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Documento orientador de natação - Câmara Municipal de Évora

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<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA<br />

DCD-DESPORTO<br />

ELABORADO POR:<br />

PROF. JOSÉ CORREIA<br />

PROF. ÒSCAR TOJO<br />

COLABORAÇÃO:<br />

INÊS VIGÁRIO<br />

CAPA:<br />

DAVID PRAZERES<br />

OUTUBRO, 2004<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 1


INDÍCE<br />

<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

1. INTRODUÇÃO AO PROGRAMA “JOGAR”_____________________________ 3<br />

2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ALVO __________________________ 5<br />

3. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER _________________________________ 7<br />

4. ESTRATÉGIAS PSICOPEDAGÓGICAS _______________________________ 9<br />

5. ELABORAÇÃO DA SESSÃO _______________________________________ 11<br />

6. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS_______________________________________ 13<br />

7. PROPOSTAS DE EXERCÍCIOS _____________________________________ 15<br />

8. AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA__________________________________ 19<br />

BIBLIOGRAFIA ____________________________________________________ 20<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 2


<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

1. Introdução ao Programa “JOGAR”<br />

Ao longo do tempo, constata-se que a importância atribuída ao papel da<br />

educação psicomotora no contexto educativo tem vindo a aumentar (Domínguez,<br />

Rosales & Benito, 1999), sendo hoje impossível não reconhecer os seus contributos<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento integral e harmonioso dos indivíduos (Matos, 2000).<br />

A sua importância mais se acentua quando nos reportamos à infância. Sendo<br />

esta um espaço <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s transformações <strong>de</strong>senvolvimentais, nas quais a<br />

qualida<strong>de</strong> e a abrangência das mesmas condiciona o <strong>de</strong>senvolvimento futuro da<br />

criança, e sabendo a priori que a educação psicomotora atinge estádios qualitativos<br />

que prece<strong>de</strong>m o <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo e social, é importante que a mesma seja<br />

contemplada enquanto parte integrante do processo educativo da criança (Matos,<br />

2000).<br />

Sabemos hoje que os períodos críticos e as aprendizagens psicomotoras<br />

fundamentais se situam nos escalões etários correspon<strong>de</strong>ntes ao 1º Ciclo do Ensino<br />

Básico. A ausência <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> apropriada durante este período, traduz-se<br />

frequentemente em carências irremediáveis.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo ao referido anteriormente, e perante os défices <strong>de</strong> práticas lúdicas e<br />

pré-<strong>de</strong>sportivas com crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico no concelho, a <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Évora</strong> fez nascer o Programa “JOGAR”, <strong>de</strong>lineando um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

intervenção, conjuntamente com a comunida<strong>de</strong> educativa e outras entida<strong>de</strong>s do<br />

associativismo <strong>de</strong>sportivo local, que preconiza:<br />

Sensibilizar a comunida<strong>de</strong> eborense em geral e a escolar em particular<br />

para a importância das práticas lúdicas e <strong>de</strong>sportivas como factor<br />

fundamental na melhoria do bem-estar e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida;<br />

Fomentar a prática <strong>de</strong>sportiva organizada, facilitadora da aproximação da<br />

escola à realida<strong>de</strong> envolvente e potenciando a acção dos diferentes<br />

agentes <strong>de</strong>sportivos locais;<br />

Contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento integral e harmonioso da criança em<br />

diferentes domínios, a saber, psicomotor, sócio-afectivo e cognitivo;<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 3


<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

Apreen<strong>de</strong>r os conhecimentos relativos à interpretação e à participação nas<br />

estruturas e fenómenos sociais, extra-escolares, no seio das quais se<br />

realizam as activida<strong>de</strong>s físicas;<br />

Apetrechar as escolas <strong>de</strong> materiais e espaços físicos a<strong>de</strong>quados à prática<br />

<strong>de</strong>sportiva.<br />

Procurando <strong>de</strong>finir um nível <strong>de</strong> intervenção municipal ajustado a esta realida<strong>de</strong><br />

e intervir nele <strong>de</strong> forma cada mais qualificada, os mecanismos <strong>de</strong> apoio ao<br />

<strong>de</strong>sempenho do monitor assumem uma importância crucial neste processo. Nesta<br />

linha <strong>de</strong> responsabilização pedagógica e organizacional, a Secção Desportiva da<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Évora</strong>, elaborou o presente “<strong>Documento</strong> Orientador da<br />

Activida<strong>de</strong> do Monitor”, que se encontra estruturado em sete blocos principais: (2)<br />

caracterização da população alvo, (3) competências a <strong>de</strong>senvolver, (4) estratégias<br />

psicopedagógicas, (5) elaboração da sessão, (6), objectivos específicos, (7)<br />

propostas <strong>de</strong> exercícios, e (8) avaliação.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento multilateral da criança,<br />

a principal exigência que este documento <strong>orientador</strong> <strong>de</strong>ve satisfazer, é a<br />

continuida<strong>de</strong> e a regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> física a<strong>de</strong>quada, pedagogicamente<br />

orientada pelo seu monitor.<br />

Sendo um documento <strong>orientador</strong>, é importante <strong>de</strong>senvolver um papel activo e<br />

crítico por parte <strong>de</strong> todos os monitores e associações envolvidas, no sentido <strong>de</strong> o<br />

melhorar e complementar, <strong>de</strong> modo a que o mesmo possa constituir um quadro <strong>de</strong><br />

referência para todos os intervenientes.<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 4


