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Relatório Parte 2 - Câmara Municipal de Porto Santo

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<strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma água cloretada for também alcalina, como é o caso do <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong>, torna-se laxativa e<br />

po<strong>de</strong> ser prejudicial para pessoas com <strong>de</strong>ficiências cardiovasculares e renais.<br />

O sabor <strong>de</strong> uma água cloretada é mais ou menos marcado consoante a existência <strong>de</strong> iões cálcio ou a<br />

presença <strong>de</strong> iões cálcio e magnésio. No caso do <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong>, a predominância dos primeiros relativamente<br />

aos segundos acentua <strong>de</strong>sagradavelmente o sabor da água.<br />

Potencialida<strong>de</strong>s dos Recursos Hídricos Subterrâneos<br />

Foram levados a efeito numerosos trabalhos <strong>de</strong> pesquisa e prospecção, através <strong>de</strong> reconhecimentos<br />

geofísicos e <strong>de</strong> sondagens, em praticamente todos os locais que se mostravam promissores e tecnicamente<br />

aconselhados nos estudos intervenientes na Ilha do <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong>.<br />

A gran<strong>de</strong> maioria dos resultados foram <strong>de</strong>sfavoráveis, quer sob o ponto <strong>de</strong> vista quantitativo quer qualitativo,<br />

não se afigurando possível a satisfação das necessida<strong>de</strong>s do abastecimento <strong>de</strong> água potável, através da<br />

exploração dos aquíferos.<br />

Devido à sua constituição geológica e geomorfológica, à pequena área <strong>de</strong> recarga e às condições climáticas<br />

presentes na Ilha do <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong>, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que os seus recursos hídricos subterrâneos são<br />

diminutos.<br />

3.2.2 Recursos Hídricos Superficiais<br />

No <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong> os valores anuais médios da precipitação variam entre 379 e 340 mm, com variação sazonal<br />

elevada. Espacialmente a variação da precipitação é muito pouco relevante, sendo, no entanto, a zona do<br />

Pedregal a menos chuvosa e a zona do Aeroporto a <strong>de</strong> maior precipitação, figura 40, (PRAM, 2003). Ainda <strong>de</strong><br />

acordo com o mesmo estudo a precipitação anual média pon<strong>de</strong>rada, calculada para as 4 estações existentes<br />

no <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong> (uma meteorológica e três postos udométricos), é <strong>de</strong> 355 mm.<br />

Como já foi referido, não existem rios no <strong>Porto</strong> <strong>Santo</strong>, os cursos <strong>de</strong> água são ribeiros <strong>de</strong> carácter torrencial que<br />

asseguram o escoamento ocasional, por vezes muito energético, mas sempre breve, após as maiores<br />

chuvadas que ocorrem <strong>de</strong> Outubro até Março.<br />

De acordo com Lobo Ferreira et al. (1981), entre 1963 e 1978, só cerca <strong>de</strong> 75 chuvadas provocaram<br />

escoamento superficial, o que representa uma média <strong>de</strong> 5 chuvadas por ano. Consi<strong>de</strong>rando que cada chuvada<br />

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