, estará patente<br />
no castelo <strong>de</strong> PORTO DE MÓS, até dia 15, uma exposição <strong>de</strong> pintura<br />
<strong>de</strong> David Ferreira, PATCHWORK<br />
BIODIVERSIDADE NO PARQUE, exposição <strong>de</strong> cerâmica <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />
Victor Mota, até dia 19, no Parque D. Carlos I, CALDAS DA RAINHA<br />
Exposição <strong>de</strong> PEDRO CASTEL´BRANCO, na Casa da Barbacam, ÓBI-<br />
DOS, até dia 8, domingo, diariamente, das 17 às 19:30 horas<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
DR<br />
Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> ARTUR FRANCO, na galeria do Teatro-Cine <strong>de</strong><br />
POMBAL, até dia 31<br />
PASSAGENS, exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> João Viola, até dia 30, no Centro<br />
<strong>de</strong> Interpretação Turística, PEDRÓGÃO GRANDE<br />
Gonçalo Lobo Pinheiro apresenta ROSTOS E NUANCES, exposição <strong>de</strong><br />
fotografia <strong>de</strong> figuras públicas sobretudo ligadas ao mundo das artes, no<br />
Café Amor <strong>de</strong> Biscoito, nas antigas instalações da Cuf, Rua Manuel <strong>de</strong><br />
Melo, ANSIÃO<br />
Exposição das obras da II BIENAL DE ARTES E ANSIÃO, no Centro Cultural<br />
<strong>de</strong>sta vila e no Centro <strong>de</strong> Interpretação do Nabão, até 5 <strong>de</strong> Setembro<br />
Exposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho, pintura, escultura e fotografia PEQUENOS GRAN-<br />
DES NADAS, <strong>de</strong> Ana Sampaio, patente até dia 31, na Casa do Tempo,<br />
CASTANHEIRA DE PERA<br />
Sábado, 14, pelas 15:30 horas, será inaugurada na galeria Mouzinho <strong>de</strong><br />
Albuquerque, BATALHA, a exposição FESTAS DA BATALHA – UMA<br />
HISTÓRIA COM MAIS DE 50 ANOS<br />
CINEMA<br />
O alemão que salvou mais<br />
<strong>de</strong> 200 mil pessoas<br />
O NEGOCIADOR é a verda<strong>de</strong>ira história do alemão John Rabe,<br />
gerente da fábrica da Siemens, na cida<strong>de</strong> chinesa <strong>de</strong> Nanjing,<br />
que salvou mais <strong>de</strong> 200 mil pessoas do massacre das tropas<br />
japonesas, em 1937. Em exibição no Teatro Miguel Franco, LEI-<br />
RIA, a partir <strong>de</strong> domingo, 15, até dia 18, às 21:30 horas e na<br />
quarta-feira também às 18:30 horas. A realização é <strong>de</strong> Florian<br />
Gallenberger, com interpretação <strong>de</strong> Anne Consigny, Daniel Brühl,<br />
Steve Buscemi e Ulrich Tukur<br />
ALCOBAÇA<br />
CINETEATRO DA NAZARÉ<br />
Em Roma De segunda a quarta, às 21h45 e 00h15.<br />
BATALHA<br />
AUDITÓRIO DO MUNICÍPIO<br />
Saga Twilight: Eclipse De sexta a segunda, às 21h30 horas<br />
CALDAS DA RAINHA<br />
VIVACINE CINEMAS<br />
De Quinta a Quarta-feira<br />
Os Mercenários (Sala 1) 13:30, 16:00, 18:30, 21:10, 23:50 horas<br />
A Origem (Sala 2) 13:50, 17:00, 21:00, 00:10 horas<br />
Toy Story 3 (Sala 3) 11:00, 13:40, 16:10 horas<br />
Miúdos e Graúdos (Sala 4) 18:50, 21:40, 00:15 horas<br />
The Last Airben<strong>de</strong>s (Sala 4) 13:20, 15:50 18:20 21:20, 00:00 horas<br />
Marmaduke (Sala 5) 14:00 horas<br />
Lucky Luke (Sala 5) 16:15, 18:40, 21:30, 23:55 horas<br />
LEIRIA<br />
CASTELLO LOPES CINEMAS - C. C. LEIRIASHOPPING<br />
De Quinta a Quarta-feira<br />
Miúdos e Graúdos (Sala 1) 12:50, 16:00, 18:50, 21:50 e 00:10 horas<br />
Soldados da Fortuna (Sala 2) Quinta a Quinta, às 12:30, 15:30, 18:30,<br />
21:20 horas<br />
Os Mercenários (Sala 2) Sexta a quarta, às 12:40, 15:40, 18:20, 21:40<br />
e 00:15 horas<br />
Os Mercenários (Sala 2) Quinta às 00:15 horas<br />
O Último Airben<strong>de</strong>r (Sala 3) 13:10, 15:50, 18:40, 21:30, 00:00 horas<br />
A Origem (Sala 4) Quinta a quarta às 21:00 e 00:20 horas<br />
Toy Story 3 (Sala 7) Quinta a quarta às 3:00, 15:30 e 18:30 horas<br />
CINEMA CITY<br />
De Quinta a Quarta-feira<br />
O Último Airben<strong>de</strong>r (Sala 1-D) 14:00, 16:15, 18:30, 21:40 e 00:00 horas<br />
Miúdos e Graúdos (Sala 2-K) 14:10, 16:25, 18:40, 21:45 e 00:05 horas<br />
Os Mercenários (Sala 3) 14:05, 16:20, 18:35, 21:50 e 00:15 horas<br />
Kiss & Kill - Beijos e Balas (Sala 4-V) 13:40, 15:50, 18:00, 21:55,<br />
00:10 horas<br />
Soldados da Fortuna (Sala 5-L) 13:35 horas<br />
A Origem (Sala 5-L) 15:55, 18:45, 21:35, 00:25 horas<br />
Dia e Noite (Sala 6-S) 13:50, 16:05, 17:50, 19:50, 22:00 e 00:20 horas<br />
Saw VI (Sala 6-S) 18:20, 20:20, 22:20, 00:30 horas<br />
Toy Story 3 (Sala 7) 13:45, 16:00, 21:30 horas<br />
Contraluz (Sala 7) 23:55 horas<br />
TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA<br />
Marmaduke<br />
Quinta a Quarta às 15:30 horas. Sábado às 21h30<br />
TEATRO MIGUEL FRANCO<br />
John Rabe - O Negociador<br />
Domingo e quarta às 21:30 horas. Quarta às 18:30 horas<br />
CINE-TEATRO MONTE REAL<br />
Marmaduke<br />
Sexta às 21:30 horas.<br />
Nunca é Tar<strong>de</strong> Demais para Amar<br />
Quarta às 21:30 horas.<br />
VIEIRA DE LEIRIA<br />
AUDITÓRIO ANTÓNIO CAMPOS (PRAIA DA VIEIRA)<br />
John Rabe - O negociador Quinta às 21:45 horas<br />
De Paris com Amor Terça às 21:45 horas<br />
POMBAL<br />
POMBALCINE<br />
A Saga Twilight - Eclipse Sexta, sábado e segunda às 21:30; terça a<br />
quinta, encerrado; domingo às 16:00 e 21:30 horas<br />
DR<br />
CRIANÇAS<br />
Robertos e palhaços<br />
para os mais novos<br />
Teatro <strong>de</strong> Marionetas, ROBERTOS, domingo, 18, pelas 18 horas, no<br />
Café Concerto do CCC, CALDAS DA RAINHA. Um espectáculo do bonecreiro<br />
José Gil, com produção S.A.Marionetas-Teatro & Bonecos<br />
DR Shrek para Sempre (Sala 7) 18:15 horas<br />
O pátio do Mercado Sant´Ana, LEIRIA, recebe sábado, 14, pelas 22<br />
horas, a peça Train Station, pelo PALHAÇO KAKI que, ao sentir-se<br />
triste e só, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> fazer uma viagem <strong>de</strong> comboio...<br />
DANÇA<br />
Cin<strong>de</strong>rela em patins<br />
Chama-se CINDERELA, anda <strong>de</strong> patins, e promete encantar gran<strong>de</strong>s<br />
e pequenos, amanhã, sábado e domingo, às 21:30 horas e dia<br />
15 também às 18 horas, no Cine-Teatro da NAZARÉ. Este espectáculo<br />
<strong>de</strong> patinagem, da autoria <strong>de</strong> Palco Partilhado, alia diversas<br />
áreas artísticas<br />
XXV GALA INTERNACIONAL DE FOLCLORE, sábado, 14, às 21:30<br />
horas, no recinto das festas da BATALHA, com participação do<br />
grupo organizador (Rosas do Lena) e outros oriundos do Algarve,<br />
Guimarães, Espanha, Argélia e Bulgária<br />
Praça Viva continua amanhã, 13, pelas 22:30 horas na Praia do<br />
Pedrógão, LEIRIA (rua A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Félix), com o GRUPO DE FLA-<br />
MENCO DE ALFONSO El Maleno e alunas do Ateneu <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>
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EVENTOS<br />
Vida medieval<br />
em Aljubarrota<br />
ALJUBARROTA MEDIEVAL em recriação, <strong>de</strong> hoje, 12, a domingo,<br />
15, em Aljubarrota, ALCOBAÇA, com tavernas, animação musical,<br />
jogos épicos, acampamento militar e rábulas teatrais, entre outras<br />
activida<strong>de</strong>s. Uma CEIA MEDIEVAL <strong>de</strong>corre sábado, 14, na sala<br />
nobre da paróquia <strong>de</strong> Aljubarrota. Inscrição pelo tel. 262 580 857.<br />
A organização é da Câmara Municipal e Juntas <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />
Prazeres e São Vicente <strong>de</strong> Aljubarrota<br />
Alocução histórica O VOTO DE EL-REI D. JOÃO I ANTES DA BATA-<br />
LHA REAL, às 16 horas, no auditório municipal da BATALHA, a proferir<br />
por António <strong>de</strong> Almeida Monteiro<br />
FESTIM MEDIEVAL em ÓBIDOS, domingo, 15, a partir das 17 horas,<br />
na Praça <strong>de</strong> Santa Maria. Trata-se <strong>de</strong> um encontro <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong><br />
recriação histórica, on<strong>de</strong> não falta música, teatro e dança. Entrada<br />
livre<br />
A Casa-Museu João Soares, em Cortes, LEIRIA, comemora hoje, 12,<br />
o DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE, convidando os jovens<br />
com ida<strong>de</strong>s entre os 13 e os 25 anos a participar nas activida<strong>de</strong>s<br />
gratuitas, que se iniciam às 15 horas, seguindo-se um lanche partilhado<br />
A vila <strong>de</strong> Louriçal, POMBAL, é palco <strong>de</strong> ASTRONOMIA DE VERÃO,<br />
segunda-feira, 16, pelas 22 horas. A participação é livre, aberta a<br />
toda a população e não requer inscrição prévia<br />
FEIRA DE ARTESANATO DO MUNDO, até 2 <strong>de</strong> Setembro, no Vivaci<br />
Caldas, CALDAS DA RAINHA, com stands <strong>de</strong> países, como Egipto,<br />
Senegal, Brasil, entre outros<br />
Conferência DO MISTICISMO À DIVERSÃO POPULAR: AS SOM-<br />
BRAS CHINESAS, proferida pela Professora Ana Maria, hoje, 12,<br />
às 18:30 horas, edifício Banco <strong>de</strong> Portugal, LEIRIA. É a última iniciativa<br />
no âmbito da exposição Macau. Encontro <strong>de</strong> Culturas, patente<br />
ao público naquele espaço até dia 21<br />
NAZARÉ BEACH PARTY, sábado, 21, a partir das 22 horas, no areal<br />
da praia da NAZARÉ. Os Mundo Secreto são o prato forte da noite,<br />
animada pelos DJ’s Nuno Aqua e Guga, entre outros, como Paulo<br />
G, que começa logo a partir das 19 horas, com uma festa ao pôrdo-sol.<br />
Com entrada livre, o Nazaré Beach Party tem a chancela<br />
da Antena3<br />
DR<br />
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LETRAS<br />
Forma e função<br />
das gárgulas<br />
Lançamento da obra GÁRGULAS DO MOSTEIRO DE SANTA<br />
MARIA DA VITÓRIA – FORMA E FUNÇÃO, da autoria <strong>de</strong> Patrícia<br />
Alho, a partir das 16 horas, no auditório municipal da BATA-<br />
LHA<br />
MÚSICA<br />
The Allstar Project<br />
na Praça Viva<br />
Concerto <strong>de</strong> acesso gratuito, amanhã, 13, às 22 horas, com os<br />
leirienses THE ALLSTAR PROJECT, na Praça Rodrigues Lobo, LEI-<br />
RIA, em mais um projecto do Fa<strong>de</strong> in - Associação <strong>de</strong> Acção Cultural<br />
no âmbito da Praça Viva<br />
A edição <strong>de</strong>ste ano das Festas da BATALHA conta hoje, sexta-Feira,<br />
13, pelas 21:30 horas, com o projecto AMÁLIA HOJE. Domingo,<br />
15, às 22:30 horas, será a vez <strong>de</strong> RUI VELOSO se apresentar<br />
em concerto<br />
BATALHA comemora hoje, 12, na Praça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />
o Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong>. O programa, com início às<br />
17:30 horas, integra o espectáculo LOVE 80´S ON VIDEO, com<br />
os DJs Miguel Chagas, Luís Sousinha e Paulo Granada no palco.<br />
A entrada é gratuita<br />
Os colombianos LA REVUELTA em concerto amanhã, 13, pelas<br />
21:30 horas, no CCC, CALDAS DA RAINHA. Este grupo <strong>de</strong> música<br />
urbana é composto por <strong>de</strong>z músicos que se <strong>de</strong>dicam ao estudo<br />
dos sons tradicionais sul-americanos<br />
A ANIMAÇÃO MUSICAL nas ruas <strong>de</strong> CALDAS DA RAINHA continua<br />
amanhã, 13, pelas 22 horas (Rua Miguel Bombarda e Rua<br />
Heróis da Gran<strong>de</strong> Guerra), com Diabolus in Jazz e continua domingo,<br />
15, pelas 11 horas, com FunFarra e Tiago Ribeiro, às 22 horas,<br />
na Praça da República. Segunda-feira, 16, às 22 horas, no Largo<br />
Dr. José Barbosa, com Ibéria Trio Jazz Band, terça à mesma hora,<br />
nas ruas Miguel Bombarda e Heróis da Gran<strong>de</strong> Guerra, com Dixienaza<br />
Jazz Band e ainda na quarta-feira, 18, na Praça 5 <strong>de</strong> Outubro,<br />
com o Grupo Break Dance do Centro da Juventu<strong>de</strong><br />
Concerto pela ORQUESTRA LIGEIRA DA MARINHA GRANDE,<br />
domingo, 14, pelas 18 horas, na Praça Afonso Lopes Vieira, S.<br />
Pedro <strong>de</strong> Moel, MARINHA GRANDE. Também no âmbito das festas<br />
anuais <strong>de</strong>sta localida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>correm a partir <strong>de</strong> amanhã até<br />
domingo, o Grupo Dixie Boys actua no mesmo dia e local, às 21:30<br />
horas<br />
DR<br />
DR<br />
DR<br />
SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS apresentam Only Time Will Tell, sábado,<br />
14, pelas 22 horas, na Praça Fre<strong>de</strong>rico Ulrich, São Martinho do Porto,<br />
ALCOBAÇA. Entrada livre. Dia 18, à mesma hora, na igreja paroquial,<br />
é NOITE DOS CLÁSSICOS, com Maria Rodrigues Lopes (voz), Maria José<br />
Falcão (violoncelo) e Miguel Carvalhinho (guitarra clássica)<br />
JAZZ NO MAR ALTO, na Praça Manuel <strong>de</strong> Arriaga, NAZARÉ. Os concertos,<br />