<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

2. Caracterização da População Alvo<br />

Tendo o Programa “JOGAR” uma intervenção dirigida à população das escolas<br />

do 1º Ciclo do Ensino Básico, é <strong>de</strong> todo pertinente que o monitor se acerque das<br />

particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvimentais <strong>de</strong>sta população, para que possa <strong>de</strong>senvolver<br />

uma metodologia <strong>de</strong> trabalho a<strong>de</strong>quada às suas características e, assim, po<strong>de</strong>r<br />

atingir os objectivos por si <strong>de</strong>lineados.<br />

Durante o escalão etário dos 6/7 aos 10/11 anos, no qual se inscreve a<br />

população alvo em questão, ocorre a plena maturação do sistema nervoso e do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento motor. Neste último, a criança aperfeiçoa progressivamente as<br />

suas acções, nomeadamente ao nível da rapi<strong>de</strong>z e precisão, como também é capaz<br />

<strong>de</strong> acompanhar o aumento <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> das tarefas. Verifica-se também a<br />

consolidação da adaptação às estruturas espaciais e temporais, o que permite à<br />

criança melhorar a coor<strong>de</strong>nação das suas acções e uma maior segurança na<br />

realização dos movimentos. Outra aquisição característica <strong>de</strong>sta fase é a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferenciação das diferentes partes do corpo, sendo que o ganho <strong>de</strong><br />

consciência corporal permite à criança ter comportamentos socialmente mais<br />

ajustados.<br />

Em termos morfológicos, segundo Pacheco (2001) a criança po<strong>de</strong>rá ser<br />

consi<strong>de</strong>rada como um “Mosaico”, que possui mais <strong>de</strong> 1500 cartilagens em período<br />

<strong>de</strong> crescimento, que se irão posteriormente transformar nos cerca <strong>de</strong> 208 ossos que<br />

todos nós possuímos na ida<strong>de</strong> adulta, havendo por isso que ter alguns cuidados nas<br />

cargas a ministrar nas sessões <strong>de</strong> ensino.<br />

É, no entanto, necessário enten<strong>de</strong>r que as características que se <strong>de</strong>screvem<br />

para uma <strong>de</strong>terminada ida<strong>de</strong>, nem sempre têm uma correspondência absoluta com<br />

a realida<strong>de</strong>. Isto porque po<strong>de</strong> haver diferentes formas <strong>de</strong> expressão e <strong>de</strong><br />

envolvimento durante a infância e também porque nem sempre a ida<strong>de</strong> cronológica<br />

(o número <strong>de</strong> anos e dias <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>corridos após o nascimento) correspon<strong>de</strong> à<br />

ida<strong>de</strong> biológica (a maturida<strong>de</strong> geral do organismo, do sistema hormonal, do<br />

esqueleto, <strong>de</strong>terminado neste caso, pelo grau <strong>de</strong> ossificação da estrutura óssea) da<br />

criança.<br />

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<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

Passamos a enumerar algumas características predominantes:<br />

Boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem dos exercícios e dos objectivos a atingir;<br />

Possuem o gosto pelo movimento, pelo jogo e pelas activida<strong>de</strong>s físicas;<br />

Fraca capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção à informação que lhe queremos fornecer;<br />

Fraca possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração e <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> conteúdos, se os mesmos não<br />

forem sistematizados;<br />

Boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imaginação;<br />

Impera o pensamento concreto e o pensamento centrado em si;<br />

Gostam <strong>de</strong> ser o centro das atenções, atraindo para si as atenções do professor e<br />

colegas;<br />

Constituição física equilibrada e harmoniosa;<br />

Boa predisposição para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong>s<br />

coor<strong>de</strong>nativas e lateralida<strong>de</strong>.<br />

Quadro I – Características das Crianças entre os 6 e os 10 anos (adaptado <strong>de</strong> Pacheco, 2001)<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 6


<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

3. Competências a Desenvolver<br />

O contributo da educação psicomotora constitui um elemento fundamental para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento da inteligência, da afectivida<strong>de</strong> e da personalida<strong>de</strong> da criança,<br />

uma vez que não só lhe permite ganhar consciência do seu corpo e do mundo que a<br />

circunda, como também lhe provi<strong>de</strong>ncia o espaço para os seus primeiros contactos<br />

sociais <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um grupo, que auxiliam o <strong>de</strong>senvolvimento da sua<br />

espontaneida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> (Dominguez, et al., 1999).<br />

Por outro lado, o <strong>de</strong>senvolvimento físico da criança atinge estádios qualitativos<br />

que prece<strong>de</strong>m o <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo e social. Assim, a activida<strong>de</strong> física<br />

educativa oferece aos alunos experiências concretas, necessárias às abstracções e<br />

operações cognitivas inscritas nos Programas <strong>de</strong> outras áreas, preparando os<br />

alunos para a sua abordagem ou aplicação. Estas evidências justificam a<br />

importância crucial <strong>de</strong>sta Área Curricular no 1º Ciclo, como componente inalienável<br />

da Educação.<br />

As activida<strong>de</strong>s lúdicas e pré-<strong>de</strong>sportivas assumem assim importância<br />

fundamental como veículo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da criança, entendido num processo<br />

integral e harmonioso. Resumidamente, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar três gran<strong>de</strong>s domínios<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento: o cognitivo, o sócio-afectivo e o psicomotor:<br />

