Portugal pittoresco Vol. I (1879).preview.pdf - Universidade de ...
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PORTUGAL PITTORESCO 79<br />
(íEm que parte ficavam estes j^ovos, não o direi. — Mas como o<br />
tal cippo existe não longe da villa <strong>de</strong> Cana\t;zes; em quanto não<br />
apparece rasão em contrario, <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r, que habitavam<br />
naquelles arredoi'esy>.<br />
V. — Comparadas as copias <strong>de</strong> Rodrigues Ferreira e Contador<br />
d'Argote— «ambas substanciaes na transcripção» — dá-nos a cri-<br />
tica epigraphica, no CIPPO DE Thuias, uma leitura palpabillima.<br />
Acha-se copia cVesta inscripção em Luiz António Muratori, <strong>de</strong><br />
que possuímos em papel superior o Novus Thesaurus Veterum<br />
Inscriptionum , com o SuPPLEMENTO <strong>de</strong> Sebastião Donati.<br />
Acha-se egualmente em Fr. Henrique Florez na Espada Sagrada,<br />
tomo XXI, capitulo 115 assim como no Dr. Emilio Hiibner, consócio<br />
nosso na Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias <strong>de</strong> Lisboa.<br />
Dá esta copia o professor eximio da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Berlim,<br />
nas Noticias Archeologicas <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, vertidas do allemão<br />
para portuguez, pelo finado professor do nosso Curso Superior<br />
<strong>de</strong> Lettras, Augusto Soromenho: — e é como nós a refazemos:<br />
L A R I B V S<br />
C E R E N A<br />
E C I S . N<br />
E R . P<br />
I G<br />
R O C<br />
VLI.F.V.L.S<br />
Eis aqui a interpretação latina correspon<strong>de</strong>nte:<br />
Laribvs Cerenaecis— Niger, Procvli filivs, votvm lihens solvit.<br />
Em linguagem vernácula, exprimem-nos estas linhas o seguinte<br />
Niger, filho <strong>de</strong> Proculo, cumpriu gostoso o voto aos Lares Cerenecos.<br />
VI. — Na transcripção do Commendador Simão Rodrigues Ferreira,<br />
copiam-se com diphthongo ligado— em Cereníecis— o A e E<br />
da syllaba nae, «sem talvez ligar estas lettras, no seu manuscripto,<br />
o nosso amigo <strong>de</strong> Penafiel».<br />
Não é das discussões menos pleiteadas, entre os críticos mo<strong>de</strong>rnos<br />
sobretudo — se os dijÂthoyigos latinos <strong>de</strong>vem escrever-se<br />
com as vogaes <strong>de</strong>sligadas, ou po<strong>de</strong>m escrever-se com ellas enca<strong>de</strong>adas,<br />
seni com isto se incorrõr em nota <strong>de</strong> barbarismo.<br />
E certo, no emtanto, que no uso geral dos clássicos latinos—<br />
mestres a que nos <strong>de</strong>vemos acostar— apparecem <strong>de</strong>sligadas, e não<br />
enca<strong>de</strong>adas, as vogaes componentes dos diphthongos.<br />
Os exemplos em contrario, allegados pelos enca<strong>de</strong>atistas contra<br />
os <strong>de</strong>sligatistas, não <strong>de</strong>sconfirmam essa practica usual.— Servem-<br />
Ihe antes <strong>de</strong> confirmação geral, como simile do verso conhecidíssimo<br />
(íApparent rari nantes in gurgite vasto-»'.<br />
— verso <strong>de</strong>cantado da ^Eneida, on<strong>de</strong> é o 122 do Livro i.<br />
Obra protegida por direitos <strong>de</strong> autor<br />
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