com início às 23 horas, realizam-se hoje, 12, com o Quarteto <strong>de</strong><br />
Miguel Fevereiro, sexta-feira com Simbiose Ensemble e no encerramento,<br />
sábado, 14, com Mar-Alto Jazz Collective<br />
MÚSICA DE ORQUESTRA, amanhã e sábado, às 22 e 17 horas, respectivamente<br />
no Padrão Camoniano e na Praça <strong>de</strong> Santa Maria, ÓBIDOS,<br />
pela Orquestra Ligeira e Banda da Socieda<strong>de</strong> Musical daquela vila e a<br />
banda convidada italiana, Staffoto<br />
JOSÉ CID & BIG BAND em concerto domingo, 14, às 22 horas, na Lagoa<br />
<strong>de</strong> Óbidos, ÓBIDOS<br />
Praça Viva, organizada pela Câmara <strong>de</strong> LEIRIA apresenta sábado, 14, às<br />
22:30 horas, o DJ´s Summer, na Praia do Pedrógão e o grupo <strong>de</strong> música<br />
tradicional PINHAL D´EL REI, em Monte Real<br />
O Jardim da Devesa, em PEDRÓGÃO GRANDE, é o palco do FESTIVAL<br />
DA CANÇÃO, no próximo dia 21, com inicio pelas 22 horas. O evento,<br />
<strong>de</strong>dicado aos jovens que procuram mostrar as suas capacida<strong>de</strong>s e dotes<br />
musicais, tem organização da Câmara Municipal. Mais informações em<br />
www.cm-pedrogaogran<strong>de</strong>.pt<br />
Espectáculo com Gold Minds e TÂNIA PATACO (fados), sábado, pelas<br />
22:30 horas, em Louriçal, POMBAL. A programação das Festas <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora da Boa Morte continuam domingo com diversas activida<strong>de</strong>s,<br />
nomeadamente um espectáculo, à mesma hora, com o grupo <strong>de</strong><br />
música popular Trovadores, Toy e a banda Funkoff. Domingo, haverá folclore,<br />
pelas 17 horas, e, pelas 23 horas, actuam Maxi e o grupo Mike<br />
n’Buddies<br />
TEATRO<br />
Nicolau Breyner no CCC<br />
No ano em que comemora<br />
50 anos <strong>de</strong> carreira,<br />
Nicolau Breyner faz uma<br />
reflexão sobre os muitos<br />
papéis que já interpretou<br />
e sobre a relação que tem<br />
com o mundo. NICOLAU<br />
sobre ao palco do CCC,<br />
CALDAS DA RAINHA, sábado,<br />
14, pelas 22 horas<br />
Teatro <strong>de</strong> rua NA TERRA DOS SONHOS, pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />
Apollo, sábado, 14, pelas 22 horas, em frente ao Museu<br />
Municipal <strong>de</strong> OURÉM, numa organização do Apollo, do Centro<br />
Cultural e Recreativo <strong>de</strong> Pêras Ruivas<br />
O Nariz - Teatro <strong>de</strong> Grupo apresenta ESCURIAL, <strong>de</strong> Michel <strong>de</strong><br />
Ghel<strong>de</strong>ro<strong>de</strong>, quarta-feira, 18, pelas 22 horas, no castelo <strong>de</strong><br />
LEIRIA. Com adaptação e encenação <strong>de</strong> Pedro Oliveira<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
v i v e r . 3 7
38 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
Chegou ao fim a pré-época<br />
mais turbulenta <strong>de</strong> sempre da U.<br />
<strong>Leiria</strong>. A troca <strong>de</strong> treinador apenas<br />
após dois dias do início dos<br />
treinos, as mudanças no plantel<br />
e a ameaça <strong>de</strong> saída da equipa<br />
para Torres Novas marcaram o<br />
período <strong>de</strong> preparação da equipa,<br />
que se estreia no campeonato,<br />
domingo, frente ao Beira-<br />
Mar, num estádio on<strong>de</strong> só por<br />
uma vez ganhou em jogos do<br />
escalão principal.<br />
Depois da rápida passagem<br />
pela Liga Vitalis em 2008/09, a<br />
União regressou ao convívio dos<br />
gran<strong>de</strong>s na época passada, terminando<br />
a prova num 9º lugar<br />
que acabou por saber a pouco,<br />
■Desporto ■<br />
Calendário po<strong>de</strong> favorecer equipa <strong>de</strong> Pedro Caixinha<br />
União estreia-se na Liga após pré-época turbulenta<br />
Há mar e mar, há ir e voltar, e Circular<br />
é viver são dois slogans que, tal<br />
como aqueles carros nipónicos, parecem<br />
ter vindo para ficar, <strong>de</strong> tal forma<br />
ficaram incrustados nas nossas memórias.<br />
Contudo, circular nas rotundas do<br />
nosso país constitui, não raras vezes,<br />
um exercício <strong>de</strong> temerida<strong>de</strong> e um teste<br />
à frieza dos nossos nervos. Ao contrário<br />
das versões anteriores, que não estabeleciam<br />
qualquer regra <strong>de</strong> excepção<br />
às rotundas, o actual do Código da Estrada<br />
(artigo 14º) estabelece que “ao trânsito<br />
em rotundas, situadas <strong>de</strong>ntro e fora<br />
das localida<strong>de</strong>s, é também aplicável o<br />
disposto no número anterior, salvo no<br />
que se refere à paragem e estacionamento”,<br />
afirmando o referido número<br />
dado que a equipa ocupou posições<br />
europeias até ao último terço<br />
da Liga. Os resquícios <strong>de</strong> uma<br />
segunda volta em que só venceu<br />
quatro jogos vieram à tona com<br />
o “divórcio” litigioso com Lito<br />
Vidigal e a entrada do <strong>de</strong>sconhecido<br />
Pedro Caixinha, que se<br />
aventura como treinador principal<br />
ao mais alto nível.<br />
Apesar <strong>de</strong> apenas terem perdido<br />
dois titulares – André Santos<br />
para o Sporting e Cássio para<br />
o Rapid Bucareste –, os leirienses<br />
não foram especialmente convincentes<br />
na pré-época e a <strong>de</strong>rrota,<br />
no passado sábado, na Nazaré,<br />
frente à Naval (0-1) confirmou<br />
as <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s da equipa,<br />
anterior que “<strong>de</strong>ntro das localida<strong>de</strong>s, os<br />
condutores <strong>de</strong>vem utilizar a via <strong>de</strong> trânsito<br />
mais conveniente ao seu <strong>de</strong>stino,<br />
só lhes sendo permitida a mudança para<br />
outra <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tomadas as <strong>de</strong>vidas precauções,<br />
a fim <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> direcção,<br />
ultrapassar, parar ou estacionar”. A ex-<br />
Direcção-Geral <strong>de</strong> Viação, numa missão<br />
que compete agora à Autorida<strong>de</strong><br />
Nacional <strong>de</strong> Segurança Rodoviária, esclareceu<br />
que “o objectivo é levar as pessoas<br />
a rodarem nas faixas interiores,<br />
passando apenas para as exteriores nos<br />
troços imediatamente antes da saída<br />
<strong>de</strong>sejada”. Circular então à direita não<br />
só <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser obrigatório, como até é<br />
proibido, caso não seja “o mais conveniente”,<br />
variando a coima a esta infra-<br />
especialmente na finalização. É<br />
por isso que, até 31 <strong>de</strong> Agosto, a<br />
SAD vai ter <strong>de</strong> ir ao mercado contratar<br />
um médio-ofensivo e um<br />
ponta-<strong>de</strong>-lança que faça esquecer<br />
as três <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> golos que<br />
Cássio apontou nas últimas duas<br />
épocas.<br />
O calendário, porém, po<strong>de</strong> ser<br />
um auxiliar precioso para Pedro<br />
Caixinha, que nas primeiras sete<br />
jornadas joga quatro vezes em<br />
casa, perante adversários da sua<br />
igualha, e que só a partir do mês<br />
<strong>de</strong> Outubro se terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater<br />
com as equipas mais fortes da<br />
Liga Zon Sagres. ■<br />
Joaquim Paulo<br />
Pedro Caixinha, treinador do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
“Equipa com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar”<br />
A equipa está preparada para<br />
o primeiro embate?<br />
Está. Não diria que a equipa está<br />
ansiosa, mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar.<br />
É bom ver essa alegria e essa dinâmica<br />
nos jogadores. Nós próprios<br />
também estamos com a vonta<strong>de</strong><br />
que o Campeonato comece, mas é<br />
preciso ter calma, porque tudo tem<br />
o seu tempo e domingo estaremos<br />
ainda mais preparados.<br />
Que balanço faz da pré-época?<br />
Extremamente positivo. Temos<br />
um grupo <strong>de</strong> trabalho fantástico.<br />
É importante realçar a entrega dos<br />
jogadores e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir<br />
com as nossas dinâmicas, os nossos<br />
princípios <strong>de</strong> jogo, a forma<br />
como vemos o jogo, a forma como<br />
gostaríamos que eles vissem o jogo<br />
para ser tudo mais facilitado. Nesse<br />
aspecto tem sido muito bom.<br />
| Opinião|<br />
Uma rotunda<br />
dor <strong>de</strong> cabeça<br />
Depois naquilo que enten<strong>de</strong>mos<br />
ser a ligação entre o treino e o jogo<br />
tem havido um transfer muito positivo<br />
e, quando assim é, é sinal <strong>de</strong><br />
que esse trabalho está a ser apreendido.<br />
Há algumas excepções, mas<br />
está tudo <strong>de</strong>ntro do que planeámos<br />
e esperávamos. Agora a nossa<br />
vonta<strong>de</strong> é crescer mais, criar<br />
dinâmicas mais sólidas, consolidar<br />
os processos e continuar a evoluir.<br />
Falta apenas um número <strong>de</strong>z<br />
para fechar o plantel?<br />
Temos a equipa que preten<strong>de</strong>mos.<br />
Quando falamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições<br />
finais não é que precisemos<br />
do jogador A, B ou C. Precisamos<br />
<strong>de</strong> jogadores para <strong>de</strong>terminadas<br />
posições para tornar o plantel mais<br />
competitivo e para nos dar mais<br />
soluções quer em termos internos<br />
quer em termos do Campeonato e<br />
das provas ao longo da época. Se<br />
tivermos competitivida<strong>de</strong> interna<br />
a forma como iremos encarar os<br />
confrontos externos serão também<br />
mais facilitados. É nesse sentido<br />
que gostaríamos <strong>de</strong> ter, e temos já,<br />
um plantel que nos dê essa confiança.<br />
Mas se tivermos outras soluções,<br />
mais confiança teremos.<br />
Já tem o onze e o sistema <strong>de</strong><br />
jogo <strong>de</strong>finidos?<br />
Sem dúvida. Temos trabalhado<br />
mais o 4x4x2 e temos o 4x2x3x1<br />
como alternativa. Temos a nossa<br />
forma <strong>de</strong> jogar e <strong>de</strong> ver o jogo e<br />
<strong>de</strong>pois há uma estratégia <strong>de</strong> jogo,<br />
que não passará por uma alteração<br />
estrutural, mas sim por algumas<br />
situações <strong>de</strong> confronto que achamos<br />
necessárias, por exemplo, em<br />
termos <strong>de</strong>fensivos ou ofensivos para<br />
contrabalançar os aspectos positivos<br />
e negativos dos adversários. ■<br />
Elisabete Cruz<br />
cção entre 60 e 300 euros. O esclarecimento<br />
sobre esta situação refere que “o<br />
condutor que preten<strong>de</strong> tomar a primeira<br />
saída da rotunda <strong>de</strong>ve ocupar, <strong>de</strong>ntro<br />
da rotunda, a via da direita, sinalizando<br />
antecipadamente quando preten<strong>de</strong><br />
sair”. Mas “se preten<strong>de</strong>r tomar<br />
qualquer das outras saídas <strong>de</strong>ve ocupar,<br />
<strong>de</strong>ntro da rotunda, a via <strong>de</strong> trânsito<br />
mais a<strong>de</strong>quada em função da saída<br />
que vai utilizar (por exemplo: se quiser<br />
sair na segunda saída <strong>de</strong>ve circular na<br />
segunda via ou se quiser tomar a terceira<br />
saída <strong>de</strong>ve circular na terceira via),<br />
aproximando-se progressivamente da<br />
via da direita, fazendo sempre sinal para<br />
a direita <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar a saída imediatamente<br />
anterior à que preten<strong>de</strong> utilizar”.<br />
Posto isto, e passados 5 anos <strong>de</strong>sta<br />
alteração legal, como explicar que,<br />
para muitos, a via mais interior <strong>de</strong> uma<br />
rotunda pareça ser algo supérfluo, feito<br />
para pouco mais do que enfeitar? É,<br />
simultaneamente, extraordinário, (in)compreensível<br />
e assustador que, mais do<br />
que <strong>de</strong>sconhecerem esta lei e a directiva<br />
que a prece<strong>de</strong>u, muitos as prefiram<br />
RICARDO GRAÇA<br />
ignorar, simplesmente porque, no caso<br />
<strong>de</strong> ocorrer algum aci<strong>de</strong>nte, provocado<br />
pela incompatibilida<strong>de</strong> entre quem respeita<br />
a lei, circulando por <strong>de</strong>ntro para<br />
só posteriormente se aproximar da saída<br />
pretendida, e quem faz olimpicamente<br />
a rotunda sempre na faixa exterior,<br />
quem acaba por arcar com a responsabilida<strong>de</strong><br />
do aci<strong>de</strong>nte é o respeitador!<br />
Assim, estamos perante uma situação<br />
aparentemente irresolúvel e que<br />
ten<strong>de</strong> a conduzir à subversão da lei, ou<br />
