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O Estatuto Científico da Parapsicologia

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"Em 1981, a porcentagem dos cientistas de elite <strong>da</strong> AAAS que nasceram<br />

antes de 1919 e que acreditavam na ESP como um ‘fato’ ou como<br />

‘provável’, foi de 25%. Daqueles nascidos depois de 1936, 39%<br />

enquadram-se nessa categoria. Se essa correlação significa uma<br />

tendência, a maioria dos ‘mais jovens’ cientistas de elite serão mais<br />

‘crentes’ na ESP nas próximas déca<strong>da</strong>s". (McClenon, 1984)<br />

O que é importante notar, novamente, é que a legitimação <strong>da</strong> <strong>Parapsicologia</strong> depende de fatores<br />

objetivos como a vali<strong>da</strong>de dos métodos de avaliação utilizados; do peso <strong>da</strong>s análises estatísticas<br />

favoráveis à exitências dos fenômenos parapsicológicos; mas também de fatores subjetivos,<br />

relacionados a aspectos pessoais e grupais. É possível que Heisemberg estivesse certo ao afirmar<br />

que "uma geração não mu<strong>da</strong> de opinião pela mera apresentação de argumentos. As opiniões são<br />

mu<strong>da</strong><strong>da</strong>s porque essa geração morre e uma nova toma o seu lugar".<br />

Panorama futurista<br />

Que fatores poderiam contribuir para a total legitimação <strong>da</strong> <strong>Parapsicologia</strong> como ciência? O que<br />

isto representaria a nível de impacto para a ciência?<br />

McClenon oferece quatro possíveis cenários para que a <strong>Parapsicologia</strong> seja aceita integralmente<br />

como ciência. O primeiro seria se os parapsicólogos oferecessem uma explicação macanicista<br />

para psi.<br />

"Tal explicação deve interpretar os fenômenos como máquina, de forma<br />

causal, geralmente usando termos físicos, químicos ou matemáticos".<br />

(McClenon, 1990, p. 129)<br />

O apelo à teoria conheci<strong>da</strong>, à visão clássica de ciência ou de cientifici<strong>da</strong>de de uma disciplina, é<br />

vista como uma saí<strong>da</strong> possível. Mas isto não implicaria na interpretação errônea de psi? A<br />

compreensão de psi não implicaria, como as pesquisas parecem apontar, que será necessária uma<br />

nova concepção <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, que possa integrá-lo como ‘natural’ ou ‘normal’? A aceitação de<br />

psi não está esperando por um cenário de revolução científica?<br />

O segundo cenário proposto, teria como base o fato de que algumas pesquisas em outras áreas <strong>da</strong><br />

ciência pudessem <strong>da</strong>r apoio à crença de psi. Por exemplo, descobertas <strong>da</strong> Física, ou <strong>da</strong><br />

Neurologia, poderiam <strong>da</strong>r suporte à ESP, digamos, por reconhecer a existência de ‘troca de<br />

informação entre sistemas vivos à distância’.<br />

O terceiro cenário teria como protagonistas não os cientistas apenas, mas to<strong>da</strong> a população, que<br />

teria tal nível de aceitação <strong>da</strong> idéia de psi, que seria impossível negar seu estudo nos meios<br />

acadêmicos. A crença em psi pode ser uma <strong>da</strong>s conseqüências <strong>da</strong> expansão de movimentos<br />

sociais, como o Esoterismo ou a Nova Era, ou mesmo o Espiritismo, que não nega a existência<br />

de psi entre os vivos, apenas a estende para a possibili<strong>da</strong>de de psi entre vivos e mortos.

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