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Portugal pittoresco Vol. I (1879).preview.pdf - Universidade de ...

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PORTUGAL PITTORESCO 3Õ<br />

<strong>de</strong>leitar ociosos, ou para satisfazer vaida<strong>de</strong>s e caprichos <strong>de</strong> nações.<br />

Miram estas exposições a um fim grandioso ; têm mna nobre missão<br />

a cumprir. Sào os verda<strong>de</strong>iros certames da industria e do trabalho.<br />

São o vasto campo, aon<strong>de</strong> todos os que trabalham têm o direito,<br />

se não a restricta obrigação, <strong>de</strong> concorrer, para ganhar a consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong>vida á intelligencia e á activida<strong>de</strong>, e a legitima recompensa<br />

dos seus esforços.<br />

E se esta obrigação existe para cada um em particular, muito<br />

mais in<strong>de</strong>clinável é ella para as collectivida<strong>de</strong>s, constituídas em<br />

socieda<strong>de</strong>. É com eífeito alli, naquellas pacificas pugnas do tra-<br />

balho, que as nações po<strong>de</strong>m melhor afíirmar a sua autonomia e<br />

entida<strong>de</strong>, conquistar foros <strong>de</strong> nações cultas e civiUsadas, pleitear<br />

primazias e louros no fim eminentemente elevado e civilisador <strong>de</strong><br />

melhorar as condições <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> aproveitar as forças productivas<br />

da terra, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramar a instrucção pelo povo, <strong>de</strong> aperfeiçoar as<br />

condições hygienicas das cida<strong>de</strong>s e dos centros <strong>de</strong> população,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as industrias e a riqueza pubHca, e tantos outros<br />

cuja enumeração seria intenninavel.<br />

Assente, pois, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, como nação que <strong>de</strong>ve<br />

gozar foros <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong> civiHsada, concorrer a esta, assim<br />

como a todas as exposições que vierem a realisar-se, <strong>de</strong>monstrada<br />

fica também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter sempre preparados os elementos<br />

para po<strong>de</strong>r dignamente apresentar-se nestes concm-sos, não só enviando<br />

os productos das suas industrias, mas também fazendo-os<br />

acompanhar <strong>de</strong> todos os esclarecimentos, já estatisticos, já <strong>de</strong>scriptivos,<br />

das suas proprieda<strong>de</strong>s, qualida<strong>de</strong>s essenciaes e condições<br />

<strong>de</strong>^ producção.<br />

É sabido que, para este fim, pouco po<strong>de</strong> esperar-se da iniciativa<br />

particular. Ao estado competem sempre a direcção dos trabalhos<br />

e as <strong>de</strong>spesas inherentes. Que se organisem, pois, nas capitães<br />

dos districtos muzeus agrícolas e industriaes, on<strong>de</strong> estejam sempre<br />

coUigidos os productos do districto, on<strong>de</strong> se analjsem e estu<strong>de</strong>m<br />

as suas qualida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> se apontem os seus <strong>de</strong>feitos e vantagens.<br />

Já um abalisado escriptor e venerável mestre, apresentou o<br />

alvitre <strong>de</strong> ter o Governo em cada districto, sempre organisada e<br />

prompta a ser <strong>de</strong>stacada e removida, uma collecção completa dos<br />

respectivos productos agrícolas, embora muitos dos seus artigos<br />

careçam <strong>de</strong> renovação annual.<br />

Fra<strong>de</strong>sso da Silveira, esse infatigável obreiro da civilisação,<br />

cuja perda ainda hoje se <strong>de</strong>plora, pô<strong>de</strong> inaugurar em Lisboa um<br />

muzeu technologico e industrial.<br />

Faça-se o mesmo em cada districto do reino; e afigura-se-me<br />

que este alvitre, <strong>de</strong> todo o ponto acceitavel e exequível, trará incalculáveis<br />

vantagens. Instigar-se-hão assim os productores ao<br />

Obra protegida por direitos <strong>de</strong> autor

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