06.05.2013 Views

prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

RICARDO GRAÇA<br />

O SEMANÁRIO DA REGIÃO E DO DISTRITO<br />

Semanário Regional | Director José Ribeiro Vieira | Director-Adjunto João Nazário<br />

Ano XXV | Edição <strong>1361</strong> | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, Lda.<br />

Rua Comandante João Belo, nº 31 Apt.1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244 800 400 | Fax 244 800 401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Pedro Burmester, pianista<br />

● A regionalização é um passo necessário<br />

● Em Portugal só se investe em turismo<br />

para ‘super ricos’<br />

ENTREVISTA PÁGS 18 A 19<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> e Caldas<br />

com maior po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra do que <strong>Leiria</strong><br />

O distrito tem três municípios (Marinha Gran<strong>de</strong>, Caldas da Rainha e<br />

<strong>Leiria</strong>) entre os 50 concelhos do País com maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra,<br />

não existindo nenhum entre os últimos 50. Os dados constam <strong>de</strong> um<br />

estudo do Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, que coloca Figueiró dos<br />

Vinhos no último lugar do distrito. PÁGINA 8<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Associação <strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação acusa<br />

Gran<strong>de</strong>s superfícies cortam no peso<br />

do pão para manter preço<br />

Seja por culpa do embargo <strong>de</strong> cereais <strong>de</strong>cretado pelo governo russo ou por mera especulação, a<br />

farinha tem vindo a encarecer e o seu preço po<strong>de</strong>rá aumentar até 50% em mês e meio. A associação<br />

<strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação não sabe que efeito po<strong>de</strong> ter esse aumento na bolsa dos consumidores,<br />

mas adverte que algumas superfícies vão cortar no peso do pão. PÁGINA 21<br />

Alimentação vegetariana e macrobiótica<br />

ganha a<strong>de</strong>ptos<br />

REGIÃO<br />

Assunção Cristas<br />

é a <strong>de</strong>putada<br />

por <strong>Leiria</strong><br />

mais activa<br />

Assunção Cristas, do CDS-PP,<br />

foi a <strong>de</strong>putada do distrito que<br />

apresentou mais requerimentos<br />

e perguntas aos membros<br />

do Governo, na última sessão<br />

legislativa. PÁGINA 15<br />

Ourém admite<br />

abandonar<br />

Região <strong>de</strong> Turismo<br />

<strong>Leiria</strong>-Fátima<br />

O autarca <strong>de</strong> Ourém admite<br />

passar para o Turismo <strong>de</strong> Lisboa<br />

e Vale do Tejo se o aeroporto<br />

regional avançar em<br />

Monte Real em <strong>de</strong>trimento<br />

<strong>de</strong> Fátima. PÁGINA 9<br />

Bombeiro<br />

<strong>de</strong> Alcobaça<br />

morre<br />

em incêndio<br />

PUB<br />

ABERTURA PÁGS. 4 E 5<br />

Um bombeiro voluntário <strong>de</strong><br />

Alcobaça morreu quando combatia<br />

um incêndio em S. Pedro<br />

do Sul, após capotamento da<br />

viatura on<strong>de</strong> seguia. Outro bombeiro<br />

ficou ferido. PÁGINA 13


➔<br />

➔<br />

➔<br />

➔<br />

2 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

LHO CLÍNICO<br />

JOSÉ CARLOS RAMOS<br />

A conjugação<br />

<strong>de</strong> esforços,<br />

envolvendo o<br />

Estado, a<br />

câmara e a<br />

misericórdia<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, permitiu à<br />

irmanda<strong>de</strong>, li<strong>de</strong>rada por<br />

José Carlos Ramos, avançar<br />

com a construção <strong>de</strong> uma<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados<br />

<strong>de</strong> longa duração,<br />

que <strong>de</strong>verá começar nos<br />

próximos dias.<br />

ASSUNÇÃO CRISTAS<br />

A <strong>de</strong>putada do<br />

CDS-PP eleita<br />

pelo círculo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>stacou-se<br />

entre<br />

os restantes<br />

parlamentares do distrito,<br />

ao apresentar o número<br />

mais elevado <strong>de</strong> perguntas<br />

e requerimentos a membros<br />

do Governo, na última sessão<br />

legislativa. Assunção<br />

Cristas justifica o bom<br />

<strong>de</strong>sempenho com o facto os<br />

<strong>de</strong>putados do CDS-PP<br />

serem “muito trabalhadores<br />

e produtivos”.<br />

JOÃO SALGUEIRO<br />

Os promotores<br />

<strong>de</strong> um hotel<br />

quatro estrelas,<br />

que irá<br />

nascer em<br />

Porto <strong>de</strong> Mós,<br />

apontam o emprenhamento<br />

da câmara, li<strong>de</strong>rada por<br />

João Salgueiro, como um<br />

dos factores que <strong>de</strong>terminou<br />

a escolha do concelho<br />

para construir o empreendimento.<br />

Esta não é a primeira<br />

vez que a <strong>de</strong>terminação<br />

do autarca em captar novos<br />

investimentos é elogiada<br />

por empresários.<br />

MIGUEL CARVALHO<br />

O atleta <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 18<br />

anos, foi o primeiroclassificado,<br />

na disciplina<br />

<strong>de</strong><br />

kayaksurf HP. Já na disciplina<br />

<strong>de</strong> kayaksurf IC, Miguel<br />

Carvalho, que <strong>de</strong>ixou para<br />

trás aquele que é o melhor<br />

do mundo, ficou em segundo.<br />

Na prova internacional,<br />

venceu o escalão <strong>de</strong> juniores,<br />

em HP, e ficou no quarto<br />

lugar na geral, na mesma<br />

disciplina. Em kayaksurf IC<br />

alcançou a terceira posição.<br />

Chegou Agosto. E, pelo menos aparentemente, este Agosto não parece<br />

muito diferente <strong>de</strong> todos os outros. É, por excelência, o mês das férias,<br />

do regresso a casa dos emigrantes - cada vez menos regressos -, do<br />

calor... Este ano com muito calor.<br />

De resto, mais do mesmo...<br />

As chamas que consomem o País, ano após ano, e as respostas medíocres<br />

dos responsáveis que, ven<strong>de</strong>ndo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>, esquecemse<br />

que os problemas se antecipam, se previnem e, i<strong>de</strong>almente, se resolvem<br />

antecipada e responsavelmente. Os hospitais atulhados <strong>de</strong> idosos<br />

que entre o abandono e os maus cuidados, encontram nesta altura do<br />

ano um inimigo po<strong>de</strong>roso: o calor. Os animais abandonados num acto<br />

<strong>de</strong> cruelda<strong>de</strong> gigantesca que continua sem ser crime e sem a punição<br />

justa. As páginas dos jornais reduzidas a meta<strong>de</strong>, por falta <strong>de</strong> assunto.<br />

Porque o País ou ar<strong>de</strong> ou está parado. E os telejornais, que em vez <strong>de</strong><br />

também eles se reduzirem a meta<strong>de</strong>, continuam a preencher horas <strong>de</strong><br />

antena com reportagens penosas, e muitas vezes repetidas até à exaustão,<br />

que ridicularizam e humilham os intervenientes mas também quem<br />

as vê...<br />

Resta sempre futebol... para animar a malta! Ou talvez não, anima<br />

uns e... outros nem tanto. Mas enfim, pelo menos, sempre traz<br />

alguma novida<strong>de</strong> a um mês on<strong>de</strong> tudo é velho. Incapaz <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r!<br />

Nem tudo é mau em Agosto. Não sendo por opção o meu<br />

mês <strong>de</strong> férias, sempre foi, e assim continuará, o mês do meu<br />

aniversário... E este ano, como em todos os outros, a chegada<br />

<strong>de</strong> Agosto significa mais um ano.<br />

Sempre gostei <strong>de</strong> fazer anos e sempre gostei <strong>de</strong> celebrar<br />

o momento. Sei que muitos dirão que só gosto<br />

porque ainda sou nova, mas não acho que seja uma<br />

questão <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Antes uma questão <strong>de</strong> mentalida-<br />

“<br />

A maior parte das pessoas é<br />

admiravelmente feliz<br />

Bruno Frey, professor <strong>de</strong> Economia na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Zurique, <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

Negócios<br />

O po<strong>de</strong>r muda as pessoas. Em<br />

geral, para pior<br />

Maria Filomena Mónica, socióloga, i<strong>de</strong>m<br />

Paga-se o mesmo a quem trabalha<br />

e a quem não faz nenhum.<br />

Também há <strong>de</strong>masiadas chefias<br />

Macário Correia, presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

<strong>de</strong> Faro (sobre os funcionários autárquicos),<br />

i<strong>de</strong>m<br />

O fim dos chumbos é o último<br />

prego no caixão daquilo a que<br />

chamávamos Educação em Portugal<br />

Fernando Sobral, jornalista, i<strong>de</strong>m<br />

Não é por falta <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res que<br />

| C a r t o o n |<br />

| I m p r e s s õ e s |<br />

Envelhecer<br />

<strong>de</strong>. Fazer anos será sempre envelhecer, e o envelhecimento não significa<br />

apenas rugas e <strong>de</strong>terioração fisiológica, implica crescimento pessoal,<br />

vivências, histórias para contar, recordações, sonhos e projectos<br />

realizados, e novos sonhos e projectos para realizar. Envelhecer é sinónimo<br />

<strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> vida vivida que, só por isso, merece ser celebrada. É<br />

por isto que gosto <strong>de</strong> apagar todas aquelas velas em cada mês <strong>de</strong> Agosto…<br />

Diz-se, nos dias <strong>de</strong> hoje, que se envelhece mais tar<strong>de</strong>. A medicina,<br />

as condições higieno-sanitárias, e até mesmo as sócio-económicas que<br />

<strong>de</strong>terminam todas as outras, assim o permitem. É por isso que a esperança<br />

média <strong>de</strong> vida é muito mais elevada nos países ditos <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

Mas na realida<strong>de</strong> todos começamos a envelhecer no preciso<br />

momento em que nascemos, e a cada minuto que passa. Isto é assim e<br />

sempre assim foi! As socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas apenas mudaram os “timings”<br />

dos momentos chave da vida, não o processo <strong>de</strong> envelhecimento.<br />

Reparemos: os jovens saem <strong>de</strong> casa (dos pais) cada vez mais tar<strong>de</strong> e<br />

assumem, também cada vez mais tar<strong>de</strong>, a responsabilida<strong>de</strong> da vida adulta,<br />

da autonomia e da autosustentação <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> vida. As mulheres<br />

são mães mais tar<strong>de</strong> e até a ida<strong>de</strong> da reforma é mais tardio. Fica no<br />

ar um certo cheiro a adiamento contínuo. Um adiamento que<br />

não parece natural mas imposto. Ou, pior que isso, atabalhoado.<br />

Do tipo empurrar para a frente. Apenas porque sim, apenas<br />

à espera <strong>de</strong> quem venha atrás para fechar a porta.<br />

Lamento este processo. Não lamento o envelhecimento. O<br />

nosso envelhecimento. Nele, o que verda<strong>de</strong>iramente me custa<br />

é perceber que não envelhecemos sozinhos. Aqueles <strong>de</strong> quem<br />

mais gostamos, e que são mais velhos, também estão<br />

a envelhecer. Ao mesmo ritmo mas que cada vez nos<br />

vai parecendo maior... Bem sei que é o ciclo natural<br />

da vida, mas custa! ■<br />

| N a p o n t a d a l í n g u a |<br />

Pinto Monteiro é a rainha <strong>de</strong><br />

Inglaterra. É porque não sabe<br />

utilizar os po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> que dispõe<br />

I<strong>de</strong>m<br />

Quem sempre acreditou no primeiro-ministro<br />

acha que ficou<br />

<strong>de</strong>monstrada a sua inocência.<br />

Quem nunca acreditou no primeiro-ministro,<br />

acha que é tudo<br />

uma farsa<br />

Nuno Garoupa, professor do ensino<br />

superior, i<strong>de</strong>m<br />

Há um facilitismo <strong>de</strong>gradante<br />

que permite que se chegue à<br />

Universida<strong>de</strong> quase analfabeto<br />

Veiga Simão, responsável pela reforma<br />

do ensino dos anos 70, i<strong>de</strong>m<br />

O analfabetismo era um problema<br />

do Antigo Regime. A <strong>de</strong>squalificação<br />

e a incompetência<br />

encartadas são dois problemas<br />

Joana Louro<br />

médica<br />

gritantes da nossa mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

Mário Ramires, sub-director do Sol<br />

Passos <strong>de</strong> Coelho fala <strong>de</strong> mais e,<br />

com perdão da palavra, pensa<br />

<strong>de</strong> menos<br />

Baptista Bastos, escritor,<br />

Diário <strong>de</strong> Notícias<br />

A crise da Justiça, para o nosso<br />

futuro colectivo, é pior do que a<br />

crise financeira e económica<br />

Mário Soares, ex-presi<strong>de</strong>nte da República,<br />

i<strong>de</strong>m<br />

Havia um fenómeno muito<br />

curioso em Marcelo Caetano:<br />

tinha um fígado <strong>de</strong> esquerda<br />

Miguel Galvão Teles, advogado, i<strong>de</strong>m<br />

O meu nome transformou-se<br />

numa marca<br />

Guta Moura Gue<strong>de</strong>s, directora da<br />

ExperimentaDesign, Única<br />

A política em Portugal é apenas<br />

luta partidária, e para esse<br />

espartilho já <strong>de</strong>i dois filhos...a<br />

contragosto<br />

Helena Sacadura Cabral, mãe <strong>de</strong> Miguel<br />

e Paulo Portas, Caras<br />

A moral das classes dirigentes<br />

tem-se revelado ao nível dos<br />

concursos, on<strong>de</strong> as pessoas<br />

fazem tudo para ganhar algum<br />

dinheiro<br />

José Cabrita Saraiva, Tabu<br />

Há quase cem anos que Portugal<br />

é governado em obediência ao<br />

po<strong>de</strong>r das corporações e a pergunta<br />

é: valeu a pena?<br />

Miguel Sousa Tavares, escritor, Expresso<br />


O problema<br />

tem uma raiz<br />

educacional. Os<br />

programas escolares<br />

estão vazios<br />

<strong>de</strong>sta temática.<br />

As experiências<br />

que vão sendo<br />

feitas nunca são acarinhadas pelo<br />

Ministério da Educação e outras<br />

entida<strong>de</strong>s. Por outro lado, os municípios<br />

têm dificulda<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar<br />

os proprietários das terras<br />

abandonadas. Há falta <strong>de</strong> efectivos<br />

no terreno, guardas florestais<br />

e cantoneiros. E ainda não se aproveita,<br />

como noutros países, a mão<br />

<strong>de</strong> obra prisional para colmatar<br />

estas falhas.<br />

António Morais,<br />

ex-<strong>de</strong>legado distrital da<br />

Protecção Civil<br />

Forum<br />

j o r n a l d e l e i r i a EDITORIAL<br />

Facto da semana<br />

Penas para incendiários <strong>de</strong>viam ser mais pesadas?<br />

Apesar dos investimentos em meios <strong>de</strong> combate e em planos <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> incêndios, todos os anos se repete o quadro trágico <strong>de</strong><br />

milhares <strong>de</strong> hectares ardidos, habitações <strong>de</strong>struídas e populações em<br />

pânico. Segundo vamos percebendo pelos <strong>de</strong>poimentos dos especialistas,<br />

a esmagadora maioria dos incêndios tem por <strong>de</strong>trás mão criminosa,<br />

sendo que a falta <strong>de</strong> limpeza da floresta e os terrenos agrícolas<br />

abandonados se revelam um forte oponente a quem tenta apa-<br />

Depoimentos<br />

Anthímio <strong>de</strong><br />

Azevedo,<br />

meteorologista<br />

Joaquim San<strong>de</strong><br />

Silva, investigador<br />

do Centro<br />

<strong>de</strong> Ecologia<br />

Aplicada <strong>de</strong> Lisboa<br />

Pontos <strong>de</strong> vista<br />

Não consigo perceber como as pessoas são tão<br />

irresponsáveis que não percebem que estão a <strong>de</strong>sertificar<br />

o País. Uma mata <strong>de</strong>mora horas a ar<strong>de</strong>r e 50<br />

anos a recompor-se. É a vegetação que fixa a água.<br />

Sem ela, on<strong>de</strong> vamos encontrar água? Em 1981/83,<br />

os países do Sul da Europa fizeram um estudo sobre<br />

a <strong>de</strong>sertificação e uso da terra e chegou-se à conclusão<br />

que a linha <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação estava a<br />

Norte do Tejo. E actualmente? Quais são os motivos<br />

dos incendiários? Serão todos doentes pirómanos?<br />

Não me parece.<br />

Não há evidências <strong>de</strong> que a maioria dos fogos<br />

sejam causados por incendiários, mas sim por actos<br />

comuns e negligentes que raramente são punidos.<br />

A legislação está feita <strong>de</strong> acordo com a realida<strong>de</strong>. É<br />

preciso responsabilizar os agentes para a aplicação<br />

<strong>de</strong>ssa mesma legislação.<br />

As penas são<br />

leves. Trata-se <strong>de</strong><br />

crimes graves,<br />

têm morrido pessoas<br />

e animais<br />

têm-se perdido<br />

haveres. É precisa<br />

mão dura, mas<br />

sem esquecer que há autores materiais<br />

e autores morais dos incêndios.<br />

Tanto a legislação como a fiscalização<br />

são muito leves. Quem é<br />

que limpa a 50 metros das habitações?<br />

E os agricultores sem posses<br />

como fazem para limpar?<br />

António Ferraria,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

Agricultores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

gar os fogos. No entanto, quer os incendiários capturados quer os<br />

proprietários que não cumprem o que está contemplado na Lei em<br />

termos <strong>de</strong> cuidados a ter com os seus terrenos, raramente são con<strong>de</strong>nados<br />

a penas condizentes com os prejuízos materiais e humanos<br />

que provocam.<br />

Que comentários lhe merece este assunto?<br />

Fernando<br />

Curto, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Associação<br />

Nacional<br />

<strong>de</strong> Bombeiros<br />

Profissionais<br />

Olímpio<br />

Alegre Pinto,<br />

geógrafo<br />

A mão criminosa<br />

<strong>de</strong>verá ser<br />

tratada em paralelo<br />

e nunca<br />

como a questão<br />

central que<br />

assenta nas condições<br />

<strong>de</strong> propagação<br />

dum incêndio. Destacaria<br />

três aspectos: Planificação. A<br />

variável território é das mais relevantes<br />

e ganha um peso especial<br />

por ser a única que é passível <strong>de</strong><br />

controle humano. Intervenção. É<br />

necessário aplicar ao território uma<br />

gestão <strong>de</strong> combustível cirúrgica.<br />

Uma floresta rentável não ar<strong>de</strong>. E<br />

finalmente, trabalho em equipa -<br />

Estado, autarquias, bombeiros, proprietários.<br />

Pedro Cortes,<br />

engenheiro agrónomo<br />

Da parte <strong>de</strong> quem faz as leis, há uma leveza no<br />

tratamento dos casos <strong>de</strong> incêndio. Devia haver uma<br />

pena mais pesada, sentindo-se que há uma penalização.<br />

A polícia apanha os incendiários em flagrante<br />

e as penas são leves ou nem existem. É uma situação<br />

surreal e, para os bombeiros, é frustrante. Depois<br />

dos incêndios <strong>de</strong> 2003 e 2005 não se compreen<strong>de</strong><br />

como é que em 2010 continua a não existir condições<br />

<strong>de</strong> acesso nos parques naturais. Devia haver mais<br />

vigilância, <strong>de</strong>tecção rápida e espaços físicos que permitissem<br />

a chegada rápida dos bombeiros. É uma<br />

gran<strong>de</strong> lacuna que contribui para os incêndios.<br />

Em 2002, no Parque do Tejo Internacional, tive o<br />

apoio <strong>de</strong> dois jipes do Exército e estes, com os vigilantes<br />

da natureza, patrulharam à vista <strong>de</strong> todos o parque.<br />

Ar<strong>de</strong>ram zero hectares. A primeira questão e mais<br />

importante a resolver é o or<strong>de</strong>namento florestal: acessos,<br />

manchas, espécies... <strong>de</strong>pois a vigilância preventiva<br />

e, finalmente, a limpeza. São medidas para anos,<br />

mas que têm <strong>de</strong> ser começadas efectivamente. Fala-se<br />

todos os anos e <strong>de</strong>pois não se faz nada. As penas <strong>de</strong>vem<br />

ser a<strong>de</strong>quadas em função do dolo, sem esquecer os<br />

mandantes com interesses económicos.<br />

Não são só os<br />

privados que não<br />

limpam as florestas,<br />

o Estado<br />

também não o<br />

faz, quando <strong>de</strong>via<br />

dar o exemplo.<br />

Quem recebe<br />

subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e não faz<br />

nada também podia ajudar. E se há<br />

penas altíssimas para pequenos crimes,<br />

no caso dos incendiários –<br />

havendo até mortes causadas pelos<br />

fogos - passam ao lado com a ajuda<br />

<strong>de</strong> bons advogados. Todos arranjam<br />

maneira <strong>de</strong> ter problemas psíquicos.<br />

Carlos Men<strong>de</strong>s,<br />

empresário, Figueiró dos<br />

Vinhos<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 3<br />

Ao abandono<br />

Há algumas décadas, quando<br />

se passeava pelas al<strong>de</strong>ias, ouviase,<br />

por vezes, dizer a propósito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada pessoa menos respeitada:<br />

”nem das suas terras trata”.<br />

Era uma forma <strong>de</strong> dizer que<br />

essa pessoa era <strong>de</strong>sleixada, pouco<br />

trabalhadora e, não raras vezes,<br />

dada aos prazeres do álcool, sendo<br />

que esse dizer era bastante<br />

insultuoso . Antigamente olhava-<br />

-se, <strong>de</strong> facto, para a terra <strong>de</strong> uma<br />

forma diferente da que olhamos<br />

hoje, tendo as pessoas nessa altura<br />

gosto em ter os seus terrenos<br />

cuidados e orgulho nos produtos<br />

que estes davam. Em muitos casos<br />

as terras eram mesmo um indispensável<br />

auxílio às muitas famílias<br />

que viviam com duras condições<br />

económicas, pelos alimentos<br />

e animais que aí eram cultivados<br />

e criados, sendo talvez essa<br />

também uma forte razão para a<br />

estima e afectivida<strong>de</strong> que existia<br />

pelas terras.<br />

Os tempos, entretanto, mudaram,<br />

tendo-se assistido à migração<br />

<strong>de</strong> inúmeras pessoas para os<br />

gran<strong>de</strong>s centros urbanos à procura<br />

<strong>de</strong> melhores empregos e <strong>de</strong><br />

uma vida supostamente mais confortável.<br />

Os meios mais rurais,<br />

principalmente do interior, foram<br />

a pouco e pouco ficando <strong>de</strong>spovoados<br />

e com as suas terras entregues<br />

a ninguém, tendo-se chegado<br />

aos dias <strong>de</strong> hoje com um território<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado e <strong>de</strong>sequilibrado<br />

com todos os problemas<br />

que surgiram inerentes a essa realida<strong>de</strong>.<br />

Um <strong>de</strong>les, surge precisamente<br />

no Verão quando o calor<br />

potencia o perigo que representa<br />

o mato seco que abunda nas terras<br />

<strong>de</strong>ixadas ao abandono, ajudando<br />

assim todos quantos gostam<br />

<strong>de</strong> ver as matas a ar<strong>de</strong>r, seja<br />

por <strong>de</strong>sequilíbrio mental, seja por<br />

razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m económica. A<br />

agravar a situação, surge ainda a<br />

dificulda<strong>de</strong> que os bombeiros muitas<br />

vezes têm em chegar aos locais<br />

dos incêndios por as serventias<br />

das terras estarem intransitáveis<br />

por falta <strong>de</strong> uso. É natural, portanto,<br />

que, por mais investimentos<br />

que se façam em meios <strong>de</strong><br />

combate, os incêndios continuem<br />

a surgir e atinjam as proporções<br />

assustadoras dos que, infelizmente,<br />

têm acontecido nos últimos dias.<br />

Até porque, as penas para quem<br />

não cumpre a Lei, no que diz respeito<br />

ao cuidado com as proprieda<strong>de</strong>s,<br />

e para quem é suficientemente<br />

louco para conscientemente<br />

começar um incêndio, quando<br />

acontecem, são manifestamente<br />

brandas. ■ JN<br />

PUB


4 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

Alexandre Oliveira tem 35 anos<br />

e é lacto-ovo-vegetariano há 16,<br />

ou seja, não come carne nem peixe,<br />

mas inclui na sua alimentação<br />

ovos, leite e <strong>de</strong>rivados, além<br />

dos produtos <strong>de</strong> origem vegetal.<br />

Tudo começou com a rebeldia<br />

da adolescência e a simpatia pela<br />

i<strong>de</strong>ologia Punk, avessa ao sacrifício<br />

dos animais, mas as convicções<br />

não esmoreceram e, 19 anos<br />

<strong>de</strong>pois, a soja ainda é a base da<br />

sua alimentação e das muitas iguarias<br />

que a mãe apren<strong>de</strong>u a confeccionar.<br />

Tem consciência das carências<br />

que uma dieta <strong>de</strong>ste género po<strong>de</strong><br />

originar no organismo e, por isso,<br />

tem sempre a saú<strong>de</strong> controlada.<br />

Nunca teve problemas <strong>de</strong> nutrição<br />

ou qualquer doença originada<br />

pela alimentação.<br />

Alexandre Oliveira é stagehand,<br />

dá assistência <strong>de</strong> palco em espectáculos<br />

<strong>de</strong> música, profissão que<br />

o faz estar longos períodos fora<br />

<strong>de</strong> casa. “É mais difícil encontrar<br />

comida vegetariana em Portugal<br />

do que lá fora”. Como tal, acaba<br />

muitas vezes, por fazer refeições<br />

à base dos acompanhamentos dos<br />

pratos <strong>de</strong> carne e peixe que encontra<br />

nos restaurantes. No entanto,<br />

garante que “quase todos os pratos<br />

que se confeccionam com carne<br />

po<strong>de</strong>m ser feitos com soja. Só<br />

que cá não há essa cultura”.<br />

Relativamente à disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produtos em mercado,<br />

Alexandre Oliveira diz que “os<br />

hiper e supermercados têm tudo<br />

o que é preciso”. Compra soja com<br />

mais regularida<strong>de</strong> que o seitã ou<br />

tofu, “apenas porque é mais barata”<br />

e não tem dificulda<strong>de</strong> em encontrar<br />

o que precisa.<br />

O jovem <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não pensa<br />

mudar <strong>de</strong> regime alimentar, - “só<br />

se algo extraordinário acontecer<br />

nesse sentido” - nunca se sente<br />

tentado a petiscar o que quer que<br />

seja <strong>de</strong> origem animal e confessa<br />

que também comete os seus excessos.<br />

É fã <strong>de</strong> snacks, batatas fritas<br />

e alguns doces.<br />

As dietas vegetarianas são <strong>de</strong>fendidas<br />

como mais saudáveis pelos<br />

seus a<strong>de</strong>ptos e os médicos, em parte,<br />

até concordam. É que o vege-<br />

■Socieda<strong>de</strong>■<br />

Região com oferta reduzida para vegetarianos e macrobióticos<br />

Carne ou peixe?<br />

Legumes por favor!<br />

Ser vegetariano ou macrobiótico já não é uma excentricida<strong>de</strong>. O comércio<br />

e a restauração já oferecem soluções para quem exclui carne<br />

e peixe da alimentação, mas alguns produtos vegetarianos são mais<br />

dispendiosos. A agricultura biológica é <strong>de</strong>fendida i<strong>de</strong>ologicamente<br />

pelos amantes do vegetarianismo. No que toca à saú<strong>de</strong>, estes<br />

regimes alimentares alternativos só são equilibrados se forem<br />

regrados e sem radicalismos. Textos: Paula Lagoa Fotos: Ricardo Graça<br />

tariamnismo divi<strong>de</strong>-se em três<br />

níveis, sendo que apenas o lactoovo-vegetariano<br />

é admitido como<br />

“equilibrado”. Os outros dois níveis<br />

são o vegetarianismo total, 100%<br />

à base <strong>de</strong> vegetais e o lacto-vegetarianismo,<br />

que inclui o leite e seus<br />

<strong>de</strong>rivados proteicos. Nestas duas<br />

vertentes há ausência total <strong>de</strong><br />

alguns nutrientes essenciais, o que<br />

leva os clínicos a <strong>de</strong>saconselhar a<br />

sua prática.<br />

PRODUTOS BIOLÓGICOS<br />

ELEITOS PELOS<br />

VEGETARIANOS<br />

Há cerca <strong>de</strong> 22 anos, Helena<br />

Rafael, <strong>de</strong> 39 anos, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> comer<br />

carne e peixe mas, alguns anos<br />

mais tar<strong>de</strong>, por estar grávida, foi<br />

aconselhada a integrar o peixe na<br />

sua dieta, passando assim a praticar<br />

uma alimentação que se convencionou<br />

chamar macrobiótica.<br />

Helena e o marido partilham o<br />

mesmo regime alimentar mas a<br />

filha, com apenas 4 anos, tem <strong>de</strong><br />

comer carne, já que todas as formas<br />

<strong>de</strong> vegetarianismo são <strong>de</strong>saconselhadas<br />

nas crianças.<br />

Natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Helena Rafael<br />

diz que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então passou a procurar<br />

carne biológica para dar à<br />

filha e compra sempre a mesma<br />

marca, por conhecer as condições<br />

<strong>de</strong> produção, saber que é certificada<br />

e saudável.<br />

As voltas pelas feiras e cooperativas<br />

<strong>de</strong> agricultura biológica<br />

passaram a integrar a rotina <strong>de</strong>sta<br />

mãe, <strong>de</strong>dicada em “proporcionar<br />

à filha um leque variado <strong>de</strong><br />

sabores, com especial incidência<br />

no peixe e carne <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”.<br />

Neste aspecto, Helena é privilegiada<br />

em relação a Alexandre, por<br />

residir em Lisboa e ter acesso a<br />

estes pontos <strong>de</strong> venda mais económicos,<br />

que <strong>Leiria</strong> não ainda tem.<br />

António Marques da Cruz, ex<br />

-presi<strong>de</strong>nte da Agrobio, Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Agricultura<br />

Biológica vai ao encontro do testemunho<br />

<strong>de</strong> Helena quando diz<br />

que “as jovens mães são um dos<br />

públicos-alvo assumidos pelos<br />

produtores biológicos”. “As mães<br />

querem o melhor para os seus<br />

filhos e a agricultura biológica dá<br />

garantias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que os<br />

outros não po<strong>de</strong>m dar.”<br />

O produtor <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> explica<br />

que é preciso <strong>de</strong>smistificar a i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> que “a agricultura biológica é<br />

elitista e muito cara”. Admite que<br />

“a preços normais estes produtos<br />

chegam ao mercado cerca <strong>de</strong> 30%<br />

mais caros que os convencionais”.<br />

Mas a verda<strong>de</strong> é que se praticam<br />

valores muito superiores, que o<br />

produtor explica com “os custos<br />

<strong>de</strong> distribuição que inflacionam o<br />

preço em loja”.<br />

António Marques da Cruz afirma<br />

que “este mercado está em claro<br />

crescimento”, apesar da “acção<br />

persistente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scredibilização<br />

levada a cabo pelo seu maior inimigo,<br />

a indústria farmacêutica,<br />

produtora dos pesticidas rejeitados<br />

na agricultura biológica”.<br />

Para Marques da Cruz, “a agricultura<br />

biológica atingiu um nível<br />

<strong>de</strong> reconhecimento que pratica-<br />

mente<br />

já não<br />

necessita<br />

<strong>de</strong> mais divulgação”.<br />

O<br />

produtor consi<strong>de</strong>ra<br />

que “o próximo<br />

passo será integrar<br />

o conceito da<br />

agricultura biológica na<br />

educação e familiarizar as<br />

crianças com os seus benefícios”.<br />

■<br />

Jorge Ferreira, nutricionista<br />

“A soja po<strong>de</strong> substituir a carne<br />

mas <strong>de</strong>sequilibradamente”<br />

Os regimes alimentares<br />

que não contemplam carne<br />

nem peixe po<strong>de</strong>m ser<br />

equilibrados?<br />

A alimentação vegetariana<br />

será <strong>de</strong>sequilibrada essencialmente<br />

ao nível da vitamina<br />

B12 que não existe em<br />

produtos vegetais, daí que<br />

seja logo à partida carenciada.<br />

Mas há que separar grupos<br />

etários. As crianças, adolescentes<br />

e grávidas não <strong>de</strong>vem<br />

<strong>de</strong>, todo, fazer este tipo <strong>de</strong><br />

alimentação. Em termos científicos<br />

a alimentação vegetariana<br />

é <strong>de</strong>sequilibrada no que<br />

toca a algumas vitaminas e<br />

aminoácidos essenciais especialmente<br />

na macrobiótica no<br />

seu estágio mais elevado [equivalente<br />

ao vegetarianismo<br />

puro]. No entanto, a alimentaçãolacto-ovo-vegetariana<br />

não é <strong>de</strong> todo <strong>de</strong>saconselhável.<br />

Neste caso, posso ir<br />

buscar a vitamina B12 ao ovo,<br />

o cálcio e alguns aminoácidos<br />

essenciais ao leite, ovos<br />

ou ao peixe [admitido na<br />

macrobiótica intermédia]. Os<br />

ácidos gordos, ómega 3 e 6<br />

po<strong>de</strong>m também entrar em<br />

carência com as dietas vegetarianas.<br />

Que vantagens e <strong>de</strong>svantagens<br />

têm para a saú<strong>de</strong>?<br />

Se for uma alimentação


vegetariana equilibrada (ovolacto-vegetariana)<br />

po<strong>de</strong> prevenir<br />

doenças como a obesida<strong>de</strong><br />

ou o colesterol e até<br />

algumas doenças cancerígenas.<br />

Se for uma alimentação<br />

vegetariana pura é mais difícil<br />

não haver <strong>de</strong>sequilíbrios.<br />

Há ainda uma <strong>de</strong>svantagem<br />

social que tem a ver com a<br />

cultura alimentar. Um indivíduo<br />

que pratica uma alimentação<br />

vegetariana fica<br />

<strong>de</strong> fora do convívio e partilha,<br />

que são factores culturais<br />

da nossa alimentação.<br />

As proteínas da soja<br />

substituem as da carne?<br />

A soja po<strong>de</strong> substituir a<br />

carne mas <strong>de</strong>sequilibradamente,<br />

já que nela não existem<br />

os tais aminoácidos que<br />

só a carne tem. Mas a soja é<br />

um dos produtos <strong>de</strong> origem<br />

vegetal mais equilibrados.<br />

Qualquer ser humano<br />

po<strong>de</strong> viver sem comer<br />

outros animais, ou nem<br />

todos os organismos estão<br />

preparados?<br />

Um indivíduo que, do dia<br />

para a noite, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

uma alimentação omnívora<br />

e começa a praticar uma alimentação<br />

vegetariana, sente<br />

nos primeiros 30 dias perda<br />

<strong>de</strong> cabelo, a pele mais<br />

macilenta e começa a fazer<br />

infecções com maior frequência.<br />

Depois o organismo<br />

começa a adaptar-se e a<br />

arranjar outras <strong>de</strong>fesas. Mas<br />

estas reacções dão-nos uma<br />

noção clara da importância<br />

dos alimentos <strong>de</strong> origem animal.<br />

A roda dos alimentos<br />

manda-nos comer carne e<br />

peixe em porções reduzidas<br />

face às outras categorias<br />

<strong>de</strong> alimentos, mas os<br />

portugueses não seguem<br />

estas indicações. Que outros<br />

erros i<strong>de</strong>ntifica na nossa<br />

alimentação?<br />

<strong>Leiria</strong> não tem restaurantes exclusivamente<br />

vegetarianos. No entanto,<br />

se há alguns anos encontrar sugestões<br />

vegetarianas nos menus era uma rarida<strong>de</strong><br />

e fazê-lo era quase uma excentricida<strong>de</strong>,<br />

hoje, a insistência <strong>de</strong> alguns<br />

restaurantes que mantêm os pratos<br />

ver<strong>de</strong>s nas ementas tem ajudado a<br />

abrir os horizontes do paladar <strong>de</strong><br />

quem os visita.<br />

Mesmo assim, com uma simples<br />

pesquisa na internet percebe-se<br />

facilmente que este tipo<br />

<strong>de</strong> cozinha tem pouca expressão<br />

na região. Os restaurantes<br />

que aparecem i<strong>de</strong>ntificados concentram-se<br />

na cida<strong>de</strong> e não<br />

trabalham exclusivamente comida<br />

vegetariana.<br />

Não há, portanto, na região,<br />

nenhuma casa <strong>de</strong> referência<br />

como o Espiral, em Lisboa, ou<br />

o Nakité no Porto mas, aos poucos,<br />

alguns restaurantes, concentrados<br />

na cida<strong>de</strong>, como Cardamomo,<br />

Menu Expresso, Tuá Tuá<br />

ou A&B já assumem a comida vegetariana<br />

como uma das suas características<br />

e referências.<br />

Nuno Sequeira, proprietário do restaurante<br />

<strong>de</strong> comida indiana Cardamomo,<br />

explica que “<strong>Leiria</strong> ainda não<br />

tem público para uma casa po<strong>de</strong>r trabalhar<br />

apenas comida vegetariana”.<br />

Exemplo disso são alguns projectos<br />

que nasceram e rapidamente <strong>de</strong>sapareceram.<br />

“Foi o caso <strong>de</strong> um na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, era o único e não sobreviveu”,<br />

lembra o empresário.<br />

Nós vivemos numa era da<br />

vingança. Não po<strong>de</strong>mos esquecer<br />

que no início do século<br />

XX passou-se muita fome e<br />

a carne era pouca. Ouve-se<br />

muito uma mãe dizer a um<br />

filho: “po<strong>de</strong>s não comer as<br />

cenouras e as batatas, mas a<br />

carne ou o peixe tens que<br />

comer”. Isto é o retrato <strong>de</strong>ssa<br />

vingança! Um indivíduo adulto<br />

não precisa <strong>de</strong> mais que<br />

120 gramas <strong>de</strong> carne numa<br />

refeição. No entanto, vemos<br />

com frequência comer aquelas<br />

belas costeletas <strong>de</strong> vitela<br />

que, tirando o osso, pesam<br />

cerca <strong>de</strong> 320 gramas. Estamos<br />

aqui a ver a enorme vingança<br />

que está a acontecer<br />

em termos <strong>de</strong> carências nutricionais<br />

que a população portuguesa<br />

passou. Além do excesso<br />

<strong>de</strong> carne, a má distribuição<br />

dos alimentos ao longo do<br />

dia, a utilização <strong>de</strong> produtos<br />

pré-preparados e consumo <strong>de</strong><br />

sal e açúcar <strong>de</strong>smedido são<br />

erros flagrantes. ■<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

Quem confecciona este tipo <strong>de</strong> comida<br />

reconhece que não é fácil fazer pratos<br />

económicos, já que alguns produtos,<br />

nomeadamente os biológicos,<br />

também são mais caros. Mesmo assim,<br />

explica Nuno Sequeira, “tal como na<br />

comida tradicional consegue fazer-se<br />

refeições mais baratas ou mais dispendiosas”.<br />

Albano Andra<strong>de</strong>, responsável pelo<br />

espaço Tuá Tuá Cozinhartes, diz mesmo<br />

que a procura por comida vegetariana<br />

é crescente, razão pela qual<br />

a casa está a estudar novos pratos,<br />

para alargar a lista que, para já, tem<br />

apenas uma sugestão fixa. O restaurante<br />

aberto há poucos meses, em<br />

<strong>Leiria</strong>, oferece saladas variadas e azeites<br />

artesanais que “são muito apreciados<br />

pelo público da comida vegetariana”.<br />

“O pão biológico é mais caro,<br />

os vegetais biológicos também são<br />

mais caros, mas acaba por conseguirse<br />

preços equiparados aos da cozinha<br />

dita normal.”■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 5<br />

Tofu, seitã e soja começam a ver-se nas ementas<br />

Região não tem restaurantes<br />

exclusivamente vegetarianos<br />

R O T E I R O<br />

Cardamomo<br />

Lasanha <strong>de</strong> legumes / beringela recheada /<br />

risoto <strong>de</strong> beterraba com rúcula / caril <strong>de</strong><br />

legumes com lentilhas<br />

<strong>Leiria</strong> - 15 euros<br />

Tuá Tuá Cozinhartes<br />

Legumes salteados com tofu em cama <strong>de</strong><br />

pão biológico<br />

<strong>Leiria</strong> - 8 euros<br />

A&B<br />

Risoto <strong>de</strong> cogumelos / legumes grelhados<br />

com queijo <strong>de</strong> cabra gratinado<br />

<strong>Leiria</strong> - 9 euros<br />

Menu Expresso<br />

Paté <strong>de</strong> tofu gratinado ao forno com legumes<br />

/ Bife <strong>de</strong> cebolada <strong>de</strong> seitã / Feijoada<br />

ou lasanha <strong>de</strong> soja<br />

<strong>Leiria</strong> - 5 euros<br />

PUB


DR<br />

6 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

BREVES<br />

■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Volta a<br />

Portugal<br />

condiciona<br />

trânsito<br />

A realização da nona etapa da<br />

Volta a Portugal, marcada para<br />

sábado entre a Praia do Pedrógão<br />

e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vai provocar<br />

vários constrangimentos<br />

ao trânsito. Entre as 13 e as 18<br />

horas <strong>de</strong> sábado, a circulação<br />

automóvel estará interrompida<br />

entre Pedrógão e Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

entre esta localida<strong>de</strong> e Monte<br />

Real, na variante a Monte Real<br />

e no troço da EN109, entre a rotunda<br />

<strong>de</strong> acesso à A17, em Monte<br />

Real, e a zona <strong>de</strong> Almuínha Gran<strong>de</strong>.<br />

Neste último trajecto, a interrupção<br />

será apenas no sentido<br />

Norte-Sul. Entre as 7 e as 19 horas,<br />

várias ruas da cida<strong>de</strong> estarão também<br />

encerradas ao trânsito (Avenida<br />

Heróis <strong>de</strong> Angola, Ruas <strong>de</strong><br />

S. Francisco, Coronel Teles Sampaio<br />

Rio, Capitão Mouzinho <strong>de</strong><br />

Albuquerque e Dr. Afonso Acácio<br />

Serra, Largo Cónego Maia e<br />

zona do rossio). Entre as 13 e as<br />

19 horas, ficarão também cortadas<br />

ao trânsito a ponte Euro 2004,<br />

a rotunda da Almuínha Gran<strong>de</strong><br />

(parcialmente), a Avenida 22 <strong>de</strong><br />

Maio (sentido Almuínha Gran<strong>de</strong>-rotunda<br />

das portas da cida<strong>de</strong>),<br />

rotunda do estádio, Avenida<br />

24 <strong>de</strong> Abril, Beco <strong>de</strong> S. Francisco<br />

e acesso da estrada da carreira<br />

<strong>de</strong> tiro à EN109.<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Despiste<br />

provoca<br />

um morto<br />

Um jovem <strong>de</strong> 18 anos morreu na<br />

sequência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>spiste <strong>de</strong> um<br />

veículo ligeiro, na madrugada <strong>de</strong><br />

ontem, na Estrada Nacional 242,<br />

em Guarda Nova, na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>. Segundo fonte do Comando<br />

Distrital <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro<br />

(CDOS) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o automóvel<br />

embateu contra uma casa<br />

<strong>de</strong>sabitada provocando ainda<br />

mais dois feridos graves, que foram<br />

transportados para o Hospital <strong>de</strong><br />

Santo André, em <strong>Leiria</strong>. De acordo<br />

com o CDOS, além da PSP e<br />

dos Bombeiros Voluntários da<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> estiveram no<br />

local elementos do Serviço Municipal<br />

<strong>de</strong> Protecção Civil <strong>de</strong>vido<br />

ao risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada da habitação.<br />

■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Sindicato e Associação <strong>de</strong> Bombeiros criticam coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> meios<br />

Comandante dos Municipais<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fogo<br />

O comandante dos Bombeiros<br />

Municipais <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Artur Figueiredo,<br />

volta a estar <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> fogo<br />

da Associação Nacional <strong>de</strong> Bombeiros<br />

Profissionais (ANBP) e do<br />

Sindicato Nacional dos Bombeiros<br />

Profissionais, que o acusam <strong>de</strong> estar<br />

mais preocupado com a poupança<br />

<strong>de</strong> dinheiro do que com o socorro<br />

às populações.<br />

Em comunicado, as duas estruturas<br />

<strong>de</strong>nunciam que, no dia 3 <strong>de</strong><br />

Agosto, “o comandante questionou<br />

a saída dos elementos próximo<br />

das 20 horas”, para acorrer a<br />

um incêndio, pois “aparentemen-<br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> adjudica serviço <strong>de</strong> refeições escolares<br />

Concurso internacional<br />

permite poupar 174 mil euros<br />

O concurso internacional<br />

que a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> abriu<br />

este ano para o fornecimento<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40% das refeições<br />

escolares do concelho vai<br />

permitir à autarquia poupar<br />

174 mil euros em relação ao<br />

último ano lectivo. A adjudicação<br />

do serviço foi aprovada<br />

na última reunião <strong>de</strong> câmara,<br />

on<strong>de</strong> os vereadores do PSD,<br />

pela voz José Benzinho, frisaram<br />

a importância da monotorização<br />

do serviço.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />

garante que essa avaliação<br />

será feita, <strong>de</strong> forma “a assegurar<br />

que a qualida<strong>de</strong> do serviço<br />

não sairá prejudicada”<br />

Comandante dos Municipais <strong>de</strong>smente não querer pagar horas extraordinárias<br />

te não <strong>de</strong>veriam ter saído porque<br />

a câmara não quer pagar horas<br />

extraordinárias”, o que consi<strong>de</strong>ram<br />

“pôr em causa a segurança<br />

quer dos bombeiros, quer da população”.<br />

O comandante da corporação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Artur Figueiredo, explica<br />

que apenas chamou a atenção<br />

do “chefe <strong>de</strong> serviço por não ter<br />

informado da situação oportunamente,<br />

para a coor<strong>de</strong>nação ser feita<br />

<strong>de</strong> forma efectiva com todos os<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros”.<br />

O sindicato e a ANBP <strong>de</strong>nunciam<br />

ainda que, dois dias <strong>de</strong>pois,<br />

pelo facto do preço ter baixado.<br />

Raul Castro adianta ainda<br />

que se os níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

se mantiverem, a autarquia<br />

tenciona alargar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

concurso internacional a outras<br />

escolas, cujo serviço está a ser<br />

prestado por entida<strong>de</strong>s com<br />

quem o município tem protocolos.<br />

Raul Castro lamenta que,<br />

à semelhança do que aconteceu<br />

com as AEC (Activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Enriquecimento Curricular)<br />

tenha havido candidatos<br />

excluídos, mas “o concurso<br />

tem regras que não po<strong>de</strong>m ser<br />

contornadas”.<br />

Presente na reunião <strong>de</strong><br />

“saiu para o terreno um veículo,<br />

<strong>de</strong>sta vez com apenas três elementos<br />

dos municipais”, quando “<strong>de</strong>veriam<br />

sair cinco”, para combater um<br />

incêndio urbano. Segundo o sindicato,<br />

a explicação avançada pelo<br />

comandante é que “não po<strong>de</strong>m sair<br />

mais porque a cida<strong>de</strong> fica <strong>de</strong>sguarnecida”.<br />

“Foi o número <strong>de</strong> homens necessário<br />

face à situação e ao facto <strong>de</strong><br />

estarem a ser <strong>de</strong>spachados mais<br />

meios <strong>de</strong> outros corporações para<br />

a mesma ocorrência”, justifica<br />

Artur Figueiredo, que refuta, assim,<br />

todas as acusações. “Não foi colo-<br />

câmara, Patrícia Órfão, representante<br />

da Relógio Global,<br />

uma das empresas que ficou<br />

<strong>de</strong> fora do concurso das AEC,<br />

criticou a câmara por ter prestado<br />

algumas “informações<br />

erradas aos concorrentes, que<br />

levaram à sua exclusão. Raul<br />

Castro admite essa possibilida<strong>de</strong>,<br />

mas “tal não é suficiente<br />

para pôr em causa o concurso”,<br />

porque aconteceu <strong>de</strong> “forma<br />

informal”. O autarca diz<br />

ainda que, “as empresas que<br />

entendam que a lei não foi<br />

cumprida, po<strong>de</strong>m recorrer ao<br />

tribunal administrativo”.■<br />

MAS<br />

cado qualquer constrangimento<br />

pelo senhor presi<strong>de</strong>nte da câmara<br />

perante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar<br />

mais pessoas para as ocorrências<br />

ou prolongar o serviço<br />

que está em curso.”<br />

O <strong>de</strong>sentendimento entre o<br />

comandante Artur Figueiredo e o<br />

sindicato e a ANBP estalou <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que o concelho foi dividido em<br />

áreas <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong> modo a<br />

rentabilizar os recursos dos vários<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que<br />

passam a actuar nas zonas mais<br />

próximas dos seus quartéis. ■<br />

EC<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Aeroclube <strong>de</strong>ixa<br />

instalações até Outubro<br />

A direcção do Aeroclube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> reuniu, na<br />

terça-feira, com a câmara para mais uma conversa<br />

sobre o <strong>de</strong>stino das instalações da associação<br />

aeronáutica. De acordo com Afonso Vieira,<br />

antigo tesoureiro, recentemente eleito presi<strong>de</strong>nte<br />

do Aeroclube, a associação <strong>de</strong>verá sair da proprieda<strong>de</strong><br />

privada on<strong>de</strong> se encontra, na freguesia<br />

<strong>de</strong> Marrazes, até Outubro, pelo que ficou<br />

agendado novo encontro com a autarquia para<br />

dia 3 <strong>de</strong> Setembro. O presi<strong>de</strong>nte da direcção diz<br />

que “as propostas <strong>de</strong> Milagres e Monte Real continuam<br />

em estudo” e que “este executivo camarário<br />

está empenhado em solucionar o problema”.<br />

Raul Castro confirma as movimentações<br />

da câmara para agilizar o processo e diz que “até<br />

3 <strong>de</strong> Setembro novas reuniões vão ser agendadas<br />

com os proprietários dos terrenos <strong>de</strong> Milagres”.<br />

No local po<strong>de</strong>rá nascer um projecto global<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico e <strong>de</strong>sportivo<br />

on<strong>de</strong> o aeródromo se enquadraria”, adianta o<br />

presi<strong>de</strong>nte do Aeroclube. ■ PL


| JORNAL DE LEIRIA | PUBLICIDADE |<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 7


RICARDO GRAÇA<br />

8 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

A Marinha Gran<strong>de</strong> é o concelho<br />

do distrito como maior índice<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, <strong>de</strong> acordo com<br />

o estudo mais recente do INE (Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Estatísticas), elaborado<br />

com base em dados <strong>de</strong> 2007.<br />

Aquele município repete, assim, a<br />

posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na região que<br />

já ocupava em 2005. Caldas da<br />

Rainha e <strong>Leiria</strong> continuam a ocu-<br />

| SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Estudo do INE coloca Figueiró dos Vinhos no pólo oposto<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> volta a li<strong>de</strong>rar<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra no distrito<br />

PUB<br />

Marinha ocupa a 37ª posição a nível nacional<br />

par os segundo e terceiro lugares<br />

no distrito. No pólo oposto encontra-se<br />

Figueiró dos Vinhos.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> confessa-se satisfeito<br />

com a posição que o município<br />

ocupa no estudo, que atribui à<br />

“dinâmica própria <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico-social” do concelho,<br />

“assente num tecido indus-<br />

Sólida empresa do sector Vidreiro integrada em multinacional Norte- Americana,<br />

preten<strong>de</strong> recrutar para a Zona Centro:<br />

MANAGER DE PLANEAMENTO/ANALISTA FINANCEIRO<br />

Funções:<br />

. Planeamento <strong>de</strong> vidro, embalagem reembalagem e <strong>de</strong>coração<br />

. Definição das regras <strong>de</strong> planeamento<br />

. Análise estatística dos resultados <strong>de</strong> planeamento/Produção Definiçãoe manutenção da Bill of materials)<br />

. Análise <strong>de</strong> inventários <strong>de</strong> produto acabado e embalagem<br />

. Definição <strong>de</strong> custos standards <strong>de</strong> produtos<br />

. Interacção entre o planeamento e o <strong>de</strong>partamento financeiro<br />

. Análise das OF abertas em cada período e garantir que todas são fechadas no momento certo.<br />

Perfil:<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos<br />

. Fortes e sólidos conhecimentos e experiência <strong>de</strong> planeamento <strong>de</strong> produção.<br />

. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> Excel<br />

. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> Inglês<br />

. Sólidos conhecimentos <strong>de</strong> MRP<br />

. Fortes e sólidos conhecimentos e experiência <strong>de</strong> gestão através <strong>de</strong> custos standards e seu <strong>de</strong>svio.<br />

TÉCNICO ELECTRICISTA<br />

Descrição:<br />

Profissionais com formação profissional na área <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>, com experiência em Manutenção Industrial, Electricida<strong>de</strong>,<br />

Mecânica e Automação.<br />

Procuramos:<br />

. Executar activida<strong>de</strong>s diárias como assistir manutenção, operação e manutenção <strong>de</strong> máquinas;<br />

. Candidatos dinâmicos, flexíveis, com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para trabalhar por turnos<br />

. Experiência mínima <strong>de</strong> 4/5 anos<br />

. Habilitações Literárias 9ºano<br />

SERRALHEIRO MECÂNICO<br />

Descrição:<br />

Reparação <strong>de</strong> avarias nas máquinas; Montagem e reparação <strong>de</strong> tubagem; Manutenção Preventiva e por vezes Curativa;<br />

Auxiliar nos serviços <strong>de</strong> manutenção geral <strong>de</strong> edifícios.<br />

Procuramos:<br />

. Candidatos preferencialmente com o 9º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, experiência em função similar (Serralharia Mecânica/<br />

Manutenção Industrial, conhecimentos <strong>de</strong> Electricida<strong>de</strong> industrial, valorizando-se conhecimentos na área <strong>de</strong><br />

automação; Conhecimentos hidráulica, pneumática<br />

. Candidatos dinâmicos, flexíveis, com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para trabalhar por turnos<br />

. Experiência mínima <strong>de</strong> 4 anos<br />

Oferecemos:<br />

. Condições salariais <strong>de</strong> acordo com a experiência; possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração nos quadros da empresa<br />

. Oportunida<strong>de</strong> para trabalhar <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma equipa <strong>de</strong> colaboradores empenhada<br />

e com bom ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

. Local <strong>de</strong> trabalho na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Caso corresponda ao perfil envie a sua candidatura para: recrutamento.drh@libbey.pt<br />

trial que alia sectores tradicionais<br />

a sectores <strong>de</strong> elevada capacida<strong>de</strong><br />

tecnológica”.<br />

Álvaro Pereira <strong>de</strong>staca ainda a<br />

“i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> colectiva” do concelho,<br />

“construída por sucessivas gerações<br />

<strong>de</strong> trabalhadores e empreen<strong>de</strong>dores,<br />

sobre a constante capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> risco e <strong>de</strong> inovação e<br />

resistência à adversida<strong>de</strong>”. O autarca<br />

frisa, no entanto, que o estudo<br />

se refere a 2007 e que a conjuntura<br />

económica se agravou, obrigando<br />

a uma atitu<strong>de</strong> “pró-activa<br />

<strong>de</strong> todos os agentes”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Figueiró<br />

dos Vinhos, Rui Silva, não se<br />

manifesta surpreendido com o facto<br />

do município ter o menor índice<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra do distrito,<br />

facto que atribui essencialmente<br />

ao <strong>de</strong>semprego. O autarca garante,<br />

no entanto, que a câmara “tudo<br />

está a fazer para inverter essa situação”.<br />

Rui Silva aponta como exemplo<br />

<strong>de</strong>sse esforço a recente inauguração<br />

do pólo <strong>de</strong> formação, através<br />

<strong>de</strong> um protocolo com o Instituto<br />

<strong>de</strong> Emprego e Formação Pro-<br />

A herança <strong>de</strong> Lúcio Tomé<br />

Feteira, empresário natural<br />

<strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, continua<br />

por partilhar <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois<br />

da sua morte. A Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

é uma das her<strong>de</strong>iras.<br />

O milionário indicou, em<br />

testamento, a doação <strong>de</strong> parte<br />

da herança, que a lei não<br />

obriga a ficar na família,<br />

para a autarquia. “A junta<br />

vai receber 80% da quota<br />

disponível do testamento<br />

para criar a Fundação Família<br />

Feteira, que Lúcio Tomé<br />

Feteira pretendia que fosse<br />

a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Vieira<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a gerir”, explica<br />