seja, apesar <strong>de</strong> eu saber que <strong>de</strong>vo circular<br />
por <strong>de</strong>ntro e só começar a tomar<br />
a via mais exterior <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter passado<br />
a última saída antes daquela <strong>de</strong> que<br />
eu pretendo usufruir, o certo é que se,<br />
para meu azar, me surgir um ser iluminado<br />
a fazer toda a rotunda na via exterior,<br />
bloqueando-me a saída que eu pretendo<br />
usar, resta-me uma <strong>de</strong> três alternativas:<br />
colidir com o referido sujeito,<br />
arcando, muito provavelmente, com a<br />
responsabilida<strong>de</strong> por lhe bater vindo da<br />
sua esquerda; parar, esperando que este<br />
artista passe (sujeitando-me a ser abalroado<br />
por trás e multado por parar numa<br />
rotunda) ou dar mais uma volta ao bilhar<br />
gran<strong>de</strong>, abortando, in extremis, a saída<br />
que queria fazer, esperando que, na próxima<br />
volta, o caminho já esteja livre!<br />
Dado ser algo relativamente simples <strong>de</strong><br />
compreen<strong>de</strong>r mas extremamente difícil<br />
<strong>de</strong> operacionalizar num país pouco<br />
dado a leituras, embora profuso em leis,<br />
para quando uma notícia <strong>de</strong> abertura<br />
num qualquer Telejornal ou um Prós e<br />
Contras <strong>de</strong>dicado a este tema, para acabar<br />
com o sei que <strong>de</strong>via fazer assim mas<br />
faço assado porque se bater quem paga<br />
sou eu? Já agora, enquanto muitos agentes<br />
<strong>de</strong> segurança e instrutores <strong>de</strong> condução<br />
continuarem a (não) dar o exemplo,<br />
a confusão irá continuar… ■<br />
Rui Matos<br />
Centro <strong>de</strong> Investigação em<br />
Motricida<strong>de</strong> Humana, IPL<br />
Subdirector da Escola<br />
Superior <strong>de</strong> Educação e Ciências<br />
Sociais do IPL
Equipa sénior vai ser inscrita e formação vai ser uma priorida<strong>de</strong><br />
| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />
Hóquei do <strong>Leiria</strong> e Marrazes<br />
com patins para rolar<br />
O hóquei em patins do Sport<br />
Clube <strong>Leiria</strong> e Marrazes está <strong>de</strong><br />
pedra e cal no clube. A garantia<br />
foi dada pelo presi<strong>de</strong>nte Carlos<br />
Valente e pelo responsável da secção<br />
Rui Clemente.<br />
Depois <strong>de</strong> alguma in<strong>de</strong>finição<br />
quanto ao futuro da modalida<strong>de</strong>,<br />
os dirigentes não vão <strong>de</strong>ixar cair<br />
o hóquei em patins, cuja tradição<br />
no <strong>Leiria</strong> e Marrazes é longa. Carlos<br />
Valente esclarece que “a extinção<br />
nunca esteve em causa”, mas<br />
<strong>de</strong>safiou os responsáveis da secção<br />
a darem “um nova pujança” à<br />
modalida<strong>de</strong>, que estava “meio adormecida”.<br />
O presi<strong>de</strong>nte adianta que constatou<br />
que daqui a dois ou três anos<br />
os atletas seniores terminarão a<br />
carreira e “existe um vazio” nos<br />
escalões abaixo. Por isso, “vai ter<br />
<strong>de</strong> haver uma aposta fortíssima na<br />
formação”. Isto, porque, como diz<br />
Carlos Valente, “não faz sentido<br />
que um clube como o <strong>Leiria</strong> e Marrazes<br />
tenha <strong>de</strong> ir buscar jogadores<br />
fora por não ter formação”.<br />
Rui Clemente admite que será<br />
um “recomeçar do zero”. Sem formação<br />
há quatro épocas, a “gran<strong>de</strong><br />
priorida<strong>de</strong> é a aposta nos escalões<br />
jovens”, pois serão a continui-<br />
A novela União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Leirisport<br />
parece finalmente ter chegado<br />
ao fim, pelo menos por esta<br />
época. O acordo <strong>de</strong> utilização do<br />
Estádio Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi<br />
formalizado entre as partes.<br />
Raul Castro, presi<strong>de</strong>nte da<br />
autarquia, esclareceu, durante a<br />
reunião <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> terça-feira<br />
que o acordo mantém a pro-<br />
O francês Enzo Couacaud e a espanhola<br />
Aida Martinez Sanjuan foram os vencedores<br />
do Internacional Júnior <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
que terminou no sábado nos courts do<br />
Centro Internacional <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
(CITL). Em pares masculinos, a prova foi<br />
conquistada pela dupla nacional Vasco<br />
Mensurado/Fre<strong>de</strong>rico Silva, título conquistado<br />
pela dupla holan<strong>de</strong>sa Anna Esmurzaeva/Elke<br />
Tiel, em femininos.<br />
Com muito sol e altas temperaturas ao<br />
longo <strong>de</strong> toda a semana, o Internacional<br />
Júnior <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 2010 voltou a ser um sucesso.<br />
O torneio trouxe mais <strong>de</strong> 160 atletas<br />
<strong>de</strong> vários pontos do Mundo, entre os quais<br />
os melhores tenistas da sua categoria.<br />
O único “dissabor” foi participação a<br />
DR<br />
da<strong>de</strong> dos seniores. Carlos Valente<br />
acrescenta ainda que foi encontrada<br />
a solução <strong>de</strong>ntro do plantel sénior:<br />
“Existem professores <strong>de</strong> Educação<br />
Física, com toda a qualida<strong>de</strong> para<br />
implementar um projecto <strong>de</strong> formação.”<br />
Além disso, “são pessoas<br />
que gostam e sentem o clube”.<br />
Esta semana ficou, porém, <strong>de</strong>fi-<br />
União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Leirisport chegam a acordo<br />
Finalmente o entendimento<br />
posta inicial. “Apenas foram clarificadas<br />
questões <strong>de</strong> pormenor.”<br />
A proposta prevê o pagamento<br />
<strong>de</strong> 17.500 euros por jogo<br />
e 520 euros por cada treino adicional,<br />
fora do que está estabelecido<br />
no contrato (um treino por<br />
semana quando a equipa joga<br />
fora e dois quando joga em casa).<br />
“Com este contrato estamos a<br />
Torneio <strong>de</strong> ténis contou com mais <strong>de</strong> 100 atletas <strong>de</strong> todo o Mundo<br />
Espanha e França conquistam<br />
títulos do Internacional Júnior<br />
menos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 70 tenistas estrangeiros<br />
em relação ao ano anterior. Isto <strong>de</strong>veuse,<br />
segundo o director da prova, à alteração<br />
das regras <strong>de</strong> inscrições nos torneios.<br />
No entanto, Miguel Sousa garantiu que a<br />
qualida<strong>de</strong> não foi prejudicada.<br />
“Não baixámos o nível do ranking,<br />
mesmo tendo muitos portugueses. O que<br />
significa que o ténis nacional está em<br />
crescendo, o que é um motivo <strong>de</strong> orgulho<br />
para todos nós”, salienta. O responsável<br />
do torneio <strong>de</strong>staca ainda a prestação<br />
do jovem Fre<strong>de</strong>rico Silva, que<br />
garantiu uma presença na final. “É já<br />
um dos melhores atletas do mundo na<br />
ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le.” ■<br />
EC<br />
nido que a equipa <strong>de</strong> seniores masculinos<br />
vai ser inscrita no Campeonato<br />
Nacional da III divisão.<br />
“Não temos fundos para garantir<br />
gran<strong>de</strong>s reforços, mas vamos disputar<br />
a prova com os atletas que<br />
já estavam no clube”, assegura Rui<br />
Clemente.<br />
Carlos Valente diz que a secção<br />
dar a cana e o anzol. Agora trabalhem.<br />
Aproveitem as condições<br />
do contrato para gerarem<br />
mais receitas. Isso passa por trabalhar<br />
durante a época para conseguirem<br />
trazer mais pessoas ao<br />
estádio”, acrescentou Raul Castro.<br />
Segundo o autarca, o contrato<br />
dá à SAD “margem <strong>de</strong> mano-<br />
tem um custo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 25 mil<br />
euros por ano, por isso tem <strong>de</strong> se<br />
tornar “auto-sustentável”. A secção<br />
<strong>de</strong> hóquei em patins está, por<br />
isso, a tentar garantir patrocínios<br />
que “consigam aliviar a carga <strong>de</strong><br />
custos” com a equipa, adianta Rui<br />
Clemente. ■<br />
Elisabete Cruz<br />
bra para cativar mais pessoas ao<br />
estádio, nomeadamente através<br />
da negociação <strong>de</strong> camarotes”. Os<br />
valores foram calculados em “função<br />
dos encargos que existem<br />
com o estádio, alguns dos quais<br />
não estavam contemplados no<br />
contrato anterior”. ■<br />
EC/MAS<br />
Fátima empata na Taça da Liga<br />
Kata ‘bisa’ em jogo<br />
com muitos golos<br />
Dois golos <strong>de</strong> Kata contribuíram para o empate<br />
do CD Fátima frente ao Feirense, por 3-3, na<br />
primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga <strong>de</strong><br />
futebol. Este resultado <strong>de</strong>ixa tudo igual, já que os<br />
outros dois clubes que compõe o grupo também<br />
empataram, curiosamente, com o mesmo número<br />
<strong>de</strong> golos.<br />
Diamantino Miranda continua sem ganhar como<br />
treinador do Fátima. Nos jogos <strong>de</strong> preparação, o<br />
Fátima empatou três jogos e per<strong>de</strong>u um. Ainda<br />
com alguma afinação a fazer, o jogo foi equilibrado<br />
e aberto. Se Kata marcou dois, o seu adversário<br />
Pinheiro fez um ‘hat trick’ pelo Feirense. Nuno<br />
Sousa marcou o outro tento do Fátima<br />
No próximo domingo, o Fátima <strong>de</strong>sloca-se a<br />
Moreira <strong>de</strong> Cónegos para <strong>de</strong>frontar o Moreinse. ■<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 39<br />
BREVES<br />
■<br />
An<strong>de</strong>bol<br />
Pedro Portela<br />
vice-campeão<br />
Pedro Portela sagrou-se vice-campeão<br />
europeu <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol sub-20.<br />
O atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> começou na<br />
modalida<strong>de</strong> com a camisola do<br />
Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, transferindo-se<br />
para o Sporting. O internacional<br />
esteve na final do Campeonato<br />
da Europa <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol, o<br />
qual Portugal per<strong>de</strong>u com a Dinamarca<br />
por 30-24. Sem <strong>de</strong>rrotas<br />
na fase <strong>de</strong> grupos, incluindo um<br />
triunfo sobre a Dinamarca (29-<br />
28), Portugal foi a gran<strong>de</strong> revelação<br />
do Europeu e sai com a consolação<br />
<strong>de</strong> conseguir o melhor<br />
resultado <strong>de</strong> sempre do an<strong>de</strong>bol<br />
nacional e o apuramento directo<br />
para o Mundial <strong>de</strong> sub-21, a disputar<br />
em 2011 na Grécia.<br />
Sp. Pombal<br />
Dívidas<br />
ascen<strong>de</strong>m a<br />
200 mil euros<br />
A Direcção do Sporting Clube <strong>de</strong><br />
Pombal vai propor um acordo<br />
com a Administração Fiscal e<br />
Segurança para um pagamento<br />
em prestações <strong>de</strong> uma dívida <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 180 mil euros. A informação<br />
foi comunicada aos sócios,<br />
na última reunião <strong>de</strong> Assembleia<br />
Geral do clube, na sexta-feira. A<br />
proposta prevê o pagamento num<br />
período entre cinco a <strong>de</strong>z anos.<br />
Além <strong>de</strong>ste montante, o Sporting<br />
<strong>de</strong> Pombal enfrenta ainda<br />
uma dívida <strong>de</strong> 33 mil euros a<br />
fornecedores. Segundo um comunicado<br />
do clube, estes valores<br />
foram acumulados durante nove<br />
anos, que antece<strong>de</strong>ram a Direcção<br />
li<strong>de</strong>rada actualmente por José<br />
Hilário. Há um ano à frente dos<br />
<strong>de</strong>stinos do clube, o dirigente<br />
admite ser difícil saldar todos os<br />
compromissos herdados e não<br />
cumpridos, mas espera garantir<br />
acordos para saldar as dívidas.<br />
A Direcção apela “a todos os<br />
pombalenses e não só para se<br />
associarem a este <strong>de</strong>safio”.<br />
Nazaré<br />
Natação no mar<br />
No próximo domingo, realizase<br />
a 29ª gran<strong>de</strong> prova <strong>de</strong> natação<br />
Joaquim Bernardo <strong>de</strong> Sousa<br />
Lobo, pelas 16:30 horas. Trata-se<br />
<strong>de</strong> uma travessia <strong>de</strong> mar,<br />
com uma aproximada <strong>de</strong> 1.300<br />
metros, entre a zona da chamada<br />
Pedra do Guilhim e a<br />
praia, promovida pela Meia<br />
Maratona Internacional da<br />
Nazaré. Paralelamente, <strong>de</strong>corre<br />
a prova infantil, na distância<br />
aproximada <strong>de</strong> 300 metros.
