Revista 44 - Crea-RJ
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LEGISLAÇÃO<br />
Atribuições:<br />
mudanças mudanças geram geram polêmica<br />
polêmica<br />
DEBATE SOBRE AS ALTERAÇÕES<br />
NA RESOLUÇÃO 218 ENVOLVEM<br />
ADAPTAÇÃO À NOVA LDB<br />
Resolução 218 será reformulada. Elaborada<br />
em 1973, trata dos limites de atribuição de<br />
cada modalidade profissional, ou seja, ela<br />
Adelimita as funções que cada área tecnológica pode<br />
exercer. Desde então existe a discussão em torno da<br />
possível revisão dos termos nela contidos. A principal<br />
alegação é que a 218 não atenderia às mudanças<br />
constantes na área tecnológica, educacional e, principalmente,<br />
às necessidades de crescimento do profissional<br />
do Sistema Confea/<strong>Crea</strong>. Mas foi o advento da<br />
nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)<br />
em 1996, que realmente deu início às discussões<br />
no âmbito do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura<br />
e Agronomia.<br />
Segundo Adilson de Lara, arquiteto e assistente<br />
da Comissão de Educação do Confea, o motivo para<br />
a mudança na Resolução é simplesmente o fato de<br />
que a lei que regulamenta o ensino no país foi mudada.<br />
“A 218 que está em vigor foi elaborada com<br />
base no currículo mínimo, mas a nova LDB o extinguiu”,<br />
disse Adilson.<br />
O presidente do Confea, engenheiro Wilson Lang,<br />
argumenta que, se o anteprojeto da Resolução for<br />
aprovado, o profissional conquistará novas competências<br />
através do ensino continuado em outras áreas,<br />
diferentes da qual ele se graduou, o que irá representar<br />
uma revolução nas carreiras, pois “quebrará o<br />
gesso” que impede a movimentação do segmento profissional<br />
em questão. “A Resolução 218 é fundamental<br />
para o exercício profissional. A sua flexibilização<br />
vai permitir a circulação horizontal e vertical dos profissionais”,<br />
definiu Lang.<br />
Contudo, nem todas as áreas da engenharia estão<br />
satisfeitas com o anteprojeto apresentado. É o caso da<br />
Engenharia de Segurança do Trabalho que vem apre-<br />
sentando descontentamento com relação a essas mudanças.<br />
O principal argumento da classe é que, segundo<br />
o novo projeto, praticamente todos os mecanismos<br />
voltados para a proteção do trabalhador passarão<br />
a fazer parte dos grupos e sub grupos da Engenharia<br />
de Produção.<br />
“Nesse projeto que está sendo apresentado pelo<br />
Confea, a engenharia de segurança apareceu de uma<br />
forma muito transversal em todas as modalidades como<br />
uma atividade ou como um sub grupo”, disse o engenheiro<br />
mecânico e de segurança do trabalho Jaques<br />
Sherique, vice-presidente do <strong>Crea</strong>-<strong>RJ</strong> e presidente da<br />
SOBES-Rio. Para ele, nem o problema das áreas de<br />
sombreamento (existência de profissionais que atuam<br />
em setores para os quais não estão legalmente autorizados)<br />
será resolvido se o texto atual for aprovado. “Esse<br />
projeto é um retrocesso, ele vai segmentar a engenharia<br />
a fim de acabar com as dúvidas em relação às áreas<br />
multidisciplinares, mas na verdade o que cria são zonas<br />
de conflito muito mais específicas”, conclui o engenheiro,<br />
apimentando a discussão.<br />
A oportunidade de todos os profissionais do Rio<br />
de Janeiro participarem será na Teleconferência do<br />
Confea sobre reforma universitária, diretrizes curriculares<br />
e duração dos cursos de graduação, no próximo<br />
dia 23 de agosto, com transmissão gratuita na sede<br />
do <strong>Crea</strong>-<strong>RJ</strong>, às 17 horas. (B.R.) <br />
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