Joaquim Vidal Tomé.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da junta<br />

esclarece também que a verba,<br />

cujo o valor que cabe à<br />

junta <strong>de</strong>sconhece, ainda não<br />

foi <strong>de</strong>sbloqueada porque as<br />

partilhas não foram efectuadas.<br />

Segundo o jornal<br />

Público, o valor que estaria<br />

nas contas <strong>de</strong> Tomé Feteira<br />

ultrapassará os 30 milhões<br />

<strong>de</strong> euros. Joaquim Vidal<br />

Tomé afirma que Lúcio Tomé<br />

Feteira ia com “frequência”<br />

à Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e era uma<br />

pessoa “muito querida na<br />

terra”. Além disso, “fazia<br />

fissional, que já tem cerca <strong>de</strong> 200<br />

formandos. Rui Silva refere ainda<br />

o projecto <strong>de</strong> alargamento da zona<br />

industrial e um outro acordo com<br />

a Associação Empresarial do Pinhal<br />

Interior, com vista também à realização<br />

<strong>de</strong> formação profissional.<br />

Segundo o estudo do INE, divulgado<br />

pela Agência Lusa, a região<br />

da gran<strong>de</strong> Lisboa congrega seis dos<br />

15 concelhos portugueses com<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra mais elevado, com<br />

o ranking a ser li<strong>de</strong>rado pela capital.<br />

Os índices mais baixos registavam-se<br />

em Vinhais, Ribeira <strong>de</strong><br />

Pena, Sernancelhe, Celorico <strong>de</strong> Basto<br />

e Penalva do Castelo, municípios<br />

localizados no interior. ■<br />

MAS<br />

Indicadores avaliados<br />

algumas doações, aos bombeiros,<br />

biblioteca e escolas”.<br />

“Há mesmo uma cantina que<br />

tem o nome da sua mãe”,<br />

acrescenta.<br />

A herança <strong>de</strong> Lúcio Tomé<br />

Feteira ainda não foi dividida<br />

<strong>de</strong>vido a um litígio entre<br />

Rosalina Ribeiro, com quem<br />

o empresário manteve uma<br />

relação extraconjugal durante<br />

32 anos, e a sua filha Olímpia<br />

Menezes, também fruto<br />

<strong>de</strong> uma relação fora do casamento.<br />

Rosalina Ribeiro, que<br />

foi assassinada em Dezembro<br />

do ano passado, lutou<br />

para garantir os mesmos<br />

direitos sucessórios que a<br />

Índice<br />

do po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra<br />

Posição<br />

no ranking<br />

nacional<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> 101,99 37ª<br />

Caldas da Rainha 99,92 40ª<br />

<strong>Leiria</strong> 99,87 41ª<br />

Nazaré 89 66ª<br />

Peniche 87,36 73ª<br />

Alcobaça 82,78 89ª<br />

Batalha 82,71 90ª<br />

Bombarral 75,86 120ª<br />

Óbidos 75,81 121ª<br />

Ourém 74,17 129ª<br />

Pombal 73,8 130ª<br />

Porto <strong>de</strong> Mós 67,87 155ª<br />

Ansião 62,58 195ª<br />

Castanheira <strong>de</strong> Pera 59,93 213ª<br />

Pedrógão Gran<strong>de</strong> 58613 224ª<br />

Alvaiázere 58,33 230ª<br />

Figueiró dos Vinhos 55,61 244ª<br />

O índice <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra avalia indicadores como o vencimento<br />

salarial, contratos imobiliários e número <strong>de</strong> automóveis, e preten<strong>de</strong><br />

“traduzir o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra manifestado quotidianamente,<br />

em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo<br />

por referência o valor nacional”, explica o INE, citado pela Agência<br />

Lusa. ■<br />

Lúcio Tomé Feteira <strong>de</strong>ixa valor para fundação<br />

Junta da Vieira aguarda<br />

herança há <strong>de</strong>z anos<br />

DR<br />

mulher legítima do empresário,<br />

que faleceu <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le.<br />

De acordo com o Diário<br />

<strong>de</strong> Notícias, o homicídio <strong>de</strong><br />

Rosalina Ribeiro po<strong>de</strong>rá estar<br />

relacionado com a suspeita<br />

<strong>de</strong> falsificação <strong>de</strong> uma procuração<br />

para venda irregular<br />

<strong>de</strong> terrenos do empresário.<br />

O caso foi divulgado esta<br />

semana pelos órgãos <strong>de</strong><br />

comunicação social por Duarte<br />

Lima, advogado <strong>de</strong> Rosalina,<br />

ter sido chamado a <strong>de</strong>por<br />

pela polícia brasileira, pois<br />

foi uma das últimas pessoas<br />

a estar com ela antes da sua<br />

morte. ■<br />

EC


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

Presi<strong>de</strong>nte da câmara prefere ligar-se a Lisboa, se o aeroporto regional ficar em Monte Real<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 9<br />

Ourém admite abandonar Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Ourém<br />

admite sair do Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-<br />

Fátima, se este organismo “persistir<br />

na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que uma das formas<br />

<strong>de</strong> valorizar Fátima é promover a<br />

abertura <strong>de</strong> Monte Real à aviação<br />

civil”. As <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> Paulo Fonseca<br />

surgem na sequência <strong>de</strong> uma<br />

reunião realizada recentemente<br />

entre autarcas da região e dirigentes<br />

do Fórum Centro Portugal e o<br />

primeiro-ministro, on<strong>de</strong> José Sócrates<br />

prometeu apoio para que o estudo<br />

sobre a viabilida<strong>de</strong> da abertura<br />

da Base Aérea nº 5 (BA5) à aviação<br />

civil seja retomado.<br />

“O Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima tem<br />

um peso brutal porque tem Fátima.<br />

Não vejo qualquer vantagem<br />

em insistir no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

um projecto [abertura ao tráfego<br />

civil da BA5] artificial, ineficaz e<br />

A vila <strong>de</strong> Ansião tem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

semana passada, um novo parque<br />

<strong>de</strong> estacionamento e mais um espaço<br />

ver<strong>de</strong>. As obras foram inauguradas<br />

durante a abertura oficial das<br />

festas do concelho, uma cerimónia<br />

que habitualmente se realizava<br />

nos Paços do Concelho, mas que<br />

este ano teve lugar na nova zona<br />

ver<strong>de</strong>. Uma <strong>de</strong>scentralização que<br />

o presi<strong>de</strong>nte da câmara, Rui Rocha,<br />

classifica como “mais um sinal da<br />

forte vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> abertura aos cidadão”<br />

do actual executivo.<br />

Região<br />

Dia da juventu<strong>de</strong><br />

comemorado<br />

O autarca explica que a intervenção<br />

junto ao Ribeiro da Vi<strong>de</strong><br />

permitiu requalificar “um dos espaços<br />

nobres da vila”, com a criação<br />

<strong>de</strong> mais um espaço ver<strong>de</strong>. Além da<br />

colocação <strong>de</strong> relva e <strong>de</strong> mobiliário<br />

urbano, o projecto contemplou a<br />

recuperação da antiga casa do cantoneiro,<br />

transformada em sanitários<br />

públicos, e <strong>de</strong> um lavadouro,<br />

que <strong>de</strong>u lugar a uma zona <strong>de</strong> convívio.<br />

Com 74 lugares, o novo parque<br />

<strong>de</strong> estacionamento foi criado jun-<br />

O Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong>, que hoje se comemora,<br />

é assinalado em vários municípios da região. A Câmara<br />

<strong>de</strong> Peniche organiza, em conjunto com as associações<br />

juvenis do concelho, activida<strong>de</strong>s que preten<strong>de</strong>m promover<br />

as potencialida<strong>de</strong>s dos jovens em áreas como a música, a<br />

dança, o <strong>de</strong>sporto e a fotografia. Em Pombal, as iniciativas<br />

irão dividir-se entre as piscinas municipais, on<strong>de</strong>, a partir<br />

das 14:30 horas, haverá sessões <strong>de</strong> hidroginástica, música<br />

e ateliês, e a Praça Marquês <strong>de</strong> Pombal, que entre 14:30 e<br />

as 17:30 horas, acolhe a iniciativa MarquêsGrafiti, on<strong>de</strong> os<br />

jovens po<strong>de</strong>rão expressar colectivamente a sua arte. Durante<br />

este dia, o município <strong>de</strong> Pombal oferece aos jovens entradas<br />

gratuitas nas piscinas e em vários espaços culturais. Esta<br />

foi também a forma encontrada pela Câmara <strong>de</strong> Ourém para<br />

assinalar a data, entregando aos jovens senhas para entrar<br />

no museu e nas piscinas municipais, que po<strong>de</strong>m ser levantadas<br />

na loja Ponto Já. A Câmara da Marinha Gran<strong>de</strong> marca<br />

também a data com a oferta <strong>de</strong> entradas gratuitas nos<br />

museus municipais aos jovens até aos 25 anos. O objectivo<br />

é fomentar nos jovens a apetência cultural, social e turística.<br />

Na Batalha, as comemorações começam às 17:30 horas,<br />

com jogos tradicionais na Praça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

on<strong>de</strong>, a partir das 22 horas, haverá música dos anos<br />

70, 80 e 90. ■<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

Fonseca não acredita na abertura da BA5 à aviação civil<br />

que não é promotor do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

regional”, afirma Paulo<br />

Inaugurações marcam festas do concelho<br />

Ansião ganha espaço ver<strong>de</strong><br />

e estacionamento gratuito<br />

Fonseca. O autarca <strong>de</strong> Ourém consi<strong>de</strong>ra<br />

que “não cabe na cabeça <strong>de</strong><br />

to à Avenida Dr. Vítor Faveiro, a<br />

poucos metros da Praça do Município,<br />

e será <strong>de</strong> utilização gratuita,<br />

estando já preparado para a instalação<br />

<strong>de</strong> um postos <strong>de</strong> abastecimento<br />

para veículos eléctricos. Rui<br />

Rocha frisa que o novo parque permitirá<br />

colmatar a eliminação <strong>de</strong><br />

algum aparcamento na zona central<br />

da vila, prevista nas obras <strong>de</strong><br />

requalificação já em execução, e<br />

que, segundo o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />

darão a Ansião “uma matriz <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>”. ■<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

ninguém que alguém venha a Fátima<br />

através <strong>de</strong> Monte Real, quando<br />

po<strong>de</strong> aterrar em Lisboa, que fica<br />

à mesma distância temporal” da<br />

BA5.<br />

Apesar <strong>de</strong> acreditar que a abertura<br />

da base aérea à aviação civil<br />

“nunca será autorizada”, Paulo Fonseca<br />

garante que, se tal vier a acontecer,<br />

inviabilizando a criação <strong>de</strong><br />

um aeroporto regional em Fátima,<br />

então “Ourém estará disponível<br />

para se ligar a Lisboa”, em termos<br />

turísticos, por enten<strong>de</strong>r que, nessas<br />

circunstâncias, é a solução que<br />

melhor serve os interesses do concelho.<br />

“Fátima podia ter sido o ciclista<br />

que fugiu do pelotão e , quando<br />

os outros <strong>de</strong>ram por isso, já tinha<br />

ganho. Teve o rasgo <strong>de</strong> começar o<br />

processo [através da tentativa <strong>de</strong><br />

transformação da pista da Giesteira<br />

em aeroporto regional], mas faltou-lhe<br />

a sabedoria para gerir a<br />

vantagem e per<strong>de</strong>u a oportunida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vido a problemas locais”, afirma<br />

David Catarino. O presi<strong>de</strong>nte<br />

do Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima, que<br />

durante anos li<strong>de</strong>rou a Câmara <strong>de</strong><br />

Ourém, reconhece que, por vezes,<br />

os autarcas estão “reféns das posições<br />

locais”, mas <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a<br />

questão do aeroporto <strong>de</strong>ve ser encarada<br />

à “escala regional”. E que, num<br />

momento em que “não há dinheiro<br />

para investir” e em que “as acessibilida<strong>de</strong>s<br />

a Monte Real estão praticamente<br />

feitas”, a BA5 po<strong>de</strong>rá ser<br />

a solução mais ajustada para servir<br />

a região Centro. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

Governador civil (à esq.) presidiu às inaugurações<br />

PUB


10 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Ourém<br />

Santuário<br />

acolhe<br />

emigrantes<br />

Milhares <strong>de</strong> emigrantes são esperados,<br />

hoje e amanhã, no Santuário<br />

<strong>de</strong> Fátima para participar<br />

na Peregrinação do Migrante e<br />

do Refugiado, que este ano <strong>de</strong>staca<br />

a comunida<strong>de</strong> portuguesa<br />

resi<strong>de</strong>nte em França e a igreja que<br />

a acolhe nesse país. A peregrinação<br />

será presidida por D. Clau<strong>de</strong><br />

Schocker, bispo <strong>de</strong> Belfort-Montbéliard<br />

(França) e presi<strong>de</strong>nte do<br />

Serviço Nacional da Pastoral dos<br />

Migrantes <strong>de</strong> França. Esta peregrinação<br />

internacional está integrada<br />

na 38.ª Semana Nacional<br />

<strong>de</strong> Migrações, uma iniciativa da<br />

Comissão Episcopal da Mobilida<strong>de</strong><br />

Humana e da Obra Católica<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Migrações.<br />

Dinossáurios<br />

potenciam<br />

geminação<br />

A Câmara <strong>de</strong> Ourém está a preparar<br />

uma geminação com o município<br />

<strong>de</strong> Teruel, localizado em<br />

Espanha. Nesse sentido, uma comitiva<br />

com representes da autarquia<br />

<strong>de</strong>slocou recentemente a Teruel,<br />

para <strong>de</strong>senvolver contactos com<br />

vista a uma futura geminação. Os<br />

dinossáurios são um dos elos <strong>de</strong><br />

ligação entre os dois municípios,<br />

havendo estudos que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m<br />

que as pegadas na Pedreira do<br />

Galinha, em Ourém, foram produzidas<br />

por um dinossauro da<br />

mesma espécie, <strong>de</strong> Teruel. O património<br />

é outro dos elementos<br />

comum entre Ourém e Teruel.<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Universida<strong>de</strong><br />

sénior em<br />

antiga escola<br />

Encerrada no final do último ano<br />

lectivo, a EB1 <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Cima,<br />

Porto <strong>de</strong> Mós, po<strong>de</strong>rá vir a ganhar<br />

nova vida, com a instalação da<br />

universida<strong>de</strong> sénior que o Rotary<br />

Clube local preten<strong>de</strong> abrir no<br />

concelho. O pedido <strong>de</strong> cedência<br />

da escola foi analisado na última<br />

reunião <strong>de</strong> câmara, realizada na<br />

semana passada, com o executivo<br />

a adiar uma tomada <strong>de</strong> posição,<br />

uma vez que o Clube Automóvel<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós já tinha<br />

“verbalmente” solicitado a ocupação<br />

daquele espaço. O presi<strong>de</strong>nte<br />

do município, João Salgueiro,<br />

manifestou, no entanto,<br />

a inclinação para ce<strong>de</strong>r as instalações<br />

aos rotários, uma vez que<br />

o Clube Automóvel já está a ocupar<br />

uma outra antiga escola (Casal<br />

Duro). ■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

IC3 avança com perfil <strong>de</strong> auto-estrada e portagens<br />

Tribunal <strong>de</strong> Contas aprova<br />

subconcessão do Pinhal Interior<br />

O contrato da subconcessão do<br />

Pinhal Interior Norte, adjudicado a<br />

um consórcio li<strong>de</strong>rado pela Ascendi<br />

(<strong>de</strong>tida pela Mota-Engil e pelo<br />

BES), foi aprovado, na segunda-<br />

-feira, pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas (TC).<br />

Entre as obras previstas está a construção<br />

do IC3, entre Coimbra e<br />

Tomar, passando por Ansião e Alvaiázere,<br />

que terá portagens, uma medida<br />

compreendida pelos autarcas <strong>de</strong><br />

região que consi<strong>de</strong>ram que, mesmo<br />

a pagar, se trata <strong>de</strong> uma via<br />

“fundamental” para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da zona do Pinhal.<br />

Intervenção abrange 40 quilómetros entre <strong>Leiria</strong> e o limite Norte do distrito<br />

Requalificação do IC2 avança em 2011<br />

A requalificação do IC2, entre<br />

a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e o limite Norte<br />

do distrito, vai avançar no<br />

próximo ano. A obra está incluída<br />

no plano <strong>de</strong> investimentos<br />

da Estradas <strong>de</strong> Portugal (EP) para<br />

2011 e <strong>de</strong>verá custar mais <strong>de</strong> 30<br />

milhões <strong>de</strong> euros. A informação<br />

foi avançada no sábado pelo<br />

director da Delegação Regional<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da EP, Ricardo Lacerda,<br />

durante uma visita a várias<br />

obras rodoviárias em curso no<br />

município <strong>de</strong> Pombal, promovida<br />

pela concelhia local do PS.<br />

Ricardo Lacerda explica que a<br />

intervenção no IC2 totalizará<br />

cerca <strong>de</strong> 40 quilómetros e contempla<br />

a repavimentação da via<br />

e o melhoramento do traçado,<br />

com a criação <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> aceleração<br />

e a revisão <strong>de</strong> alguns cruzamentos.<br />

Segundo aquele responsável,<br />

o projecto <strong>de</strong> execução<br />

será colocado a concurso<br />

em Setembro, <strong>de</strong>correndo, neste<br />

momento, a consulta às autarquias<br />

abrangidas pelo troço em<br />

Sócrates presidiu à cerimónia <strong>de</strong> adjudicação da concessão<br />

Apesar <strong>de</strong> ainda ter “alguma<br />

esperança” que o Governo recue<br />

na introdução <strong>de</strong> portagens, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara <strong>de</strong> Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong> não se opõe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

medida “se aplique a todas as regiões<br />

com o <strong>de</strong>senvolvimento similar” ao<br />

Pinhal Interior. Mas, para João Marques,<br />

“o mais importante é que a<br />

obra avance”, porque dará “outra<br />

centralida<strong>de</strong> à região”, uma vez que<br />

vai ligar a A1, em Coimbra, e a A23,<br />

em Torres Novas. O autarca <strong>de</strong>staca<br />

ainda o conjunto <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />

previstas na concessão,<br />

causa, para que “i<strong>de</strong>ntifiquem<br />

os pontos que merecem mais<br />

atenção”.<br />

O director regional da EP<br />

acrescenta ainda que foram enviados<br />

ofícios às entida<strong>de</strong>s envolvidas<br />

na execução <strong>de</strong> infra-estruturas,<br />

como re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gás, água<br />

ou saneamento, para que façam<br />

uma calendarização das intervenções<br />

previstas para o troço<br />

a requalificar. O objectivo, explica<br />

Ricardo Lacerda, é que as<br />

obras sejam feitas antes da repavimentação<br />

do piso.<br />

Além <strong>de</strong>sta intervenção no<br />

IC2, a EP assinou, na semana<br />

passada, um contrato com a<br />

empresa JJR & Filhos, se<strong>de</strong>ada<br />

na Quinta da Sardinha (<strong>Leiria</strong>),<br />

para a realização <strong>de</strong> trabalhos<br />

<strong>de</strong> manutenção e conservação<br />

nos cerca <strong>de</strong> 750 quilómetros <strong>de</strong><br />

vias e 297 pontes, viadutos e<br />

outras travessias que constituem<br />

a re<strong>de</strong> rodoviária a seu cargo no<br />

distrito.<br />

No valor <strong>de</strong> 8.4 milhões <strong>de</strong><br />

que facilitarão as ligações entre os<br />

municípios da região, e a requalificação<br />

do IC8. “Esta concessão é<br />

a melhor coisa que podia ter acontecido<br />

a este território”, afirma.<br />

Também o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

<strong>de</strong> Ansião, consi<strong>de</strong>ra que, “mais<br />

importante do que discutir a introdução<br />

ou não <strong>de</strong> portagens no IC3,<br />

é que a obra avance”. E, nesse sentido,<br />

Rui Rocha enten<strong>de</strong> que o visto<br />

do TC representa “mais um passo<br />

cumprido” para que os trabalhos<br />

no terreno sejam iniciados. “Há<br />

muito que ansiamos por este inves-<br />

euros, o contrato prevê a conservação<br />

<strong>de</strong> pavimentos, bermas<br />

e valetas, passeios, nós, separa-<br />

timento, que é crucial para <strong>de</strong>volver<br />

alguma esperança a este território”,<br />

diz o autarca<br />

João Cardoso, presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Empresarial do Pinhal Interior,<br />

diz que “o i<strong>de</strong>al” seria que o<br />

IC3 não tivesse portagens, mas reconhece<br />

que, na situação actual, “é<br />

difícil construir auto-estradas sem<br />

serem pagas”. Por isso, o empresário<br />

prefere <strong>de</strong>stacar a importância<br />

das obras previstas na concessão.<br />

“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta zona<br />

estava, há muito, a contar com este<br />

investimento, que vai permitir acessos<br />

mais rápidos e reduzir as distâncias<br />

entre a região e o Litoral,<br />

Espanha e Lisboa.”■<br />

Maria Anabela Silva<br />

Números<br />

da concessão<br />

✓ 1.2 mil milhões – total do<br />

investimento<br />

✓ 567 kms – extensão total da<br />

concessão (118 Kms <strong>de</strong> auto-<br />

-estradas e 449 Kms <strong>de</strong> estradas<br />

<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>)<br />

✓ 200 – número <strong>de</strong> empresas<br />

envolvidas nas obras da concessão<br />

✓ 4.000 – número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />

trabalho directos criados pela concessão<br />

✓ 44.000 - estimativa do número<br />

<strong>de</strong> empregos induzidos pelas novas<br />

vias<br />

✓ 36 meses – prazo <strong>de</strong> construção<br />

(obras <strong>de</strong>verão estar concluídas<br />

em Fevereiro <strong>de</strong> 2013)<br />

dores, intersecções, talu<strong>de</strong>s e<br />

vedações e a manutenção <strong>de</strong><br />

obras <strong>de</strong> arte. ■ MAS<br />

PS <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> acesso<br />

à A1 em Merinhas<br />

A Concelhia <strong>de</strong> Pombal do PS consi<strong>de</strong>ra a construção <strong>de</strong> um nó<br />

<strong>de</strong> acesso à A1, em Meirinhas, estratégica para o concelho,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que essa obra <strong>de</strong>verá ser acompanhada pela criação<br />

<strong>de</strong> uma ligação entre a zona Sul do concelho e esse nó, através<br />

da requalificação <strong>de</strong> alguma re<strong>de</strong> viária concelhia. A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s,<br />

presi<strong>de</strong>nte da concelhia, enten<strong>de</strong> mesmo que essa ligação “é<br />

mais prioritária do que a variante à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal”, há muito<br />

reivindicada pela maioria social-<strong>de</strong>mocrata que governa a<br />

câmara. O dirigente socialista falava durante uma visita às obras<br />

<strong>de</strong> melhoria e alargamento <strong>de</strong> seis pontes e pontões na EN1.6,<br />

em fase <strong>de</strong> conclusão, on<strong>de</strong> chamou também a atenção para a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar as condições <strong>de</strong> segurança do nó do IC2<br />

em Alto Cabaço (entrada Norte da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal). A visita<br />

contou com a presença <strong>de</strong> José Miguel Me<strong>de</strong>iros, <strong>de</strong>putado do<br />

PS na Assembleia da República, e do director regional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

da Estradas <strong>de</strong> Portugal, Ricardo Lacerda. ■


Obra estará concluída <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nove meses<br />

A Misericórdia <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />

vai iniciar, nos próximos dias, a<br />

construção <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados<br />

continuados <strong>de</strong> longa duração.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um investimento<br />

na or<strong>de</strong>m dos dois milhões <strong>de</strong> euros,<br />

que <strong>de</strong>verá ficar concluído <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> nove meses e que conta com o<br />

apoio do Ministério da Saú<strong>de</strong> e da<br />

câmara municipal.<br />

Segundo José Carlos Ramos, provedor<br />

da instituição, a comparticipação<br />

do Estado rondará os 745<br />

mil euros, enquanto a autarquia<br />

ajudará com 400 mil euros. Além<br />

<strong>de</strong>sta verba, o município disponibilizou<br />

o terreno, localizado na zona<br />

<strong>de</strong> Colos, e ficará responsável pela<br />

execução dos arranjos exteriores.<br />

Um apoio que o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />

João Salgueiro, justifica com<br />

“importância da obra, não só para<br />

o concelho, como para a região”.<br />

“A unida<strong>de</strong> será uma realida<strong>de</strong><br />

porque houve uma conjugação <strong>de</strong><br />

esforços em torno <strong>de</strong> um projecto<br />

que permitirá a prestação <strong>de</strong> melhores<br />

cuidados à comunida<strong>de</strong>”, afirma<br />

o provedor. O dirigente sublinha<br />

ainda que, a longo prazo, este<br />

tipo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> traz benefícios económicos<br />

ao Estado, pois contribui<br />

para reduzir os internamentos hospitalares.<br />

“Os hospitais estão cheios<br />

<strong>de</strong> doentes que já não lhes <strong>de</strong>viam<br />

pertencer e que, por isso, <strong>de</strong>vem<br />

ser encaminhados para centros que<br />

lhes garantam mais alguma reabilitação”,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o médico.<br />

A futura unida<strong>de</strong> irá receber utentes<br />

que necessitem <strong>de</strong> internamentos<br />

superiores a 180 dias, uma vez<br />

que “é ao nível da longa duração<br />

que o distrito tem maiores lacunas”.<br />

O centro hospitalar da misericórdia<br />

terá 30 camas, mas José Carlos Ramos<br />

garante que a obra ficará preparada<br />

para sofrer uma ampliação.<br />

“Temos consciência que, em pouco<br />

tempo, a capacida<strong>de</strong> ficará esgotada.<br />

No entanto, as disponibilida<strong>de</strong>s<br />

financeiras não nos permitem<br />

avançar com um projecto <strong>de</strong><br />

outra dimensão”, reconhece o pro-<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

Misericórdia <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós constrói<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

Provedor diz que a unida<strong>de</strong> ficará preparada para ser ampliada<br />

vedor. O dirigente admite ainda que<br />

a construção da unida<strong>de</strong> adiará<br />

outro dos seus sonhos, que passa<br />

pela criação <strong>de</strong> um segundo lar da<br />

misericórdia, que possibilitasse a<br />

separação dos utentes que “apenas<br />

precisam <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial<br />

daqueles com graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência<br />

maiores e com outro tipo <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s”. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

Reservas: golf@hotelvillabatalha.pt<br />

www.hotelvillabatalha.pt . +351 244 240 400<br />

Rua D. Duarte I, 248, Batalha – Portugal<br />

geral@hotelvillabatalha.pt<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 11<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

PSD contesta<br />

aumentos<br />

no pré-escolar<br />

O vereador do PSD na Câmara<br />

<strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, Júlio Vieira,<br />

contesta os aumentos dos preços<br />

dos serviços <strong>de</strong> componente<br />

<strong>de</strong> apoio à família no pré-escolar,<br />

que entrarão em vigor no<br />

próximo ano lectivo. A proposta<br />

foi aprovada na semana passada,<br />

com o voto contra <strong>de</strong> Júlio<br />

Vieira, que consi<strong>de</strong>ra que, face<br />

à conjuntura actual, “estes aumentos<br />

não são aceitáveis”. Segundo<br />

as contas feitas pelo vereador,<br />

em causa estão subidas entre<br />

os 10% e os 23%. Em comunicado,<br />

Júlio Vieira lamenta ainda<br />

que a proposta tenha sido<br />

apresentada “sem nenhum estudo<br />

sobre o assunto”, criticando<br />

a falta <strong>de</strong> “informação sobre as<br />

receitas cobradas aos pais e as<br />

<strong>de</strong>spesas efectuadas pelo município<br />

na prestação do serviço”. O<br />

presi<strong>de</strong>nte da câmara, João Salgueiro,<br />

frisa que os valores não<br />

eram actualizados há quatro anos<br />

e que os aumentos nos dois primeiros<br />

escalões, “on<strong>de</strong> se enquadra<br />

boa parte dos alunos, são <strong>de</strong><br />

1.30 e 1.82 euros por mês”. O<br />

autarca consi<strong>de</strong>ra, por isso, as<br />

<strong>de</strong>clarações do vereador da oposição<br />

<strong>de</strong> “pura <strong>de</strong>magogia”. ■<br />

Venha <strong>de</strong>scobrir<br />

o Golfe no<br />

Hotel Villa Batalha<br />

1º Contacto gratuito com o golfe!<br />

Oferecemos:<br />

1 Aula <strong>de</strong> 30 minutos e<br />

Cursos intensivos a preços especiais<br />

(Equipamento incluído e marcação obrigatória)<br />

Traga a família e os amigos…<br />

PUB


12 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Nazaré<br />

TV digital<br />

terrestre<br />

em teste<br />

A Nazaré foi incluída pela Anacom<br />

(Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />

Comunicações) no teste-piloto das<br />

emissões da televisão digital terrestre.<br />

As antenas analógicas instaladas<br />

nas habitações da vila vão<br />

começar a ser <strong>de</strong>sligadas até 5 <strong>de</strong><br />

Maio do próximo ano, data <strong>de</strong>finida<br />

para a cessação das emissões<br />

do retransmissor da vila.<br />

Alenquer é o primeiro concelho<br />

a ser alvo daquela medida, tecnicamente<br />

conhecida por switchoff,<br />

cuja adopção vai ocorrer até<br />

3 <strong>de</strong> Fevereiro. Segue-se o Cacém,<br />

cujo <strong>de</strong>sligamento das antenas<br />

analógicas terá <strong>de</strong> ocorrer até 7<br />

<strong>de</strong> Abril.<br />

A Nazaré será, assim, o terceiro<br />

concelho do País a ver testadas<br />

as emissões da televisão digital<br />

terrestre.<br />

Segundo a <strong>de</strong>liberação da Anacom,<br />

nas zonas-piloto as instituições<br />

do po<strong>de</strong>r local, “bem como<br />

outras entida<strong>de</strong>s locais relevantes,<br />

serão envolvidas no processo<br />

<strong>de</strong> preparação da operação e a<br />

população visada será atempadamente<br />

objecto <strong>de</strong> campanhas<br />

<strong>de</strong> informação específicas para o<br />

efeito”.<br />

Aqueles três concelhos foram escolhidos<br />

por terem sido i<strong>de</strong>ntificados<br />

como zonas “em que há maior<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> factores<br />

adversos”, permitindo “afinar<br />

os procedimentos” da cessação<br />

das emissões analógicas terrestres<br />

no País. JP<br />

Caldas da Rainha<br />

Centro<br />

Hospitalar<br />

tem novo<br />

administrador<br />

O Centro Hospitalar do Oeste Norte<br />

(CHON), localizado em Caldas<br />

da Rainha, tem um novo presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> segunda-feira. Licenciado<br />

em Gestão <strong>de</strong> Empresas pela<br />

Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

e com bacharelato em Análises<br />

Clínicas e Saú<strong>de</strong> Pública, Carlos<br />

Sá é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009 coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong><br />

programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Economia e da Universida<strong>de</strong><br />

Nova <strong>de</strong> Lisboa e conta<br />

com 20 anos <strong>de</strong> experiência no<br />

sector da saú<strong>de</strong>, dos quais 15 anos<br />

em funções <strong>de</strong> gestão e direcção<br />

na indústria farmacêutica e seis<br />

nos hospitais civis <strong>de</strong> Lisboa e<br />

Instituto Português do Sangue.<br />

Segundo a Agência Lusa, durante<br />

a cerimónia <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> posse,<br />

Rui Portugal, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Administração Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, reafirmou<br />

a confiança no “perfil a<strong>de</strong>quado”<br />

<strong>de</strong> Carlos Sá para a gestão<br />

do CHON. Carlos Sá suce<strong>de</strong><br />

a Manuel Nobre, que apresentou<br />

<strong>de</strong>missão em Abril. ■<br />

Origem da passagem subterrânea ainda está por explicar<br />

Túnel <strong>de</strong>scoberto em Alcobaça<br />

po<strong>de</strong>rá ter vários séculos<br />

Po<strong>de</strong>rá ter várias centenas <strong>de</strong><br />

anos o túnel <strong>de</strong>scoberto, na semana<br />

passada, na freguesia da Vestiaria,<br />

concelho <strong>de</strong> Alcobaça, no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> obras no pavimento<br />

que a junta tem vindo a efectuar<br />

no local.<br />

A <strong>de</strong>scoberta não podia ter<br />

sido mais aci<strong>de</strong>ntal. Os operários<br />

que proce<strong>de</strong>m às obras <strong>de</strong><br />

alargamento da estrada e à colocação<br />

<strong>de</strong> passeios foram surpreendidos<br />

pelo abatimento do<br />

piso quando se preparavam para<br />

colocar os lancis. Depararam-<br />

-se com um buraco fundo e <strong>de</strong><br />

imediato comunicaram o sucedido<br />

ao autarca da freguesia,<br />

António André.<br />

Sabe-se que o túnel, com um<br />

metro <strong>de</strong> largura e dois <strong>de</strong> altura,<br />

terá vários metros <strong>de</strong> extensão<br />

e uma sala, mas <strong>de</strong>sconhece-se<br />

a origem daquela passagem<br />

subterrânea, tendo o presi<strong>de</strong>nte<br />

da junta alertado a Câmara<br />

<strong>de</strong> Alcobaça para a importância<br />

da <strong>de</strong>scoberta.<br />

A autarquia enviou ao local o<br />

arqueólogo Jorge Figueiredo, que<br />

terá <strong>de</strong>cidido pela preservação do<br />

espaço para futuras averiguações,<br />

informação que o JORNAL DE<br />

LEIRIA não conseguiu confirmar,<br />

apesar das várias tentativas para<br />

falar com o especialista.<br />

Há várias possibilida<strong>de</strong>s que<br />

po<strong>de</strong>m justificar a existência <strong>de</strong><br />

O túnel tem um metro <strong>de</strong> largura e dois <strong>de</strong> altura<br />

Proposta preten<strong>de</strong> incentivar sector em “<strong>de</strong>clínio”<br />

Câmara da Nazaré pe<strong>de</strong> ao Governo<br />

incentivo ao primeiro emprego na pesca<br />

A Câmara da Nazaré solicitou,<br />

esta semana, ao Governo a atribuição<br />

<strong>de</strong> um incentivo ao primeiro<br />

emprego na pesca. A medida visa<br />

apoiar um sector em <strong>de</strong>clínio e já<br />

tinha sido sugerida por Bruno Vidal,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Armadores<br />

e Pescadores da Nazaré, no<br />

<strong>de</strong>bate Pesca: o mar aqui tão perto,<br />

organizado em Julho pelo<br />

REGIÃO DE CISTER.<br />

A Câmara <strong>de</strong> Alcobaça vai<br />

ampliar o cemitério <strong>de</strong> Turquel,<br />

através da compra <strong>de</strong> um terreno<br />

circundante ao cemitério. A<br />

garantia foi dada ao JORNAL<br />

DE LEIRIA por Hermínio Rodrigues,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da autarquia,<br />

que promete ter o proble-<br />

ANA FERRAZ PEREIRA<br />

Na proposta aprovada pelo executivo<br />

consta o pedido <strong>de</strong> “medidas<br />

<strong>de</strong> incentivo aos formandos<br />

após o fim do curso <strong>de</strong> formação<br />

profissional <strong>de</strong> marinheiros pescadores”,<br />

da responsabilida<strong>de</strong> do For-<br />

Mar, através da “concessão <strong>de</strong> um<br />

apoio mensal”, semelhante ao que<br />

já é atribuído a outras activida<strong>de</strong>s<br />

económicas.<br />

A autarquia justifica a propos-<br />

ta com o facto <strong>de</strong> poucos formandos<br />

seguirem a categoria profissional<br />

<strong>de</strong> pescador, com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> “assegurar a continuida<strong>de</strong><br />

da activida<strong>de</strong> da pesca, sector<br />

em “<strong>de</strong>clínio”.<br />

António Trinda<strong>de</strong>, vereador das<br />

Pescas da Câmara da Nazaré, recordou<br />

que o número <strong>de</strong> pescadores<br />

“tem vindo a diminuir consi<strong>de</strong>ravelmente”,<br />

sendo necessárias medi-<br />

Câmara <strong>de</strong> Alcobaça prevê solucionar o problema em Setembro<br />

Cemitério <strong>de</strong> Turquel vai ser ampliado<br />

ma da falta <strong>de</strong> espaço solucionado<br />

na primeira semana <strong>de</strong><br />

Setembro.<br />

A falta <strong>de</strong> covatos já chegou<br />

ao ponto <strong>de</strong> a câmara solicitar<br />

o adiamento <strong>de</strong> funerais. José<br />

Tereso, presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia <strong>de</strong> Turquel, revela ter<br />

sido forçado a pedir a familiares<br />

<strong>de</strong> falecidos para aguardarem<br />

por uma solução e, noutros casos,<br />

que “aceitem dispensar lotes dos<br />

seus terrenos para que os corpos<br />

possam ser enterrados”.<br />

O autarca pe<strong>de</strong> celerida<strong>de</strong> na<br />

resolução <strong>de</strong>ste processo, uma<br />

um túnel perto da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Alcobaça, como alerta o historiador<br />

Rui Rasquilho. “Po<strong>de</strong> ser<br />

do tempo das invasões francesas”,<br />

refere. Na verda<strong>de</strong>, a terceira<br />

invasão pelas tropas francesas<br />

foi particularmente <strong>de</strong>vastadora:<br />

em 1811, o Mosteiro <strong>de</strong><br />

Alcobaça foi saqueado e incendiado<br />

pelas tropas do con<strong>de</strong> d’Erlon.<br />

A confirmar-se ser <strong>de</strong>sse<br />

tempo, o túnel po<strong>de</strong>ria ter sido<br />

usado para protecção da população<br />

das tropas <strong>de</strong> Napoleão<br />

Bonaparte.<br />

Outra possibilida<strong>de</strong> em cima<br />

da mesa é o túnel remontar ao<br />

tempo dos monges cistercienses,<br />

que iniciaram a construção<br />

do Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria em<br />

1178. A existência <strong>de</strong> uma sala<br />

no túnel po<strong>de</strong>rá também significar<br />

que aquele era utilizado<br />

por uma qualquer socieda<strong>de</strong><br />

secreta, mas a possibilida<strong>de</strong> é<br />

remota, já que não há qualquer<br />

registo <strong>de</strong> associações do género<br />

na região.<br />

Sabe-se que o túnel foi todo<br />

escavado à mão. O que terá motivado<br />

tamanho trabalho? Até ao<br />

momento, todas as hipóteses<br />

avançadas não passam <strong>de</strong> meras<br />

suposições, por inexistência <strong>de</strong><br />

dados científicos concretos.<br />

Aguardam-se, por isso, investigações<br />

dos especialistas. ■<br />

Ana Ferraz Pereira<br />

das para manter um sector “tão<br />

importante” para o País.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da câmara,<br />

Jorge Barroso, o apoio ao primeiro<br />

emprego na pesca po<strong>de</strong>rá “esbater<br />

a discriminação negativa” a que<br />

o sector está sujeito, já que existem<br />

este tipo <strong>de</strong> apoios noutras<br />

activida<strong>de</strong>s económicas. ■<br />

vez que estão em causa questões<br />

sociais. “Se nos próximos<br />

dias morrerem duas ou três pessoas<br />

aqui da região, não sabemos<br />

on<strong>de</strong> as colocar”, diz José<br />

Tereso, reforçando a urgência<br />

em resolver a questão. ■<br />

FF<br />

JP


Elemento dos Voluntários é o primeiro a morrer em serviço<br />

A morte <strong>de</strong> um bombeiro <strong>de</strong> Alcobaça<br />

durante o combate ao incêndio<br />

<strong>de</strong> S. Pedro do Sul, em Viseu, na<br />

segunda-feira, contribuiu para aumentar<br />

para 63 o número <strong>de</strong> vítimas em<br />

serviço na última década. Segundo<br />

o Diário <strong>de</strong> Notícias, entre 2000 e<br />

2009 morreram em Portugal 59 bombeiros<br />

em serviço, a que se juntam<br />

três vítimas <strong>de</strong>ste ano.<br />

João Pombo, 42 anos, casado, pai<br />

<strong>de</strong> dois filhos, era bombeiro há 20<br />

anos na corporação <strong>de</strong> Alcobaça. A<br />

morte do sub-chefe <strong>de</strong>ixou o quartel<br />

em estado <strong>de</strong> choque, tendo a<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Alcobaça cedido<br />

apoio psicológico aos colegas.<br />

“É um momento <strong>de</strong> dor e <strong>de</strong> profundo<br />

pesar para todos. Nunca estamos<br />

preparados para este tipo <strong>de</strong><br />

situações”, referiu Mário Cerol, comandante<br />

dos Voluntários <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

“A viatura, on<strong>de</strong> seguiam cinco<br />

homens da corporação, integrava<br />

uma coluna <strong>de</strong> bombeiros do distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sábado dava<br />

apoio no combate ao incêndio. Estes<br />

cinco bombeiros estavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />

20 horas <strong>de</strong> domingo em São Pedro<br />

do Sul”, <strong>de</strong>clarou Antero Campos à<br />

Agência Lusa. O presi<strong>de</strong>nte da corporação<br />

acrescentou que há ainda<br />

um ferido, um funcionário do Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Emergência Médica<br />

<strong>de</strong> 25 anos e voluntário na corporação<br />

<strong>de</strong> Alcobaça. O aci<strong>de</strong>nte<br />

ocorreu na sequência do “capotamento<br />

da viatura quando esta se <strong>de</strong>slocava<br />

<strong>de</strong> uma frente <strong>de</strong> fogo para<br />

outra”.<br />

No dia seguinte, na terça-feira,<br />

uma bombeira voluntária <strong>de</strong> Lourosa<br />

morreu carbonizada num incêndio<br />

em Monte Meda, no concelho <strong>de</strong><br />

Gondomar, tendo as chamas provocado<br />

ainda um ferido grave e a evacuação<br />

<strong>de</strong> outros quatro, após terem<br />

ficado ro<strong>de</strong>ados pelo incêndio.<br />

Na semana passada, um bombeiro<br />

dos Voluntários <strong>de</strong> Cabo Ruivo,<br />

<strong>de</strong> Lisboa, morreu quando regressa-<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |<br />

Voluntário <strong>de</strong> Alcobaça<br />

morre a combater incêndio<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Bar<br />

assaltado<br />

no Terreiro<br />

Um estabelecimento<br />

nocturno foi assaltado na<br />

madrugada <strong>de</strong> segundafeira,<br />

através do arrombamento<br />

<strong>de</strong> uma porta lateral.<br />

Segundo Ana Barros,<br />

proprietária do Sebentas<br />

Bar, situado no Terreiro,<br />

em <strong>Leiria</strong>, os suspeitos<br />

entraram no estabelecimento<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “dobrarem<br />

as gra<strong>de</strong>s” e <strong>de</strong> “serrarem<br />

a porta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira”,<br />

que fica na rua lateral.<br />

“Levaram moedas que<br />

estavam na caixa registadora,<br />

garrafas <strong>de</strong> bebidas<br />

e aperitivos”, adiantou Ana<br />

Barros, esclarecendo que<br />

a porta por on<strong>de</strong> os suspeitos<br />

entraram se encontra<br />

sempre fechada. ■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Lágrimas e consternação na se<strong>de</strong> dos Voluntários <strong>de</strong> Alcobaça<br />

60 homens a ajudar<br />

Várias al<strong>de</strong>ias da freguesia <strong>de</strong> Abiúl, Pombal,<br />

foram ameaçadas pelo fogo que <strong>de</strong>flagrou<br />

no sábado à tar<strong>de</strong> e que lavrou durante<br />

cerca <strong>de</strong> 11 horas. As chamas acabaram<br />

por consumir dois pequenos barracões agrícolas<br />

e, segundo o presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />

Abiúl, terão também <strong>de</strong>struído uma casa<br />

que se encontrava <strong>de</strong>sabitada há vários anos.<br />

Albertina Pereira, 71 anos e resi<strong>de</strong>nte em<br />

Gaiteiro, diz ter apanhado “um gran<strong>de</strong> susto”,<br />

quando viu o fogo a aproximar-se da<br />

al<strong>de</strong>ia. “A casa encheu-se <strong>de</strong> fumo”, conta<br />

a moradora, adiantando que o marido, que<br />

está acamado, teve <strong>de</strong> ser levado para casa<br />

<strong>de</strong> um familiar. O incêndio queimou-lhe<br />

ainda uma vinha e “alguns fardos <strong>de</strong> palha”,<br />

que estavam guardados para a alimentação<br />

dos animais. “Coisas fracas, mas que vão<br />

fazer falta”, admite a idosa.<br />

O fogo começou por volta das 13:50<br />

horas, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lagoa das Ceiras,<br />

freguesia <strong>de</strong> Abiúl. Segundo José Manuel<br />

Moura, coor<strong>de</strong>nador do Comando Distrital<br />

<strong>de</strong> Operações e Socorro, duas horas <strong>de</strong>pois<br />

va do combate ao incêndio em Fafe.<br />

O capotamento <strong>de</strong> um camião <strong>de</strong><br />

combate a incêndios causou a morte<br />

do segundo comandante e feriu<br />

mais cinco elementos da corporação,<br />

na A1. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

Os inúmeros incêndios que <strong>de</strong>flagraram no País nos últimos dias têm<br />

obrigado à ajuda mútua entre corporações. O distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não fugiu<br />

à regra. No sábado, 30 bombeiros estiveram em Viana do Castelo e<br />

outros 30 foram mobilizados para Viseu. À hora do fecho da edição do<br />

JORNAL DE LEIRIA, o comandante do Comando <strong>de</strong> Operações e Socorro<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> revelou que já não existiam homens do distrito noutros concelhos.<br />

■<br />

Incêndio lavrou durante cerca <strong>de</strong> 11 horas<br />

Fogo assustou al<strong>de</strong>ias<br />

em Pombal<br />

a situação “estava praticamente resolvida”,<br />

mas registaram-se “duas ou três projecções<br />

[<strong>de</strong> fogo] atrás do dispositivo montado”, que<br />

trouxeram dificulda<strong>de</strong>s acrescidas no combate<br />

ao incêndio, que chegou a ter três frentes<br />

activas.<br />

De acordo com aquele responsável, as<br />

principais complicações <strong>de</strong>veram-se “à gran<strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação” das chamas<br />

e à configuração da zona <strong>de</strong> incêndio, que<br />

<strong>de</strong>flagrou numa área <strong>de</strong> “interface florestal<br />

urbano, com casas, barracões agrícolas e<br />

pequenas indústrias”, inseridas em pinhal.<br />

“Tivemos <strong>de</strong> alocar muitos meios à <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>de</strong> algumas casas, o que nos dificultou a<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estratégia para enfrentar<br />

o fogo”, acrescenta José Manuel Moura.<br />

O incêndio foi dado como extinto por<br />

volta das 6 horas <strong>de</strong> domingo. No combate<br />

às chamas estiveram envolvidos cerca <strong>de</strong><br />

280 bombeiros <strong>de</strong> 15 corporações do distrito,<br />

auxiliados por dois helicópteros e um<br />

avião. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 13<br />

PUB


14 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | POLÍTICA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s, vereador do PS na Câmara <strong>de</strong> Pombal<br />

“Este crime aconteceu<br />

porque a câmara funciona mal”<br />

A<strong>de</strong>lino Men<strong>de</strong>s acusa o presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal (AM) <strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong> não ter condições para<br />

<strong>de</strong>sempenhar o cargo, por ignorar que a AM tem como missão fiscalizar a activida<strong>de</strong> da autarquia. O lí<strong>de</strong>r da<br />

oposição diz que não po<strong>de</strong> ser a câmara a investigar o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 500 mil euros <strong>de</strong> que foi vítima e que o<br />

sistema <strong>de</strong> controle interno não funcionou Texto: Alexandra Barata Foto: Ricardo Graça<br />

Como interpreta a posição do presi<strong>de</strong>nte<br />

da Assembleia Municipal (AM)<br />

<strong>de</strong> Pombal <strong>de</strong> rejeitar a convocação <strong>de</strong><br />

uma sessão extraordinária para criar<br />

uma comissão <strong>de</strong> inquérito, <strong>de</strong>stinada<br />

a apurar responsabilida<strong>de</strong>s em relação<br />

ao <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 500 mil euros dos cofres<br />

da autarquia?<br />

Fiquei surpreendido, porque na sessão<br />

anterior o presi<strong>de</strong>nte da AM tinha-se manifestado<br />

disponível para realizar uma sessão<br />

extraordinária para discutir a saú<strong>de</strong> no concelho.<br />

Fico perplexo quando o erário público<br />

é lesado num valor superior a 500 mil<br />

euros - e esse <strong>de</strong>svio só foi possível porque<br />

não foram cumpridas um conjunto <strong>de</strong> normas<br />

<strong>de</strong> controle interno e o POCAL - , e o<br />

presi<strong>de</strong>nte da AM não enten<strong>de</strong> ser necessária<br />

a realização <strong>de</strong> uma AM extraordinária.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da AM <strong>de</strong> Pombal não tem condições<br />

para ocupar o cargo, porque não compreen<strong>de</strong><br />

que esse órgão tem a função <strong>de</strong> fiscalizar<br />

a activida<strong>de</strong> da câmara.<br />

O PS contactou diversas entida<strong>de</strong>s oficiais<br />

para saber se estão a investigar a<br />

situação e enviou ao presi<strong>de</strong>nte da AM<br />

um conjunto <strong>de</strong> perguntas, para serem<br />

respondidas pela câmara, sobre as circunstâncias<br />

que permitiram que isso suce<strong>de</strong>sse.<br />

Queremos saber se essas entida<strong>de</strong>s estão<br />

a fazer alguma inspecção ou auditoria . Pedimos<br />

ainda um conjunto <strong>de</strong> informações sobre<br />

esta matéria à AM, uma vez que não houve<br />

abertura para a criação da comissão <strong>de</strong> inquérito.<br />

Este crime aconteceu porque a câmara<br />

funciona mal. Os procedimentos legais a que<br />

estão vinculados em termos <strong>de</strong> movimentação<br />

e reconciliação <strong>de</strong> contas não funcionaram.<br />

Mais: no dia a seguir a ser <strong>de</strong>tectado<br />

o <strong>de</strong>sfalque, perguntei se se podia garan-<br />

| Opinião|<br />

Completo esta semana 25 anos<br />

<strong>de</strong> vida em <strong>Leiria</strong>, cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resido,<br />

trabalho e tento contribuir, como<br />

sei e posso, para a res publica”<br />

Quando cá cheguei estranhei a<br />

diminuta dimensão do espaço social<br />

urbano (ao tempo ainda circulavam<br />

carros na Praça Rodrigues<br />

Lobo…), a <strong>de</strong>squalificação do rio<br />

escondido do nosso olhar, a função<br />

meramente utilitária dos passeios,<br />

a <strong>de</strong>crepitu<strong>de</strong> do centro antigo,<br />

o <strong>de</strong>sleixo do património histórico<br />

e uma opinião pública <strong>de</strong>ma-<br />

25 anos <strong>de</strong>pois<br />

tir que o <strong>de</strong>svio se reportava apenas a 2010<br />

e o auditor externo disse que podia dar essa<br />

garantia. Ora, na última reunião <strong>de</strong> câmara<br />

o presi<strong>de</strong>nte disse que houve três <strong>de</strong>svios em<br />

Dezembro <strong>de</strong> 2009. A própria certificação<br />

das contas <strong>de</strong> 2009 está colocada em causa.<br />

Estamos perante factos <strong>de</strong> extrema gravida<strong>de</strong><br />

e não po<strong>de</strong> ser a câmara a investigar-se<br />

a si própria.<br />

A responsabilida<strong>de</strong> por esse <strong>de</strong>sfalque<br />

<strong>de</strong>ve ser imputada à banca, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

o presi<strong>de</strong>nte da câmara?<br />

Compete aos órgãos <strong>de</strong> polícia criminal<br />

competentes e às entida<strong>de</strong>s judiciárias fazerem<br />

essa investigação. Em relação a eventuais<br />

responsabilida<strong>de</strong>s da instituição, quer<br />

os órgãos <strong>de</strong> polícia criminal quer o próprio<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong>verão promover as com-<br />

siado conservadora, alheada dos<br />

problemas da gestão municipal.<br />

Nessa época, para além da perseverante<br />

acção do Orfeão e da activida<strong>de</strong><br />

já final do TELA, a vida<br />

sócio-cultural da cida<strong>de</strong> pouco se<br />

distinguia da pacatez provinciana<br />

<strong>de</strong>scrita 100 anos antes por Eça,<br />

no “Crime do Padre Amaro”, num<br />

rame-rame entre a Sé, o Rossio e<br />

as arcadas da Praça. As áreas periféricas<br />

como Cortes ou Marrazes<br />

eram ainda lugares rurais e com<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria e algumas fábri-<br />

cas partilhavam o mesmo território<br />

com bairros resi<strong>de</strong>nciais. Contudo,<br />

havia um ambiente geral<br />

seguro e calmo, um comércio agradável,<br />

o sino da Sé rompia ao domingo<br />

o silêncio das ruas, as festas<br />

populares do Bairro dos Anjos e<br />

uma invulgar capacida<strong>de</strong> para bem<br />

acolher os forasteiros, como eu.<br />

Olhando para o percurso feito<br />

por <strong>Leiria</strong>, nestes anos, registo meia<br />

dúzia <strong>de</strong> alterações positivas, mas<br />

outras tantas cuja solução se arrasta<br />

no tempo ou que vieram interferir<br />

negativamente na vida da<br />

cida<strong>de</strong>. Creio que as novida<strong>de</strong>s com<br />

maior impacto multidisciplinar<br />

terão sido a instalação do Instituto<br />

Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a construção<br />

do novo Hospital, a melhoria<br />

da acessibilida<strong>de</strong> externa, a intervenção<br />

POLIS nas margens do rio<br />

e a recuperação do Mercado <strong>de</strong><br />

Santana. Mas, a par <strong>de</strong>stes bene-<br />

petentes investigações. No que diz respeito<br />

à câmara, aquilo que é óbvio para todos é<br />

que se o sistema <strong>de</strong> controle interno funcionasse<br />

era impossível que um <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>sta<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za e praticado durante tantos<br />

meses tivesse acontecido.<br />

Caso o montante <strong>de</strong>sviado não seja<br />

recuperado, quem <strong>de</strong>ve repor esse valor?<br />

A responsabilida<strong>de</strong> será sempre <strong>de</strong> quem<br />

efectuou esse <strong>de</strong>svio. Já foram tomadas medidas<br />

nesse sentido, como o arresto dos bens.<br />

A sentença do processo judicial certamente<br />

<strong>de</strong>terminará consequências nessa matéria.<br />

Mas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do património municipal<br />

ser reposto ou não, o que importa verda<strong>de</strong>iramente<br />

é percebermos quais são ou<br />

quais foram os procedimentos, do ponto <strong>de</strong><br />

vista da gestão administrativa e financeira,<br />

fícios para a vida colectiva (curiosamente<br />

todos incentivados pelo<br />

Governo central) o centro histórico<br />

manteve-se em agonia, diminuiu<br />

a atractivida<strong>de</strong> local face a<br />

outras cida<strong>de</strong>s concorrentes, as<br />

zonas periféricas suburbanas irromperam<br />

sem harmonia, o rio pa<strong>de</strong>ce<br />

<strong>de</strong> velhas maleitas e, inevitavelmente,<br />

per<strong>de</strong>u-se a qualida<strong>de</strong><br />

serena da vida em comum. E neste<br />

panorama emerge, ainda, a sombra<br />

do monstro-estádio cuja voracida<strong>de</strong><br />

esgota o nosso presente e<br />

condiciona o futuro do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

equilibrado do município!<br />

Mesmo a imprensa local que,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> letargia, beneficiou<br />

com a inovação então trazida<br />

pelo “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”, baseada<br />

na isenção informativa e no<br />

estímulo à cidadania, dá agora mostras<br />

<strong>de</strong> estar a ce<strong>de</strong>r ao acessório<br />

que possibilitaram esse <strong>de</strong>svio e o que é que<br />

<strong>de</strong>vemos fazer para corrigir essas práticas,<br />

<strong>de</strong> modo a evitar que essas coisas voltem a<br />

acontecer.<br />

Acredita que o PSD po<strong>de</strong> vir a ser penalizado<br />

nas próximas eleições por causa<br />

<strong>de</strong>sta situação?<br />

Não há nenhuma motivação <strong>de</strong> natureza<br />

eleitoral para o PS querer ver esclarecido,<br />

até às últimas consequências, este caso.<br />

O que está em cima da mesa é que o erário<br />

público foi gravemente lesado. Estamos a<br />

falar <strong>de</strong> receitas oriundas <strong>de</strong> todos os munícipes.<br />

É da responsabilida<strong>de</strong> dos titulares <strong>de</strong><br />

cargos públicos e <strong>de</strong> cargos políticos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem<br />

o interesse público e os bens públicos.<br />

Deve apurar-se o que se passou, porque<br />

a Câmara <strong>de</strong> Pombal tem <strong>de</strong> funcionar <strong>de</strong><br />

acordo com os termos da Lei. Não tenho uma<br />

visão táctica da activida<strong>de</strong> política.<br />

Tendo em conta que Narciso Mota não<br />

se po<strong>de</strong> candidatar nas próximas autárquicas,<br />

acredita que o PS tem possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conquistar a autarquia?<br />

O PS <strong>de</strong>ve organizar o seu trabalho político<br />

a pensar nos problemas do concelho e<br />

nos cidadãos do concelho. A motivação do<br />

do PS <strong>de</strong>ve ser a contribuição para que o<br />

concelho <strong>de</strong> Pombal seja mais <strong>de</strong>senvolvido,<br />

tenha mais empresas, mais emprego e<br />

menos <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, contribuindo<br />

para a melhoria dos rendimentos das<br />

famílias, ajudando as pessoas mais carenciadas<br />

e os cidadãos mais <strong>de</strong>sprotegidos.<br />

É esse trabalho que o PS <strong>de</strong>ve fazer, tal<br />

como uma oposição responsável, criticando<br />

aquilo que enten<strong>de</strong> que não está correcto,<br />

aprovando algumas medidas do executivo<br />

e tendo capacida<strong>de</strong> para apresentar<br />

propostas na câmara. ■<br />

<strong>de</strong>scartável e à maré sensacionalista.<br />

Talvez por isso, com esta crónica<br />

mais pessoal, termino a minha<br />

colaboração regular <strong>de</strong> quase 25<br />

anos no “<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”. Incontornáveis<br />

divergências sobre opções<br />

editoriais, legitimamente assumidas<br />

pela sua Direcção, assim o <strong>de</strong>terminam.<br />

Sem ressentimentos, cada<br />

um prosseguirá o seu caminho,<br />

dando o melhor que sabe pela nossa<br />

cida<strong>de</strong> e fazendo frente ao <strong>de</strong>sencanto<br />

que, às vezes, nos cerca. ■<br />

Pedro Melo Biscaia,<br />

Membro da Assembleia<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

ND: Desejamos a Pedro Biscaia<br />

que encontre outro meio <strong>de</strong> comunicação<br />

para continuar a escrever,<br />

se a sim o enten<strong>de</strong>r, com uma linha<br />

editorial mais i<strong>de</strong>ntificada com<br />

o seu pensamento e <strong>de</strong>sejo


RICARDO GRAÇA<br />

A <strong>de</strong>putada do CDS-PP Assunção<br />

Cristas foi a parlamentar eleita<br />

pelo círculo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que apresentou<br />

mais perguntas e requerimentos<br />

aos membros do Governo<br />

e fez mais intervenção na<br />

Assembleia da República, na sessão<br />

legislativa que terminou em<br />

Julho. Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE,<br />

bateu a <strong>de</strong>putada centrista apenas<br />

na apresentação <strong>de</strong> projectos<br />

<strong>de</strong> lei e projectos <strong>de</strong> resolução.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |<br />