40 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Voleibol<br />
Torneio em S.<br />
Pedro <strong>de</strong> Moel<br />
Estão abertas as inscrições para a<br />
22º edição do torneio <strong>de</strong> voleibol<br />
<strong>de</strong> praia <strong>de</strong> S.Pedro <strong>de</strong> Moel. Os<br />
interessados <strong>de</strong>vem enviar os seus<br />
dados através dos en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> email:<br />
operário@netcabo.pt ou<br />
anaedra@hotmail.com. Cada equipa<br />
<strong>de</strong>ve ter um máximo cinco elementos.<br />
As inscrições terminam<br />
às 18 horas do dia 17 <strong>de</strong> Agosto.<br />
Futsal<br />
Caldas com<br />
equipa <strong>de</strong>finida<br />
O Caldas Sport Clube já tem o plantel<br />
sénior <strong>de</strong> futsal <strong>de</strong>finido para<br />
a época 2010/11. O clube, que vai<br />
disputar o Campeonato Nacional<br />
da III divisão, reforçou-se com as<br />
entradas <strong>de</strong> “Rudi” (ex–Mendiga),<br />
Ricardo “Papagaio” (ex-Casa Benfica),<br />
João Filipe “Igyta” (ex–Valejas),<br />
Miguel Pereira (ex-Casa do<br />
Benfica) e Macedo (ex-Caldas Fut<br />
11). Permanecem da época anterior<br />
“Xalinho”, Ivo Freire, André<br />
Santos, Diogo Tavares, Oliveira,<br />
“Loja”,Albuquerque e Telmo. A<br />
equipa técnica é li<strong>de</strong>rada por Gabriel<br />
Fernan<strong>de</strong>s. ■<br />
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Miguel Carvalho em terceiro lugar na Taça do Mundo em Kayak<br />
Atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> supera melhor<br />
do Mundo<br />
O atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 18 anos,<br />
foi o primeiro classificado, na disciplina<br />
<strong>de</strong> kayaksurf HP, na segunda<br />
etapa do Circuito Nacional <strong>de</strong><br />
Kayaksurf e Waveski, que <strong>de</strong>correu<br />
em Santa Cruz. Já na disciplina<br />
<strong>de</strong> kayaksurf IC, Miguel Carvalho<br />
chegou à final <strong>de</strong>ixando para<br />
trás aquele que é o melhor do mundo.<br />
O jovem foi o melhor português<br />
da prova. O primeiro lugar<br />
coube ao irlandês Jonny Bingham.<br />
Na prova internacional, que<br />
também <strong>de</strong>correu em Santa Cruz,<br />
Miguel Carvalho venceu o escalão<br />
<strong>de</strong> juniores, em HP, e ficou no<br />
quarto lugar na geral, na mesma<br />
disciplina. Em kayaksurf IC alcançou<br />
a terceira posição.<br />
“Foi muito positivo. Demonstra<br />
que estou a evoluir e sinto que<br />
ainda posso fazer melhor”, afirma<br />
Miguel Carvalho. O atleta<br />
salienta que este foi um ano “difícil”<br />
porque estava a terminar o<br />
12º ano, o que lhe roubou algum<br />
tempo para treinar.<br />
Neste ano lectivo, o jovem vai<br />
fazer uma pausa e <strong>de</strong>dicar-se em<br />
exclusivo ao <strong>de</strong>sporto. “Para o ano<br />
realiza-se o Campeonato do Mundo<br />
na Carolina do Norte, nos Estados<br />
Unidos, e vou treinar para estar<br />
ao melhor nível”, revela Miguel<br />
Carvalho, que lamenta ter <strong>de</strong> trei-<br />
ANDRÉ RESENDE E JOÃO GARCIA<br />
nar muitas vezes sozinho. “Evolui-<br />
-se mais quando estamos com<br />
outros.”<br />
O kayaksurf ainda tem poucos<br />
praticantes, mas o número tem<br />
vindo a crescer. “A nível internacional,<br />
vemos que estão a aparecer<br />
mais atletas e a evolução é<br />
evi<strong>de</strong>nte nas manobras a que se<br />
assistem nas provas.” ■<br />
Elisabete Cruz
A nona etapa da Volta a Portugal em bicicleta<br />
vai atravessar o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. No<br />
próximo sábado, o ‘circo’ será montado na<br />
Praia do Pedrógão, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> partirão os ciclistas<br />
até ao centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A meta final estará<br />
colocada no Largo Cónego Maia, junto ao<br />
Jardim Luís <strong>de</strong> Camões.<br />
Com um percurso <strong>de</strong> 32.6 quilómetros, o<br />
contra-relógio da 72º edição da prova não<br />
oferecerá gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s aos corredores.<br />
Segundo refere o organizador, João Lagos,<br />
no site da prova, este contra-relógio será<br />
praticamente plano, com ligeiras elevações,<br />
em que os especialistas puros nesta matéria<br />
não terão necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tirar muitas vezes<br />
as mãos do extensor. Isto porque não existirão<br />
muitas viragens nem muitas rotundas.<br />
Só mesmo no interior da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
nos metros que antece<strong>de</strong>m a chegada é<br />
que haverá uma ou outra viragem. “É um<br />
crono longo que po<strong>de</strong> favorecer homens<br />
como David Blanco. Estão criadas enormes<br />
expectativas sobre a <strong>de</strong>cisão que este contra-relógio,<br />
agora <strong>de</strong> véspera, po<strong>de</strong> incutir<br />
na Volta a Portugal.”<br />
A prova conta com a participação <strong>de</strong> seis<br />
equipas portuguesas e <strong>de</strong>z estrangeiras, constituindo<br />
um pelotão com 144 corredores.<br />
ALTERAÇÕES AO TRÂNSITO<br />
O percurso da Volta vai obrigar a algumas<br />
alterações ao trânsito. Entre as 13 e as<br />
18 horas, a circulação automóvel estará interrompida<br />
na Estrada Atlântica, entre Praia do<br />
Pedrógão e Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>; na EN 349, entre<br />
Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Monte Real; na ligação<br />
entre a EN349 e a EN109, variante a Monte<br />
Real; EN109, entre a rotunda <strong>de</strong> acesso à<br />
A17 e a entrada em <strong>Leiria</strong>; na Rotunda da<br />
Almuinha Gran<strong>de</strong> (sentido Monte Real – <strong>Leiria</strong>).<br />
Como trajecto alternativo é aconselhada<br />
a A17.<br />
No centro da cida<strong>de</strong>, os arruamentos Av.<br />
Heróis <strong>de</strong> Angola, R. <strong>de</strong> São Francisco, R.<br />
| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />
Contra-relógio no sábado vai ligar Praia do Pedrógão ao centro da cida<strong>de</strong><br />
Coronel Teles Sampaio Rio, R. Capitão Mouzinho<br />
<strong>de</strong> Albuquerque, R. Dr. Afonso Acácio<br />
Serra, Largo Cónego Maia e Rossio <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>, entre a Rotunda do Sinaleiro e a Av.<br />
Heróis <strong>de</strong> Angola estarão encerrados entre<br />
as 7 e as 19 horas.<br />
A partir das 13 horas, o trânsito estará<br />
também proibido na Rotunda da Almuinha<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 41<br />
Volta a Portugal atravessa concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
DR<br />
Gran<strong>de</strong>, Ponte Euro 2004, Av. 22 <strong>de</strong> Maio,<br />
no sentido do centro da cida<strong>de</strong>, Ponte do<br />
Arrabal<strong>de</strong>, Rotunda do Estádio, acesso da<br />
Av. Bernardo Pimenta à Rotunda do Estádio,<br />
Av. 25 <strong>de</strong> Abril, no sentido <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte,<br />
Beco <strong>de</strong> São Francisco e acesso da estrada<br />
da Carreira <strong>de</strong> Tiro à EN 109. ■<br />
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42 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA | ■ Emprego ■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Acilis promove<br />
cursos<br />
A Acilis tem abertas inscrições<br />
para dois Cursos <strong>de</strong><br />
Educação e Formação (CEF),<br />
<strong>de</strong>stinados a jovens até aos<br />
23 anos. Trata-se das acções<br />
<strong>de</strong> logística e armazenagem<br />
e práticas técnico-comerciais,<br />
a promover em <strong>Leiria</strong>,<br />
a partir <strong>de</strong> Setembro (seis<br />
horas diárias em período<br />
pós-laboral), no âmbito dos<br />
apoios comunitários do Instituto<br />
<strong>de</strong> Emprego e Formação<br />
Profissional e do Programa<br />
Operacional do Potencial<br />
Humano.<br />
Desenvolvem-se através<br />
<strong>de</strong> percursos <strong>de</strong> dupla certificação<br />
- escolar e profissional<br />
- dando a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> adquirir habilitações<br />
escolares – 9.º ano e<br />
competências profissionais<br />
– nível II, com vista à inserção<br />
no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
Po<strong>de</strong>m ace<strong>de</strong>r aos cursos<br />
jovens entre os 15 e os<br />
23 anos, <strong>de</strong>tentores do 6º<br />
ano completo. Têm direito<br />
a subsídios <strong>de</strong> alimentação<br />
e <strong>de</strong> transporte, bolsa <strong>de</strong> formação<br />
durante o período <strong>de</strong><br />
estágio, bolsa <strong>de</strong> material<br />
escolar. ■<br />
Crise <strong>de</strong>struiu empregos tipicamente “masculinos”<br />
Mulher ganha peso no mercado laboral<br />
A força da mulher no mercado <strong>de</strong><br />
trabalho tem vindo a aumentar nos<br />
últimos anos, fenómeno que tem vindo<br />
a intensificar-se com a crise e com<br />
a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> empregos tipicamente<br />
“masculinos”, em áreas como a construção<br />
ou a indústria.<br />
Segundo os cálculos do Sol e do<br />
Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, no<br />
primeiro trimestre do ano, o género<br />
feminino já representava 47% da<br />
população empregada do País, o valor<br />
mais elevado <strong>de</strong> sempre. Nos últimos<br />
10 anos, a população feminina<br />
empregada subiu 5%, ao passo que<br />
o número <strong>de</strong> trabalhadores masculinos<br />
<strong>de</strong>sceu 3%. Se o ritmo se mantiver,<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 15 anos as mulheres<br />
terão ultrapassado os homens no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
As baixas qualificações dos trabalhadores<br />
masculinos dão uma ajuda<br />
extra. Em 1986, o número <strong>de</strong><br />
mulheres matriculadas no ensino<br />
superior ultrapassou, pela primeira<br />
vez, o dos homens. Des<strong>de</strong> então, o<br />
género feminino nunca mais <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> ser o mais forte nas faculda<strong>de</strong>s do<br />
País. No ano passado, 55% dos novos<br />
alunos no ensino superior eram mulheres.<br />
A forte presença das mulheres<br />
portuguesas no emprego tem <strong>de</strong> resto<br />
motivos históricos. A guerra colonial<br />
e a emigração <strong>de</strong> homens <strong>de</strong><br />
Faz parte da nossa cultura promover a adaptabilida<strong>de</strong>, a experimentação, a aprendizagem<br />
e a mudança contínua.<br />
O reconhecimento internacional da marca radica na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação, no<br />
saber fazer tecnológico e <strong>de</strong> gestão, uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento assente na<br />
diversificação do portfólio <strong>de</strong> produtos.<br />
TORRES NOVAS<br />
ENG. MECÂNICOS (m/f)<br />
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PROCURAMOS:<br />
Pessoas que queiram integrar equipa dinâmica, com fortes possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> evolução<br />
profissional, associada ao seguinte perfil:<br />
. Recém-licenciados com formação sólida;<br />
. Domínio da língua inglesa;<br />
. Disponibilida<strong>de</strong> para residência na zona;<br />
. Boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> trabalho;<br />
. Gosto pela gestão;<br />
. Disponibilida<strong>de</strong> para admissão imediata.<br />
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Efectivas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento pessoal e profissional, aliadas à formação<br />
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Envio <strong>de</strong> resposta por carta ou e-mail com a indicação da respectiva referência,<br />
razões <strong>de</strong> candidatura, nome completo, habilitações académicas, experiência profissional,<br />
vencimento pretendido, ida<strong>de</strong> e nº <strong>de</strong> telefone, para os nossos escritórios:<br />
dirpessoal@renova.pt<br />
ou<br />
RENOVA – FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA, S.A.<br />
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2354-001 TORRES NOVAS<br />
Os candidatos consi<strong>de</strong>rados serão contactados num prazo <strong>de</strong> 3 semanas.<br />
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muitas famílias fez com que as mulheres<br />
tivessem <strong>de</strong> assumir um papel<br />
<strong>de</strong>terminante no sustento do lar.<br />
Curso EFA <strong>de</strong> dupla certificação (com direito a bolsa <strong>de</strong> formação)<br />
"Técnico/a Instalador<br />
<strong>de</strong> Sistemas Solares Térmicos"<br />
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anos e com 9ºano completo (habilitações mínimas)<br />
Pré-inscrições até 31 <strong>de</strong> Agosto<br />
Para imprimir a ficha e obter informações <strong>de</strong>talhadas vá a<br />
http://cno.esc-calazans.ccems.pt/<br />
A presi<strong>de</strong>nte da Associação Portuguesa<br />
<strong>de</strong> Mulheres Empresárias,<br />
Ana Bela Silva, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o sexo<br />
feminino ten<strong>de</strong> a ter mais-valias em<br />
criativida<strong>de</strong>, resolução <strong>de</strong> problemas<br />
e sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />
LUGARES CIMEIROS<br />
PERTENCEM AOS HOMENS<br />
Apesar <strong>de</strong> reconhecer que as mulheres<br />
portuguesas são das que têm maior<br />
participação na vida laboral, a investigadora<br />
Aurora Teixeira explicou ao<br />
JORNAL DE LEIRIA que, em termos<br />
hierárquicos, o peso da mulher ainda<br />
é muito relativo.<br />
Os lugares cimeiros continuam a<br />
ser ocupados por homens, sendo que<br />
boa parte das mulheres ainda se autoexclui<br />
<strong>de</strong>ssas posições privilegiando<br />
a vida familiar. ■<br />
Daniela Franco Sousa<br />
MULHERES NO MERCADO<br />
DE TRABALHO<br />
Ano %<br />
2002 45,2<br />
2005 46<br />
2008 46,2<br />
2010* 47<br />
*primeiro trimestre Fonte: INE
TÉCNICO DE ATENDIMENTO<br />
PARA SECÇÃO DE PEÇAS (M/F)<br />
Requisitos da Função:<br />
. Formação mínima ao nível do 12º na área da mecânica<br />
. Experiência mínima <strong>de</strong> 1 / 2 anos em secção <strong>de</strong> peças<br />
. Conhecimentos <strong>de</strong> informática na óptica do utilizador<br />
. Domínio da língua inglesa<br />
. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho com autonomia e responsabilida<strong>de</strong><br />
. Gosto pelo trabalho em equipa<br />
. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />
. Carta <strong>de</strong> condução<br />
Condições preferenciais:<br />
. Ida<strong>de</strong> até 30 anos<br />
. Residência na zona <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
. Disponibilida<strong>de</strong> imediata<br />
Os interessados <strong>de</strong>verão enviar CV para Parque Movicortes – 2404-006 Azoia – <strong>Leiria</strong> ao<br />
cuidado da Responsável <strong>de</strong> Recursos Humanos ou para sandrina.leal@movicortes.pt<br />
TÉCNICO<br />
ADMINISTRATIVO (M/F)<br />
Requisitos da Função:<br />
. Curso superior na área da Gestão Empresarial<br />
Competências mínimas:<br />
. Experiência mínima <strong>de</strong> 3 anos <strong>de</strong> tratamento administrativo (facturação,<br />
cobranças, tesouraria)<br />
. Conhecimentos <strong>de</strong> informática (programas <strong>de</strong> facturação e microsoft<br />
office)<br />
. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho com autonomia e responsabilida<strong>de</strong><br />
. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> tempo e organização profissional<br />
. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />
. Carta <strong>de</strong> condução<br />
Condições preferenciais<br />
. Residência na zona <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Os interessados <strong>de</strong>verão enviar curriculum vitae e carta <strong>de</strong> apresentação<br />
