Editorial - Agrupamento de Escolas de Barroselas
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<strong>Agrupamento</strong> Vertical <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Barroselas</strong> ESCOLA VIVA 2007/2008<br />
como actores alunos do 7.º C e encenadora a Prof.ª<br />
Carla Magalhães.<br />
A 2.ª sessão teve início com a brilhante<br />
representação da 1.ª cena da peça “Leandro, Rei<br />
da Helíria”, obra <strong>de</strong> leitura orientada no 7.º ano. O<br />
sucesso <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veu-se ao encenador,<br />
António Neiva, professor <strong>de</strong> Expressão Dramática,<br />
e aos talentosos actores, Marco, Jorge e Hugo,<br />
alunos do 9.º C.<br />
É também <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar o cenário sugestivo,<br />
uma criação dos alunos do 9.ºC, orientados pela<br />
professora Emília Abreu.<br />
Comemoração <strong>de</strong> Efeméri<strong>de</strong>s<br />
Dia Mundial do Livro<br />
– 23 <strong>de</strong> Abril: Instalação<br />
criada pelo Clube <strong>de</strong><br />
Expressão, com<br />
propostas <strong>de</strong> leitura<br />
apresentadas pelos<br />
alunos dos 2º e 3º ciclos.<br />
Dia da Liberda<strong>de</strong> – 24<br />
<strong>de</strong> Abril: Instalação<br />
concebida pela docente<br />
Liliana <strong>de</strong> Educação<br />
Visual, com mensagens alusivas à Liberda<strong>de</strong>, da<br />
autoria <strong>de</strong> alunos do 8.º e 9.º anos. Exposição <strong>de</strong><br />
documentos relacionados com o 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974.<br />
Dia da Mãe – 2 <strong>de</strong> Maio: Exposição concebida<br />
por alunas da turma 7.º C. Leitura expressiva nas<br />
salas <strong>de</strong> aula e na sala <strong>de</strong> professores pelo Clube<br />
<strong>de</strong> Leitura Expressiva. Distribuição <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>sdobrável com apresentação <strong>de</strong> poemas <strong>de</strong>dicados<br />
à Mãe, para leitura expressiva pelos alunos em casa<br />
no Domingo 4 <strong>de</strong> Maio.<br />
Concursos<br />
Os alunos têm continuado a revelar<br />
receptivida<strong>de</strong> e é com agrado que verificámos que<br />
foram muitos os que participaram nas diferentes<br />
modalida<strong>de</strong>s com trabalhos <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rável<br />
qualida<strong>de</strong>, como comprovam os seguintes textos e<br />
<strong>de</strong>senhos.<br />
Modalida<strong>de</strong>: comentário<br />
Obra: Trisavó <strong>de</strong> Pistola à cinta e outras<br />
histórias, <strong>de</strong> Alice Vieira<br />
“Um cheiro a Lúcia-Lima”<br />
Esta história transmite-nos a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que é<br />
muito importante, mas também difícil saber guardar<br />
um segredo. É importante porque é uma forma <strong>de</strong><br />
mostrarmos às pessoas que somos <strong>de</strong> confiança, e<br />
é difícil porque os curiosos que gostam sempre <strong>de</strong><br />
saber tudo sobre a vida dos outros, arranjam mil e<br />
uma estratégias e até elogios para que os segredos<br />
lhes sejam contados, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser segredos. Esta<br />
era a atitu<strong>de</strong> da mãe para com a Adriana quando<br />
<strong>de</strong>sconfiava que lhe andavam a escon<strong>de</strong>r alguma<br />
coisa.<br />
O segredo consistia em não <strong>de</strong>ixar que a mãe<br />
soubesse que o Vasco faltava às aulas para levar o<br />
avô a ver o rio. Pois o avô <strong>de</strong>ixou a sua al<strong>de</strong>ia, o rio<br />
a passar-lhe à porta e o cheiro a Lúcia-lima no<br />
quintal para ir viver num apartamento da cida<strong>de</strong>.<br />
Para uma pessoa <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> é uma mudança <strong>de</strong> vida<br />
muito gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sagradável,<br />
prejudicando-a, ou seja, tudo nela<br />
fica triste, não sendo fácil <strong>de</strong>ixar<br />
as coisas com que sempre viveu e<br />
que fazem parte da sua vida,<br />
sentindo-se um peixe fora <strong>de</strong> água.<br />
É claro que não <strong>de</strong>vemos faltar às<br />
aulas e muito menos mentir aos<br />
nossos pais, mas admito que a<br />
intenção do Vasco, irmão da<br />
Adriana, era boa, tentando alegrar<br />
a vida do avô e fazer-lhe companhia<br />
para que não se sentisse tão<br />
sozinho, pois a situação naquele<br />
momento parecia-lhe mais<br />
importante do que as aulas.<br />
Tudo isto contribui para que<br />
se gerassem conflitos, tornando o<br />
ambiente familiar <strong>de</strong>sagradável, pesado e<br />
<strong>de</strong>sconfortável para quem lá vive. No<br />
comportamento da mãe, notam-se atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
revolta que po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ver-se ao facto <strong>de</strong> ela se<br />
encontrar divorciada, não contribuindo para<br />
melhorar o clima <strong>de</strong> sua casa.<br />
A partida do avô foi muito triste. Adriana<br />