Domínio Capacida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver<br />

Psicomotor<br />

Sócio-afectivo<br />

- coor<strong>de</strong>nação motora global;<br />

- execução <strong>de</strong> elementos e gestos técnicos e tácticos específicos a<br />

cada modalida<strong>de</strong>;<br />

- resistência geral;<br />

- flexibilida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong>;<br />

- ritmo;<br />

- controlo da orientação espacial;<br />

- velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reacção simples e complexa <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> acções<br />

motoras básicas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento;<br />

- equilíbrio dinâmico em situações <strong>de</strong> “voo”, <strong>de</strong> aceleração e <strong>de</strong> apoio<br />

instável e/ou limitado;<br />

- auto-estima;<br />

- auto-confiança;<br />

- motivação intrínseca.<br />

- respeito pelo próximo;<br />

- cooperação;<br />

- responsabilida<strong>de</strong>;<br />

- cordialida<strong>de</strong> e auto-controlo;<br />

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Cognitivo<br />

<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

- Interpretação correcta dos exercícios realizados;<br />

- Compreensão, aplicação e cumprimento <strong>de</strong> regras;<br />

- Realização <strong>de</strong> forma correcta das componentes críticas <strong>de</strong> cada<br />

exercício;<br />

- Expressão oral com correcção <strong>de</strong> alguns elementos da activida<strong>de</strong>;<br />

- Utilização <strong>de</strong>stas aprendizagens noutras áreas curriculares;<br />

Quadro II: I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> algumas capacida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver nos domínios psicomotor,<br />

sócio-afectivo e cognitivo.<br />

Porque a criança é uma totalida<strong>de</strong>, personalida<strong>de</strong> complexa que se<br />

<strong>de</strong>senvolve <strong>de</strong> forma integrada, global, a intervenção do monitor processa-se <strong>de</strong><br />

forma sistemática, interagindo em qualquer dos domínios. A riqueza <strong>de</strong> estímulos e<br />

vivências diversificadas, <strong>de</strong>vem reforçar todas as dimensões possíveis dos três<br />

domínios <strong>de</strong> aprendizagem, potenciando-se umas às outras (Matos, 2000).<br />

Orientada neste sentido, a intervenção do monitor <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver-se <strong>de</strong><br />

forma estruturada, procurando em cada momento o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong>s concretas, que assegurem no final do processo a aquisição <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> competências fundamentais.<br />

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<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

4. Estratégias Psicopedagógicas<br />

Segundo Coelho (2004), apesar da preparação psicopedagógica dos técnicos<br />

<strong>de</strong>sportivos ser um instrumento fundamental e indispensável à acção e intervenção<br />

dos mesmos no processo <strong>de</strong>sportivo, verifica-se que os insucessos obtidos pelos<br />

técnicos no exercer das suas funções e cumprimento dos seus objectivos, em geral,<br />

são justificados por carências psicopedagógicas (estratégias <strong>de</strong>sajustadas do<br />

contexto <strong>de</strong> intervenção). Posto isto, apresentamos em seguida ALGUMAS sugestões<br />

<strong>de</strong> estratégias psicopedagógicas a que o monitor po<strong>de</strong>rá recorrer no <strong>de</strong>curso da sua<br />

activida<strong>de</strong> (Buceta, 2001; Martens, 1999).<br />

Motivação<br />

Comportamento<br />

- Provi<strong>de</strong>nciar um clima <strong>de</strong> trabalho agradável, em que predominem activida<strong>de</strong>s<br />

estimulantes e interessantes;<br />

- Programar tarefas concretizáveis e exigências a<strong>de</strong>quadas ao nível das<br />

capacida<strong>de</strong>s dos alunos, salvaguardando uma aprendizagem gradual e diferentes<br />

ritmos <strong>de</strong> progressão;<br />

- Utilizar diferentes materiais e exercícios que pressuponham tanto o trabalho em<br />

grupo como individual;<br />

- Proporcionar aos alunos experiências <strong>de</strong> êxito e ajudá-los a atribuir o sucesso às<br />

suas próprias capacida<strong>de</strong>s, à sua competência;<br />

- Centrar o elogio no esforço, empenho e progresso conseguidos pelos alunos, ao<br />

invés dos resultados propriamente ditos;<br />

- Elogiar imediatamente a seguir à apresentação <strong>de</strong> um comportamento <strong>de</strong>sejado;<br />

- Reforçar continuamente os alunos no início da aprendizagem <strong>de</strong> conteúdos novos<br />

e, numa fase mais avançada, atribuir o reforço <strong>de</strong> forma intermitente;<br />

- Abordar positivamente os aspectos a corrigir, <strong>de</strong>stacando primeiramente um<br />

aspecto positivo evi<strong>de</strong>nciado pelo aluno, em seguida o que se preten<strong>de</strong> corrigir e,<br />

por último, novamente o reconhecimento <strong>de</strong> um aspecto positivo.<br />

- Equilibrar a intervenção estruturada e proposta pelo monitor e a participação dos<br />

alunos nos processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, aten<strong>de</strong>ndo ao seu nível <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong>;<br />

- Reconhecer que a superação dos erros é alcançada com o tempo, que permite<br />

uma melhor assimilação e domínio da informação recebida, e que os mesmos são<br />

inerentes ao processo formativo dos alunos;<br />

- Complementar uma explicação com a respectiva <strong>de</strong>monstração, executada pelo<br />

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Comunicação<br />

Organização<br />

<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

monitor ou pelos alunos, por forma a consolidar a explicação e os critérios <strong>de</strong> êxito<br />

da tarefa;<br />

- Ser activo nos <strong>de</strong>slocamentos no espaço <strong>de</strong> aula para que os alunos possam ser<br />

a<strong>de</strong>quadamente supervisionados, garantindo aspectos <strong>de</strong> segurança, rentabilização<br />

do tempo <strong>de</strong> aula e prevenção <strong>de</strong> comportamentos menos correctos;<br />