para Parque Movicortes – 2404 – 006 Azoia – <strong>Leiria</strong>, A/C da Responsável<br />
<strong>de</strong> Recursos Humanos ou para sandrina.leal@movicortes.pt<br />
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ADMITE (M/F) PARA OBRA NA ZONA<br />
DA BATALHA/FÁTIMA:<br />
MOTORISTAS DE PESADOS C/ EXPERIÊNCIA<br />
(Camiões Basculantes <strong>de</strong> 26 / 32 / 40 ton)<br />
CONDUTORES/MANOBRADORES<br />
(Dumpers Rígidos ou Articulados, Bulldozers, Pá – Carregadoras,<br />
Escavadoras, Niveladoras, Cilindros e Tractores com Joper)<br />
MECÂNICO<br />
com experiência <strong>de</strong> pesados e máquinas<br />
ENCARREGADOS DE OBRA<br />
com experiência comprovada em trabalhos <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> terras<br />
e construção <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> comunicação<br />
Requisitos:<br />
Exige-se experiência Comprovada<br />
Sentido <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />
Disponibilida<strong>de</strong> Imediata<br />
Envio <strong>de</strong> Curriculum Vitae para o e-mail:<br />
filipe.lopes.jag@gmail.com<br />
ou en<strong>de</strong>reço:<br />
Cruzamento da Casa Meada – Antanhol<br />
3040-573 Coimbra<br />
ou para o FAX: 239 800 809<br />
| JORNAL DE LEIRIA | EMPREGO |<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 43<br />
PRECISA-SE<br />
EMPREGADA/O DOMÉSTICA<br />
INTERNA<br />
c/ carta <strong>de</strong> condução<br />
p/ Caldas da Rainha.<br />
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Contacto: 262 832 616<br />
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GISTA (M/F) para Fátima.<br />
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919 615 452.<br />
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anos <strong>de</strong> experiência em pesados articulados, c/ referências<br />
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c/ ou s/ Prática - Contacto na Se<strong>de</strong>
44 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Depressão agrava prognóstico <strong>de</strong> patologias graves<br />
Enfarte do miocárdio, aci<strong>de</strong>nte<br />
vascular cerebral (AVC), diabetes<br />
e outras patologias crónicas<br />
têm um prognóstico agravado em<br />
doentes com <strong>de</strong>pressão, revela o<br />
estudo The Societal Costs of Chronic<br />
Major Depression. De acordo<br />
com a investigação, a <strong>de</strong>pressão<br />
aumenta o risco <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />
dos doentes após enfarte do miocárdio<br />
e piora os resultados funcionais<br />
pós AVC e o prognóstico<br />
<strong>de</strong> doentes diabéticos. Os estados<br />
<strong>de</strong>pressivos contribuem ainda para<br />
aumentar o risco <strong>de</strong> morte dos<br />
doentes internados em lares <strong>de</strong><br />
terceira ida<strong>de</strong>.<br />
HERBALIFE<br />
NUTRIÇÃO<br />
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- Perca Peso, medidas e celulite,<br />
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Tlm: 962 627 967<br />
O estudo norte-americano<br />
lança uma nova luz sobre o<br />
impacto global da <strong>de</strong>pressão,<br />
patologia que afecta oito por<br />
cento dos portugueses. Cerca<br />
<strong>de</strong> 65% dos doentes enfrentam<br />
risco grave, tendo em conta o<br />
diagnóstico tardio (em média 5<br />
anos). Em causa, po<strong>de</strong> estar o<br />
<strong>de</strong>sconhecimento sobre os sintomas<br />
físicos dolorosos, como<br />
dores crónicas, musculares, abdominais<br />
e cefaleias, que não respon<strong>de</strong>m<br />
ao tratamento convencional,<br />
e que po<strong>de</strong>m escon<strong>de</strong>r<br />
uma <strong>de</strong>pressão durante anos,<br />
sem que se manifestem os tra-<br />
DR<br />
JORGE CARVALHO SOFIA<br />
MÉDICO ESPECIALISTA DE OTORRINOLARINGOLOGIA<br />
. CONSULTAS . CIRURGIAS . EXAMES DE AUDIÇÃO<br />
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Rua Dª Maria da Graça Lúcio da Silva, 9-1º esq., <strong>Leiria</strong> . Marcações pelos telefones<br />
244 822 970 – 239 827 089 ou Tm. 932 442 274<br />
■ Saú<strong>de</strong> ■<br />
Doentes <strong>de</strong>primidos têm índices<br />
<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> mais altos<br />
Há cada vez mais clientes<br />
Termas procuradas principalmente por mulheres<br />
Ainda são sobretudo as mulheres<br />
à procura <strong>de</strong> tratamento quem<br />
mais frequenta os balneários termais,<br />
mas a oferta <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong><br />
bem-estar leva às termas cada vez<br />
mais clientes que não esperam uma<br />
cura, mas alguns dias sem stress.<br />
De acordo com dados da Associação<br />
Termas <strong>de</strong> Portugal (ATP),<br />
em 2009 procuraram as termas 97<br />
mil clientes, mais 1,1% do que no<br />
ano anterior.<br />
Embora a maioria dos clientes<br />
ainda procure as termas no sentido<br />
clássico, o número das pessoas<br />
que procuram as novas valências<br />
<strong>de</strong> bem-estar está a crescer exponencialmente<br />
nos últimos anos, já<br />
que representou 31% do total em<br />
2009, quando era apenas <strong>de</strong> 2% do<br />
total em 2004.<br />
Segundo a ATP, 61% dos clientes<br />
que procuram as termas no sentido<br />
tradicional são mulheres, 81%<br />
do total <strong>de</strong> clientes tem mais <strong>de</strong> 44<br />
anos e 14% menos <strong>de</strong> 35 anos.<br />
A classe social dominante é, neste<br />
caso, a média e média-baixa, com<br />
origem na Gran<strong>de</strong> Lisboa ou no<br />
Gran<strong>de</strong> Porto.<br />
A maioria <strong>de</strong>stes clientes mais<br />
tradicionais fica nas termas, em<br />
média, por 14 dias e volta por várias<br />
vezes, já que, segundo a ATP, verifica-se<br />
uma taxa <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong><br />
70%.<br />
Já quem procura mais a indústria<br />
do bem-estar tem sobretudo<br />
entre 25 e 45 anos, é <strong>de</strong> classe média<br />
/ média–alta e vive em gran<strong>de</strong>s centros<br />
urbanos.<br />
A relação entre os sexos que procuram<br />
este produto é mais equilibrado,<br />
mas a taxa <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização do<br />
cliente é mais baixa.<br />
Normalmente ficam dois ou três<br />
dias, mas em hotéis <strong>de</strong> três estrelas<br />
ou superior.<br />
dicionais sinais emocionais.<br />
“Sabe-se que a <strong>de</strong>pressão tem<br />
uma prepon<strong>de</strong>rância forte na<br />
recuperação dos doentes. Por<br />
outro lado, também é conhecido<br />
o risco aumentado que doentes<br />
com doenças crónicas, ou em<br />
recuperação, têm <strong>de</strong> vir a conhecer<br />
um episódio <strong>de</strong>pressivo. O<br />
diagnóstico precoce nestes doentes<br />
é particularmente importante,<br />
pois quanto mais tar<strong>de</strong> a<br />
<strong>de</strong>pressão for <strong>de</strong>tectada mais difícil<br />
se torna a recuperação”, explica<br />
Luís Câmara Pestana, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Associação Portuguesa<br />
<strong>de</strong> Psiquiatria Biológica. ■<br />
CLÍNICA MATERNO<br />
INFANTIL DE LEIRIA<br />
> Alicia Rita -Obstetra Ginecologista<br />
> Bilhota Xavier - Pediatra<br />
> Beatriz Pena - Pedopsiquiatra<br />
> João Morgado - Ortopedista<br />
> Luís Seabra - Pediatra<br />
O volume total <strong>de</strong> negócios dos<br />
balneários termais em 2009 foi <strong>de</strong><br />
20,1 milhões <strong>de</strong> euros (mais 2,1 %<br />
em relação a 2008), segundo a ATP.<br />
Em Monte Real, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
as termas fazem 500 tratamentos<br />
diários, refere Miguel Sousinha,<br />
administrador da Lena Hotéis. Segundo<br />
aquele responsável, as águas <strong>de</strong><br />
Monte Real são boas para os aparelhos<br />
respiratório, digestivo e músculo-esquelético.<br />
■<br />
> Alexandre Pena - Psicólogo Clínico<br />
> Inês Lopes - Terapeuta da Fala<br />
Consultas por marcação todos os dias úteis<br />
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Tm. 912 483 731 | Tel. 244 827 956<br />
Email: maternoinfantil@netcabo.pt
Projecto distinguido no Nutrition Awards 2010<br />
ARS Centro promove<br />
redução <strong>de</strong> sal na comida<br />
O projecto Minorsal.sau<strong>de</strong> da Administração<br />
Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Centro<br />
(ARSC), que visa reduzir o sal adicionado<br />
à comida, através das acções<br />
Pão.come e Sopa.come, recebeu uma<br />
menção honrosa, na primeira edição<br />
do Nutrition Awards 2010, na categoria<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública.<br />
Porque “Portugal se encontra no<br />
topo da tabela dos países europeus em<br />
que é maior a relação entre a mortalida<strong>de</strong><br />
por aci<strong>de</strong>nte vascular cerebral<br />
e a ingestão média diária <strong>de</strong> sal” o<br />
objectivo do Minorsal.sau<strong>de</strong> é reduzir<br />
a mortalida<strong>de</strong> associada a doenças<br />
cérebro e cardiovasculares.<br />
Este trabalho “é alinhado por princípios<br />
<strong>de</strong> parcerias com a indústria e<br />
gran<strong>de</strong>s empresas retalhistas, formação<br />
para uma consciência informada<br />
dos consumidores e estruturado numa<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública multidisciplinares”,<br />
lê-se na <strong>de</strong>scrição<br />
sumária do projecto.<br />
O Pão.come está em curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2006, <strong>de</strong>corre da parceria entre a ARSC<br />
e a Associação do Comércio e da Indústria<br />
da Panificação, Pastelaria e Similares<br />
e a Fundação Portuguesa <strong>de</strong> Cardiologia<br />
e tem por objectivo a dimi-<br />
Sons <strong>de</strong> baixa frequência<br />
provocam doença vibro-acústica<br />
Os sons <strong>de</strong> baixa frequência, englobando aqueles que<br />
não são perceptíveis pelo ouvido humano, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar<br />
problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> muito graves. A doença vibro-<br />
-acústica po<strong>de</strong> causar total incapacida<strong>de</strong> e mesmo levar<br />
à morte. Os sons com frequência abaixo dos 500 Hertz<br />
(infrasons, não perceptíveis pelos humanos) estão presentes<br />
no nosso quotidiano, mesmo em aparelhos como<br />
o frigorífico, aviões e todos os meios <strong>de</strong> transportes, além<br />
<strong>de</strong> aparelhos emissores <strong>de</strong> sons e vibrações. A doença<br />
surge por uma tentativa <strong>de</strong> o corpo se equilibrar, <strong>de</strong>pois<br />
das agressões sonoras, fabricando colagéneo. ■<br />
Por que é que soluçamos?<br />
O soluço é uma contracção involuntária<br />
do músculo diafragma, o principal<br />
músculo da respiração. O soluço<br />
é geralmente causado por uma irritação<br />
do nervo frénico (responsável por<br />
activar o diafragma), <strong>de</strong>vido a um<br />
aumento do volume do estômago. E<br />
não é lenda a história <strong>de</strong> que o susto<br />
DR<br />
po<strong>de</strong> curar o soluço. Porque o susto<br />
provoca a libertação <strong>de</strong> adrenalina,<br />
activando o nervo frénico. Outra solução<br />
é beber água gelada, que provoca<br />
o mesmo efeito. Em casos raros, a irritação<br />
do nervo frénico po<strong>de</strong> ser causada<br />
por um tumor, e o soluço persiste<br />
por dias. ■<br />
nuição gradual do teor <strong>de</strong> sal no pão.<br />
O projecto conta já com mil padarias<br />
a<strong>de</strong>rentes. Após três anos no terreno,<br />
os resultados <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>monstram<br />
que “foram reduzidos substancialmente<br />
os valores <strong>de</strong> sal no pão”.<br />
O Sopa.come teve inicio em 2009 e<br />
preten<strong>de</strong> ter uma intervenção semelhante<br />
naquele que é consi<strong>de</strong>rado o<br />
segundo alimento com maior potencial<br />
<strong>de</strong> intervenção, a sopa. Foram avaliadas<br />
264 sopas provenientes <strong>de</strong> cantinas<br />
e estabelecimentos <strong>de</strong> restauração<br />
e “percebeu-se que a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> sal adicionado era superior ao recomendado”.<br />
Esta acção está em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
até ao final <strong>de</strong> 2010 será<br />
e alargada a nível regional, começando<br />
por um diagnóstico <strong>de</strong> base para o<br />
trabalho.■<br />
CONSUMO MÉDIO DIÁRIO<br />
DE SAL EM GRAMAS<br />
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REDUÇÃO DE SAL/VIDAS POUPADAS<br />
1g/dia 2640<br />
4g/dia 7000<br />
| JORNAL DE LEIRIA | SAÚDE |<br />
A origem da rebeldia<br />
Segundo um estudo muito recente, a rebeldia<br />
po<strong>de</strong> estar relacionada com o tamanho<br />
da amígdala cerebelosa (área responsável<br />
pela agressivida<strong>de</strong>).<br />
Num estudo realizado na Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Melbourne, na Austrália, foram observados<br />
137 encéfalos <strong>de</strong> adolescentes através<br />
<strong>de</strong> ressonância magnética, durante vários<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Movimento<br />
Vencer e Viver<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 45<br />
O Movimento Vencer e Viver (MVV) tem as portas abertas<br />
a novas voluntárias que queiram envolver-se no<br />
projecto da Liga Portuguesa Contra o Cancro, com<br />
extensão no Hospital <strong>de</strong> Santo André <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001. O<br />
MVV presta acolhimento a mulheres com cancro da<br />
mama, familiares e amigos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que é conhecido o<br />
diagnóstico e em todas as fases da doença. A extensão<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do Vencer e Viver está aberta todas as terças<br />
e quintas-feira das 10 às 12:30 horas. As voluntárias,<br />
mulheres que passaram pela experiência <strong>de</strong> cancro<br />
da mama, encontram-se disponíveis para dar um<br />
testemunho <strong>de</strong> esperança, aconselhando a mulher a<br />
lidar com os seus medos e preocupações, bem como<br />
na aquisição <strong>de</strong> material ortopédico a preços reduzidos.<br />
O Vencer e Viver apoiou directa ou indirectamente<br />
mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z mil mulheres nos últimos dois anos. Encontra-se<br />
também em funcionamento em Aveiro, Castelo<br />
Branco, Covilhã, Guarda e Viseu. O cancro da mama<br />
é o tumor maligno com maior prevalência no mundo<br />
industrializado e o mais comum no sexo feminino.<br />
Todos os anos na União Europeia, 331 mil mulheres<br />
são diagnosticadas com cancro da mama, e 90 mil<br />
morrem com esta doença. Em Portugal, é também a<br />
forma <strong>de</strong> cancro mais frequente na mulher, registando-se<br />
aproximadamente 4.500 novos casos e 1.500<br />
mortes anuais.<br />
Votos para mascote valem equipamento<br />
Pediatria do S. Francisco<br />
ajuda APPC<br />
“Olá, eu sou a mascote da Pediatria do Centro Hospitalar<br />
<strong>de</strong> São Francisco (CHSF) e ainda não tenho nome.<br />
Para isso preciso da vossa ajuda. Os meus pais não se<br />
conseguem <strong>de</strong>cidir e eu não posso continuar sem ter<br />
um nome. Pensámos em várias alternativas… mas não<br />
passámos disso.” Este é o pedido do representante do<br />
serviço <strong>de</strong> Pediatria do CHSF, em <strong>Leiria</strong>. O hospital<br />
<strong>de</strong>safia as pessoas a votarem no nome preferido e se<br />
o número <strong>de</strong> participantes ultrapassar os dois mil, os<br />
responsáveis comprometem-se a oferecer um equipamento<br />
à Associação Portuguesa <strong>de</strong> Paralisia Cerebral<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Segundo o blog do Centro Hospitalar, o prémio<br />
consiste num “carrinho <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s”, “on<strong>de</strong> os<br />
