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Lourenço Filho - AYRTON BECALLE

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ada como sincero esforço de interiorização da escola e soerguimento<br />

do padrão moral de contingentes populacionais rurais e<br />

urbanos. Em entrevista concedida em idade avançada, <strong>Lourenço</strong><br />

<strong>Filho</strong> analisou os conflitos subjacentes à reforma. Escrevia:<br />

Houve oposição de certa parte do magistério e, assim também, de<br />

pais de alunos, especialmente contra a taxa que se instituiu para o<br />

chamado curso médio (3o e 4o anos dos grupos escolares). Sampaio<br />

Dória explica, no volume citado [Questões de ensino], que jamais esteve<br />

por essa taxa, e que só permaneceu no cargo depois de obter sua<br />

isenção aos alunos menos favorecidos. Outro motivo de críticas foi<br />

a fixação das idades de obrigatoriedade.<br />

Oposição velada existiu também, ao menos em alguns municípios,<br />

de parte de proprietários rurais que não viam com bons olhos a<br />

abertura de escolas para os filhos de seus trabalhadores.<br />

A maior oposição, no entanto, provinha dos políticos locais, tanto<br />

quanto pudemos sentir no prazo da reforma em que vivíamos em<br />

São Paulo. 16<br />

Concluía-se a Reforma de 1920, posteriormente interpretada<br />

como marco inicial do ciclo de reformas estaduais movido pelos<br />

propósitos de renovação dos métodos e processos de ensino e<br />

finalidades sociais da educação; ciclo este nomeado pela historiografia<br />

acadêmica como “movimento Escola Nova”. Estabilizado<br />

no magistério público, no fim do ano de 1921, <strong>Lourenço</strong> <strong>Filho</strong><br />

casou-se com Aída de Carvalho, natural de Casa Branca, que conhecera<br />

na Escola Normal de Pirassununga. Desse casamento nasceram<br />

os filhos Ruy e Márcio, o primeiro batizado por Sampaio<br />

Dória e Fanny Dória.<br />

16 Entrevista concedida pelo Prof. M. B. <strong>Lourenço</strong> <strong>Filho</strong> a respeito da Reforma de 1920.<br />

In: ANTUNHA, Heládio César Gonçalves. A instrução pública no Estado de São Paulo: a<br />

Reforma de 1920. São Paulo: FE-USP, 1976, p.285.<br />

34<br />

LOURENÇO FILHO_fev2010.pmd 34<br />

21/10/2010, 08:19

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