- Observar como os alunos actuam para que o monitor se certifique se a explicação<br />

foi compreendida e, em caso contrário, interromper o exercício e explicar <strong>de</strong> novo;<br />

- Explicar, em caso <strong>de</strong> realização incorrecta <strong>de</strong> uma tarefa, on<strong>de</strong> o aluno proce<strong>de</strong>u<br />

mal, como o <strong>de</strong>ve corrigir e oferecer-lhe uma nova oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização da<br />

tarefa, ao invés <strong>de</strong> o repreen<strong>de</strong>r;<br />

- Centrar a atenção no progresso dos alunos mais do que nos seus aspectos<br />

<strong>de</strong>ficitários, <strong>de</strong>stacando sempre os aspectos <strong>de</strong> evolução;<br />

- Distribuir a atenção por todos os alunos;<br />

- Provi<strong>de</strong>nciar aos alunos um feedback <strong>de</strong>scritivo e avaliativo, para que saibam<br />

como estão a executar uma <strong>de</strong>terminada tarefa, o que necessitam <strong>de</strong> melhorar e<br />

como;<br />

- Dar priorida<strong>de</strong> à aprendizagem e execução dos exercícios propostos e só <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong>ixar o aluno fazer o que mais gosta;<br />

- Apresentar <strong>de</strong> forma clara, precisa e sucinta as tarefas e os seus objectivos<br />

- Estabelecer regras <strong>de</strong> funcionamento da tarefa e as consequências do seu não<br />

cumprimento;<br />

- Permitir que os alunos pensem por si mesmos, ao invés <strong>de</strong> ser o monitor a dizer<br />

sistematicamente o que <strong>de</strong>verão fazer em cada momento;<br />

- Apropriar comportamentos verbais e não verbais, como sendo o olhar para os<br />

alunos quando falamos com eles, utilizar um tom e volume <strong>de</strong> voz a<strong>de</strong>quados, etc.;<br />

- Utilizar o questionamento como método <strong>de</strong> ensino, quer na fase principal quer na<br />

final, <strong>de</strong> forma a verificar os conhecimentos/aquisições dos alunos.<br />

- Utilizar tarefas que se relacionem com aprendizagens anteriores;<br />

- Consciencializar os alunos para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se disporem em “U”, sempre<br />

que o monitor dê qualquer tipo <strong>de</strong> instrução;<br />

- Fazer com que todos os alunos participem na arrumação do material.<br />

Quadro III: Sugestões <strong>de</strong> algumas estratégias psicopedagógicas a que o monitor po<strong>de</strong>rá<br />

recorrer no <strong>de</strong>curso da sua activida<strong>de</strong>.<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 10


<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

5. Elaboração da Sessão<br />

Na elaboração das sessões é importante ter em conta alguns aspectos <strong>de</strong><br />

modo a facilitar a intervenção do monitor.<br />

Embora o monitor não tenha que ficar preso/limitado, à planificação, esta<br />

<strong>de</strong>verá ser o mais previsível e segura possível, <strong>de</strong> modo abranger o maior número<br />

<strong>de</strong> variáveis possíveis. Desta forma, é menos provável que surja algum tipo <strong>de</strong><br />

imprevisto, embora não possamos excluir esta hipótese.<br />

É necessário recordar que as sessões estão sempre estruturadas em 3<br />

gran<strong>de</strong>s fases, <strong>de</strong>signadamente a INICIAL, a DESENVOLVIMENTO (PRINCIPAL) e a<br />

FINAL;<br />

Na FASE INICIAL da sessão procurar sempre cumprir os seguintes<br />

parâmetros:<br />

- Explicar os objectivos planeados;<br />

- Informar sobre a forma como os objectivos vão ser atingidos e centrar a<br />

atenção dos alunos sobre os pontos essenciais a cumprir;<br />

- Elevar o nível motivacional dos alunos.<br />

Na FASE DESENVOLVIMENTO (PRINCIPAL) da sessão os aspectos a ter em conta<br />

serão os seguintes:<br />

- Cumprir os objectivos propostos;<br />

- Desenvolver exercícios motivadores, tendo em atenção o grau <strong>de</strong><br />

aprendizagem dos alunos e on<strong>de</strong> exista uma enorme aplicação <strong>de</strong>stes, com<br />

vista a atingir os objectivos.<br />

Na FASE FINAL da sessão ter em conta os seguintes aspectos:<br />

- Efectuar uma revisão breve das tarefas realizadas focando sempre os<br />

pontos críticos a ter em conta por parte dos alunos e eventualmente uma<br />

extensão dos conteúdos;<br />

- Terminar a sessão <strong>de</strong> uma forma agradável (retorno à calma).<br />

Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação 11


<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

Elaboramos uma planificação que po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> exemplo ao monitor, tendo em<br />

atenção os aspectos mais importantes supracitados.<br />

PLANO DE AULA N.º 3 DATA … HORAS 14.30 –<br />

15.30<br />

N.º DE ALUNOS 23 2ºA INSTALAÇÕES Recinto <strong>de</strong>sportivo da escola<br />

PROFESSOR …<br />

Conteúdos:<br />

Deslocamentos/<br />

Equilíbrios;<br />

Perícia e Manipulação;<br />

OBJECTIVO(S) ESPECÍFICO(S)<br />

DURAÇÃO DA AULA 60’<br />

TEMPO ÚTIL 45’<br />

• Realizar acções motoras básicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento, no solo e em aparelhos<br />

segundo uma estrutura rítmica, enca<strong>de</strong>amento, ou combinação <strong>de</strong><br />

movimentos, coor<strong>de</strong>nando a sua acção para aproveitar as qualida<strong>de</strong>s<br />

motoras possibilitadas pela situação;<br />

• Realizar jogos pré-<strong>de</strong>sportivos, compreen<strong>de</strong>ndo as regras dos jogos, e tendo<br />

sucesso na realização dos mesmos;<br />

• Manipular bola n.º 3 realizando correctamente diversos exercícios.<br />

MATERIAL NECESSÁRIO Bolas N.º 3; Colchão <strong>de</strong> Solo; Mesas; Bancos Suecos<br />