meninos com paralisia cerebral e outras patologias<br />
raras apren<strong>de</strong>m a fazer coisas que para nós parecem<br />
simples mas, para eles, são gran<strong>de</strong>s conquistas”. A cada<br />
500 votos, o serviço <strong>de</strong> Pediatria garante ainda a oferta<br />
<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> peças. Para participar basta ace<strong>de</strong>r<br />
ao en<strong>de</strong>reço http://pediatria.chsf.pt/mascote e escolher<br />
o nome preferido.■<br />
momentos <strong>de</strong> discussão com os seus pais.<br />
Concluíram então, que os adolescentes mais<br />
rebel<strong>de</strong>s e nervosos apresentavam amígdalas<br />
cerebelosas relativamente maiores do que<br />
as dos adolescentes mais calmos. Isto sugeriu<br />
aos investigadores que o tamanho das<br />
amígdalas está associado ao comportamento<br />
afectivo nas interacções familiares. ■
46 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SAÚDE/DIVERSOS | JORNAL DE LEIRIA |<br />
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Revisão: 2<br />
Data: 20/02/2010<br />
DECLARAÇÃO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />
Eu, António da Costa Santos, portador do BI n.º 4225151 emitido em<br />
29/01/2008 pelos SIC <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, resi<strong>de</strong>nte na Rua Vale do Rei n.º 8, Pocariça,<br />
freguesia <strong>de</strong> Maceira, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>claro para os <strong>de</strong>vidos efeitos<br />
que, estando separado <strong>de</strong> facto da minha esposa, Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Almeida<br />
Ferreira Santos, não me responsabilizo por qualquer dívida por ela contraída<br />
a partir <strong>de</strong>sta data.<br />
Maceira, 6 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA<br />
DA SEGURANÇA SOCIAL<br />
SECÇÃO DE PROCESSO DE LEIRIA<br />
ANÚNCIO/EDITAL<br />
2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />
CITAÇÃO DE CREDORES E VENDA POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA<br />
Processo (s) <strong>de</strong> Execução Fiscal n.º (s) 1001200701119940 e apensos<br />
Mário João Nativida<strong>de</strong> Francisco, Coor<strong>de</strong>nador da Secção <strong>de</strong> Processo Executivo <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> do Instituto <strong>de</strong> Gestão Financeira da Segurança Social, I.P. (Deliberação n.º<br />
842/2010, <strong>de</strong> 01/04/2010, publicada na II Série do Diário da República, n.º 88, <strong>de</strong><br />
06 <strong>de</strong> Maio), sita na Rua Francisco Pereira da Silva, 10 D, R/C A - 2410-105 <strong>Leiria</strong>,<br />
faz saber que, nos termos dos artigos 864º, do Código <strong>de</strong> Processo Civil (C.P.C.)<br />
e nos termos dos artigos 239º, n.º 2, 242º e 249º do Código <strong>de</strong> Procedimento e Processo<br />
Tributário (C.P.P.T.) por este serviço correm éditos <strong>de</strong> vinte dias citando os credores<br />
<strong>de</strong>sconhecidos, bem como os sucessores dos credores preferentes <strong>de</strong> PEDRO<br />
MIGUEL PAULINO PISSARRA, NIF 181722950, com domicílio fiscal em RUA<br />
DO MOINHO, VIV. MAR E SERRA, 2º, executado(a) nos processos <strong>de</strong> execução fiscal<br />
supra mencionados, pelo montante <strong>de</strong> € 260031,1 acrescido <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> mora e<br />
custas referente a dívida por falta <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> contribuições à Segurança Social,<br />
para no prazo <strong>de</strong> quinze dias seguidos aos vinte dos éditos, que se contarão a partir<br />
da 2.ª Publicação, reclamarem os seus créditos sobre os bens penhorados abaixo discriminados,<br />
que serão objecto <strong>de</strong> venda judicial, na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proposta em carta<br />
fechada, a realizar neste serviço, no próximo dia 11-10-2010, (Onze <strong>de</strong> Outubro<br />
<strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z), pelas 15:00 horas.<br />
IDENTIFICAÇÃO DOS BENS A VENDER<br />
Verba única: prédio <strong>de</strong>stinado a habitação, composto por: rés-do-chão - alpendre,<br />
hall, cozinha, arrumos, instalação sanitária, sala, logradouro;1º andar - 2 varandas,<br />
hall, instalação sanitária, 2 quartos, arrumos, terraços. Localiza-se na Praia Ver<strong>de</strong>,<br />
Lote 51, fracção A, Castro Marim. Encontra-se <strong>de</strong>scrito na Conservatória <strong>de</strong> Registo<br />
Predial <strong>de</strong> Castro Marim sob o nº 3626-A da freguesia <strong>de</strong> Castro Marim.<br />
O valor base para a venda é <strong>de</strong> €100450 que correspon<strong>de</strong> a 70% do valor <strong>de</strong>terminado<br />
nos termos do art. 250º,<br />
n.º 1 alínea c) do C.P.P.T.<br />
Acrescem os impostos legais.<br />
Não são consi<strong>de</strong>radas propostas apresentadas com valor inferior ao valor base.<br />
As propostas <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>verão ser apresentadas nesta Secção <strong>de</strong> Processo Executivo<br />
até ao dia e hora <strong>de</strong>signados para venda, em envelope fechado, com a indicação<br />
“Proposta em carta fechada – PEDRO MIGUEL PAULINO PISSARRA – Processo<br />
<strong>de</strong> Execução Fiscal n.º 1001200701119940 e apensos e outros” e das mesmas <strong>de</strong>verá<br />
constar o preço proposto, a indicação completa e assinatura do proponente.<br />
As propostas recebidas serão abertas no dia e hora acima <strong>de</strong>signados, na presença<br />
do órgão <strong>de</strong> execução fiscal, po<strong>de</strong>ndo assistir a executada, todos os proponentes, as<br />
pessoas citadas nos termos do art.º 239º e 249º do C.P.P.T. e todos os que, <strong>de</strong>vidamente<br />
i<strong>de</strong>ntificados, possam exercer o direito <strong>de</strong> preferência ou remição.<br />
Efectuada a venda, será o preço, ou parte <strong>de</strong>le, não inferior a uma terça parte, <strong>de</strong>positado<br />
a or<strong>de</strong>m do I.G.F.S.S., I.P. mediante guias a solicitar neste serviço, sendo a<br />
restante parte, no caso do não pagamento integral, <strong>de</strong>positada no prazo <strong>de</strong> quinze<br />
dias.<br />
Se o preço mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo<br />
licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>. Estando<br />
presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta dos<br />
outros, caso contrário, proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve prevalecer<br />
(art. 253º do Código <strong>de</strong> Procedimento e Processo Tributário).<br />
É fiel <strong>de</strong>positário PEDRO MIGUEL PAULINO PISSARRA, com domicílio em RUA<br />
DO MOINHO, VIV. MAR E SERRA, 2º, sobre quem recai a obrigação <strong>de</strong> mostrar os<br />
bens a quem preten<strong>de</strong>r examiná-los, <strong>de</strong>vendo para este efeito ser contactado até ao<br />
dia da venda.<br />
E para constar se lavrou o presente edital/anúncio que vai ser afixado nos lugares<br />
<strong>de</strong>signados por lei.<br />
Secção <strong>de</strong> Processo Executivo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do I.G.F.S.S., I.P.<br />
<strong>Leiria</strong>, 2 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />
O Coor<strong>de</strong>nador,<br />
Mário João Nativida<strong>de</strong> Francisco<br />
A escrivã,<br />
Catarina Morgado<br />
Rectificação: Na 1.ª publicação <strong>de</strong>ste anúncio, no dia 5 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010, on<strong>de</strong><br />
consta H100450, <strong>de</strong>veria ler-se €100450."<br />
| JORNAL DE LEIRIA | DIVERSOS/INSTITUCIONAL |<br />
CARTÓRIO NOTARIAL<br />
ALEXANDRA HELENO FERREIRA<br />
Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />
EXTRACTO<br />
CERTIFICO, para fins <strong>de</strong> publicação e em conformida<strong>de</strong> com o seu original,<br />
que por escritura <strong>de</strong> Justificação lavrada neste Cartório, no dia vinte e<br />
três <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z, <strong>de</strong> folhas trinta e um a folhas trinta e sete do<br />
respectivo Livro <strong>de</strong> Notas para Escrituras Diversas número CENTO E VIN-<br />
TE E UM, António Coelho Ribeiro, NIF 141.815.370 e mulher Laurinda<br />
Pereira Lopes, NIF 136.743.897, casados sob o regime da comunhão geral,<br />
naturais da freguesia <strong>de</strong> Gon<strong>de</strong>maria, concelho <strong>de</strong> Ourém, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>m na<br />
Rua Principal, nº30, Fartaria, <strong>de</strong>clararam:<br />
Que são com exclusão <strong>de</strong> outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes<br />
imóveis:<br />
1- Prédio Rústico, composto <strong>de</strong> pinhal, com a área <strong>de</strong> quatro mil e cem<br />
metros quadrados, sito em Vale Marques, limite <strong>de</strong> Barroquinha, freguesia<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte com<br />
Fernando Melro e outro, do sul com Fernando Pereira Lopes, do nascente com<br />
Fernando Melro e do poente com her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> José Vieira Antunes Coelho,<br />
inscrito na matriz sob o artigo 11150, com o valor patrimonial <strong>de</strong> € 1.070,00<br />
e a que atribuem igual valor;<br />
2- Prédio Rústico, composto <strong>de</strong> pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> cinco mil<br />
e trezentos metros quadrados, sito em Vale Tacão, freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina<br />
da Serra, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte com Manuel Vieira<br />
Antunes, do sul com Laurinda Pereira Lopes, do nascente com José Maria<br />
Vieira Verdasca e do poente com Rosaria Caetano, inscrito na matriz sob o<br />
artigo 8853, com o valor patrimonial <strong>de</strong> €15,84 e a que atribuem igual valor;<br />
3- Setenta e quatro mil novecentos e quatro/cem mil avos indivisos,<br />
único direito que possuem, do prédio rústico, composto <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> cultura,<br />
pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito mil e quatrocentos metros quadrados,<br />
sito em Carreira da Serra, freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte e do nascente com Manuel Ferreira Fonseca,<br />
do sul com caminho e do poente com José Coelho Batista e outros, inscrito na<br />
matriz sob o artigo 8666, sendo <strong>de</strong> € 73,53 o valor patrimonial do direito<br />
justificado e a que atribuem igual valor;<br />
Que os indicados prédios não se acham <strong>de</strong>scritos nas Conservatórias do<br />
Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, tendo os das verbas números um, dois e três por<br />
doação verbal feita por José Lopes e mulher Júlia <strong>de</strong> Jesus, resi<strong>de</strong>ntes em<br />
Gon<strong>de</strong>maria, Ourém, Outubro <strong>de</strong> mil novecentos e setenta, sem que <strong>de</strong>las ficassem<br />
a dispor <strong>de</strong> título suficiente e formal que lhes permita fazer o respectivo<br />
registo.<br />
Que possuem os indicados prédios em nome próprio, há mais <strong>de</strong> vinte<br />
anos, sem a menor oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, posse<br />
que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento<br />
<strong>de</strong> toda a gente da freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, lugares e<br />
freguesia vizinhas, traduzida em actos materiais <strong>de</strong> fruição, conservação e<br />
<strong>de</strong>fesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo<br />
os respectivos frutos, limpando-os <strong>de</strong> mato, pagando os respectivos<br />
impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspon<strong>de</strong>nte ao exercício<br />
do direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica e<br />
contínua e <strong>de</strong> boa fé, pelo que adquiriram os ditos prédios por USUCAPIÃO.<br />
Ourém, vinte e três <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z.<br />
A Colaboradora da Notária, por competência <strong>de</strong>legada, nos termos do<br />
art.º 8º do Estatuto do Notariado.<br />
Carla Sofia Pinheiro Neto<br />
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333<br />
A N Ú N C I O<br />
2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)<br />
I<strong>de</strong>ntificação do bem: Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. <strong>de</strong> Utiliz.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, CARACTERÍSTICAS: Afectação: Habitação, Tipologia/Divisões: 5,<br />
Nº <strong>de</strong> pisos: 2, Área total do terreno: 140m2, Área <strong>de</strong> implantação do edifício: 140m2,<br />
Área bruta <strong>de</strong> construção: 250m2. Área bruta privativa: 124m2, Área bruta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte:<br />
126m2, sito em Carvalhal do Picoto, inscrito na matriz predial urbana da freguesia<br />
<strong>de</strong> Golpilheira com nº 432 e <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial da<br />
Batalha - <strong>de</strong>sc. 351.<br />
TEOR DO ANÚNCIO<br />
Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira , Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong><br />
Finanças BATALHA-1333, faz saber que no dia 2010-12-28, pelas 11:00 horas, neste<br />
Serviço <strong>de</strong> Finanças, sito em CELULAB - PRACA DO MUNICIPIO LT. 7 E 8, BATA-<br />
LHA, se há-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial,<br />
nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo<br />
Tributário (CPPT), do bem acima <strong>de</strong>signado, penhorado ao Executado infra indicado,<br />
para pagamento da dívida no valor <strong>de</strong> 12.293,91€, sendo 10.361,47€ <strong>de</strong> quantia<br />
exequenda e 1.932,44€ <strong>de</strong> acréscimos legais.<br />
Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,<br />
citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para<br />
reclamarem, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus<br />
créditos que gozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)<br />
O valor base da venda é <strong>de</strong> 34.279€, calculado nos termos do artigo 250.º do<br />
CPPT.<br />
É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) JOSE ANTONIO FRAZÃO DE MATOS, resi<strong>de</strong>nte<br />
em CARVALHAL DO PICOTO - GOLPILHEIRA, o(a) qual <strong>de</strong>verá mostrar o bem<br />
acima i<strong>de</strong>ntificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-<br />
11-23 e as 17:00 horas do dia 2010-11-25 (249º/6 CPPT).<br />
Todas as propostas <strong>de</strong>verão ser entregues no Serviço <strong>de</strong> Finanças, até às 16:00<br />
horas do dia 2010-12-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças,<br />
<strong>de</strong>vendo i<strong>de</strong>ntificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome<br />
do Executado e o n.º <strong>de</strong> venda 1333.2010.4.<br />
As propostas serão abertas no dia e hora <strong>de</strong>signados para a venda (dia 2010-12-<br />
28 às 11:00h), na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º CPPT).<br />
Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base <strong>de</strong> venda atribuído<br />
a cada verba (250º Nº4 CPPT).<br />
No acto da venda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada a importância mínima <strong>de</strong> 1/3 do valor da<br />
venda, na Secção <strong>de</strong> Cobrança <strong>de</strong>ste Serviço <strong>de</strong> Finanças e pago o Imposto Municipal<br />
Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem <strong>de</strong>vidos.<br />
Os restantes 2/3 <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados na mesma entida<strong>de</strong>, no prazo <strong>de</strong> 15 dias<br />
(256.º CPPT).<br />
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrirse-á<br />
logo licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>.<br />
Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta<br />
