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junta DOIS MIL - Associação de Fuzileiros

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Entrevista<br />

CMG FZ(E)<br />

FRANCISCO MANUEL LHANO PRETO<br />

O Capitão-<strong>de</strong>-Mar-e-Guerra Francisco Manuel Lhano Preto, nasceu em 12 <strong>de</strong> Julho<br />

<strong>de</strong> 1948 em Trás-os-Montes, na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Caçarelhos, distrito <strong>de</strong> Bragança.<br />

Frequentava a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia no Porto, quando em Setembro <strong>de</strong><br />

1970 foi chamado para os <strong>Fuzileiros</strong>. Frequentou o Curso <strong>de</strong> Formação do Oficiais<br />

da Reserva Naval (CFORN), na Escola Naval e <strong>de</strong> seguida o Curso <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong> Especiais,<br />

na Escola <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong>.<br />

Apesar <strong>de</strong> se ter voluntariado para a Guiné, foi nomeado para frequentar o Curso<br />

<strong>de</strong> Imediato <strong>de</strong> Destacamento.<br />

Terminado o curso, iniciou a formação do Destacamento Nº 9 <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong> Especiais,<br />

tendo permanecido em frente <strong>de</strong> combate com esta Unida<strong>de</strong>, em Moçambique,<br />

<strong>de</strong> 1971 a 1973, on<strong>de</strong> foi promovido a 2º Ten.<br />

Por convite do Alm. Comandante Naval <strong>de</strong> Moçambique, continuou numa missão<br />

especial, até finais <strong>de</strong> 1974. É <strong>de</strong>sta missão que vou falar.<br />

Logo que regressou a Portugal, foi convidado para Imediato da Companhia <strong>de</strong><br />

<strong>Fuzileiros</strong> Nº 23, que ajudou a formar. Em 1975 assume o Comando da mesma<br />

Companhia.<br />

Em Maio <strong>de</strong> 1979 regressa à Escola <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong> para assumir o cargo <strong>de</strong> Comandante<br />

da Instrução Técnica Básica (ITB).<br />

Em Agosto <strong>de</strong> 1980 assume o cargo <strong>de</strong> 2º Comandante do Batalhão <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong><br />

nº 2 e frequenta em acumulação o Ace Senior Officer Orientation Course e o Curso<br />

Básico <strong>de</strong> Inglês.<br />

Entre 1981 e 1982 frequentou o Amphibious Warfare Course nos Estados Unidos,<br />

tendo sido classificado como Graduado <strong>de</strong> Honra. No último ano ainda frequentou<br />

o Curso Geral Naval <strong>de</strong> Guerra.<br />

Entre 1983 e 1987 assumiu o cargo <strong>de</strong> Director <strong>de</strong> Instrução e <strong>de</strong> Comandante do<br />

Batalhão <strong>de</strong> Instrução, tendo ainda frequentado os Cursos <strong>de</strong> Técnicas <strong>de</strong> Teste e<br />

Validação do Treino e Gestão do Sistema <strong>de</strong> Treino.<br />

Como CFR comandou durante mais <strong>de</strong> dois anos, o Batalhão <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong> nº 3,<br />

tendo frequentado ainda o Curso <strong>de</strong> Estados-Maiores Conjuntos.<br />

No final <strong>de</strong> 1989 ocupou o cargo <strong>de</strong> Chefe do Estado-Maior da Força <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong><br />

do Continente.<br />

Em finais <strong>de</strong> 1993, logo que promovido a CMG, recebe o Comando da Base <strong>de</strong><br />

<strong>Fuzileiros</strong>.<br />

No período <strong>de</strong> Out. <strong>de</strong> 1996 a Out. <strong>de</strong> 1999 chefiou o Gabinete para a Cooperação<br />

no Estado-Maior da Armada.<br />

Em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1999 assumiu o Comando da Escola <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong> até Outubro<br />

<strong>de</strong> 2002, tendo neste período acumulado, nos últimos 18 meses, o cargo <strong>de</strong><br />

2º Comandante do Corpo <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong>.<br />

Entre 2002 e 2004 <strong>de</strong>sempenhou o cargo <strong>de</strong> Assessor dos <strong>Fuzileiros</strong> <strong>de</strong> Angola.<br />

Actualmente é Subdirector da Missão <strong>de</strong> Fiscalização e Acompanhamento (MAF)<br />

das Viaturas Blindadas <strong>de</strong> Rodas (VBRs) e Chefe do Grupo <strong>de</strong> Projecto para Integração<br />

das VBLA na Marinha.<br />

O CMG Lhano Preto é casado com a Sr. D. Isabel Maria e tem dois filhos, a Maria<br />

Inês e o Pedro Miguel.<br />

É possuidor das seguintes con<strong>de</strong>corações:<br />

_ Distintivo da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Torre e Espada<br />

_ Or<strong>de</strong>m Militar <strong>de</strong> Avis (Comendador)<br />

_ Medalha <strong>de</strong> Serviços Distintos com Palma<br />

_ 3 Medalhas <strong>de</strong> Serviços Distintos (Prata)<br />

_ Medalha <strong>de</strong> Mérito Militar <strong>de</strong> 1ª Classe<br />

_ Medalha <strong>de</strong> Mérito Militar <strong>de</strong> 2ª classe<br />

_ Medalha Militar <strong>de</strong> Comportamento Exemplar (Ouro)<br />

_ 2 Medalhas comemorativas das Campanhas<br />

(Moçambique 71-73 e Moçambique 73-74)<br />

_ Medalha da Cruz Naval (2ª classe)<br />

23<br />

Na sequência das entrevistas com<br />

personalida<strong>de</strong>s da Armada portuguesa,<br />

que tiveram uma acção <strong>de</strong><br />

relevo no interior na Marinha no<br />

exercício das suas funções na activida<strong>de</strong><br />

operacional em ligação com<br />

os fuzileiros, a escolha <strong>de</strong>sta vez<br />

tem como alvo uma personalida<strong>de</strong><br />

que exerceu duplos cargos, em simultaneida<strong>de</strong>,<br />

ao serviço <strong>de</strong> Portugal.<br />

Assim, o escolhido é o capitão <strong>de</strong><br />

mar-e-guerra fuzileiro Lhano Preto.<br />

Em <strong>de</strong>terminado período da sua<br />

vida, o comandante Preto foi, ao<br />

mesmo tempo, oficial da Marinha<br />

<strong>de</strong> Guerra portuguesa em Moçambique<br />

e oficial da Armada do Malawi.<br />

Ou seja, o comandante Preto esteve<br />

ao serviço da Marinha do Malawi,<br />

em missão “encoberta”, com o conhecimento<br />

e o assentimento das<br />

autorida<strong>de</strong>s governamentais portuguesas.<br />

Este é um episódio pouco conhecido,<br />

mas foi uma das missões<br />

“clan<strong>de</strong>stinas” mais prolongadas<br />

e eficientes efectuadas no antigo<br />

Ultramar Português, que durou <strong>de</strong><br />

1968 até 1974, e foi protagonizado<br />

por oficiais da Marinha <strong>de</strong> Guerra.<br />

Começou, então, com um jovem<br />

segundo-tenente da classe <strong>de</strong> Marinha<br />

da Reserva Naval e acabou com<br />

dois segundos-tenentes da classe<br />

<strong>Associação</strong> <strong>de</strong> <strong>Fuzileiros</strong> | 2009

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