5’<br />

7’<br />

20’<br />

15’<br />

SEQUÊNCIA DAS TAREFAS/ ESTRATÉGIAS /<br />

CONTROLO<br />

FASE INICIAL INFORMAÇÃO INICIAL<br />

- APRESENTAÇÃO;<br />

- AQUECIMENTO – JOGO DOS SINAIS<br />

DESCRIÇÃO EXERCÍCIOS / OBJECTIVOS<br />

Estabelecer regras <strong>de</strong> comportamento; Definição<br />

dos objectivos da sessão;<br />

Os alunos correm à volta do pavilhão, e ao sinal<br />

do professor realizam os seguintes movimentos:<br />

1-sentar;<br />

2-<strong>de</strong>itar;<br />

3-ajoelhar;<br />

4-muda <strong>de</strong> direcção;<br />

5-formar grupos <strong>de</strong> 4, 3, 7, 5…<br />

FASE PRINCIPAL EXPLICAÇÃO / DEMONSTRAÇÃO / REALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS<br />

Os alunos movimentam-se livremente pelo recinto e<br />

ao sinal do professor realizam individualmente<br />

diversos exercícios <strong>de</strong> manipulação <strong>de</strong> bola;<br />

Variante: Os alunos formam grupos <strong>de</strong> 2 elementos com<br />

uma bola e frente a frente realizam diversos exercícios <strong>de</strong><br />

manipulação <strong>de</strong> bola.<br />

- MANIPULAÇÃO COM BOLA<br />

- MINI-CIRCUITO - “TRANSPOR OBSTÁCULOS”<br />

Realização <strong>de</strong> um mini – circuito:<br />

No colchão realizar rolamentos;<br />

Subir e <strong>de</strong>scer as mesas;<br />

Realizar equilíbrio no banco sueco.<br />

FASE FINAL (RETORNO À CALMA) INFORMAÇÃO FINAL<br />

5’ - EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE Retorno à calma;<br />

Reflexão da aula realizada;<br />

Motivar os alunos para a próxima sessão.<br />

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<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

6. Objectivos Específicos<br />

No que diz respeito à Escola <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Natação, preten<strong>de</strong>mos que exista<br />

uma familiarização por parte <strong>de</strong> todas as crianças com o meio aquático. Tendo em<br />

vista este pressuposto os objectivos à atingir nesta activida<strong>de</strong>, são os seguintes:<br />

Nível Introdutório<br />

Coor<strong>de</strong>nar a inspiração e a expiração em diversas situações simples com e<br />

sem apoios, fazendo a inspiração curta e a expiração completa activa e<br />

prolongada só pela boca, só pelo nariz e simultaneamente pelas duas vias;<br />

Flutuar em equilíbrio, em diferentes posições partindo <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> pés e mãos<br />

para a flutuação vertical e horizontal (facial e dorsal). Combinar as posições<br />

<strong>de</strong> flutuação em sequências (coor<strong>de</strong>nando essas mudanças com os<br />

movimentos da cabeça e respiração): vertical-horizontal, horizontal facialdorsal;<br />

Associar o mergulho às diferentes posições <strong>de</strong> flutuação abrindo os olhos<br />

durante a imersão para se <strong>de</strong>slocar com intencionalida<strong>de</strong> em tarefas simples<br />

(apanhar objectos, seguir colegas, etc.), a vários níveis <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>;<br />

Deslocar-se em flutuação, coor<strong>de</strong>nando as acções propulsivas das pernas e<br />

braços com a respiração em diferentes planos <strong>de</strong> água e eixos corporais,<br />

explorando a resistência da água e orientando-se com intencionalida<strong>de</strong> para<br />

transportar, receber e passar objectos, seguir colegas, etc.<br />

Saltar para a piscina, partindo <strong>de</strong> posições e apoios variados (pés, pés e<br />

mãos, joelhos, frontal e lateral), mergulhando para apanhar um objecto no<br />

fundo e voltar para uma posição <strong>de</strong> flutuação.<br />

Nível Elementar:<br />

Coor<strong>de</strong>nar e combinar a inspiração e a expiração em diversas situações<br />

propulsivas complexas <strong>de</strong> pernas e <strong>de</strong> braços (percursos aquáticos, situações<br />

<strong>de</strong> equilíbrio com mudanças <strong>de</strong> direcção e posição e outras situações<br />

inabituais);<br />

Realizar os modos <strong>de</strong> respiração dos estilos «crol» e «costas», associado aos<br />

movimentos propulsivos;<br />

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<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

Coor<strong>de</strong>nar a expiração com a imersão, em exercícios <strong>de</strong> orientação, equilíbrio,<br />

propulsão, respiração e salto realizados nos planos <strong>de</strong> água superficial, médio<br />

e profundo;<br />

Deslocar-se em posição dorsal e ventral, diferenciando as fases <strong>de</strong> entrada<br />

das mãos, trajecto propulsivo e recuperação <strong>de</strong> acordo com os estilos <strong>de</strong><br />