Parlamentar do CDS-PP apresenta mais perguntas e requerimentos<br />

Assunção Cristas assume protagonismo<br />

entre <strong>de</strong>putados eleitos por <strong>Leiria</strong><br />

Assunção Cristas diz que <strong>de</strong>putados do CDS são “muito produtivos”<br />

Presidência da Fe<strong>de</strong>ração Distrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PS<br />

João Paulo Pedrosa<br />

volta a candidatar-se<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração Distrital<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PS, João Paulo<br />

Pedrosa, vai voltar a candidatar-<br />

-se à li<strong>de</strong>rança do partido, no início<br />

<strong>de</strong> Outubro. Esta é a terceira<br />

vez que o <strong>de</strong>putado, <strong>de</strong> 44 anos,<br />

concorre a esta função.<br />

Pelo que o JORNAL DE LEIRIA<br />

apurou, João Paulo Pedrosa está a<br />

constituir a sua comissão <strong>de</strong> honra,<br />

que será presidida pelo ministro<br />

dos Negócios Estrangeiros, Luís<br />

Amado, natural <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós e<br />

que ocupava o primeiro lugar na<br />

lista <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

João Paulo Pedrosa estará empenhado<br />

em conseguir o apoio do maior<br />

número possível <strong>de</strong> militantes e simpatizantes<br />

do PS, para conseguir atin-<br />

RICARDO GRAÇA<br />

gir consenso em torno da sua candidatura.<br />

Até ao momento, o presi<strong>de</strong>nte da<br />

fe<strong>de</strong>ração contará com o apoio dos<br />

quatro presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmara elei-<br />

Durante o último ano parlamentar,<br />

Assunção Cristas apresentou<br />

897 perguntas e 313 requerimentos<br />

ao Governo e fez 36<br />

intervenções na Assembleia da<br />

República. Números que permitem<br />

concluir que a <strong>de</strong>putada centrista<br />

assumiu o maior protagonismo<br />

entre os eleitos por <strong>Leiria</strong>.<br />

“No CDS, trabalhamos em equipa.<br />

Há um contacto pessoal muito<br />

intenso entre todos e já é uma<br />

tradição sermos muito trabalhadores<br />

e produtivos.”<br />

Assunção Cristas esclarece, contudo,<br />

que o hábito no CDS é assinar<br />

todas as iniciativas parlamentares<br />

que tenham a ver com<br />

a área geográfica pela qual o <strong>de</strong>putado<br />

foi eleito e com as áreas temáticas<br />

que acompanha. “Mas não<br />

assino tudo”, garante. A prova<br />

disso é que, <strong>de</strong> acordo com o balanço<br />

<strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do grupo parlamentar,<br />

foram apresentados, no<br />

total, 3525 projectos e requerimentos<br />

e 267 iniciativas parlamentares.<br />

COMPROMISSOS<br />

ELEITORAIS<br />

Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE, <strong>de</strong>stacou-se<br />

pela apresentação <strong>de</strong> 143<br />

projectos <strong>de</strong> lei e 117 projectos <strong>de</strong><br />

resolução, o que coloca o <strong>de</strong>putado<br />

bloquista na frente dos parlamentares<br />

eleitos pelo distrito a<br />

este nível. O parlamentar explica<br />

tos pelo PS, vereadores, presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> assembleia municipal, presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> junta <strong>de</strong> freguesia, presi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> concelhia e restantes <strong>de</strong>putados<br />

socialistas.<br />

Contactado pelo JORNAL DE LEI-<br />

RIA, João Paulo Pedrosa admite a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar com uma<br />

nova candidatura, “face ao conjunto<br />

<strong>de</strong> pessoas que têm manifestado<br />

a sua satisfação em relação à forma<br />

como o partido tem sido gerido”.<br />

“A união do partido tem sido <strong>de</strong>cisiva<br />

para as conquistas eleitorais que<br />

alcançámos”, justifica João Paulo<br />

Pedrosa, em alusão ao facto <strong>de</strong> o PS<br />

ter ganho mais câmaras, entre as<br />

quais a <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, mais juntas <strong>de</strong> freguesia<br />

e mais mandatos. ■ AB<br />

que as iniciativas político-partidárias<br />

da autoria do BE são uma<br />

resposta aos compromissos assumidos<br />

com os eleitores no período<br />

da campanha eleitoral.<br />

O <strong>de</strong>putado refere que todos os<br />

projectos <strong>de</strong> lei e <strong>de</strong> resolução são<br />

assinados por todos os bloquistas,<br />

apesar <strong>de</strong>, por norma, serem<br />

da autoria <strong>de</strong> apenas um ou dois<br />

especializados nessa área. Nesse<br />

sentido, são os primeiros a subscrever<br />

essas iniciativas parlamentares.<br />

Em relação ao PSD, os quatro<br />

<strong>de</strong>putados eleitos pelo círculo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> tiveram um <strong>de</strong>sempenho<br />

mais discreto. Paulo Batista dos<br />

Santos ressalva, contudo, que no<br />

grupo parlamentar social-<strong>de</strong>mocrata<br />

não há o hábito <strong>de</strong> todos os<br />

<strong>de</strong>putados assinarem as iniciativas<br />

legislativas, como suce<strong>de</strong> noutros<br />

partidos. “O que é relevante<br />

para nós é aquilo que fazemos<br />

pelo distrito.”<br />

“Temos trabalho realizado em<br />

iniciativas concretas, entre as quais<br />

a abertura da Base Aérea <strong>de</strong> Monte<br />

Real ao tráfico civil e a contestação<br />

à instalação <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong><br />

muito alta tensão na Batalha”,<br />

explica Paulo Batista dos Santos.<br />

“Depois, houve todo um conjunto<br />

<strong>de</strong> iniciativas, que têm a ver<br />

com o distrito, relacionadas com<br />

Educação, Saú<strong>de</strong>, Justiça. Cumprimos<br />

a nossa missão na primeira<br />

INICIATIVAS PARLAMENTARES<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 15<br />

sessão.”<br />

João Paulo Pedrosa, do PS,<br />

encara com naturalida<strong>de</strong> o facto<br />

<strong>de</strong> os socialistas terem menos protagonismo<br />

do que os dos restantes<br />

partidos. “A posição dos partidos<br />

da oposição é questionarem<br />

o Governo. Nós temos outros canais<br />

<strong>de</strong> diálogo. Procuramos resolver<br />

os problemas em reuniões com os<br />

ministros e secretários <strong>de</strong> Estado,<br />

enquanto os partidos da oposição<br />

marcam a sua posição através <strong>de</strong><br />

perguntas e requerimentos.” ■<br />

Unidos<br />

por <strong>Leiria</strong><br />

Alexandra Barata<br />

Heitor <strong>de</strong> Sousa, do BE, <strong>de</strong>staca<br />

o facto <strong>de</strong> os <strong>de</strong>putados<br />

eleitos pelo círculo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

se terem unido em torno <strong>de</strong><br />

causas importantes para o<br />

distrito, como a mo<strong>de</strong>rnização<br />

da Linha do Oeste, situação<br />

pouco comum nas legislaturas<br />

anteriores. Paulo Batista<br />

dos Santos, do PSD, também<br />

assinala a confluência <strong>de</strong><br />

posições entre os diferentes<br />

partidos em relação a questões<br />

importantes para o distrito,<br />

muitas vezes <strong>de</strong> âmbito<br />

nacional. ■<br />

CDU BE PSD PS<br />

Assunção Heitor Conceição Fernando Paulo Batista Teresa José M. João P. Jorge O<strong>de</strong>te<br />

Cristas <strong>de</strong> Sousa Bretch Marques Santos Morais Me<strong>de</strong>iros Pedrosa Gonçalves João<br />

Projectos <strong>de</strong> lei 87 117 3 2 4 20 1 0 1 0<br />

Projectos <strong>de</strong> resolução 71 143 4 3 5 8 1 2 2 3<br />

Requerimentos 313 5 4 4 11 2 0 1 1 1<br />

Perguntas 897 58 8 21 22 20 14 15 14 3<br />

Intervenções 36 16 4 2 16 12 10 6 4 3<br />

Fonte: www.parlamento.pt<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

CDU promove petição<br />

contra aumento das taxas<br />

A CDU da Marinha Gran<strong>de</strong> está a promover uma petição<br />

on<strong>de</strong> exige a revogação do aumento “absurdo” das taxas municipais.<br />

“Não são uma obrigação legal nem uma imposição do<br />

Governo, como se procura fazer crer para confundir a população”,<br />

<strong>de</strong>nuncia a coligação, mas sim uma <strong>de</strong>cisão da autarquia<br />

socialista.<br />

“ Como se não bastassem as medidas gravosas e o roubo dos<br />

salários pelo Governo, vem a câmara do PS meter a mão ao bolso<br />

dos munícipes com o aumento brutal <strong>de</strong> todas as taxas”, acusa<br />

a CDU, que <strong>de</strong>ixa cinco exemplos <strong>de</strong> “injustiça”. Entre os quais,<br />

o preço das sepulturas perpétuas, que passa <strong>de</strong> 300 para mil<br />

euros, ou o alvará <strong>de</strong> licença <strong>de</strong> construção até 200 m², que<br />

aumenta <strong>de</strong> 60 para 545,91 euros. Além <strong>de</strong> responsabilizar o<br />

PS pelo agravamento do valor das taxas, a CDU aponta ainda<br />

o <strong>de</strong>do ao MCI, BE e PSD. “A CDU está no caminho certo. Está<br />

como sempre esteve: com as populações.” Os interessados em<br />

assinar a petição po<strong>de</strong>m fazê-lo em http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2686.<br />


16 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE |EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

PUB<br />

Curso <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong> eventos abre no próximo ano lectivo<br />

Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima<br />

abre portas à internacionalização<br />

A autonomização do Pólo <strong>de</strong><br />

Fátima da Escola Profissional <strong>de</strong><br />

Ourém (EPO), que passou a <strong>de</strong>signar-se<br />

como Escola <strong>de</strong> Hotelaria<br />

<strong>de</strong> Fátima, vai permitir ao estabelecimento<br />

<strong>de</strong> ensino receber mais<br />

alunos no próximo ano lectivo e<br />

abrir o curso <strong>de</strong> Organização <strong>de</strong><br />

eventos. A intenção é avançar ainda<br />

com um processo <strong>de</strong> internacionalização.<br />

Francisco Vieira, director executivo<br />

da Insignare, entida<strong>de</strong> proprietária<br />

dos dois estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> ensino, assinala o facto <strong>de</strong><br />

Fátima ganhar mais uma escola.<br />

Além disso, refere que é mais benéfico<br />

para os alunos terem um diploma<br />

<strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> hotelaria do<br />

que do Pólo <strong>de</strong> Fátima da EPO.<br />

A criação da Escola <strong>de</strong> Hotelaria<br />

<strong>de</strong> Fátima é consi<strong>de</strong>rada ainda<br />

um “passo fundamental” para a<br />

construção <strong>de</strong> instalações próprias,<br />

que <strong>de</strong>verão estar concluídas <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> três anos. Até lá, os alunos<br />

do estabelecimento <strong>de</strong> ensino terão<br />

aulas no Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Fátima<br />

e no antigo Seminário dos Monfortinos.<br />

Paulo Fonseca, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Câmara <strong>de</strong> Ourém, garante que esse<br />

projecto vai ser concretizado até<br />

ao final do seu mandato, entre<br />

Ourém e Fátima. “Queremos criar<br />

uma nova centralida<strong>de</strong> e uma visão<br />

cosmopolita. Temos a ambição que<br />

Fátima se assuma como um motor<br />

da nova região.”<br />

AMÉRICA LATINA<br />

Nesse sentido, o autarca reve-<br />

Requalificação da escola tira visibilida<strong>de</strong> a obra <strong>de</strong> Arte Pública<br />

Nova localização <strong>de</strong> painel <strong>de</strong>corativo<br />

da Domingos Sequeira provoca discórdia<br />

O painel <strong>de</strong>corativo, em mosaico<br />

<strong>de</strong> vidro, da Escola Secundária<br />

Domingos Sequeira (ESDS), foi<br />

mudado <strong>de</strong> sítio com as obras <strong>de</strong><br />

requalificação daquela instituição<br />

<strong>de</strong> ensino, para um local on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> ser visível da rua. A obra, da<br />

década <strong>de</strong> 60, está integrada no<br />

roteiro Perlis (Percursos Urbanos<br />

do Lis), do Programa Polis, que a<br />

classificou como Arte Pública e,<br />

agora, com a nova localização “per<strong>de</strong>u<br />

essa característica”, afirma o<br />

autor Augusto Mota.<br />

O autor do obra e antigo professor<br />

naquela escola diz que foi<br />

contactado “apenas para fornecer<br />

informações sobre a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação do painel”, mas não<br />

foi questionado sobre a melhor<br />

localização para o mesmo, pelo que<br />

se convenceu que o local, on<strong>de</strong> está<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio das obras, “seria provisório”.<br />

Augusto Mota enten<strong>de</strong> que “houve<br />

<strong>de</strong>srespeito dos projectistas da<br />

RICARDO GRAÇA<br />

la que está prevista a abertura <strong>de</strong><br />

pólos da Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong><br />

Fátima, um dos quais na Ilha do<br />

Príncipe, em S. Tomé e Príncipe.<br />

“Queremos <strong>de</strong>senvolver parcerias<br />

e reforçar a re<strong>de</strong> também na Europa<br />

e temos ambição <strong>de</strong> chegar à<br />

América Latina.”<br />

A intenção <strong>de</strong> Paulo Fonseca,<br />

que também integra a direcção da<br />

Insignare, é abrir ainda um pólo<br />

da EPO na Freixianda, para combater<br />

a <strong>de</strong>sertificação, que funcionará<br />

nas instalações da escola do<br />

1º ciclo, que será <strong>de</strong>sactivada quando<br />

o centro escolar estiver concluído.<br />

O autarca acredita que esta<br />

medida funcionará como um estímulo<br />

para os jovens continuarem<br />

a apostar na sua formação.<br />

remo<strong>de</strong>lação da escola pelo trabalho<br />

da equipa do Programa Polis<br />

e por todos os que à data da colocação<br />

do painel [em 1961] avaliaram<br />

e estudaram o melhor local<br />

para o colocar”. Explicação que<br />

sustenta na carta enviada à Or<strong>de</strong>m<br />

dos Arquitectos.<br />

A direcção da Domingos Sequeira<br />

diz que “o painel pertence à escola”<br />

e que “a nova localização foi<br />

escolhida para servir a escola e a<br />

sua comunida<strong>de</strong>”. Joaquim Silva,<br />

director da ESDS, explica que “a<br />

obra está <strong>de</strong> frente para a biblioteca,<br />

que é um espaço nobre da<br />

escola, e no alinhamento com o<br />

Castelo. Não podia estar melhor”.<br />

Além disso, o director afirma que<br />

“está tão contemplável agora como<br />

antes, porque, apesar <strong>de</strong> ser vista<br />

da rua, ela estava a um boa <strong>de</strong>zena<br />

<strong>de</strong> metros do portão. Para a<br />

po<strong>de</strong>rem ver as pessoas tinham,<br />

igualmente, que entrar na escola”.<br />

Augusto Mota, conta com o<br />

A oferta formativa vai ser alargada<br />

A mudança <strong>de</strong> instalações da<br />

Escola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> Fátima vai<br />

permitir receber mais 110 alunos<br />

no próximo ano lectivo, ou seja,<br />

250 estudantes no total. “O espaço<br />

era uma fortíssima limitação.<br />

Houve muitos alunos que ficaram<br />

<strong>de</strong> fora nos últimos anos”, revela<br />

Francisco Vieira. Numa fase <strong>de</strong><br />

apoio do arquitecto Moreira <strong>de</strong><br />

Figueiredo, que dirigiu o Polis, e<br />

<strong>de</strong> alguns professores da escola que<br />

manifestaram o <strong>de</strong>scontentamento,<br />

em Conselho-Geral da Escola,<br />

mas não acredita que se volte a<br />

mexer no painel, até porque “isso<br />

tem custos e a obra está encerrada”.<br />

A nova localização do painel<br />

(junto à entrada exterior em continuida<strong>de</strong><br />

com os mastros <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira)<br />

é a que, segundo o nosso<br />

entendimento, mais valoriza o referido<br />

painel artístico, uma vez que<br />

pela sua disposição vai ficar em<br />

lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, ficando enquadrado<br />

pelo gran<strong>de</strong> espaço ver<strong>de</strong><br />

que vai ser criado na nova entrada<br />

da escola”, explica a Parque<br />

Escolar, empresa responsável pela<br />

obra.<br />

O JORNAL DE LEIRIA esteve na<br />

ESDS para fotografar a obra mas<br />

não foi autorizado. ■<br />

Paula Lagoa<br />

“velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro”, preten<strong>de</strong><br />

atingir 300 alunos. “Além <strong>de</strong><br />

aumentar a dimensão da escola<br />

para rentabilizar a gestão, o nosso<br />

objectivo é atingir outros níveis<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, comparáveis às<br />

melhores escolas <strong>de</strong> hotelaria portuguesas.”<br />

■<br />

Alexandra Barata<br />

80% integrados no mercado<br />

Nos primeiros seis meses após a conclusão do curso, 80% dos alunos<br />

do até então Pólo <strong>de</strong> Fátima da EPO conseguem colocação no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho, garante Francisco Vieira. Cinquenta por<br />

cento dos estudantes é natural do concelho <strong>de</strong> Ourém e os restantes<br />

são provenientes dos concelhos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Porto <strong>de</strong> Mós, Batalha<br />

e Torres Nova. ■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Cursos <strong>de</strong><br />

Verão na EPL<br />

Informática em movimento<br />

é o nome do curso <strong>de</strong> Verão que<br />

a Escola Profissional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

vai promover entre os dias 23 e<br />

27 <strong>de</strong> Agosto. Vocacionada para<br />

jovens dos 12 aos 16 anos, a<br />

acção <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>corre das<br />

10 às 12:30 horas e das 14 às<br />

16:30 horas. Mais informações<br />

em www.epl.pt.<br />

Colégio dos<br />

Milagres vence<br />

concurso<br />

Ana Fontes, Ana Alves e Eva<br />

Lisboa, alunas da turma A do 7º<br />

ano do Colégio Senhor dos Milagres,<br />

em <strong>Leiria</strong>, conquistaram o<br />

primeiro lugar no concurso nacional<br />

Prémio Estatística Júnior.<br />

Intitulado Atitu<strong>de</strong> Ecológica =<br />

Escola com menos resíduos, o<br />

trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido no<br />

âmbito da Área <strong>de</strong> Projecto.■


| Crónicas sobre o futuro |<br />

A Sabedoria no Governo<br />

dos Povos (3)<br />

Ao tratar este<br />

tema nas<br />

duas crónicasanteriores,<br />

recor<strong>de</strong>i que a sabedoria<br />

dos governantes e<br />

gran<strong>de</strong>s homens públicos,<br />

ten<strong>de</strong> a esten<strong>de</strong>rse<br />

aos seus seguidores<br />

e, por vezes, a tornarse<br />

parte da sabedoria dos<br />

seus povos. A Índia, ainda<br />

hoje é muito influenciada<br />

pela sabedoria contida<br />

nos ensinamentos<br />

<strong>de</strong> Mahatma Gandhi e<br />

os Estados Unidos per<strong>de</strong>ram<br />

muito do seu passado<br />

racista e fundamentalista<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Mar- qualida<strong>de</strong><br />

tin Luther King. Por sua<br />

vez, a África do Sul é<br />

hoje um exemplo para<br />

o mundo <strong>de</strong>vido ao<br />

extraordinário legado <strong>de</strong><br />

Nelson Man<strong>de</strong>la. O inverso<br />

é também verda<strong>de</strong>iro,<br />

abundando os exemplos<br />

<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res que perpetuaram<br />

a sua própria<br />

ignorância e os seus<br />

maus exemplos através<br />

dos seus seguidores.<br />

Como tenho dito e escrito<br />

inúmeras vezes, entre<br />

nós o legado que José<br />

Sócrates <strong>de</strong>ixará a Portugal<br />

será a má influência<br />

do seu exemplo junto<br />

dos seus colaboradores<br />

e no partido que dirige.<br />

Porventura, também<br />

junto <strong>de</strong> muitos milhares<br />

<strong>de</strong> portugueses, seja<br />

pela pedagogia <strong>de</strong> valor<br />

negativo, seja pelo tempo perdido num<br />

percurso que é essencialmente errado e<br />

nos conduz ao <strong>de</strong>sastre.<br />

Esta semana, ainda a propósito do caso<br />

Freeport, tivemos disso mesmo três exemplos<br />

gritantes e todos lamentáveis. Vital<br />

Moreira, cada vez mais longe do seu passado<br />

<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e <strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z intelectual,<br />

não encontrou nada melhor para<br />

fazer do que um escrito no Público sob<br />

o título Para a História Nacional da Infâmia,<br />

em que consi<strong>de</strong>ra que os jornalistas<br />

e outros críticos do primeiro ministro,<br />

entre os quais me coloco, ”tivessem<br />

alguma vergonha, estariam hoje a pedir<br />

<strong>de</strong>sculpa pelas aleivosias que cometerem<br />

em relação a José Sócrates”. Dos juristas<br />

que elaboraram o relatório final do<br />

caso Freeport, diz: “Se o ridículo matasse,<br />

as duas criaturas estariam con<strong>de</strong>nadas”.<br />

Por sua vez, o ministro da Presidência,<br />

Pedro Silva Pereira, afirmou que<br />

“Estamos perante um <strong>de</strong>spacho perverso<br />

(...) É um comportamento absolutamente<br />

intolerável”. Finalmente, é <strong>de</strong> Francisco<br />

Assis que chega a pérola seguinte:<br />

“Uma actuação <strong>de</strong>sta natureza não merece<br />

outra qualificação que não seja uma<br />

pura canalhice”.<br />

Notemos <strong>de</strong> que toda esta artilharia é<br />

Os partidos e os<br />

seus maus<br />

dirigentes,<br />

pervertem e<br />

<strong>de</strong>stroem a<br />

intelectual, politica<br />

e cívica dos seus<br />

seguidores<br />

HENRIQUE NETO<br />

empresário<br />

netohenrique8@gmail.com<br />

dirigida, principalmente,<br />

contra os dois procuradores<br />

que investigaram<br />

a fase final do<br />

caso Freeport e que,<br />

como lhes competia, lá<br />

colocaram, com a autorização<br />

da hierarquia do<br />

Ministério Público, as<br />

perguntas que foram<br />

impedidos <strong>de</strong> fazer a<br />

José Sócrates. Note-se<br />

também que os três<br />

seguidores do primeiro<br />

ministro, se têm notabilizado<br />

na <strong>de</strong>fesa do<br />

segredo <strong>de</strong> justiça e do<br />

princípio da separação<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>res, nomeadamente<br />

no caso das escutas<br />

das conversas entre<br />

Vara e Sócrates, <strong>de</strong>struídas<br />

pelo Procurador<br />

Geral da República, com<br />

o argumento, compreensível,<br />

<strong>de</strong> que as instituições<br />

<strong>de</strong>mocráticas,<br />

como o sistema <strong>de</strong> justiça,<br />

<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>fendidas<br />

e prestigiadas.<br />

Como vimos, <strong>de</strong>fendidas<br />

apenas quando possam<br />

ser manipuladas<br />

pelo po<strong>de</strong>r político amigo.<br />

São muitas as lições<br />

a tirar <strong>de</strong>ste caso Freeport,<br />

a maioria das quais<br />

políticas. Em primeiro<br />

lugar, mostra-nos até<br />

que ponto os partidos<br />

políticos controlam os<br />

cidadãos e a vida dos<br />

portugueses, não hesitando<br />

perante nada para<br />

levar a cabo os seus fins.<br />

Seguidamente, os partidos e os seus maus<br />

dirigentes, pervertem e <strong>de</strong>stroem a qualida<strong>de</strong><br />

intelectual, politica e cívica dos<br />

seus seguidores, como atestam os três<br />

casos referidos. Finalmente, que é na<br />

liberda<strong>de</strong> da imprensa e dos jornalistas<br />

que, apesar <strong>de</strong> todos os excessos, ainda<br />

resi<strong>de</strong> o conhecimento possível da<br />

verda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>fesa das instituições <strong>de</strong>mocráticas.<br />

E a propósito, lutemos com<br />

convicção contra o aumento dos po<strong>de</strong>res<br />

do Procurador Geral da República,<br />

como o PS se prepara para fazer, quando<br />

no passado preconizava exactamente<br />

o contrário, com o objectivo conjuntural<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r José Sócrates das muitas<br />

questões que, directa e indirectamente,<br />

sobre ele pen<strong>de</strong>m na justiça.<br />

A minha convicção é a <strong>de</strong> que, nas<br />

actuais condições <strong>de</strong> escolha partidária<br />

do Procurador Geral da República,<br />

prefiro a responsabilização individual<br />

dos procuradores e investigadores criminais<br />

perante a lei, do que perante<br />

um qualquer chefe, que, como estamos<br />

a apren<strong>de</strong>r neste caso, se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

impressionar excessivamente pelo po<strong>de</strong>r<br />

político, que, no caso português, tem<br />

um funcionamento muito pouco <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mocrático. ■<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 17


18 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 SOCIEDADE |ENTREVISTA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Pedro Burmester, pianista<br />

“Em Portugal só se investe em turismo<br />

para 'super ricos'”<br />

Numa entrevista on<strong>de</strong> a música e Cultura se confun<strong>de</strong>m com <strong>de</strong>senvolvimento e futuro do País, o<br />

pianista Pedro Burmester <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a regionalização como meio <strong>de</strong> atenuar diferenças entre regiões<br />

e alerta: “temos um turismo <strong>de</strong> país sub-<strong>de</strong>senvolvido” Textos: Jacinto Silva Duro Fotos: Ricardo Graça<br />

Como comenta o anunciado e<br />

<strong>de</strong>pois retirado corte <strong>de</strong> subsídios<br />

para a Cultura, da ministra Gabriela<br />

Canavilhas?<br />

Faz-me lembrar o velho ditado<br />

que diz que “em casa on<strong>de</strong> não há<br />

pão...”. A cultura sempre teve poucos<br />

meios e quando se corta no que<br />

já nada tem... Achei ridícula a contestação<br />

– com o <strong>de</strong>vido respeito<br />

pelas pessoas que lutaram contra os<br />

cortes. No fundo, estavam-se a discutir<br />

esmolas. Antes das eleições, <strong>de</strong>i<br />

um último voto <strong>de</strong> confiança ao primeiro-ministro,<br />

quando disse que<br />

ia fazer neste mandato o que fez<br />

com a Ciência no anterior. Fez um<br />

mea culpa quando sabia que não<br />

iria ter consequências negativas –<br />

são as lógicas das políticas das audiências.<br />

A Ciência teve resultados porque<br />

houve uma injecção clara <strong>de</strong><br />

dinheiro no Ministério da Ciência e<br />

Ensino Superior e fez-se muito com<br />

relativamente pouco.<br />

Mas não foi o que aconteceu...<br />

Até se reduziu a verba inscrita<br />

no Orçamento do Estado, que ser-<br />

ve para sustentar, e mal, museus,<br />

bibliotecas e a própria estrutura do<br />

ministério. Mais valia não existir<br />

Ministério da Cultura. O que me<br />

incomoda é que era preciso investir<br />

muito pouco para ter resultados<br />

muito bons. Mas isto é mais um mal<br />

crónico português. As gran<strong>de</strong>s obras<br />

<strong>de</strong> arte sempre foram resultado <strong>de</strong><br />

esforços individuais e não <strong>de</strong> um<br />

país que aposta forte na Cultura.<br />

A tendência mantém-se, apesar<br />

<strong>de</strong> se saber que o peso da cultura<br />

no PIB é superior a alguns<br />

sectores consi<strong>de</strong>rados estratégicos.<br />

É evi<strong>de</strong>nte que há retorno e que<br />

a indústria cultural está ligada a muitas<br />

áreas diferentes, além <strong>de</strong> ser um<br />

sector muito procurado pelos jovens.<br />

Há muita gente a trabalhar na área<br />

da produção, <strong>de</strong>sign, moda e até no<br />

turismo. Não sei por que acontece<br />

este <strong>de</strong>sinteresse nacional. A Cultura<br />

não é encarada a sério. Não se<br />

injecta dinheiro e não se coloca gente<br />

competente a geri-lo. Em termos<br />

internacionais, não temos política<br />

cultural ou sequer estratégica. É tudo<br />

feito aos solavancos e ao gosto <strong>de</strong><br />

quem ocupa a ca<strong>de</strong>ira do Ministério<br />

da Cultura.<br />

O turismo é apontado como<br />

crucial para o futuro do País, contudo<br />

as apostas são em coisas que<br />

não precisam <strong>de</strong> investimento:<br />

sol, mar e praia, quando o património<br />

é cada vez mais o que interessa<br />

aos turistas...<br />

O Porto é um bom<br />

exemplo disso. Há muitos<br />

turistas entre os 20 e<br />

30 anos que vão <strong>de</strong> propósito<br />

à Casa da Música<br />

e a Serralves. Faz parte do<br />

roteiro. O pior é que em<br />

Portugal só se investe em<br />

turismo para “super ricos”:<br />

golfe e hotéis <strong>de</strong> luxo que<br />

não criam riqueza nos sítios on<strong>de</strong><br />

estão implantados, a não ser para a<br />

construção civil e para os poucos<br />

funcionários <strong>de</strong> hotelaria. Temos um<br />

turismo <strong>de</strong> país sub-<strong>de</strong>senvolvido<br />

on<strong>de</strong> se fazem uns resorts muito<br />

bonitos e fechados, como em Cuba<br />

ou no resto das Caraíbas. Aparecem<br />

Projectos <strong>de</strong> Interessa Nacional com<br />

essa filosofia.<br />

Que leitura faz das residências<br />

artísticas nas pequenas cida<strong>de</strong>s e<br />

vilas?<br />

É uma solução <strong>de</strong> futuro. Ter uma<br />

companhia <strong>de</strong> bailado, um grupo <strong>de</strong><br />

teatro, arqueólogos ou escritores que<br />

procuram um local fora dos gran<strong>de</strong>s<br />

centros com condições para criar,<br />

pensar e fazer coisas. Esse<br />

sim, é o tipo <strong>de</strong> investimento<br />

cultural\turístico que<br />

falta ao País. Po<strong>de</strong>ríamos<br />

As gran<strong>de</strong>s obras<br />

<strong>de</strong> arte sempre<br />

foram resultado <strong>de</strong><br />

esforços individuais<br />

e não <strong>de</strong> um país<br />

que aposta forte<br />

na Cultura<br />

ser um refúgio <strong>de</strong> artistas e criadores.<br />

Isso seria diferenciador para o<br />

País. Se atraíssemos pessoas ligadas<br />

à Cultura, à Ciência e pensadores<br />

po<strong>de</strong>ríamos reproduzir o que se fez<br />

nos séculos XV e XVI. O aparecimento<br />

<strong>de</strong>ssas pessoas traria aproximação<br />

e interacção com as comunida<strong>de</strong>s<br />

locais, estabelecendo laços<br />

<strong>de</strong> afectivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> enriquecimento<br />

pessoal.<br />

A Cultura <strong>de</strong>ve ser ten<strong>de</strong>ncialmente<br />

gratuita ou paga?<br />

Deve haver um serviço público<br />

<strong>de</strong> Cultura que permita um acesso<br />

abrangente e <strong>de</strong>mocrático. Preços<br />

<strong>de</strong> bilheteira muito altos discriminam<br />

as pessoas. Não digo que <strong>de</strong>ve<br />

ser ten<strong>de</strong>ncialmente gratuita como<br />

a saú<strong>de</strong>, mas tem <strong>de</strong> haver um acesso<br />

generalizado. Se a privatizarmos,<br />

passa a haver uma lógica <strong>de</strong><br />

lucro e só se fará o que <strong>de</strong>r retorno.<br />

Deixaríamos <strong>de</strong> ter cultura e<br />

teríamos apenas entretenimento e<br />

só para alguns, como já acontece<br />

em certos eventos, on<strong>de</strong> só se entra<br />

com convite. ■


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | ENTREVISTA |<br />

“A regionalização é um passo necessário”<br />

O que faz a Casa da Música<br />

um marco a nível cultural no País<br />

e em especial na zona Norte?<br />

Vários factores contribuíram para<br />

que a Casa da Música se tornasse<br />

uma referência. É um projecto que<br />

só tem cinco anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que começou<br />

a funcionar, e que se conseguiu<br />

estabelecer localmente, em primeiro<br />

lugar. Foi essa uma das nossa<br />

i<strong>de</strong>ias primordiais, a <strong>de</strong> fazer com<br />

que as pessoas se i<strong>de</strong>ntificassem<br />

com o edifício e com o projecto. Se<br />

não tivéssemos conseguido isso, por<br />

melhor que a Casa da Música fosse,<br />

não teríamos ninguém a frequentá-la<br />

e a usufruir <strong>de</strong>la. Além<br />

disso, a escola <strong>de</strong> arquitectura do<br />

Porto e a existência <strong>de</strong> arquitectos<br />

<strong>de</strong> renome mundial – como Álvaro<br />

Siza Vieira – fez com que também<br />

houvesse “solo fértil” na escolha<br />

<strong>de</strong> um projecto arquitectónico<br />

diferenciador. É certo que, no princípio,<br />

houve muitos anti-corpos...<br />

Ao fazer-se uma discussão alargada<br />

e com muita visibilida<strong>de</strong> levou-<br />

-se muita gente a criar laços e a tomarem-no<br />

como seu. As pessoas sentem<br />

que é um projecto nacional... do Porto<br />

e não <strong>de</strong> Lisboa, como acontece<br />

com muitos projectos “nacionais”. A<br />

frase <strong>de</strong> Pessoa aplica-se bem à Casa<br />

da Música: “primeiro estranha-se,<br />

<strong>de</strong>pois entranha-se”.<br />

A Casa da Música e Serralves<br />

são o epicentro da dinâmica cultural<br />

que o Porto vive?<br />

Sem dúvida alguma. São a prova<br />

<strong>de</strong> que a Cultura po<strong>de</strong> diferenciar<br />

e <strong>de</strong>senvolver as cida<strong>de</strong>s, num<br />

Mundo on<strong>de</strong> tudo é cada vez mais<br />

parecido. O po<strong>de</strong>r autárquico percebeu<br />

isso muito mais rapidamente<br />

que o po<strong>de</strong>r central. Se olharmos<br />

para o País e o compararmos, em<br />

termos culturais com o que acontecia<br />

há 20 anos, a diferença é abissal.<br />

Actualmente, faço concertos em<br />

praticamente todo o território com<br />

salas com muitas condições, com<br />

programação regular nas mais variadas<br />

áreas e com público. E foi um<br />

trabalho feito, em gran<strong>de</strong> parte, pelas<br />

autarquias. Foi o último projecto<br />

estruturante feito pelo Ministério da<br />

Cultura e aconteceu entre 1995 e<br />

2000, com a construção e recuperação<br />

<strong>de</strong> vários teatros, cine-teatros<br />

e cinemas que são hoje centros culturais.<br />

O que faz com que os portugueses<br />

estejam a ouvir mais música<br />

clássica e a ir ao teatro ou ópera?<br />

Tudo se <strong>de</strong>mocratizou e <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como elitista.<br />

Aconteceu isso com a música clássica.<br />

As barreiras quebraram-se e<br />

a música clássica é mais uma. É<br />

claro que é mais complexa e precisa<br />

<strong>de</strong> um ouvido mais apurado<br />

ou <strong>de</strong> um processo mental mais trabalhado,<br />

mas as barreiras acabaram.<br />

Hoje, quem tem um compu-<br />

Nos últimos anos, embora a<br />

activida<strong>de</strong> cultural tenha sofrido<br />

um boom por todo o País, não há<br />

gran<strong>de</strong> eco do que se passa fora<br />

<strong>de</strong> Lisboa e Porto. É um fenómeno<br />

explicável?<br />

Isso é o mal <strong>de</strong> um País muitíssimo<br />

centralizado on<strong>de</strong> parece que<br />

tudo o que acontece se reporta quase<br />

exclusivamente à capital, muito<br />

por culpa dos media – os chamados<br />

nacionais – que estão quase<br />

todos centralizados em Lisboa. As<br />

notícias passam-se em circuito fechado<br />

e isso também acontece com a<br />

política. Às vezes, rio-me a ver <strong>de</strong>bates<br />

entre analistas e políticos, que<br />

se encontram todos no mesmo “café”<br />

e falam para <strong>de</strong>ntro, esquecendo<br />

que há um País inteiro lá fora. O<br />

mesmo País que já nem lhes liga<br />

muito, nem quer saber <strong>de</strong>les. Esse<br />

centralismo histórico não faz sentido<br />

e não percebe que o resto do<br />

País mexeu-se, não está mais à espera<br />

<strong>de</strong> Lisboa e foi fazendo coisas. E<br />

é por isso que acredito que a regionalização<br />

é um passo necessário<br />

para que haja mais oportunida<strong>de</strong>s<br />

para o resto do território. Com ela,<br />

aparecerá outra atitu<strong>de</strong> perante o<br />

que se faz localmente trazendo uma<br />

concorrência saudável para que o<br />

País se possa <strong>de</strong>senvolver equitativamente.<br />

Qual a importância <strong>de</strong> uma<br />

programação feita a médio pra-<br />

zo, em vez <strong>de</strong> ser feita quase ao<br />

mês e <strong>de</strong> acordo com os espectáculos<br />

que vão aparecendo?<br />

É difícil programar a mais <strong>de</strong> dois<br />

anos e, além disso, as salas nunca<br />

sabem qual o orçamento que vão<br />

ter. Mas o que é mesmo importante<br />

é saber quem é o público para o<br />

qual se está a programar. É preciso<br />

programar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um equilíbrio<br />

saudável entre aquilo que as pessoas<br />

esperam que vá acontecer e<br />

um quociente <strong>de</strong> surpresa. De outra<br />

maneira corre-se o risco <strong>de</strong> estarmos<br />

todos a fazer as mesmas coisas.<br />

As autarquias têm a obrigação<br />

<strong>de</strong> não fazer programação por catálogo,<br />

<strong>de</strong>scabida do contexto on<strong>de</strong><br />

a sala se insere. ■<br />

“Pensei em <strong>de</strong>sistir da música porque precisava <strong>de</strong> ganhar a vida”<br />

Quando era pequeno, a família levava na bagagem um piano vertical para Pedro Burmester po<strong>de</strong>r ensaiar todos os<br />

dias. “Iam todos para a praia e lá ficava eu a tocar durante horas”, recorda. mas os tempos mudaram, hoje, leva<br />

um teclado electrónico para exercitar os <strong>de</strong>dos no marfim e ébano. Em média toca quatro horas por dia. Mais, se<br />

contarmos o tempo das aulas que dá quase todos os dias. Um sacrifício que compara ao ritmo dos atletas <strong>de</strong> alta<br />

competição e que faz <strong>de</strong> Pedro Burmester um dos melhores pianistas nacionais <strong>de</strong> todos os tempos. Admite que<br />

chegou a pensar <strong>de</strong>sistir da música “porque precisava <strong>de</strong> ganhar a vida”. Hoje, as coisas estão diferentes e diz,<br />

com alguma ironia, que já se consegue viver da música, embora ainda “não dê para enriquecer”. “Li, há dias, que<br />

Bill Gates e Warren Buffett estão a convencer vários multimilionários a doar meta<strong>de</strong> das suas fortunas a instituições<br />

sociais. Gates doou meta<strong>de</strong>, Buffett cerca <strong>de</strong> 90%... Gostava <strong>de</strong> ver isso acontecer em Portugal.” Nasceu em<br />

1963 no seu adorado Porto, e foi no conservatório <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> que acabou o Curso Superior <strong>de</strong> Piano com classificação<br />

máxima, em 1981. Trabalhou nos EUA, foi docente na Escola Superior <strong>de</strong> Música e Artes do Espectáculo<br />

do Porto, foi o organizador da programação musical do Porto - Capital Europeia da Cultura e um dos responsáveis<br />

pela programação da Casa da Música, até ao ano passado. ■<br />

“Prezo muito o meu direito ao silêncio”<br />

tador, tem acesso a tudo o que se<br />

faz no Mundo inteiro. Claro que<br />

ver ali não permite a mesma envolvência.<br />

É engraçado que, há uns<br />

anos, cheguei a pensar que os concertos<br />

iriam <strong>de</strong>saparecer. Parecia-<br />

-me que estavam a aparecer tantas<br />

maneiras <strong>de</strong> ouvir música que,<br />

se calhar, as pessoas iam <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

se sentar numa sala e pagar um<br />

bilhete para a escutar. Estava errado.<br />

Aconteceu precisamente o contrário.<br />

A indústria discográfica <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> existir nos mol<strong>de</strong>s do século<br />

XX e os músicos começaram a dar<br />

mais valor ao concerto ao vivo do<br />

que à gravação. É mais enriquecedor<br />

ter uma experiência colectiva<br />

e estar numa sala com os músicos<br />

do que estar a ver num ecrã em<br />

casa ou a ouvir num CD.<br />

O que po<strong>de</strong>mos encontrar no<br />

seu iPod?<br />

De tudo. Da Amália, passando<br />

por Deolinda e Bach, tenho <strong>de</strong><br />

tudo na minha discografia. Mas<br />

confesso que ouço hoje menos<br />

música do que já ouvi. Deve ser<br />

uma <strong>de</strong>fesa por passar muitas<br />

horas a ouvir a tocar. Tenho <strong>de</strong><br />

utilizar bem os meus ouvidos. Não<br />

há sempre música a tocar no carro<br />

ou em casa. Prezo muito o meu<br />

direito ao silêncio. Quando este é<br />

bem gerido, as melodias ganham<br />

logo outra importância. Hoje, há<br />

um excesso <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> tudo:<br />

<strong>de</strong> música, <strong>de</strong> imagens, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias...<br />

que nos entram pelos olhos a<strong>de</strong>ntro<br />

com uma enorme facilida<strong>de</strong>,<br />

a partir da televisão e internet. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 19<br />

Perguntas dos Outros<br />

“Ser pianista<br />

é um trabalho<br />

connosco<br />

próprios”<br />

Paulo Lameiro, maestro<br />

O que pensa que mais terá<br />

perdido como intérprete ao<br />

longo dos anos que esteve à<br />

frente da Casa da Música?<br />

Apren<strong>de</strong>mos com tudo. É certo<br />

que perdi muito tempo <strong>de</strong><br />

trabalho, uma vez que o que<br />

fiz na Casa da Música não estava<br />

directamente relacionado<br />

com a minha profissão <strong>de</strong> pianista.<br />

Durante cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

anos, não pu<strong>de</strong> estar sentado<br />

em frente ao piano a estudar<br />

as horas necessárias, mas aquilo<br />

que ganhei foi muito mais<br />

do que o que perdi. A Casa da<br />

Música ensinou-me a trabalhar<br />

em equipa, a conhecer o<br />

outro lado da música: a produção,<br />

a programação... como<br />

se transforma uma i<strong>de</strong>ia em<br />

algo concreto. Coisas que não<br />

acontecem quando se está ao<br />

piano. Ser pianista é um trabalho<br />

connosco próprios, com<br />

muitas horas <strong>de</strong> solidão.<br />

Carlos Matos, crítico <strong>de</strong> música<br />

e programador<br />

Confina os seus gostos musicais<br />

à chamada música <strong>de</strong><br />

base erudita ou contempla e<br />

usufrui <strong>de</strong> outros estilos mais<br />

alternativos e marginais?<br />

Sempre tive os ouvidos abertos<br />

a tudo. Des<strong>de</strong> muito novo,<br />

por influências familiares, <strong>de</strong><br />

amigos e pela minha própria<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procura, ouvi<br />

sempre todo o tipo <strong>de</strong> música...<br />

Não tenho quaisquer preconceitos<br />

em relação aos estilos<br />

musicais. Todos têm<br />

características diferentes e coisas<br />

interessantes. Claro que,<br />

com o tempo, gosta-se mais<br />

ou menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado estilo.<br />

Mas toda a música está ao<br />

mesmo nível. Foi essa mesmo<br />

uma das i<strong>de</strong>ias base do projecto<br />

da Casa da Música. Todas<br />

as músicas são expressão genuína<br />

da criativida<strong>de</strong> humana. ■


20 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

De tal forma a crise se<br />

entranhou no nosso<br />

quotidiano que comemos,<br />

bebemos, dormimos<br />

e passeamos<br />

com ela. É, também, a crise que<br />

me impele a escrever estas linhas.<br />

Gosto <strong>de</strong> ser transparente, realista,<br />

<strong>de</strong> dizer ao que venho e <strong>de</strong> pôr,<br />

sobre a mesa a minha <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> interesses. Sou, convictamente,<br />

<strong>de</strong>fensor da recandidatura do<br />

senhor professor Aníbal Cavaco<br />

Silva a um segundo mandato presi<strong>de</strong>ncial.<br />

Porquê? À medida que<br />

a crise foi tomando conta das nossas<br />

vidas, manteve a serenida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> homem que sabe e transmitiu-<br />

-a aos portugueses, alertou-nos<br />

para a gravida<strong>de</strong> da situação, colocou<br />

a sua experiência técnica,<br />

humana e política ao serviço <strong>de</strong><br />

Portugal, apelou aos Partidos, à<br />

Assembleia da República e ao Governo,<br />

para que fossem encontradas<br />

soluções o mais consensuais e<br />

abrangentes possível (foi, assim,<br />

no Orçamento <strong>de</strong> 2010, no PEC 1<br />

e no PEC 2), posicionou-se, olimpicamente,<br />

como elemento estabilizador<br />

da complexa realida<strong>de</strong><br />

político-partidária, cumpriu o seu<br />

programa, sem se <strong>de</strong>ixar tolher<br />

pelas dificulda<strong>de</strong>s, avançou no diálogo<br />

com o país e com o Estrangeiro<br />

(Europa e África) mostrando<br />

segurança digna <strong>de</strong> registo e<br />

prestigiando Portugal, reforçou os<br />

laços culturais, linguísticos, políticos<br />

e económicos com os países<br />

da CPLP (Brasil, Cabo Ver<strong>de</strong>, Angola<br />

e Moçambique) brilhou na recente<br />

visita a Angola, foi uma “forma<br />

formiguinha” em tempo <strong>de</strong><br />

cavas magras, mostrou ao longo<br />

De todo o lado nos chegam<br />

notícias <strong>de</strong> férias.<br />

Todas as conversas,<br />

começam ou acabam,<br />

com perguntas ou<br />

<strong>de</strong>sejos sobre este tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso,<br />

hoje plenamente consagrado<br />

e por todos assumido como<br />

uma fundamental necessida<strong>de</strong>.<br />

As preocupações sobre uma tal<br />

dita Crise, passaram para segundo<br />

plano ou mesmo <strong>de</strong>sapareceram.<br />

Aqueles que vão chegando<br />

falam-nos <strong>de</strong> um mundo <strong>de</strong> gente<br />

pelas praias <strong>de</strong> Portugal, com<br />

especial incidência para o Algarve,<br />

on<strong>de</strong> parece que tudo se tem<br />

conciliado para criar momentos<br />

inesquecíveis. A quebra efectiva<br />

do número <strong>de</strong> turistas estrangeiros,<br />

vê-se superada, ou pelo<br />

menos próximo disso, pela avalanche<br />

<strong>de</strong> turistas nacionais que<br />

<strong>de</strong>scendo a Sul, procuram o seu<br />

espaço <strong>de</strong> puro lazer estival. Não<br />

acreditando que o façam em resposta<br />

ao apelo do nosso Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República, mas sim-<br />

do mandato, ter consciência do<br />

que po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve, no âmbito dos<br />

po<strong>de</strong>res que a Constituição reserva<br />

ao Presi<strong>de</strong>nte da República, agigantou-se<br />

quando explicou ao País<br />

que se sente confortável com os<br />

po<strong>de</strong>res que Constituição lhe confere,<br />

não entrou em polémicas estéreis<br />

com os titulares dos restantes<br />

órgãos <strong>de</strong> soberania, anunciou,<br />

sem complexos, a insustentabilida<strong>de</strong><br />

da situação, soube pairar acima<br />

das críticas partidárias, muitas<br />

vezes <strong>de</strong>sbocadas e <strong>de</strong> todo inconsequentes<br />

(há posições que preten<strong>de</strong>m<br />

minar a autorida<strong>de</strong> do Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República mas este, com<br />

olímpica sabedoria, <strong>de</strong>svaloriza em<br />

tempo <strong>de</strong> crise) o que o coloca<br />

numa posição ímpar no trânsito<br />

do primeiro para o segundo mandato<br />

presi<strong>de</strong>ncial<br />

Esta visão, quase inoxidável,<br />

dos méritos do exercício da função<br />

Presi<strong>de</strong>ncial não é universal,<br />

e, tão pouco, é pacífica. Uns por<br />

razões <strong>de</strong> natureza i<strong>de</strong>ológica, com<br />

base na estafada dicotomia Direita/Esquerda,<br />

outros porque não lhe<br />

perdoam por ser o Português com<br />

mais anos <strong>de</strong> exercício do po<strong>de</strong>r,<br />

no topo (10 anos como Primeiro<br />

Ministro, cinco como Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República e mais cinco…) o que,<br />

em Democracia, dificilmente, será<br />

repetível, alguns porque não aceitam<br />

a sua ascensão na vida, exclusivamente<br />

por força do trabalho e<br />

das capacida<strong>de</strong>s, ainda bastantes<br />

porque, <strong>de</strong> boa-fé, têm vindo a<br />

apelar ao Presi<strong>de</strong>nte para que seja<br />

mais interventivo, em tempo <strong>de</strong><br />

crise, como se ele fosse portador<br />

da “Varinha do Condão …”<br />

Esta última posição não <strong>de</strong>ve<br />

| O p i n i ã o |<br />

Cavaco Silva e a mochila da esperança<br />

plesmente e porque sugestionados<br />

por uma assumida necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contenção, trocam os<br />

<strong>de</strong>stinos estrangeiros pela areia<br />

branca das nossas praias. Dizem<br />

as notícias que até as águas a<br />

Sul se apresentam cálidas como<br />

já não havia memória. Descontando<br />

alguns entusiásticos exageros,<br />

acredito que estamos perante<br />

uma excelente oportunida<strong>de</strong><br />

para o turismo algarvio. Apesar<br />

da enorme importância para a<br />

região e para o país que tem a<br />

vinda <strong>de</strong> turistas estrangeiros e<br />

a consequente entrada <strong>de</strong> divisas,<br />

acredito existir uma excelente<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliação<br />

com todos aqueles que não<br />

colocavam o Algarve como seu<br />

<strong>de</strong>stino preferido <strong>de</strong> férias. Eu<br />

era um <strong>de</strong>les.<br />

Durante muito tempo mantive<br />

com o Algarve uma relação<br />

difícil. Não que tenha experimentado<br />

intermináveis filas, <strong>de</strong><br />

trânsito, <strong>de</strong> restaurante, <strong>de</strong> supermercado,<br />

em suma <strong>de</strong> tudo aqui-<br />

O Professor Aníbal<br />

Cavaco Silva, sendo<br />

um elo fortíssimo do<br />

Regime, presta um<br />

gran<strong>de</strong> serviço ao<br />

País, à Democracia<br />

e à esperança se se<br />

<strong>de</strong>cidir pela<br />

recandidatura<br />

a um segundo<br />

mandato…<br />

GONÇALVES SAPINHO<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Alcobaça<br />

Descobrir o Algarve<br />

O restante país<br />

turístico po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />

apren<strong>de</strong>r muito com<br />

os erros cometidos no<br />

Algarve e com o<br />

mo<strong>de</strong>lo e esforço <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento que<br />

tem vindo a ser<br />

implementado<br />

FRANCISCO VIEIRA<br />

Director executivo da Insignare<br />

ser <strong>de</strong>scartada. Deve antes ser pon<strong>de</strong>rada.<br />

Mas <strong>de</strong>ve o Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República, a 6 meses <strong>de</strong> terminar<br />

o mandato e a 3 meses do início<br />

da campanha eleitoral, hipotecar o<br />

seu prestígio em missões impossíveis<br />

ou em diligências con<strong>de</strong>nadas,<br />

à parida, ao fracasso? Deve<br />

queimar etapas que lhe po<strong>de</strong>rão ser<br />

preciosas no início do segundo<br />

mandato, se vier a candidatar-se e<br />

a ser eleito como se espera? Deve<br />

o Presi<strong>de</strong>nte da República ir além<br />

do que já foi, ultrapassando e subvertendo,<br />

em nome da crise, os<br />

po<strong>de</strong>res que a constituição lhe confere?<br />

Não serão a Constituição e a<br />

lei a base e a <strong>de</strong>fesa para os actos<br />

do Presi<strong>de</strong>nte da República?<br />

Po<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte sobrepor (não<br />

digo impor) a sua vonta<strong>de</strong> à vonta<strong>de</strong><br />

dos Partidos quando cada dirigente<br />

partidário e cada dirigente<br />

sindical, faz questão <strong>de</strong> se arrogar<br />

dono, com exclusão <strong>de</strong> outrem, da<br />

sua verda<strong>de</strong> e a torna incompatível<br />

com a verda<strong>de</strong> do outro?<br />

Em tempo <strong>de</strong> radicalismo exacerbado<br />

e também <strong>de</strong> crispações,<br />

a marcar terreno para o futuro próximo,<br />

não se tornará exigível que<br />

o pó assente e que haja, ao menos,<br />

alguém – o Presi<strong>de</strong>nte – que mantenha<br />

a serenida<strong>de</strong> e a cabeça fria?<br />

Para ele queimar, na ara da crise,<br />

sem o mínimo <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />

jurídica e constitucional, o prestígio<br />

pessoal e institucional que foi<br />

amealhando?<br />

Sou dos que pensa na <strong>de</strong>fesa,<br />

consolidação e aperfeiçoamento<br />

qualitativo das Instituições. Mas,<br />

também sou dos que vivem, hoje,<br />

o <strong>de</strong>sassossego do “tempo que passa”<br />

… !! Vou lendo e meditando<br />

lo on<strong>de</strong> tradicionalmente se espera,<br />

não que as ementas em inglês<br />

me tenham criado uma especial<br />

dificulda<strong>de</strong> ou qualquer assumo<br />

<strong>de</strong> patriotismo, nem sequer me<br />

posso queixar dos preços praticados.<br />

A minha dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

relação com o Algarve provinha<br />

sobretudo daquilo que ia ouvindo,<br />

criando uma imagem do <strong>de</strong>stino<br />

com base nas más experiências<br />

<strong>de</strong> outros. No mínimo<br />

injusto, mas verda<strong>de</strong>iro.<br />

Um dia numa feira <strong>de</strong> turismo<br />

em Praga, a promotora <strong>de</strong> uma<br />

prestigiada unida<strong>de</strong> hoteleira algarvia<br />

em resposta ao meu constante<br />

azedume face à sua terra, falou-<br />

-me da existência <strong>de</strong> outras realida<strong>de</strong>s<br />

no Algarve, respeitadoras<br />

do equilíbrio com a natureza e<br />

totalmente integradas na paisagem,<br />

sem gritos e sem filas, zonas<br />

<strong>de</strong> características rurais, on<strong>de</strong> aqui<br />

e ali vamos <strong>de</strong>scobrindo pequenas<br />

e <strong>de</strong>liciosas praias. Falou-me<br />

<strong>de</strong> um Algarve simples, genuíno,<br />

com uma forte tradição cultural<br />

nos extremismos da 1ª República.<br />

Interrogo-me sobre como foi possível<br />

malbaratar o capital Democrático<br />

acumulado, em duas décadas.<br />

A Revolução do 5 <strong>de</strong> Outubro<br />

foi engolida, 16 anos <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong><br />

forma autofágica, por quem a criou.<br />

Predominantemente Parlamentarista<br />

morreu, exangue, às mãos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>magogos encartados e dos treinadores<br />

<strong>de</strong> bancada. Nasceu e morreu<br />

em nome do povo que tem as<br />

costas largas … amortalhado por<br />

fúnebres radicalismos e extremismos.<br />

O Regime nascido da Revolução<br />

<strong>de</strong> Abril já viveu o dobro do<br />

Regime do 5 <strong>de</strong> Outubro…<br />

Das instituições <strong>de</strong>mocráticas,<br />

a mais prestigiada é a presidência<br />

da República. O actual Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República, como, aliás,<br />

os anteriores, prestigiou a instituição,<br />

a República e o Regime.<br />

Espero que o tempo que resta,<br />

para cumprir este primeiro mandato,<br />

seja um tempo em que se<br />

mantenha viva e se alimente a<br />

esperança dos portugueses. Desejo<br />

que a mochila da esperança<br />

aumente <strong>de</strong> peso, através do<br />

aumento do prestígio, e que a<br />

carregue no trânsito do 1º para<br />

o 2º mandato. O Regime tem tido<br />

boas âncoras das quais se <strong>de</strong>staca<br />

a nossa inserção na Comunida<strong>de</strong><br />

Europeia. Sendo necessária<br />

esta âncora, ela não é suficiente.<br />

Internamente é imprescindível<br />

a existência <strong>de</strong> elos fortes…O<br />

Professor Aníbal Cavaco Silva,<br />

sendo um elo fortíssimo do Regime,<br />

presta um gran<strong>de</strong> serviço ao<br />

País, à Democracia e à esperança<br />

se se <strong>de</strong>cidir pela recandidatura<br />

a um segundo mandato… ■<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> emanam usos e costumes<br />

singulares e uma gastronomia com<br />

forte influência do Norte <strong>de</strong> África.<br />

Este ano e por um breve período<br />

tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir<br />

esse Algarve silencioso e sereno.<br />

Magníficas praias, excelentes infraestruturas<br />

<strong>de</strong> apoio, inesquecíveis<br />

restaurantes, gente simpática e<br />

competente. Gostei. E ao olhar o<br />

Algarve agora não pelas vivências<br />

<strong>de</strong> outros mas pelos meus próprios<br />

olhos, confirmei aquilo que<br />

teimosamente tentava evitar. Que<br />

o Algarve é o melhor <strong>de</strong>stino turístico<br />

nacional e que nele se encontram<br />

respostas para todo o tipo <strong>de</strong><br />

cliente. Aprendi também, que o<br />

restante país turístico po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />

apren<strong>de</strong>r muito com os erros cometidos<br />

no Algarve e com o mo<strong>de</strong>lo<br />

e esforço <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que tem vindo a ser implementado.<br />