viu-o como um bebé <strong>de</strong>samparado, pois as pessoas<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> tornam-se quase tão in<strong>de</strong>fesas como<br />
quando nasceram. O avô regressou à sua terra<br />
arrependido, mas acho que no fundo ia feliz por<br />
voltar para o seu lar e para tudo aquilo que lhe<br />
dava alegria e prazer <strong>de</strong> viver, o que era mais<br />
importante do que ter companhia.<br />
Lara Costa -6.ºD<br />
Modalida<strong>de</strong>: Resumo<br />
Obra: Paulina ao Piano, <strong>de</strong> Alice Vieira<br />
Paulina fora <strong>de</strong> férias. Ficara na casa <strong>de</strong><br />
praia. Como o piano lhe fazia falta… Não tinha<br />
ninguém com quem <strong>de</strong>sabafar.<br />
Sentada no areal, ao lado <strong>de</strong> Otília, lá estava<br />
ela. Durante as conversas <strong>de</strong>sinteressantes <strong>de</strong><br />
Otília, Paulina recordava momentos da sua vida.<br />
Lembrou-se, por exemplo, do dia em que o<br />
piano chegara à sua casa. Como vivia num<br />
apartamento, foi um pouco difícil levar o instrumento<br />
para lá. Desmontaram-no todo e foi em várias<br />
tabuinhas que ele chegou à pequena sala <strong>de</strong> Paulina.<br />
Este começou a apren<strong>de</strong>r a tocá-lo e, ao fim <strong>de</strong><br />
algum tempo, tornaram-se gran<strong>de</strong>s amigos.<br />
Quando a Paulina visitava a avó Celeste,<br />
passava a tar<strong>de</strong> a beber chá e a comer bolachas.<br />
Durante este ritual, Paulina observava as fotografias<br />
amareladas <strong>de</strong>ntro das molduras, cuidadosamente<br />
expostas em cima das várias mesinhas. Também<br />
gostava <strong>de</strong> ir para a cozinha conversar com Emília,<br />
a empregada da avó.<br />
Paulina era órfã <strong>de</strong> pai e, por isso, a avó<br />
Celeste tivera muito <strong>de</strong>sgosto na perda do filho,<br />
que morrera muito novo. A partir daí, ela ficou uma<br />
pessoa muito dura e achava que a nora tinha feito<br />
Biblioteca Activa<br />
mal em casar-se <strong>de</strong> novo. O padrasto <strong>de</strong> Paulina,<br />
a quem esta chamava Tio António, era muito<br />
meigo para com ela. Por isso, o amava como<br />
amara o pai.<br />
Embrenhada nestes pensamentos, Paulina<br />
nem ouviu o Tio António chamar por ela.<br />
Desafiou-a que quem ganhasse a corrida<br />
comeria um enorme gelado.<br />
Paulina estava feliz. Não importava seTio<br />
António era seu padrasto, seu tio, seu primo ou<br />
outra coisa qualquer.<br />
Estava feliz… Só isso importava…<br />
Modalida<strong>de</strong>:<strong>de</strong>senho<br />
Rafaela Ribeiro- 6.ºA<br />
Obra: Beatriz e o Plátano, <strong>de</strong> Ilse Losa<br />
Catarina Torre - 6º A<br />
Obra: “Queimada Viva” – Souad<br />
Modalida<strong>de</strong>: Comentário e Resumo<br />
A minha curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertou a minha<br />
alma, que não resistiu e logo <strong>de</strong>vorou as páginas<br />
<strong>de</strong>ste magnífico livro. Andava eu a ver livros<br />
nos sites das editoras e livrarias, coisa que faço<br />
com muita frequência, quando o meu olhar se<br />
fixou na capa <strong>de</strong>ste facto real.<br />
Li o resumo, olhei para umas páginas, e<br />
tive logo <strong>de</strong> o requisitar na biblioteca para saber<br />
o que me esperava. Quando o comecei a ler,<br />
fiquei presa a ele duma tal forma que não<br />
<strong>de</strong>morei mais <strong>de</strong> três dias até o terminar. Des<strong>de</strong><br />
cedo que me interesso por histórias verídicas e,<br />
quando vi que este livro contava um facto real,<br />
o meu interesse foi saber o que me esperavam<br />
estas páginas.<br />
Por vezes pergunto-me: Porque é que<br />
existem pessoas com i<strong>de</strong>ias tão estranhas?<br />
Povos com rituais e culturas tão impensáveis?<br />
Porque é que eles fazem, ao amor, uma das<br />
coisas mais belas do mundo, uma traição tão<br />
gran<strong>de</strong>? Quem inventou a regra <strong>de</strong> só se<br />
conhecer o marido no próprio dia do casamento,<br />
<strong>de</strong> ser a família a tratar dos preparativos e <strong>de</strong> se<br />
ser obrigado a amar uma pessoa mesmo que<br />
não queiramos? Estas pessoas conhecem mesmo<br />
o verda<strong>de</strong>iro amor?<br />
Ao conhecer as culturas <strong>de</strong>ste povo<br />
fiquei indignada. A mulher não se po<strong>de</strong> apaixonar<br />
antes do casamento, tem <strong>de</strong> ser virgem até esta<br />
cerimónia e, no dia seguinte a esta, os lençóis<br />
são expostos à varanda do quarto on<strong>de</strong> os noivos<br />
dormiram para as pessoas po<strong>de</strong>rem ver como<br />
aquela rapariga não <strong>de</strong>sonrou a família, pois tinha<br />
cumprido o seu <strong>de</strong>ver como mulher pura.<br />
Souad engravida com apenas <strong>de</strong>zassete<br />
anos. O pai da criança é um seu vizinho que,<br />
segundo ela, é muito bonito. O pecado tinha sido<br />
cometido ao fundo quintal da casa <strong>de</strong>la, entre as<br />
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