«costas» e «crol», com ritmo e velocida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados aos movimentos<br />

propulsivos <strong>de</strong> braços e pernas e posição da cabeça, coor<strong>de</strong>nadas com a<br />

respiração nos respectivos estilos;<br />

Saltar <strong>de</strong> cabeça a partir da posição <strong>de</strong> pé (com e sem ajuda) fazendo o<br />

impulso com extensão do corpo e entrando na água em trajectória oblíqua;<br />

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7. Propostas <strong>de</strong> Exercícios<br />

Adaptação ao Meio Aquático<br />

Posição Inicial Desenvolvimento<br />

Guerra nas Ilhas<br />

Movimentar as pernas, tendo como<br />

Alunos sentados sobre as coxas na<br />

borda da piscina<br />

objectivo “bombear” o companheiro<br />

Re<strong>de</strong>moinho<br />

Levar a perna em aproximação à superfície<br />

da água, com uma semiflexão do joelho,<br />

Alunos sentados sobre os glúteos,<br />

<strong>de</strong>ixando o pé bem relaxado. Sentir a<br />

<strong>de</strong>ixando a perna livre, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

resistência da água no peito do pé, no<br />

articulação coxo-femural, mãos apoiadas<br />

sentido <strong>de</strong> baixo para cima, quando do<br />

na borda da piscina. Um pé em apoio na<br />

chute.<br />

pare<strong>de</strong> e o outro estendido <strong>de</strong>ntro da<br />

água<br />

Remar contra a água<br />

Levar simultaneamente os braços<br />

estendidos até a lateral, ao mesmo tempo<br />

Alunos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> água, encostados na<br />

tirar os pés <strong>de</strong> apoio do fundo da piscina<br />

pare<strong>de</strong> da piscina, com os joelhos<br />

semiflexionados (ombros abaixo do nível<br />

da água), braços estendidos<br />

horizontalmente à frente, com as palmas<br />

das mãos voltadas para fora<br />

Vivo ou Morto<br />

Ao comando da palavra “vivo”, dita pelo<br />

Alunos espalhados fora da água<br />

professor, os alunos <strong>de</strong>verão permanecer<br />

fora <strong>de</strong> água: e, à palavra “morto”, <strong>de</strong>verão<br />

