Relatório Parte 2 - Câmara Municipal de Porto Santo
Relatório Parte 2 - Câmara Municipal de Porto Santo
Relatório Parte 2 - Câmara Municipal de Porto Santo
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
a estabilizar o leito principal, reduzindo o caudal sólido e contribuindo para o estabelecimento <strong>de</strong> um perfil <strong>de</strong><br />
equilíbrio. As barragens <strong>de</strong> correcção torrencial são obras <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong>stinadas ao controle <strong>de</strong> ravinas e<br />
<strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> água on<strong>de</strong> haja transporte e <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> materiais erodidos do leito e das margens. A<br />
estabilida<strong>de</strong> da ravina é obtida pela redução da velocida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong> modo a conseguir-se um equilíbrio<br />
entre a resistência do leito e a força erosiva do escoamento.<br />
De acordo com informações dos técnicos dos organismos oficiais, os numerosos açu<strong>de</strong>s construídos em betão<br />
armado, alvenaria <strong>de</strong> pedra argamassada, pedra e arame e lajes <strong>de</strong> betão pré-fabricadas, apresentam altura<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 5 a 6 m, existindo no entanto obras <strong>de</strong> menor altura.<br />
As pequenas albufeiras muito assoreadas reflectem o elevado caudal sólido transportado que, na ausência <strong>de</strong><br />
retenção, se <strong>de</strong>posita a jusante, eventualmente atingindo a costa. O estudo do assoreamento das albufeiras <strong>de</strong><br />
armazenamento <strong>de</strong> água para rega situadas nas ribeiras da Ponta (Barragem da Ponta), do Salgado (açu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
distribuição e barragem das Lapeiras), num afluente da ribeira do Salgado (barragem Leacock) e no ribeiro do<br />
Tanque (barragem do Tanque), conjuntamente com o estudo do assoreamento das albufeiras <strong>de</strong> correcção<br />
torrencial (cerca <strong>de</strong> 128 construídas até 1982), permitiram estimar, <strong>de</strong> acordo com Lobo Ferreira e Veiga da<br />
Cunha (1982), a quantida<strong>de</strong> média anual <strong>de</strong> sedimentos que, potencialmente, aflui às linhas <strong>de</strong> água, (Fig.<br />
54A). Estes valores apresentam máximo <strong>de</strong> 13 369 m³/km²/ano no ribeiro do Cabeço das Flores, seguido <strong>de</strong> 2<br />
927 m³/km²/ano no ribeiro do Lombo e <strong>de</strong> 2 586 m³/km²/ano no ribeiro do Dragoal (PRAM, 2003).<br />
Para além da função <strong>de</strong> redução do <strong>de</strong>clive as obras são construídas para minimizar o assoreamento das<br />
barragens <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água para rega – as albufeiras das barragens carecem <strong>de</strong> <strong>de</strong>sassoreamento quando<br />
a sua capacida<strong>de</strong> fica reduzida.<br />
75