Em boa verda<strong>de</strong>, só o Algarve<br />

e a Ma<strong>de</strong>ira são verda<strong>de</strong>iros<br />

territórios <strong>de</strong> turismo em Portugal.<br />

O resto, lamentavelmente, é<br />

paisagem.■


Pela Europa abrem caminho<br />

as cida<strong>de</strong>s aprazíveis<br />

e cómodas para<br />

o visitante. Os turistas<br />

urbanos dispostos a<br />

<strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-<br />

-semana, cada dia são mais e pe<strong>de</strong>m<br />

discrição. Há um novo tipo <strong>de</strong> visitante<br />

que busca uma cida<strong>de</strong> agradável<br />

na que se sinta como em sua<br />

casa e possa <strong>de</strong>scansar <strong>de</strong> rotinas e<br />

encontrar um programa sociocultural<br />

que o satisfaça. Nesse sentido, as<br />

cida<strong>de</strong>s voltaram a reivindicar a rua<br />

como espaço para a criativida<strong>de</strong> e<br />

a emancipação cívica, do mesmo<br />

modo que a dimensão política e social<br />

dos espaços públicos foi colocada<br />

no centro das discussões.<br />

Quem acompanha o fenómeno<br />

da revitalização das cida<strong>de</strong>s verifica<br />

como estas têm ampliado a sua<br />

oferta com novos museus, melhores<br />

restaurantes, novos hotéis, festivais<br />

variados aos quais se unem salas<br />

para teatro, auditórios e um forte<br />

impulso dado à gastronomia, às compras<br />

e obviamente a hotéis. A oferta<br />

<strong>de</strong> um valor diferenciador permite<br />

às cida<strong>de</strong>s competir e, neste ponto,<br />

as tecnologias da informação e<br />

os serviços complementares são importantes<br />

para integrar uma cida<strong>de</strong> atractiva<br />

em conveniência num espaço<br />

Está bom <strong>de</strong> ver, por estes<br />

dias <strong>de</strong> canícula <strong>de</strong><br />

Agosto, que há muito<br />

quem entenda que as<br />

eleições se po<strong>de</strong>m<br />

ganhar surfando as ondas do populismo<br />

bacoco, enveredando pelo suporte<br />

às maquinações mais ten<strong>de</strong>nciosas<br />

que a <strong>de</strong>mocracia portuguesa alguma<br />

vez viu. Refiro-me, obviamente, ao respaldo<br />

que o PSD e outros partidos da<br />

oposição foram dando à flagelação sistemática<br />

do governo e em especial do<br />

primeiro-ministro José Sócrates.<br />

Não terá bastado que se tivessem<br />

ultrapassado todos os limites penais e<br />

constitucionais e que se pulasse a cerca<br />

da reserva dos valores <strong>de</strong>mocráticos<br />

e que dois <strong>de</strong>putados, um do PSD<br />

e outro do PCP, se arrogassem ao direito<br />

<strong>de</strong> conhecerem escutas indirectas,<br />

autorizadas para um <strong>de</strong>terminado procedimento<br />

penal. Ora, como é sabido<br />

e sustentado pela melhor doutrina e<br />

jurisprudência penais, tal tipo <strong>de</strong> intercepção<br />

às comunicações não po<strong>de</strong> ser<br />

usado fora do processo penal e muito<br />

menos em Processos Disciplinares ou<br />

Comissões <strong>de</strong> Inquérito, como foi o<br />

caso.<br />

E, afinal, com que objectivos, senão<br />

os <strong>de</strong> assassinato <strong>de</strong> carácter? Verda<strong>de</strong><br />

é que, no fim da mencionada Comissão<br />

<strong>de</strong> Inquérito ao caso conhecido por<br />

PT/TVI, as oposições optaram por “conclusões”<br />

absolutamente inconclusivas,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> tripudiar sobre a verda<strong>de</strong><br />

dos factos apurados, e, finalmente,<br />

nada propuseram <strong>de</strong> concreto, nem<br />

nada remeteram ao PGR que indiciasse<br />

qualquer acção <strong>de</strong> natureza, sequer<br />

indiciária, <strong>de</strong> qualquer eventual crime<br />

por parte <strong>de</strong> qualquer membro do governo<br />

e <strong>de</strong>signadamente do primeiroministro.<br />

Tratou-se, portanto, <strong>de</strong> pura tentativa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste do primeiro-ministro<br />

numa matéria em que foi visível o <strong>de</strong>snorte<br />

do PSD, que chegou mesmo a<br />

zurzir com violência e <strong>de</strong>selegância o<br />

presi<strong>de</strong>nte da referida Comissão, Mota<br />

Amaral, <strong>de</strong>stacado membro do PSD,<br />

apenas porque se limitou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r,<br />

sem peias, a legalida<strong>de</strong> e o cumprimento<br />

da Constituição.<br />

E se <strong>de</strong> sentido <strong>de</strong> estado se fala no<br />

título, tudo se reconduz a <strong>de</strong>ixar claro<br />

que na recente “crise” da justiça,<br />

diversos dirigentes do PSD se têm comportado<br />

sem a contenção e a reserva<br />

que é indispensável ao bom funcionamento<br />

das instituições <strong>de</strong> que a justiça<br />

é um dos pilares fundamentais.<br />

Enten<strong>de</strong>-se bem que o maior partido<br />

da oposição e alguns dos seus principais<br />

dirigentes não tenham gostado<br />

do <strong>de</strong>sfecho do processo Freeport no<br />

concernente a José Sócrates e <strong>de</strong>mais<br />

elementos do aparelho governamental<br />

e administrativo.<br />

Para alguns dos fautores das queixas<br />

anónimas e para alguns dos que<br />

terão investido tudo na política <strong>de</strong> “fim<br />

<strong>de</strong> ciclo” <strong>de</strong> Sócrates, através da politização<br />

da justiça, óbvio se torna que<br />

ao fim <strong>de</strong> 6 anos <strong>de</strong> suspeitas, insinuações<br />

e calúnias, <strong>de</strong>parar com um<br />

processo que apenas acusa dois empre-<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | OPINIÃO |<br />

| O p i n i ã o |<br />

Turismo: cida<strong>de</strong>s aprazíveis e lugares<br />

<strong>de</strong> procura global.<br />

Muitas das cida<strong>de</strong>s médias na Europa<br />

protagonizaram, nos últimos anos,<br />

a sua própria revolução urbana e<br />

social, tendo em conta que um dos<br />

problemas maiores no espaço europeu<br />

passa pelo stress dos seus cidadãos.<br />

É por ele que o turista procura<br />

lugares relaxantes e cómodos, premiando<br />

aquelas cida<strong>de</strong>s ou lugares<br />

que ofereçam maior índice <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>,<br />

melhor gastronomia e melhor<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

A maturida<strong>de</strong> da oferta e o enfraquecimento<br />

da procura tradicional<br />

aconselham assumir com mais rigor<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adicionar à oferta<br />

tradicional novas realida<strong>de</strong>s que<br />

minimizem a vulnerabilida<strong>de</strong> do<br />

turismo frente às variações dos visitantes<br />

<strong>de</strong> rendas mais baixa. Melhorar<br />

a qualida<strong>de</strong> dos estabelecimentos<br />

hoteleiros e extra-hoteleiros<br />

esten<strong>de</strong>r as tecnologias da informação<br />

e serviços complementares<br />

são exigências básicas, como é o<br />

cuidado com o meio ambiente, para<br />

que este não seja uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurada,<br />

como recentemente se verificou<br />

com as algas em S. Pedro <strong>de</strong><br />

Moel. Mas também é importante a<br />

atenção ao urbanístico. No distrito<br />

é lamentável como boa parte das<br />

cida<strong>de</strong>s vilas e al<strong>de</strong>ias apresentam<br />

Subestima-se por<br />

aqui que o actual<br />

turista é uma pessoa<br />

informada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

e <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser<br />

um simples consumidor<br />

<strong>de</strong> receitas concebidas<br />

em exclusivo<br />

para ela<br />

ANTÓNIO DELGADO<br />

Professor Universitário<br />

a_<strong>de</strong>lgado@netcabo.pt<br />

sários por extorsão tentada, é no mínimo<br />

frustrante para quem tinha a expectativa<br />

<strong>de</strong> ver o primeiro-ministro <strong>de</strong><br />

Portugal sentado no banco dos réus.<br />

Não obstante ser conhecido, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

há muito, que após escrutínio rigoroso<br />

aos factos e às movimentações das<br />

suas contas, nada havia susceptível <strong>de</strong><br />

indiciar Sócrates e nem sequer <strong>de</strong> o<br />

ouvir como arguido, mas tão só como<br />

testemunha, atenta a acusação formulada.<br />

É também por isso que é lamentável<br />

que sectores da oposição, com dirigentes<br />

do PSD na ponta da lança, insistam<br />

em manter quente o que já resfriou<br />

por exaustão <strong>de</strong> argumentos e <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> barganha<br />

judiciária.<br />

Refiro-me às frustres tentativas <strong>de</strong><br />

manter em lume quente o processo<br />

Freeport, agora visando <strong>de</strong>mitir o PGR<br />

ou atingir a honorabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

magistrada respeitada e prestigiada<br />

como Cândida Almeida.<br />

Fingindo ignorar que eventuais<br />

erros procedimentais, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> inquérito,<br />

em nada po<strong>de</strong>m ser assacados ao<br />

primeiro-ministro e que para efeito <strong>de</strong><br />

apuramento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s já<br />

corre um inquérito or<strong>de</strong>nado pelo PGR,<br />

o que necessariamente <strong>de</strong>ve implicar<br />

que se aguar<strong>de</strong>m as respectivas conclusões,<br />

antes <strong>de</strong> se perorar sobre eventuais<br />

ilações, que por apressadas po<strong>de</strong>m<br />

induzir em avaliações precipitadas.<br />

O que vale é que os portugueses já<br />

compreen<strong>de</strong>ram, e a última sondagem<br />

SIC/Expresso é nisso muito clara, que<br />

Sócrates foi alvo <strong>de</strong> incomensuráveis<br />

atoardas e daí que a citada sondagem<br />

o dê como o único lí<strong>de</strong>r partidário a<br />

subir na referida amostra, invertendo<br />

situações anteriores que reflectiam o<br />

clima <strong>de</strong> dúvida sistemática instilada.<br />

É também por tudo isto que se com-<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 21<br />

Contra o <strong>de</strong>spautério eleitoralista, urge ter sentido <strong>de</strong> Estado e respeito institucional<br />

Há muito quem<br />

entenda que as<br />

eleições se po<strong>de</strong>m<br />

ganhar surfando as<br />

ondas do populismo<br />

bacoco<br />

OSVALDO CASTRO<br />

<strong>de</strong>putado<br />

osvaldocastro@ps.parlamento.pt<br />

espaços urbanos <strong>de</strong>gradados e nalguns<br />

casos em processo acelerado<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação. Po<strong>de</strong>-se encontrar<br />

as razões do facto na falta <strong>de</strong> visão<br />

e na insustentabilida<strong>de</strong> das políticas<br />

adoptadas pelos partidos e por<br />

estes gerarem “políticos” insensíveis<br />

e mal preparados, que ainda vão formar<br />

a socieda<strong>de</strong> civil com níveis <strong>de</strong><br />

exigência baixos, amestradas segundo<br />

fórmulas como gerem a coisa<br />

pública.<br />

Apenas com pon<strong>de</strong>ração, i<strong>de</strong>ias<br />

novas e orientações precisas, o mercado<br />

turístico na região po<strong>de</strong>rá ampliar<br />

a sua limitada oferta, assente na praia<br />

e no turismo religioso, preterindo o<br />

valor da história e da cultura como<br />

realida<strong>de</strong>s turísticas mais abrangentes<br />

e efectivas que seduzam clientes<br />

cujas preferências não sejam exclusivamente<br />

as <strong>de</strong> bronzearem-se a<br />

preços baixos em praias <strong>de</strong> águas<br />

geladas, perigosas, nalguns casos<br />

pouco vigiadas senão poluídas.<br />

Como reparo subestima-se por<br />

aqui que o actual turista é uma pessoa<br />

informada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser um simples consumidor<br />

<strong>de</strong> receitas concebidas em exclusivo<br />

para ela. O novo turista <strong>de</strong>seja experimentar<br />

com os próprios do local,<br />

os costumes, as activida<strong>de</strong>s locais,<br />

associar-se aos eventos culturais...<br />

Por isso chega sem a mediação das<br />

agências <strong>de</strong> viagens, mas traz informação<br />

<strong>de</strong>talhada do lugar: compra<br />

bilhetes <strong>de</strong> avião, comboio, camioneta,<br />

reserva dos hotéis, das entradas<br />

<strong>de</strong> espectáculos e dos monumentos<br />

pela internet.<br />

Neste sentido, há um enorme trabalho<br />

a fazer em torno das potencialida<strong>de</strong>s<br />

da Web para a difusão dos<br />

produtos e das peculiarida<strong>de</strong>s da<br />

região. São necessárias estratégicas<br />

mais competitivas, longe das contempladas<br />

nos planos das aferições<br />

compensatórias para os municípios<br />

do oeste pela não construção do aeroporto<br />

da Ota. Sobretudo estratégias<br />

criativas.<br />

Deve-se favorecer uma melhoria na<br />

qualida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong> da oferta, contemplando<br />

as terras mais afastadas do<br />

litoral que atraiam turistas com um<br />

gasto médio mais elevado. Há realida<strong>de</strong>s<br />

que o sector turístico e as autorida<strong>de</strong>s<br />

envolvidas <strong>de</strong>verão equacionar<br />

para tratar <strong>de</strong> elevar os ingressos na<br />

região como uma importante fonte da<br />

sua balança <strong>de</strong> pagamentos, mas também<br />

na necessida<strong>de</strong> selectiva das entradas,<br />

compatíveis com o cuidado do<br />

meio para a própria sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssa galinha que ovos <strong>de</strong> ouro que é<br />

o turismo para um região que se preten<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> excelência. ■<br />

preen<strong>de</strong>, mas lamenta, a insistência <strong>de</strong><br />

Passos Coelho em continuar a anunciar<br />

a entrega <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> revisão<br />

constitucional, logo na abertura<br />

da Sessão Legislativa, em 15 <strong>de</strong> Setembro,<br />

o que sempre implicará, por imperativo<br />

legal, que os <strong>de</strong>mais partidos<br />

disponham <strong>de</strong> um prazo <strong>de</strong> 30 dias<br />

para apresentar o seu próprio projecto<br />

<strong>de</strong> revisão, o que vale por dizer, até<br />

à data <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Outubro, o que coinci<strong>de</strong>,<br />

dia por dia, com a apresentação<br />

na Assembleia, pelo governo, do Orçamento<br />

<strong>de</strong> Estado para 2011.<br />

Ou seja, a confessada intenção <strong>de</strong><br />

querer abrir uma discussão sobre graves<br />

propostas <strong>de</strong> revisão da CRP, em<br />

cima da discussão do Orçamento e<br />

escassos meses antes das eleições presi<strong>de</strong>nciais,<br />

só po<strong>de</strong> significar que o PSD<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dar com “os burrinhos na<br />

água” em matéria <strong>de</strong> Comissão <strong>de</strong><br />

Inquérito e <strong>de</strong> processo Freeport, sente<br />

agora que tem <strong>de</strong> virar o jogo para<br />

questões com impacto <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

contra os direitos fundamentais e <strong>de</strong><br />

indiscutível relevo, como é exemplo a<br />

matéria dos po<strong>de</strong>res presi<strong>de</strong>nciais, sempre<br />

visando disfarçar a chusma <strong>de</strong> erros<br />

em que Passos Coelho caiu quando se<br />

<strong>de</strong>slumbrou com os primeiros indicadores<br />

favoráveis.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um clamoroso erro que<br />

vai onerar politicamente o novel lí<strong>de</strong>r<br />

do PSD, a não ser que, num momento<br />

<strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z, entenda que a revisão<br />

constitucional <strong>de</strong>ve aguardar o seu<br />

tempo próprio, o mesmo é dizer, nunca<br />

antes das eleições presi<strong>de</strong>nciais. ■


DR<br />

22 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

Em Fátima um<br />

túnel (passagem<br />

<strong>de</strong>snivelada)<br />

que po<strong>de</strong>ria ser<br />

evitado<br />

Teimosamente, o túnel projectado<br />

na retaguarda da Igreja da<br />

Santíssima Trinda<strong>de</strong>, irá ser construído.<br />

Infelizmente, porque existem<br />

alternativas para que isso não<br />

aconteça. A alternativa que é apresentada<br />

num artigo <strong>de</strong> opinião,<br />

publicado no jornal Notícias <strong>de</strong><br />

Fátima (edição nº 498, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong><br />

Junho <strong>de</strong> 2010) era, sem dúvida, a<br />

solução mais ajustada. Não faz sentido<br />

que se <strong>de</strong>svie <strong>de</strong>ssa forma drástica<br />

o trânsito do espaço livre à<br />

visão das pessoas que, assim, acabam<br />

remetidas para uma solução<br />

<strong>de</strong>sfavorável, para baixo do solo,<br />

quando tal podia ser evitado. Transitar-se<br />

ao nível do solo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

se possa fazer, é <strong>de</strong> facto uma solução<br />

airosa e vital para que as coisas<br />

fiquem melhor. Bem basta quando<br />

não existem alternativas que<br />

| SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

possam evitar tal solução... não é<br />

o caso.<br />

Breve virá o dia em que as pessoas<br />

se aperceberão que a execução<br />

<strong>de</strong> tal obra foi <strong>de</strong> facto uma<br />

solução errada. Se ainda for a tempo,<br />

e estou certo que as verbas disponibilizadas<br />

não se per<strong>de</strong>riam, se<br />

outra solução, aquela que foi preconizada,<br />

fosse pon<strong>de</strong>rada e executada,<br />

seria o mais ajustado. Basta<br />

para tal pressão e vonta<strong>de</strong> política,<br />

porque competências existem.<br />

Sem dúvida: As viaturas vindas<br />

do norte ou do sul passarão <strong>de</strong>ntro<br />

do túnel e nem sequer os condutores<br />

se aperceberão que passaram<br />

em frente do Santuário, porque<br />

vão, em quaisquer das situações,<br />

sair bem longe do recinto.<br />

Aqui, para além <strong>de</strong> outros inconvenientes,<br />

até o próprio Santuário<br />

será prejudicado, porque o barulho<br />

dos motores será prejudicial ao silêncio<br />

interior, que <strong>de</strong>ve ser preservado<br />

à igreja da Santíssima Trinda<strong>de</strong>.<br />

Para mais, é prestar um mau<br />

serviço às pessoas.<br />

Por muito que se diga, não existem<br />

impossíveis. Alterar um pro-<br />

| D o s l e i t o r e s |<br />

jecto, é hoje quase um procedimento<br />

normal. Veja-se, para exemplo,<br />

o que aconteceu ainda num<br />

passado recente, com o traçado da<br />

auto-estrada, tendo-se conseguido<br />

algum afastamento das portagens.<br />

Mesmo assim, alguém alertou que<br />

ficariam <strong>de</strong>masiadamente aproximadas<br />

da população. Não se aten<strong>de</strong>u<br />

suficientemente a este alerta e<br />

é bem notório o inconveniente <strong>de</strong><br />

terem ficado tão próximas. Os engarrafamentos,<br />

as filas e horas <strong>de</strong> espera<br />

para que o trânsito <strong>de</strong>ntro da terra<br />

se esvazie, etc.<br />

Com a passagem <strong>de</strong>snivelada<br />

que será projectada e que, pelos vistos,<br />

vai mesmo ser executada, irse-á<br />

verificar coisa semelhante. Apele-se<br />

a todo o bom senso para que<br />

se evite fazer o que se verifica ser<br />

errado e havendo – como há – outras<br />

soluções bem mais apropriadas.<br />

Convém lembrar o que foi sugerido<br />

no artigo <strong>de</strong> opinião, publicado<br />

no Notícias <strong>de</strong> Fátima. Dizia-se:<br />

Respeitando-se a indispensável<br />

construção das rotundas, ao fundo<br />

das ruas Cónego Formigão e<br />

Papa João Paulo II, prolongar com<br />

Ainda o Festival <strong>de</strong> Colmeias (resposta ao Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Colmeias)<br />

Li com muita atenção os comentários<br />

que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />

<strong>de</strong> Colmeias (JFC) fez ao meu artigo <strong>de</strong> opinião,<br />

publicado neste jornal, com o título<br />

<strong>de</strong> Festival do <strong>de</strong>sperdício e esbanjamento<br />

<strong>de</strong> Colmeias.<br />

Pois bem, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, por mais leituras<br />

que fizesse àquele texto não consegui<br />

encontrar nas suas palavras, a roçar por<br />

vezes a in<strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, uma resposta objectiva<br />

aos comentários que fiz à sua inusitada<br />

festa e à forma como utilizou recursos<br />

da freguesia em seu benefício.<br />

Aquele texto revela um Presi<strong>de</strong>nte que<br />

ainda não percebeu que vive num País em<br />

dificulda<strong>de</strong>s financeiras, com notícias diárias<br />

<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> impostos e cortes nos<br />

apoios sociais.<br />

Deixe-me informá-lo, a título <strong>de</strong> exemplo,<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sses cortes <strong>de</strong> âmbito social.<br />

Enquanto a sua Junta gasta dinheiro em<br />

festas a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> prepara<br />

para retirar o apoio financeiro ao transporte<br />

escolar dos alunos da Escola EB <strong>de</strong><br />

Colmeias que residam a menos <strong>de</strong> 3 km do<br />

centro da freguesia – dá que pensar?<br />

É verda<strong>de</strong> que não lhe expus pessoalmente<br />

o meu ponto <strong>de</strong> vista sobre a forma<br />

como o senhor gastou mais <strong>de</strong> 50.000<br />

euros em “foguetes” sem qualquer retorno<br />

para a freguesia. Mas também não<br />

tinha que o fazer porque vivemos, felizmente<br />

numa <strong>de</strong>mocracia on<strong>de</strong> somos livres<br />

<strong>de</strong> publicamente expressar as nossas opiniões.<br />

Os tempos em que as pessoas iam ao beija-mão<br />

ao Senhor Regedor ou ao Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Junta há muito que fazem parte da<br />

nossa história.<br />

É certo que podia ter utilizado a reunião<br />

a mesma largura da Avenida D.<br />

José Alves Correia da Silva, as referidas<br />

ruas até entroncar na Avenida<br />

Papa João XXIII e ainda construindo-se<br />

duas rotundas, uma a<br />

norte e outra a sul, o problema ficava<br />

sobejamente resolvido. O investimento<br />

seria mais barato do que<br />

fazer o túnel, a que chamam passagem<br />

<strong>de</strong>snivelada. As verbas atribuídas<br />

para expropriações, logicamente,<br />

seriam aplicadas em convenientes<br />

passeios na Avenida D.<br />

José Alves Correia da Silva, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a rotunda norte à rotunda sul. Tudo<br />

muito mais simples e apelativo.<br />

Vasco Perfeito, Fátima<br />

Se a Respol<br />

cumprisse<br />

não havia<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazermos um<br />

abaixo-assinado!<br />

No uso <strong>de</strong> um direito que lhe é<br />

conferido pela lei (a mesma lei que<br />

a Respol <strong>de</strong>srespeita diariamente,<br />

assim alimentando processos atrás<br />

<strong>de</strong> processos no Tribunal Judicial<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>), um gestor da empresa<br />

enten<strong>de</strong>u vir a público contestar o<br />

incontestável.<br />

Duas notas sobre as “informações”<br />

prestadas ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

por um administrador da Respol:<br />

a) - Que sentido atribuir às afirmações<br />

do administrador da Respol,<br />

quando este diz que trava uma<br />

luta titânica com a Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para fazer o licenciamento?<br />

Apenas um: que pelos<br />

vistos a Respol não tem mesmo<br />

licenciamento! Logo, a Respol não<br />

cumpre. Haverá conclusão mais<br />

clara???; b) - Quem promoveu a<br />

alteração <strong>de</strong> produção que ultrapassou<br />

a capacida<strong>de</strong> da ETAR existente?<br />

On<strong>de</strong> foram parar, e com que<br />

consequências, as águas extrava-<br />

da última Assembleia <strong>de</strong> Freguesia para<br />

expressar a minha opinião. Porém, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />

queira pedir ao seu homólogo da<br />

Assembleia <strong>de</strong> Freguesia para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />

as reuniões na freguesia da Memória e po<strong>de</strong><br />

ser que me veja a mim e a outros fregueses<br />

em futuras Assembleias.<br />

Queixa-se o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> trabalhar muitas horas diárias para<br />

a Junta <strong>de</strong> Freguesia a troco <strong>de</strong> um “vencimento”<br />

mensal <strong>de</strong> 274,77 euros.<br />

Tanto quanto sei o acto da sua candidatura<br />

à Junta <strong>de</strong> Freguesia foi voluntário<br />

e consciente do muito trabalho que<br />

havia para fazer em prol dos fregueses<br />

<strong>de</strong> Colmeias. Por isso fica-lhe mal queixar-se<br />

que trabalha muito para a Freguesia<br />

e assumir-se como assalariado da<br />

mesma.<br />

Saiba Sr. Presi<strong>de</strong>nte que a quantia que<br />

A Direcção do JORNAL DE LEIRIA recebe com agrado para publicação a correspondência dos leitores que tratem questões <strong>de</strong> interesse público<br />

(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes das Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção<br />

santes, contaminadas durante o<br />

processo <strong>de</strong> produção? Que consciência<br />

têm, proprietário e administrador?<br />

E o que disse agora o gestor?<br />

Que sabe quem foram os promotores<br />

do abaixo-assinado. É natural,<br />

é público e notório. Eles assinaram<br />

e <strong>de</strong>ram a cara por uma luta<br />

que nem tão pouco <strong>de</strong>via estar a<br />

ser travada, fosse o País mais lesto<br />

e mais eficaz a punir os prevaricadores<br />

e criminosos. Penso que<br />

não existirá uma ameaça velada...;<br />

Que “actualmente” a Respol cumpre<br />

todas as exigências que são<br />

impostas pela lei.” Para bom enten<strong>de</strong>dor...<br />

Fica, ainda assim, uma enorme<br />

dúvida: está a Respol integralmente<br />

habilitada a exercer a sua<br />

activida<strong>de</strong>? Dispõe <strong>de</strong> todas as autorizações<br />

e licenciamentos atinentes<br />

à sua activida<strong>de</strong>?; “Enquanto a<br />

Respol não pu<strong>de</strong>r promover o dia<br />

aberto”, a empresa está totalmente<br />

aberta a prestar todos os esclarecimentos<br />

através <strong>de</strong> diversos meios.<br />

O problema é que os efeitos mais<br />

nefastos da activida<strong>de</strong> da Respol e<br />

da actuação do seu proprietário não<br />

estão à vista! E no entanto... eles<br />

estão lá e estão para ficar, infelizmente<br />

por muitos e bons anos. Porque<br />

é ao nível da contaminação<br />

dos solos e dos lençóis freáticos que<br />

eles estão. Escondidos dos olhos,<br />

mas ameaçadoramente presentes.<br />

A terminar, vale a pena salientar o<br />

facto do referido gestor vir <strong>de</strong>negrir,<br />

diminuir e minimizar os promotores<br />

do abaixo-assinado. É táctica<br />

que é sobejamente conhecida<br />

e que qualifica quem a usa.<br />

Ao soturno proprietário e ao diligente<br />

gestor caiem mal as vestes<br />

<strong>de</strong> falsas virgens. Os subscritores<br />

do abaixo-assinado e petição acreditam<br />

que o crime não compensa,<br />

por isso o assinaram. Por isso eu o<br />

assinei.<br />

Maria Fernanda Violante<br />

recebe é a título <strong>de</strong> compensação e há muitos<br />

cidadãos na nossa freguesia que têm<br />

que viver todos meses com um rendimento<br />

abaixo daquele valor. É em nome <strong>de</strong>ssas<br />

pessoas que o senhor tem <strong>de</strong> salvaguardar<br />

e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o interesse público da autarquia<br />

mediante boas e rigorosas práticas <strong>de</strong> gestão.<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da JFC não po<strong>de</strong> ser a cigarra<br />

canta<strong>de</strong>ira da fábula <strong>de</strong> La Fontaine mas<br />

antes a formiga diligente e empreen<strong>de</strong>dora,<br />

porque nem todos os cidadãos da Freguesia<br />

<strong>de</strong> Colmeias po<strong>de</strong>m comprar um jipe,<br />

tal como o senhor o fez, para andarem pelas<br />

estradas e caminhos da nossa freguesia tão<br />

necessitados <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> construção e<br />

reparação. ■<br />

M. Carlos Sousa<br />

Agodim - Colmeias


O sector da construção e obras<br />

públicas vive dias difíceis, <strong>de</strong>vido<br />

à falta <strong>de</strong> trabalho, às restrições no<br />

crédito e aos atrasos nos pagamentos<br />

por parte das câmaras. A<br />

situação tem impactos negativos<br />

noutras activida<strong>de</strong>s, como a venda<br />

<strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong> máquinas e<br />

equipamentos. Empresários e dirigentes<br />

não esperam melhorias a<br />

curto prazo e antevêem o encerramento<br />

<strong>de</strong> empresas e o <strong>de</strong>spedimento<br />

<strong>de</strong> pessoal.<br />

João Batista dos Santos garante<br />

que o cenário é <strong>de</strong> “dificulda<strong>de</strong>s”.<br />

No segmento das obras particulares<br />

“não se ven<strong>de</strong>”, porque os<br />

bancos não só “não emprestam<br />

dinheiro” como ainda fazem “avaliações<br />

péssimas”, o que significa<br />

que o potencial comprador precisa<br />

<strong>de</strong> ter algum capital próprio se<br />

quiser comprar.<br />

Nas obras públicas a situação<br />

está “uma <strong>de</strong>sgraça”, garante o<br />

empresário da Batalha. Por um lado,<br />

as empresas concorrem por preços<br />

que não são sustentáveis, o que significa<br />

que “as que não caem agora<br />

cairão mais à frente”. Por outro,<br />

“as câmaras não têm dinheiro para<br />

pagar”. Entre as poucas excepções<br />

a esta regra estão as autarquias da<br />

Batalha e <strong>de</strong> Pombal, aponta. O<br />

empresário diz não ter dúvidas que<br />

“mais empresas vão ficar pelo caminho”.<br />

Segundo a última análise <strong>de</strong> conjuntura<br />

feita pela Associação <strong>de</strong><br />

Empresas <strong>de</strong> Construção e Obras<br />

Públicas e Serviços (AECOPS), o<br />

número <strong>de</strong> obras públicas adjudicadas<br />

sofreu uma quebra <strong>de</strong> 46%<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano,<br />

face a igual período <strong>de</strong> 2009. E o<br />

valor das mesmas <strong>de</strong>sceu 60%.<br />

Foram adjudicados 665 projectos<br />

e o respectivo valor foi <strong>de</strong> 805,8<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

A análise semestral dá ainda<br />

conta que “só a abertura <strong>de</strong> novos<br />

concursos revela uma evolução<br />

favorável, o que, a médio prazo, se<br />

espera venha a impulsionar a produção<br />

do sector”. É que o lança-<br />

■Economia■<br />

Escassez <strong>de</strong> trabalho e restrições no crédito dificultam activida<strong>de</strong><br />

Empresas <strong>de</strong> construção e obras<br />

públicas com a corda na garganta<br />

“Há uma redução significativa da<br />

activida<strong>de</strong>, nomeadamente no segmento<br />

resi<strong>de</strong>ncial. Quanto às obras<br />

públicas, existem algumas, mas<br />

também há mais empresas disponíveis<br />

para as fazer, pelo que baixam<br />

os preços com que vão a concurso. Andamos a trabalhar<br />

com preços insustentáveis a médio prazo. Tem<br />

havido encerramentos <strong>de</strong> empresas e redução <strong>de</strong><br />

efectivos. As dificulda<strong>de</strong>s vão continuar, apesar <strong>de</strong><br />

haver algumas obras a concurso, porque a concorrência<br />

é gran<strong>de</strong>.”<br />

RICARDO GRAÇA<br />

mento <strong>de</strong> novas obras registou um<br />

acréscimo <strong>de</strong> 29,2% em número e<br />

<strong>de</strong> 64,2% em valor no primeiro<br />

semestre, representando um investimento<br />

superior a 2,3 mil milhões<br />

<strong>de</strong> euros.<br />

Mesmo assim, “os empresários<br />

do sector continuam a manifestar<br />

fortes preocupações quanto à evolução<br />

da activida<strong>de</strong> das suas empresas,<br />

a par <strong>de</strong> um acentuado pessimismo<br />

sobre a sua evolução futura”,<br />

garante a AECOPS. A avaliação<br />

“mais <strong>de</strong>sfavorável continua a ser<br />

dos empresários da região Centro,<br />

<strong>de</strong>vido, essencialmente, à forte quebra<br />

verificada na construção <strong>de</strong> edifícios<br />

resi<strong>de</strong>nciais”.<br />

SETE MESES<br />

PARA RECEBER<br />

A agravar “a redução muito forte<br />

da procura”, as empresas <strong>de</strong>frontam-se<br />

com “crescentes atrasos nos<br />

pagamentos que lhe são <strong>de</strong>vidos,<br />

o que torna a sua situação financeira<br />

cada vez mais difícil”, alerta<br />

a AECOPS, realçando que “os atrasos<br />

nos pagamentos continuam a<br />

ser um dos condicionantes à acti-<br />

| Discurso Directo|<br />

Paulo Gonçalves,<br />

presi<strong>de</strong>nte da ARICOP<br />

vida<strong>de</strong> mais assinalados pelos empresários”.<br />

O último inquérito da Fe<strong>de</strong>ração<br />

da Construção e Obras Públicas<br />

(Fepicop) confirma esta realida<strong>de</strong>.<br />

Em média, as câmaras estão<br />

a levar 208 dias (sete meses) para<br />

pagar, mais 14 dias do que há seis<br />

meses. “O agravamento <strong>de</strong> 14 dias<br />

po<strong>de</strong> parecer pouco. O problema é<br />

que são 14 dias que se somam a<br />

sete meses. O pior mesmo é que os<br />

prazos voltaram a alargar-se e,<br />

numa fase como esta, não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar preocupados”,<br />

afirma Reis Campos. O montante<br />

total das dívidas das autarquias às<br />

empresas soma cerca <strong>de</strong> 830 milhões<br />

<strong>de</strong> euros, segundo aquela fe<strong>de</strong>ração.<br />

Reis Campos aponta perdas acumuladas<br />

no sector na or<strong>de</strong>m dos<br />

31% e 140 mil postos <strong>de</strong> trabalho<br />

sacrificados a nível nacional, <strong>de</strong> há<br />

oito anos para cá. O dirigente também<br />

fala nos impactos prejudiciais<br />

das restrições ao crédito bancário<br />

sobre as empresas do sector. Nos<br />

primeiros seis meses do ano os<br />

empréstimos concedidos caíram<br />

“A crise é gran<strong>de</strong>. Há poucas<br />

obras e muita concorrência. Todos<br />

os dias as empresas querem<br />

ganhar obras, para se aguentarem<br />

até haver melhorias. Por isso, os<br />

preços estão muito maus. Se continuar<br />

a não haver obras públicas terá <strong>de</strong> haver <strong>de</strong>spedimentos.<br />

Seria bom que o aeroporto e as outras<br />

gran<strong>de</strong>s obras avançassem. Na construção para venda,<br />

a insegurança e o medo levam as pessoas a não<br />

comprar e os construtores a não construir. Os bancos<br />

não conce<strong>de</strong>m crédito e fazem as avaliações das<br />

casas por valores muito abaixo dos reais.”<br />

Álvaro Jacinto, presi<strong>de</strong>nte da <strong>de</strong>legação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da AECOPS<br />

28%. “Foram menos 980 milhões<br />

<strong>de</strong> euros”, afirma.<br />

A operar no segmento das obras<br />

públicas rodoviárias, a JJR também<br />

sente os impactos da “dilatação<br />

dos prazos <strong>de</strong> pagamento por<br />

parte <strong>de</strong> algumas câmaras”, aponta<br />

Maria da Luz Rodrigues. A responsável<br />

frisa que isto obriga as<br />

empresas a recorrer ao crédito e<br />

aumenta alguns dos seus custos.<br />

Outro dos constrangimentos que<br />

refere é a concorrência acrescida,<br />

até por parte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas<br />

que antes não operavam no mesmo<br />

segmento. Além disso, as empresas<br />

com estruturas mais pequenas<br />

concorrem “a preços mais baixos”,<br />

com os quais nem sempre é possível<br />

competir. “Neste momento, o<br />

cliente importa-se muito com o factor<br />

preço”, diz.<br />

A redução das obras e a dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> planear a activida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>corrente da falta <strong>de</strong> planeamento<br />

do próprio Governo no que se<br />

refere a obras <strong>de</strong> menores dimensões,<br />

são outros dos constrangimentos<br />

que refere. ■<br />

Licenciamentos<br />

em queda<br />

Des<strong>de</strong> o ano passado que o<br />

licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />

está em queda, traduzindo-<br />

-se na existência <strong>de</strong> menos<br />

construção. Segundo os<br />

últimos dados do Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Estatística, o<br />

licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />

caiu 21,5%. Se analisarmos<br />

apenas o número <strong>de</strong><br />

fogos licenciados, a queda é<br />

<strong>de</strong> 40,9%, “a maior registada<br />

em toda a década<br />

2000-2009”, aponta o<br />

INE. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 23<br />

PUB<br />

MARQUE A<br />

DIFERENÇA<br />

Reduza a sua Factura Energética<br />

10VANTAGENS SISTEMA SOLAR TÉRMICO<br />

● Uso<br />

● Redução<br />

● Retorno<br />

● Aumento<br />

● Tempo<br />

● Obtenção<br />

● Produção<br />

● In<strong>de</strong>pendência<br />

● Custos<br />

● Possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> energia gratuita;<br />

superior a 60% nos<br />

seus custos energéticos;<br />

do investimento, num<br />

curto prazo <strong>de</strong> tempo;<br />

do valor da sua<br />

habitação;<br />

<strong>de</strong> vida útil do<br />

equipamento superior a 20<br />

anos;<br />

<strong>de</strong> benefícios fiscais<br />

<strong>de</strong> 30%;<br />

<strong>de</strong> energia limpa e<br />

inesgotável e protecção activa<br />

do Meio Ambiente;<br />

dos<br />

combustíveis fósseis (petróleo,<br />

gás, etc);<br />

<strong>de</strong> Manutenção<br />

reduzidos com máxima<br />

eficiência;<br />

<strong>de</strong> integração<br />

com sistema tradicional já<br />

existente ou novo.<br />

ELABORAMOS A SOLUÇÃO<br />

TÉCNICA MAIS ADEQUADA<br />

ÀS SUAS NECESSIDADES<br />

LINHA DE APOIO ABW<br />

244 542 403<br />

tecnico@abw.pt<br />

www.abw.pt<br />

Rua <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, nº 42, Fracção C .<br />

Embra . Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Tel.: 244 542 401<br />

Fax: 244 542 402


24 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Mol<strong>de</strong>s<br />

em <strong>de</strong>staque<br />

Numa organização conjunta<br />

da Cefamol e do Centimfe, a<br />

Semana <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s 2010 vai<br />

realizar-se entre 20 e 24 <strong>de</strong><br />

Setembro, na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

e em Oliveira <strong>de</strong> Azeméis.<br />

“Em resposta ao <strong>de</strong>safio da<br />

competitivida<strong>de</strong> imposto pelo<br />

contexto actual da economia<br />

global”, a iniciativa prevê a<br />

integração <strong>de</strong> seminários, conferências<br />

e workshops, “para<br />

a construção <strong>de</strong> um ambiente<br />

propício à inovação, à avaliação<br />

<strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> mercados<br />

e tecnologias, estabelecimento<br />

<strong>de</strong> contactos, lançamento<br />

<strong>de</strong> novos projectos e<br />

negócios e trabalho em re<strong>de</strong>”,<br />

informa a associação. No contexto<br />

<strong>de</strong>sta iniciativa, realizase<br />

no dia 24 a conferência Mol<strong>de</strong>s<br />

Portugal 2010; e nos dias<br />

20 e 21 <strong>de</strong>corre no Centimfe<br />

mais uma edição do RPD-Rapid<br />

Product Develpment, que será<br />

focada na apresentação e<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados<br />

da investigação, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e aplicação industrial<br />

<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

rápido <strong>de</strong> produto, <strong>de</strong><br />

novas metodologias e <strong>de</strong> casos<br />

<strong>de</strong> estudo referentes a inovações<br />

nestes domínios, introduzidas<br />

recentemente no mercado.<br />

Também no dia 21, terá<br />

lugar o Brokerage Event, <strong>de</strong>dicado<br />

à apresentação <strong>de</strong> propostas<br />

e lançamento <strong>de</strong> novos<br />

projectos europeus orientados<br />

para a indústria.<br />

Pombal<br />

Semana<br />

gastronómica<br />

Começa amanhã e prolongase<br />

até dia 22 a Semana Gastronómica<br />

<strong>de</strong> Pombal, que propõe<br />

“uma viagem pelos sabores<br />

do concelho, que se esten<strong>de</strong> do<br />

mar à serra”. A iniciativa insere-se<br />

noutra mais ampla, <strong>de</strong>nominada<br />

Gastronomia em <strong>Leiria</strong>-Fátima,<br />

promovida pela ERT<br />

Turismo <strong>Leiria</strong>-Fátima, que já<br />

percorreu outros concelhos<br />

abrangidos por esta estrutura.<br />

Em Pombal são 11 os restaurantes<br />

a<strong>de</strong>rentes à iniciativa,<br />

que preten<strong>de</strong> divulgar e valorizar<br />

este sector <strong>de</strong> negócios e<br />

a riqueza gastronómica do concelho,<br />

bem como promover o<br />

seus “mais nobres produtos<br />

regionais”, entre os quais o queijo,<br />

o mel, o azeite e o cabrito,<br />

entre outros. ■<br />

DR<br />

El Mundo distingue Renova<br />

Há muito que o papel higiénico Renova ultrapassou as fronteiras portuguesas. Recentemente, acabou<br />

mesmo por chegar à revista do diário espanhol El Mundo, num artigo intitulado O melhor papel<br />

higiénico do mundo é português. Segundo a Briefing, o artigo salientou a capacida<strong>de</strong> da Renova em<br />

introduzir <strong>de</strong>sign num produto indiferenciado. O presi<strong>de</strong>nte da marca, Paulo Pereira da Silva (na foto),<br />

revelou on<strong>de</strong> se inspirou para lançar o papel higiénico preto (foi num espectáculo do Cirque du Soleil)<br />

e explicou a estratégia que permitiu fazer pagar 7,51 euros por três rolos vendidos numa caixa cilíndrica<br />

metálica. Se<strong>de</strong>ada em Torres Novas, a Renova tem 650 trabalhadores, ven<strong>de</strong> em 57 países e factura<br />

mais <strong>de</strong> 130 milhões <strong>de</strong> euros por ano. ■<br />

Azzaro na<br />

La Redoute<br />

A oferta da La Redoute para a estação Outono/Inverno<br />

(o catálogo acaba <strong>de</strong> ser lançado) conta<br />

com criações da marca Azzaro. A colecção <strong>de</strong><br />

pronto-a-vestir inclui vestidos, um fato <strong>de</strong> três<br />

peças, camisolas com renda e ainda um vestido<br />

para menina, entre outras peças. Foi <strong>de</strong>senhada<br />

por Vanessa Seward, directora artística da marca<br />

francesa. Há décadas que os catálogo da La Redoute<br />

contam com um convidado da estação (Jean-<br />

Paul Gaultier, Yves Saint-Laurent e Paco Rabanne<br />

foram alguns <strong>de</strong>les), cujo objectivo é apresentar<br />

uma linha que se inscreva na filosofia da marca:<br />

“selectiva mas não elitista, e diferenciadora em termos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, estilo e matérias”. A La Redoute<br />

está presente em Portugal há 20 anos (a se<strong>de</strong> é<br />

<strong>Leiria</strong>), ocupando uma “sólida posição <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

mercado na venda à distância”, informa a empresa<br />

em nota à imprensa. ■<br />

Coca-Cola com<br />

garrafas exclusivas<br />

O estilista Karl Lagerfeld foi o último convidado<br />

da Coca-Cola para a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar garrafas<br />

exclusivas para a versão light da bebida. Lagerfeld<br />

concebeu uma garrafa <strong>de</strong> alumínio branca, com a sua silhueta a preto e a<br />

sua assinatura (na foto), revela a revista Sábado. A sua obra junta-se às garrafas<br />

já antes <strong>de</strong>senhadas por outros estilistas <strong>de</strong> sucesso: Patricia Field criou uma<br />

garrafa Betty Feia e outra alusiva ao Sexo e a Cida<strong>de</strong>, séries das quais é responsável<br />

<strong>de</strong> guarda-roupa. Também Roberto Cavalli e Manolo Blahnik já conceberam<br />

garrafas para a Coca-Cola. ■<br />

DR<br />

DR<br />

MoMA<br />

ven<strong>de</strong><br />

produtos<br />

portugueses<br />

As lojas do Museu <strong>de</strong> Arte<br />

Mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> Nova Iorque (MoMA)<br />

vão passar a ven<strong>de</strong>r produtos<br />

portugueses. A iniciativa surge<br />

na sequência do sucesso da mostra<br />

Destination: Portugal, patente<br />

naquele espaço durante mais<br />

<strong>de</strong> dois meses e que expôs cerca<br />

<strong>de</strong> 100 peças <strong>de</strong> <strong>de</strong>signers<br />

portugueses, que <strong>de</strong>ram nova<br />

vida a materiais tradicionais ou<br />

revisitaram as artes e ofícios <strong>de</strong><br />

gerações passadas. Os produtos<br />

que integraram a mostra surpreen<strong>de</strong>ram<br />

os visitantes, como<br />

foi o caso da cortiça usada no<br />

fabrico <strong>de</strong> malas ou guardachuvas.<br />

“A colecção tinha gran<strong>de</strong><br />

impacto visual, incluindo<br />

materiais e métodos <strong>de</strong> produção<br />

interessantes, estava a bom<br />

preço e mostrou-se popular entre<br />

todo o nosso público, incluindo<br />

clientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, visitantes<br />

do MoMA e comunicação social”,<br />

explicou à Lusa a responsável<br />

<strong>de</strong> merchandising da MoMA<br />

Design Store, Lauren Solotoff.<br />

Por isso, no catálogo <strong>de</strong> Outono<br />

do MoMA serão incluídos<br />

nove produtos portugueses, como<br />

o banco Handle Stool, do <strong>de</strong>signer<br />

Fernando Brizio para a Tema-<br />

Home, um pilão <strong>de</strong> barro para<br />

ervas, além do Whistler, talheres<br />

Goa e peças Bordalo Pinheiro.<br />

“Nunca num evento <strong>de</strong>ste<br />

tipo – já foram realizados sete<br />

- aconteceu o sucesso <strong>de</strong> Portugal.<br />

Antes da acção <strong>de</strong> promoção<br />

não havia nenhum produto<br />

português. Agora vão ficar<br />

mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z produtos no portfolio<br />

permanente e cinco terão<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na revista da<br />

rentrée, que chegará a 2.500<br />

milhões <strong>de</strong> assinantes das activida<strong>de</strong>s<br />

do MoMA”, revelou o<br />

<strong>de</strong>legado do AICEP na América<br />

do Norte, Rui Boavista Marques.■<br />

Apple é a marca<br />

mais valiosa<br />

Segundo a Forbes, a Apple tem a marca mais<br />

valiosa do mundo. A lista, feita pela revista, tem a<br />

empresa <strong>de</strong> tecnologia no top das marcas <strong>de</strong>vido<br />

ao seu valor <strong>de</strong> mercado, avaliado em cerca <strong>de</strong> 43,93<br />

mil milhões <strong>de</strong> euros, revela a Briefing. A Microsoft<br />

está na segunda posição, com sua marca avaliada<br />

em 43,30 mil milhões <strong>de</strong> euros. Em terceiro<br />

lugar surge a Coca-Cola, com o valor <strong>de</strong> marca em<br />

42,4 mil milhões <strong>de</strong> euros. Ao todo foram listadas<br />

50 empresas no ranking, que teve 30% <strong>de</strong> participação<br />

das empresas <strong>de</strong> tecnologia. Das cinco marcas<br />

mais valiosas, apenas a Coca-Cola não é <strong>de</strong>sse<br />

sector. A IBM, cuja marca vale 32,9 mil milhões, e<br />

a Google (30,3 mil milhões) completam a quarta e<br />

a quinta colocação, respectivamente. As outras posições<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque ficaram com a McDonald´s (27,4<br />

mil milhões <strong>de</strong> euros), a General Electric (25,7 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros), a Marlboro (22,2 mil milhões <strong>de</strong><br />

euros), a Intel (21,8 milhões <strong>de</strong> euros) e a Nokia<br />

(20,9 milhões <strong>de</strong> euros). ■


Estratégia visa resolver passivo <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> euros<br />

A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal<br />

faz parceria com Vidigal Wines<br />

Para vencer as dificulda<strong>de</strong>s<br />

financeiras em que se encontra,<br />

a A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal<br />

(ACP) está a ultimar uma parceria<br />

com a Vidigal Wines, caves<br />

<strong>de</strong> Cortes, em <strong>Leiria</strong>.<br />

De acordo com o presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> direcção da ACP, Rui Benzinho<br />

Santos, a instituição tem<br />

vindo a <strong>de</strong>parar-se com dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> vendas e <strong>de</strong> tesouraria,<br />

que se traduzem actualmente<br />

num passivo <strong>de</strong> um milhão e 100<br />

mil euros.<br />

Estes problemas, explica,<br />

<strong>de</strong>vem-se ao facto <strong>de</strong>sta a<strong>de</strong>ga<br />

ter sido um projecto “sobredimensionado”,<br />

um investimento<br />

“exagerado”, on<strong>de</strong> foram assumidas<br />

“responsabilida<strong>de</strong>s muito<br />

acima das possibilida<strong>de</strong>s”. A<br />

A Associação Empresarial da<br />

Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> promove no dia<br />

3 <strong>de</strong> Setembro, pelas 17:30 horas,<br />

uma sessão <strong>de</strong> divulgação sobre<br />

o Sistema <strong>de</strong> Incentivos à Qualificação<br />

e Internacionalização<br />

<strong>de</strong> PME-Diversificação e Eficiência<br />

Energética, do Quadro <strong>de</strong><br />

Referência Estratégico Nacional,<br />

cujo prazo <strong>de</strong> candidatura <strong>de</strong>corre<br />

até 15 <strong>de</strong> Outubro.<br />

O objectivo é esclarecer os<br />

empresários sobre este incentivo<br />

e apoiá-los em eventuais candidaturas.<br />

Para tal, a Nerlei conta<br />

com o apoio <strong>de</strong> várias empresas<br />

e entida<strong>de</strong>s especializadas, como<br />

a Agência para a Energia, a Agência<br />

Regional <strong>de</strong> Energia da Alta<br />

Estremadura, a Ecochoice (que<br />

faz as auditorias energéticas exigidas<br />

em candidatura) e a Macolis,<br />

empresa “com vasta experiência<br />

na comercialização e<br />

instalação dos equipamentos elegíveis”.<br />

este facto somou-se “a crise que<br />

o País e o sector atravessam”.<br />

Para solucionar o problema,<br />

a ACP e a Vidigal Wines teceram<br />

uma parceria, que está “praticamente<br />

concluída”. A Vidigal<br />

Wines vai explorar cinco vindimas<br />

e a a<strong>de</strong>ga ce<strong>de</strong> instalações<br />

para vinificação e engarrafamento,<br />

mantendo marcas e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

Desta forma, esclarece<br />

Rui Benzinho Santos, “a a<strong>de</strong>ga<br />

garante o know-how, a exigência<br />

e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma empresa<br />

<strong>de</strong> referência no mundo dos<br />

vinhos”. Garante ainda “a continuida<strong>de</strong><br />

da vitivinicultura na<br />

região” e, “pela primeira vez, os<br />

sócios receberão o pagamento<br />

das suas uvas no dia da entrega”.<br />

Por outro lado, nota, “a Vidi-<br />

Sessão <strong>de</strong> esclarecimento em <strong>Leiria</strong><br />

Segundo explica a associação<br />

no seu site, este aviso <strong>de</strong> candidatura<br />

enquadra-se na Estratégia<br />

Nacional para a Energia<br />

2020 que, sob a <strong>de</strong>nominação<br />

Novas Energias e a marca<br />

Re.New.Able, prevê um conjunto<br />

<strong>de</strong> eixos estratégicos nos quais<br />

se inclui a eficiência energética.<br />

gal Wines ganha a produção <strong>de</strong><br />

excelentes vinhos brancos e rosés,<br />

que juntará aos seus outros vinhos<br />

<strong>de</strong> muita qualida<strong>de</strong>”, assim como<br />

a “canais <strong>de</strong> escoamento fantásticos<br />

construídos ao longo<br />

dos anos”.<br />

Para o director da Vidigal<br />

Wines, António Lopes, trata-se<br />

<strong>de</strong> alargar a estratégia <strong>de</strong> parcerias<br />

que a instituição já começou<br />

no Douro e na região <strong>de</strong> Lisboa,<br />

e uma forma <strong>de</strong> obter “massa<br />

crítica <strong>de</strong> vinhos brancos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”<br />

<strong>de</strong> Pombal.<br />

PROJECTO DE<br />

URBANIZAÇÃO NO<br />

TERRENO DA ADEGA<br />

Paralelamente, a cooperativa<br />

tem mantido reuniões com o<br />

Po<strong>de</strong>m ser apoiados projectos<br />

que incluam investimentos<br />

na instalação <strong>de</strong> sistemas solares<br />

térmicos para aquecimento<br />

<strong>de</strong> águas sanitárias ou climatização,<br />

bem como investimentos<br />

relacionados com a envolvente<br />

passiva (instalação <strong>de</strong> isolamentos<br />

térmicos ou a correcção <strong>de</strong><br />

| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />

município <strong>de</strong> Pombal com vista<br />

à obtenção <strong>de</strong> licenciamento<br />

para urbanização <strong>de</strong> 4.678 metros<br />

quadrados <strong>de</strong> implantação no<br />

terreno da a<strong>de</strong>ga, correspon<strong>de</strong>nte<br />

a uma área bruta <strong>de</strong> construção<br />

<strong>de</strong> 9356 metros quadrados.<br />

Rui Benzinho Santos afirma<br />

que este projecto já se encontra<br />

em fase <strong>de</strong> conclusão, e que a<br />

a<strong>de</strong>ga e a autarquia estão a estudar,<br />

em conjunto, a melhor aplicação<br />

para o mesmo. “A nossa<br />

localização é óptima e queremos<br />

maximizar, respeitando e contribuindo<br />

para o um urbanismo<br />

equilibrado”, nota o presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> direcção, para quem este plano<br />

será “uma gran<strong>de</strong> ajuda” para<br />

diminuir o passivo da a<strong>de</strong>ga. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

