O Estatuto Científico da Parapsicologia
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<strong>da</strong> afiliação <strong>da</strong> PA. O apoio de Margaret Mead também deve ser<br />
considerado importante". (McClenon, 1984, p. 113)<br />
Os exemplo acima demonstra que a instituição ‘ciência’, enquanto instituição humana, está à<br />
mercê de aspectos subjetivos. Vemos que a aceitação <strong>da</strong> <strong>Parapsicologia</strong> como campo científico<br />
legítimo passa, sobretudo, por questões ideológicas, filosóficas e de poder. O Dr. Stanley<br />
Krippner afirma que:<br />
A vitória <strong>da</strong> retórica e os limites <strong>da</strong> política<br />
"Alguns escritores tomaram a posição de que a Pesquisa Psíquica não se<br />
qualifica como ciência, mas esta avaliação depende dos pressupostos que<br />
eles fazem sobre o trabalho científico." (MacLellan, 1995)<br />
Existem alguns elementos que podem não constituir os principais fatores de verificação <strong>da</strong><br />
cientifici<strong>da</strong>de de uma disciplina, mas são tão fun<strong>da</strong>mentais para o desenvolvimento <strong>da</strong>s mesmas,<br />
que não se encontrará alguma ciência sem tais elementos. Estes elementos são: a existência de<br />
uma instituição profissional; a existência de publicações especializa<strong>da</strong>s; a existência de centros<br />
de pesquisa, acadêmicos ou privados; a existência de cursos acadêmicos que confiram graus. A<br />
<strong>Parapsicologia</strong> conta com tais elementos.<br />
Como já foi apresentado, a PA foi aceita como membro <strong>da</strong> AAAS, em 1969. A PA é uma<br />
organização profissional, que congrega pouco menos de 400 membros. Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1957, a PA<br />
tem como objetivos: o desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>Parapsicologia</strong> como ciência; a disseminação do<br />
conhecimento do campo; e a integração de seus resultados àqueles de outros ramos <strong>da</strong> ciência.<br />
Anualmente, a PA realiza uma convenção, com a finali<strong>da</strong>de de apresentar as pesquisas em<br />
desenvolvimento, facilitando o trabalho crítico dos seus membros. Publica os anais <strong>da</strong>s<br />
convenções, o Research in Parapsychology e um boletim informativo, o PA News. A PA<br />
também tem como trabalho refletir sobre o papel dos parapsicólogos, através <strong>da</strong> consideração<br />
dos aspectos éticos que envolvem as ativi<strong>da</strong>des dos profissionais. Um código de ética,<br />
constantemente revisado, foi publicado pela PA, com a finali<strong>da</strong>de de oferecer parâmetros de<br />
comportamento para os pesquisadores. O sistema de afiliação é rígido, sobretudo para os níveis<br />
mais altos <strong>da</strong> PA. A maioria dos membros <strong>da</strong> PA são vinculados a instituições científicas<br />
universitárias ou priva<strong>da</strong>s.<br />
Existem vários centros de pesquisa espalhados pelo mundo, com ativi<strong>da</strong>des varia<strong>da</strong>s, como<br />
publicações, pesquisas e ensino. Nos Estados Unidos, destacam-se três centros de pesquisa. O<br />
Rhine Research Center, o Princeton Engeenering Anomalies Research Laboratories e a<br />
Consciousness Research Division.<br />
O Rhine Research Center (RCC), antiga Foun<strong>da</strong>tion for Research on the Nature of Man, é o<br />
mais tradicional de todos e também o mais antigo. Foi fun<strong>da</strong>do em 1964 pelo casal Rhine,<br />
quando J. B. Rhine se aposentou de suas ativi<strong>da</strong>des na Duke University. O RCC abarca o<br />
Institute for Parapsychology, dedicado à área de pesquisa e ensino e a Parapsychology Press,