dos outros, caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve<br />
prevalecer (253.º CPPT).<br />
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO<br />
Nome: JOSE ANTONIO FRAZÃO DE MATOS.<br />
Morada: CARVALHAL DO PICOTO - GOLPILHEIRA.<br />
Data: 19-05-2010<br />
O Chefe <strong>de</strong> Finanças<br />
Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 47<br />
CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA<br />
A CARGO DO NOTÁRIO PEDRO TAVARES<br />
2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />
Certifico, para fins <strong>de</strong> publicação, que neste Cartório e no Livro <strong>de</strong> Notas<br />
para Escrituras Diversas nº 192-A <strong>de</strong> folhas cinquenta e quatro a folhas cinquenta<br />
e cinco verso se encontra exarada uma Escritura <strong>de</strong> Justificação Notarial<br />
no dia trinta <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.<br />
Outorgada por Maria Emília Domingues, viúva, natural <strong>de</strong> Souto da<br />
Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> na Rua da Fonte, nif 123 603 129, - Disse a<br />
primeira:<br />
Que, com exclusão <strong>de</strong> outrem, é dona e legítima possuidora dos seguintes<br />
imóveis:<br />
a) Prédio rústico, composto por pinhal, com a área <strong>de</strong> três mil e quarenta<br />
metros quadrados, a confrontar do norte com António Domingues Pedrosa,<br />
sul com Joaquim Ferreira Figueirinha, nascente com caminho e do poente com<br />
Alfredo da Conceição Sousa, sito em Cerca, na freguesia <strong>de</strong> Monte Redondo<br />
do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória do Registo Predial<br />
<strong>de</strong>ste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 15336, com o<br />
valor patrimonial tributário <strong>de</strong> 273,66€, igual ao atribuído;<br />
b) Prédio rústico, composto por terra <strong>de</strong> pinhal e mato, com a área <strong>de</strong><br />
mil novecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com<br />
Manuel Domingues da Ponte, nascente com Manuel Domingues da Ponte e<br />
outro e do poente com caminho, sito em Estremadouro, na freguesia <strong>de</strong> Souto<br />
da Carpalhosa do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória<br />
do Registo Predial <strong>de</strong>ste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o<br />
artigo 603, com o valor patrimonial tributário <strong>de</strong> 502,67€, igual ao atribuído;<br />
c) Prédio rústico, composto por pinhal, com a área <strong>de</strong> oitocentos e setenta<br />
metros quadrados, a confrontar do norte com José Domingues Pedrosa, sul<br />
e nascente com Manuel da Fonseca, do poente com António Joaquim, sito em<br />
Arneiro das Jarmelas, na freguesia <strong>de</strong> Bajouca do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito<br />
na Segunda Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong>ste concelho, inscrito na<br />
respectiva matriz sob o artigo 15211, com o valor patrimonial tributário <strong>de</strong><br />
79,58€, igual ao atribuído.<br />
Que os referidos prédios vieram à sua posse por doação meramente verbal<br />
que lhe foi feita por volta do ano <strong>de</strong> mil novecentos e setenta e cinco pelos<br />
tios José Domingues, viúvo e Maria <strong>de</strong> Jesus, viúva, resi<strong>de</strong>ntes que foram em<br />
Santarém e Souto da Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, respectivamente, sendo ela à data<br />
casada no regime imperativo da separação <strong>de</strong> bens.<br />
Que, assim, vem possuindo esses prédios com seu, há mais <strong>de</strong> vinte anos,<br />
como proprietária e na convicção <strong>de</strong> o ser, cortando mato, plantando e ven<strong>de</strong>ndo<br />
árvores, cumprindo as obrigações fiscais a eles relativas, posse que vem<br />
exercendo ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento <strong>de</strong> toda a gente<br />
e sem oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, assim <strong>de</strong> modo pacífico, contínuo,<br />
público e <strong>de</strong> boa fé, pelo que adquiriu por usucapião a proprieda<strong>de</strong> sobre o<br />
indicados imóveis.<br />
Que dada a forma <strong>de</strong> aquisição originária não tem documentos que a<br />
comprovem.<br />
Que para suprir tal título vem pela presente escritura prestar estas <strong>de</strong>clarações<br />
<strong>de</strong> justificação com o fim <strong>de</strong> obter no registo predial a primeira inscrição<br />
<strong>de</strong> aquisição dos referidos prédios.<br />
Vai conforme o original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida<br />
nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.<br />
<strong>Leiria</strong> trinta <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z<br />
A Funcionária<br />
Leonor Pereira<br />
Conta registada sob o nº 2481, <strong>de</strong> que foi emitido recibo<br />
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333<br />
A N Ú N C I O<br />
2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)<br />
I<strong>de</strong>ntificação do bem: Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. <strong>de</strong> Utiliz.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, CARACTERÍSTICAS:<br />
Afectação: Armazéns e activida<strong>de</strong> industrial, Tipologia/Divisões: 1, Nº <strong>de</strong> pisos:<br />
1, Área total do terreno: 4400m2, Área <strong>de</strong> implantação do edifício: 550m2, Área bruta<br />
<strong>de</strong> construção: 550m2. Área bruta privativa: 550m2, Área bruta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: 0m2,<br />
sito em Cova da Raposas - Hortas, inscritona matriz predial urbana da freguesia <strong>de</strong><br />
Barreira, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> com nº 1591 e <strong>de</strong>scrito na 1ª Conservatória do Registo<br />
Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - <strong>de</strong>sc. nº 2556.<br />
TEOR DO ANÚNCIO<br />
Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira , Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong><br />
Finanças BATALHA-1333, faz saber que no dia 2010-12-28, pelas 10:00 horas, neste<br />
Serviço <strong>de</strong> Finanças, sito em CELULAB - PRACA DO MUNICIPIO LT. 7 E 8, BATA-<br />
LHA, se há-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial,<br />
nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo<br />
Tributário (CPPT), do bem acima <strong>de</strong>signado, penhorado ao Executado infra indicado,<br />
para pagamento da dívida no valor <strong>de</strong> 12.293,91€, sendo 10.361,47€ <strong>de</strong> quantia<br />
exequenda e 1.932,44€ <strong>de</strong> acréscimos legais.<br />
Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,<br />
citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para<br />
reclamarem, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus<br />
créditos que gozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)<br />
O valor base da venda é <strong>de</strong> 87.703€, calculado nos termos do artigo 250.º do<br />
CPPT.<br />
É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) MARIA ALICE CUNHA DE SOUSA MATOS,<br />
resi<strong>de</strong>nte em R DA GAFARIA N 55 - GOLPILHEIRA, o(a) qual <strong>de</strong>verá mostrar o bem<br />
acima i<strong>de</strong>ntificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-<br />
11-23 e as 17:00 horas do dia 2010-11-25 (249º/6 CPPT).<br />
Todas as propostas <strong>de</strong>verão ser entregues no Serviço <strong>de</strong> Finanças, até às 16:00<br />
horas do dia 2010-12-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças,<br />
<strong>de</strong>vendo i<strong>de</strong>ntificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome<br />
do Executado e o n.º <strong>de</strong> venda 1333.2010.3.<br />
As propostas serão abertas no dia e hora <strong>de</strong>signados para a venda (dia 2010-12-<br />
28 às 10:00h), na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º CPPT).<br />
Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base <strong>de</strong> venda atribuído<br />
a cada verba (250º Nº4 CPPT).<br />
No acto da venda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada a importância mínima <strong>de</strong> 1/3 do valor da<br />
venda, na Secção <strong>de</strong> Cobrança <strong>de</strong>ste Serviço <strong>de</strong> Finanças e pago o Imposto Municipal<br />
Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem <strong>de</strong>vidos.<br />
Os restantes 2/3 <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados na mesma entida<strong>de</strong>, no prazo <strong>de</strong> 15 dias<br />
(256.º CPPT).<br />
Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrirse-á<br />
logo licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>.<br />
Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta<br />
dos outros, caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve<br />
prevalecer (253.º CPPT).<br />
IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO<br />
Nome: MARIA ALICE CUNHA DE SOUSA MATOS.<br />
Morada: R DA GAFARIA N 55 - GOLPILHEIRA.<br />
Data: 19-05-2010<br />
O Chefe <strong>de</strong> Finanças<br />
Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira
48 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA | ■ Imobiliário ■<br />
Casas<br />
Compra<br />
<strong>de</strong> segunda<br />
habitação<br />
sobe cerca<br />
<strong>de</strong> 30%<br />
Dados provisórios da<br />
Associação dos Profissionais<br />
das Empresas <strong>de</strong><br />
Mediação Imobiliária<br />
indicam que a compra <strong>de</strong><br />
segunda habitação aumentou<br />
nos primeiros<br />
seis meses do ano. Apesar<br />
da crise, no primeiro<br />
semestre, as vendas<br />
subiram entre 20% a 30%<br />
na região do Algarve,<br />
comparando com igual<br />
período do ano passado,<br />
revelou à Renascença o<br />
presi<strong>de</strong>nte da associação,<br />
Luís Carvalho Lima, representante<br />
das imobiliárias<br />
nacionais. O presi<strong>de</strong>nte<br />
lembra, contudo, que é<br />
preciso ter em conta que<br />
2009 foi um dos piores<br />
anos no que toca à venda<br />
<strong>de</strong> imobiliário e, por<br />
isso, a situação só po<strong>de</strong>ria<br />
melhorar. Na opinião<br />
<strong>de</strong> Luís Carvalho Lima,<br />
há muitas pessoas que<br />
preferem investir em habitação<br />
do que colocar o<br />
dinheiro no banco. “Hoje<br />
em dia, há alguma incerteza<br />
sobre a situação<br />
financeira, levando a que<br />
as pessoas apliquem o<br />
dinheiro no imobiliário”.<br />
Pois, em Portugal não<br />
houve uma <strong>de</strong>svalorização<br />
do mercado e do preço<br />
dos imóveis como<br />
aconteceu, por exemplo,<br />
em Espanha.<br />
Sector resi<strong>de</strong>ncial registou o menor volume <strong>de</strong> transacções<br />
Investimento imobiliário<br />
cai para menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />
JOSÉ MARQUES<br />
No último ano, o investimento<br />
imobiliário em Portugal caiu para<br />
menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>. De acordo com<br />
os dados da consultora Cushman<br />
& Wakefield (C&W), citados pela<br />
Agência Lusa, o investimento imobiliário<br />
no País movimentou 241<br />
milhões <strong>de</strong> euros no primeiro semestre,<br />
ou seja, menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos<br />
valores registado nos primeiros seis<br />
meses do ano passado. No período<br />
homólogo <strong>de</strong> 2010, foram realizados<br />
negócios no valor <strong>de</strong> cerca<br />
<strong>de</strong> 600 milhões.<br />
Segundo a consultora, o resultado<br />
obtido é “um investimento<br />
Compre o seu apartamento e vá <strong>de</strong><br />
férias para o Brasil<br />
(campanha válida até 31 Agosto 2010)<br />
inferior ao esperado para o primeiro<br />
semestre”. Ainda assim, Luís<br />
Rocha Antunes, director do <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> investimento da C&W<br />
em Portugal, acredita que 2010<br />
“po<strong>de</strong> vir a atingir valores superiores<br />
aos <strong>de</strong> 2009 ainda que mo<strong>de</strong>stos<br />
face à média dos últimos anos”,<br />
o que, acrescentou, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da<br />
“evolução da economia mundial e<br />
nacional”. Para estes valores contribuiu<br />
uma “maior activida<strong>de</strong> no<br />
mercado dos investidores estrangeiros,<br />
responsáveis por 51% das<br />
transacções verificadas até Junho”,<br />
realça.<br />
Em relação aos sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />
a C&W nota “um regresso<br />
à <strong>prima</strong>zia do retalho, que representou<br />
cerca <strong>de</strong> 58% no total <strong>de</strong><br />
investimento, com uma parte importante<br />
<strong>de</strong>ste montante investida em<br />
centros comerciais”.<br />
Segue-se o sector industrial, ao<br />
qual foi <strong>de</strong>stinado 28% do volume<br />
total investido e o sector <strong>de</strong><br />
escritórios, com 12% do montante<br />
total. Segundo a análise da C&W,<br />
o sector resi<strong>de</strong>ncial recebeu o menor<br />
volume transaccionado, apenas<br />
2.4%.<br />
“A incerteza quanto ao momen-<br />
to em que se irá dar a inversão na<br />
curva <strong>de</strong> crescimento das economias<br />
e quais os custos reais que<br />
esta crise po<strong>de</strong> ter provocado levou<br />
a uma retoma <strong>de</strong> maior cautela por<br />
parte <strong>de</strong> investidores e financiadores,<br />
não sendo previsível alteração<br />
do nível <strong>de</strong> valores nos próximos<br />
meses”, concluiu Luís Rocha<br />
Antunes.<br />
REABILITAÇÃO<br />
É “BALÃO DE OXIGÉNIO”<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>ração<br />
da Construção e Imobiliário disse<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios que, “face à<br />
falta <strong>de</strong> obras públicas, o investimento<br />
privado é a solução” para<br />
o sector. Já a Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Construção<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a reabilitação<br />
urbana po<strong>de</strong>ria travar a perda <strong>de</strong><br />
95 mil empregos num futuro próximo,<br />
sendo que o sector terá perdido,<br />
nos últimos três anos, 200<br />
mil empregos com a crise. Actualmente,<br />
a reabilitação urbana não<br />
ultrapassa os 6.5% do total da activida<strong>de</strong><br />
no sector da construção.■<br />
Números<br />
6.5%<br />
Peso da reabilitação no sector<br />
da construção.<br />
200 mil<br />
Empregos perdidos na construção,<br />
nos últimos três anos.<br />
95 mil euros<br />
Valor do aposta necessária no<br />
segmento para salvar empregos.<br />
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QUINTA, 12<br />
SEXTA, 13<br />
SÁBADO, 14<br />
DOMINGO, 15<br />
SEGUNDA, 16<br />
TERÇA, 17<br />
QUARTA, 18<br />
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SEXTA, 13<br />
SÁBADO, 14<br />
DOMINGO, 15<br />
SEGUNDA, 16<br />
TERÇA, 17<br />
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PASSATEMPOS<br />
SUDOKU<br />
ALCOBAÇA<br />
B. Marques 262582115<br />
Epifâneo 262582124<br />
Magalhães 262582455<br />
Campeão 262582156<br />
B. Marques 262582115<br />
Epifâneo 262582124<br />
Magalhães 262582455<br />
BATALHA<br />
Ferraz 244765124<br />
Ferraz 244765124<br />
Ferraz 244765124<br />
Ferraz 244765124<br />
M. Padrão 244765449<br />
M. Padrão 244765449<br />
M. Padrão 244765449<br />
O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números <strong>de</strong> 1 a 9, sem repetir números em cada<br />
linha e cada coluna. Também não se po<strong>de</strong> repetir números em cada quadrado <strong>de</strong> 3x3.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
JORLIS, LDA.<br />
Administração e Gestão:<br />
Arnaldo Sapinho<br />
Direcção Editorial:<br />
José Ribeiro Vieira<br />
Orlando Cardoso<br />
Arnaldo Sapinho<br />
Coor<strong>de</strong>nação executiva:<br />
Rui Pereira<br />
Director:<br />
José Ribeiro Vieira<br />