Nerlei divulga apoios para eficiência energética<br />

O Ministério da Agricultura e<br />

Pescas acaba <strong>de</strong> alterar o regulamento<br />

da pesca por arte <strong>de</strong> emalhar,<br />

uma medida que vem beneficiar<br />

alguns pescadores da região<br />

que, nos últimos anos, eram forçados<br />

a trabalhar fora da lei. A<br />

Portaria nº 594/2010, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />

Julho, alarga até à Capitania da<br />

Nazaré, inclusive, a área em que<br />

a chamada pesca da arte <strong>de</strong> majoeira<br />

po<strong>de</strong> ser praticada, enquanto<br />

até aqui apenas era permitida até<br />

à zona do Pedrogão (<strong>Leiria</strong>).<br />

RICARDO GRAÇA<br />

A partir <strong>de</strong> agora, os pescadores<br />

da Nazaré, São Martinho do<br />

Porto, São Pedro <strong>de</strong> Moel e Pare<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Vitória passam a po<strong>de</strong>r exercer<br />

a sua activida<strong>de</strong> legalmente,<br />

po<strong>de</strong>ndo solicitar as respectivas<br />

licenças, e “sem estarem preocupados<br />

pela presença das autorida<strong>de</strong>s<br />

marítimas”, salienta o vereador<br />

das Pescas da Câmara da Nazaré,<br />

António Trinda<strong>de</strong>, que fala <strong>de</strong> “uma<br />

boa notícia para o sector”, embora<br />

lamente que no concelho as<br />

artes abrangidas por esta portaria<br />

“não tenham expressão”.<br />

O autarca reconhece que “havia<br />

pescadores que colocavam majoeiras”,<br />

contornando a lei, para garantir<br />

a subsistência. E esse foi, aliás,<br />

um dos argumentos utilizados pelo<br />

Governo para alterar a legislação,<br />

dado que “as situações sociais que<br />

se pretendia acautelar, relacionadas<br />

com a presença <strong>de</strong> pescadores<br />

reformados <strong>de</strong> baixos rendimentos<br />

nessas comunida<strong>de</strong>s locais,<br />

que exerciam este tipo <strong>de</strong> pesca<br />

como complemento ao seu rendi-<br />

factores solares em vãos envidraçados).<br />

Para concorrer ao apoio, as<br />

empresas <strong>de</strong>vem comprovar o<br />

seu estatuto <strong>de</strong> PME, efectuar<br />

uma auditoria para levantamento<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s energéticas, um<br />

plano <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong>talhado<br />

e uma certificação final<br />

aos edifícios objecto das medidas<br />

<strong>de</strong> melhoria, que ateste o<br />

nível <strong>de</strong> eficiência atingido com<br />

o investimento.<br />

Com um limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa elegível<br />

entre 10 mil e 500 mil euros,<br />

os projectos candidatos <strong>de</strong>vem<br />

ter em vista a promoção da competitivida<strong>de</strong><br />

da empresa, através<br />

do aumento da produtivida<strong>de</strong>,<br />

da flexibilida<strong>de</strong> e da capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resposta e presença activa no<br />

mercado global, por via da utilização<br />

do factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

eficiência energética, frisa<br />

a associação. ■<br />

Activida<strong>de</strong> dos pescadores regularizada<br />

Pesca por arte <strong>de</strong> emalhar com novo regulamento<br />

mento, não ficaram efectivamente<br />

garantidas” na lei anterior.<br />

Apesar <strong>de</strong> “legalizar” a arte <strong>de</strong><br />

emalhar, o Ministério alerta que,<br />

“tendo em vista o aumento do<br />

número <strong>de</strong> licenças a conce<strong>de</strong>r,<br />

<strong>de</strong>ve ser reduzido, em contrapartida,<br />

o número individual <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

que cada pescador esteja autorizado<br />

a utilizar”. O uso das re<strong>de</strong>s<br />

apenas é permitido entre 1 <strong>de</strong> Outubro<br />

e 30 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> cada ano, com<br />

excepção dos sábados, domingos<br />

e feriados. ■ Joaquim Paulo<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 25<br />

| Em Carteira |<br />

Por Márcio Lopes<br />

A primeira semana bolsista <strong>de</strong><br />

Agosto apresentou-se fraca na<br />

Europa e nos EUA. Em Portugal,<br />

nas sessões <strong>de</strong> 2 a 6/8, o<br />

PSI20 <strong>de</strong>svalorizou 1,3%. Em<br />

Espanha, o IBEX35 per<strong>de</strong>u 184<br />

pontos. Nos EUA, o Dow Jones<br />

e o Nasdaq estiveram a <strong>de</strong>svalorizar<br />

cerca <strong>de</strong> 0,2%.<br />

Na praça portuguesa, a notícia<br />

da semana foi a constituição <strong>de</strong><br />

uma holding (BES África), apadrinhada<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte Lula,<br />

entre o BES, o Bra<strong>de</strong>sco e o Banco<br />

do Brasil com o objectivo <strong>de</strong><br />

expansão no mercado africano.<br />

Trata-se da concretização da<br />

estratégia <strong>de</strong> internacionalização<br />

do BES assente no triângulo<br />

geográfico Portugal, África e<br />

Brasil. Nas três primeiras sessões<br />

<strong>de</strong>sta semana, os títulos do<br />

BES subiram próximo <strong>de</strong> 1%.<br />

No âmbito dos três principais<br />

bancos portugueses, o BCP tem<br />

vindo a acumular as maiores<br />

perdas, com uma <strong>de</strong>svalorização<br />

<strong>de</strong> 1,5% <strong>de</strong> 2 a 10/8. No<br />

caso da PT, e no rescaldo do<br />

meganegócio com a Telefónica,<br />

as acções mantiveram uma<br />

tendência ligeira <strong>de</strong> subida (0,4%).<br />

Os títulos que ainda têm beneficiado<br />

da forte opinião do mercado<br />

no que diz respeito aos<br />

investimentos feitos na Polónia<br />

e pelos resultados alcançados<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010<br />

são o da Jerónimo Martins. O<br />

ticker JMT da empresa capitalizou<br />

4,2% nas últimas sete sessões.<br />

Títulos sólidos como a EDP<br />

<strong>de</strong>scapitalizaram cerca <strong>de</strong> 2%<br />

entre os dias 2 e 10/8, em contraponto<br />

com a Mota-Engil que<br />

valorizou 2,8%.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista macroeconómico,<br />

salienta-se o problema<br />

do financiamento externo da<br />

economia portuguesa. De acordo<br />

com os dados mais recentes<br />

do Banco <strong>de</strong> Portugal, pela primeira<br />

vez, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996, os estrangeiros<br />

recusaram-se a comprar<br />

obrigações do Estado. De Janeiro<br />

a Maio <strong>de</strong>ste ano o saldo entre<br />

a compra <strong>de</strong> obrigações e o resgate<br />

por parte dos estrangeiros<br />

ficou negativo em cinco mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros. Os dados revelam<br />

uma <strong>de</strong>sconfiança tensa por<br />

parte dos mercados, e que po<strong>de</strong><br />

produzir efeitos negativos nos<br />

mercados <strong>de</strong> capitais. ■<br />

PSI20 - VARIAÇÕES<br />

EMPRESA PREÇO (€) VARIAÇÃO%<br />

Altri 3,837 -1.03<br />

BCP 0,666 -1.33<br />

BPI 1,725 -0.86<br />

BES 3,665 -2.40<br />

Brisa 5,078 -0.99<br />

Cimpor 4,598 -1.12<br />

EDP Energias 2,502 -0.40<br />

EDP Renováveis 4,701 -0.25<br />

Galp Energia 12,18 -0.00<br />

Jerónimo Martins 8,843 -1.20<br />

Mota Engil 2,233 -1.72<br />

Portucel 2,215 +0.27<br />

PT Telecom 8,603 +0.27<br />

REN 2,642 +0.08<br />

Semapa 7,80 0.00<br />

Sonae Indústria 2,396 -0.13<br />

Sonae 0.821 -1.08<br />

Sonaecom 1,504 -0.92<br />

Teixeira Duarte 0,91 -1.0<br />

Zon Multimedia 3,277 -0.09<br />

Fonte: PSI20.net, em 11/8/2010


DR<br />

26 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

O grupo Tromba Rija, se<strong>de</strong>ado<br />

em <strong>Leiria</strong>, está a preparar a<br />

internacionalização e tem na mira<br />

os mercados chinês e brasileiro.<br />

| ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Investimento <strong>de</strong> 1.2 milhões <strong>de</strong> euros em turismo rural<br />

Porto <strong>de</strong> Mós ganha<br />

hotel <strong>de</strong> quatro estrelas<br />

Com um investimento total a<br />

rondar 1.2 milhões <strong>de</strong> euros, o Cooking<br />

& Nature, um hotel rural <strong>de</strong><br />

quatro estrelas que irá nascer em<br />

Alvados, Porto <strong>de</strong> Mós, <strong>de</strong>verá abrir<br />

portas no final <strong>de</strong> 2011. O empreendimento<br />

contará com o apoio do<br />

Fundo Europeu <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Regional (FEDER), tendo o<br />

contrato <strong>de</strong> financiamento sido<br />

assinado recentemente.<br />

Rui Anastácio, um dos sócios<br />

da empresa promotora (Letras e<br />

Borboletas Ecoturismo), explica que<br />

se trata <strong>de</strong> “uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> charme”<br />

com 12 quatros, apostada<br />

sobretudo na “diferenciação e na<br />

inovação”. O empresário <strong>de</strong>staca o<br />

“conceito <strong>de</strong> cooking”, que diz ser<br />

“único no País” e que permite aos<br />

hóspe<strong>de</strong>s confeccionar as suas próprias<br />

refeições, com a ajuda <strong>de</strong> um<br />

China e Brasil estão na mira do grupo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Restaurante Tromba Rija apostado na internacionalização<br />

Vigiar as florestas, limpar as<br />

cida<strong>de</strong>s ou apoiar pessoas com<br />

<strong>de</strong>ficiência são algumas das activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> voluntariado crescentemente<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelos<br />

jovens em tempo <strong>de</strong> férias. É<br />

uma tendência animadora. Mas,<br />

o voluntariado não é apenas um<br />

fenómeno sazonal, assumindo<br />

uma importância significativa<br />

em termos económicos, sociais<br />

e culturais.<br />

chefe e <strong>de</strong> um auxiliar <strong>de</strong> cozinha.<br />

O promotor adianta ainda que<br />

cada quarto terá uma temática<br />

associada a obras literárias, livros<br />

esses que estarão disponíveis na<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento em diferentes<br />

línguas. O hotel disponibilizará<br />

também uma pequena sauna<br />

e banhos árabes, com os<br />

hóspe<strong>de</strong>s a po<strong>de</strong>rem alternar entre<br />

três pequenas piscinas com diferentes<br />

temperaturas.<br />

A erguer em pleno Parque Natural<br />

das Serras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros<br />

(PNSAC), o Cooking & Nature<br />

distingue-se ainda pela sua preocupação<br />

ambiental, nomeadamente<br />

através da micro-produção <strong>de</strong> energia,<br />

do encaminhamento dos resíduos<br />

orgânicos para explorações<br />

agrícolas da al<strong>de</strong>ia ou do aproveitamento<br />

das águas das chuvas para<br />

De acordo com o co-proprietário,<br />

Fernando Real, o grupo está<br />

em negociações para abrir, em<br />

regime <strong>de</strong> franchinsing, um res-<br />

| Opinião|<br />

Promover o Voluntariado<br />

O estudo “Volunteering in the<br />

UE” <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2010, encomendado<br />

pela Direcção-Geral da<br />

Educação e Cultura da CE, estima<br />

que 22 a 23% dos europeus<br />

estejam envolvidos em activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> voluntariado. O panorama<br />

diverge entre os Estados-<br />

Membros. Áustria, Holanda, Suécia<br />

e Reino Unido (mais <strong>de</strong> 40%) e<br />

Dinamarca, Finlândia e Alemanha<br />

(30 a 39%) estão entre os<br />

rega. Os promotores comprometem-se<br />

ainda a apoiar, com pelo<br />

menos 5% dos resultados líquidos<br />

do empreendimento, projectos <strong>de</strong><br />

conservação da natureza <strong>de</strong>senvolvidos<br />

por Organizações Não-<br />

Governamentais (ONG) na área do<br />

PNSAC.<br />

O novo hotel será construído<br />

próximo da Casa dos Matos, unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> turismo rural dos mesmos<br />

proprietários do Cooking &<br />

Nature. Rui Anastácio justifica a<br />

localização com a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aproveitar as sinergias geradas<br />

entre as duas unida<strong>de</strong>s e com “o<br />

empenho e gran<strong>de</strong> incentivo dado<br />

pela Câmara <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós” para<br />

que o investimento fosse feito no<br />

concelho. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

taurante Tromba Rija no Brasil<br />

e um restaurante Frango da Guia<br />

na China.<br />

Os primeiros passos no mercado<br />

externo acontecem quando<br />

o mercado nacional está “complicado”.<br />

Se “a crise não <strong>de</strong>ixa os<br />

empresários evoluir”, há que olhar<br />

para “locais on<strong>de</strong> existe po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> compra”, justifica Fernando<br />

Real.<br />

Em Portugal, encontram-se<br />

em funcionamento os restaurantes<br />

Tromba Rija nos Marrazes,<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fernando<br />

Real; em Lisboa, resultado <strong>de</strong><br />

uma parceria com outro investidor;<br />

e em Albufeira, em regime<br />

<strong>de</strong> franchising. O Tromba Rija<br />

<strong>de</strong> Gaia encerrou para dar lugar<br />

ao franchising <strong>de</strong> Matosinhos,<br />

que <strong>de</strong>verá iniciar a activida<strong>de</strong><br />

países que mais tempo <strong>de</strong>dicam<br />

ao trabalho voluntário, sendo que<br />

os últimos lugares do ranking<br />

são ocupados pela Bélgica, República<br />

Checa, Irlanda, Espanha,<br />

Portugal, Polónia, Roménia (10<br />

a 19%) e Grécia, Itália, Lituânia<br />

e Bulgária (menos <strong>de</strong> 10%).<br />

Os dados disponíveis para<br />

Portugal apontam para que cerca<br />

<strong>de</strong> 12% da população esteja<br />

envolvida em trabalho <strong>de</strong> voluntariado,<br />

contribuindo para 0,66%<br />

do PIB (2002). A trajectória histórica<br />

explica as estatísticas. O<br />

fraco peso da socieda<strong>de</strong> civil e<br />

a inexistência <strong>de</strong> uma cultura<br />

cívica que privilegie os valores<br />

<strong>de</strong> cidadania, participação pública<br />

e responsabilida<strong>de</strong> social,<br />

uma herança do Estado Novo,<br />

DR<br />

Rui Anastácio (promotor) assinou recentemente o contrato <strong>de</strong> apoio<br />

no final <strong>de</strong> Setembro, empregando<br />

“pelo menos 12 colaboradores”.<br />

O empresário encontra-se também<br />

“em negociações” para inau-<br />

situam-se entre os principais<br />

factores que justificam a fraca<br />

apetência para as activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> voluntariado. Acresce a percepção<br />

negativa associada à tradicional<br />

i<strong>de</strong>ntificação do voluntariado<br />

com a carida<strong>de</strong>, a<br />

gratidão, o sacrifício e a religião.<br />

No entanto, a tendência é <strong>de</strong><br />

crescimento. Por um lado, as<br />

motivações dos voluntários já<br />

não estão meramente associadas<br />

ao espírito <strong>de</strong> altruísmo, ao<br />

sentimento <strong>de</strong> pertença ou ao<br />

reconhecimento pessoal, incluindo<br />

oportunida<strong>de</strong>s para aprendizagem<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal e profissional. Por outro,<br />

o trabalho voluntário <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />

se circunscrever à cooperação<br />

gurar restaurantes franchisados<br />

Tromba Rija em Aveiro e Braga.<br />

Em todos os locais a tónica recai<br />

sobre a gastronomia portuguesa.<br />

■<br />

Frango da Guia encerra no Porto<br />

O restaurante franchisado Frango da Guia, marca <strong>de</strong>tida pelo Grupo<br />

Tromba Rija, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> funcionar na Galeria Comercial Campus <strong>de</strong> S.<br />

João, no Porto. Segundo uma das ex-funcionárias daquele espaço, Fernando<br />

Real tinha vários pagamentos <strong>de</strong> rendas em atraso, pelo que a<br />

administração da Galeria Comercial não quis renovar o contrato com o<br />

restaurante. A antiga colaboradora afirma que o contrato entre o centro<br />

comercial e o restaurante terminou dia 31 <strong>de</strong> Março, mas, até à data,<br />

nenhum dos 11 trabalhadores foi in<strong>de</strong>mnizado. Fernando Real confirma<br />

que esses direitos ainda não foram pagos, mas frisa que o restaurante só<br />

não teve continuida<strong>de</strong> porque a administração da galeria não quis. Nota<br />

ainda que todos os funcionários saíram com vencimentos em dia e carta<br />

para apresentar no centro <strong>de</strong> emprego. ■<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento, à acção<br />

social, à saú<strong>de</strong> ou à educação,<br />

mas esten<strong>de</strong>-se a áreas como a<br />

ciência, a cultura, o <strong>de</strong>sporto,<br />

o ambiente ou o património.<br />

Neste contexto, e por forma<br />

a aumentar o reconhecimento<br />

das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntariado,<br />

a UE vem <strong>de</strong>signar 2011<br />

como o Ano Europeu do Voluntariado.<br />

Apelando a uma articulação<br />

entre as instituições<br />

europeias, os Estados, as organizações<br />

<strong>de</strong> voluntariado, as<br />

empresas, os voluntários e a<br />

socieda<strong>de</strong>. Todos po<strong>de</strong>mos contribuir.<br />

■<br />

Catarina Selada,<br />

economista


RICARDO GRAÇA<br />

Associação <strong>de</strong> industriais <strong>de</strong> panificação acusa<br />

Apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que a<br />

especulação tem contribuído<br />

mais para o aumento do preço<br />

do pão do que o recente embargo<br />

<strong>de</strong> cereais <strong>de</strong>cretado pelo<br />

governo russo, o presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação do Comércio e da<br />

Indústria <strong>de</strong> Panificação e Pastelaria<br />

(ACIP), Carlos Alberto<br />

Santos, admitiu ao JORNAL DE<br />

LEIRIA que os aumentos da<br />

matéria-<strong>prima</strong> já são uma realida<strong>de</strong>,<br />

e que a farinha po<strong>de</strong>rá<br />

mesmo encarecer cerca <strong>de</strong> 50%<br />

até ao final do mês.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da ACIP não<br />

sabe ao certo que efeito terá o<br />

aumento do preço da farinha<br />

na carteira do consumidor final,<br />

já que a actualização <strong>de</strong> preços<br />

do pão “<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada empresa”.<br />

O facto é que a matéria<strong>prima</strong><br />

já aumentou 30% nas<br />

últimas duas semanas e po<strong>de</strong><br />

encarecer mais 20% ainda este<br />

mês.<br />

Para “corrigir” o mercado, o<br />

Governo <strong>de</strong>veria interce<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

forma a possibilitar mais importações<br />

<strong>de</strong> cereais a partir <strong>de</strong> países<br />

como Estados Unidos ou Canadá,<br />

sugere o presi<strong>de</strong>nte da<br />

associação.<br />

O valor médio do pão ronda<br />

actualmente os 12 e os 17 cêntimos<br />

(40 a 45 gramas) e, no iní-<br />

cio <strong>de</strong>ste mês, o trigo atingiu o<br />

valor mais alto em 23 meses,<br />

quando a Rússia, o terceiro maior<br />

produtor do mundo, <strong>de</strong>cretou a<br />

proibição das exportações <strong>de</strong>pois<br />

da pior seca do país nos últimos<br />

50 anos.<br />

A situação, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Carlos<br />

Alberto Santos, está a ser “aproveitada<br />

por alguns empresários”.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da ACIP, há<br />

gran<strong>de</strong>s superfícies que dizem<br />

não aumentar o preço do pão,<br />

mas que optam por reduzir o seu<br />

peso. “A situação não é ética, mas<br />

é legal”, lamenta o responsável,<br />

para quem o Governo <strong>de</strong>veria<br />

regular melhor o sector.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />

Gran<strong>de</strong>s superfícies mantêm<br />

preço mas cortam no peso no pão<br />

Trabalhadores dos CTT contestam alteração <strong>de</strong> horários<br />

Greve <strong>de</strong> carteiros<br />

em Caldas da Rainha e Óbidos<br />

Os trabalhadores dos CTT<br />

dos concelhos <strong>de</strong> Caldas da<br />

Rainha e <strong>de</strong> Óbidos farão greve<br />

parcial até dia 20, em protesto<br />

contra as alterações nos<br />

horários que os gestores dos<br />

Correios querem aplicar.<br />

Em comunicado, o Sindicato<br />

Nacional dos Trabalhadores<br />

dos Correios e Telecomunicações<br />

(SNTCT)<br />

informa que, com as mudanças<br />

que os gestores dos CTT<br />

querem fazer nos horários,<br />

os carteiros <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> começar<br />

o serviço às 6:30 horas,<br />

passando a entrar mais tar<strong>de</strong>,<br />

alguns às 10 horas. Assim,<br />

acreditam, só começarão a<br />

distribuição do correio cerca<br />

das 11:30 ou 12 horas e<br />

só chegarão às lojas pela hora<br />

do almoço, quando estas já<br />

se encontram encerradas.<br />

Esta alteração <strong>de</strong> horários<br />

também significa uma redução<br />

<strong>de</strong> 720 euros por ano no<br />

vencimento <strong>de</strong> cada funcionário,<br />

subsídio que lhes é<br />

atribuído por iniciarem a activida<strong>de</strong><br />

durante a madrugada,<br />

explica Dina Serrenho,<br />

dirigente nacional do SNTCT.<br />

Dina Serrenho sublinha<br />

que as tentativas <strong>de</strong> alterações<br />

<strong>de</strong> horários têm suscitado<br />

protestos dos colaboradores<br />

a nível nacional. No<br />

caso <strong>de</strong> Caldas da Rainha e<br />

Óbidos, os protestos começaram<br />

dia 5, com greves gerais<br />

nos dias 6 e 9, e greves parciais<br />

que têm <strong>de</strong>corrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

terça-feira, dia 10, e se<br />

prolongarão até dia 20 <strong>de</strong>ste<br />

mês.<br />

As alterações irão afectar<br />

53 trabalhadores dos CTT dos<br />

dois concelhos, assim como<br />

as empresas e particulares <strong>de</strong><br />

todas as freguesias, sublinha<br />

a sindicalista.<br />

PARTICIPAÇÃO<br />

À ACT<br />

Na passada segunda-feira,<br />

os carteiros do centro <strong>de</strong><br />

Distribuição Postal <strong>de</strong> Caldas<br />

da Rainha e Óbidos efectuaram<br />

uma participação à<br />

Autorida<strong>de</strong> Para as Condições<br />

do Trabalho (ACT), acusando<br />

os CTT <strong>de</strong> violação da<br />

lei da greve, acrescenta o<br />

SNTCT na Agência Lusa.<br />

Durante o fim-<strong>de</strong>-semana,<br />

terão trabalhado pessoas, com<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos correios,<br />

encarregadas <strong>de</strong> distribuir<br />

correspondência que se encontrava<br />

acumulada. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

O sector<br />

em números<br />

✓ NOVE MIL<br />

Empresas <strong>de</strong> panificação e<br />

pastelaria<br />

✓ 2500<br />

Empresas similares, leia-se<br />

cafés<br />

✓ 95 MIL<br />

Trabalhadores directos do<br />

sector<br />

✓ CINCO MIL MILHÕES<br />

DE EUROS<br />

Receita gerada anualmente<br />

pelo sector<br />

Fonte: DN<br />

JERÓNIMO MARTINS<br />

VAI MANTER PREÇOS<br />

A Jerónimo Martins, dona dos<br />

supermercados Pingo Doce, Feira<br />

Nova e Recheio, garantiu à Lusa<br />

que não vai subir o preço do pão<br />

até ao final do ano. A porta-voz<br />

da Jerónimo Martins explicou que<br />

o grupo <strong>de</strong> retalho não vai sentir<br />

esses efeitos porque se abastece em<br />

gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s e “tem acordos<br />

<strong>de</strong> compra feitos até ao final<br />

do ano”. Já a Auchan, dona do<br />

Jumbo e do Pão <strong>de</strong> Açúcar, garantiu<br />

“preços baixos” sem esclarecer<br />

se vai ou não aumentar os preços<br />

do pão para os clientes. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

Dados do Barómetro Empresarial<br />

Insolvências<br />

aumentaram 10%<br />

em relação<br />

ao ano passado<br />

Os processos <strong>de</strong> insolvência iniciados no<br />

primeiro semestre <strong>de</strong> 2010 aumentaram<br />

10,1% em relação ao período homólogo. Os<br />

dados pertencem ao Barómetro Empresarial<br />

do primeiro semestre <strong>de</strong> 2010, realizado<br />

pela Informa D&B, citado pela Agência<br />

Lusa, que revela um aumento no número<br />

<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> 1.806 para 1.989. O Porto<br />

é o distrito on<strong>de</strong> foram iniciados mais processos<br />

<strong>de</strong> insolvência, com 516 das 1.989<br />

empresas, seguido pelos distritos <strong>de</strong> Lisboa,<br />

com 375 empresas, e <strong>de</strong> Braga com 300 processos.<br />

Quanto aos sectores, a indústria transformadora<br />

e a construção representam meta<strong>de</strong><br />

dos processos <strong>de</strong> insolvência iniciados<br />

nos primeiros seis meses <strong>de</strong> 2010. O mesmo<br />

barómetro indica que as constituições<br />

<strong>de</strong> empresas aumentaram 3,1% em relação<br />

ao mesmo período <strong>de</strong> 2009, tendo sido criadas<br />

16.892 socieda<strong>de</strong>s, uma tendência que<br />

se atenuou nos últimos três meses. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 27<br />

PUB


DR DR<br />

28 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | ECONOMIA | AUTOMÓVEL | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Fusão<br />

Volkswagen<br />

compra<br />

Ital<strong>de</strong>sign<br />

A alemã Volkswagen comprou<br />

a maior parte do capital social<br />

do famoso gabinete <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />

Ital<strong>de</strong>sign, O grupo empresarial<br />

<strong>de</strong>tém agora 90,1% da empresa,<br />

incluindo o nome da marca<br />

e as suas patentes. A Ital<strong>de</strong>sign<br />

foi fundada em 1968, em<br />

Turim, por Giorgetto Giugiaro<br />

e Aldo Mantovani, e foi dali<br />

que sairam os projectos para<br />

mo<strong>de</strong>los míticos como o primeiro<br />

Scirocco ou o Golf I. “No<br />

âmbito dos nossos projectos em<br />

curso e das tarefas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e <strong>de</strong>sign associados,<br />

preten<strong>de</strong>mos expandir a<br />

motivada e produtiva equipa<br />

da Ital<strong>de</strong>sign”, afirma Martin<br />

Winterkorn, presi<strong>de</strong>nte do grupo<br />

alemão, em comunicado.<br />

Malcheiroso,<br />

mas económico<br />

Carocha a<br />

excrementos<br />

No capítulo das mais originais<br />

soluções para a crise petrolífera,<br />

a GENeco, uma empresa britânica<br />

especializada em resíduos<br />

orgânicos, bate quase toda<br />

a concorrência em termos <strong>de</strong><br />

originalida<strong>de</strong>. Os engenheiros<br />

da firma converteram um Volkswagen<br />

Beetle para funcionar a<br />

gás metano produzido por excrementos<br />

humanos. O quase malcheiroso<br />

automóvel tem uma<br />

autonomia <strong>de</strong> 160 quilómetros,<br />

usando o equivalente a excrementos<br />

produzidos em 70 lares<br />

ao longo <strong>de</strong> um ano. A empresa<br />

anuncia uma velocida<strong>de</strong><br />

máxima <strong>de</strong> 180 km/h. O Beetle<br />

arranca com gasolina mas<br />

<strong>de</strong>pois muda, automaticamente,<br />

para metano, tal como num<br />

vulgar veículo a GPL, quando<br />

o motor já tiver aquecido.<br />

O custo do quilo <strong>de</strong> excremento<br />

por quilómetro é... naturalmente,<br />

zero. ■<br />

Marca aposta nos utilitários premium<br />

A1: concentrado <strong>de</strong> Audi<br />

A Audi, marca comercializada<br />

na região pela Lubriflores, prepara-se<br />

para libertar no mercado<br />

nacional um utilitário premium.<br />

Trata-se do Audi A1, mo<strong>de</strong>lo com<br />

o qual a marca alemã preten<strong>de</strong><br />

regressar ao segmento dos “minis”<br />

<strong>de</strong> luxo, <strong>de</strong>pois da experiência<br />

com o A2.<br />

Verda<strong>de</strong>iro “concentrado” <strong>de</strong><br />

Audi, o visual da marca dos quatro<br />

anéis está lá todo, assim como<br />

a normal estética do interior e<br />

qualida<strong>de</strong> dos materiais. O mo<strong>de</strong>lo<br />

direcciona-se para o mesmo<br />

espaço <strong>de</strong> mercado criado pelo<br />

Mini, da rival BMW, pelo que, a<br />

“luta” entre os dois mo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong><br />

revelar-se interessante.<br />

O Audi 1 é o mais barato <strong>de</strong><br />

todos, com preço <strong>de</strong> entrada na<br />

gama que <strong>de</strong>verá situar-se à volta<br />

dos 19 mil euros, tendo na<br />

gama-base uma motorização 1.2<br />

TFSI, um motor a gasolina <strong>de</strong><br />

reduzidas dimensões com sobrealimentação<br />

por turbocompressor,<br />

o que lhe permite <strong>de</strong>bitar 86<br />

cv. Segue-se um 1.4 TFSI, tam-<br />

DR<br />

bém turbo, com 122 cv que, opcionalmente,<br />

po<strong>de</strong> ser dotado <strong>de</strong> uma<br />

caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s DSG, <strong>de</strong><br />

dupla embraiagem. No capítulo<br />

do diesel, o A1 tem como base<br />

da oferta o quatro cilindros 1.6<br />

TDI, com 90 cv, havendo ainda<br />

uma versão <strong>de</strong> 105 cv.<br />

Grupo <strong>de</strong> entusiastas percorre cinco mil quilómetros<br />

De <strong>Leiria</strong> à Áustria em Smart<br />

Um grupo <strong>de</strong> portugueses entusiastas<br />

dos automóveis Smart vai<br />

fazer uma viagem entre Portugal<br />

e Áustria, no mo<strong>de</strong>lo citadino da<br />

Merce<strong>de</strong>s-Bens. O objectivo, revela<br />

a organização é <strong>de</strong>monstrar a<br />

sua paixão pelo pequeno automóvel<br />

que revolucionou a mobilida<strong>de</strong><br />

nas cida<strong>de</strong>s e assistirem ao<br />

maior evento mundial da marca,<br />

Smart times 2010.<br />

Tudo começou com uma i<strong>de</strong>ia<br />

entre amigos, e, a pouco e pouco<br />

o projecto foi tomando forma. A<br />

partida está marcada para domingo,<br />

às 16 horas, em <strong>Leiria</strong>.<br />

Pela frente, terão mais <strong>de</strong> cinco<br />

mil quilómetros, entre ida e volta,<br />

para assistir ao 10.º aniversário<br />

DR<br />

DR<br />

da maior concentração mundial<br />

da alemã.<br />

A viagem até Zell am See/Kaprun,<br />

na Áustria, conta com paragens<br />

programadas na fábrica Smart, em<br />

Hambach e no Museu da Merce<strong>de</strong>s-Benz,<br />

em Estugarda.<br />

O Smart times reúne partici-<br />

Na Primavera <strong>de</strong> 2011<br />

Chevy Camaro chega a Portugal<br />

A marca norte-americana Chevrolet,<br />

comercializada na região<br />

pela Rentocasião do Grupo Lizauto,<br />

vai começar a ven<strong>de</strong>r o seu<br />

mo<strong>de</strong>lo mais mítico em Portugal.<br />

Falamos do Camaro, estrela <strong>de</strong> filmes<br />

– como o Transformers - e<br />

um dos mais famosos <strong>de</strong>sportivos<br />

do Mundo. Os primeiros <strong>de</strong>vem<br />

chegar na próxima Primavera,<br />

mesmo a tempo <strong>de</strong> tomar parte<br />

em aventuras estivais. A nova<br />

geração Camaro – o veículo foi<br />

originalmente introduzido no mercado<br />

nos anos 70/80 do século XX<br />

- foi lançada na América do Nor-<br />

As primeiras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem<br />

entrar no mercado no início <strong>de</strong><br />

Setembro, a tempo da rentrée. ■<br />

pantes <strong>de</strong> todos os países europeus<br />

no antigo aeródromo <strong>de</strong> Zell am<br />

See/Kaprun, durante três dias <strong>de</strong><br />

intensas activida<strong>de</strong>s ligadas ao mítico<br />

mo<strong>de</strong>lo, mas não só. Festas, concursos,<br />

acrobacias, <strong>de</strong>monstrações<br />

<strong>de</strong> veículos e <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

culminando com um Smart convoy,<br />

um comboio <strong>de</strong> smart que<br />

<strong>de</strong>tém o recor<strong>de</strong> do mais longo cortejo<br />

<strong>de</strong> automóveis do mundo registado<br />

no Guinness Book of Records.<br />

Os visitantes terão ainda a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> efectuar ensaios dinâmicos<br />

com onovo Smart fortwo<br />

electric drive, um veículo cuja<br />

comercialização em terras lusas<br />

começa em Outubro. ■<br />

te na Primavera <strong>de</strong> 2009, tendo<br />

sido vendidas mais <strong>de</strong> 60 mil unida<strong>de</strong>s.<br />

Na Europa, vai estar disponível<br />

nas variantes coupé e<br />

cabrio, com um motor V8 <strong>de</strong> 6.2<br />

litros e 426 cv <strong>de</strong> potência, capaz<br />

<strong>de</strong> gerar 569 Nm <strong>de</strong> binário. Equipado<br />

com transmissão automática<br />

<strong>de</strong> seis velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>bita 400<br />

cv/556 Nm e inclui o sistema <strong>de</strong><br />

Gestão Activa <strong>de</strong> Combustível<br />

(Active Fuel Management) da GM<br />

que permite velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro<br />

com apenas quatro cilindros<br />

a funcionar. Os preços ainda não<br />

foram anunciados. ■


O Sol está quase a pôr-se e, na<br />

estrada que liga Zambujeira do Mar<br />

à Herda<strong>de</strong> da Casa Branca, local<br />

on<strong>de</strong> se realiza o Festival Sudoeste,<br />

um casal pe<strong>de</strong> boleia. Tavares – apresenta-se<br />

sem nome próprio - e Tânia<br />

tentam regressar ao “festivalódromo”.<br />

Não querem per<strong>de</strong>r o último dia<br />

do SW’10. Para mais, a noite adivinha-se<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s actuações <strong>de</strong> bandas<br />

e artistas: os já muito conhecidos<br />

por cá Massive Attack e Air –<br />

cuja actuação foi das menos conseguidas,<br />

mas os festivais são mesmo<br />

assim -, The Waillers, David Guetta<br />

(pela primeira vez em Portugal e<br />

que encerrou o festival actuando<br />

para 41 mil pessoas) e Beirut, estreantes<br />

no nosso País, mas já com uma<br />

legião <strong>de</strong> fãs admirável e que, infelizmente,<br />

actuaram no mais pequeno<br />

dos palcos do festival, curto para<br />

tanta gente, naquele que foi um dos<br />

melhores momentos do festival.<br />

Tavares, juventu<strong>de</strong> na guelra,<br />

veio <strong>de</strong> Viseu e <strong>de</strong>morou 13 horas a<br />

chegar à Costa Vincentina. “Viemos<br />

em grupo e não havia quem tivesse<br />

carta. Por isso, convidámos um<br />

velhote para vir. Ele aceitou e veio<br />

a conduzir à velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />

80km/h”, explica. No último dia, o<br />

samaritano condutor ainda não tinha<br />

ido ao recinto. “Ficou os dias todos<br />

a dormir na tenda. Toma muitos<br />

remédios”, lança Tavares numa explicação.<br />

O que lhe interessa é a animação.<br />

Festivaleiro puro, explica que<br />

também vai ao “mítico Avante” pelo<br />

convívio. Mais calada, Tânia é uma<br />

CURTAS . BEST OF . ADVOGADO DO DIABO . ENTREVISTA . OBRIGATÓRIO . AGENDA<br />

TRIBOS SOB SOL DO SUDOESTE<br />

Seis dias <strong>de</strong> negócio<br />

estreante e interessa-se mais pelo<br />

cartaz. “Vim pelas bandas.” E apressa-se<br />

a falar <strong>de</strong> M.I.A e Air, com a<br />

satisfação <strong>de</strong> quem faz algo pela<br />

primeira vez.<br />

Ao longe, os holofotes <strong>de</strong>ste<br />

“Woodstock luso” iluminam o lusco-fusco<br />

do céu com uma cor suja.<br />

Levantado pelos milhares <strong>de</strong> automóveis<br />

que procuram estacionamento,<br />

o pó, que pica nos olhos e<br />

arranha a garganta, pinta o ar e<br />

ganha laivos <strong>de</strong> ubiquida<strong>de</strong>.<br />

Portas a<strong>de</strong>ntro, as tribos <strong>de</strong> jovens<br />

divi<strong>de</strong>m-se pelos concertos e pelas<br />

filas para a cerveja, para o multibanco,<br />

para o WC, para a montanha<br />

russa... para tudo. Num <strong>de</strong>vir<br />

No Casino da Ursa, pizzaria no centro da Zambujeira do<br />

Mar, a confusão é total. Uma omnipresente fila marca o início<br />

da noite e a hora <strong>de</strong> jantar. O menu favorito são as pizzas,<br />

com o preço <strong>de</strong>vidamente inflacionado, como manda a tradição<br />

do Festival Sudoeste. “Em seis dias, fazemos quase tanto<br />

como no resto do ano”, confi<strong>de</strong>ncia Luís Carlos, o responsável<br />

por anunciar, no <strong>de</strong>grau da entrada, a plenos pulmões, aos<br />

clientes que as suas pizzas estão prontas. “Todos os anos, as<br />

ruas centrais são fechadas ao trânsito e o pessoal do festival<br />

po<strong>de</strong> andar à vonta<strong>de</strong> pela vila”, conta.<br />

incessante entre palcos, vão assistindo<br />

aos concertos há tanto ansiados<br />

e que são, afinal, também uma<br />

<strong>de</strong>sculpa para novas experiências,<br />

longe <strong>de</strong> casa. São dias felizes e <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> para os mais novos. Quase<br />

como se fosse um rito <strong>de</strong> passagem.<br />

Sangria, cerveja e quase tudo o<br />

que tenha uma percentagem alcoólica<br />

serve para refrescar e limpar o<br />

pó das gargantas que entoam todos<br />

os refrões – mesmo que não se conheça<br />

a letra ou a banda - e gritam pelos<br />

artistas, verda<strong>de</strong>iros semi-<strong>de</strong>uses<br />

mo<strong>de</strong>rnos.<br />

Com o passar das horas, dá-se<br />

a selecção natural. Afinal, os seis<br />

Trazidas pelo serviço <strong>de</strong> autocarros criado para os dias<br />

do SW, milhares <strong>de</strong> pessoas gastam no comércio local – pelo<br />

menos nos estabelecimentos que souberam preparar-se para<br />

os gostos <strong>de</strong> quem vem – e os restaurantes e lojas <strong>de</strong> recordações<br />

estão cheios. Os dois terminais <strong>de</strong> multibanco são<br />

reenchidos com dinheiro quatro a cinco vezes por dia e<br />

milhares <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> cerveja e outras bebidas são consumidas.<br />

O merchandising esgota-se.<br />

As oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio não faltam e, além dos tradicionais<br />

fazedores <strong>de</strong> rastas, ven<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> pulseiras, t-<br />

dias <strong>de</strong> festival têm o seu preço. Os<br />

mais fracos vão literalmente caindo<br />

no meio <strong>de</strong> garrafas e copos <strong>de</strong><br />

plástico e por aí ficam, vencidos por<br />

Morfeu. Os mais resistentes, mudam-<br />

-se para o concerto <strong>de</strong> nome sonante<br />

que se segue, para mais umas<br />

horas <strong>de</strong> dança e ritmo. A noite avança<br />

e é tempo <strong>de</strong> exteriorizar todas<br />

as emoções. O encerramento do festival<br />

aproxima-se e adivinha-se o<br />

fim dos namoros efémeros, tal como<br />

das amiza<strong>de</strong>s ali criadas. Começam<br />

as primeiras chora<strong>de</strong>iras colectivas<br />

e intensificam-se as trocas <strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> telemóvel. Imperturbáveis, os<br />

DJ continuam a animar as hostes<br />

até ao alvor.<br />

A segunda-feira <strong>de</strong> ressaca amanhece<br />

quente. Sufocante. As duas<br />

ou três horas dormidas à pressa, não<br />

chegam para retemperar forças, mas<br />

há que abandonar o Sudoeste e<br />

regressar a casa.<br />

Lentamente, uma serpente <strong>de</strong><br />

carros “pintados” <strong>de</strong> castanho abandona<br />

o Sudoeste vincentino com<br />

a a poeira alentejana a ser ostentada<br />

como se fossem pinturas <strong>de</strong><br />

guerra ou medalhas <strong>de</strong> mérito. “E<br />

vem-nos à memória uma frase batida”:<br />

ainda cá voltamos no próximo<br />

Verão?<br />

Jacinto Silva Duro<br />

no Festival Sudoeste<br />

shirts, didgeridoos e <strong>de</strong> camisas e calças dos An<strong>de</strong>s, até há<br />

quem ensaie uma venda ambulante <strong>de</strong> vinho. Quente, encorpado,<br />

carrascão... Origem Denominada: garrafão <strong>de</strong> quatro<br />

litros, em plástico.<br />

Há quem aproveite para “evangelizar” os jovens para a<br />

política. Voluntários do Bloco <strong>de</strong> Esquerda colocam jornais<br />

com as “últimas” do partido nos vidros dos carros que são<br />

bem vindos pelos jovens que, talvez por apenas se interessarem<br />

pela Política dos Três Érres, os usam para limpar a<br />

poeira alentejana dos vidros das viaturas.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

v i v e r . 2 9


DR<br />

v i v e r . 3 0<br />

Paulo Moreiras<br />

em residência<br />

na Ledig House<br />

O escritor <strong>de</strong> Pombal, Paulo<br />

Moreiras, vai participar numa residência<br />

internacional para escritores<br />

da Ledig House, em Nova Iorque,<br />

entre meados <strong>de</strong> Setembro e<br />

meados <strong>de</strong> Outubro. O convite partiu<br />

da Direcção-Geral do Livro e das<br />

Bibliotecas que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, proporciona<br />

duas estadias por ano,<br />

naquele retiro, a escritores portugueses<br />

que estejam a <strong>de</strong>senvolver<br />

trabalhos. A Ledig House é conhecida<br />

pelo intercâmbio e promoção<br />

<strong>de</strong> obras junto <strong>de</strong> editores, agentes,<br />

críticos literários e jornalistas.<br />

Aos 41 anos, Paulo Moreiras conta,<br />

entre várias outras obras, com<br />

dois romances publicados: A <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> D. Fuas Bragatela, editado em<br />

2002, e, em finais <strong>de</strong> 2009, Os dias<br />

<strong>de</strong> Saturno.<br />

curtas Leirienses premiados<br />

no Festival <strong>de</strong> Cinema<br />

<strong>de</strong> Avanca<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

DR<br />

DR<br />

DR<br />

Os investigadores Rui Matos e Sandra Santos foram distinguidos ex-aqueo<br />

com o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, pela sua comunicação apresentada<br />

na Conferência Internacional <strong>de</strong> Cinema, integrada no Festival <strong>de</strong> Cinema<br />

Avanca’10, evento organizado em parceria pelo Cine-Clube <strong>de</strong> Avanca e da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Estarreja. O encontro acolheu uma centena <strong>de</strong> investigadores e<br />

docentes universitários <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 países, e 141 comunicações.<br />

Rui Matos é doutorado em Motricida<strong>de</strong> Humana e integra o Centro <strong>de</strong> Investigação<br />

em Motricida<strong>de</strong> Humana do Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sendo subdirector<br />

da Escola Superior <strong>de</strong> Educação e Ciências Sociais do estabelecimento <strong>de</strong><br />

ensino. Sandra Santos é licenciada em História da Arte e mestre em Museologia.<br />

Desempenha funções na Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão, em <strong>Leiria</strong>. O filme<br />

belga Altiplano, <strong>de</strong> Peter Brosens e Jessica Woodworth, foi o vencedor do Prémio<br />

<strong>de</strong> Melhor Longa-Metragem <strong>de</strong>ste 14.º festival Avanca.<br />

<strong>Leiria</strong> capital da música gótica<br />

O Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai ser palco do Entremuralhas - Festival Gótico,<br />

que contará com a presença <strong>de</strong> algumas das melhores bandas. É a<br />

primeira vez que Portugal recebe um festival gótico, que <strong>de</strong>correrá nos<br />

dias 27 e 28 <strong>de</strong> Agosto. Produzido pela Fa<strong>de</strong> in – Associação <strong>de</strong> Acção<br />

Cultural, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o festival preten<strong>de</strong> “<strong>de</strong>smistificar” algumas i<strong>de</strong>ias<br />

“erradas” sobre o “movimento gótico”, explicou Carlos Matos, produtor<br />

e relações públicas da Fa<strong>de</strong> in. “Este é um festival único, que vai<br />

projectar o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a cultura além-fronteiras”, adiantou o<br />

vereador da Cultura da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Gonçalo Lopes. O autarca<br />

elogiou ainda o público <strong>de</strong>ste festival, que “tem um gran<strong>de</strong> respeito<br />

pelo património e pelo ambiente”. O Entremuralhas conta com a participação<br />

<strong>de</strong> seis bandas <strong>de</strong> referência internacional, que vão actuar no<br />

Palco Alma e Palco Corpo, instalados no castelo. No primeiro dia estarão<br />

presentes os Ashra, Ataraxia e os Project Pitchfork. Estes<br />

últimos actuam pela primeira vez em Portugal. Em estreia absoluta no nosso país estarão também<br />

os Collection D'Arnell Andréa, que subirão ao palco no segundo dia. O festival<br />

recebe ainda os Uxu Kalhus, os Covenant, que apresentam o seu novo álbum, e<br />

Ordo Rosarius Equilibrio. A organização apresenta ainda conferências, projecção<br />

<strong>de</strong> filmes e exposições, bem como comércio alternativo.<br />

Alunos <strong>de</strong> dança<br />

e música procuram-se<br />

A Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Alcobaça e a Escola Secundária D. Inês<br />

<strong>de</strong> Castro abriram inscrições para Cursos Profissionais <strong>de</strong> Música e Dança.<br />

Esta iniciativa tem como objectivo angariar alunos para os cursos<br />

<strong>de</strong> Instrumentista <strong>de</strong> Sopro e <strong>de</strong> Percussão, Instrumentista <strong>de</strong> Cordas e <strong>de</strong><br />

Tecla e Intérprete <strong>de</strong> Dança Contemporânea, para o ano lectivo <strong>de</strong> 2010/2011.<br />

mais informações sobre as inscrições e cursos em www.aca<strong>de</strong>miamalcobaca.com.<br />

Museu Afonso Lopes<br />

Vieira enriquece espólio<br />

A Casa – Museu Afonso Lopes Vieira, em São Pedro <strong>de</strong> Moel,<br />

recebeu um conjunto <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> Afonso Lopes Vieira e publicações<br />

sobre o seu trabalho, vários postais enviados pelo<br />

poeta, uma reprodução do <strong>de</strong>senho a lápis <strong>de</strong> António Carneiro,<br />

com o seu retrato, e ainda fotografias inéditas da Casa<br />

<strong>de</strong> S. Pedro, datadas <strong>de</strong> finais do século XIX e inícios do século<br />

XX. O espólio foi doado pelo empresário Carlos Vieira à autarquia<br />

da Marinha Gran<strong>de</strong>, responsável pelo espaço. A par da doação, foi<br />

ainda inaugurada uma exposição documental, patente na antiga casa<br />

<strong>de</strong> Verão do poeta, em São Pedro <strong>de</strong> Moel.<br />

DR<br />

DR


RICARDO GRAÇA<br />

Fernando José Rodrigues<br />

Professor, escritor, actor…<br />

Melhor Restaurante: para além dos saborosíssimos<br />

restaurantes leirienses, que dispensam mais apresentação,<br />

vou salientar o simples mas <strong>de</strong>licioso “O Pote” em<br />

Pombal e, <strong>de</strong>pois, o magnífico Pedra Alta, em Leixões.<br />

Neste último quem quiser um festim <strong>de</strong> marisco, com<br />

qualida<strong>de</strong> e preço a<strong>de</strong>quado é só subir ao norte e cheirar<br />

a maresia<br />

Melhor Filme: as salas <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, infelizmente,<br />

passam todas quase as mesmas fitas, aqui não<br />

chegando filmes muito interessantes. Há uma certa sauda<strong>de</strong><br />

das quartas feiras do velhinho Teatro José Lúcio…<br />

O melhor filme dos últimos tempos tem, mais uma vez,<br />

a assinatura <strong>de</strong> Clint Eastwood: Gran Torino. Vou ver, <strong>de</strong><br />

certeza, O Escritor Fantasma, <strong>de</strong> Polanski.<br />

Melhor Livro: Diria Gestos Esquecidos, <strong>de</strong> um tal<br />

Fernando José Rodrigues. Também Chega <strong>de</strong> fado, <strong>de</strong><br />

Paulo Kellerman. Mas agora o que está na calha para<br />

ler, com autógrafo do autor, é Os anagramas <strong>de</strong> Varsóvia,<br />

<strong>de</strong> Richard Zimmler. Um escritor que nos conta sim-<br />

plesmente histórias e que nos <strong>de</strong>ixa sempre, no final, a<br />

matutar…<br />

Melhor Exposição: A exposição plástica <strong>de</strong> Sílvia<br />

Patrício, <strong>de</strong>dicada ao Crime do padre Amaro, <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong><br />

Queiroz. As pinturas e esculturas <strong>de</strong>ixam-nos sem fôlego<br />

e terminam com um esplendoroso último quadro,<br />

uma Amélia pensativa, reflectindo uma mudança artística<br />

e técnica, direi eu com olhos <strong>de</strong> leigo, no trabalho<br />

<strong>de</strong> Sílvia Patrício. A não per<strong>de</strong>r, ainda quando pu<strong>de</strong>r, a<br />

exposição <strong>de</strong> Joana Vasconcelos. Vi no CCB, confesso<br />

<strong>de</strong> pé atrás, e saí <strong>de</strong> lá rendido e à espera <strong>de</strong> mais.<br />

Melhor DVD: Shuttter Island, <strong>de</strong> Polanski… Tal como<br />

uma pintura, um Polanski é sempre um Polanski… e o<br />

mestre nunca esqueceu… Num outro registo, mais intimista,<br />

O solista, baseado numa história verídica…<br />

Melhor CD musical: Ando a re-ouvir os White Stripes…<br />

Electrizantes….<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

PUB<br />

v i v e r . 3 1


v i v e r . 3 2<br />

A participação cívica<br />

Está quase a completar um ano sobre o processo das eleições<br />

autárquicas as quais, neste espaço <strong>de</strong> território entre o<br />

Ribatejo e Estremadura, tiveram acesa disputa em torno <strong>de</strong><br />

candidaturas com as mais diferenciadas propostas.<br />

Foi agradável ver toda a dinâmica e mobilização <strong>de</strong> cidadãos<br />

em torno das diferentes candidaturas, os ânimos exaltados,<br />

o gran<strong>de</strong> empenhamento, formando equipas coesas e<br />

<strong>de</strong>senvolvendo as mais diversas acções para colher a simpatia<br />

dos eleitores.<br />

Este quadro <strong>de</strong> acção extravasa as cida<strong>de</strong>s e as zonas <strong>de</strong><br />

características mais urbanas e toca também as zonas rurais<br />

conferindo ao mo<strong>de</strong>sto cidadão um papel e um protagonismo<br />

inusitado.<br />

Este salutar exercício da <strong>de</strong>mocracia nos períodos eleitorais<br />

representa um corte com a normal participação em<br />

torno da causa pública, a qual normalmente está adormecida<br />

na maioria das pessoas, sendo nicho <strong>de</strong> intervenção quase<br />

exclusiva <strong>de</strong> alguns, poucos, actores convencionais.<br />

DR<br />

no ponto<br />

A necessida<strong>de</strong> dum aeródromo regional que faça<br />

<strong>de</strong> Fátima um <strong>de</strong>stino turístico <strong>de</strong> mais fácil acessibilida<strong>de</strong><br />

está na or<strong>de</strong>m do dia….pelo menos a julgar pela<br />

dinâmica <strong>de</strong> lobby. Esperemos que não fique por aí!<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

A participação é um processo fundamental da vida em<br />

<strong>de</strong>mocracia, que na actual socieda<strong>de</strong> se instituiu como <strong>de</strong><br />

especial relevância na construção dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e no vínculo da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Apesar <strong>de</strong>ste estatuto conquistado na maturação do exercício<br />

<strong>de</strong> cidadania observam-se gran<strong>de</strong>s transtornos na sua<br />

concretização e na sua eficácia, face a dois factores: a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> participação dos cidadãos e as características dos<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> participação instituídos.<br />

Para qualquer cidadão ‘ser participativo’ ele tem <strong>de</strong> estar<br />

informado e motivado para esse exercício e dominar essa<br />

necessária competência. Estes pressupostos só são garantidos<br />

se na sua base existir uma aposta na educação para a<br />

cidadania.<br />

A educação é o processo através do qual se garante o<br />

conhecimento, mas também a sensibilização e a mobilização<br />

para uma participação esclarecida.<br />

Não é suficiente termos cidadãos capacitados e motiva-<br />

em<br />

banho maria<br />

O potencial do Parque Natural das Serras <strong>de</strong> Aire<br />

e Can<strong>de</strong>eiros enquanto dinamizador do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

rural continua à espera que lhe alimentem a<br />

chama anunciada noutros tempos.<br />

DR<br />

ARQUIVO/JL<br />

José Manuel Alho<br />

DR<br />

biólogo<br />

dos para participarem, é necessário que a participação seja<br />

viável <strong>de</strong> modo fácil, e motivadora!<br />

Os cidadãos <strong>de</strong>viam po<strong>de</strong>r exercer o direito <strong>de</strong> participação<br />

duma forma simples e natural, como nos diversos actos<br />

da vida em socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>viam sentir que essa sua manifestação<br />

tinha algum efeito prático nas <strong>de</strong>cisões tomadas e nos<br />

processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que os envolvem.<br />

A participação das comunida<strong>de</strong>s locais tem <strong>de</strong> ser ponto<br />

<strong>de</strong> partida mas também <strong>de</strong> chegada nas dinâmicas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, através do seu envolvimento sério e consequente.<br />

Neste período “ainda” <strong>de</strong> arranque <strong>de</strong> novos mandatos<br />

aqui <strong>de</strong>ixo um repto aos novos governantes locais para que<br />

apostem na educação para a cidadania dirigindo para esse<br />

objectivo a mesma energia e empenho que <strong>de</strong>dicaram à conquista<br />

do voto popular e <strong>de</strong>ste modo contribuam para uma<br />

maior e mais esclarecida participação <strong>de</strong> todos num efectivo<br />

exercício <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia!<br />

requentado<br />

A persistência da poluição proveniente do sector<br />

suinícola no Vale do Lis é um cenário que parece<br />

sobreviver a todas as tentativas <strong>de</strong> solução negociadas.<br />

Não é <strong>de</strong> todo aceitável no século XXI numa<br />

região que até tem uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo feita<br />

à medida.


Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura<br />

“O turismo cultural contribui<br />

para a redução <strong>de</strong> assimetrias regionais”<br />

Que balanço faz da activida<strong>de</strong> cultural do nosso<br />

País fora dos gran<strong>de</strong>s centros?<br />

O dinamismo cultural <strong>de</strong> base local emanado<br />

dos agentes culturais amadores e profissionais no<br />

sector das artes não <strong>de</strong>ve ser subestimado. No concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, por exemplo, existem cerca <strong>de</strong> 60<br />

entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter cultural e recreativo. Saliente-se<br />

o programa <strong>de</strong> apoio à acção cultural, levado<br />

a cabo pela Direcção Regional <strong>de</strong> Cultura do<br />

Centro, contemplando iniciativas <strong>de</strong> criação, produção<br />

e difusão das artes e dos espectáculos <strong>de</strong><br />

agentes culturais amadores, e <strong>de</strong> apoio à edição.<br />

O papel das autarquias tem evoluído no aspecto<br />

cultural?<br />

Cada vez mais o Po<strong>de</strong>r Local ten<strong>de</strong> a aproximar-se<br />

da Cultura e do Património. Aproveitandose<br />

estas sinergias, tem sido feito um trabalho interessante,<br />

com recurso à iniciativa local dos artistas<br />

e também <strong>de</strong> algumas autarquias cada vez mais<br />

conscientes da importância <strong>de</strong>ste sector. Vejam-se<br />

os resultados que a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cine-Teatros já está a<br />

produzir, cumprindo-se o objectivo <strong>de</strong> criar uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> recintos que conduzam à realização <strong>de</strong><br />

manifestações culturais diversas e leve a cultura e<br />

a informação aos principais centros urbanos das<br />

regiões mais afastadas das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Saliente-se<br />

ainda a receptivida<strong>de</strong> que existe nas autarquias<br />

relativamente à partilha da gestão do património<br />

classificado dos seus concelhos. A assinatura<br />

do auto <strong>de</strong> cedência do Convento <strong>de</strong> Santo Agostinho,<br />

entre o Instituto Português do Património<br />

Arquitectónico e o município <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é disto exemplo.<br />

No espaço, a autarquia preten<strong>de</strong> instalar o<br />

Museu <strong>de</strong> Arqueologia, os serviços camarários <strong>de</strong><br />

arqueologia e património e a reserva arqueológica.<br />

As activida<strong>de</strong>s culturais têm perspectivas <strong>de</strong> crescimento,<br />

<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> riqueza e <strong>de</strong> emprego que<br />

urge potenciar. O turismo cultural, <strong>de</strong>signadamente,<br />

constitui um factor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e contribui<br />

para a redução <strong>de</strong> assimetrias regionais.<br />

Mais uma vez, as verbas do Orçamento <strong>de</strong><br />

Estado para a Cultura são muito reduzidas...<br />

No actual contexto económico nacional e internacional,<br />

a subida do orçamento da Cultura é uma<br />

conquista. De facto, parte dos outros ministérios<br />

teve <strong>de</strong>créscimos significativos, e a Cultura é um<br />

dos poucos em que houve um acréscimo da dotação<br />

orçamental. Teremos um período difícil, nos<br />

próximos três ou quatro anos.<br />

O que é possível fazer com menos <strong>de</strong> 1% do<br />

Orçamento <strong>de</strong> Estado?<br />

Desenvolver uma política orientada para a requalificação<br />

das infra-estruturas dos serviços estruturais<br />

do ministério <strong>de</strong> modo a promover a sua fruição<br />

pública e inovar nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão, mas<br />

também promover o aumento das parcerias e do<br />

funcionamento em re<strong>de</strong> com instituições públicas<br />

e privadas. Há que consolidar a transversalida<strong>de</strong> da<br />

acção da cultura, potenciando outros meios e multiplicando<br />

recursos. A transversalida<strong>de</strong> do Ministério<br />

da Cultura reflecte-se, assim, não só na sua linha<br />

<strong>de</strong> actuação e objectivos, na sua acção que se esten-<br />

FILIPE POMBO<br />

<strong>de</strong> a todas as áreas da socieda<strong>de</strong>, como também<br />

na sua articulação/parcerias interministeriais, alargando<br />

assim a sua esfera <strong>de</strong> actuação e orçamento.<br />

Além do orçamento do PIDDAC, existem investimentos<br />

<strong>de</strong> outros ministérios no sector da Cultura,<br />

que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados para efeito <strong>de</strong> aumento<br />

do orçamento.<br />

Quais serão as áreas prioritárias <strong>de</strong> actuação<br />

do Ministério da Cultura?<br />

Temos um programa <strong>de</strong> Governo ambicioso na<br />

área da museologia, no património, nas indústrias<br />

culturais, e no cinema. A activação do Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Cultura, revisão do quadro jurídico <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa da proprieda<strong>de</strong> intelectual, conclusão da<br />

Regulamentação da Lei do Património, elaboração<br />

e aprovação do Regulamento <strong>de</strong> Trabalhos Arqueológicos,<br />

criação <strong>de</strong> uma Lei das Bibliotecas, que permitirá<br />

concretizar a Re<strong>de</strong> Nacional das Bibliotecas<br />

Públicas, o Estatuto dos Artistas, a revisão dos instrumentos<br />

<strong>de</strong> financiamento do cinema e do audiovisual<br />

e da legislação <strong>de</strong> apoio às artes e implementação<br />

do Plano Estratégico para os Museus.<br />

De pianista a ministra<br />

Alcobaça tem em curso um projecto emblemático<br />

<strong>de</strong> requalificação do Mosteiro e do Convento<br />

<strong>de</strong> Cós. Qual a sua opinião sobre este projecto?<br />

Trata-se <strong>de</strong> um projecto que correspon<strong>de</strong> aos<br />

nossos objectivos <strong>de</strong> proporcionar uma maior vivência<br />

dos monumentos, colocando à disposição do<br />

gran<strong>de</strong> público, não apenas, zonas actualmente<br />

visitáveis, mas sim, na sua totalida<strong>de</strong>, áreas que<br />

fazem parte dos respectivos conjuntos monumentais,<br />

sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir<br />

uma sustentabilida<strong>de</strong> da gestão dos monumentos,<br />

que permita, sem encargos para o erário público<br />

ou minimizando-os, garantir os meios financeiros<br />

da sua conservação, evitando-se assim <strong>de</strong>gradação<br />

por falta <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> investimento. Este<br />

projecto <strong>de</strong> valorização do Património Histórico e<br />

Cultural da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister conta com o nosso<br />

inteiro apoio numa conjugação <strong>de</strong> esforços entre<br />

vários níveis <strong>de</strong> administração central e local e<br />

parcerias público-privadas.<br />

Helena Silva<br />

entrevista<br />

Antes <strong>de</strong> tomar posse como titular da pasta da Cultura, em Outubro <strong>de</strong> 2009, exercia as funções <strong>de</strong> directora Regional da Cultura do Governo<br />

Regional dos Açores. Mas foram as suas interpretações ao piano que lhe valeram distinções <strong>de</strong>ntro e fora do País, e torná-la conhecida.<br />

Maria Gabriela da Silveira Ferreira Canavilhas nasceu em 1961. Como pianista, entre 1986 e 2004, manteve intensa activida<strong>de</strong> artística nos palcos<br />

das principais salas <strong>de</strong> concerto, instituições culturais e festivais nacionais, bem como inúmeros concertos por todo o País. Dedicou-se à<br />

revelação <strong>de</strong> obras eruditas portuguesas, apresentando ao vivo e em CD as primeiras audições mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> João Domingos Bomtempo<br />

e primeiras audições <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> compositores portugueses contemporâneos como Eurico Carrapatoso, Victorino <strong>de</strong> Almeida, Sérgio <strong>de</strong> Azevedo<br />

ou Clotil<strong>de</strong> Rosa. Gravou sete CD, alguns dos quais com primeiras gravações <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> compositores portugueses. Respon<strong>de</strong>u a esta<br />

entrevista via email.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

v i v e r . 3 3


v i v e r . 3 4<br />

obrigatório<br />

LEITURAS<br />

PARA FÉRIAS<br />

Na Síria<br />

AGATHA CHRISTIE<br />

EDITORA: TINTA DA CHINA<br />

«Agatha Christie escreveu quase cem livros,<br />

mas só um assinado Agatha Christie Mallowan:<br />

"Come, Tell Me How You Live", título da<br />

edição original <strong>de</strong>ste livro, "uma memória<br />

arqueológica" dos anos 30 nas escavações do<br />

marido, Max Mallowan.<br />

(...) Foi no <strong>de</strong>serto sírio, no intervalo dos cacos,<br />

que Agatha Cristie escreveu muitos dos seus<br />

crimes. Na Síria é a memória <strong>de</strong> como foi inteiramente<br />

feliz ali. Os árabes gostavam quando<br />

ela chegava. Tudo a fazia rir.» Alexandra<br />

Lucas Coelho, Prefácio»<br />

O escriturário indiano<br />

DAVID LEAVITT<br />

EDITORA: TEOREMA<br />

Uma história emocionante para todos aqueles<br />

que gostam da história recente, dos enigmas<br />

matemáticos e do conflito entre emoções<br />

e lógica racionalista.<br />

“A Matemática e os seus paradoxos proporcionam<br />

um veio profundo <strong>de</strong> metáforas que<br />

Leavitt utiliza para conseguir um efeito soberbo,<br />

<strong>de</strong>monstrando até que ponto as relações<br />

mais significativas <strong>de</strong>safiam a lógica e a imaginação...”<br />

New Yorker<br />

As Rotas do Sonho<br />

TIAGO SALAZAR<br />

EDITORA: OFICINA DO LIVRO<br />

Tiago Salazar guia-nos por praias <strong>de</strong> sonho,<br />

refúgios distantes, por cida<strong>de</strong>s turísticas com<br />

histórias por contar, leva-nos até ao Nepal e à<br />

herança <strong>de</strong> Buda, <strong>de</strong>screve-nos o céu, único,<br />

<strong>de</strong> África e recupera o romantismo <strong>de</strong> Veneza.<br />

De país em país somos levados na bagagem<br />

do viajante que atravessa o mundo distante,<br />

mas que regressa sempre à Europa, esse<br />

velho continente que ainda não nos contou<br />

tudo.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

DR<br />

DR<br />

Louise-Michel:<br />

a luta continua<br />

No globalizado mundo actual, nada é o que parece, e o filme Louise-<br />

Michel, da mesma dupla <strong>de</strong> argumentistas/realizadores do negro e irónico<br />

Aaltra, os belgas Benoit Delépine e Gustave Kervern, é um exemplo disso<br />

mesmo. A história, que chega agora ao mercado <strong>de</strong> DVD, começa com o encerramento<br />

<strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> têxteis belga <strong>de</strong> um dia para o outro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>,<br />

anos a fio, nunca ter faltado trabalho nem encomendas. A razão? A <strong>de</strong>slocalização<br />

para um qualquer país com mão-<strong>de</strong>-obra mais barata. Em vez <strong>de</strong> se<br />

contentarem com a in<strong>de</strong>mnização, as operárias lançam-se num arriscado projecto:<br />

mostrar ao mundo empresarial que também tem <strong>de</strong> pagar pelo <strong>de</strong>semprego<br />

e exclusão e congeminam um plano: contratar um assassino para matar<br />

o patrão. O plano até po<strong>de</strong>ria dar certo não fosse o assassino não ter jeito<br />

nenhum e a fábrica ser <strong>de</strong>tida por uma holding que faz parte <strong>de</strong> um grupo,<br />

que por sua vez pertence a uma socieda<strong>de</strong> no estrangeiro... On<strong>de</strong> é que já<br />

vimos isto? Perante as adversida<strong>de</strong>s, os improvisados assassinos profissionais<br />

não <strong>de</strong>sistem da missão e custe o que custar. Se a moda pega por cá... Premiado<br />

no Indie Lisboa e no festival Sundance é um filme “obrigatório”.<br />

O outro lado do Jazz em Agosto<br />

Até domingo, dia 15, os dias são <strong>de</strong> jam session na Fundação Gulbenkian.<br />

O pretexto é a 27ª edição do Jazz em Agosto. Ocasião para conhecer<br />

o “outro lado do jazz”, com alguns dos músicos que reflectem as tendências<br />

inovadoras <strong>de</strong>ste estilo musical, na actualida<strong>de</strong>. O palco escolhido é o<br />

anfiteatro ao ar livre do espaço, on<strong>de</strong>, amanhã, dia 13, o quinteto do clarinetista<br />

francês Louis Sclavis, às 21:30 horas o seu mais recente projecto,<br />

Lost On The Way, inspirado na Odisseia <strong>de</strong> Homero. Domingo, dia 15, à<br />

mesma hora e a encerrar o festival, toca a Circulasione Totale Orchestra.<br />

Trata-se da banda li<strong>de</strong>rada pela saxofonista e clarinetista Frö<strong>de</strong> Gjerstad,<br />

com músicos como Louis Moholo, Paal Nilssen-Love, Sabir Mateen, Bobby<br />

Bradford ou Kevin Norton.<br />

Aljubarrota regressa<br />

à Ida<strong>de</strong> Média<br />

Durante quatro dias, Aljubarrota vai voltar aos tempos medievais. Entre<br />

hoje, dia 12, e domingo, 15, a vila do concelho <strong>de</strong> Alcobaça volta a viver<br />

a época dos reis com tavernas, cavaleiros, fidalgos, mendigos, mouros,<br />

ciganos cartomantes, homens-bons e cobradores <strong>de</strong> impostos, cozinha<br />

medieval, jogos, música e até um acampamento militar. Espaço ainda para<br />

o artesanato e para os produtos locais. A entrada é livro à excepção da<br />

ceia medieval que se realiza no sábado. Inscrições através do telefone 262<br />

580 857. Mais informações emwww.cm-alcobaca.pt.<br />

DR<br />

DR<br />

Castelo <strong>de</strong> Óbidos<br />

é palco para La Bohème<br />

Depois <strong>de</strong> ter esgotado a lotação com a obra <strong>de</strong> Gioacchino<br />

Rossini, O Barbeiro <strong>de</strong> Sevilha, o Festival <strong>de</strong> Ópera <strong>de</strong> Óbidos<br />

continua com a ópera La Bohème, <strong>de</strong> Giacomo Puccini. As primeiras<br />

árias começam a ser cantadas pelas 21:30 horas do dia<br />

19, com o cenário monumental das muralhas da Cerca do Castelo<br />

<strong>de</strong> Óbidos como palco <strong>de</strong>sta história <strong>de</strong> traição, mentiras,<br />

vaida<strong>de</strong>, intrigas, loucura. Como se trata <strong>de</strong> um evento ao ar<br />

livre, a organização aconselha o uso <strong>de</strong> agasalhos. Mais informações<br />

emwww.festivaloperaobidos.pt ou www.obidos.pt.


DR<br />

Citemor<br />

em recta final<br />

Quase na recta final, o Citemor, 32º Festival<br />

<strong>de</strong> Montemor-o-Velho, apresenta no sábado, dia<br />

14, pelas 22:30 horas, na Praça da República, o<br />

espectáculo Arroz Negro remix, do cineasta Tiago<br />

Pereira. Este é um espectáculo <strong>de</strong> manipulação<br />

áudio e ví<strong>de</strong>o em tempo real a partir do filme<br />

com o mesmo nome, realizado pelo cineasta<br />

amador José Ma<strong>de</strong>ira, nos anos 70, nos campos<br />

<strong>de</strong> arroz do Baixo Mon<strong>de</strong>go. Os Diabo na Cruz,<br />

são os senhores que se seguem, no mesmo local,<br />

meia hora mais tar<strong>de</strong>. Mais informações, crónicas,<br />

entrevistas, fotografia e ví<strong>de</strong>o em<br />

www.citemor.blogspot.com.<br />

DR<br />

DR<br />

Um Profeta - Edição Especial<br />

Da fama <strong>de</strong> ser o filme que quase ganhou a Palma <strong>de</strong> Ouro (recebeu<br />

o Gran<strong>de</strong> Prémio) e quase venceu o Óscar <strong>de</strong> Melhor Filme Estrangeiro,<br />

em 2010, Um Profeta, <strong>de</strong> Jacques Audiard não escapa. Tal como<br />

não escapa do facto <strong>de</strong> ter sido o Melhor Filme Francês <strong>de</strong> 2009. o<br />

realizador quis contar-nos a história <strong>de</strong> um jovem <strong>de</strong>linquente <strong>de</strong><br />

origem argelina na França <strong>de</strong> Sarkozy que se torna num dos “padrinhos”<br />

dos traficantes <strong>de</strong> Paris, sem sequer sair da prisão on<strong>de</strong> cumpre<br />

uma pena <strong>de</strong> seis anos. Um drama <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envolvência, on<strong>de</strong><br />

é patente o choque entra a cultura da França branca e laica e a nova<br />

França mestiça e muçulmana, com Niels Arestrup e Tahar Rahim,<br />

que está agora disponível em versão especial DVD.<br />

ESAD em exposição<br />

na Livraria Arquivo<br />

A Livraria Arquivo em <strong>Leiria</strong> recebe uma exposição com<br />

alguns dos mais ilustrativos trabalhos dos alunos finalistas da<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design <strong>de</strong> Caldas da Rainha. Concebidas<br />

neste ano lectivo, as peças foram já alvo <strong>de</strong> uma exposição<br />

<strong>de</strong> divulgação, em Caldas da Rainha. Em exposição vão<br />

estar trabalhos dos cursos <strong>de</strong> Artes Plásticas, e <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> Ambientes,<br />

e Cerâmica e Vidro, Design Gráfico e Multimédia, Design<br />

Industrial, Som e Imagem e Teatro.<br />

AGENDA AGOSTO 2010<br />

Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Casa do Administrador<br />

Até Dezembro <strong>de</strong> 2010<br />

Exposição: “OUREMPUBLICA”<br />

De Terça a Domingo das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00<br />

Uma mostra que permite ficar a conhecer os discursos e os ecos da<br />

implantação da República em Ourém: Os rostos e os momentos da<br />

mudança, as tensões, as repercussões e as conexões entre o global<br />

e o local.<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

27 <strong>de</strong> Agosto<br />

Acontece no Museu<br />

21h00<br />

Convidada: Maria <strong>de</strong> Fátima Gouveia<br />

<strong>Apresentação</strong> do livro “Jogos <strong>de</strong> Perfídia”<br />

Entradas Gratuitas<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

Ciclos <strong>de</strong> Cinema ao ar livre<br />

Todos os domingos <strong>de</strong> Agosto<br />

Ciclo - Chevy Chase<br />

Dia 15 – “Três amigos”<br />

Dia 22 – “O Clube dos Malandrecos”<br />

Entradas Gratuitas<br />

21h30<br />

Praça Dr. Agostinho Albano <strong>de</strong> Almeida<br />

Todas as quintas-feiras<br />

Ciclo – cinema <strong>de</strong> animação<br />

Dia 12 – “Os Super-Heróis”<br />

Dia 19 – “Toy Story”<br />

Dia 26 – Madagáscar<br />

Entradas Gratuitas<br />

21h30<br />

Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém – Casa do Administrador<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

14 e 28 <strong>de</strong> Agosto<br />

Teatro <strong>de</strong> Rua - “Na Terra dos Sonhos”<br />

pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo<br />

22h00<br />

Em frente ao Museu Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Org.: Grupo <strong>de</strong> Teatro Apollo do Centro Cultural e Recreativo <strong>de</strong> Pêras<br />

Ruivas<br />

Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

EXPOSIÇÕES<br />

Até 2 <strong>de</strong> Setembro<br />

Exposição <strong>de</strong> Fotografia “Mercado <strong>de</strong> Ourém”<br />

Às 5ªs feiras e sábados<br />

Fotógrafos: Bruno Vieira, Sérgio Paulino e Carlos Ferreira<br />

Mercado Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

Até 29 <strong>de</strong> Agosto<br />

Exposição <strong>de</strong> pintura “Antese”<br />

De Terça a Domingo das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00<br />

Galeria Municipal <strong>de</strong> Ourém<br />

Ana Oliveira, Clara Almada, Roberto Miquelino e Pedro Banza oferecem,<br />

a todos os visitantes, um cenário visual <strong>de</strong> exulto à natureza.<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

DESPORTO<br />

21 <strong>de</strong> Agosto<br />

Nacional SuperCross Nocturno<br />

17h00: início<br />

21h00: corridas<br />

24h00: final das corridas<br />

Local: Off-road park – Acelsport – Escandarão<br />

Org.: Natureza Acção<br />

Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

21 <strong>de</strong> Agosto<br />

Passeio <strong>de</strong> BTT Nocturno – Bestomontanha<br />

19h30<br />

Local: Concentração na se<strong>de</strong> da Bestomontanha – Besteiros<br />

Distância: 25Km; Grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>: médio<br />

Org.: Bestomontanha<br />

Apoio: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

12 <strong>de</strong> Agosto<br />

Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong><br />

Entradas gratuitas no Museu e nas Piscinas Municipais <strong>de</strong> Ourém. A<br />

senha <strong>de</strong> entrada po<strong>de</strong> ser adquirida na Loja Ponto Já em Ourém.<br />

Org.: Município <strong>de</strong> Ourém<br />

Informação cedida pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Ourém.<br />

Eventuais alterações nas activida<strong>de</strong>s são da responsabilida<strong>de</strong> dos<br />

promotores.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

PUB<br />

v i v e r . 3 5


DR<br />

v i v e r . 3 6<br />

agenda<br />

Eventuais alterações ou cancelamentos às datas e horários<br />

indicados para os eventos <strong>de</strong>sta agenda<br />

são da responsabilida<strong>de</strong> dos seus organizadores<br />

ARTES<br />

Macau em <strong>Leiria</strong><br />

MACAU, ENCONTRO DE CULTURAS, exposição patente no Edifício<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal, LEIRIA, até dia 21<br />

Exposição <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> alunos da Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design<br />

<strong>de</strong> Caldas da Rainha, ESAD, até 2 <strong>de</strong> Setembro, na galeria da Livraria<br />

Arquivo, LEIRIA<br />

QUATRO (pintura <strong>de</strong> Sofia Real, Manuel Casimiro, Jorge Martins e Nikias<br />

Skapinakis), no Armazém das Artes, ALCOBAÇA, em colaboração com<br />

Artistas Unidos e Casa da Cerca - Centro <strong>de</strong> Arte Contemporânea<br />

Exposição itinerante LIGHT AGAINST TIME, do fotógrafo Nuno Moreira,<br />

no foyer do Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), LEIRIA, até dia 30<br />

A ARTE QUE O CÔA GUARDA, exposição itinerante, <strong>de</strong>senvolvida em<br />

parceria entre o município da Guarda e o Parque Arqueológico vale do<br />

Côa, na se<strong>de</strong> da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Santa Eufêmia, LEIRIA, até final<br />

<strong>de</strong>ste mês<br />

Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> AUGUSTO NEVES, no salão multiusos da Junta<br />

<strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pousos, LEIRIA, até dia 30<br />

Exposição colectiva <strong>de</strong> pintura e escultura ANTESE <strong>de</strong> jovens licenciados<br />

em Escultura pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belas Artes da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa,<br />

até dia 29, na Galeria Municipal <strong>de</strong> OURÉM (centro histórico)<br />

No âmbito da IX Mostra <strong>de</strong> Artes Plásticas – Castel Arte, estará patente<br />

no castelo <strong>de</strong> PORTO DE MÓS, até dia 15, uma exposição <strong>de</strong> pintura<br />

<strong>de</strong> David Ferreira, PATCHWORK<br />

BIODIVERSIDADE NO PARQUE, exposição <strong>de</strong> cerâmica <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />

Victor Mota, até dia 19, no Parque D. Carlos I, CALDAS DA RAINHA<br />

Exposição <strong>de</strong> PEDRO CASTEL´BRANCO, na Casa da Barbacam, ÓBI-<br />

DOS, até dia 8, domingo, diariamente, das 17 às 19:30 horas<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

DR<br />

Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> ARTUR FRANCO, na galeria do Teatro-Cine <strong>de</strong><br />

POMBAL, até dia 31<br />

PASSAGENS, exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> João Viola, até dia 30, no Centro<br />

<strong>de</strong> Interpretação Turística, PEDRÓGÃO GRANDE<br />

Gonçalo Lobo Pinheiro apresenta ROSTOS E NUANCES, exposição <strong>de</strong><br />

fotografia <strong>de</strong> figuras públicas sobretudo ligadas ao mundo das artes, no<br />

Café Amor <strong>de</strong> Biscoito, nas antigas instalações da Cuf, Rua Manuel <strong>de</strong><br />

Melo, ANSIÃO<br />

Exposição das obras da II BIENAL DE ARTES E ANSIÃO, no Centro Cultural<br />

<strong>de</strong>sta vila e no Centro <strong>de</strong> Interpretação do Nabão, até 5 <strong>de</strong> Setembro<br />

Exposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho, pintura, escultura e fotografia PEQUENOS GRAN-<br />

DES NADAS, <strong>de</strong> Ana Sampaio, patente até dia 31, na Casa do Tempo,<br />

CASTANHEIRA DE PERA<br />

Sábado, 14, pelas 15:30 horas, será inaugurada na galeria Mouzinho <strong>de</strong><br />

Albuquerque, BATALHA, a exposição FESTAS DA BATALHA – UMA<br />

HISTÓRIA COM MAIS DE 50 ANOS<br />

CINEMA<br />

O alemão que salvou mais<br />

<strong>de</strong> 200 mil pessoas<br />

O NEGOCIADOR é a verda<strong>de</strong>ira história do alemão John Rabe,<br />

gerente da fábrica da Siemens, na cida<strong>de</strong> chinesa <strong>de</strong> Nanjing,<br />

que salvou mais <strong>de</strong> 200 mil pessoas do massacre das tropas<br />

japonesas, em 1937. Em exibição no Teatro Miguel Franco, LEI-<br />

RIA, a partir <strong>de</strong> domingo, 15, até dia 18, às 21:30 horas e na<br />

quarta-feira também às 18:30 horas. A realização é <strong>de</strong> Florian<br />

Gallenberger, com interpretação <strong>de</strong> Anne Consigny, Daniel Brühl,<br />

Steve Buscemi e Ulrich Tukur<br />

ALCOBAÇA<br />

CINETEATRO DA NAZARÉ<br />

Em Roma De segunda a quarta, às 21h45 e 00h15.<br />

BATALHA<br />

AUDITÓRIO DO MUNICÍPIO<br />

Saga Twilight: Eclipse De sexta a segunda, às 21h30 horas<br />

CALDAS DA RAINHA<br />

VIVACINE CINEMAS<br />

De Quinta a Quarta-feira<br />

Os Mercenários (Sala 1) 13:30, 16:00, 18:30, 21:10, 23:50 horas<br />

A Origem (Sala 2) 13:50, 17:00, 21:00, 00:10 horas<br />

Toy Story 3 (Sala 3) 11:00, 13:40, 16:10 horas<br />

Miúdos e Graúdos (Sala 4) 18:50, 21:40, 00:15 horas<br />

The Last Airben<strong>de</strong>s (Sala 4) 13:20, 15:50 18:20 21:20, 00:00 horas<br />

Marmaduke (Sala 5) 14:00 horas<br />

Lucky Luke (Sala 5) 16:15, 18:40, 21:30, 23:55 horas<br />

LEIRIA<br />

CASTELLO LOPES CINEMAS - C. C. LEIRIASHOPPING<br />

De Quinta a Quarta-feira<br />

Miúdos e Graúdos (Sala 1) 12:50, 16:00, 18:50, 21:50 e 00:10 horas<br />

Soldados da Fortuna (Sala 2) Quinta a Quinta, às 12:30, 15:30, 18:30,<br />

21:20 horas<br />

Os Mercenários (Sala 2) Sexta a quarta, às 12:40, 15:40, 18:20, 21:40<br />

e 00:15 horas<br />

Os Mercenários (Sala 2) Quinta às 00:15 horas<br />

O Último Airben<strong>de</strong>r (Sala 3) 13:10, 15:50, 18:40, 21:30, 00:00 horas<br />

A Origem (Sala 4) Quinta a quarta às 21:00 e 00:20 horas<br />

Toy Story 3 (Sala 7) Quinta a quarta às 3:00, 15:30 e 18:30 horas<br />

CINEMA CITY<br />

De Quinta a Quarta-feira<br />

O Último Airben<strong>de</strong>r (Sala 1-D) 14:00, 16:15, 18:30, 21:40 e 00:00 horas<br />

Miúdos e Graúdos (Sala 2-K) 14:10, 16:25, 18:40, 21:45 e 00:05 horas<br />

Os Mercenários (Sala 3) 14:05, 16:20, 18:35, 21:50 e 00:15 horas<br />

Kiss & Kill - Beijos e Balas (Sala 4-V) 13:40, 15:50, 18:00, 21:55,<br />

00:10 horas<br />

Soldados da Fortuna (Sala 5-L) 13:35 horas<br />

A Origem (Sala 5-L) 15:55, 18:45, 21:35, 00:25 horas<br />

Dia e Noite (Sala 6-S) 13:50, 16:05, 17:50, 19:50, 22:00 e 00:20 horas<br />

Saw VI (Sala 6-S) 18:20, 20:20, 22:20, 00:30 horas<br />

Toy Story 3 (Sala 7) 13:45, 16:00, 21:30 horas<br />

Contraluz (Sala 7) 23:55 horas<br />

TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA<br />

Marmaduke<br />

Quinta a Quarta às 15:30 horas. Sábado às 21h30<br />

TEATRO MIGUEL FRANCO<br />

John Rabe - O Negociador<br />

Domingo e quarta às 21:30 horas. Quarta às 18:30 horas<br />

CINE-TEATRO MONTE REAL<br />

Marmaduke<br />

Sexta às 21:30 horas.<br />

Nunca é Tar<strong>de</strong> Demais para Amar<br />

Quarta às 21:30 horas.<br />

VIEIRA DE LEIRIA<br />

AUDITÓRIO ANTÓNIO CAMPOS (PRAIA DA VIEIRA)<br />

John Rabe - O negociador Quinta às 21:45 horas<br />

De Paris com Amor Terça às 21:45 horas<br />

POMBAL<br />

POMBALCINE<br />

A Saga Twilight - Eclipse Sexta, sábado e segunda às 21:30; terça a<br />

quinta, encerrado; domingo às 16:00 e 21:30 horas<br />

DR<br />

CRIANÇAS<br />

Robertos e palhaços<br />

para os mais novos<br />

Teatro <strong>de</strong> Marionetas, ROBERTOS, domingo, 18, pelas 18 horas, no<br />

Café Concerto do CCC, CALDAS DA RAINHA. Um espectáculo do bonecreiro<br />

José Gil, com produção S.A.Marionetas-Teatro & Bonecos<br />

DR Shrek para Sempre (Sala 7) 18:15 horas<br />

O pátio do Mercado Sant´Ana, LEIRIA, recebe sábado, 14, pelas 22<br />

horas, a peça Train Station, pelo PALHAÇO KAKI que, ao sentir-se<br />

triste e só, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> fazer uma viagem <strong>de</strong> comboio...<br />

DANÇA<br />

Cin<strong>de</strong>rela em patins<br />

Chama-se CINDERELA, anda <strong>de</strong> patins, e promete encantar gran<strong>de</strong>s<br />

e pequenos, amanhã, sábado e domingo, às 21:30 horas e dia<br />

15 também às 18 horas, no Cine-Teatro da NAZARÉ. Este espectáculo<br />

<strong>de</strong> patinagem, da autoria <strong>de</strong> Palco Partilhado, alia diversas<br />

áreas artísticas<br />

XXV GALA INTERNACIONAL DE FOLCLORE, sábado, 14, às 21:30<br />

horas, no recinto das festas da BATALHA, com participação do<br />

grupo organizador (Rosas do Lena) e outros oriundos do Algarve,<br />

Guimarães, Espanha, Argélia e Bulgária<br />

Praça Viva continua amanhã, 13, pelas 22:30 horas na Praia do<br />

Pedrógão, LEIRIA (rua A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Félix), com o GRUPO DE FLA-<br />

MENCO DE ALFONSO El Maleno e alunas do Ateneu <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


DR<br />

DR<br />

EVENTOS<br />

Vida medieval<br />

em Aljubarrota<br />

ALJUBARROTA MEDIEVAL em recriação, <strong>de</strong> hoje, 12, a domingo,<br />

15, em Aljubarrota, ALCOBAÇA, com tavernas, animação musical,<br />

jogos épicos, acampamento militar e rábulas teatrais, entre outras<br />

activida<strong>de</strong>s. Uma CEIA MEDIEVAL <strong>de</strong>corre sábado, 14, na sala<br />

nobre da paróquia <strong>de</strong> Aljubarrota. Inscrição pelo tel. 262 580 857.<br />

A organização é da Câmara Municipal e Juntas <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />

Prazeres e São Vicente <strong>de</strong> Aljubarrota<br />

Alocução histórica O VOTO DE EL-REI D. JOÃO I ANTES DA BATA-<br />

LHA REAL, às 16 horas, no auditório municipal da BATALHA, a proferir<br />

por António <strong>de</strong> Almeida Monteiro<br />

FESTIM MEDIEVAL em ÓBIDOS, domingo, 15, a partir das 17 horas,<br />

na Praça <strong>de</strong> Santa Maria. Trata-se <strong>de</strong> um encontro <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong><br />

recriação histórica, on<strong>de</strong> não falta música, teatro e dança. Entrada<br />

livre<br />

A Casa-Museu João Soares, em Cortes, LEIRIA, comemora hoje, 12,<br />

o DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE, convidando os jovens<br />

com ida<strong>de</strong>s entre os 13 e os 25 anos a participar nas activida<strong>de</strong>s<br />

gratuitas, que se iniciam às 15 horas, seguindo-se um lanche partilhado<br />

A vila <strong>de</strong> Louriçal, POMBAL, é palco <strong>de</strong> ASTRONOMIA DE VERÃO,<br />

segunda-feira, 16, pelas 22 horas. A participação é livre, aberta a<br />

toda a população e não requer inscrição prévia<br />

FEIRA DE ARTESANATO DO MUNDO, até 2 <strong>de</strong> Setembro, no Vivaci<br />

Caldas, CALDAS DA RAINHA, com stands <strong>de</strong> países, como Egipto,<br />

Senegal, Brasil, entre outros<br />

Conferência DO MISTICISMO À DIVERSÃO POPULAR: AS SOM-<br />

BRAS CHINESAS, proferida pela Professora Ana Maria, hoje, 12,<br />

às 18:30 horas, edifício Banco <strong>de</strong> Portugal, LEIRIA. É a última iniciativa<br />

no âmbito da exposição Macau. Encontro <strong>de</strong> Culturas, patente<br />

ao público naquele espaço até dia 21<br />

NAZARÉ BEACH PARTY, sábado, 21, a partir das 22 horas, no areal<br />

da praia da NAZARÉ. Os Mundo Secreto são o prato forte da noite,<br />

animada pelos DJ’s Nuno Aqua e Guga, entre outros, como Paulo<br />

G, que começa logo a partir das 19 horas, com uma festa ao pôrdo-sol.<br />

Com entrada livre, o Nazaré Beach Party tem a chancela<br />

da Antena3<br />

DR<br />

DR<br />

LETRAS<br />

Forma e função<br />

das gárgulas<br />

Lançamento da obra GÁRGULAS DO MOSTEIRO DE SANTA<br />

MARIA DA VITÓRIA – FORMA E FUNÇÃO, da autoria <strong>de</strong> Patrícia<br />

Alho, a partir das 16 horas, no auditório municipal da BATA-<br />

LHA<br />

MÚSICA<br />

The Allstar Project<br />

na Praça Viva<br />

Concerto <strong>de</strong> acesso gratuito, amanhã, 13, às 22 horas, com os<br />

leirienses THE ALLSTAR PROJECT, na Praça Rodrigues Lobo, LEI-<br />

RIA, em mais um projecto do Fa<strong>de</strong> in - Associação <strong>de</strong> Acção Cultural<br />

no âmbito da Praça Viva<br />

A edição <strong>de</strong>ste ano das Festas da BATALHA conta hoje, sexta-Feira,<br />

13, pelas 21:30 horas, com o projecto AMÁLIA HOJE. Domingo,<br />

15, às 22:30 horas, será a vez <strong>de</strong> RUI VELOSO se apresentar<br />

em concerto<br />

BATALHA comemora hoje, 12, na Praça Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

o Dia Internacional da Juventu<strong>de</strong>. O programa, com início às<br />

17:30 horas, integra o espectáculo LOVE 80´S ON VIDEO, com<br />

os DJs Miguel Chagas, Luís Sousinha e Paulo Granada no palco.<br />

A entrada é gratuita<br />

Os colombianos LA REVUELTA em concerto amanhã, 13, pelas<br />

21:30 horas, no CCC, CALDAS DA RAINHA. Este grupo <strong>de</strong> música<br />

urbana é composto por <strong>de</strong>z músicos que se <strong>de</strong>dicam ao estudo<br />

dos sons tradicionais sul-americanos<br />

A ANIMAÇÃO MUSICAL nas ruas <strong>de</strong> CALDAS DA RAINHA continua<br />

amanhã, 13, pelas 22 horas (Rua Miguel Bombarda e Rua<br />

Heróis da Gran<strong>de</strong> Guerra), com Diabolus in Jazz e continua domingo,<br />

15, pelas 11 horas, com FunFarra e Tiago Ribeiro, às 22 horas,<br />

na Praça da República. Segunda-feira, 16, às 22 horas, no Largo<br />

Dr. José Barbosa, com Ibéria Trio Jazz Band, terça à mesma hora,<br />

nas ruas Miguel Bombarda e Heróis da Gran<strong>de</strong> Guerra, com Dixienaza<br />

Jazz Band e ainda na quarta-feira, 18, na Praça 5 <strong>de</strong> Outubro,<br />

com o Grupo Break Dance do Centro da Juventu<strong>de</strong><br />

Concerto pela ORQUESTRA LIGEIRA DA MARINHA GRANDE,<br />

domingo, 14, pelas 18 horas, na Praça Afonso Lopes Vieira, S.<br />

Pedro <strong>de</strong> Moel, MARINHA GRANDE. Também no âmbito das festas<br />

anuais <strong>de</strong>sta localida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>correm a partir <strong>de</strong> amanhã até<br />

domingo, o Grupo Dixie Boys actua no mesmo dia e local, às 21:30<br />

horas<br />

DR<br />

DR<br />

DR<br />

SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS apresentam Only Time Will Tell, sábado,<br />

14, pelas 22 horas, na Praça Fre<strong>de</strong>rico Ulrich, São Martinho do Porto,<br />

ALCOBAÇA. Entrada livre. Dia 18, à mesma hora, na igreja paroquial,<br />

é NOITE DOS CLÁSSICOS, com Maria Rodrigues Lopes (voz), Maria José<br />

Falcão (violoncelo) e Miguel Carvalhinho (guitarra clássica)<br />

JAZZ NO MAR ALTO, na Praça Manuel <strong>de</strong> Arriaga, NAZARÉ. Os concertos,<br />

com início às 23 horas, realizam-se hoje, 12, com o Quarteto <strong>de</strong><br />

Miguel Fevereiro, sexta-feira com Simbiose Ensemble e no encerramento,<br />

sábado, 14, com Mar-Alto Jazz Collective<br />

MÚSICA DE ORQUESTRA, amanhã e sábado, às 22 e 17 horas, respectivamente<br />

no Padrão Camoniano e na Praça <strong>de</strong> Santa Maria, ÓBIDOS,<br />

pela Orquestra Ligeira e Banda da Socieda<strong>de</strong> Musical daquela vila e a<br />

banda convidada italiana, Staffoto<br />

JOSÉ CID & BIG BAND em concerto domingo, 14, às 22 horas, na Lagoa<br />

<strong>de</strong> Óbidos, ÓBIDOS<br />

Praça Viva, organizada pela Câmara <strong>de</strong> LEIRIA apresenta sábado, 14, às<br />

22:30 horas, o DJ´s Summer, na Praia do Pedrógão e o grupo <strong>de</strong> música<br />

tradicional PINHAL D´EL REI, em Monte Real<br />

O Jardim da Devesa, em PEDRÓGÃO GRANDE, é o palco do FESTIVAL<br />

DA CANÇÃO, no próximo dia 21, com inicio pelas 22 horas. O evento,<br />

<strong>de</strong>dicado aos jovens que procuram mostrar as suas capacida<strong>de</strong>s e dotes<br />

musicais, tem organização da Câmara Municipal. Mais informações em<br />

www.cm-pedrogaogran<strong>de</strong>.pt<br />

Espectáculo com Gold Minds e TÂNIA PATACO (fados), sábado, pelas<br />

22:30 horas, em Louriçal, POMBAL. A programação das Festas <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora da Boa Morte continuam domingo com diversas activida<strong>de</strong>s,<br />

nomeadamente um espectáculo, à mesma hora, com o grupo <strong>de</strong><br />

música popular Trovadores, Toy e a banda Funkoff. Domingo, haverá folclore,<br />

pelas 17 horas, e, pelas 23 horas, actuam Maxi e o grupo Mike<br />

n’Buddies<br />

TEATRO<br />

Nicolau Breyner no CCC<br />

No ano em que comemora<br />

50 anos <strong>de</strong> carreira,<br />

Nicolau Breyner faz uma<br />

reflexão sobre os muitos<br />

papéis que já interpretou<br />

e sobre a relação que tem<br />

com o mundo. NICOLAU<br />

sobre ao palco do CCC,<br />

CALDAS DA RAINHA, sábado,<br />

14, pelas 22 horas<br />

Teatro <strong>de</strong> rua NA TERRA DOS SONHOS, pelo Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />

Apollo, sábado, 14, pelas 22 horas, em frente ao Museu<br />

Municipal <strong>de</strong> OURÉM, numa organização do Apollo, do Centro<br />

Cultural e Recreativo <strong>de</strong> Pêras Ruivas<br />

O Nariz - Teatro <strong>de</strong> Grupo apresenta ESCURIAL, <strong>de</strong> Michel <strong>de</strong><br />

Ghel<strong>de</strong>ro<strong>de</strong>, quarta-feira, 18, pelas 22 horas, no castelo <strong>de</strong><br />

LEIRIA. Com adaptação e encenação <strong>de</strong> Pedro Oliveira<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> . 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

v i v e r . 3 7


38 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

Chegou ao fim a pré-época<br />

mais turbulenta <strong>de</strong> sempre da U.<br />

<strong>Leiria</strong>. A troca <strong>de</strong> treinador apenas<br />

após dois dias do início dos<br />

treinos, as mudanças no plantel<br />

e a ameaça <strong>de</strong> saída da equipa<br />

para Torres Novas marcaram o<br />

período <strong>de</strong> preparação da equipa,<br />

que se estreia no campeonato,<br />

domingo, frente ao Beira-<br />

Mar, num estádio on<strong>de</strong> só por<br />

uma vez ganhou em jogos do<br />

escalão principal.<br />

Depois da rápida passagem<br />

pela Liga Vitalis em 2008/09, a<br />

União regressou ao convívio dos<br />

gran<strong>de</strong>s na época passada, terminando<br />

a prova num 9º lugar<br />

que acabou por saber a pouco,<br />

■Desporto ■<br />

Calendário po<strong>de</strong> favorecer equipa <strong>de</strong> Pedro Caixinha<br />

União estreia-se na Liga após pré-época turbulenta<br />

Há mar e mar, há ir e voltar, e Circular<br />

é viver são dois slogans que, tal<br />

como aqueles carros nipónicos, parecem<br />

ter vindo para ficar, <strong>de</strong> tal forma<br />

ficaram incrustados nas nossas memórias.<br />

Contudo, circular nas rotundas do<br />

nosso país constitui, não raras vezes,<br />

um exercício <strong>de</strong> temerida<strong>de</strong> e um teste<br />

à frieza dos nossos nervos. Ao contrário<br />

das versões anteriores, que não estabeleciam<br />

qualquer regra <strong>de</strong> excepção<br />

às rotundas, o actual do Código da Estrada<br />

(artigo 14º) estabelece que “ao trânsito<br />

em rotundas, situadas <strong>de</strong>ntro e fora<br />

das localida<strong>de</strong>s, é também aplicável o<br />

disposto no número anterior, salvo no<br />

que se refere à paragem e estacionamento”,<br />

afirmando o referido número<br />

dado que a equipa ocupou posições<br />

europeias até ao último terço<br />

da Liga. Os resquícios <strong>de</strong> uma<br />

segunda volta em que só venceu<br />

quatro jogos vieram à tona com<br />

o “divórcio” litigioso com Lito<br />

Vidigal e a entrada do <strong>de</strong>sconhecido<br />

Pedro Caixinha, que se<br />

aventura como treinador principal<br />

ao mais alto nível.<br />

Apesar <strong>de</strong> apenas terem perdido<br />

dois titulares – André Santos<br />

para o Sporting e Cássio para<br />

o Rapid Bucareste –, os leirienses<br />

não foram especialmente convincentes<br />

na pré-época e a <strong>de</strong>rrota,<br />

no passado sábado, na Nazaré,<br />

frente à Naval (0-1) confirmou<br />

as <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s da equipa,<br />

anterior que “<strong>de</strong>ntro das localida<strong>de</strong>s, os<br />

condutores <strong>de</strong>vem utilizar a via <strong>de</strong> trânsito<br />

mais conveniente ao seu <strong>de</strong>stino,<br />

só lhes sendo permitida a mudança para<br />

outra <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tomadas as <strong>de</strong>vidas precauções,<br />

a fim <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> direcção,<br />

ultrapassar, parar ou estacionar”. A ex-<br />

Direcção-Geral <strong>de</strong> Viação, numa missão<br />

que compete agora à Autorida<strong>de</strong><br />

Nacional <strong>de</strong> Segurança Rodoviária, esclareceu<br />

que “o objectivo é levar as pessoas<br />

a rodarem nas faixas interiores,<br />

passando apenas para as exteriores nos<br />

troços imediatamente antes da saída<br />

<strong>de</strong>sejada”. Circular então à direita não<br />

só <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser obrigatório, como até é<br />

proibido, caso não seja “o mais conveniente”,<br />

variando a coima a esta infra-<br />

especialmente na finalização. É<br />

por isso que, até 31 <strong>de</strong> Agosto, a<br />

SAD vai ter <strong>de</strong> ir ao mercado contratar<br />

um médio-ofensivo e um<br />

ponta-<strong>de</strong>-lança que faça esquecer<br />

as três <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> golos que<br />

Cássio apontou nas últimas duas<br />

épocas.<br />

O calendário, porém, po<strong>de</strong> ser<br />

um auxiliar precioso para Pedro<br />

Caixinha, que nas primeiras sete<br />

jornadas joga quatro vezes em<br />

casa, perante adversários da sua<br />

igualha, e que só a partir do mês<br />

<strong>de</strong> Outubro se terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater<br />

com as equipas mais fortes da<br />

Liga Zon Sagres. ■<br />

Joaquim Paulo<br />

Pedro Caixinha, treinador do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

“Equipa com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar”<br />

A equipa está preparada para<br />

o primeiro embate?<br />

Está. Não diria que a equipa está<br />

ansiosa, mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar.<br />

É bom ver essa alegria e essa dinâmica<br />

nos jogadores. Nós próprios<br />

também estamos com a vonta<strong>de</strong><br />

que o Campeonato comece, mas é<br />

preciso ter calma, porque tudo tem<br />

o seu tempo e domingo estaremos<br />

ainda mais preparados.<br />

Que balanço faz da pré-época?<br />

Extremamente positivo. Temos<br />

um grupo <strong>de</strong> trabalho fantástico.<br />

É importante realçar a entrega dos<br />

jogadores e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir<br />

com as nossas dinâmicas, os nossos<br />

princípios <strong>de</strong> jogo, a forma<br />

como vemos o jogo, a forma como<br />

gostaríamos que eles vissem o jogo<br />

para ser tudo mais facilitado. Nesse<br />

aspecto tem sido muito bom.<br />

| Opinião|<br />

Uma rotunda<br />

dor <strong>de</strong> cabeça<br />

Depois naquilo que enten<strong>de</strong>mos<br />

ser a ligação entre o treino e o jogo<br />

tem havido um transfer muito positivo<br />

e, quando assim é, é sinal <strong>de</strong><br />

que esse trabalho está a ser apreendido.<br />

Há algumas excepções, mas<br />

está tudo <strong>de</strong>ntro do que planeámos<br />

e esperávamos. Agora a nossa<br />

vonta<strong>de</strong> é crescer mais, criar<br />

dinâmicas mais sólidas, consolidar<br />

os processos e continuar a evoluir.<br />

Falta apenas um número <strong>de</strong>z<br />

para fechar o plantel?<br />

Temos a equipa que preten<strong>de</strong>mos.<br />

Quando falamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições<br />

finais não é que precisemos<br />

do jogador A, B ou C. Precisamos<br />

<strong>de</strong> jogadores para <strong>de</strong>terminadas<br />

posições para tornar o plantel mais<br />

competitivo e para nos dar mais<br />

soluções quer em termos internos<br />

quer em termos do Campeonato e<br />

das provas ao longo da época. Se<br />

tivermos competitivida<strong>de</strong> interna<br />

a forma como iremos encarar os<br />

confrontos externos serão também<br />

mais facilitados. É nesse sentido<br />

que gostaríamos <strong>de</strong> ter, e temos já,<br />

um plantel que nos dê essa confiança.<br />

Mas se tivermos outras soluções,<br />

mais confiança teremos.<br />

Já tem o onze e o sistema <strong>de</strong><br />

jogo <strong>de</strong>finidos?<br />

Sem dúvida. Temos trabalhado<br />

mais o 4x4x2 e temos o 4x2x3x1<br />

como alternativa. Temos a nossa<br />

forma <strong>de</strong> jogar e <strong>de</strong> ver o jogo e<br />

<strong>de</strong>pois há uma estratégia <strong>de</strong> jogo,<br />

que não passará por uma alteração<br />

estrutural, mas sim por algumas<br />

situações <strong>de</strong> confronto que achamos<br />

necessárias, por exemplo, em<br />

termos <strong>de</strong>fensivos ou ofensivos para<br />

contrabalançar os aspectos positivos<br />

e negativos dos adversários. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

cção entre 60 e 300 euros. O esclarecimento<br />

sobre esta situação refere que “o<br />

condutor que preten<strong>de</strong> tomar a primeira<br />

saída da rotunda <strong>de</strong>ve ocupar, <strong>de</strong>ntro<br />

da rotunda, a via da direita, sinalizando<br />

antecipadamente quando preten<strong>de</strong><br />

sair”. Mas “se preten<strong>de</strong>r tomar<br />

qualquer das outras saídas <strong>de</strong>ve ocupar,<br />

<strong>de</strong>ntro da rotunda, a via <strong>de</strong> trânsito<br />

mais a<strong>de</strong>quada em função da saída<br />

que vai utilizar (por exemplo: se quiser<br />

sair na segunda saída <strong>de</strong>ve circular na<br />

segunda via ou se quiser tomar a terceira<br />

saída <strong>de</strong>ve circular na terceira via),<br />

aproximando-se progressivamente da<br />

via da direita, fazendo sempre sinal para<br />

a direita <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar a saída imediatamente<br />

anterior à que preten<strong>de</strong> utilizar”.<br />

Posto isto, e passados 5 anos <strong>de</strong>sta<br />

alteração legal, como explicar que,<br />

para muitos, a via mais interior <strong>de</strong> uma<br />

rotunda pareça ser algo supérfluo, feito<br />

para pouco mais do que enfeitar? É,<br />

simultaneamente, extraordinário, (in)compreensível<br />

e assustador que, mais do<br />

que <strong>de</strong>sconhecerem esta lei e a directiva<br />

que a prece<strong>de</strong>u, muitos as prefiram<br />

RICARDO GRAÇA<br />

ignorar, simplesmente porque, no caso<br />

<strong>de</strong> ocorrer algum aci<strong>de</strong>nte, provocado<br />

pela incompatibilida<strong>de</strong> entre quem respeita<br />

a lei, circulando por <strong>de</strong>ntro para<br />

só posteriormente se aproximar da saída<br />

pretendida, e quem faz olimpicamente<br />

a rotunda sempre na faixa exterior,<br />

quem acaba por arcar com a responsabilida<strong>de</strong><br />

do aci<strong>de</strong>nte é o respeitador!<br />

Assim, estamos perante uma situação<br />

aparentemente irresolúvel e que<br />

ten<strong>de</strong> a conduzir à subversão da lei, ou<br />

seja, apesar <strong>de</strong> eu saber que <strong>de</strong>vo circular<br />

por <strong>de</strong>ntro e só começar a tomar<br />

a via mais exterior <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter passado<br />

a última saída antes daquela <strong>de</strong> que<br />

eu pretendo usufruir, o certo é que se,<br />

para meu azar, me surgir um ser iluminado<br />

a fazer toda a rotunda na via exterior,<br />

bloqueando-me a saída que eu pretendo<br />

usar, resta-me uma <strong>de</strong> três alternativas:<br />

colidir com o referido sujeito,<br />

arcando, muito provavelmente, com a<br />

responsabilida<strong>de</strong> por lhe bater vindo da<br />

sua esquerda; parar, esperando que este<br />

artista passe (sujeitando-me a ser abalroado<br />

por trás e multado por parar numa<br />

rotunda) ou dar mais uma volta ao bilhar<br />

gran<strong>de</strong>, abortando, in extremis, a saída<br />

que queria fazer, esperando que, na próxima<br />

volta, o caminho já esteja livre!<br />

Dado ser algo relativamente simples <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r mas extremamente difícil<br />

<strong>de</strong> operacionalizar num país pouco<br />

dado a leituras, embora profuso em leis,<br />

para quando uma notícia <strong>de</strong> abertura<br />

num qualquer Telejornal ou um Prós e<br />

Contras <strong>de</strong>dicado a este tema, para acabar<br />

com o sei que <strong>de</strong>via fazer assim mas<br />

faço assado porque se bater quem paga<br />

sou eu? Já agora, enquanto muitos agentes<br />

<strong>de</strong> segurança e instrutores <strong>de</strong> condução<br />

continuarem a (não) dar o exemplo,<br />

a confusão irá continuar… ■<br />

Rui Matos<br />

Centro <strong>de</strong> Investigação em<br />

Motricida<strong>de</strong> Humana, IPL<br />

Subdirector da Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Educação e Ciências<br />

Sociais do IPL


Equipa sénior vai ser inscrita e formação vai ser uma priorida<strong>de</strong><br />

| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />

Hóquei do <strong>Leiria</strong> e Marrazes<br />

com patins para rolar<br />

O hóquei em patins do Sport<br />

Clube <strong>Leiria</strong> e Marrazes está <strong>de</strong><br />

pedra e cal no clube. A garantia<br />

foi dada pelo presi<strong>de</strong>nte Carlos<br />

Valente e pelo responsável da secção<br />

Rui Clemente.<br />

Depois <strong>de</strong> alguma in<strong>de</strong>finição<br />

quanto ao futuro da modalida<strong>de</strong>,<br />

os dirigentes não vão <strong>de</strong>ixar cair<br />

o hóquei em patins, cuja tradição<br />

no <strong>Leiria</strong> e Marrazes é longa. Carlos<br />

Valente esclarece que “a extinção<br />

nunca esteve em causa”, mas<br />

<strong>de</strong>safiou os responsáveis da secção<br />

a darem “um nova pujança” à<br />

modalida<strong>de</strong>, que estava “meio adormecida”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte adianta que constatou<br />

que daqui a dois ou três anos<br />

os atletas seniores terminarão a<br />

carreira e “existe um vazio” nos<br />

escalões abaixo. Por isso, “vai ter<br />

<strong>de</strong> haver uma aposta fortíssima na<br />

formação”. Isto, porque, como diz<br />

Carlos Valente, “não faz sentido<br />

que um clube como o <strong>Leiria</strong> e Marrazes<br />

tenha <strong>de</strong> ir buscar jogadores<br />

fora por não ter formação”.<br />

Rui Clemente admite que será<br />

um “recomeçar do zero”. Sem formação<br />

há quatro épocas, a “gran<strong>de</strong><br />

priorida<strong>de</strong> é a aposta nos escalões<br />

jovens”, pois serão a continui-<br />

A novela União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Leirisport<br />

parece finalmente ter chegado<br />

ao fim, pelo menos por esta<br />

época. O acordo <strong>de</strong> utilização do<br />

Estádio Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi<br />

formalizado entre as partes.<br />

Raul Castro, presi<strong>de</strong>nte da<br />

autarquia, esclareceu, durante a<br />

reunião <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> terça-feira<br />

que o acordo mantém a pro-<br />

O francês Enzo Couacaud e a espanhola<br />

Aida Martinez Sanjuan foram os vencedores<br />

do Internacional Júnior <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

que terminou no sábado nos courts do<br />

Centro Internacional <strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

(CITL). Em pares masculinos, a prova foi<br />

conquistada pela dupla nacional Vasco<br />

Mensurado/Fre<strong>de</strong>rico Silva, título conquistado<br />

pela dupla holan<strong>de</strong>sa Anna Esmurzaeva/Elke<br />

Tiel, em femininos.<br />

Com muito sol e altas temperaturas ao<br />

longo <strong>de</strong> toda a semana, o Internacional<br />

Júnior <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 2010 voltou a ser um sucesso.<br />

O torneio trouxe mais <strong>de</strong> 160 atletas<br />

<strong>de</strong> vários pontos do Mundo, entre os quais<br />

os melhores tenistas da sua categoria.<br />

O único “dissabor” foi participação a<br />

DR<br />

da<strong>de</strong> dos seniores. Carlos Valente<br />

acrescenta ainda que foi encontrada<br />

a solução <strong>de</strong>ntro do plantel sénior:<br />

“Existem professores <strong>de</strong> Educação<br />

Física, com toda a qualida<strong>de</strong> para<br />

implementar um projecto <strong>de</strong> formação.”<br />

Além disso, “são pessoas<br />

que gostam e sentem o clube”.<br />

Esta semana ficou, porém, <strong>de</strong>fi-<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Leirisport chegam a acordo<br />

Finalmente o entendimento<br />

posta inicial. “Apenas foram clarificadas<br />

questões <strong>de</strong> pormenor.”<br />

A proposta prevê o pagamento<br />

<strong>de</strong> 17.500 euros por jogo<br />

e 520 euros por cada treino adicional,<br />

fora do que está estabelecido<br />

no contrato (um treino por<br />

semana quando a equipa joga<br />

fora e dois quando joga em casa).<br />

“Com este contrato estamos a<br />

Torneio <strong>de</strong> ténis contou com mais <strong>de</strong> 100 atletas <strong>de</strong> todo o Mundo<br />

Espanha e França conquistam<br />

títulos do Internacional Júnior<br />

menos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 70 tenistas estrangeiros<br />

em relação ao ano anterior. Isto <strong>de</strong>veuse,<br />

segundo o director da prova, à alteração<br />

das regras <strong>de</strong> inscrições nos torneios.<br />

No entanto, Miguel Sousa garantiu que a<br />

qualida<strong>de</strong> não foi prejudicada.<br />

“Não baixámos o nível do ranking,<br />

mesmo tendo muitos portugueses. O que<br />

significa que o ténis nacional está em<br />

crescendo, o que é um motivo <strong>de</strong> orgulho<br />

para todos nós”, salienta. O responsável<br />

do torneio <strong>de</strong>staca ainda a prestação<br />

do jovem Fre<strong>de</strong>rico Silva, que<br />

garantiu uma presença na final. “É já<br />

um dos melhores atletas do mundo na<br />

ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le.” ■<br />

EC<br />

nido que a equipa <strong>de</strong> seniores masculinos<br />

vai ser inscrita no Campeonato<br />

Nacional da III divisão.<br />

“Não temos fundos para garantir<br />

gran<strong>de</strong>s reforços, mas vamos disputar<br />

a prova com os atletas que<br />

já estavam no clube”, assegura Rui<br />

Clemente.<br />

Carlos Valente diz que a secção<br />

dar a cana e o anzol. Agora trabalhem.<br />

Aproveitem as condições<br />

do contrato para gerarem<br />

mais receitas. Isso passa por trabalhar<br />

durante a época para conseguirem<br />

trazer mais pessoas ao<br />

estádio”, acrescentou Raul Castro.<br />

Segundo o autarca, o contrato<br />

dá à SAD “margem <strong>de</strong> mano-<br />

tem um custo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 25 mil<br />

euros por ano, por isso tem <strong>de</strong> se<br />

tornar “auto-sustentável”. A secção<br />

<strong>de</strong> hóquei em patins está, por<br />

isso, a tentar garantir patrocínios<br />

que “consigam aliviar a carga <strong>de</strong><br />

custos” com a equipa, adianta Rui<br />

Clemente. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

bra para cativar mais pessoas ao<br />

estádio, nomeadamente através<br />

da negociação <strong>de</strong> camarotes”. Os<br />

valores foram calculados em “função<br />

dos encargos que existem<br />

com o estádio, alguns dos quais<br />

não estavam contemplados no<br />

contrato anterior”. ■<br />

EC/MAS<br />

Fátima empata na Taça da Liga<br />

Kata ‘bisa’ em jogo<br />

com muitos golos<br />

Dois golos <strong>de</strong> Kata contribuíram para o empate<br />

do CD Fátima frente ao Feirense, por 3-3, na<br />

primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga <strong>de</strong><br />

futebol. Este resultado <strong>de</strong>ixa tudo igual, já que os<br />

outros dois clubes que compõe o grupo também<br />

empataram, curiosamente, com o mesmo número<br />

<strong>de</strong> golos.<br />

Diamantino Miranda continua sem ganhar como<br />

treinador do Fátima. Nos jogos <strong>de</strong> preparação, o<br />

Fátima empatou três jogos e per<strong>de</strong>u um. Ainda<br />

com alguma afinação a fazer, o jogo foi equilibrado<br />

e aberto. Se Kata marcou dois, o seu adversário<br />

Pinheiro fez um ‘hat trick’ pelo Feirense. Nuno<br />

Sousa marcou o outro tento do Fátima<br />

No próximo domingo, o Fátima <strong>de</strong>sloca-se a<br />

Moreira <strong>de</strong> Cónegos para <strong>de</strong>frontar o Moreinse. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 39<br />

BREVES<br />

■<br />

An<strong>de</strong>bol<br />

Pedro Portela<br />

vice-campeão<br />

Pedro Portela sagrou-se vice-campeão<br />

europeu <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol sub-20.<br />

O atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> começou na<br />

modalida<strong>de</strong> com a camisola do<br />

Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, transferindo-se<br />

para o Sporting. O internacional<br />

esteve na final do Campeonato<br />

da Europa <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol, o<br />

qual Portugal per<strong>de</strong>u com a Dinamarca<br />

por 30-24. Sem <strong>de</strong>rrotas<br />

na fase <strong>de</strong> grupos, incluindo um<br />

triunfo sobre a Dinamarca (29-<br />

28), Portugal foi a gran<strong>de</strong> revelação<br />

do Europeu e sai com a consolação<br />

<strong>de</strong> conseguir o melhor<br />

resultado <strong>de</strong> sempre do an<strong>de</strong>bol<br />

nacional e o apuramento directo<br />

para o Mundial <strong>de</strong> sub-21, a disputar<br />

em 2011 na Grécia.<br />

Sp. Pombal<br />

Dívidas<br />

ascen<strong>de</strong>m a<br />

200 mil euros<br />

A Direcção do Sporting Clube <strong>de</strong><br />

Pombal vai propor um acordo<br />

com a Administração Fiscal e<br />

Segurança para um pagamento<br />

em prestações <strong>de</strong> uma dívida <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 180 mil euros. A informação<br />

foi comunicada aos sócios,<br />

na última reunião <strong>de</strong> Assembleia<br />

Geral do clube, na sexta-feira. A<br />

proposta prevê o pagamento num<br />

período entre cinco a <strong>de</strong>z anos.<br />

Além <strong>de</strong>ste montante, o Sporting<br />

<strong>de</strong> Pombal enfrenta ainda<br />

uma dívida <strong>de</strong> 33 mil euros a<br />

fornecedores. Segundo um comunicado<br />

do clube, estes valores<br />

foram acumulados durante nove<br />

anos, que antece<strong>de</strong>ram a Direcção<br />

li<strong>de</strong>rada actualmente por José<br />

Hilário. Há um ano à frente dos<br />

<strong>de</strong>stinos do clube, o dirigente<br />

admite ser difícil saldar todos os<br />

compromissos herdados e não<br />

cumpridos, mas espera garantir<br />

acordos para saldar as dívidas.<br />

A Direcção apela “a todos os<br />

pombalenses e não só para se<br />

associarem a este <strong>de</strong>safio”.<br />

Nazaré<br />

Natação no mar<br />

No próximo domingo, realizase<br />

a 29ª gran<strong>de</strong> prova <strong>de</strong> natação<br />

Joaquim Bernardo <strong>de</strong> Sousa<br />

Lobo, pelas 16:30 horas. Trata-se<br />

<strong>de</strong> uma travessia <strong>de</strong> mar,<br />

com uma aproximada <strong>de</strong> 1.300<br />

metros, entre a zona da chamada<br />

Pedra do Guilhim e a<br />

praia, promovida pela Meia<br />

Maratona Internacional da<br />

Nazaré. Paralelamente, <strong>de</strong>corre<br />

a prova infantil, na distância<br />

aproximada <strong>de</strong> 300 metros.