atirar-se na água. Nesta brinca<strong>de</strong>ira, o<br />

professor <strong>de</strong>verá tentar confundir os alunos<br />

para que os mesmos pulem <strong>de</strong> volta à<br />

água.<br />

Passa – Passa<br />

A dupla inicial <strong>de</strong>verá passar pelo túnel, um<br />

<strong>de</strong> cada vez; o segundo, pela segunda<br />

Colocados em duplas, frente a frente, <strong>de</strong><br />

dupla e assim sucessivamente. À medida<br />

mãos dadas e elevadas na altura dos<br />

que termina a passagem pelo túnel, a dupla<br />

ombros<br />

toma a posição inicial, <strong>de</strong> mãos dada, para<br />

dar continuida<strong>de</strong> à formação do túnel<br />

aquando, então, todos os alunos terão a<br />

mesma oportunida<strong>de</strong>.<br />

Bola ao Túnel<br />

O primeiro, com a bola, coloca o rosto na<br />

água e passa a bola por entre suas pernas<br />

Formação em coluna, com a água ao<br />

para o companheiro que está<br />

nível da cintura<br />

imediatamente atrás, e assim<br />

sucessivamente até ao último, ao receber a<br />

bola, <strong>de</strong>verá caminhar para levá-la e<br />

entregar ao primeiro que iniciou a<br />

passagem da bola.<br />

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Bola ao Ar<br />

Ao comando do professor, todos os alunos<br />

<strong>de</strong>verão afundar juntamente com a bola,<br />

Alunos dispersos na piscina, cada qual<br />

inclusive o rosto (cabeça). Ao soltá-la, tirar<br />

com uma bola<br />

o rosto da água tentando apanhar a bola<br />

ante que caia na água.<br />

O senhor do Reino<br />

Os alunos <strong>de</strong>verão retirar do fundo a maior<br />

quantida<strong>de</strong> possível <strong>de</strong> objectos,<br />

Os alunos po<strong>de</strong>rão estar <strong>de</strong>ntro ou fora<br />

representarão os dotes a serem contados.<br />

da água ( espalhar balas, bolas <strong>de</strong> gu<strong>de</strong><br />

Quem mais se aventurar em procurar os<br />

ou qualquer outro objecto que<br />

objectos e trouxer a maior quantida<strong>de</strong>, será<br />

permaneça no fundo, on<strong>de</strong> a piscina<br />

o senhor do reino<br />

representará o reino). O aluno que<br />

quiser ser o senhor do reino <strong>de</strong>verá<br />

provar que é capaz <strong>de</strong> cuidar do<br />

mesmo.<br />

Respiração<br />

Passeio no Rio<br />

Fazendo o passeio no rio (caminhando),<br />

quando o professor disser: “olha a ponte!”,<br />

Coluna por um, mãos nos ombros do<br />

todos se abaixam e colocam o rosto na<br />

companheiro da frente.<br />

água para não bater com a cabeça na<br />

ponte.<br />

Pega a Cabeça<br />

Um será o pegador, que tentará pegar seu<br />

companheiro; mas só po<strong>de</strong>rá fazê-lo com<br />

Alunos à vonta<strong>de</strong> na piscina<br />

um toque na cabeça, caso esteja com ela<br />

fora da água, pois se antes <strong>de</strong> ser tocado<br />

afundar, mesmo voltando, não mais po<strong>de</strong>rá<br />

ser apanhado, a não ser em outra investida<br />

Pedra Perdida<br />

Dado o sinal, o primeiro aluno <strong>de</strong> cada<br />

coluna lança-se até o local on<strong>de</strong> a pedra se<br />

Dispor os alunos em duas colunas,<br />

encontra. Aquele que conseguir apanhar a<br />

ficando o primeiro <strong>de</strong> cada coluna na<br />

pedra e levantá-la acima da cabeça<br />

borda, e atirar uma pedra para o fundo<br />

marcará um ponto para a sua equipa. Em<br />

da piscina<br />

seguida, submerge a pedra novamente.<br />

Pulando que nem Sapo<br />

Ao pula, dá-se um movimento ao corpo<br />

agachado como fazem os sapos, inspirando<br />

Alunos dispersos <strong>de</strong>ntro da piscina, em<br />

pela boca. Ao retomar em contacto com<br />

posição <strong>de</strong> cócoras, <strong>de</strong> modo, que a<br />

apoio no fundo da piscina, expira-se pelo<br />

cabeça fique próxima à superfície da<br />

nariz estando já com o rosto/cabeça <strong>de</strong>ntro<br />

água<br />

da água<br />

Jogo dos Caçadores<br />

Dado o sinal, os caçadores <strong>de</strong>verão sair na<br />

captura dos fugitivos; estes procuram evitar<br />

Dividir os alunos em dois grupos: os<br />

serem apanhados, fugindo, mergulhando,<br />

“caçadores” e os “fugitivos”. Determina-<br />

ou <strong>de</strong> outra maneira qualquer. Só não<br />

se um tempo (2 minutos).<br />

serão apanhados quando submersos.<br />

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Submarino<br />

Fora da água, dividir os alunos em duas<br />

colunas<br />

Ao sinal do professor, os alunos iniciais<br />

atiram-se à água e avançam uns 3 metros,<br />

fazem meia-volta e ficam na posição com<br />

as pernas afastadas lateralmente. Em<br />

seguida, os segundos se atiram e<br />

mergulham passando entre as pernas dos<br />

primeiros. Terminada a passagem, ficam<br />

em afastamento lateral, atrás dos primeiros<br />

para a formação <strong>de</strong> um túnel submarino.<br />

Olha o Sapinho<br />

À voz <strong>de</strong> comando:” vamos ver quem sabe<br />

on<strong>de</strong> está o sapinho?”, os alunos <strong>de</strong>verão<br />

Alunos dispersos <strong>de</strong>ntro da piscina. O<br />

inspirar pela boca, mergulhar, procurando<br />

professor <strong>de</strong>verá lançar um objecto <strong>de</strong><br />

localizar o objecto, expirando pelo nariz,<br />

plástico em cor viva, com formato <strong>de</strong> um<br />

sem tirar a cabeça da água até necessitar<br />

sapinho.<br />

inspirar novamente.<br />

Flutuação<br />

Tudo o que <strong>de</strong>sce tem <strong>de</strong> subir<br />

Inspirar profundamente e <strong>de</strong>scer com<br />

auxílio das mãos (escada, cabo, cano, etc)<br />

Numa parte mais profunda da piscina,<br />

a <strong>de</strong>terminada profundida<strong>de</strong> e, <strong>de</strong>pois,<br />

colocar uma escada, cano etc, <strong>de</strong> tal<br />

aguardar a sua flutuação.<br />

modo que o aluno possa apoiar-se e<br />

<strong>de</strong>scer.<br />

Barrilzinho<br />

Inspirar profundamente, abraçar e segurar<br />

Alunos dispersos na piscina.<br />

as pernas (levando as coxas <strong>de</strong> encontro<br />

ao abdome) e se soltar.<br />

Vivo ou Morto<br />

Alunos dispersos <strong>de</strong>ntro da piscina<br />

Cambalhota<br />

Alunos dispersos <strong>de</strong>ntro da piscina,<br />

utilizando a parte mais profunda.<br />

Avião<br />

Alunos <strong>de</strong>ntro da piscina, em duplas;<br />

aluno A em flutuação <strong>de</strong>cúbito ventral,<br />

braços, na lateral e pernas unidas,<br />

seguras pelo aluno B.<br />

A Bruxa<br />

Alunos dispersos num dos lados da<br />

piscina e do outro ficará a bruxa (aluno<br />

A).<br />

Quando o professor chamar pela palavra<br />

“vivo”, o aluno terá <strong>de</strong> andar; e quando<br />

disser “meio vivo”, terá <strong>de</strong> segurar os<br />

joelhos e encostá-los ao tronco e se soltar;<br />

quando disser “morto”, <strong>de</strong>verá flutuar <strong>de</strong><br />

costas.<br />

Por acção contínua dos braços que se<br />

movem em vários sentidos, os alunos<br />

<strong>de</strong>verão dar cambalhotas em posição <strong>de</strong><br />

bolinhas (barrilzinho), para frente e para<br />

trás.<br />

Aluno B <strong>de</strong>verá impulsionar para a frente o<br />

“avião” (A), que <strong>de</strong>verá imitar o som do<br />

mesmo, com borbulhas na água.<br />

A bruxa diz: “ A bruxa entra em campo”, e<br />

sai a correr atrás dos colegas. Aquele que<br />

for tocado pela bruxa ficará enfeitiçado;<br />

para não ocorrer isto, ele <strong>de</strong>verá submergir,<br />

inspirando para po<strong>de</strong>r ficar mais tempo.<br />

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Corrida dos Peixinhos<br />

Deslize<br />

Impulsionar na pare<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixando o corpo<br />

<strong>de</strong>slizar em <strong>de</strong>cúbito ventral até ao ponto<br />