jose.vieira@movicortes.pt<br />
Director-adjunto:<br />
João Nazário (C.P. nº TE-570)<br />
direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
redaccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
redaccao.economia@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
redaccao.<strong>de</strong>sporto@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
redaccao.viver@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
C. DA RAINHA<br />
Perdigão 262880681<br />
B. Lisboa 262832324<br />
Cal<strong>de</strong>nse 262832256<br />
Central 262831471<br />
Maldonado 262831484<br />
Rosa 262831996<br />
Perdigão 262880681<br />
FIGUEIRÓ<br />
Correia S. 236552312<br />
Correia S. 236552312<br />
Correia S. 236552312<br />
Correia S. 236552312<br />
Vidigal 236552441<br />
Vidigal 236552441<br />
Vidigal 236552441<br />
Coor<strong>de</strong>nadora da Redacção<br />
Alexandra Barata (C.P. nº 3619)<br />
(alexandra.barata@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
Redacção<br />
Andreia Antunes (estagiária)<br />
Damião Leonel (C.P. nº 1768)<br />
(damiao.leonel@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />
Daniela Franco Sousa (C.P. nº TP703)<br />
(daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />
Elisabete Cruz (C.P. nº 4403)<br />
(elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />
Graça Menitra (C.P. nº 1769)<br />
(graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
Jacinto Silva Duro (C.P. nº 5084)<br />
(jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
Maria Ana bela Silva (C.P. nº 4308)<br />
(anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
Miguel Sampaio (C.P. nº 8662)<br />
(miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
Paula Lagoa<br />
(lagoa.jornal<strong>de</strong>leiria@gmail.com)<br />
Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva (C.P. nº 2598)<br />
(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
Ricardo Graça, repórter fotográfico (C.P. nº 7852)<br />
(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />
F A R M Á C I A S<br />
PALAVRAS CRUZADAS<br />
MARINHA GRANDE<br />
Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />
Duarte 244503024<br />
Sta. Isabel 244575349<br />
Guardiano 244502678<br />
Central 244502298<br />
Roldão 244502641<br />
Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />
NAZARÉ<br />
Silvério 262552394<br />
Ascenso 262551106<br />
Ascenso 262551106<br />
Ascenso 262551106<br />
Sousa 262561221<br />
Sousa 262561221<br />
Sousa 262561221<br />
HORIZONTAIS: 1- O caminho (Bras. Pop.). Enfeitado<br />
<strong>de</strong> plumas. 2- O m. q. coriza. Nome grego<br />
do <strong>de</strong>us do Amor (Mit.). 3- Cida<strong>de</strong> romena, junto<br />
do rio Maro. Soltavam lamentos. 4- Contrato<br />
gratuito pelo qual uma das partes entrega à outra<br />
certa coisa, móvel ou imóvel, para que se sirva<br />
<strong>de</strong>la. 1.001 (Rom.). 5- Pequeno planeta <strong>de</strong>scoberto<br />
em 1932 pelo belga Delporte. Arcaico<br />
(abrev.). 6- Móvel em forma <strong>de</strong> armário para<br />
imagens <strong>de</strong>votas (pl.) 7- Letra grega. Elemento<br />
radiactivo. 8- Estranho (s.q.). Contestar ou respon<strong>de</strong>r<br />
com viveza. 9- Rio que atravessa Londres.<br />
Tontura, vertigem. 10-1700 (Rom.).<br />
Cortam, fazem em bocados ou tiras. 11- Parte da<br />
ornitologia que tem por objecto o estudo dos<br />
ovos. Qualida<strong>de</strong> (Suf. Fem.)<br />
VERTICAIS: 1- Bebida alcoólica da Índia. Canal<br />
ou passagem estreita (Anat.). 2- Liga <strong>de</strong> quatros<br />
partes <strong>de</strong> cobre e uma <strong>de</strong> ouro. Nascido, nato. 3-<br />
Torne apaixonado. 1.150 (Rom.). 4- Que tem carácter<br />
<strong>de</strong> idólatra. 5- Platina (s.q.). Beneficiais.<br />
6- Deixa em legado. Dei à luz. 7- Que se refere<br />
à ida<strong>de</strong>. Rio costeiro <strong>de</strong> França que <strong>de</strong>sagua no<br />
mar do Norte. 8- De excelente memória (pl.). 9-<br />
Boca (Pref.). Na tua companhia. 10- Ecoam, ressoam.<br />
Senhoras, sinhás (Bras.). 11- Elemento<br />
metálico polivalente, <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> fusão alto. Sufixo<br />
que indica espectáculo, visita.<br />
| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |<br />
POMBAL<br />
Barros 236212037<br />
Barros 236212037<br />
Barros 236212037<br />
Barros 236212037<br />
Torres C. 236218730<br />
Torres C. 236218730<br />
Torres C. 236218730<br />
PORTO DE MÓS<br />
Mirense 244440213<br />
Mirense 244440213<br />
Central 244440237<br />
Central 244440237<br />
Central 244440237<br />
Central 244440237<br />
Central 244440237<br />
LEIRIA<br />
Avenida 244833168<br />
Batista 244832320<br />
Central 244817980<br />
G. Tomaz 244832432<br />
Higiene 244833140<br />
Antunes 244832465<br />
Lis 244882609<br />
Aberta 24 horas<br />
Farmácia do Hospital <strong>de</strong> Sto. André<br />
244881108<br />
(Disponibilida<strong>de</strong> até às 22:00 horas)<br />
De quinta a domingo<br />
Cx. <strong>de</strong> Previdência 244771540<br />
(Maceira)<br />
De domingo a quarta<br />
B. Godinho 244777284 (Arnal)<br />
12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 51<br />
David 244741474 (Santa Eufémia)<br />
D. Caçador 244721222<br />
(Bidoeira <strong>de</strong> Cima)<br />
Castela 244891445 (Cortes)<br />
Mo<strong>de</strong>rna 244732122<br />
(Caranguejeira)<br />
M. Real 244612253 (Monte Real)<br />
Boavista 244723124 (<strong>Leiria</strong>)<br />
Higiene 244833140<br />
(Monte Redondo)<br />
F. Silva 244613197<br />
(Souto da Carpalhosa)<br />
S. Milagres 244851095 (Milagres)<br />
Colmeias 244722354 (Eira-Velha)<br />
L. Pais 244861072 (Amor)<br />
Maio 244981611 (Barreira)<br />
Duarte 244606458 (Coimbrão)<br />
Henrique 244741474<br />
(Sta Catarina da Serra)<br />
SOLUÇÕES DA EDIÇÃO ANTERIOR<br />
Horizontais: 1- CMV. ESTEJAS. 2- EMIR.<br />
PRIORA. 3- DILUI. ERREI. 4- IC. ENO-<br />
MANIA. 5- A. ELIDE. AA. 6- MINACIS-<br />
SIMO. 7- PR. IATES. L. 8- ISOLAREI. UH.<br />
9- PILAR. SORNA. 10- ELAVAM. SUAI.<br />
11- SOMAMOS. IRS.<br />
Verticais: 1- CEDIAM. IPES. 2- MMIC.<br />
IPSILO. 3- VIL. ENROLAM. 4- RUELA.<br />
LAVA. 5- E. INICIARAM. 6- SP. ODIAR.<br />
MO. 7- TREMESTRES. S. 8- EIRA. SEIOS.<br />
9- JORNAIS. RUI. 10- AREIAM. UNAR.<br />
11- SAIA. OLHAIS.<br />
BOLETIM DE CLASSIFICADOS BOLETIM DE ASSINATURA<br />
NOME ________________________________________________________<br />
MORADA ______________________________________________________<br />
NOME<br />
__________________________________________ TEL. |__|__|__|__|__|__|__|__|__ |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
N.º CONT. * __|__|__|__|__|__|__|__|__| C. POSTAL|__|__|__|__|- |__|__|__|<br />
LOCALIDADE ____________________________________________________<br />
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
* Preenchimento obrigatório<br />
TEXTO A ANUNCIAR<br />
25 quad.<br />
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
MORADA |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
50 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
75 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
100 quad.<br />
C. POSTAL|__|__|__|__|- |__|__|__| LOCALIDADE|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
À LINHA<br />
75 quadrados obrigatórios<br />
2 publicações <br />
20 € <br />
125 quad.<br />
4 publicações <br />
35 € <br />
PAÍS|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| TEL.|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
PROFISSÃO |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| HABILITAÇÕES LITERÁRIAS |__|__|__|__|__|__|<br />
<br />
<br />
<br />
100 quadrados 30 € <br />
125 quadrados 40 € <br />
Valor adicional se preten<strong>de</strong>r fotografia 5€<br />
45 € <br />
60 € <br />
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| N.º ELEMENTOS AGREGADO FAMILIAR |__|__|<br />
N.º CONT.|__|__|__|__|__|__|__|__|__| DATA DE NASC.|__|__|/|__|__|/|__|__|__|__|<br />
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O TEMPO<br />
Sexta-feira Sábado<br />
28 C<br />
29 C<br />
15 C<br />
15 C<br />
Sol Sol SolL<br />
O bar Anúbis, junto ao Largo<br />
da Sé, <strong>Leiria</strong>, pôs em prática, esta<br />
semana, uma campanha que visa<br />
minimizar os problemas associados<br />
à diversão nocturna. Reduzir<br />
o ruído e o lixo na rua, após<br />
o encerramento do bar, é o objectivo<br />
inicial da campanha que não<br />
tem, ainda, data para terminar.<br />
Logo que haja resultados, explica<br />
o proprietário, Mário Brilhante,<br />
“serão partilhados com os<br />
colegas dos outros bares, com as<br />
autorida<strong>de</strong>s e com a autarquia”.<br />
A iniciativa é particular mas,<br />
Mário Brilhante admite que possa<br />
vir a servir <strong>de</strong> exemplo para<br />
algo a uma escala maior. “Uma<br />
estratégia conjunta que envolva<br />
todos os bares, autorida<strong>de</strong>s, autarquia<br />
e até os moradores da zona<br />
histórica.”<br />
O empresário enten<strong>de</strong> que é<br />
importante “mostrar que <strong>de</strong>ntro<br />
dos bares há pessoas trabalhadoras,<br />
preocupadas, sensíveis às<br />
inconveniências inerentes à diversão<br />
nocturna e que acreditam que<br />
é possível minimizá-las”.<br />
Domingo<br />
31 C<br />
17 C<br />
O mundo julga pelas aparências e engana-se quase sempre. Papa João XXIII<br />
Anúbis quer acabar com a i<strong>de</strong>ia dos estabelecimentos nocturnos como promotores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />
Bar promove acção contra ruído e lixo<br />
na zona histórica <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Mário Brilhante diz que acções<br />
<strong>de</strong>ste género po<strong>de</strong>m também ajudar<br />
a <strong>de</strong>smistificar a imagem dos<br />
bares como promotores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />
“Os bares são dinamizadores<br />
da animação nocturna da cida<strong>de</strong>.<br />
Sem eles, a zona histórica seria<br />
um conjunto <strong>de</strong> ruas on<strong>de</strong> as pessoas<br />
teriam medo <strong>de</strong> circular.”<br />
Alojamento particular vive dias difíceis na Nazaré<br />
Crise chega aos chambres<br />
O negócio do alojamento particular,<br />
nos meses <strong>de</strong> Verão, na<br />
Nazaré também está a ser afectado<br />
pela crise. As nazarenas que se<br />
<strong>de</strong>dicam a esta activida<strong>de</strong> queixam-se<br />
<strong>de</strong> fortes quebras em relação<br />
aos anos anteriores.<br />
Ângela Lucas, <strong>de</strong> 58 anos e inscrita<br />
na Associação <strong>de</strong> Proprietários<br />
e Inquilinos <strong>de</strong> Alojamento<br />
Turístico da Nazaré com o número<br />
87, revela que “se continuar<br />
como está”, vai “<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> alugar,<br />
pois nem chega para as <strong>de</strong>spesas”.<br />
“No mês <strong>de</strong> Julho não aluguei<br />
nada”, afirma. Os dois quartos que<br />
aluga no Sítio confi<strong>de</strong>ncia que,<br />
por noite, cada “chambre“ po<strong>de</strong><br />
ren<strong>de</strong>r entre 30 a 35 euros em<br />
Julho e 40 euros em Agosto. “O<br />
preço não sofreu gran<strong>de</strong>s alterações,<br />
pois as pessoas quando vão<br />
ver, vêem que é tudo bom e vale<br />
PUB<br />
PAULA LAGOA<br />
Equipa <strong>de</strong> barmen controla barulho e recolhe após fecho do bar<br />
a pena”, explica.<br />
Nazaré Amada, que aluga apartamentos<br />
há mais <strong>de</strong> 30 anos, revela<br />
que as pessoas não costumam<br />
reclamar o preço. “Muitos dos meus<br />
clientes são <strong>de</strong> há <strong>de</strong>z e 20 anos”,<br />
justifica. Em relação ao facto <strong>de</strong><br />
muitos turistas serem estrangeiros,<br />
afirma que tentou “apren<strong>de</strong>r<br />
algumas frases em inglês e francês<br />
que são essenciais, mas se são<br />
chineses ou japoneses, o gesto é<br />
tudo!”<br />
Filipa Sequeiros, responsável<br />
pela Pensão Nazarense, que tem<br />
mais <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> existência,<br />
lamenta a crise, na medida em que<br />
esta “diminui os euros na carteira<br />
e, em vez <strong>de</strong> 15 dias, as pessoas<br />
passam dois ou três ou passam o<br />
dia. Trazem o farnel e regressam<br />
a casa ao final do dia”. ■<br />
Débora Carvalho<br />
O empresário lembra que “ao<br />
proporcionarem animação aos<br />
jovens leirienses e aos estudantes<br />
que vêm <strong>de</strong> fora, os bares assumem<br />
um papel importante para<br />
a imagem da cida<strong>de</strong>”, mas que<br />
este “é um aspecto muitas vezes<br />
esquecido”.<br />
O responsável <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “o<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Limpezas no rio Lis<br />
diálogo é o caminho para encontrar<br />
soluções para os problemas<br />
da noite. É preciso que todos colaborem”.<br />
■<br />
Paula Lagoa<br />
A acção<br />
A campanha assenta num<br />
conjunto <strong>de</strong> mensagens direccionadas<br />
aos clientes, em diferentes<br />
suportes, <strong>de</strong>ixados<br />
estrategicamente pelo bar. À<br />
entrada, um gran<strong>de</strong> placard<br />
informa que o serviço <strong>de</strong> bar<br />
encerra às 1:55 horas. Ao<br />
longo da noite, o DJ da casa<br />
faz, ao microfone, pedidos <strong>de</strong><br />
colaboração e a<strong>de</strong>são à campanha,<br />
explicada em cartazes<br />
e folhetos distribuídos aos<br />
clientes. Ao final da noite,<br />
toda a equipa <strong>de</strong> barmen sai à<br />
rua <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificada,<br />
com coletes alusivos à iniciativa,<br />
para recolher lixo e controlar<br />
o ruído. ■<br />
A Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> iniciou, esta semana, a limpeza <strong>de</strong> parte do troço<br />
do rio Lis que atravessa a cida<strong>de</strong>. O presi<strong>de</strong>nte da autarquia explica<br />
que os trabalhos contemplam a retirada <strong>de</strong> lixo que “se foi acumulando,<br />
<strong>de</strong>vido à estagnação das águas”. Durante a ultima reunião<br />
<strong>de</strong> câmara, realizada na terça-feira, a vereadora do Ambiente, Blandina<br />
Oliveira, frisou que o problema já se colocou em anos anteriores<br />
e que, no futuro, <strong>de</strong>verá ser estudada uma “solução mais eficaz” para<br />
impedir a acumulação do lixo. Na ocasião, Isabel Gonçalves, vereadora<br />
eleita pelo PSD como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, sugeriu que periodicamente<br />
fosse aberta a comporta, localizada junto ao parque da cida<strong>de</strong>, para<br />
permitir “uma maior circulação e oxigenação da água”.<br />
Fátima<br />
Contra maus-tratos dos animais<br />
No próximo domingo, realiza-se em Fátima uma manifestação<br />
silenciosa contra os alegados maus-tratos dos animais no Santuário<br />
<strong>de</strong> Fátima. A concentração <strong>de</strong>correrá entre as 8 e as 13<br />
horas junto à Rotunda Norte, chamada Rotunda do Peregrino, saída<br />
lado esquerdo da Auto-Estrada. A organização apela aos participantes<br />
que apareçam vestidos <strong>de</strong> branco ou <strong>de</strong> preto. ■<br />
Por motivos <strong>de</strong> férias, não<br />
escrevo nesta edição, voltando<br />
a fazê-lo na próxima.<br />
REGIÃO<br />
Desporto<br />
Volta a Portugal<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>-se sábado<br />
em <strong>Leiria</strong><br />
PÁGINA 41<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
espera por herança<br />
<strong>de</strong> Tomé Feteira<br />
há <strong>de</strong>z anos<br />
PÁGINA 8<br />
Porto <strong>de</strong> Mós<br />
Alvados recebe hotel<br />
<strong>de</strong> quatro estrelas<br />
PÁGINA 26<br />
NESTA EDIÇÃO<br />
OPINIÃO<br />
José Ribeiro Vieira<br />
Joana Louro<br />
O País ou ar<strong>de</strong> ou está parado<br />
Francisco Vieira<br />
Só o Algarve a Ma<strong>de</strong>ira<br />
são verda<strong>de</strong>iros territórios<br />
<strong>de</strong> turismo em Portugal<br />
PÁGINA 2<br />
PÁGINA 20