40 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Voleibol<br />

Torneio em S.<br />

Pedro <strong>de</strong> Moel<br />

Estão abertas as inscrições para a<br />

22º edição do torneio <strong>de</strong> voleibol<br />

<strong>de</strong> praia <strong>de</strong> S.Pedro <strong>de</strong> Moel. Os<br />

interessados <strong>de</strong>vem enviar os seus<br />

dados através dos en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> email:<br />

operário@netcabo.pt ou<br />

anaedra@hotmail.com. Cada equipa<br />

<strong>de</strong>ve ter um máximo cinco elementos.<br />

As inscrições terminam<br />

às 18 horas do dia 17 <strong>de</strong> Agosto.<br />

Futsal<br />

Caldas com<br />

equipa <strong>de</strong>finida<br />

O Caldas Sport Clube já tem o plantel<br />

sénior <strong>de</strong> futsal <strong>de</strong>finido para<br />

a época 2010/11. O clube, que vai<br />

disputar o Campeonato Nacional<br />

da III divisão, reforçou-se com as<br />

entradas <strong>de</strong> “Rudi” (ex–Mendiga),<br />

Ricardo “Papagaio” (ex-Casa Benfica),<br />

João Filipe “Igyta” (ex–Valejas),<br />

Miguel Pereira (ex-Casa do<br />

Benfica) e Macedo (ex-Caldas Fut<br />

11). Permanecem da época anterior<br />

“Xalinho”, Ivo Freire, André<br />

Santos, Diogo Tavares, Oliveira,<br />

“Loja”,Albuquerque e Telmo. A<br />

equipa técnica é li<strong>de</strong>rada por Gabriel<br />

Fernan<strong>de</strong>s. ■<br />

PUB<br />

Miguel Carvalho em terceiro lugar na Taça do Mundo em Kayak<br />

Atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> supera melhor<br />

do Mundo<br />

O atleta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 18 anos,<br />

foi o primeiro classificado, na disciplina<br />

<strong>de</strong> kayaksurf HP, na segunda<br />

etapa do Circuito Nacional <strong>de</strong><br />

Kayaksurf e Waveski, que <strong>de</strong>correu<br />

em Santa Cruz. Já na disciplina<br />

<strong>de</strong> kayaksurf IC, Miguel Carvalho<br />

chegou à final <strong>de</strong>ixando para<br />

trás aquele que é o melhor do mundo.<br />

O jovem foi o melhor português<br />

da prova. O primeiro lugar<br />

coube ao irlandês Jonny Bingham.<br />

Na prova internacional, que<br />

também <strong>de</strong>correu em Santa Cruz,<br />

Miguel Carvalho venceu o escalão<br />

<strong>de</strong> juniores, em HP, e ficou no<br />

quarto lugar na geral, na mesma<br />

disciplina. Em kayaksurf IC alcançou<br />

a terceira posição.<br />

“Foi muito positivo. Demonstra<br />

que estou a evoluir e sinto que<br />

ainda posso fazer melhor”, afirma<br />

Miguel Carvalho. O atleta<br />

salienta que este foi um ano “difícil”<br />

porque estava a terminar o<br />

12º ano, o que lhe roubou algum<br />

tempo para treinar.<br />

Neste ano lectivo, o jovem vai<br />

fazer uma pausa e <strong>de</strong>dicar-se em<br />

exclusivo ao <strong>de</strong>sporto. “Para o ano<br />

realiza-se o Campeonato do Mundo<br />

na Carolina do Norte, nos Estados<br />

Unidos, e vou treinar para estar<br />

ao melhor nível”, revela Miguel<br />

Carvalho, que lamenta ter <strong>de</strong> trei-<br />

ANDRÉ RESENDE E JOÃO GARCIA<br />

nar muitas vezes sozinho. “Evolui-<br />

-se mais quando estamos com<br />

outros.”<br />

O kayaksurf ainda tem poucos<br />

praticantes, mas o número tem<br />

vindo a crescer. “A nível internacional,<br />

vemos que estão a aparecer<br />

mais atletas e a evolução é<br />

evi<strong>de</strong>nte nas manobras a que se<br />

assistem nas provas.” ■<br />

Elisabete Cruz


A nona etapa da Volta a Portugal em bicicleta<br />

vai atravessar o concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. No<br />

próximo sábado, o ‘circo’ será montado na<br />

Praia do Pedrógão, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> partirão os ciclistas<br />

até ao centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A meta final estará<br />

colocada no Largo Cónego Maia, junto ao<br />

Jardim Luís <strong>de</strong> Camões.<br />

Com um percurso <strong>de</strong> 32.6 quilómetros, o<br />

contra-relógio da 72º edição da prova não<br />

oferecerá gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s aos corredores.<br />

Segundo refere o organizador, João Lagos,<br />

no site da prova, este contra-relógio será<br />

praticamente plano, com ligeiras elevações,<br />

em que os especialistas puros nesta matéria<br />

não terão necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tirar muitas vezes<br />

as mãos do extensor. Isto porque não existirão<br />

muitas viragens nem muitas rotundas.<br />

Só mesmo no interior da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

nos metros que antece<strong>de</strong>m a chegada é<br />

que haverá uma ou outra viragem. “É um<br />

crono longo que po<strong>de</strong> favorecer homens<br />

como David Blanco. Estão criadas enormes<br />

expectativas sobre a <strong>de</strong>cisão que este contra-relógio,<br />

agora <strong>de</strong> véspera, po<strong>de</strong> incutir<br />

na Volta a Portugal.”<br />

A prova conta com a participação <strong>de</strong> seis<br />

equipas portuguesas e <strong>de</strong>z estrangeiras, constituindo<br />

um pelotão com 144 corredores.<br />

ALTERAÇÕES AO TRÂNSITO<br />

O percurso da Volta vai obrigar a algumas<br />

alterações ao trânsito. Entre as 13 e as<br />

18 horas, a circulação automóvel estará interrompida<br />

na Estrada Atlântica, entre Praia do<br />

Pedrógão e Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>; na EN 349, entre<br />

Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Monte Real; na ligação<br />

entre a EN349 e a EN109, variante a Monte<br />

Real; EN109, entre a rotunda <strong>de</strong> acesso à<br />

A17 e a entrada em <strong>Leiria</strong>; na Rotunda da<br />

Almuinha Gran<strong>de</strong> (sentido Monte Real – <strong>Leiria</strong>).<br />

Como trajecto alternativo é aconselhada<br />

a A17.<br />

No centro da cida<strong>de</strong>, os arruamentos Av.<br />

Heróis <strong>de</strong> Angola, R. <strong>de</strong> São Francisco, R.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />

Contra-relógio no sábado vai ligar Praia do Pedrógão ao centro da cida<strong>de</strong><br />

Coronel Teles Sampaio Rio, R. Capitão Mouzinho<br />

<strong>de</strong> Albuquerque, R. Dr. Afonso Acácio<br />

Serra, Largo Cónego Maia e Rossio <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, entre a Rotunda do Sinaleiro e a Av.<br />

Heróis <strong>de</strong> Angola estarão encerrados entre<br />

as 7 e as 19 horas.<br />

A partir das 13 horas, o trânsito estará<br />

também proibido na Rotunda da Almuinha<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 41<br />

Volta a Portugal atravessa concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

DR<br />

Gran<strong>de</strong>, Ponte Euro 2004, Av. 22 <strong>de</strong> Maio,<br />

no sentido do centro da cida<strong>de</strong>, Ponte do<br />

Arrabal<strong>de</strong>, Rotunda do Estádio, acesso da<br />

Av. Bernardo Pimenta à Rotunda do Estádio,<br />

Av. 25 <strong>de</strong> Abril, no sentido <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte,<br />

Beco <strong>de</strong> São Francisco e acesso da estrada<br />

da Carreira <strong>de</strong> Tiro à EN 109. ■<br />

PUB


42 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA | ■ Emprego ■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Acilis promove<br />

cursos<br />

A Acilis tem abertas inscrições<br />

para dois Cursos <strong>de</strong><br />

Educação e Formação (CEF),<br />

<strong>de</strong>stinados a jovens até aos<br />

23 anos. Trata-se das acções<br />

<strong>de</strong> logística e armazenagem<br />

e práticas técnico-comerciais,<br />

a promover em <strong>Leiria</strong>,<br />

a partir <strong>de</strong> Setembro (seis<br />

horas diárias em período<br />

pós-laboral), no âmbito dos<br />

apoios comunitários do Instituto<br />

<strong>de</strong> Emprego e Formação<br />

Profissional e do Programa<br />

Operacional do Potencial<br />

Humano.<br />

Desenvolvem-se através<br />

<strong>de</strong> percursos <strong>de</strong> dupla certificação<br />

- escolar e profissional<br />

- dando a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adquirir habilitações<br />

escolares – 9.º ano e<br />

competências profissionais<br />

– nível II, com vista à inserção<br />

no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Po<strong>de</strong>m ace<strong>de</strong>r aos cursos<br />

jovens entre os 15 e os<br />

23 anos, <strong>de</strong>tentores do 6º<br />

ano completo. Têm direito<br />

a subsídios <strong>de</strong> alimentação<br />

e <strong>de</strong> transporte, bolsa <strong>de</strong> formação<br />

durante o período <strong>de</strong><br />

estágio, bolsa <strong>de</strong> material<br />

escolar. ■<br />

Crise <strong>de</strong>struiu empregos tipicamente “masculinos”<br />

Mulher ganha peso no mercado laboral<br />

A força da mulher no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho tem vindo a aumentar nos<br />

últimos anos, fenómeno que tem vindo<br />

a intensificar-se com a crise e com<br />

a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> empregos tipicamente<br />

“masculinos”, em áreas como a construção<br />

ou a indústria.<br />

Segundo os cálculos do Sol e do<br />

Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, no<br />

primeiro trimestre do ano, o género<br />

feminino já representava 47% da<br />

população empregada do País, o valor<br />

mais elevado <strong>de</strong> sempre. Nos últimos<br />

10 anos, a população feminina<br />

empregada subiu 5%, ao passo que<br />

o número <strong>de</strong> trabalhadores masculinos<br />

<strong>de</strong>sceu 3%. Se o ritmo se mantiver,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 15 anos as mulheres<br />

terão ultrapassado os homens no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

As baixas qualificações dos trabalhadores<br />

masculinos dão uma ajuda<br />

extra. Em 1986, o número <strong>de</strong><br />

mulheres matriculadas no ensino<br />

superior ultrapassou, pela primeira<br />

vez, o dos homens. Des<strong>de</strong> então, o<br />

género feminino nunca mais <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser o mais forte nas faculda<strong>de</strong>s do<br />

País. No ano passado, 55% dos novos<br />

alunos no ensino superior eram mulheres.<br />

A forte presença das mulheres<br />

portuguesas no emprego tem <strong>de</strong> resto<br />

motivos históricos. A guerra colonial<br />

e a emigração <strong>de</strong> homens <strong>de</strong><br />

Faz parte da nossa cultura promover a adaptabilida<strong>de</strong>, a experimentação, a aprendizagem<br />

e a mudança contínua.<br />

O reconhecimento internacional da marca radica na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação, no<br />

saber fazer tecnológico e <strong>de</strong> gestão, uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento assente na<br />

diversificação do portfólio <strong>de</strong> produtos.<br />

TORRES NOVAS<br />

ENG. MECÂNICOS (m/f)<br />

Refª EM001/10<br />

PROCURAMOS:<br />

Pessoas que queiram integrar equipa dinâmica, com fortes possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> evolução<br />

profissional, associada ao seguinte perfil:<br />

. Recém-licenciados com formação sólida;<br />

. Domínio da língua inglesa;<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para residência na zona;<br />

. Boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> trabalho;<br />

. Gosto pela gestão;<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> para admissão imediata.<br />

OFERECEMOS<br />

Efectivas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento pessoal e profissional, aliadas à formação<br />

profissional.<br />

SOLICITAMOS<br />

Envio <strong>de</strong> resposta por carta ou e-mail com a indicação da respectiva referência,<br />

razões <strong>de</strong> candidatura, nome completo, habilitações académicas, experiência profissional,<br />

vencimento pretendido, ida<strong>de</strong> e nº <strong>de</strong> telefone, para os nossos escritórios:<br />

dirpessoal@renova.pt<br />

ou<br />

RENOVA – FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA, S.A.<br />

DIRECÇÃO DE PESSOAL<br />

2354-001 TORRES NOVAS<br />

Os candidatos consi<strong>de</strong>rados serão contactados num prazo <strong>de</strong> 3 semanas.<br />

RICARDO GRAÇA<br />

muitas famílias fez com que as mulheres<br />

tivessem <strong>de</strong> assumir um papel<br />

<strong>de</strong>terminante no sustento do lar.<br />

Curso EFA <strong>de</strong> dupla certificação (com direito a bolsa <strong>de</strong> formação)<br />

"Técnico/a Instalador<br />

<strong>de</strong> Sistemas Solares Térmicos"<br />

Destinatários: Adultos <strong>de</strong>sempregados com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 23<br />

anos e com 9ºano completo (habilitações mínimas)<br />

Pré-inscrições até 31 <strong>de</strong> Agosto<br />

Para imprimir a ficha e obter informações <strong>de</strong>talhadas vá a<br />

http://cno.esc-calazans.ccems.pt/<br />

A presi<strong>de</strong>nte da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Mulheres Empresárias,<br />

Ana Bela Silva, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o sexo<br />

feminino ten<strong>de</strong> a ter mais-valias em<br />

criativida<strong>de</strong>, resolução <strong>de</strong> problemas<br />

e sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />

LUGARES CIMEIROS<br />

PERTENCEM AOS HOMENS<br />

Apesar <strong>de</strong> reconhecer que as mulheres<br />

portuguesas são das que têm maior<br />

participação na vida laboral, a investigadora<br />

Aurora Teixeira explicou ao<br />

JORNAL DE LEIRIA que, em termos<br />

hierárquicos, o peso da mulher ainda<br />

é muito relativo.<br />

Os lugares cimeiros continuam a<br />

ser ocupados por homens, sendo que<br />

boa parte das mulheres ainda se autoexclui<br />

<strong>de</strong>ssas posições privilegiando<br />

a vida familiar. ■<br />

Daniela Franco Sousa<br />

MULHERES NO MERCADO<br />

DE TRABALHO<br />

Ano %<br />

2002 45,2<br />

2005 46<br />

2008 46,2<br />

2010* 47<br />

*primeiro trimestre Fonte: INE


TÉCNICO DE ATENDIMENTO<br />

PARA SECÇÃO DE PEÇAS (M/F)<br />

Requisitos da Função:<br />

. Formação mínima ao nível do 12º na área da mecânica<br />

. Experiência mínima <strong>de</strong> 1 / 2 anos em secção <strong>de</strong> peças<br />

. Conhecimentos <strong>de</strong> informática na óptica do utilizador<br />

. Domínio da língua inglesa<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho com autonomia e responsabilida<strong>de</strong><br />

. Gosto pelo trabalho em equipa<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />

. Carta <strong>de</strong> condução<br />

Condições preferenciais:<br />

. Ida<strong>de</strong> até 30 anos<br />

. Residência na zona <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

. Disponibilida<strong>de</strong> imediata<br />

Os interessados <strong>de</strong>verão enviar CV para Parque Movicortes – 2404-006 Azoia – <strong>Leiria</strong> ao<br />

cuidado da Responsável <strong>de</strong> Recursos Humanos ou para sandrina.leal@movicortes.pt<br />

TÉCNICO<br />

ADMINISTRATIVO (M/F)<br />

Requisitos da Função:<br />

. Curso superior na área da Gestão Empresarial<br />

Competências mínimas:<br />

. Experiência mínima <strong>de</strong> 3 anos <strong>de</strong> tratamento administrativo (facturação,<br />

cobranças, tesouraria)<br />

. Conhecimentos <strong>de</strong> informática (programas <strong>de</strong> facturação e microsoft<br />

office)<br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho com autonomia e responsabilida<strong>de</strong><br />

. Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> tempo e organização profissional<br />

. Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />

. Carta <strong>de</strong> condução<br />

Condições preferenciais<br />

. Residência na zona <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Os interessados <strong>de</strong>verão enviar curriculum vitae e carta <strong>de</strong> apresentação<br />

para Parque Movicortes – 2404 – 006 Azoia – <strong>Leiria</strong>, A/C da Responsável<br />

<strong>de</strong> Recursos Humanos ou para sandrina.leal@movicortes.pt<br />

EMPRESA DE OBRAS PÚBLICAS<br />

ADMITE (M/F) PARA OBRA NA ZONA<br />

DA BATALHA/FÁTIMA:<br />

MOTORISTAS DE PESADOS C/ EXPERIÊNCIA<br />

(Camiões Basculantes <strong>de</strong> 26 / 32 / 40 ton)<br />

CONDUTORES/MANOBRADORES<br />

(Dumpers Rígidos ou Articulados, Bulldozers, Pá – Carregadoras,<br />

Escavadoras, Niveladoras, Cilindros e Tractores com Joper)<br />

MECÂNICO<br />

com experiência <strong>de</strong> pesados e máquinas<br />

ENCARREGADOS DE OBRA<br />

com experiência comprovada em trabalhos <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> terras<br />

e construção <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> comunicação<br />

Requisitos:<br />

Exige-se experiência Comprovada<br />

Sentido <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Disponibilida<strong>de</strong> Imediata<br />

Envio <strong>de</strong> Curriculum Vitae para o e-mail:<br />

filipe.lopes.jag@gmail.com<br />

ou en<strong>de</strong>reço:<br />

Cruzamento da Casa Meada – Antanhol<br />

3040-573 Coimbra<br />

ou para o FAX: 239 800 809<br />

| JORNAL DE LEIRIA | EMPREGO |<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 43<br />

PRECISA-SE<br />

EMPREGADA/O DOMÉSTICA<br />

INTERNA<br />

c/ carta <strong>de</strong> condução<br />

p/ Caldas da Rainha.<br />

Entrada imediata.<br />

Contacto: 262 832 616<br />

EMPREGO<br />

ESTETICISTA COSMETOLO-<br />

GISTA (M/F) para Fátima.<br />

Email: arclinic@gmail.com- Tlm<br />

919 615 452.<br />

Empresa admite MOTORISTA DE INTERNACIONAL (M/F) c/ 2<br />

anos <strong>de</strong> experiência em pesados articulados, c/ referências<br />

ATENÇÃO: SÓ INTERNACIONAL<br />

CONTACTO DAS 9H ÀS 19H<br />

Tel. 917 862 874 . Email: hhtransportes@sapo.pt<br />

Selecciona Motoristas com ADR<br />

Distribuidores <strong>de</strong> Gás<br />

c/ ou s/ Prática - Contacto na Se<strong>de</strong>


44 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Depressão agrava prognóstico <strong>de</strong> patologias graves<br />

Enfarte do miocárdio, aci<strong>de</strong>nte<br />

vascular cerebral (AVC), diabetes<br />

e outras patologias crónicas<br />

têm um prognóstico agravado em<br />

doentes com <strong>de</strong>pressão, revela o<br />

estudo The Societal Costs of Chronic<br />

Major Depression. De acordo<br />

com a investigação, a <strong>de</strong>pressão<br />

aumenta o risco <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

dos doentes após enfarte do miocárdio<br />

e piora os resultados funcionais<br />

pós AVC e o prognóstico<br />

<strong>de</strong> doentes diabéticos. Os estados<br />

<strong>de</strong>pressivos contribuem ainda para<br />

aumentar o risco <strong>de</strong> morte dos<br />

doentes internados em lares <strong>de</strong><br />

terceira ida<strong>de</strong>.<br />

HERBALIFE<br />

NUTRIÇÃO<br />

EQUILIBRADA<br />

- Perca Peso, medidas e celulite,<br />

- Refeições Nutricionalmente Equilibradas,<br />

- avaliação Nutricional Grátis,<br />

- Análise do IMC<br />

Sem qualquer compromisso<br />

contacte:<br />

Tlm: 962 627 967<br />

O estudo norte-americano<br />

lança uma nova luz sobre o<br />

impacto global da <strong>de</strong>pressão,<br />

patologia que afecta oito por<br />

cento dos portugueses. Cerca<br />

<strong>de</strong> 65% dos doentes enfrentam<br />

risco grave, tendo em conta o<br />

diagnóstico tardio (em média 5<br />

anos). Em causa, po<strong>de</strong> estar o<br />

<strong>de</strong>sconhecimento sobre os sintomas<br />

físicos dolorosos, como<br />

dores crónicas, musculares, abdominais<br />

e cefaleias, que não respon<strong>de</strong>m<br />

ao tratamento convencional,<br />

e que po<strong>de</strong>m escon<strong>de</strong>r<br />

uma <strong>de</strong>pressão durante anos,<br />

sem que se manifestem os tra-<br />

DR<br />

JORGE CARVALHO SOFIA<br />

MÉDICO ESPECIALISTA DE OTORRINOLARINGOLOGIA<br />

. CONSULTAS . CIRURGIAS . EXAMES DE AUDIÇÃO<br />

VIDEONISTAGMOGRAFIA . POSTUROGRAFIA . APNEIA DO SONO<br />

Rua Dª Maria da Graça Lúcio da Silva, 9-1º esq., <strong>Leiria</strong> . Marcações pelos telefones<br />

244 822 970 – 239 827 089 ou Tm. 932 442 274<br />

■ Saú<strong>de</strong> ■<br />

Doentes <strong>de</strong>primidos têm índices<br />

<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> mais altos<br />

Há cada vez mais clientes<br />

Termas procuradas principalmente por mulheres<br />

Ainda são sobretudo as mulheres<br />

à procura <strong>de</strong> tratamento quem<br />

mais frequenta os balneários termais,<br />

mas a oferta <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong><br />

bem-estar leva às termas cada vez<br />

mais clientes que não esperam uma<br />

cura, mas alguns dias sem stress.<br />

De acordo com dados da Associação<br />

Termas <strong>de</strong> Portugal (ATP),<br />

em 2009 procuraram as termas 97<br />

mil clientes, mais 1,1% do que no<br />

ano anterior.<br />

Embora a maioria dos clientes<br />

ainda procure as termas no sentido<br />

clássico, o número das pessoas<br />

que procuram as novas valências<br />

<strong>de</strong> bem-estar está a crescer exponencialmente<br />

nos últimos anos, já<br />

que representou 31% do total em<br />

2009, quando era apenas <strong>de</strong> 2% do<br />

total em 2004.<br />

Segundo a ATP, 61% dos clientes<br />

que procuram as termas no sentido<br />

tradicional são mulheres, 81%<br />

do total <strong>de</strong> clientes tem mais <strong>de</strong> 44<br />

anos e 14% menos <strong>de</strong> 35 anos.<br />

A classe social dominante é, neste<br />

caso, a média e média-baixa, com<br />

origem na Gran<strong>de</strong> Lisboa ou no<br />

Gran<strong>de</strong> Porto.<br />

A maioria <strong>de</strong>stes clientes mais<br />

tradicionais fica nas termas, em<br />

média, por 14 dias e volta por várias<br />

vezes, já que, segundo a ATP, verifica-se<br />

uma taxa <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong><br />

70%.<br />

Já quem procura mais a indústria<br />

do bem-estar tem sobretudo<br />

entre 25 e 45 anos, é <strong>de</strong> classe média<br />

/ média–alta e vive em gran<strong>de</strong>s centros<br />

urbanos.<br />

A relação entre os sexos que procuram<br />

este produto é mais equilibrado,<br />

mas a taxa <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização do<br />

cliente é mais baixa.<br />

Normalmente ficam dois ou três<br />

dias, mas em hotéis <strong>de</strong> três estrelas<br />

ou superior.<br />

dicionais sinais emocionais.<br />

“Sabe-se que a <strong>de</strong>pressão tem<br />

uma prepon<strong>de</strong>rância forte na<br />

recuperação dos doentes. Por<br />

outro lado, também é conhecido<br />

o risco aumentado que doentes<br />

com doenças crónicas, ou em<br />

recuperação, têm <strong>de</strong> vir a conhecer<br />

um episódio <strong>de</strong>pressivo. O<br />

diagnóstico precoce nestes doentes<br />

é particularmente importante,<br />

pois quanto mais tar<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>pressão for <strong>de</strong>tectada mais difícil<br />

se torna a recuperação”, explica<br />

Luís Câmara Pestana, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Psiquiatria Biológica. ■<br />

CLÍNICA MATERNO<br />

INFANTIL DE LEIRIA<br />

> Alicia Rita -Obstetra Ginecologista<br />

> Bilhota Xavier - Pediatra<br />

> Beatriz Pena - Pedopsiquiatra<br />

> João Morgado - Ortopedista<br />

> Luís Seabra - Pediatra<br />

O volume total <strong>de</strong> negócios dos<br />

balneários termais em 2009 foi <strong>de</strong><br />

20,1 milhões <strong>de</strong> euros (mais 2,1 %<br />

em relação a 2008), segundo a ATP.<br />

Em Monte Real, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

as termas fazem 500 tratamentos<br />

diários, refere Miguel Sousinha,<br />

administrador da Lena Hotéis. Segundo<br />

aquele responsável, as águas <strong>de</strong><br />

Monte Real são boas para os aparelhos<br />

respiratório, digestivo e músculo-esquelético.<br />

■<br />

> Alexandre Pena - Psicólogo Clínico<br />

> Inês Lopes - Terapeuta da Fala<br />

Consultas por marcação todos os dias úteis<br />

a partir das 14.00h<br />

Rua Paulo VI- Edifício Olhalvas<br />

Piso 0, Porta 2 A , 5 E<br />

2400-502 <strong>Leiria</strong><br />

Tm. 912 483 731 | Tel. 244 827 956<br />

Email: maternoinfantil@netcabo.pt


Projecto distinguido no Nutrition Awards 2010<br />

ARS Centro promove<br />

redução <strong>de</strong> sal na comida<br />

O projecto Minorsal.sau<strong>de</strong> da Administração<br />

Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Centro<br />

(ARSC), que visa reduzir o sal adicionado<br />

à comida, através das acções<br />

Pão.come e Sopa.come, recebeu uma<br />

menção honrosa, na primeira edição<br />

do Nutrition Awards 2010, na categoria<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública.<br />

Porque “Portugal se encontra no<br />

topo da tabela dos países europeus em<br />

que é maior a relação entre a mortalida<strong>de</strong><br />

por aci<strong>de</strong>nte vascular cerebral<br />

e a ingestão média diária <strong>de</strong> sal” o<br />

objectivo do Minorsal.sau<strong>de</strong> é reduzir<br />

a mortalida<strong>de</strong> associada a doenças<br />

cérebro e cardiovasculares.<br />

Este trabalho “é alinhado por princípios<br />

<strong>de</strong> parcerias com a indústria e<br />

gran<strong>de</strong>s empresas retalhistas, formação<br />

para uma consciência informada<br />

dos consumidores e estruturado numa<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública multidisciplinares”,<br />

lê-se na <strong>de</strong>scrição<br />

sumária do projecto.<br />

O Pão.come está em curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006, <strong>de</strong>corre da parceria entre a ARSC<br />

e a Associação do Comércio e da Indústria<br />

da Panificação, Pastelaria e Similares<br />

e a Fundação Portuguesa <strong>de</strong> Cardiologia<br />

e tem por objectivo a dimi-<br />

Sons <strong>de</strong> baixa frequência<br />

provocam doença vibro-acústica<br />

Os sons <strong>de</strong> baixa frequência, englobando aqueles que<br />

não são perceptíveis pelo ouvido humano, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar<br />

problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> muito graves. A doença vibro-<br />

-acústica po<strong>de</strong> causar total incapacida<strong>de</strong> e mesmo levar<br />

à morte. Os sons com frequência abaixo dos 500 Hertz<br />

(infrasons, não perceptíveis pelos humanos) estão presentes<br />

no nosso quotidiano, mesmo em aparelhos como<br />

o frigorífico, aviões e todos os meios <strong>de</strong> transportes, além<br />

<strong>de</strong> aparelhos emissores <strong>de</strong> sons e vibrações. A doença<br />

surge por uma tentativa <strong>de</strong> o corpo se equilibrar, <strong>de</strong>pois<br />

das agressões sonoras, fabricando colagéneo. ■<br />

Por que é que soluçamos?<br />

O soluço é uma contracção involuntária<br />

do músculo diafragma, o principal<br />

músculo da respiração. O soluço<br />

é geralmente causado por uma irritação<br />

do nervo frénico (responsável por<br />

activar o diafragma), <strong>de</strong>vido a um<br />

aumento do volume do estômago. E<br />

não é lenda a história <strong>de</strong> que o susto<br />

DR<br />

po<strong>de</strong> curar o soluço. Porque o susto<br />

provoca a libertação <strong>de</strong> adrenalina,<br />

activando o nervo frénico. Outra solução<br />

é beber água gelada, que provoca<br />

o mesmo efeito. Em casos raros, a irritação<br />

do nervo frénico po<strong>de</strong> ser causada<br />

por um tumor, e o soluço persiste<br />

por dias. ■<br />

nuição gradual do teor <strong>de</strong> sal no pão.<br />

O projecto conta já com mil padarias<br />

a<strong>de</strong>rentes. Após três anos no terreno,<br />

os resultados <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>monstram<br />

que “foram reduzidos substancialmente<br />

os valores <strong>de</strong> sal no pão”.<br />

O Sopa.come teve inicio em 2009 e<br />

preten<strong>de</strong> ter uma intervenção semelhante<br />

naquele que é consi<strong>de</strong>rado o<br />

segundo alimento com maior potencial<br />

<strong>de</strong> intervenção, a sopa. Foram avaliadas<br />

264 sopas provenientes <strong>de</strong> cantinas<br />

e estabelecimentos <strong>de</strong> restauração<br />

e “percebeu-se que a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sal adicionado era superior ao recomendado”.<br />

Esta acção está em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

até ao final <strong>de</strong> 2010 será<br />

e alargada a nível regional, começando<br />

por um diagnóstico <strong>de</strong> base para o<br />

trabalho.■<br />

CONSUMO MÉDIO DIÁRIO<br />

DE SAL EM GRAMAS<br />

EUROPA PORTUGAL<br />

8-11g 12,3g<br />

REDUÇÃO DE SAL/VIDAS POUPADAS<br />

1g/dia 2640<br />

4g/dia 7000<br />

| JORNAL DE LEIRIA | SAÚDE |<br />

A origem da rebeldia<br />

Segundo um estudo muito recente, a rebeldia<br />

po<strong>de</strong> estar relacionada com o tamanho<br />

da amígdala cerebelosa (área responsável<br />

pela agressivida<strong>de</strong>).<br />

Num estudo realizado na Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Melbourne, na Austrália, foram observados<br />

137 encéfalos <strong>de</strong> adolescentes através<br />

<strong>de</strong> ressonância magnética, durante vários<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Movimento<br />

Vencer e Viver<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 45<br />

O Movimento Vencer e Viver (MVV) tem as portas abertas<br />

a novas voluntárias que queiram envolver-se no<br />

projecto da Liga Portuguesa Contra o Cancro, com<br />

extensão no Hospital <strong>de</strong> Santo André <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001. O<br />

MVV presta acolhimento a mulheres com cancro da<br />

mama, familiares e amigos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que é conhecido o<br />

diagnóstico e em todas as fases da doença. A extensão<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do Vencer e Viver está aberta todas as terças<br />

e quintas-feira das 10 às 12:30 horas. As voluntárias,<br />

mulheres que passaram pela experiência <strong>de</strong> cancro<br />

da mama, encontram-se disponíveis para dar um<br />

testemunho <strong>de</strong> esperança, aconselhando a mulher a<br />

lidar com os seus medos e preocupações, bem como<br />

na aquisição <strong>de</strong> material ortopédico a preços reduzidos.<br />

O Vencer e Viver apoiou directa ou indirectamente<br />

mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z mil mulheres nos últimos dois anos. Encontra-se<br />

também em funcionamento em Aveiro, Castelo<br />

Branco, Covilhã, Guarda e Viseu. O cancro da mama<br />

é o tumor maligno com maior prevalência no mundo<br />

industrializado e o mais comum no sexo feminino.<br />

Todos os anos na União Europeia, 331 mil mulheres<br />

são diagnosticadas com cancro da mama, e 90 mil<br />

morrem com esta doença. Em Portugal, é também a<br />

forma <strong>de</strong> cancro mais frequente na mulher, registando-se<br />

aproximadamente 4.500 novos casos e 1.500<br />

mortes anuais.<br />

Votos para mascote valem equipamento<br />

Pediatria do S. Francisco<br />

ajuda APPC<br />

“Olá, eu sou a mascote da Pediatria do Centro Hospitalar<br />

<strong>de</strong> São Francisco (CHSF) e ainda não tenho nome.<br />

Para isso preciso da vossa ajuda. Os meus pais não se<br />

conseguem <strong>de</strong>cidir e eu não posso continuar sem ter<br />

um nome. Pensámos em várias alternativas… mas não<br />

passámos disso.” Este é o pedido do representante do<br />

serviço <strong>de</strong> Pediatria do CHSF, em <strong>Leiria</strong>. O hospital<br />

<strong>de</strong>safia as pessoas a votarem no nome preferido e se<br />

o número <strong>de</strong> participantes ultrapassar os dois mil, os<br />

responsáveis comprometem-se a oferecer um equipamento<br />

à Associação Portuguesa <strong>de</strong> Paralisia Cerebral<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Segundo o blog do Centro Hospitalar, o prémio<br />

consiste num “carrinho <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s”, “on<strong>de</strong> os<br />

meninos com paralisia cerebral e outras patologias<br />

raras apren<strong>de</strong>m a fazer coisas que para nós parecem<br />

simples mas, para eles, são gran<strong>de</strong>s conquistas”. A cada<br />

500 votos, o serviço <strong>de</strong> Pediatria garante ainda a oferta<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> peças. Para participar basta ace<strong>de</strong>r<br />

ao en<strong>de</strong>reço http://pediatria.chsf.pt/mascote e escolher<br />

o nome preferido.■<br />

momentos <strong>de</strong> discussão com os seus pais.<br />

Concluíram então, que os adolescentes mais<br />

rebel<strong>de</strong>s e nervosos apresentavam amígdalas<br />

cerebelosas relativamente maiores do que<br />

as dos adolescentes mais calmos. Isto sugeriu<br />

aos investigadores que o tamanho das<br />

amígdalas está associado ao comportamento<br />

afectivo nas interacções familiares. ■


46 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | SAÚDE/DIVERSOS | JORNAL DE LEIRIA |<br />

CRECHE/ JARDIM<br />

DE INFÂNCIA SUPERNINHO<br />

INSCRIÇÕES DE CRIANÇAS TODAS<br />

AS 3ª E 5ª FEIRAS DAS 14H30 ÀS 19H.<br />

Rua Gil Eanes, Lt. 38- Centro Comercial<br />

Qta. Alçada - Loja 5<br />

Ourivesaria Antiga<br />

OURO - PRATAS - JÓIAS - RELÓGIOS - ANTIGUIDADES<br />

Rua Vasco da Gama, 6-8<br />

2400 LEIRIA - Portugal<br />

Tel. 244 822 212<br />

DIVERSOS MOTOR<br />

MUITAS DÍVIDAS?<br />

OS SEUS PROBLEMAS<br />

FINANCEIROS NÃO TÊM<br />

SOLUÇÃO?<br />

CONTACTE-NOS.<br />

915 992 772<br />

244 102 177<br />

COMPRO<br />

BIBLIOTECAS<br />

- Livros antigos - Recentes<br />

- Manuscritos - Velharias.<br />

Tm: 962 839 033.<br />

Informações:<br />

916 786 186/<br />

966 186 453<br />

SMART FOURTWO PURE, a<br />

gasolina (4,5l/100), <strong>de</strong> Agosto<br />

2009, 23.000Kms, caixa semiautomática<br />

e rádio com CD. 8000<br />

euros. Para mais informações<br />

contactar pelo Tm. 916 739 878.<br />

BARCO, c/ motor, remos e atrelado.<br />

Para mais informações contactar<br />

pelo Tm. 917 335 932.<br />

COMPRO VESPA 125/150/200,<br />

anterior a 1985 em bom estado.<br />

Para mais informações contactar<br />

pelo Tm: 916 746 133.<br />

VENDE-SE<br />

CARRINHA BAR<br />

TOTALMENTE EQUIPADA<br />

MARCA IVECO COMO NOVA (2003)<br />

Tlm: 965 478 877<br />

JOÃO FILIPE<br />

MÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIA<br />

Médico do Hospital dos Covões em Coimbra<br />

Urgência todos os dias<br />

Consultas . Cirurgias . Lentes <strong>de</strong> Contacto . Laser<br />

. Campos Visuais . Exercícios <strong>de</strong> Ortótica<br />

Acordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIB<br />

Rua João <strong>de</strong> Deus, 11, 1º Dtº - <strong>Leiria</strong><br />

Tel. 244 832 801/244 832 870<br />

DERMATOLOGIA - Dra. Juliana Baptista<br />

NUTRIÇÃO/OBESIDADE - Dra. Telma Valente<br />

OTORRINO - Dr. Jorge Quadros<br />

PSICOLOGIA - Dr.ª Graciela Neves<br />

REUMATOLOGIA - Dr. Alves Matos<br />

UROLOGIA - Dr. João Crisóstomo<br />

TERAPIA DA FALA - Dra. Alda Barateiro<br />

Largo <strong>de</strong> Santana, 9, 1º E (Frente ao antigo Mercado)<br />

Telefone: 244834425 (12 - 19 horas) LEIRIA<br />

Laboratório <strong>de</strong> Análises Clínicas<br />

— Susana Pereira Rosas —<br />

Laboratório Central:<br />

Av. C. G. Guerra, 43 - 2º A - 2400 <strong>Leiria</strong><br />

Tel. 244815444 /244815492 - Fax 244815690<br />

2ªs a 6ªs - 8h00 - 18h00 - Sábados das 8h00 às 11h00<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Colheita:<br />

Arcadas D. João III - 1º Piso - 39 - Tel. 244815444/244815492 - 2400 <strong>Leiria</strong><br />

2ªs, 4ªs, 6ªs - 8h30 - 10h00 / 3ªs e 5ªs - 8h00 - 10h00<br />

Urb. Vale da Fonte, Lt. 10 - Marinheiros - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 244856001<br />

2ªs a 6ªs - 8h30 às 10h30<br />

Urb. Qta. São Bartolomeu, Lt. 6 - n.º 3 R/C - 2400 <strong>Leiria</strong> - Tel. 244 841999<br />

2ªs a 6ªs - 8h30 às 10h00<br />

Rua da Mãe d’ Água, nº 14, R/C - Loja A - 2430 Marinha Gran<strong>de</strong> - Tel. 244553609<br />

2ªs, 3ªs, 5ªs, 6ªs - 8h30 - 10h e 4ªs - 8h00 - 10h00<br />

ABERTO TAMBÉM AOS SÁBADOS<br />

DAS 8H00 ÀS 11H00<br />

TRATAMOS TODO O TIPO DE TRANSTORNOS<br />

MÚSCULO-ESQUELÉTICOS, COMO POR EXEMPLO:<br />

- FIBROMIALGIA<br />

- DOR CRÓNICA<br />

- TENDINITE<br />

- BURSITE<br />

DAMOS GARANTIA DE SATISFAÇÃO.<br />

Marcações através do número:<br />

912 989 644 / 962 813 344 / 244 542 113<br />

REEDUCAÇÃO DE LEITURA<br />

E DE ESCRITA<br />

ENSINO, REFORÇO, ACOMPANHAMENTO E ORIENTAÇÃO<br />

A ALUNOS COM DIFICULDADES ESPECÍFICAS<br />

DE APRENDIZAGEM NO DOMÍNIO DA LEITURA E DA ESCRITA.<br />

ISABEL SIMÕES - Professora do 1º Ciclo,<br />

Pós-Licenciada em Domínio Cognitivo-Motor<br />

Largo das Portas Ver<strong>de</strong>s, Edifício Estrela, 1º - MARINHA GRANDE<br />

Tm. 938489964<br />

LAVAGENS MANUAIS<br />

Lavagens completas<br />

(Interior e Exterior)<br />

✓ Estofos ✓ Motor<br />

✓ Chassis ✓ Parafinar<br />

FAZEMOS A RECOLHA<br />

E ENTREGA DA SUA<br />

VIATURA NO SEU<br />

LOCAL DE TRABALHO<br />

OU RESIDÊNCIA<br />

ABERTOS AOS SÁBADOS ATÉ ÀS 13H00<br />

244 103 077/962 546 463<br />

Rua Heróis do Ultramar, Armaz. “D”<br />

2410-287 LEIRIA GARE - LEIRIA<br />

VENDA, TROCA E COMPRA DE OURO<br />

Rua João <strong>de</strong> Deus, 21-23<br />

2400-161 LEIRIA - Portugal<br />

Tel. 244 832 466


IMP.PN.01.53<br />

Revisão: 2<br />

Data: 20/02/2010<br />

DECLARAÇÃO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

Eu, António da Costa Santos, portador do BI n.º 4225151 emitido em<br />

29/01/2008 pelos SIC <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, resi<strong>de</strong>nte na Rua Vale do Rei n.º 8, Pocariça,<br />

freguesia <strong>de</strong> Maceira, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>claro para os <strong>de</strong>vidos efeitos<br />

que, estando separado <strong>de</strong> facto da minha esposa, Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Almeida<br />

Ferreira Santos, não me responsabilizo por qualquer dívida por ela contraída<br />

a partir <strong>de</strong>sta data.<br />

Maceira, 6 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA<br />

DA SEGURANÇA SOCIAL<br />

SECÇÃO DE PROCESSO DE LEIRIA<br />

ANÚNCIO/EDITAL<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

CITAÇÃO DE CREDORES E VENDA POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA<br />

Processo (s) <strong>de</strong> Execução Fiscal n.º (s) 1001200701119940 e apensos<br />

Mário João Nativida<strong>de</strong> Francisco, Coor<strong>de</strong>nador da Secção <strong>de</strong> Processo Executivo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> do Instituto <strong>de</strong> Gestão Financeira da Segurança Social, I.P. (Deliberação n.º<br />

842/2010, <strong>de</strong> 01/04/2010, publicada na II Série do Diário da República, n.º 88, <strong>de</strong><br />

06 <strong>de</strong> Maio), sita na Rua Francisco Pereira da Silva, 10 D, R/C A - 2410-105 <strong>Leiria</strong>,<br />

faz saber que, nos termos dos artigos 864º, do Código <strong>de</strong> Processo Civil (C.P.C.)<br />

e nos termos dos artigos 239º, n.º 2, 242º e 249º do Código <strong>de</strong> Procedimento e Processo<br />

Tributário (C.P.P.T.) por este serviço correm éditos <strong>de</strong> vinte dias citando os credores<br />

<strong>de</strong>sconhecidos, bem como os sucessores dos credores preferentes <strong>de</strong> PEDRO<br />

MIGUEL PAULINO PISSARRA, NIF 181722950, com domicílio fiscal em RUA<br />

DO MOINHO, VIV. MAR E SERRA, 2º, executado(a) nos processos <strong>de</strong> execução fiscal<br />

supra mencionados, pelo montante <strong>de</strong> € 260031,1 acrescido <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> mora e<br />

custas referente a dívida por falta <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> contribuições à Segurança Social,<br />

para no prazo <strong>de</strong> quinze dias seguidos aos vinte dos éditos, que se contarão a partir<br />

da 2.ª Publicação, reclamarem os seus créditos sobre os bens penhorados abaixo discriminados,<br />

que serão objecto <strong>de</strong> venda judicial, na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proposta em carta<br />

fechada, a realizar neste serviço, no próximo dia 11-10-2010, (Onze <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z), pelas 15:00 horas.<br />

IDENTIFICAÇÃO DOS BENS A VENDER<br />

Verba única: prédio <strong>de</strong>stinado a habitação, composto por: rés-do-chão - alpendre,<br />

hall, cozinha, arrumos, instalação sanitária, sala, logradouro;1º andar - 2 varandas,<br />

hall, instalação sanitária, 2 quartos, arrumos, terraços. Localiza-se na Praia Ver<strong>de</strong>,<br />

Lote 51, fracção A, Castro Marim. Encontra-se <strong>de</strong>scrito na Conservatória <strong>de</strong> Registo<br />

Predial <strong>de</strong> Castro Marim sob o nº 3626-A da freguesia <strong>de</strong> Castro Marim.<br />

O valor base para a venda é <strong>de</strong> €100450 que correspon<strong>de</strong> a 70% do valor <strong>de</strong>terminado<br />

nos termos do art. 250º,<br />

n.º 1 alínea c) do C.P.P.T.<br />

Acrescem os impostos legais.<br />

Não são consi<strong>de</strong>radas propostas apresentadas com valor inferior ao valor base.<br />

As propostas <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>verão ser apresentadas nesta Secção <strong>de</strong> Processo Executivo<br />

até ao dia e hora <strong>de</strong>signados para venda, em envelope fechado, com a indicação<br />

“Proposta em carta fechada – PEDRO MIGUEL PAULINO PISSARRA – Processo<br />

<strong>de</strong> Execução Fiscal n.º 1001200701119940 e apensos e outros” e das mesmas <strong>de</strong>verá<br />

constar o preço proposto, a indicação completa e assinatura do proponente.<br />

As propostas recebidas serão abertas no dia e hora acima <strong>de</strong>signados, na presença<br />

do órgão <strong>de</strong> execução fiscal, po<strong>de</strong>ndo assistir a executada, todos os proponentes, as<br />

pessoas citadas nos termos do art.º 239º e 249º do C.P.P.T. e todos os que, <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificados, possam exercer o direito <strong>de</strong> preferência ou remição.<br />

Efectuada a venda, será o preço, ou parte <strong>de</strong>le, não inferior a uma terça parte, <strong>de</strong>positado<br />

a or<strong>de</strong>m do I.G.F.S.S., I.P. mediante guias a solicitar neste serviço, sendo a<br />

restante parte, no caso do não pagamento integral, <strong>de</strong>positada no prazo <strong>de</strong> quinze<br />

dias.<br />

Se o preço mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrir-se-á logo<br />

licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>. Estando<br />

presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta dos<br />

outros, caso contrário, proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve prevalecer<br />

(art. 253º do Código <strong>de</strong> Procedimento e Processo Tributário).<br />

É fiel <strong>de</strong>positário PEDRO MIGUEL PAULINO PISSARRA, com domicílio em RUA<br />

DO MOINHO, VIV. MAR E SERRA, 2º, sobre quem recai a obrigação <strong>de</strong> mostrar os<br />

bens a quem preten<strong>de</strong>r examiná-los, <strong>de</strong>vendo para este efeito ser contactado até ao<br />

dia da venda.<br />

E para constar se lavrou o presente edital/anúncio que vai ser afixado nos lugares<br />

<strong>de</strong>signados por lei.<br />

Secção <strong>de</strong> Processo Executivo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do I.G.F.S.S., I.P.<br />

<strong>Leiria</strong>, 2 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010<br />

O Coor<strong>de</strong>nador,<br />

Mário João Nativida<strong>de</strong> Francisco<br />

A escrivã,<br />

Catarina Morgado<br />

Rectificação: Na 1.ª publicação <strong>de</strong>ste anúncio, no dia 5 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010, on<strong>de</strong><br />

consta H100450, <strong>de</strong>veria ler-se €100450."<br />

| JORNAL DE LEIRIA | DIVERSOS/INSTITUCIONAL |<br />

CARTÓRIO NOTARIAL<br />

ALEXANDRA HELENO FERREIRA<br />

Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

EXTRACTO<br />

CERTIFICO, para fins <strong>de</strong> publicação e em conformida<strong>de</strong> com o seu original,<br />

que por escritura <strong>de</strong> Justificação lavrada neste Cartório, no dia vinte e<br />

três <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z, <strong>de</strong> folhas trinta e um a folhas trinta e sete do<br />

respectivo Livro <strong>de</strong> Notas para Escrituras Diversas número CENTO E VIN-<br />

TE E UM, António Coelho Ribeiro, NIF 141.815.370 e mulher Laurinda<br />

Pereira Lopes, NIF 136.743.897, casados sob o regime da comunhão geral,<br />

naturais da freguesia <strong>de</strong> Gon<strong>de</strong>maria, concelho <strong>de</strong> Ourém, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>m na<br />

Rua Principal, nº30, Fartaria, <strong>de</strong>clararam:<br />

Que são com exclusão <strong>de</strong> outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes<br />

imóveis:<br />

1- Prédio Rústico, composto <strong>de</strong> pinhal, com a área <strong>de</strong> quatro mil e cem<br />

metros quadrados, sito em Vale Marques, limite <strong>de</strong> Barroquinha, freguesia<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte com<br />

Fernando Melro e outro, do sul com Fernando Pereira Lopes, do nascente com<br />

Fernando Melro e do poente com her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> José Vieira Antunes Coelho,<br />

inscrito na matriz sob o artigo 11150, com o valor patrimonial <strong>de</strong> € 1.070,00<br />

e a que atribuem igual valor;<br />

2- Prédio Rústico, composto <strong>de</strong> pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> cinco mil<br />

e trezentos metros quadrados, sito em Vale Tacão, freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina<br />

da Serra, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte com Manuel Vieira<br />

Antunes, do sul com Laurinda Pereira Lopes, do nascente com José Maria<br />

Vieira Verdasca e do poente com Rosaria Caetano, inscrito na matriz sob o<br />

artigo 8853, com o valor patrimonial <strong>de</strong> €15,84 e a que atribuem igual valor;<br />

3- Setenta e quatro mil novecentos e quatro/cem mil avos indivisos,<br />

único direito que possuem, do prédio rústico, composto <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> cultura,<br />

pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito mil e quatrocentos metros quadrados,<br />

sito em Carreira da Serra, freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a confrontar do norte e do nascente com Manuel Ferreira Fonseca,<br />

do sul com caminho e do poente com José Coelho Batista e outros, inscrito na<br />

matriz sob o artigo 8666, sendo <strong>de</strong> € 73,53 o valor patrimonial do direito<br />

justificado e a que atribuem igual valor;<br />

Que os indicados prédios não se acham <strong>de</strong>scritos nas Conservatórias do<br />

Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, tendo os das verbas números um, dois e três por<br />

doação verbal feita por José Lopes e mulher Júlia <strong>de</strong> Jesus, resi<strong>de</strong>ntes em<br />

Gon<strong>de</strong>maria, Ourém, Outubro <strong>de</strong> mil novecentos e setenta, sem que <strong>de</strong>las ficassem<br />

a dispor <strong>de</strong> título suficiente e formal que lhes permita fazer o respectivo<br />

registo.<br />

Que possuem os indicados prédios em nome próprio, há mais <strong>de</strong> vinte<br />

anos, sem a menor oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, posse<br />

que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento<br />

<strong>de</strong> toda a gente da freguesia <strong>de</strong> Santa Catarina da Serra, lugares e<br />

freguesia vizinhas, traduzida em actos materiais <strong>de</strong> fruição, conservação e<br />

<strong>de</strong>fesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo<br />

os respectivos frutos, limpando-os <strong>de</strong> mato, pagando os respectivos<br />

impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspon<strong>de</strong>nte ao exercício<br />

do direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica e<br />

contínua e <strong>de</strong> boa fé, pelo que adquiriram os ditos prédios por USUCAPIÃO.<br />

Ourém, vinte e três <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z.<br />

A Colaboradora da Notária, por competência <strong>de</strong>legada, nos termos do<br />

art.º 8º do Estatuto do Notariado.<br />

Carla Sofia Pinheiro Neto<br />

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333<br />

A N Ú N C I O<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)<br />

I<strong>de</strong>ntificação do bem: Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. <strong>de</strong> Utiliz.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, CARACTERÍSTICAS: Afectação: Habitação, Tipologia/Divisões: 5,<br />

Nº <strong>de</strong> pisos: 2, Área total do terreno: 140m2, Área <strong>de</strong> implantação do edifício: 140m2,<br />

Área bruta <strong>de</strong> construção: 250m2. Área bruta privativa: 124m2, Área bruta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte:<br />

126m2, sito em Carvalhal do Picoto, inscrito na matriz predial urbana da freguesia<br />

<strong>de</strong> Golpilheira com nº 432 e <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial da<br />

Batalha - <strong>de</strong>sc. 351.<br />

TEOR DO ANÚNCIO<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira , Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong><br />

Finanças BATALHA-1333, faz saber que no dia 2010-12-28, pelas 11:00 horas, neste<br />

Serviço <strong>de</strong> Finanças, sito em CELULAB - PRACA DO MUNICIPIO LT. 7 E 8, BATA-<br />

LHA, se há-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial,<br />

nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo<br />

Tributário (CPPT), do bem acima <strong>de</strong>signado, penhorado ao Executado infra indicado,<br />

para pagamento da dívida no valor <strong>de</strong> 12.293,91€, sendo 10.361,47€ <strong>de</strong> quantia<br />

exequenda e 1.932,44€ <strong>de</strong> acréscimos legais.<br />

Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,<br />

citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para<br />

reclamarem, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus<br />

créditos que gozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)<br />

O valor base da venda é <strong>de</strong> 34.279€, calculado nos termos do artigo 250.º do<br />

CPPT.<br />

É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) JOSE ANTONIO FRAZÃO DE MATOS, resi<strong>de</strong>nte<br />

em CARVALHAL DO PICOTO - GOLPILHEIRA, o(a) qual <strong>de</strong>verá mostrar o bem<br />

acima i<strong>de</strong>ntificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-<br />

11-23 e as 17:00 horas do dia 2010-11-25 (249º/6 CPPT).<br />

Todas as propostas <strong>de</strong>verão ser entregues no Serviço <strong>de</strong> Finanças, até às 16:00<br />

horas do dia 2010-12-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças,<br />

<strong>de</strong>vendo i<strong>de</strong>ntificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome<br />

do Executado e o n.º <strong>de</strong> venda 1333.2010.4.<br />

As propostas serão abertas no dia e hora <strong>de</strong>signados para a venda (dia 2010-12-<br />

28 às 11:00h), na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º CPPT).<br />

Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base <strong>de</strong> venda atribuído<br />

a cada verba (250º Nº4 CPPT).<br />

No acto da venda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada a importância mínima <strong>de</strong> 1/3 do valor da<br />

venda, na Secção <strong>de</strong> Cobrança <strong>de</strong>ste Serviço <strong>de</strong> Finanças e pago o Imposto Municipal<br />

Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem <strong>de</strong>vidos.<br />

Os restantes 2/3 <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados na mesma entida<strong>de</strong>, no prazo <strong>de</strong> 15 dias<br />

(256.º CPPT).<br />

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrirse-á<br />

logo licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>.<br />

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta<br />

dos outros, caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve<br />

prevalecer (253.º CPPT).<br />

IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO<br />

Nome: JOSE ANTONIO FRAZÃO DE MATOS.<br />

Morada: CARVALHAL DO PICOTO - GOLPILHEIRA.<br />

Data: 19-05-2010<br />

O Chefe <strong>de</strong> Finanças<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 47<br />

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA<br />

A CARGO DO NOTÁRIO PEDRO TAVARES<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

Certifico, para fins <strong>de</strong> publicação, que neste Cartório e no Livro <strong>de</strong> Notas<br />

para Escrituras Diversas nº 192-A <strong>de</strong> folhas cinquenta e quatro a folhas cinquenta<br />

e cinco verso se encontra exarada uma Escritura <strong>de</strong> Justificação Notarial<br />

no dia trinta <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.<br />

Outorgada por Maria Emília Domingues, viúva, natural <strong>de</strong> Souto da<br />

Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> na Rua da Fonte, nif 123 603 129, - Disse a<br />

primeira:<br />

Que, com exclusão <strong>de</strong> outrem, é dona e legítima possuidora dos seguintes<br />

imóveis:<br />

a) Prédio rústico, composto por pinhal, com a área <strong>de</strong> três mil e quarenta<br />

metros quadrados, a confrontar do norte com António Domingues Pedrosa,<br />

sul com Joaquim Ferreira Figueirinha, nascente com caminho e do poente com<br />

Alfredo da Conceição Sousa, sito em Cerca, na freguesia <strong>de</strong> Monte Redondo<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória do Registo Predial<br />

<strong>de</strong>ste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 15336, com o<br />

valor patrimonial tributário <strong>de</strong> 273,66€, igual ao atribuído;<br />

b) Prédio rústico, composto por terra <strong>de</strong> pinhal e mato, com a área <strong>de</strong><br />

mil novecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com<br />

Manuel Domingues da Ponte, nascente com Manuel Domingues da Ponte e<br />

outro e do poente com caminho, sito em Estremadouro, na freguesia <strong>de</strong> Souto<br />

da Carpalhosa do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Segunda Conservatória<br />

do Registo Predial <strong>de</strong>ste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o<br />

artigo 603, com o valor patrimonial tributário <strong>de</strong> 502,67€, igual ao atribuído;<br />

c) Prédio rústico, composto por pinhal, com a área <strong>de</strong> oitocentos e setenta<br />

metros quadrados, a confrontar do norte com José Domingues Pedrosa, sul<br />

e nascente com Manuel da Fonseca, do poente com António Joaquim, sito em<br />

Arneiro das Jarmelas, na freguesia <strong>de</strong> Bajouca do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, não <strong>de</strong>scrito<br />

na Segunda Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong>ste concelho, inscrito na<br />

respectiva matriz sob o artigo 15211, com o valor patrimonial tributário <strong>de</strong><br />