Alunos em fileira num lado da piscina,<br />

mais distante. Vence aquele que conseguir<br />

com um pé na pare<strong>de</strong><br />

maior distância.<br />

O submarino<br />

O aluno B <strong>de</strong>verá impulsionar para a frente<br />

passando por entre as pernas <strong>de</strong> A;<br />

Alunos em duplas <strong>de</strong>ntro da piscina:<br />

Alternar a posição: B passará por entre as<br />

aluno A em pé, com as pernas<br />

pernas <strong>de</strong> A; Será vencedora a dupla que<br />

afastadas.<br />

conseguir chegar do outro lado primeiro;<br />

O carrinho<br />

Um transporta o outro, com a<br />

Alunos em duplas e dispersos na<br />

piscina. O aluno A estará em <strong>de</strong>cúbito<br />

ventral, apoiado pelas mãos <strong>de</strong> B.<br />

movimentação das pernas. Alternar<br />

Motor da Lanha vai funcionar<br />

Cada aluno com uma prancha<br />

Batimento <strong>de</strong> pernas com prancha.<br />

O motor pifou, o negócio é remar As pernas não funcionam e, sendo assim,<br />

Alunos em <strong>de</strong>cúbito ventral, com a<br />

prancha no peito.<br />

<strong>de</strong>verão remar<br />

alternadamente.<br />

com os braços,<br />

O Golfinho<br />

Os grupos <strong>de</strong>verão dar um impulso no<br />

fundo da piscina para saltar a corda,<br />

Alunos <strong>de</strong>ntro da piscina; colocar duas<br />

seguido um mergulho (po<strong>de</strong> ser utilizado<br />

ou três cordas, com distância <strong>de</strong> dois<br />

em forma <strong>de</strong> competição)<br />

metros entre si, na largura e nível da<br />

água. Dividir os alunos em dois ou mais<br />

grupos.<br />

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8. Avaliação Psicopedagógica<br />

A avaliação é sempre uma questão alvo <strong>de</strong> preocupação no contexto educativo.<br />

De acordo com Castejón (1999), enten<strong>de</strong>-se por avaliação um processo que<br />

integra a observação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado meio <strong>de</strong> acordo com parâmetros<br />

<strong>de</strong>lineados previamente, objectivando no final a elaboração <strong>de</strong> uma valoração com<br />

base nos dados recolhidos.<br />

Nesta <strong>de</strong>finição, é extremamente importante <strong>de</strong>stacar o termo valoração. Ainda<br />

que seja possível através dos instrumentos <strong>de</strong> medida alcançar um grau elevado <strong>de</strong><br />

objectivida<strong>de</strong> na recolha da informação, a avaliação em contexto educativo é difícil<br />

<strong>de</strong> se assumir somente neste registo (Castejón, 1999). Ela é um processo mais<br />

amplo que, para além <strong>de</strong> integrar a medição, pressupõe também a formulação <strong>de</strong><br />

um juízo <strong>de</strong> valor sobre algo ou alguém (Contreras, 1990 citado por Castejón, 1999),<br />

pelo que aqui se introduz alguma subjectivida<strong>de</strong>. Neste sentido, é importante<br />

reconhecer que a avaliação é sempre uma aproximação ao real.<br />

A avaliação é extremamente importante no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,<br />

<strong>de</strong>vendo esta ser parte integrante do planeamento da activida<strong>de</strong> do monitor. Na<br />

medida em que lhe permite averiguar a valida<strong>de</strong> e a a<strong>de</strong>quação ao contexto em<br />

questão <strong>de</strong> uma metodologia <strong>de</strong> trabalho, em or<strong>de</strong>m a aumentar a qualida<strong>de</strong> do seu<br />

ensino. Através da avaliação o monitor recebe, pela recolha <strong>de</strong> informação a<br />

diversos níveis, um feedback acerca do <strong>de</strong>senvolvimento das aprendizagens dos<br />

seus alunos, que lhe possibilita traçar a evolução dos mesmos e, caso necessário,<br />

reformular o processo <strong>de</strong> ensino.<br />

A avaliação é susceptível <strong>de</strong> ser (<strong>de</strong>ve ser!) <strong>de</strong>senvolvida em diversos<br />

momentos no <strong>de</strong>correr da activida<strong>de</strong>. O seu conhecimento atempado por parte do<br />

corpo docente é um instrumento <strong>de</strong> extrema utilida<strong>de</strong> para a avaliação formal e<br />

representa uma importância acrescida do papel do monitor no contexto educativo.<br />

A avaliação global ao funcionamento do Programa é um processo complexo,<br />

que cruza informações <strong>de</strong> forma transversal, implicando contributos dos alunos,<br />

docentes, auditores, pais e outros intervenientes. Aos monitores compete a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar os alunos segundo um quadro <strong>de</strong> competências (utilizar<br />

documento anexo) psicopedagógicas em dois momentos: antes dos finais do 2º e<br />

do 3º período.<br />

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BIBLIOGRAFIA<br />

<strong>Documento</strong> Orientador da Activida<strong>de</strong> do Monitor – Programa “JOGAR” -<br />

BUCETA, J. (2001). O comportamento do treinador <strong>de</strong> jovens no treino. In A<strong>de</strong>lino, J.,<br />

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Lisboa: Centro <strong>de</strong> Estudos e Formação Desportiva.<br />

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COELHO, O. (2004). Pedagogia do <strong>de</strong>sporto: contributos para uma compreensão do<br />

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Barcelona: INDE.<br />

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Sánchez, B. et al. (colab.) (1993). Fundamentos <strong>de</strong> educación física para enseñanza<br />

primaria, vol. I (pp. 141). Barcelona: INDE.<br />

1 Nota: Os documentos <strong>de</strong> apoio supracitados po<strong>de</strong>m ser consultados na secção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto da<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Évora</strong>.<br />

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