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Estrutura da vegetação e distribuição espacial do Licuri, Syagrus ...

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1. INTRODUÇÃO GERAL<br />

A caatinga, <strong>vegetação</strong> caducifólia espinhosa é o principal ecossistema existente<br />

na região Nordeste <strong>do</strong> Brasil, ocupan<strong>do</strong> a quase totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> área pertencente aos<br />

esta<strong>do</strong>s nordestinos e ao norte de Minas Gerais. É um ecossistema único, pois,<br />

embora se localize em área de clima semi-ári<strong>do</strong>, apresenta um número expressivo de<br />

táxons raros e/ou endêmicos (GIULIETTI et al., 2002), e uma grande varie<strong>da</strong>de de tipos<br />

vegetacionais (RODAL & SAMPAIO, 2002).<br />

A associação <strong>do</strong>s fatores edáficos e <strong>da</strong>s ações antrópicas produzem mosaicos de<br />

<strong>vegetação</strong>, fazen<strong>do</strong> com que a caatinga apresente uma enorme variabili<strong>da</strong>de <strong>espacial</strong><br />

e temporal, mesmo quan<strong>do</strong> é vista através de estereotipo de afloramento de rochas<br />

onde pre<strong>do</strong>minam xique-xique (Pilosocereus gounellei A. Weber ex K. Schum.) Bly. ex<br />

Rowl.) e macambira (Encholirium spectabile Martius ex Schultes) (MIRANDA, 1986).<br />

Essa variabili<strong>da</strong>de na composição e no arranjo de seus componentes botânicos<br />

segun<strong>do</strong> Araújo Filho (1986), se deve a respostas aos processos de sucessão e de<br />

diversos fatores ambientais, onde a densi<strong>da</strong>de de plantas, a composição florística e o<br />

potencial <strong>do</strong> estrato herbáceo variam em função <strong>da</strong>s características de solo,<br />

pluviosi<strong>da</strong>de, altitude, relevo e ações antrópicas, dentre outros.<br />

Embora as comuni<strong>da</strong>des vegetais possam ser caracteriza<strong>da</strong>s quanto à<br />

composição florística, poden<strong>do</strong> ser semelhantes em termos específicos, podem diferir<br />

grandemente quanto à quanti<strong>da</strong>de relativa de suas espécies, o que determina a<br />

aplicação de estu<strong>do</strong>s fitossociológicos (MATTEUCCI & COLMA, 1982).<br />

O conhecimento <strong>da</strong> organização estrutural <strong>da</strong>s populações de espécies arbustivo<br />

arbóreas, por meio de estu<strong>do</strong>s fitossociológicos, é base para a definição de estratégias<br />

de manejo e conservação de remanescentes florestais e restauração florestal em áreas<br />

degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Informações sobre o número de indivíduos por espécie, espécies<br />

<strong>do</strong>minantes e espécies raras, devem ser considera<strong>da</strong>s nos projetos de restauração<br />

florestal, visan<strong>do</strong> a sustentabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s ecossistemas a serem restaura<strong>do</strong>s (PINTO et<br />

al., 2007).<br />

A família Arecaceae é representa<strong>da</strong> por aproxima<strong>da</strong>mente 187 gêneros e 2.000<br />

espécies com <strong>distribuição</strong> pantropical, sen<strong>do</strong> que os maiores centros de diversi<strong>da</strong>de<br />

ocorrem nas regiões tropicais <strong>da</strong> Ásia, In<strong>do</strong>nésia, Ilhas <strong>do</strong> Pacífico, bem como na<br />

América <strong>do</strong> Sul e Central (SVENNING, 2001).

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