79,58€, igual ao atribuído.<br />

Que os referidos prédios vieram à sua posse por doação meramente verbal<br />

que lhe foi feita por volta do ano <strong>de</strong> mil novecentos e setenta e cinco pelos<br />

tios José Domingues, viúvo e Maria <strong>de</strong> Jesus, viúva, resi<strong>de</strong>ntes que foram em<br />

Santarém e Souto da Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, respectivamente, sendo ela à data<br />

casada no regime imperativo da separação <strong>de</strong> bens.<br />

Que, assim, vem possuindo esses prédios com seu, há mais <strong>de</strong> vinte anos,<br />

como proprietária e na convicção <strong>de</strong> o ser, cortando mato, plantando e ven<strong>de</strong>ndo<br />

árvores, cumprindo as obrigações fiscais a eles relativas, posse que vem<br />

exercendo ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento <strong>de</strong> toda a gente<br />

e sem oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, assim <strong>de</strong> modo pacífico, contínuo,<br />

público e <strong>de</strong> boa fé, pelo que adquiriu por usucapião a proprieda<strong>de</strong> sobre o<br />

indicados imóveis.<br />

Que dada a forma <strong>de</strong> aquisição originária não tem documentos que a<br />

comprovem.<br />

Que para suprir tal título vem pela presente escritura prestar estas <strong>de</strong>clarações<br />

<strong>de</strong> justificação com o fim <strong>de</strong> obter no registo predial a primeira inscrição<br />

<strong>de</strong> aquisição dos referidos prédios.<br />

Vai conforme o original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida<br />

nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.<br />

<strong>Leiria</strong> trinta <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> dois mil e <strong>de</strong>z<br />

A Funcionária<br />

Leonor Pereira<br />

Conta registada sob o nº 2481, <strong>de</strong> que foi emitido recibo<br />

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BATALHA-1333<br />

A N Ú N C I O<br />

2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º <strong>1361</strong> - 12.08.2010<br />

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)<br />

I<strong>de</strong>ntificação do bem: Prédio em Prop. Total sem Andares nem Div. Susc. <strong>de</strong> Utiliz.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, CARACTERÍSTICAS:<br />

Afectação: Armazéns e activida<strong>de</strong> industrial, Tipologia/Divisões: 1, Nº <strong>de</strong> pisos:<br />

1, Área total do terreno: 4400m2, Área <strong>de</strong> implantação do edifício: 550m2, Área bruta<br />

<strong>de</strong> construção: 550m2. Área bruta privativa: 550m2, Área bruta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: 0m2,<br />

sito em Cova da Raposas - Hortas, inscritona matriz predial urbana da freguesia <strong>de</strong><br />

Barreira, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> com nº 1591 e <strong>de</strong>scrito na 1ª Conservatória do Registo<br />

Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - <strong>de</strong>sc. nº 2556.<br />

TEOR DO ANÚNCIO<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira , Chefe <strong>de</strong> Finanças do Serviço <strong>de</strong><br />

Finanças BATALHA-1333, faz saber que no dia 2010-12-28, pelas 10:00 horas, neste<br />

Serviço <strong>de</strong> Finanças, sito em CELULAB - PRACA DO MUNICIPIO LT. 7 E 8, BATA-<br />

LHA, se há-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à abertura das propostas em carta fechada, para venda judicial,<br />

nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código <strong>de</strong> Procedimento e <strong>de</strong> Processo<br />

Tributário (CPPT), do bem acima <strong>de</strong>signado, penhorado ao Executado infra indicado,<br />

para pagamento da dívida no valor <strong>de</strong> 12.293,91€, sendo 10.361,47€ <strong>de</strong> quantia<br />

exequenda e 1.932,44€ <strong>de</strong> acréscimos legais.<br />

Mais, correm anúncios e éditos <strong>de</strong> 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª publicação,<br />

citando os credores <strong>de</strong>sconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para<br />

reclamarem, no prazo <strong>de</strong> 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus<br />

créditos que gozem <strong>de</strong> garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)<br />

O valor base da venda é <strong>de</strong> 87.703€, calculado nos termos do artigo 250.º do<br />

CPPT.<br />

É fiel <strong>de</strong>positário(a) o(a) Sr(a) MARIA ALICE CUNHA DE SOUSA MATOS,<br />

resi<strong>de</strong>nte em R DA GAFARIA N 55 - GOLPILHEIRA, o(a) qual <strong>de</strong>verá mostrar o bem<br />

acima i<strong>de</strong>ntificado a qualquer potencial interessado, entre as 10:00 horas do dia 2010-<br />

11-23 e as 17:00 horas do dia 2010-11-25 (249º/6 CPPT).<br />

Todas as propostas <strong>de</strong>verão ser entregues no Serviço <strong>de</strong> Finanças, até às 16:00<br />

horas do dia 2010-12-27, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças,<br />

<strong>de</strong>vendo i<strong>de</strong>ntificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome<br />

do Executado e o n.º <strong>de</strong> venda 1333.2010.3.<br />

As propostas serão abertas no dia e hora <strong>de</strong>signados para a venda (dia 2010-12-<br />

28 às 10:00h), na presença do Chefe do Serviço <strong>de</strong> Finanças (253.º CPPT).<br />

Não serão consi<strong>de</strong>radas as propostas <strong>de</strong> valor inferior ao valor base <strong>de</strong> venda atribuído<br />

a cada verba (250º Nº4 CPPT).<br />

No acto da venda <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positada a importância mínima <strong>de</strong> 1/3 do valor da<br />

venda, na Secção <strong>de</strong> Cobrança <strong>de</strong>ste Serviço <strong>de</strong> Finanças e pago o Imposto Municipal<br />

Sobre as Transmissões Onerosas <strong>de</strong> Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem <strong>de</strong>vidos.<br />

Os restantes 2/3 <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>positados na mesma entida<strong>de</strong>, no prazo <strong>de</strong> 15 dias<br />

(256.º CPPT).<br />

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais proponentes, abrirse-á<br />

logo licitação entre eles, salvo se <strong>de</strong>clararem adquirir o bem em comproprieda<strong>de</strong>.<br />

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, po<strong>de</strong> esse cobrir a proposta<br />

dos outros, caso contrário proce<strong>de</strong>r-se-á a sorteio para apurar a proposta que <strong>de</strong>ve<br />

prevalecer (253.º CPPT).<br />

IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO<br />

Nome: MARIA ALICE CUNHA DE SOUSA MATOS.<br />

Morada: R DA GAFARIA N 55 - GOLPILHEIRA.<br />

Data: 19-05-2010<br />

O Chefe <strong>de</strong> Finanças<br />

Paulo Alexandre Mateus <strong>de</strong> Matos Sequeira


48 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | JORNAL DE LEIRIA | ■ Imobiliário ■<br />

Casas<br />

Compra<br />

<strong>de</strong> segunda<br />

habitação<br />

sobe cerca<br />

<strong>de</strong> 30%<br />

Dados provisórios da<br />

Associação dos Profissionais<br />

das Empresas <strong>de</strong><br />

Mediação Imobiliária<br />

indicam que a compra <strong>de</strong><br />

segunda habitação aumentou<br />

nos primeiros<br />

seis meses do ano. Apesar<br />

da crise, no primeiro<br />

semestre, as vendas<br />

subiram entre 20% a 30%<br />

na região do Algarve,<br />

comparando com igual<br />

período do ano passado,<br />

revelou à Renascença o<br />

presi<strong>de</strong>nte da associação,<br />

Luís Carvalho Lima, representante<br />

das imobiliárias<br />

nacionais. O presi<strong>de</strong>nte<br />

lembra, contudo, que é<br />

preciso ter em conta que<br />

2009 foi um dos piores<br />

anos no que toca à venda<br />

<strong>de</strong> imobiliário e, por<br />

isso, a situação só po<strong>de</strong>ria<br />

melhorar. Na opinião<br />

<strong>de</strong> Luís Carvalho Lima,<br />

há muitas pessoas que<br />

preferem investir em habitação<br />

do que colocar o<br />

dinheiro no banco. “Hoje<br />

em dia, há alguma incerteza<br />

sobre a situação<br />

financeira, levando a que<br />

as pessoas apliquem o<br />

dinheiro no imobiliário”.<br />

Pois, em Portugal não<br />

houve uma <strong>de</strong>svalorização<br />

do mercado e do preço<br />

dos imóveis como<br />

aconteceu, por exemplo,<br />

em Espanha.<br />

Sector resi<strong>de</strong>ncial registou o menor volume <strong>de</strong> transacções<br />

Investimento imobiliário<br />

cai para menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />

JOSÉ MARQUES<br />

No último ano, o investimento<br />

imobiliário em Portugal caiu para<br />

menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>. De acordo com<br />

os dados da consultora Cushman<br />

& Wakefield (C&W), citados pela<br />

Agência Lusa, o investimento imobiliário<br />

no País movimentou 241<br />

milhões <strong>de</strong> euros no primeiro semestre,<br />

ou seja, menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos<br />

valores registado nos primeiros seis<br />

meses do ano passado. No período<br />

homólogo <strong>de</strong> 2010, foram realizados<br />

negócios no valor <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 600 milhões.<br />

Segundo a consultora, o resultado<br />

obtido é “um investimento<br />

Compre o seu apartamento e vá <strong>de</strong><br />

férias para o Brasil<br />

(campanha válida até 31 Agosto 2010)<br />

inferior ao esperado para o primeiro<br />

semestre”. Ainda assim, Luís<br />

Rocha Antunes, director do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> investimento da C&W<br />

em Portugal, acredita que 2010<br />

“po<strong>de</strong> vir a atingir valores superiores<br />

aos <strong>de</strong> 2009 ainda que mo<strong>de</strong>stos<br />

face à média dos últimos anos”,<br />

o que, acrescentou, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da<br />

“evolução da economia mundial e<br />

nacional”. Para estes valores contribuiu<br />

uma “maior activida<strong>de</strong> no<br />

mercado dos investidores estrangeiros,<br />

responsáveis por 51% das<br />

transacções verificadas até Junho”,<br />

realça.<br />

Em relação aos sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

a C&W nota “um regresso<br />

à <strong>prima</strong>zia do retalho, que representou<br />

cerca <strong>de</strong> 58% no total <strong>de</strong><br />

investimento, com uma parte importante<br />

<strong>de</strong>ste montante investida em<br />

centros comerciais”.<br />

Segue-se o sector industrial, ao<br />

qual foi <strong>de</strong>stinado 28% do volume<br />

total investido e o sector <strong>de</strong><br />

escritórios, com 12% do montante<br />

total. Segundo a análise da C&W,<br />

o sector resi<strong>de</strong>ncial recebeu o menor<br />

volume transaccionado, apenas<br />

2.4%.<br />

“A incerteza quanto ao momen-<br />

to em que se irá dar a inversão na<br />

curva <strong>de</strong> crescimento das economias<br />

e quais os custos reais que<br />

esta crise po<strong>de</strong> ter provocado levou<br />

a uma retoma <strong>de</strong> maior cautela por<br />

parte <strong>de</strong> investidores e financiadores,<br />

não sendo previsível alteração<br />

do nível <strong>de</strong> valores nos próximos<br />

meses”, concluiu Luís Rocha<br />

Antunes.<br />

REABILITAÇÃO<br />

É “BALÃO DE OXIGÉNIO”<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>ração<br />

da Construção e Imobiliário disse<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios que, “face à<br />

falta <strong>de</strong> obras públicas, o investimento<br />

privado é a solução” para<br />

o sector. Já a Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Construção<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a reabilitação<br />

urbana po<strong>de</strong>ria travar a perda <strong>de</strong><br />

95 mil empregos num futuro próximo,<br />

sendo que o sector terá perdido,<br />

nos últimos três anos, 200<br />

mil empregos com a crise. Actualmente,<br />

a reabilitação urbana não<br />

ultrapassa os 6.5% do total da activida<strong>de</strong><br />

no sector da construção.■<br />

Números<br />

6.5%<br />

Peso da reabilitação no sector<br />

da construção.<br />

200 mil<br />

Empregos perdidos na construção,<br />

nos últimos três anos.<br />

95 mil euros<br />

Valor do aposta necessária no<br />

segmento para salvar empregos.<br />

CENTRO HISTÓRICO DE LEIRIA<br />

TERRENO<br />

Situado na Rua João <strong>de</strong> Deus, 79<br />

ÁREA 240 m2<br />

POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO<br />

R/C COMÉRCIO, 1º e 2º ANDAR<br />

HABITAÇÃO<br />

PREÇO: 160.000 EUROS<br />

Propostas em carta fechada:<br />

Rua Figueira da Foz, 5, 1ºEsq.<br />

3000-184 Coimbra<br />

INFORMAÇÕES:<br />

917 254 961 / 912 280 919<br />

SUINICULTURA FAMILIAR<br />

Círculo fechado.<br />

Em laboração.<br />

Tm: 966 395 142.


ID: 0010002-19-MI<br />

ID: 0010001-12-MI<br />

ID: 0010003-04-MI<br />

T3 Apartamento T3 Moradia Geminada<br />

VENDA VENDA<br />

Garagem. Ar Condicionado<br />

na sala <strong>de</strong> estar.<br />

Cozinha com marquise.<br />

VENDA<br />

Inserido no Centro<br />

Comercial D. Dinis.<br />

Centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

ARRENDAMENTO VENDA<br />

Loja ampla. Garagem.<br />

A 2 min. do centro<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

MORADIA INDIVIDUAL T3 muito soalheira e ro<strong>de</strong>ada<br />

<strong>de</strong> jardim. Dispõe <strong>de</strong> excelentes áreas, aquecimento<br />

central, estores eléctricos, alarme, cozinha toda<br />

equipada, terraço com churrasqueira, rega automática.<br />

Situada m zona calma. A 5 minutos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Ref: fl0411<br />

APARTAMENTOS T3 NOVOS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 95.000€ com<br />

boas áreas, bons acabamentos, tectos falsos, aquecimento<br />

central a gás, fogão <strong>de</strong> sala, cozinha equipada<br />

com placa, chaminé, forno, maquina lavar louça, maquina<br />

lavar roupa. Ví<strong>de</strong>o porteiro, TV cabo, parqueamento<br />

na cave. Ref: fl0314<br />

APARTAMENTO T3 USADO a 5 minutos da cida<strong>de</strong>.<br />

Com boas áreas, três instalações sanitárias,<br />

todos os quartos com roupeiros, arrecadação no sótão.<br />

Pré-instalação <strong>de</strong> aquecimento. Boa exposição solar.<br />

75.000€ Ref: fl0439<br />

APARTAMENTO T3 DUPLEX, cozinha equipada,<br />

pré instalação <strong>de</strong> aquecimento central, lareira, garagem<br />

individual. Boa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento.<br />

112.000€ Ref: fl0450 AMI 8442 Tm. 915 227 708<br />

APARTAMENTO T3 NOVO, óptimas áreas, óptimos<br />

acabamentos, cozinha equipada com placa, forno,<br />

exaustor e maquina <strong>de</strong> lavar louça, aquecimento central,<br />

aspiração central, tectos falsos com iluminação<br />

em todas as divisões, lareira <strong>de</strong> hidromassagem, estores<br />

eléctricos e garagem individual para 2 carros.<br />

120.000€ Ref: fl0456<br />

APARTAMENTO T3 DUPLEX em óptimo estado<br />

<strong>de</strong> conservação, situado a 2 minutos da cida<strong>de</strong>, excelente<br />

exposição solar, boas áreas, cozinha equipada<br />

com placa, forno, exaustor, aquecimento central completo,<br />

lareira, instalação sanitária com janela e garagem<br />

individual para 4 carros. 92.500€ Ref: fl0438<br />

Rua da Quinta, Urb. Vale do Mocho, Lote 9, fracção D, 2410-146 <strong>Leiria</strong><br />

Tm: 915 227 708 - Tel. 244 092 612 - Fax: 244 838 312<br />

www.pracasejardins.com – pracas.jardins@gmail.com<br />

Marrazes - LEIRIA<br />

73.000€<br />

USADO<br />

Área Bruta: 115m²<br />

ID: 0010004-03-MI<br />

Cozinha semi-equipada. Préaquecimento.<br />

Pré-aspiração.<br />

Pré-instalação som ambiente.<br />

ID: 0010004-02-MI<br />

ID: 0010001-04-MI<br />

VENDA<br />

150.000€<br />

NOVO<br />

Área Bruta: 236m²<br />

Espaço Comércio T4 Moradia em Banda<br />

<strong>Leiria</strong> - LEIRIA<br />

18.000€<br />

USADO<br />

Área Bruta: 16m²<br />

Cozinha Equipada.<br />

Aquecimento e aspiração<br />

central. Louças sanitárias<br />

suspensas.<br />

Espaço Comércio Espaço Comércio<br />

Nova <strong>Leiria</strong> - LEIRIA<br />

600€<br />

NOVO<br />

Área Bruta: 92m²<br />

Loja ampla. Garagem.<br />

A 2 min. do centro<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Quinta do Rei - POUSOS<br />

Campo Amarelo - POUSOS<br />

197.000€<br />

NOVO<br />

Área Bruta: 370m²<br />

Nova <strong>Leiria</strong> - LEIRIA<br />

125.000€<br />

NOVO<br />

Área Bruta: 92m²<br />

APARTAMENTO T2, bem localizado, c/ aquecimento<br />

central, pré-instalação aspiração, estores eléctricos,<br />

cozinha equipada c/ placa, forno, exaustor,<br />

microondas, maquina <strong>de</strong> lavar louça, máquina <strong>de</strong> lavar<br />

roupa e combinado. Despensa, sótão e garagem ind. p/<br />

1 carro. 115.000€ Ref: fl0437 AMI 8442 Tm. 915 227 708<br />

APARTAMENTOS T3 NOVOS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 90.000€, situados<br />

a 5 minutos da cida<strong>de</strong>. Boas áreas, cozinha equipada,<br />

pré-instalação <strong>de</strong> ar condicionado, lareira, sótão,<br />

elevador até ao sótão e parqueamento. Boa oportunida<strong>de</strong>.<br />

Ref: fl0455<br />

APARTAMENTO T3 NOVOS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 117.500€ nos<br />

Parceiros, óptima exposição solar, óptimos acabamentos,<br />

tectos falsos com iluminação na cozinha, hall entrada<br />

e wc's. Aquecimento central completo,<br />

pré-instalação aspiração central, estores eléctricos,<br />

alumínios oscilo batentes e garagem individual. Ref:<br />

fl0432<br />

Aberto sábados<br />

e domingos<br />

| JORNAL DE LEIRIA | IMOBILIÁRIO |<br />

ORTIGOSA – Moradia T3+1 nova<br />

Moradia isolada, 8 Km <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

cozinha semi-equipada, hall, garagem dupla,<br />

jardim em volta, churrasqueira. €150.000,00<br />

MARRAZES (zona) – Projecto aprovado<br />

Terreno urbano com projecto aprovado para Moradia isolada<br />

com cave. T4 + 1 com arquitectura mo<strong>de</strong>rna, lote com 425m2.<br />

€ 45.000,00<br />

PEDROGÃO – T1 novos<br />

Apartamentos a 150 m do mar. Cozinha semi-equipada; hall;<br />

sala c/ lareira; arrumos no sotão.<br />

A partir <strong>de</strong> €60.000,00<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 49<br />

PEDROGÃO – T2 usado<br />

Espectacular varanda c/ vista para o mar, a 100 m do areal.<br />

Quartos e sala com varanda e vista mar, kitchenette,<br />

garagem privada, elevador. €90.000,00 negociável<br />

COIMBRÃO – Projecto aprovado<br />

Terreno urbano c/ projecto aprovado para 3 moradias geminadas<br />

pela garagem. Tipologia T3+1 c/ arquitectura mo<strong>de</strong>rna e óptimas áreas.<br />

As moradias ficam com 600 m2 <strong>de</strong> lote. Excelente preço!! €63.000,00<br />

PEDROGÃO –T2 / T3 novos<br />

A 300m da praia, vista para o mar, elevador, terraço c/ vista para o mar,<br />

churrasqueira comum no terraço, cozinha equipada c/ electrodomésticos,<br />

aparcamento (T3). €85.000,00 /110.000,00<br />

MEDIGIL - Mediação Imobiliária, Lda Ami nº 7494 / Apemip nº 4281<br />

Rua Eng.º Duarte Pacheco, nº2, Lj.B . 2425-031 Monte Real . Tel. 244 616 362 . Fax. 244 616 623 . Tlm. 918 725 414<br />

www.medigil.pt


50 | 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | IMOBILIÁRIO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

ARRENDA-SE<br />

APARTAMENTO na Marquês <strong>de</strong><br />

Pombal, mobiliado, 2 assoalhadas,<br />

a raparigas estudantes ou<br />

professoras. TM: 917 568 060<br />

APARTAMENTO T2 C/TERRAÇO<br />

No centro histórico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Preço: 300,00€/mês<br />

Mais em www.predialleiriense.pt<br />

2 QUARTOS a estudantes c/coz.<br />

e WC. Acesso in<strong>de</strong>p. Junto ESTG.<br />

Tm 918 525 548.<br />

ESTUDANTES ANDAR MOBI-<br />

LADO, junto ao Centro Com. D.<br />

Dinis com 7 divisões + cozinha<br />

+ wc + 2 arrumos. Tm: 967 944<br />

367.<br />

ARRENDAMENTO<br />

VENDA<br />

LOJA<br />

VIEIRA DE LEIRIA<br />

Loja no centro com 30m2,<br />

com casa <strong>de</strong> banho e arrecadação.<br />

€ 27.500,00<br />

Disponível para Arrendamento<br />

€200,00<br />

Medigil - Ami nº 7494.<br />

Tel. 244 616 362/Tm. 918 725 414 .<br />

www.medigil.pt<br />

QUARTO ÓPTIMO,casa mobilada<br />

e equipada.Junto McDonalds<br />

sem senhorio. 140E. Tm. 936 250<br />

688.<br />

ARRENDA-SE:<br />

Apartamento T3<br />

na Gândara dos Olivais<br />

Preço: 300,00€/mês<br />

Mais em www.predialleiriense.pt<br />

ARMAZÉNS COM 260, 450 E<br />

800 M2 (COM CAIS DE CAR-<br />

GA) localizados em Zona Industrial,<br />

junto ao nó da A8 da Barosa,<br />

frente para a variante <strong>Leiria</strong><br />

- Marinha Gran<strong>de</strong>. Parque <strong>de</strong> estacionamento<br />

e infraestruturas <strong>de</strong><br />

apoio (cantina industrial). Bons<br />

Preços.Tm: : 918 724 417 / 914<br />

655 373.<br />

ARRENDA-SE:<br />

Loja na Estrada da Estação<br />

c/110 m2<br />

Preço: 250€/mês<br />

Mais em www.predialleiriense.pt<br />

APART. T3 C/ GAR. - <strong>Leiria</strong> e<br />

BARRACÃO c/ 100 m2 - <strong>Leiria</strong><br />

Telf: 244 826 139/968 520 171.<br />

LOJA<br />

com 83m2,<br />

2 casas <strong>de</strong> banho, várias<br />

montras e garagem fechada.<br />

€400,00<br />

Medigil - Ami nº 7494.<br />

Tel. 244 616 362/Tm. 918 725 414 .<br />

www.medigil.pt<br />

VENDE-SE<br />

T4 DUPLEX Particular 170m2<br />

<strong>Leiria</strong>. Recente. Todo equipado<br />

Garagem 4 carros. Tm 962680850<br />

APARTAMENTO T3 NOVOS nos<br />

Parceiros, tecto falso com iluminação<br />

na cozinha, hall entrada e wc's,<br />

aquecimento central completo, pré<br />

instalação aspiração central e garagem<br />

individual. 117.500€ Ref: fl0431<br />

Tm. 915 227 708.<br />

APART. T2 em excelente estado,<br />

no último andar, excelente exposição<br />

solar, boas áreas, varanda<br />

em todas as divisões, churrasq.,<br />

arrecadação e parqueamento p/<br />

um carro. 86.000€ Ref: fl0418<br />

Tm. 915 227 708.<br />

BAROSA<br />

MORADIA T4 NOVA<br />

Boas áreas, cozinha semiequipada,<br />

<strong>de</strong>spensa, sala c/<br />

lareira, telheiro p/ 2 carros,<br />

logradouro c/ churrasqueira.<br />

Aceita permuta!<br />

Baixa <strong>de</strong> preço €160.000,00.<br />

Excelente oportunida<strong>de</strong>!!<br />

Medigil - Ami nº 7494.<br />

Tel. 244 616 362/Tm. 918 725 414 .<br />

www.medigil.pt<br />

MORADIA T2+1 a 5 minutos do<br />

centro da cida<strong>de</strong>. Pré-instalação <strong>de</strong><br />

aquecimento central, recuperador <strong>de</strong><br />

calor, janelas oscilo batentes, sistema<br />

pré alarme e pré-instalação <strong>de</strong><br />

painéis solares. Terraço no piso superior<br />

com churrasqueira. 100.000€<br />

Ref: fl0427 Tm. 915 227 708.<br />

TERRENO COM 2.500M2, situado<br />

a 5 minutos da cida<strong>de</strong>. Boa<br />

exposição solar. Com possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> projecto aprovado e construção.<br />

75.000€ Ref: fl0444 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

TERRENO COM 424M2 em local<br />

<strong>de</strong> excelência dos Parceiros. Excelente<br />

exposição solar. Com possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> projecto já elaborado.<br />

79.500€ Ref: fl0425 AMI 8442<br />

Tm. 915 227 708.<br />

TERRENO RÚSTICO COM<br />

1.395M2, situado a 10 minutos<br />

da cida<strong>de</strong>. Boa exposição solar.<br />

30.000€ Ref: fl0342 AMI 8442<br />

Tm.915227708 .<br />

VENDE-SE OU ARRENDA-SE<br />

T3<br />

NO CENTRO DE MONTE REAL.<br />

CONTACTO: 919 629 365<br />

TERRENO PLANO COM 670M2,<br />

permite a construção <strong>de</strong> 335m2.<br />

Frente <strong>de</strong> estrada com 27m. Boa<br />

exposição solar, a 5 minutos da<br />

cida<strong>de</strong>. 45.000€ Ref: fl0329 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

TERRENO COM 1327M2, permitindo<br />

468m2 <strong>de</strong> construção.<br />

Frente <strong>de</strong> estrada com 26m. Excelente<br />

exposição solar, a 5 minutos<br />

da cida<strong>de</strong>. 70.000€ Ref: fl0324<br />

AMI 8442 Tm. 915 227 708.<br />

TERRENOS, p/ construção, com<br />

diversas áreas inseridos em loteamento<br />

c/ todas as infra-estruturas.<br />

Des<strong>de</strong> 27.500€ Ref: fl0313<br />

AMI 8442 Tm. 915227708<br />

TERRENO COM 4.000M2 PARA<br />

CONSTRUÇÃO, índice 0,4. Situado<br />

nos Parceiros. 140.000€ Ref:<br />

fl0284 AMI 8442 Tm. 915 227<br />

708.<br />

TERRENO COM 330M2, nos Parceiros,<br />

para construção <strong>de</strong> moradia<br />

com cave, r/chão e 1andar. As infraestruturas<br />

do loteamento estão concluídas.<br />

52.000€ Ref: fl0271 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

TERRENO PARA CONSTRU-<br />

ÇÃO DE MORADIA UNIFAMI-<br />

LIAR, com 550m2. A 5 minutos<br />

da cida<strong>de</strong>. Boa exposição solar.<br />

60.000€ Ref: fl0251 AMI 8442<br />

Tm. 915 227 708.<br />

LOTE DE TERRENO COM<br />

430M2, para construção, com<br />

projecto aprovado, moradia unifamiliar<br />

T3. Situado nos Parceiros.<br />

27.500€ Ref: fl0137 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

SOUTO DA CARPALHOSA<br />

(ZONA) – TERRENO<br />

Terreno com viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

construção com óptima vista.<br />

A área do terreno são 850<br />

m2.<br />

Bom preço €22.500,00<br />

Medigil - Ami nº 7494.<br />

Tel. 244 616 362/Tm. 918 725 414 .<br />

www.medigil.pt<br />

TERRENO COM 1.015 M2, inserido<br />

em espaço urbano nível III,<br />

pelo que po<strong>de</strong>rá construir cerca<br />

<strong>de</strong> 304,50m2 por cada piso, no<br />

máximo 2 acima do solo e mais<br />

um em cave para estacionamento.<br />

62.500€ Ref: fl0114 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

MORADIA T3 perto da cida<strong>de</strong><br />

para restaurar. 30.000€ Ref:<br />

fl0467 AMI 8442 Tm. 915 227<br />

708.<br />

APARTAMENTO T3 junto ao centro<br />

da cida<strong>de</strong>, óptimas áreas, excelente<br />

exposição solar, aquecimento<br />

central, cozinha equipada, marquise,<br />

lareira e garagem individual.<br />

110.000€ Ref: fl0449 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

LOJA<br />

TRANSVERSAL<br />

M. POMBAL<br />

Para comércio com 76 m2, +<br />

cave com 204 m2. Contactar<br />

o próprio. Tel. 244 815 517<br />

APARTAMENTO T3 DUPLEX,<br />

aquecimento central, lareira, cozinha<br />

equipada, piso superior com 1<br />

suite e pequeno terraço, garagem<br />

para 2 carros. 120.000E Ref: fl0441<br />

AMI 8442 Tm. 915 227 708.<br />

ANDAR DE MORADIA T3, recentemente<br />

recuperado, boas áreas,<br />

garagem individual e terreno anexo<br />

à moradia. Bem localizado,<br />

perto <strong>de</strong> escolas, mobilis, comercio.<br />

65.000E Ref: fl0421 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T2 no último<br />

andar com boa exposição solar,<br />

cozinha com <strong>de</strong>spensa, pré instalação<br />

<strong>de</strong> aquecimento central, parqueamento<br />

para 1 carro. 65.000€<br />

Ref: fl0417 AMI 8442 Tm. 915<br />

227 708.<br />

2 LOTES<br />

NO MESMO TERRENO<br />

(cada um c/ o seu registo)<br />

- Um lote c/ 700 m2<br />

- Outro lote c/ 300 m2<br />

Ambos c/ casa para<br />

restauro e frente<br />

<strong>de</strong> estrada no centro <strong>de</strong><br />

Cumieira - Espite.<br />

Local Calmo e sossegado.<br />

48.000€ e 29.000€<br />

respectivamente.<br />

Bom negócio!<br />

TM: 913 813 049<br />

00336 21 377 758<br />

CARVIDE (ZONA)<br />

– TERRENO<br />

Terreno com viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

construção na zona <strong>de</strong> Carvi<strong>de</strong>.<br />

Tem 1300m2 <strong>de</strong> área.<br />

€35.000,00<br />

Medigil - Ami nº 7494.<br />

Tel. 244 616 362/Tm. 918 725 414 .<br />

www.medigil.pt<br />

APARTAMENTO T3 em bom estado<br />

<strong>de</strong> conservação. Excelente exposição<br />

solar. Sótão com 40m2 e<br />

wc. Garagem individual. 85.000€<br />

Ref: fl0436 AMI 8442 Tm. 915<br />

227 708.<br />

MORADIA T4 NOVA c/ pré-instalação<br />

aquecimento, pré-instalação<br />

<strong>de</strong> aspiração central, jardim,<br />

sótão, terraço c/ churrasqueira<br />

e garagem p/ 3 carros com<br />

arrecadação. 135.000E Ref.:<br />

fl0404 AMI 8442 Tm. 915 227<br />

708.<br />

MORADIA T3+1 NOVA, com pré<br />

aquecimento, pré aspiração, inserido<br />

em lote com 500m2, garagem,<br />

churrasqueira, jardim, logradouro.<br />

140.000€ Ref: fl0343<br />

AMI 8442 Tm. 915 227 708.<br />

LAGOS - CHINICATO<br />

T2<br />

vista serra, 2 km praia,<br />

98m2, 2 qts, 1 em suite, 2<br />

roupeiros, 2 wc, cozinha<br />

equip., <strong>de</strong>spensa, 2 varandas,<br />

barbecue, pré-inst.ar.c.,<br />

p.blindada, 1 lugar gar.,<br />

120.000€, Tm. 933 522 273<br />

APARTAMENTO T2 c/ excelentes<br />

áreas, terraço e garagem individual.<br />

Situado 3 minutos do cen-<br />

tro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. 73.500E Ref: fl0032<br />

AMI 8442 Tm. 915 227 708<br />

LEIRIA - LOJA Óptima localização<br />

na transversal da Marquês<br />

<strong>de</strong> Pombal.<br />

Área 76m2 e excelente armazém<br />

na cave com 204m2. 210.000,00.<br />

Medigil - AMI Nº 7494. Tel. 244<br />

616 362/Tm. 918 725 414<br />

APART. T3 a 5 minutos do centro<br />

da cida<strong>de</strong>. Lareira, cozinha<br />

com fogão, exaustor, esquentador,<br />

ar condicionado no quarto, marquises<br />

e parqueamento para 1 carro.<br />

65.000E Ref: fl0369 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T3 USADO,<br />

remo<strong>de</strong>lado a 5 minutos da cida<strong>de</strong>,<br />

com boas áreas, excelente exposição<br />

solar, 3 frentes e sótão.<br />

65.000E Ref: fl0339 AMI 8442<br />

Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T3 recuperado<br />

a 5 minutos da cida<strong>de</strong>. No último<br />

andar, lareira, tecto falso em ma<strong>de</strong>ira<br />

com iluminação no hall da entrada<br />

e parqueamento para um carro.<br />

69.500E Ref: fl0170 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APARTAMENTO T2 novo c/ boas<br />

áreas, cozinha equipada, lareira,<br />

pré aquecimento central e aspiração<br />

central. Garagem. 87.500E<br />

Ref: fl0392 AMI 8442 Tm. 915<br />

227 708.<br />

MORADIA T4+1 a 5 minutos do<br />

centro com boas áreas, óptima<br />

exposição solar, aquecimento central,<br />

lareira, sótão e jardim c/<br />

churrasqueira. 160.000E Ref:<br />

fl0416 AMI 8442 Tm. 915 227<br />

708.<br />

APARTAMENTO T3 REMODE-<br />

LADO, com boas áreas, excelente<br />

exposição solar, a 5 minutos da<br />

cida<strong>de</strong>, iluminação incluída na<br />

sala e hall <strong>de</strong> entrada, <strong>de</strong>spensa,<br />

terraço, sótão e garagem individual.<br />

75.000€ Ref: fl0366 AMI<br />

8442 Tm. 915 227 708.<br />

APART. T2 a 5 minutos da cida<strong>de</strong>,<br />

com lareira, varanda. Sótão<br />

com wc. Garagem individual para<br />

1 carro. 50.000€ Ref: fl0464<br />

AMI 8442 Tm. 915 227 708.<br />

TRESPASSA-SE<br />

OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO<br />

- RESTAURANTE ZONA DE<br />

SERVIÇOS - Boa Clientela em<br />

funcionamento. Tm: 919 990 904.<br />

LOJA TODA EQUIPADA para<br />

restauração no Centro Histórico<br />

em <strong>Leiria</strong>. Rua Gago Coutinho N.<br />

12 (Frente Malagueta). Tm: 969<br />

836 133.<br />

P U B L I C I D A D E<br />

geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt


QUINTA, 12<br />

SEXTA, 13<br />

SÁBADO, 14<br />

DOMINGO, 15<br />

SEGUNDA, 16<br />

TERÇA, 17<br />

QUARTA, 18<br />

QUINTA, 12<br />

SEXTA, 13<br />

SÁBADO, 14<br />

DOMINGO, 15<br />

SEGUNDA, 16<br />

TERÇA, 17<br />

QUARTA, 18<br />

PASSATEMPOS<br />

SUDOKU<br />

ALCOBAÇA<br />

B. Marques 262582115<br />

Epifâneo 262582124<br />

Magalhães 262582455<br />

Campeão 262582156<br />

B. Marques 262582115<br />

Epifâneo 262582124<br />

Magalhães 262582455<br />

BATALHA<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

M. Padrão 244765449<br />

M. Padrão 244765449<br />

M. Padrão 244765449<br />

O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números <strong>de</strong> 1 a 9, sem repetir números em cada<br />

linha e cada coluna. Também não se po<strong>de</strong> repetir números em cada quadrado <strong>de</strong> 3x3.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

JORLIS, LDA.<br />

Administração e Gestão:<br />

Arnaldo Sapinho<br />

Direcção Editorial:<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Orlando Cardoso<br />

Arnaldo Sapinho<br />

Coor<strong>de</strong>nação executiva:<br />

Rui Pereira<br />

Director:<br />

José Ribeiro Vieira<br />

jose.vieira@movicortes.pt<br />

Director-adjunto:<br />

João Nazário (C.P. nº TE-570)<br />

direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao.economia@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao.<strong>de</strong>sporto@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

redaccao.viver@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

C. DA RAINHA<br />

Perdigão 262880681<br />

B. Lisboa 262832324<br />

Cal<strong>de</strong>nse 262832256<br />

Central 262831471<br />

Maldonado 262831484<br />

Rosa 262831996<br />

Perdigão 262880681<br />

FIGUEIRÓ<br />

Correia S. 236552312<br />

Correia S. 236552312<br />

Correia S. 236552312<br />

Correia S. 236552312<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Coor<strong>de</strong>nadora da Redacção<br />

Alexandra Barata (C.P. nº 3619)<br />

(alexandra.barata@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Redacção<br />

Andreia Antunes (estagiária)<br />

Damião Leonel (C.P. nº 1768)<br />

(damiao.leonel@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />

Daniela Franco Sousa (C.P. nº TP703)<br />

(daniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />

Elisabete Cruz (C.P. nº 4403)<br />

(elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt),<br />

Graça Menitra (C.P. nº 1769)<br />

(graca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Jacinto Silva Duro (C.P. nº 5084)<br />

(jacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Maria Ana bela Silva (C.P. nº 4308)<br />

(anabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Miguel Sampaio (C.P. nº 8662)<br />

(miguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Paula Lagoa<br />

(lagoa.jornal<strong>de</strong>leiria@gmail.com)<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva (C.P. nº 2598)<br />

(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Ricardo Graça, repórter fotográfico (C.P. nº 7852)<br />

(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

F A R M Á C I A S<br />

PALAVRAS CRUZADAS<br />

MARINHA GRANDE<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />

Duarte 244503024<br />

Sta. Isabel 244575349<br />

Guardiano 244502678<br />

Central 244502298<br />

Roldão 244502641<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />

NAZARÉ<br />

Silvério 262552394<br />

Ascenso 262551106<br />

Ascenso 262551106<br />

Ascenso 262551106<br />

Sousa 262561221<br />

Sousa 262561221<br />

Sousa 262561221<br />

HORIZONTAIS: 1- O caminho (Bras. Pop.). Enfeitado<br />

<strong>de</strong> plumas. 2- O m. q. coriza. Nome grego<br />

do <strong>de</strong>us do Amor (Mit.). 3- Cida<strong>de</strong> romena, junto<br />

do rio Maro. Soltavam lamentos. 4- Contrato<br />

gratuito pelo qual uma das partes entrega à outra<br />

certa coisa, móvel ou imóvel, para que se sirva<br />

<strong>de</strong>la. 1.001 (Rom.). 5- Pequeno planeta <strong>de</strong>scoberto<br />

em 1932 pelo belga Delporte. Arcaico<br />

(abrev.). 6- Móvel em forma <strong>de</strong> armário para<br />

imagens <strong>de</strong>votas (pl.) 7- Letra grega. Elemento<br />

radiactivo. 8- Estranho (s.q.). Contestar ou respon<strong>de</strong>r<br />

com viveza. 9- Rio que atravessa Londres.<br />

Tontura, vertigem. 10-1700 (Rom.).<br />

Cortam, fazem em bocados ou tiras. 11- Parte da<br />

ornitologia que tem por objecto o estudo dos<br />

ovos. Qualida<strong>de</strong> (Suf. Fem.)<br />

VERTICAIS: 1- Bebida alcoólica da Índia. Canal<br />

ou passagem estreita (Anat.). 2- Liga <strong>de</strong> quatros<br />

partes <strong>de</strong> cobre e uma <strong>de</strong> ouro. Nascido, nato. 3-<br />

Torne apaixonado. 1.150 (Rom.). 4- Que tem carácter<br />

<strong>de</strong> idólatra. 5- Platina (s.q.). Beneficiais.<br />

6- Deixa em legado. Dei à luz. 7- Que se refere<br />

à ida<strong>de</strong>. Rio costeiro <strong>de</strong> França que <strong>de</strong>sagua no<br />

mar do Norte. 8- De excelente memória (pl.). 9-<br />

Boca (Pref.). Na tua companhia. 10- Ecoam, ressoam.<br />

Senhoras, sinhás (Bras.). 11- Elemento<br />

metálico polivalente, <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> fusão alto. Sufixo<br />

que indica espectáculo, visita.<br />

| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |<br />

POMBAL<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Torres C. 236218730<br />

Torres C. 236218730<br />

Torres C. 236218730<br />

PORTO DE MÓS<br />

Mirense 244440213<br />

Mirense 244440213<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

LEIRIA<br />

Avenida 244833168<br />

Batista 244832320<br />

Central 244817980<br />

G. Tomaz 244832432<br />

Higiene 244833140<br />

Antunes 244832465<br />

Lis 244882609<br />

Aberta 24 horas<br />

Farmácia do Hospital <strong>de</strong> Sto. André<br />

244881108<br />

(Disponibilida<strong>de</strong> até às 22:00 horas)<br />

De quinta a domingo<br />

Cx. <strong>de</strong> Previdência 244771540<br />

(Maceira)<br />

De domingo a quarta<br />

B. Godinho 244777284 (Arnal)<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 51<br />

David 244741474 (Santa Eufémia)<br />

D. Caçador 244721222<br />

(Bidoeira <strong>de</strong> Cima)<br />

Castela 244891445 (Cortes)<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244732122<br />

(Caranguejeira)<br />

M. Real 244612253 (Monte Real)<br />

Boavista 244723124 (<strong>Leiria</strong>)<br />

Higiene 244833140<br />

(Monte Redondo)<br />

F. Silva 244613197<br />

(Souto da Carpalhosa)<br />

S. Milagres 244851095 (Milagres)<br />

Colmeias 244722354 (Eira-Velha)<br />

L. Pais 244861072 (Amor)<br />

Maio 244981611 (Barreira)<br />

Duarte 244606458 (Coimbrão)<br />

Henrique 244741474<br />

(Sta Catarina da Serra)<br />

SOLUÇÕES DA EDIÇÃO ANTERIOR<br />

Horizontais: 1- CMV. ESTEJAS. 2- EMIR.<br />

PRIORA. 3- DILUI. ERREI. 4- IC. ENO-<br />

MANIA. 5- A. ELIDE. AA. 6- MINACIS-<br />

SIMO. 7- PR. IATES. L. 8- ISOLAREI. UH.<br />

9- PILAR. SORNA. 10- ELAVAM. SUAI.<br />

11- SOMAMOS. IRS.<br />

Verticais: 1- CEDIAM. IPES. 2- MMIC.<br />

IPSILO. 3- VIL. ENROLAM. 4- RUELA.<br />

LAVA. 5- E. INICIARAM. 6- SP. ODIAR.<br />

MO. 7- TREMESTRES. S. 8- EIRA. SEIOS.<br />

9- JORNAIS. RUI. 10- AREIAM. UNAR.<br />

11- SAIA. OLHAIS.<br />

BOLETIM DE CLASSIFICADOS BOLETIM DE ASSINATURA<br />

NOME ________________________________________________________<br />

MORADA ______________________________________________________<br />

NOME<br />

__________________________________________ TEL. |__|__|__|__|__|__|__|__|__ |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

N.º CONT. * __|__|__|__|__|__|__|__|__| C. POSTAL|__|__|__|__|- |__|__|__|<br />

LOCALIDADE ____________________________________________________<br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

* Preenchimento obrigatório<br />

TEXTO A ANUNCIAR<br />

25 quad.<br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

MORADA |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

50 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

75 quad. |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

100 quad.<br />

C. POSTAL|__|__|__|__|- |__|__|__| LOCALIDADE|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

À LINHA<br />

75 quadrados obrigatórios<br />

2 publicações <br />

20 € <br />

125 quad.<br />

4 publicações <br />

35 € <br />

PAÍS|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| TEL.|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

PROFISSÃO |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| HABILITAÇÕES LITERÁRIAS |__|__|__|__|__|__|<br />

<br />

<br />

<br />

100 quadrados 30 € <br />

125 quadrados 40 € <br />

Valor adicional se preten<strong>de</strong>r fotografia 5€<br />

45 € <br />

60 € <br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| N.º ELEMENTOS AGREGADO FAMILIAR |__|__|<br />

N.º CONT.|__|__|__|__|__|__|__|__|__| DATA DE NASC.|__|__|/|__|__|/|__|__|__|__|<br />

Indique a secção on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> ver publicado o seu anúncio<br />

IMOBILIÁRIO Arrendar Venda Trespasse Compra<br />

EMPREGO Precisa-se Oferece-se<br />

MOTOR Venda Compra<br />

DIVERSOS Mensagem Explicações Geral<br />

COMO PREENCHER<br />

1. Escrever o anúncio pretendido na quadrícula. Cada letra <strong>de</strong>ve ser escrita num dos quadrados, <strong>de</strong>ixando um quadrado livre entre cada palavra.<br />

2. O pagamento <strong>de</strong>verá ser enviado juntamente com o cupão. Os preços indicados incluem IVA 21%.<br />

3. O anunciante <strong>de</strong>verá levantar as respostas na se<strong>de</strong> do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

4. O anúncio a publicar <strong>de</strong>verá ser entregue até ao final <strong>de</strong> cada segunda-feira anterior à saída do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ou através do correio para a morada<br />

Rua Comandante João Belo, n.º 31 . Apartado 1098 . 2401-801 <strong>Leiria</strong>.<br />

Colaboradores permanentes<br />

Ana Ferraz Pereira, Fábio Fialho, Helena C. Peralta, Joaquim<br />

Paulo, Luci Pais, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Orlando Cardoso<br />

Colaboradores<br />

Amélia do Vale, Ana Gomes, Ana Narciso, Anabela Frazão,<br />

António Delgado, Cristina Nobre, Carlos Carmino, Catarina<br />

Selada, Clarisse Louro, Diogo Mateus, Fernando José<br />

Rodrigues, Francisco Mafra, Helena C. Peralta, Henrique<br />

Neto, Isabel Rocha, Joana Louro, Jorge Estrela, José<br />

Amado da Silva, José Augusto Esteves, José Cadima Ribeiro,<br />

José Manuel Pereira da Silva, José Manuel dos Santos,<br />

José Nunes André, Lima Bastos, Manuel Gomes,<br />

Manuel Nunes, Márcio Lopes, Moisés Espírito Santo, Nuno<br />

Campos, O<strong>de</strong>te João, Osvaldo Castro, Patrícia Ervilha,<br />

Paulo Gonçalves, Pedro Biscaia, Pedro Serras, Rui Matos,<br />

Rui Santos, Telmo Faria, Teresa Caeiro, Tomás Oliveira Dias<br />

Direcção Gráfica<br />

Gabinete Técnico Jorlis<br />

Composição, Paginação e Mon tagem<br />

Isil da Trinda<strong>de</strong> (Coor<strong>de</strong>nação)<br />

(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt ),<br />

Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt )<br />

Cartoonista Rui Pedro Lourenço<br />

Serviços Admi nistra tivos<br />

Recepção - Helena Gonçalves<br />

Assinantes - Patrícia Carvalho<br />

(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Tesouraria - Cília Ribeiro<br />

Serviços Comerciais<br />

Rui Pereira (Coor<strong>de</strong>nação) rui.pereira@movicortes.pt<br />

Andreia Antunes (andreia.antunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Ferreira Branco (ferreira.branco@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Helena Gonçalves (geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Luís Clemente (luis.clemente@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)<br />

Proprieda<strong>de</strong>/Editor<br />

Jorlis - Edições e Publicações, Lda.<br />

Capital Social: €600.000<br />

Con tri buinte Nº 502010401<br />

Sócios com mais <strong>de</strong> 10%:<br />

Movicortes, Serviços e Gestão, Lda,<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Morada<br />

Rua Comandante João Belo, nº 31<br />

Apart. 1098 2401-801 <strong>Leiria</strong><br />

Telefones: Geral 244 800 400<br />

Redacção 244 800 405 . Fax 244 800 401<br />

Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Distribuição: VASP - Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transportes<br />

e Distribuição, Lda<br />

MLP: Media Logistics Park<br />

Quinta do Grajal - Venda Seca2739-511 Agualva Cacém<br />

Dia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feira<br />

Preço avulso: €1<br />

Assinatura anual: €35 (Portugal), €65 (restantes países<br />

da Europa), €93 (outros países do Mundo)<br />

Tiragem média por edição<br />

Mês <strong>de</strong> Julho 15.000 exemplares<br />

Nº <strong>de</strong> registo: 109980<br />

Depósito legal nº 5628/84<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto à participação <strong>de</strong> todos os<br />

cidadãos <strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto Editorial<br />

Junto envio cheque/vale postal nº |__|__|__|__|__|__|__|__|__| no valor <strong>de</strong> €35<br />

(Portugal), €65 (outros países da Europa), €93 (outros países do Mundo)<br />

emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente, salvo indicações em contrário).<br />

Para mais informações contactar Patrícia Carvalho - Tel. 244 800 400 - E-mail: assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Assinatura __________________________________________________________________


O TEMPO<br />

Sexta-feira Sábado<br />

28 C<br />

29 C<br />

15 C<br />

15 C<br />

Sol Sol SolL<br />

O bar Anúbis, junto ao Largo<br />

da Sé, <strong>Leiria</strong>, pôs em prática, esta<br />

semana, uma campanha que visa<br />

minimizar os problemas associados<br />

à diversão nocturna. Reduzir<br />

o ruído e o lixo na rua, após<br />

o encerramento do bar, é o objectivo<br />

inicial da campanha que não<br />

tem, ainda, data para terminar.<br />

Logo que haja resultados, explica<br />

o proprietário, Mário Brilhante,<br />

“serão partilhados com os<br />

colegas dos outros bares, com as<br />

autorida<strong>de</strong>s e com a autarquia”.<br />

A iniciativa é particular mas,<br />

Mário Brilhante admite que possa<br />

vir a servir <strong>de</strong> exemplo para<br />

algo a uma escala maior. “Uma<br />

estratégia conjunta que envolva<br />

todos os bares, autorida<strong>de</strong>s, autarquia<br />

e até os moradores da zona<br />

histórica.”<br />

O empresário enten<strong>de</strong> que é<br />

importante “mostrar que <strong>de</strong>ntro<br />

dos bares há pessoas trabalhadoras,<br />

preocupadas, sensíveis às<br />

inconveniências inerentes à diversão<br />

nocturna e que acreditam que<br />

é possível minimizá-las”.<br />

Domingo<br />

31 C<br />

17 C<br />

O mundo julga pelas aparências e engana-se quase sempre. Papa João XXIII<br />

Anúbis quer acabar com a i<strong>de</strong>ia dos estabelecimentos nocturnos como promotores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

Bar promove acção contra ruído e lixo<br />

na zona histórica <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Mário Brilhante diz que acções<br />

<strong>de</strong>ste género po<strong>de</strong>m também ajudar<br />

a <strong>de</strong>smistificar a imagem dos<br />

bares como promotores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m.<br />

“Os bares são dinamizadores<br />

da animação nocturna da cida<strong>de</strong>.<br />

Sem eles, a zona histórica seria<br />

um conjunto <strong>de</strong> ruas on<strong>de</strong> as pessoas<br />

teriam medo <strong>de</strong> circular.”<br />

Alojamento particular vive dias difíceis na Nazaré<br />

Crise chega aos chambres<br />

O negócio do alojamento particular,<br />

nos meses <strong>de</strong> Verão, na<br />

Nazaré também está a ser afectado<br />

pela crise. As nazarenas que se<br />

<strong>de</strong>dicam a esta activida<strong>de</strong> queixam-se<br />

<strong>de</strong> fortes quebras em relação<br />

aos anos anteriores.<br />

Ângela Lucas, <strong>de</strong> 58 anos e inscrita<br />

na Associação <strong>de</strong> Proprietários<br />

e Inquilinos <strong>de</strong> Alojamento<br />

Turístico da Nazaré com o número<br />

87, revela que “se continuar<br />

como está”, vai “<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> alugar,<br />

pois nem chega para as <strong>de</strong>spesas”.<br />

“No mês <strong>de</strong> Julho não aluguei<br />

nada”, afirma. Os dois quartos que<br />

aluga no Sítio confi<strong>de</strong>ncia que,<br />

por noite, cada “chambre“ po<strong>de</strong><br />

ren<strong>de</strong>r entre 30 a 35 euros em<br />

Julho e 40 euros em Agosto. “O<br />

preço não sofreu gran<strong>de</strong>s alterações,<br />

pois as pessoas quando vão<br />

ver, vêem que é tudo bom e vale<br />

PUB<br />

PAULA LAGOA<br />

Equipa <strong>de</strong> barmen controla barulho e recolhe após fecho do bar<br />

a pena”, explica.<br />

Nazaré Amada, que aluga apartamentos<br />

há mais <strong>de</strong> 30 anos, revela<br />

que as pessoas não costumam<br />

reclamar o preço. “Muitos dos meus<br />

clientes são <strong>de</strong> há <strong>de</strong>z e 20 anos”,<br />

justifica. Em relação ao facto <strong>de</strong><br />

muitos turistas serem estrangeiros,<br />

afirma que tentou “apren<strong>de</strong>r<br />

algumas frases em inglês e francês<br />

que são essenciais, mas se são<br />

chineses ou japoneses, o gesto é<br />

tudo!”<br />

Filipa Sequeiros, responsável<br />

pela Pensão Nazarense, que tem<br />

mais <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> existência,<br />

lamenta a crise, na medida em que<br />

esta “diminui os euros na carteira<br />

e, em vez <strong>de</strong> 15 dias, as pessoas<br />

passam dois ou três ou passam o<br />

dia. Trazem o farnel e regressam<br />

a casa ao final do dia”. ■<br />

Débora Carvalho<br />

O empresário lembra que “ao<br />

proporcionarem animação aos<br />

jovens leirienses e aos estudantes<br />

que vêm <strong>de</strong> fora, os bares assumem<br />

um papel importante para<br />

a imagem da cida<strong>de</strong>”, mas que<br />

este “é um aspecto muitas vezes<br />

esquecido”.<br />

O responsável <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “o<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Limpezas no rio Lis<br />

diálogo é o caminho para encontrar<br />

soluções para os problemas<br />

da noite. É preciso que todos colaborem”.<br />

■<br />

Paula Lagoa<br />

A acção<br />

A campanha assenta num<br />

conjunto <strong>de</strong> mensagens direccionadas<br />

aos clientes, em diferentes<br />

suportes, <strong>de</strong>ixados<br />

estrategicamente pelo bar. À<br />

entrada, um gran<strong>de</strong> placard<br />

informa que o serviço <strong>de</strong> bar<br />

encerra às 1:55 horas. Ao<br />

longo da noite, o DJ da casa<br />

faz, ao microfone, pedidos <strong>de</strong><br />

colaboração e a<strong>de</strong>são à campanha,<br />

explicada em cartazes<br />

e folhetos distribuídos aos<br />

clientes. Ao final da noite,<br />

toda a equipa <strong>de</strong> barmen sai à<br />

rua <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificada,<br />

com coletes alusivos à iniciativa,<br />

para recolher lixo e controlar<br />

o ruído. ■<br />

A Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> iniciou, esta semana, a limpeza <strong>de</strong> parte do troço<br />

do rio Lis que atravessa a cida<strong>de</strong>. O presi<strong>de</strong>nte da autarquia explica<br />

que os trabalhos contemplam a retirada <strong>de</strong> lixo que “se foi acumulando,<br />

<strong>de</strong>vido à estagnação das águas”. Durante a ultima reunião<br />

<strong>de</strong> câmara, realizada na terça-feira, a vereadora do Ambiente, Blandina<br />

Oliveira, frisou que o problema já se colocou em anos anteriores<br />

e que, no futuro, <strong>de</strong>verá ser estudada uma “solução mais eficaz” para<br />

impedir a acumulação do lixo. Na ocasião, Isabel Gonçalves, vereadora<br />

eleita pelo PSD como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, sugeriu que periodicamente<br />

fosse aberta a comporta, localizada junto ao parque da cida<strong>de</strong>, para<br />

permitir “uma maior circulação e oxigenação da água”.<br />

Fátima<br />

Contra maus-tratos dos animais<br />

No próximo domingo, realiza-se em Fátima uma manifestação<br />

silenciosa contra os alegados maus-tratos dos animais no Santuário<br />

<strong>de</strong> Fátima. A concentração <strong>de</strong>correrá entre as 8 e as 13<br />

horas junto à Rotunda Norte, chamada Rotunda do Peregrino, saída<br />

lado esquerdo da Auto-Estrada. A organização apela aos participantes<br />

que apareçam vestidos <strong>de</strong> branco ou <strong>de</strong> preto. ■<br />

Por motivos <strong>de</strong> férias, não<br />

escrevo nesta edição, voltando<br />

a fazê-lo na próxima.<br />

REGIÃO<br />

Desporto<br />

Volta a Portugal<br />

<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>-se sábado<br />

em <strong>Leiria</strong><br />

PÁGINA 41<br />

Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

espera por herança<br />

<strong>de</strong> Tomé Feteira<br />

há <strong>de</strong>z anos<br />

PÁGINA 8<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Alvados recebe hotel<br />

<strong>de</strong> quatro estrelas<br />

PÁGINA 26<br />

NESTA EDIÇÃO<br />

OPINIÃO<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Joana Louro<br />

O País ou ar<strong>de</strong> ou está parado<br />

Francisco Vieira<br />

Só o Algarve a Ma<strong>de</strong>ira<br />

são verda<strong>de</strong>iros territórios<br />

<strong>de</strong> turismo em Portugal<br />

PÁGINA 2<br />

PÁGINA 20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!